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A participação da família no processo de ensino e aprendizagem

dos educandos com deficiência(s)

Tânia Mara Otto Dubiela


Professora participante do Programa de
Desenvolvimento Educacional – PDE, da Secretaria
de Estado da Educação do Paraná, atuando em Educação Especial.1

Resumo
Este artigo tem como objetivo apresentar os encaminhamentos realizados e os
resultados alcançados com o Projeto de Interação Escola e Família. Tal Projeto de
Pesquisa fez parte de uma das atividades propostas pelo Programa de
Desenvolvimento Educacional – PDE, ofertado como formação continuada pela
Secretaria de Estado da Educação do Paraná. O projeto foi implementado na Escola
Especial, pertencente ao Núcleo Regional de Ensino – Área Metropolitana Sul, no
município de Campo Largo-PR, que tem hoje, aproximadamente, 320 alunos
matriculados. A preocupação central do projeto foi incentivar nos pais/responsáveis
sua participação e envolvimento no processo de ensino e aprendizagem de seus
filhos com deficiência(s), a partir de atividades informativas e dinâmicas que
contribuíssem na aproximação das instituições família e escola. Foram realizados
estudos bibliográficos e em seguida, foram aplicadas dinâmicas e apresentadas
palestras aos pais/responsáveis durante o primeiro semestre do ano de 2009.
Constatou-se que houve aumento na participação das famílias nas atividades
oferecidas, o que se considera essencial para o posterior sucesso no
desenvolvimento integral dos educandos.

Palavras-chave: Participação. Família. Escola. Ensino. Aprendizagem.

Abstrat

The main goal of this article is to show the ways used and the results reached with
the School & Family Interaction Project. This research project was part of one of the
activities proposed by PDE, Programa de Desenvolvimento Educacional
(Educational Development Program) – offered as a continued formation by the
State’s Education Office2 of Paraná. The project was implemented in Special
Education schools that belong to the Regional Education Center3 - Southern
Metropolitan area, that nowadays holds approximately 320 enrolled students. The
project’s main concern is to incent parents or responsible ones to participate and be
involved in their special children’s teaching and learning process through informative
and dynamic activities that contribute to the approximation of the family and school

1
E-mail: taniadubiela@hotmail.com
2
Secretaria de Estado da Educação.
3
Núcleo Regional de Ensino.
2

institutions. Bibliographic studies were made and then dynamic activities were done
and speeches were presented for parents and responsible ones throughout 2009’s
first semester. It was noted that there was an increase in the families’ participation in
the offered activities, which is considered essential for later success in the students’
full development.

Key words: Participation. Family. School. Teaching. Learning.

1 INTRODUÇÃO

O tema de estudo para a implementação do projeto na escola, uma das


atividades exigidas pelo Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE surgiu
da observação da pouca ou quase inexistente participação dos pais/responsáveis no
processo de ensino e de aprendizagem de seus filhos com deficiência(s),
preocupação esta trazida pelos professores, em conversas durante a hora-atividade
e nos conselhos de classe.
Como a escola envolvida no projeto já oferece um momento em que os
pais/responsáveis encontram-se uma vez por semana, durante o período da tarde,
no Grupo de Mães e Pais, pensou-se em aproveitar este momento para levar
informações e orientações sobre temas que os auxiliassem na educação de seus
filhos, além das atividades já desenvolvidas, como os trabalhos manuais e a
participação em confraternizações.
Segundo CURY (2003), atualmente os pais em geral, encontram-se
desorientados na árdua tarefa de educar e muito mais desorientados encontram-se
aqueles que têm filhos com deficiências.
Assim, acredita-se que a escola não pode se eximir da responsabilidade de
oportunizar a estes pais sua efetiva participação no desenvolvimento educacional de
seus filhos. Ao mesmo tempo em que a família não pode assumir sozinha a culpa
por todos os problemas que a sociedade enfrenta hoje, não se pode eximir dela
também, a responsabilidade que tem, pois é nesta unidade que a criança aprenderá
a se tornar o ser humano esperado pela sociedade (BUSCAGLIA, 1993).
Neste artigo, propõe-se apresentar a fundamentação teórica que subsidiou
todas as atividades práticas realizadas com os pais/responsáveis envolvidos no
projeto, as reflexões que foram oportunizadas durante as atividades, as
3

