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TÍTULO= DIFICULDADES APRESENTADAS PELOS ALUNOS DA ESCOLA

MUNICIPAL OTON GASPAR DE FARIAS DO 8º ANO NA RESOLUÇÃO DE


PROBLEMAS, NOS 5 EIXOS DA MATEMÁTICA- GEOMETRIA, ÁLGEBRA,
ESTATÍSTICA, NÚMEROS E OPERAÇÕES, GRANDEZAS E MEDIDAS

SILVA, Cássio Ferreira Machado1 - IFPE


SILVA, Edcarlos Amorim da2- IFPE

Resumo: A Resolução de Problemas é uma metodologia de ensino de Matemática


muito eficaz e inovadora, já que proporciona uma mobilização de conhecimento na
linhagem de busca de solução. Nessa busca, o discente aprende a trabalhar com
estratégias, pensar logicamente e conferir se sua tática foi verídica, colaborando
assim com suas estruturas cognitivas. O objetivo deste trabalho é pesquisar como
esta metodologia é trabalhada nas aulas de Matemática das séries finais do Ensino
Fundamental. Apresentam-se os resultados de entrevistas realizadas com professor
regente da sala de aula onde realizamos o estagio supervisionado e questionários
com problemas matemáticos para os discentes, no município de Carneiros –AL. E os
dados coletados em observações de aulas através de Estágio Supervisionado.
Conclui-se que mesmos os professores reconhecerem a importância desta
metodologia para as aulas de matemática, a maioria não a utiliza de forma
satisfatória, trabalhando principalmente com os problemas propostos em livros
didáticos, sem levar em conta as etapas propostas para a resolução de problemas.
Sendo assim, os problemas em muitos casos são tratados simplesmente como
exercícios de fixação, distanciando assim a prática real de resolução de problemas,
o que gera um clima de insatisfação no aluno, que encontra muitas dificuldades ao
tentar resolver os problemas, sem qualquer intervenção do professor.

Palavras-chave: Resolução de Problemas. Metodologia. Matemática.

Abstract: Problem Solving is a very effective and innovative mathematical teaching


methodology, since it provides a mobilization of knowledge in the search line of
solution. In this search, the student learns to work with strategies, to think logically
and to check if his tactics were true, thus collaborating with his cognitive structures.
The objective of this work is to investigate how this methodology is worked out in
Mathematics classes of the final series of Elementary School. We present the results
of interviews conducted with classroom teacher in the classroom where we
supervised the internship and questionnaires with mathematical problems for the
students, in the municipality of Carneiros -AL. And the data collected in class
observations through Supervised Stage. It is concluded that even teachers recognize
the importance of this methodology for mathematics classes, most do not use it in a
satisfactory way, working mainly with the problems proposed in textbooks, without
taking into account the proposed steps for solving problems. Thus, problems in many
cases are treated simply as fixation exercises, thus distancing the actual practice of
problem solving, which creates a climate of dissatisfaction in the student, who finds
many difficulties in trying to solve the problems without any intervention of the
teacher.

Keywords: Troubleshooting. Methodology. Mathematics.

__________________________
1 Graduandodo curso de Licenciatura em Matemática do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de
Pernambuco – IFPE (cassio-2009@hotmail.com)
2 Graduando do curso de Licenciatura em Matemática do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de
Pernambuco – IFPE (e-mail:edcarlosxsilva@gmail.com)
1-INTRODUÇÃO

