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Introdução
1. Dilatação cirúrgica
2. Operações para redução do diâmetro do esôfago.
3. Operações para encurtamento do esôfago
4. Operações sobre o diafragma
5. Operações sobre a inervação extrínseca do esôfago
6. Cardiectomia com anastomose direta
7. Cardiectomia com interposição de alça
8. Cardioplastias
9. Cardiomiotomia
10. Procedimentos anti-refluxo
11. Esofagectomia
1. Dilatação cirúrgica
O método encontrou adeptos em outros cirurgiões, muitos dos quais faziam apenas
a dilatação digital. Em 1940, Ochsner e DeBakey coletaram na literatura mundial 80
casos assim tratados, com mortalidade de 8,9% e resultados satisfatórios em 70,8% dos
casos (53).
Barrow, citado por Wakeley, em 1915, utilizou a técnica da dilatação digital,
invaginando a parede anterior do estômago e evitando, assim, a abertura do estômago
(90). Esta técnica foi posteriormente adotada por Kümmel em 1921 (43).
Reisinger (1907) criou uma técnica para reduzir o diâmetro do esôfago na acalásia,
retirando uma faixa da parede do esôfago, de cerca de 15 cm de comprimento por 2 a 3
cm de largura e suturando as bordas (67).
Roepke (1914), acreditando que a obstrução fosse causada por uma periesofagite,
liberava a junção esofagogástrica de todos os tecidos que circundavam o esôfago e a
cárdia e alargava o hiato com uma incisão no diafragma (72).
No Brasil, Vampré (1919) admitiu que a causa do megaesôfago fosse um espasmo
do diafragma, o que levou Camargo a praticar a secção dos pilares do diafragma em seis
pacientes (86). Em face dos maus resultados, a teoria do espasmo diafragmático foi
abandonada pelo próprio Vampré, quatro anos depois ( 87 ).
Gregoire (1923), igualmente convencido de que o diafragma participava de
maneira importante da obstrução, associava a cardioplastia com a incisão do diafragma,
alargando o hiato, procedimento este batizado de "frenotomia" e que foi adotado por
outros cirurgiões, especialmente na França.
O racional desta operação era de que a papila ileocecal tem uma função valvular e
poderia substituir a cárdia na prevenção do refluxo. Nos casos acompanhados pelos
autores não ocorreu esofagite péptica. Por suas dificuldades técnicas e morbidade
potencial, esta operação foi abandonada.
8. Cardioplastias
A superfície serosa da parede gástrica que fica voltada para a luz do esôfago, com
o passar do tempo, é recoberta pelo epitélio escamoso regenerado do esôfago (82).
A operação de Thal-Hatafuku foi adotada no Brasil para o tratamento do
megaesôfago chagásico por vários cirurgiões, que aprimoraram sua técnica e adquiriram
grande experiência com a mesma. As maiores casuísticas relatadas são a de Barbosa et
al. (1987), com 351 casos operados ( 6), a de Ximenes Netto (1987), com 210 casos
(93), a de Malafaia (1991), com 111 casos. (46 ) e a de Sader et al. (1975) com 50
casos.(74).
França et al. (1999) descreveram outra modalidade de cardioplastia a que
denominaram esofagocardiomioplastia transversal extra-mucosa com
esofagogastrofundoplicatura parcial.
Os autores denominaram a técnica de "Girard-Toupet-Lind". Consiste na miotomia
longitudinal com fechamento transversal e gastroesofagopexia, "fixando o fundo
gástrico posteromedialmente na metade direita do esôfago, com três ou quatro pontos
separados, englobando as camadas musculares sem atingir a mucosa". O fundo gástrico
é, a seguir, fixado anteriormente e na metade esquerda do esôfago.
Os autores utilizaram esta técnica no período de 20 anos (1978-1996) em 215
pacientes de megaesôfago, inclusive em casos de dolicomegaesôfago. O tempo de
seguimento pós-operatório variou de três a 228 meses, com a média de 27,5 meses. Em
131 pacientes acompanhados além da média, os resultados foram satisfatórios em
93,8% dos casos. (24)
Petrovsky (1962), na Rússia, descreveu um novo tipo de operação a que chamou de
diafragmoplastia. Inicia-se com uma incisão na camada seromuscular da parede do
esôfago em forma de T, seguida de descolamento das bordas laterais triangulares, que
são ressecadas. Resulta uma brecha com exposição da mucosa esofagiana em uma
extensão longitudinal de 6 a 7 cm e transversal em hemicircunferência. A superfície
cruenta é recoberta por um retalho pediculado do diafragma e a abertura resultante do
diafragma é fechada com pontos separados. Quinze pacientes foram operados e
acompanhados pelo autor por um período de 2,5 a 3,5 anos, apresentando bons
resultados, tanto em relação aos sintomas da acalásia quanto pela ausência de esofagite
de refluxo pós-operatória (54).
9. Cardiomiotomia
Groenveldt, na Holanda, optou por fazer apenas uma incisão na parede anterior,
obtendo resultados equivalentes aos da dupla incisão de Heller (31). Esta modificação
firmou-se em caráter definitivo daí por diante no tratamento cirúrgico da acalásia.
Nissen e Rossetti (1962) divulgaram a operação, que ficou conhecida pelo seu
epônimo, para o tratamento da hérnia hiatal e esofagite de refluxo, a qual poderia ser
empregada como complemento da cardiomiotomia no tratamento cirúrgico da acalásia
(52). Nesta operação, o esôfago distal fica envolvido pelo fundo gástrico em toda a
circunferência, como mostra a figura 31.
Contribuição brasileira
SUMMARY
Referências bibliográficas