contribuições das professoras participantes do Grupo de Trabalho em Rede que


acompanharam o desenvolvimento do projeto por meio do Curso de Formação à
Distância, também parte integrante do Programa de Desenvolvimento Educacional –
PDE e as considerações que foram possíveis de serem realizadas ao término destas
atividades.
O objetivo principal do Projeto era incentivar nos pais/responsáveis de filhos
com deficiência(s) sua efetiva participação no processo de ensino e de
aprendizagem, sendo que, no contexto atual observado, a maioria dos pais
comparece na escola apenas para fazer a matrícula do educando e, por vezes,
passam o ano letivo sem conhecer pessoalmente o professor, quais os objetivos são
desenvolvidos no programa em que o aluno frequenta e qual deve ser seu papel
neste processo educacional. A preocupação presente estava em desenvolver,
nestes pais, o sentimento de pertença ao ambiente escolar e consequentemente o
seu comprometimento com o processo educacional. Faz parte deste trabalho o
relato de alguns encaminhamentos que foram escolhidos para alcançar tal fim e as
reflexões realizadas durante as atividades propostas a partir do comportamento dos
pais/responsáveis participantes.

Para auxiliar na pesquisa teórica que antecedeu a implementação do Projeto


recorreu-se a autores como Leo Buscaglia (1993), Maria Tereza Maldonado (1997) e
Augusto Cury (2003), e também documentos como a Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional – LDB, nº 9.394/96 e as Diretrizes Nacionais para a Educação
Especial na Educação Básica (2001).

Estes autores tratam a importância da participação dos pais/responsáveis no


processo educacional como fator imprescindível para o adequado desenvolvimento
integral dos educandos, considerando seus sentimentos e os saberes que trazem
como resultado da história vivida por eles.

Dentro da metodologia empregada para a pesquisa, utilizou-se de


entrevistas com os pais e aplicação de questionário com os profissionais da escola
envolvida. Após o levantamento de dados, as atividades foram planejadas levando-
se em consideração as necessidades e interesses do grupo para aquele momento.
A avaliação ocorreu de forma processual, por meio da observação e conversas
estabelecidas com os participantes.
4

Vale ressaltar que a implementação do projeto de pesquisa ocorreu durante


o primeiro semestre de 2009, sendo um tempo relativamente curto para observar os
resultados esperados, pois o almejado é que os pais venham a requerer da escola
uma prática que os auxilie a desempenhar o seu papel no processo educacional de
seus filhos, antes de cobrar-lhes esta postura. Sabe-se também que este é um
processo que não ocorre de forma imediata, devendo o mesmo ser construído com e
por eles. Mas, mesmo neste tempo limitado foi possível perceber a crescente
frequência e o relevante interesse destes pais durante as atividades desenvolvidas,
o que poderá trazer resultados benéficos aos alunos num futuro bem próximo.

2 DESENVOLVIMENTO

Sabendo-se da responsabilidade de cada uma das instituições – escola e


família – no desenvolvimento do ser humano, no projeto de pesquisa procuraram-se
formas para promover a interação e o compartilhar de seus papéis e
responsabilidades no processo educacional.
Uma das primeiras atividades desenvolvidas durante a implementação do
projeto, foi a realização de conversas com os pais/responsáveis já participantes do
Grupo de Mães e Pais e aplicação de questionário com os professores e a equipe
técnico-administrativo-pedagógica da escola. Destaca-se que a participação no
grupo citado é das mães/responsáveis e foi possível observar nelas certo receio
quanto ao desconhecido – Projeto – e, em relação aos profissionais, surgiram
questões relacionadas às dificuldades enfrentadas no cotidiano escolar e
encaminhamento de sugestões para minimizá-las ou superá-las.
Um dos recursos utilizados para a maior aproximação das
mães/responsáveis participantes do Grupo de Mães e Pais foi a participação junto a
elas nas atividades artesanais já desenvolvidas, o que foi positivo, pois oportunizou
a criação de um vínculo de confiança, de equidade de relações, de troca de
experiências, enriquecendo e dando maior crédito às ações propostas no projeto. A
aproximação também se deu por meio de conversas, demonstrando o
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reconhecimento pelo saber que as famílias possuem e mostrando o benefício de


aliar este saber ao saber escolar e vice-versa.