O surgimento da matemática foi do conhecimento que tem se desenvolvido


desde que o homem passou a desejar resolver problemas. Por isso a essência da
matemática é a de sempre definir problemas, sendo assim não é bastante apenas
conhecer tais problemas temos também que usar nossa criatividade pra resolvê-los.
Onuchic (2004) lembra que no início do século XX o ensino de Matemática
estava intensamente ligado à concepção de que Matemática de qualidade era
mecanizada onde os alunos eram capazes de reproduzir tudo o que o livro didático
mostrava com perfeição.
Certa parte dos alunos teme e rejeita o ensino da matemática na escola, isto
talvez seja reflexo de um ensino repetitivo e mecânico que perdurou por muitos anos
e infelizmente se alastrar até os dias de hoje, pois como a matemática era
desvinculada do cotidiano, os mesmos não conseguiam fazer esse elo com seu dia
a dia e tampouco exercer o seu papel de cidadão neste contexto, para só então
entender o mundo em que vive.
Com essa realidade que cercas boa parte das escolas brasileiras as
propostas pedagógicas estão sendo elaboradas para que de fato haja mudanças no
sistema escolar, ainda há muito a ser concretizado para que a educação seja
efetivamente de qualidade, supõe-se que atividades inovadoras e não tradicionais
possam ser desenvolvidas pelo professor para que melhore o ensino no cotidiano.
Neste contexto, acreditamos que a Resolução de Problemas pode ser um
elemento no qual os alunos tem a possibilidade de aprender Matemática e
interpretar as situações problemas que se apresentarem em situações provocadas
em contextos diferentes no cotidiano.
O objetivo é que a prática com a resolução de problemas venha contribuir
para uma maior consciência do papel da Matemática na escola e mostrando o
quanto são importantes para questões sociais no dia-a-dia.
Este trabalho tem como objetivo fazer um levantamento das pesquisas de
Resolução de Problemas como uma metodologia de ensino nos anos finais do
Ensino Fundamental II, na turma do 8º ano da Escola Municipal oton Gaspar de
Farias.
2-REFERENCIAL TEÓRICO

Esta pesquisa foi realizada nos moldes de uma pesquisa bibliográfica e


descritiva. Neste tipo de pesquisa o objetivo é buscar dados descritivos coletados a
partir de referências e do contato direto do pesquisador com o objeto de pesquisa e
compará-los com um referencial teórico previamente escolhido.
Para compreender tais dificuldades participaram da pesquisa, a turma do 8º
ano, num total de 25 alunos, 12 do sexo masculino e 13 do sexo feminino da Escola
Municipal de Ensino Fundamental Oton Gaspar de Farias., que atende
principalmente crianças da zona rural e bairros vizinhos, durante três aulas, no mês
de abril.
Para que fosse possível alcançar os resultados esperados foram analisados
os aspectos relacionados a 8 situações-problema dos 5 eixos da matemática (anexo
A) estando estes de acordo com nível escolar dos alunos, além de outro
questionário destinado ao professor da turma (anexo B).
Com a leitura minuciosa de alguns artigos científicos e livros acadêmicos,
observamos que a resolução de problemas é um dos recursos metodológicos que
estão crescendo muitos nos últimos tempos e com isso muitos estudiosos defendem
esses métodos, pois a formulação e resolução de problemas são ferramentas muito
importantes para que o aluno desenvolva o seu raciocínio matemático.
É importante salientarmos que nas resoluções de problemas é importante que
os professores trabalhem com situações problemas do cotidiano dos alunos, pois
como muitos autores defendem isso ira fazer com os mesmos sintam-se mais
estimulados e leem com mais atenção e os resultados foram visíveis, pois o
professor passou-se de transmissor do conteúdo para colaborador do ensino
aprendizagem.
Onuchic (2004) recorda que no início do século XX o ensino de Matemática
estava profundamente ligado à concepção de que Matemática de qualidade era
aquela caracterizada pelo trabalho de repetição e memorização de tabuadas, bem
como de algoritmos pré-definidos pelo livro didático e/ou professor. Anos depois,
numa outra percepção, compreende que os alunos precisariam aprender
compreendendo, ou seja, além da técnica; deveriam entender o que faziam e por
que faziam.
Para Dante (1998), um problema é qualquer circunstância que exija a maneira
matemática de pensar e conhecimentos específicos para solucioná-la. O autor
destaca que um bom problema deve:
 Ser desafiador para o aluno;
 Ser real;
 Ser interessante;
 Ser o elemento de um problema realmente desconhecido;
 Não consistir na aplicação evidente e direta de uma ou mais
operações aritméticas;
 Ter um nível adequado de dificuldade.
Souza e Nunes (2004) confirmam que trabalhar com a metodologia de
resolução de problemas muda o papel do professor, que deixa de ser um simples
comunicador das informações para o de observador, organizador, consultor,
mediador, controlador e o mais importante, o de incentivador da aprendizagem.
É importante destacarmos que quando se fala em resolução de problemas
matemáticos, não estamos falando naqueles rotineiros. Problemas do cotidiano não
avaliam, por si só, atitudes, procedimentos e a forma como os alunos conduzem
seus conhecimentos. (Soares & Bertoni Pinto, 2001).
Segundo Pólya (2003) a resolução de problemas inclui quatro etapas:
 Compreensão do problema - procura-se compreender o problema até
encontrar com precisão a incógnita;
 Elaboração dum plano - obtém-se um plano quando, de um modo
geral, sabemos quais os cálculos ou planos/estratégias a fim de obter a
incógnita. O importante é a concepção do plano;
 Execução do plano - o plano dá-nos apenas um roteiro geral. É
necessário examinar todos os detalhes; Executa-se o plano que se
elaborou até chegar à solução. Se se chegar a um impasse, voltasse à
fase de planificação.
 Verificação dos resultados - revisão crítica do trabalho realizado, ou
seja, verificação do resultado em função da situação inicial e do
raciocínio.
Com o discurso desses autores sobre o que é um problema matemático
percebe-se que há características em comum, e conclui-se que todos chegaram a
um fator determinante, pois o mesmo define-se por situações as quais são
requeridos resultados de dados matemáticos desconhecidos e que um indivíduo
precisa resolver.
Dante (1998), afirma que mesmo com toda a valorização da resolução de
problemas é um dos métodos mais complicados de ser trabalhados em sala de aula.
É muito comum o aluno saber resolver equações matemáticas prontas, porém na
hora de ler os problemas e construí-los grande maioria sente muitas dificuldades.
Isso acontece devido aos métodos que os problemas matemáticos são trabalhados
na sala de aula e apresentados nos livros didáticos, muitas vezes apenas como
exercícios de fixação dos conteúdos trabalhados.
Segundo Soares & Bertoni Pinto (2001), o professor terá um papel muito
importante na resolução de problemas, pois ele será um incentivador e facilitador,
mediando às ideias apresentadas pelos seus alunos, a medida que estas sejam
produtivas, levando os alunos a serem protagonistas do seu próprios
conhecimentos.
Souza & Nunes (2004) confirmam que, ao utilizar os métodos de resolução de
problemas, o papel do professor deixa de ser apenas um comunicador de
conhecimento para o de observador, organizador, consultor, mediador, controlador,
incentivador da aprendizagem.
Para Onuchic (1999) ao se trabalhar através da resolução de problemas, o
aluno deixa de ser um mero receptor; ele passa a ser um sujeito que contribui,
enfrenta situações por quais deve planejar estratégias e verificar onde foi que errou.
Com o auxilio do professor, os alunos arquitetam seu próprio saber.
Dante (1997) apresenta propostas de como o professor pode conduzir a
resolução de problemas na sala de aula. Vejam abaixo:
1- Apresentação de um problema desafiador, real e interessante, e que
não sejam resolvidos diretamente por um ou mais algoritmos.
2- Deixar que os alunos trabalhem no problema sem apressá-los criando
entre eles um clima de busca, exploração e descobertas, deixando claro que mais
importante que obter a resposta correta é pensar e trabalhar no problema durante o
tempo que for necessário para resolvê-lo.
3- Depois que a maioria dos alunos solucionou o problema, o professor pede
que os alunos venham à lousa (um de cada vez) explicar o que fizeram, e por
que o seu método funcionou.
Para Onuchic (1998) é essencial que o professor, ao planejar essa metodologia, reflita
sobre algumas questões, tais como:
 Isso é um problema? Por quê?
 Que tópicos de matemática precisam ser iniciados com esse problema?
 Haverá necessidade de se considerar problemas menores (secundários)
associados a ele?
 Para que séries você acredita ser este problema adequado?
 Que caminhos poderiam ser percorridos para se chegar à sua solução?
 Como observar a razoabilidade das respostas obtidas?
 Você, como professor, teria dificuldade em trabalhar este problema?
 Que grau de dificuldade você acredita que seu aluno possa ter diante desse
problema?
 Como relacionar o problema dado com aspectos sociais e culturais?
Nunes (2010), ao defender a Resolução de Problemas como uma
metodologia de ensino-aprendizagem da Matemática ressalta a importância do
professor pesquisador nessa perspectiva metodológica.
Segundo Polya (1995):