Observando-se o número restrito de mães que estavam participando do


Grupo e considerando o incentivo da equipe multidisciplinar da escola para a
aplicação do projeto, foi estendido o convite para todos os pais/responsáveis da
escola, informando-os sobre os temas de cada palestra, datas e horários.

Para cada uma das atividades elaboradas para o Projeto de Pesquisa


procurou-se realizar a fundamentação teórica que subsidiasse a prática interventiva.

A partir do documento “Projeto Escola Viva”, produzido pelo MEC (2000),


elaborou-se o texto a seguir que procura retratar a visão histórica da educação
especial no Brasil, focalizando o indivíduo considerado diferente na sociedade e
como este vem sendo tratado desde a Antiguidade até os dias atuais.

Na Antiguidade, a organização sociopolítica se fundamentava no poder


absoluto de uma minoria numérica e a sociedade se caracterizava, essencialmente,
pela existência de dois agrupamentos sociais: a nobreza (detinha o poder) e o
populacho (dependente da nobreza, eram as pessoas que trabalhavam e
produziam). A essas pessoas destinavam-se somente as sobras, rejeitadas pela
nobreza.

Assim, o indivíduo diferente, que apresentava limitações e necessidades


diferenciadas, era exterminado por abandono, sem que isso representasse qualquer
problema de origem ética ou moral.

No período da Idade Média, com o aparecimento do cristianismo e o


fortalecimento da Igreja Católica, surgiu no cenário político um novo segmento
conhecido como clero (seus membros detinham o poder de excomungar aqueles
que os desagradassem). Ao povo, cabia o trabalho, a constituição dos exércitos e o
dever de enriquecer o clero e a nobreza.

Em função das ideias cristãs, as pessoas com deficiências não podiam mais
ser exterminadas, pois também eram consideradas criaturas de Deus. Desta forma,
dependiam da boa vontade e caridade humanas, sendo que algumas, como na
Antiguidade, eram aproveitadas como bobos da corte, servindo de diversão.
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A partir do século XII, a educação apresentava duas vertentes, sendo uma


de natureza religiosa (formava elementos para o clero) e outra caracterizada por
objetivos específicos diferenciados (poderia formar tanto para a guerra como para as
artes).

Como consequência desse modelo de sociedade, dois processos se


instalaram: a Inquisição Católica e a Reforma Protestante. Aqueles que se
manifestavam contrários e discordantes entre o discurso religioso e as ações do
clero, sofriam perseguição, caça e extermínio, sendo considerados hereges pela
Igreja. As pessoas com deficiências, durante esta época, também sofriam
perseguições, torturas e exterminação, caracterizando assim, um dos períodos mais
tristes da história da Humanidade.

A Reforma Protestante, liderada por Martinho Lutero e que culminou com a


separação da Igreja Católica e a formação de uma nova igreja, foi resultado da
indignação de tal situação por algumas pessoas do próprio clero que buscavam uma
consistência entre o discurso e a prática cristãos. Nesse processo, esperava-se que
melhorasse a situação para as pessoas com deficiências, no entanto, elas eram
vistas como demoníacas ou sofredoras de culpas alheias.

No século XVI, com a Revolução Burguesa, que implantou uma nova forma
de produção (capitalismo mercantil), mudou-se a forma de tratar a deficiência, vendo
sua natureza orgânica, como produto de causas naturais, não mais sobrenaturais.

Com os avanços da medicina, no século XVII, fortaleceu-se a ideia da


deficiência como processo natural (Tese da Organicidade).

Enquanto esta tese favoreceu ações de tratamento médico das pessoas com
deficiência, iniciou-se lentamente, a tese do desenvolvimento por meio da
estimulação para ações de ensino, que se desenvolveu definitivamente apenas a
partir do século XVIII.