Um professor de Matemática tem, assim, uma grande oportunidade. Se ele


preenche o tempo que lhe é concedido a exercitar seus alunos em
operações rotineiras, aniquila o interesse e tolhe os desenvolvimentos
intelectuais dos estudantes, desperdiçando, dessa maneira, a sua
oportunidade. Mas se ele desafia a curiosidade dos alunos, apresentando-
lhes problemas compatíveis com os conhecimentos destes e auxiliando-os
por meio de indagações estimulantes, poderá incutir-lhes o gosto pelo
raciocínio independente e proporcionar-lhes certos meios para alcançar este
objetivo. ( p.V).
Desta maneira, ao optarmos pela Resolução de Problemas como metodologia
de ensino também justifica-se também em Onuchic (1999), afirmando que,
Na abordagem de Resolução de Problemas como uma metodologia de
ensino, o aluno tanto aprende Matemática resolvendo problemas como
aprende Matemática para resolver problemas. O ensino da Resolução de
Problemas não é mais um processo isolado. Nessa metodologia o ensino é
fruto de um processo mais amplo, um ensino que se faz por meio da
Resolução de Problemas (ONUCHIC, 1999, p. 210-211)

Diante do que foi exposto podemos resumir o trabalho com a resolução de


problemas do seguinte modo: Primeiro o professor apresenta um problema
escolhido por ele ou pelos alunos, posteriormente os alunos tentam resolver o
problema com o conhecimento que têm. À medida que os alunos encontrarem
dificuldades o professor os auxilia. Resolvido o problema, os alunos discutem sua
solução, se necessário, com a ajuda do professor. Essa discussão envolve todos os
aspectos da resolução do problema, inclusive os do conteúdo necessário.

3-METODOLOGIA

Os alunos do 8º ano da Escola municipal Oton Gaspar de Farias as


dificuldades que os mesmos tinham em compreender resoluções problemas em
sala, além do que o professor nem sempre tinham suporte e tempo suficiente para
trabalhar suas aulas com essa metodologia, partindo desse problema que fizemos
uma pesquisa bibliográfica para buscar meios de ajudar esses alunos.
O desenvolvimento foi feito a partir da aplicação de situações-problema que
desafiassem os alunos a compreenderem a linguagem e a partir desta, deveriam
levantar hipóteses para identificar as estratégias a serem usadas e apresentar a
solução de cada problema, deixando todos os registros utilizados, mesmos os
considerados errados.
Para que fosse possível alcançar os resultados esperados foram analisados
os aspectos relacionados a 8 situações-problema dos 5 eixos da matemática (anexo
A) estando estes de acordo com nível escolar dos alunos, além de outro
questionário destinado ao professor da turma (anexo B).
Logo após as observações, foi entregue um questionário (anexo B) para o
professor responsável pela sala em que foi realizada a pesquisa, com a finalidade de
entender qual a frequência que o mesmo trabalha com a resolução de problemas em
sala de e se o reconhecia como importante nesse processo de ensino.
Ao iniciar a aula, nos posicionamos no fundo da sala para fazer as
observações e o professor explicou aos alunos que eles iriam participar de uma
pesquisa. Então, foi entregue a eles as folhas impressas com as situações-
problema, logo em seguida o professor nos deu autorização para ficar a frente da
turma, então iniciamos a atividade solicitando aos alunos que, num primeiro
momento, lessem os problemas e, em seguida, tentassem resolvê-los.
Enquanto observávamos o desenvolvimento identificou-se que alguns alunos
se sentiam inseguros e com medo de errar, pois perguntavam a todo o momento se
os cálculos estavam corretos, por esse motivo chamavam o tempo todo pra saber se
as contas eram de mais ou de menos, então falamos novamente que eles
respondessem da maneira que estivessem entendendo, já que a intenção era
realmente observar se os mesmos eram capazes de responderem questões de
assuntos que os mesmos já conheciam ou pelo menos deviam conhecer.
Ao acabar a aplicação das atividades percebemos um entusiasmo muito
grande tanto do professor que ficou decepcionado, pois boa parte da turma não
conseguiu responde os problemas corretamente, mesmo com dificuldade e também
por parte dos alunos que assim que iam acabando, perguntavam para o colega o
resultado de determinada situação-problema para comparar com o que havia obtido.
Por fim após o termino dessa primeira fase, explicamos a turma que iriamos
corrigir os exercícios em casa e na próxima aula daríamos continuidade ao tema em
questão.

4-ANÁLISE DE DADOS

Da resolução das situações-problemas


No quadro abaixo são expostos os resultados por aluno e por situações-
problema utilizando-se o seguinte critério de classificação: acerto total (AT), acerto
parcial (AP), erro (ER).

Quadro 1: Demonstrativo geral de acertos e erros das situações-problema


Dos 25 alunos que participaram da pesquisa 20 responderam todos os
problemas, sendo que desses 25 apenas três alunos acertaram todas as situações-
problema. Um dos alunos (aluno T) não respondeu nenhuma das situações-
problemas deixando a folha em branco os demais uns deixaram as questões
incompletas outros erraram quase todas as questões.
A situação problema 1 2 e 3 só não foi resolvida pelo aluno T. Já a situação-
problema 4 apresentou apenas 7 acertos totais, e 7 acertos parciais e 11 erros. A
situação-problema 5 apresentou 2 acertos totais, 4 acertos parciais e 19 erros. Na
situação-problema 6 houve 4 acertos totais, 7 acertos parciais e 14 erros. E na
situação-problema 7 apresentou 2 acertos totais, 9 acertos parciais, 14 erros. Na
situação-problema 8 apresentou 7 acertos totais, 9 acertos parciais e 9 erros, o
aluno T não respondeu.
Quanto aos 3 alunos que acertou todos os problemas, logo que entregou a
atividade e observamos que todas as questões estavam corretas. No final da
aplicação, a professora relatou que os referidos alunos leem muito e que, às vezes,
mesmo durante as aulas ela o observa lendo livros e gibis após terminar a
realização das atividades propostas enquanto aguarda os colegas terminarem
também.
Os problemas 1, 2, 3, aplicados aos alunos foram considerados fácies pela
maioria dos alunos, o que pode ser comprovado pelo alto índice de acertos totais. 24
alunos (99,75%) responderam corretamente, pois eram respostas pessoais. Apenas
um aluno não quis responder.
Quanto à linguagem era clara e objetiva, sendo assim os mesmo
responderam sem nenhum problema.
No problema 4 os alunos apresentaram mais dificuldade, o que pode ser
comprovado pelo índice de erros. Observou-se que 14 alunos (56,0%) responderam
corretamente, sendo que desses, apenas 7 alunos (28%) apresentaram o registro do
raciocínio utilizado para a resolução. Onze alunos (44,0%) erraram a resolução.
Os tipos de erros aconteceram na organização dos dados, observou-se que
dos 18 alunos os erros consistiam nas operações que realizaram de forma errada e
em alunos que apenas escreviam a resposta na tentativa de acertar.
Já no 5 problema, apresentaram as mesmas dificuldades da questão anterior,
podemos comprovar também pelo alto índice de erros. Observou-se que 9 alunos
(36,0%) responderam corretamente, sendo que desses, apenas 7 alunos
apresentaram o registro do raciocínio utilizado para a resolução. Dezesseis alunos
(64,0%) erraram a resolução.
Quanto à linguagem do quinto problema, foi de difícil compreensão para o
aluno visto a existência de muitos erros. Por se tratar de uns problemas com uma
situação que não faz parte do cotidiano dos alunos, muitos não conseguiram nem
organizar estratégias de resolução, porém sabem que são questões tanto a 4 quanto
a 5, precisamos de conhecimentos algébricos para resolver, pois se trata de
equações do 1º grau com uma incógnita.
No 6 problema apenas 11(44%) alunos conseguiram resolver, sendo apenas
4 apresentaram o registro do raciocino do problemas, já os outros 14(56%) alunos
eraram o problema.
Quanto aos alunos que acertaram o problema demonstrando os cálculos,
esses compreenderam o a situação-problema, pois, resolveram corretamente
utilizando as operações necessárias e acertando o resultado, portanto
demonstraram conhecimentos necessários para a resolução.