Destaca-se, a partir daí, o paradigma da institucionalização, quando


conventos, asilos e hospitais psiquiátricos constituíram-se em locais de
confinamento, em vez de locais para tratamento das pessoas com deficiência.

O paradigma da institucionalização começou a ser criticamente examinado


por volta de 1960, baseando-se em dados que revelavam sua inadequação e
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ineficiência para realizar a preparação ou a recuperação das pessoas com


necessidades educacionais especiais para viver socialmente.

Saindo deste paradigma, dois novos conceitos passaram a fazer parte do


debate social, o da normalização e da desinstitucionalização, que defendia a
necessidade de colocar a pessoa com deficiência na sociedade, procurando ajudá-la
na aquisição de padrões da vida cotidiana o mais próximo possível do normal.

Assim, a ideia de integração começa a aparecer e localizava no sujeito o


alvo de mudança. Esse modelo se chamou paradigma de serviços e constava de um
momento de avaliação do sujeito, onde os profissionais identificariam tudo o que
seria necessário ser modificado nele para torná-lo o mais normal possível; seguido
da intervenção, com a qual seria oferecido à pessoa com deficiência, atendimento
formal e sistematizado e após, o encaminhamento desta pessoa para a vida na
comunidade.

Este paradigma logo começou a enfrentar críticas provenientes da academia


científica e das próprias pessoas com deficiência que já se encontravam
organizadas em associações, intensificando-se o debate de ideias acerca da
deficiência e da relação da sociedade com as pessoas com deficiência.

A partir deste momento, começa a ficar claro, que além de serviços de


avaliação e de capacitação, “cabe também à sociedade se reorganizar de forma a
garantir o acesso de todos os cidadãos (inclusive os que têm uma deficiência) a tudo
o que a constitui e caracteriza, independentemente das peculiaridades individuais”
(BRASÍLIA, 2000, p.18).

Ao conjunto dessas ideias deu-se o nome de paradigma de suporte, que se


caracteriza pelo pressuposto de que a pessoa com deficiência tem direito ao acesso
aos recursos disponíveis a todos os cidadãos sem deficiências.

O que difere o paradigma de serviços e o paradigma de suporte (Inclusão


Social) é que o primeiro visava o investimento principal na mudança no indivíduo
(normalizá-lo) e o segundo pensava na ação de intervenção junto à comunidade
com o objetivo de construir a aceitação das diferenças e também junto ao sujeito
com deficiência.
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A leitura que a sociedade foi fazendo sobre a deficiência foi se modificando


no decorrer da história e também foi determinando e determina ainda suas ações
diante das pessoas com necessidades educacionais especiais.

Levando-se em conta a importância de toda a história sobre as deficiências,


para a primeira palestra desenvolvida para os pais/responsáveis foi planejado o filme
sobre o processo histórico de construção de um sistema educacional inclusivo no
Brasil (Projeto Escola Viva, 2000). Antes do filme, foi feita uma explanação do que
seria assistido, incentivando as mães presentes a observar e refletir sobre o tema.
Afirmaram ter aprendido muito com o filme, pois não imaginavam quais caminhos já
haviam sido percorridos pelas pessoas com deficiências. Com as colocações feitas
por elas foi possível refletir que as mesmas ainda não têm consciência de que
constroem a história, e não apenas fazem parte dela.
As mães se demonstraram envolvidas nas atividades propostas após o filme,
durante a aplicação de uma dinâmica, quando puderam “desabafar” os problemas
enfrentados no dia a dia em relação ao preconceito que sofrem por causa de seus
filhos com deficiências, aprendendo com o outro na troca de experiências e
refletindo sobre as atitudes diárias quando assumem para si todas ou a maioria das
responsabilidades familiares. Nesta oportunidade, também foram apresentadas a
elas as dificuldades enfrentadas pela escola quando esta não pode contar com a
efetiva participação das famílias no desenvolvimento educacional de seus filhos,
trazendo à reflexão os direitos e deveres que os pais/responsáveis têm para com a
escola e quais são os direitos e deveres da instituição escolar para com elas e seus
filhos.
Tomou-se como base teórica a Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional – LDB, nº 9.394 de 20 de Dezembro de 1996, a qual em seu Art. 2º, afirma
que é dever da família e do Estado a educação garantindo o pleno desenvolvimento
do educando e, em seu Art. 58, entende a educação especial como modalidade de
educação oferecida de modo preferencial na rede regular de ensino e, no parágrafo
1º do mesmo Artigo, garante os serviços de apoio especializado para atender
portadores de necessidades especiais, quando necessário, na própria rede regular.