Os mesmos alunos que apresentaram somente a resposta nesse problema


também o fizeram nos problemas anteriores.
E 14 alunos (56%) erraram o problema. O erro mais observado foi à forma de
resolver as operações, alguns dos alunos que erraram, não compreendiam qual
operação aplicar e quando encontravam erravam na forma de resolver. Por exemplo,
não sabiam montar a equação do 1º grau e identificar os termos desconhecidos do
problema, lembrando que é assunto que foi visto no 7º ano.
No 7 problema apenas 11(44%) alunos conseguiram resolver, sendo apenas
2 apresentaram o registro do raciocino do problemas, já os outros 16(64%) alunos
eraram o problema.
Podemos observar que os dois alunos que acertaram conheciam bem o
assunto sobre porcentagem e sabiam fazer as devidas transformações de números
fracionários em decimais para resolver tal questão, já os que fizeram somente as
respostas, demostravam certas dificuldades em interpretar e só conseguiram chegar
ao resultado correto com ajuda de outro colega.
Os demais que erraram demostravam dificuldades em trabalhar com
operações fundamentais como multiplicação e divisão e com não tiveram sucesso
em suas respostas.
No 8 problema 17 (68%), conseguiram resolver o problema, sendo 7
apresentaram o registro do raciocino do problemas, já os outros 8(32%) alunos
eraram o problema.
Notamos que os alunos que acertam, utilizaram alguns conceitos para
calcular, por exemplo, a área e o perímetro, onde alguns deles estavam esquecidos
da formular para calcular estes objetos geométricos, mais com o auxilio do livro
didático encontram e conseguiram resolver facilmente.
Já os demais que erraram sitiam dificuldades em compreender o problema,
pois não compreendiam na prática o que eram tais termos e conceitos de área e
perímetro.
E por fim com resultado, não tão satisfatório das resoluções de problemas na
turma do 8º ano, planejamos e elaboramos um projeto de intervenção, e temos como
intuito em ajudar esses alunos superar tais dificuldades.
Por tanto após as aulas de intervenção reaplicamos os questionários, é
podemos constatar que foi um sucesso, pois as quantidades de acertos tiveram um
nível elevado, já que a turma começou a utilizar todas as técnicas que passamos
para os mesmos, então podemos perceber que se o professor sempre procurar
utilizar esse método de ensino os alunos iram resolver situações problemas dos
mais diversos tipos com mais facilidade e eficácia, contribuindo assim com o saber
matemático e deixando pra traz aquela matemática totalmente mecânica, e os
mesmos entenderam que essa ciência é fundamental para o cotidiano de todos.

Representação gráfica da resolução de problemas antes da intervenção com a turma do 8º ano com 25
alunos da Escola Municipal Oton Gaspar de Farias. Acerto total (AT), acerto parcial (AP), erro (ER).

25
20
15
AT
10
AP
5
ER
0
Representação gráfica da resolução de problemas depois da intervenção com a turma do 8º ano da
Escola Municipal Oton Gaspar de Farias. Acerto total (AT), acerto parcial (AP), erro (ER).

25

20

15
Quatidade de alunos que AT
10
Quatidade de alunos que AP

5 Quatidade de alunos queER

O questionário Aplicado ao professor

O questionário foi aplicado ao professor do 8ª ano, onde o mesmo respondeu


sem nenhum problema, o mesmo se mostrou entusiasmado em falar do seu método
ensino a cerca do tema em questão.
O questionário tem como objetivo averiguar como é trabalhada a resolução de
problemas nas séries do Ensino Fundamental da escola campo de pesquisa.

Pergunta Resposta de acordo com o


questionário
8- Você conhece a (x) Conheço e aplico em minha prática
Metodologia de Resolução docente
de Problemas?

9- Você acha importante (x) sim, por quê? “Ajuda a


trabalhar com problemas desenvolver o raciocínio do
nas aulas de matemática?
aluno”.

10- Qual das práticas (x) Formulo problemas relacionados


abaixo mais se aproxima com o dia-a-dia dos alunos e peço que
da sua ao trabalhar com resolvam
seus alunos? Marque
apenas uma.
11- Você trabalha com seus (x) Sim, pois acho interessante que
alunos as etapas ou planos eles elaborem uma estratégia de
para se resolver um resolução.
problema?