Esta concepção apresentada na LDB 9.394/96 muda o enfoque que se dava


à Educação Especial antes dela, pois tira o foco do especial ligado ao aluno
passando-o para a Educação. Assim, como afirma Matiskei:
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[...] caracterizam-se as necessidades educacionais especiais, que estarão,


por um lado, vinculadas às características de aprendizagem diferenciadas
apresentadas por alguns alunos e, por outro, ao conjunto de recursos,
apoios e serviços especializados tornados disponíveis pelos sistemas de
ensino (MATISKEI, 2004, p.192).

A autora ressalta que a Secretaria de Estado da Educação do Paraná,


inspirada por esta concepção, vem desenvolvendo projetos que enfocam a inclusão
social e a promoção da cidadania de crianças, jovens e adultos e destaca também, o
trabalho do Departamento de Educação Especial que desenvolve ações destinadas
aos alunos com necessidades educacionais temporárias e permanentes, seguindo
as determinações do Conselho Nacional de Educação, previstas na Resolução
CNE/CEB nº 02/2001 e no Parecer CNE/CEB nº 017/2001.

Consta nas Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação


Básica que para:

Os alunos que apresentem necessidades educacionais especiais e


requeiram atenção individualizada nas atividades da vida autônoma e
social, recursos, ajudas e apoios intensos e contínuos, bem como
adaptações curriculares tão significativas que a escola comum não tenha
conseguido prover, podem ser atendidos, em caráter extraordinário, em
escolas especiais, públicas ou privadas, atendimento esse complementado,
sempre que necessário e de maneira articulada, por serviços das áreas da
Saúde, Trabalho e Assistência Social (BRASIL, 2001, p.35).

É importante ressaltar que o trabalho do Departamento de Educação


Especial da Secretaria de Estado da Educação do Paraná, como afirma Matiskei:

Está direcionado às diferenças individuais dos alunos com necessidades


educacionais e prevê a continuidade na oferta de apoios e serviços
especializados, tanto em contexto inclusivo, preferencialmente, quanto em
‘locus’ específico [classes e escolas especiais] (MATISKEI, 2004, p.196).

Preocupando-se também em trabalhar a educação em seu aspecto legal


com os pais/responsáveis, uma das palestras proferidas teve como tema -
Educação: direitos e deveres. Neste momento, retomou-se com os pais, o filme
anteriormente assistido, lembrando que muitas vezes eles próprios buscam a escola
dentro do paradigma de serviços mais do que de suporte, ou seja, cabendo a ela a
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função de assistencialismo e não promoção do conhecimento. Em relação a esta


questão, destaca-se a contribuição da professora cursista do GTR, Tânia Patrícia
Santo, que afirma: “A escola sozinha não é capaz de potencializar todas as
evoluções dos alunos. A família muito tem a contribuir, principalmente quando
falamos da autonomia e do processo de inclusão dos alunos” (21/01/2009).

Após a leitura do “Caderno de Apoio para Elaboração do Regimento


Escolar”, da Secretaria de Estado da Educação e Superintendência da Educação do
Paraná, fez-se necessário destacar alguns itens referentes aos direitos e deveres
dos pais/responsáveis para com a instituição educacional.