12-Você encontra alguma (x) Sim.


dificuldade ao trabalhar Qual? “O aluno tem dificuldade de
essa metodologia? interpretar o problema”

Atr
avés dos questionário observamos que o professor apesar de usar ainda uma
metodologia tradicional, está sempre em suas aulas usando a metodologia de
resolução de problemas e o mesmo reconhece como importante para o
desenvolvimento do raciocínio logico dos alunos, e com isso sempre procura
elaborar problemas do cotidiano da turma, apesar de que o professor reconhece que
os alunos sentem dificuldades em interpretar situações problemas.
5-Conclusão

Depois de realizada esta pesquisa bibliográfica, compreendemos que apesar


da resolução de problemas ser amplamente difundida e defendida entre os vários
pesquisadores da área de Educação Matemática, esta metodologia ainda é uma
prática que se apresenta muito pouco dentro das salas de aula, onde alguns
professores reclamam que as horas aulas são poucas para se trabalhar com essa
metodologia de maneira solida e eficaz.
Além disso, quando os docentes se propõem a utilizá-la, acabam por não
fazerem de forma que o aluno potencialize suas habilidades cognitivas. É possível
que muitos docentes ainda não conheçam essa metodologia ou não conseguem
trabalhar com ela, mesmo que talvez reconheçam sua eficácia.
Então é imprescindível uma ação conjunta para viabilizar esta e outras
metodologias em sala de aula, visto que os professores precisam cogitar sobre o
desenvolvimento de seus métodos, por isso que é de extrema importância está
sempre se atualizando, para que possam garantir ao aluno uma aprendizagem
significativa.
E também diversos autores defendem que o conhecimento prévio do aluno
deve ser valorizado, para que o professor consiga trilhar conceitos, onde iram
permitir descobrir e redescobrir outros conhecimentos.
Por fim, no ensino da Matemática usando metodologia de resolução de
problemas. A resolução de problemas pode ser analisada como ponto de partida
para o ensino dessa ciência exata, por isso sua importância no processo de ensino e
aprendizagem é crucial.
Podemos notar também que a Resolução de Problemas como uma
metodologia ainda não é uma prática comum, mas que houve um aumento
significativo na produção e pesquisa no assunto ao longo desses anos.
Almejamos que este Artigo possa contribuir para outras pesquisas que
tenham como preocupação a busca da Resolução de Problemas como uma
metodologia de ensino e também como material de consulta para professores e
alunos, fazendo com que cada vez mais este instrumento de ensino e aprendizagem
torne-se um método presente em sala de aula.
Referências Bibliográficas
DANTE, L.R. Didática da Resolução de Problemas de Matemática. 2ªed. São
Paulo: Ática, 1998.

NUNES, C.B & SOUZA, A.C.P. A Resolução de problemas como metodologia de


ensino aprendizagem-avaliação de Matemática em sala de aula. UNESP, Rio
Claro - SP. Disponível em:
www.sbem.com.br/files/ix_enem/Minicurso/Resumos/MC65873300534R.doc. Acesso
em: 20 de abril de 2017.

ONUCHIC, L. R. Ensino-Aprendizagem de Matemática através da Resolução de


Problemas. In: BICUDO, M. A. V (org.). Pesquisa em Educação Matemática:
Concepções e Perspectivas. São Paulo: Ed. Unesp, p.199-220, 1999.

Pólya, G. (2003). Como resolver problemas (Tradução do original inglês de 1945).


Lisboa: Gradiva.

SOARES, M. T. C., PINTO, N. B. Metodologia da resolução de problemas. In: 24ª


Reunião ANPEd, 2001, Caxambu. Disponível em:
http://www.anped.org.br/reunioes/24/tp1.htm#gt19. Acesso em: 19 de abril de 2017.
Anexos
Questionário(A)

Olá estudante,

Gostaria de contar com sua colaboração, respondendo ao questionário abaixo!


Responda de acordo com conhecimento adquiridos em sua jornada estudantil,
portanto, não se preocupe se estão certas ou erradas as suas respostas, pois
através delas que iremos ajuda-los a superar os eventuais erros e dificuldades
encontradas. Você não precisa se identificar, mas eu precisarei de algumas
informações suas.

Idade: _______Sexo: ____ Série/turma: _________

1) O que você entende por problema matemático? Pessoal.

2) Como você classifica os problemas matemáticos na hora da resolução?

a) Fácil ( )
b) Médio ( )
c) Difícil ( )
d) Nem consegue resolver ( )

3) Se a resposta for à letra “d”, justifique o motivo.

4) Um número somado ao seu consecutivo e ao seu triplo resulta em 81. Então


esse número está compreendido entre:

Faça o cálculo e
depois assinale
na alternativa que
achar mais
conveniente.

a) 10 e 13 b) 13 e 17 c) 17 e 20 d) 20 e 25
5) Num estacionamento há carros e motos, totalizando 85 veículos. O número de
carros é igual a 4 vezes o de motos. Quantas motos há no estacionamento?

6) Distribua R$ 168,00 entre Três pessoas, de modo que as duas primeiras


recebam quantias iguais e a terceira o dobro do que receberam as duas
primeiras.

7) Na festa de aniversário do meu sobrinho derrubei uma mesa onde estavam 40


garrafas de refrigerante. Sobraram apenas 15% das garrafas sem quebrar.
Quantas garrafas sobraram e quantas eu quebrei?

8) Qual a área e o perímetro de um campo de futebol, de base 25 m e altura 5


m?

a) A= 100m², P= 50m
b) A= 150 m², P= 60m
c) A= 125 m², P= 60 m
d) A= 120 m², P= 50 m
A – Questionário de Entrevista (B)

1- Sexo:
a) ( ) Masculino b) ( ) Feminino
2- Em qual nível de ensino está atuando atualmente?
a) ( ) 5 ª a 8 ª séries
b) ( ) Ensino Médio
3- Há quanto tempo você é formado?
a) ( ) Menos de 2 anos
b) ( ) De 2 a 5 anos
c) ( ) De 6 a 10 anos
d) ( ) Mais de 10 anos
4- Sua atuação é:
a) ( ) Escola Pública
b) ( ) Escola Particular
c) ( ) Escola Pública e Particular
5- Em seu curso de formação, foi ministrada a disciplina de Metodologia do
Ensino da Matemática?
a) ( ) Sim
b) ( ) Não
6- Se a resposta à questão anterior foi sim, qual foi sua impressão pessoal
sobre a disciplina?
a) ( ) Gostei
b) ( ) Gostei muito
c) ( ) Não gostei
7. Qual a sua carga horária semanal?
a) ( ) Até 10 h/a
b) ( ) De 11 a 20 h/a
c) ( ) De 21 a 30 h/a
d) ( ) Mais de 30 h/a
8- Você conhece a Metodologia de Resolução de Problemas?
a) ( ) Não conheço
b) ( ) Conheço e aplico em minha prática docente
c) ( ) Conheço, mas não aplico em minha prática docente
9- Você acha importante trabalhar com problemas nas aula de matemática?
a) ( ) Sim, por
que?______________________________________________________
b) ( ) Não
10- Qual das práticas abaixo mais se aproxima da sua ao trabalhar com seus
alunos? Marque apenas uma.
a) ( ) Peço que resolvam os problemas que são propostos no livro didático
b) ( ) Peço que formem grupos, criem um problema e apresentem sua solução
c) ( ) Formulo problemas relacionados com o dia-a-dia dos alunos e peço que
resolvam
d) ( ) Trabalho com quebra-cabeças e desafios para aguçar sua criatividade
e) ( ) Peço que elaborem e escrevam uma estratégia para resolver um problema
proposto
f) ( ) Peço aos alunos que façam um desenho representando o problema e o
esquema de solução
g) ( ) Passo vários problemas de cada operação para eles fixarem o conhecimento
11- Você trabalha com seus alunos as etapas ou planos para se resolver um
problema?
a) ( ) Sim, pois acho interessante que eles elaborem uma estratégia de resolução
b) ( ) Não, pois acho que pode impedir a criatividade dos alunos frente a um
problema
12-Você encontra alguma dificuldade ao trabalhar essa metodologia?
a) ( ) Sim.
Qual___________________________________________________________
b) ( ) Não
Carneiroa-Al 10 Abril 17
Carneiroa-Al 10 Abril 17

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