No Capítulo IV, Seção I – Dos Direitos:

Os pais ou responsáveis, além dos direitos outorgados por toda a legislação


aplicável, têm ainda as seguintes prerrogativas:
I.serem respeitados na condição de pais ou responsáveis, interessados no
processo educacional desenvolvido no estabelecimento de ensino;
II.participar das discussões da elaboração e implementação do projeto
Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;
III.sugerir, aos diversos setores do estabelecimento de ensino, ações que
viabilizem melhor funcionamento das atividades;
IV.ter conhecimento efetivo do projeto Político-Pedagógico da escola e das
disposições contidas neste Regimento;
[...]
XIII.participar de associações e/ou agremiações afins;
[...]
(PARANÁ, 2007, p. 80-81)

Dentre os deveres contidos na Seção II, destacam-se:

I.matricular o aluno no estabelecimento de ensino, de acordo com a


legislação vigente;
II.exigir que o estabelecimento de ensino cumpra a sua função;
III.manter relações cooperativas no âmbito escolar;
IV.assumir junto à escola ações de co-responsabilidade que assegurem a
formação educativa do aluno;
V.propiciar condições para o comparecimento e permanência do aluno no
estabelecimento de ensino;
[...]
IX.comparecer às reuniões e demais convocações do setor pedagógico e
administrativo da escola, sempre que se fizer necessário;
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[...]
XI.acompanhar o desenvolvimento escolar do aluno pelo qual é
responsável;
XII.encaminhar e acompanhar o aluno pelo qual é responsável aos
atendimentos especializados solicitados pela escola e ofertados pelas
instituições púbicas;
[...]
(PARANÁ, 2004, p. 81-82)

Sabe-se que apenas a tomada de ciência da existência do Regimento


Escolar não garante o comprometimento de todos os envolvidos no processo
educacional, no entanto, a importância no seu conhecimento está em assegurar os
compromissos assumidos, tanto pela escola quanto pelos pais/responsáveis já no
ato da matrícula.

Em continuidade à implementação do projeto na escola, para outra palestra


foi possível contar com a presença de 29 pais/responsáveis, que puderam ter
esclarecimentos sobre a parceria entre a escola e o SUS (Sistema Único de Saúde)
e pela profissional da área de psicologia convidada, foram levados a refletir sobre o
nascimento de uma criança especial. Dentre as reflexões oportunizadas, destacam-
se as seguintes: - O filho sonhado e o filho real; - Visão que os pais têm sobre este
filho; - Representação deste filho em sua vida; - Olhares de reflexão das pessoas
que olham este filho com deficiência; - Finalidade da educação deste filho (para a
vida ou para os pais); - A vida antes e depois deste filho nascer.

Durante o desenvolvimento do tema, alguns participantes expressaram seus


sentimentos, afirmando que deixam de viver suas próprias vidas para viver em
função do filho; sentiram-se culpadas pelo nascimento de uma criança com
deficiências; culparam a Deus pelo ocorrido; negaram a presença da deficiência até
que esta fosse comprovada cientificamente por exames laboratoriais; reafirmaram
que muitas vezes não é fácil a convivência na sociedade, pois observam os olhares
de pena por muitas pessoas em relação aos filhos com deficiências, sofrendo
preconceito devido à falta de informação, ou seja, as pessoas não sabem como se
comportar diante de uma pessoa com deficiência.

Buscaglia aborda em sua obra Os deficientes e seus pais (1993), os


sentimentos comuns em pais de crianças com deficiência(s).
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Os pais de crianças com deficiência(s) não se encontram mais preparados


para enfrentar esta situação do que aqueles que têm filhos ditos normais. No
entanto, a sociedade e, em especial, a escola costuma cobrar deles um
conhecimento e um comportamento muito além do que eles podem apresentar
quando se deparam com a dor da perda do filho que era esperado.

Buscaglia (1993) enumera alguns sentimentos próprios de pais que têm um


filho com deficiência(s). Como a criança perfeita não veio, é comum o sentimento de
autopiedade onde aparecem a lamentação, a decepção e a descrença. Muitas mães
culpam-se pela deficiência da criança, pensando que não se cuidaram o suficiente
durante a gravidez.

Também é possível aparecer a vergonha, pois o desejo dos pais quando


geram um filho é que este seja sua extensão e quando isso não acontece, os pais
podem chegar a recusar-se a ver outras pessoas.

O medo pode acompanhar os pais porque o desconhecido gera esse


sentimento e eles podem pensar que não haverá escolas para os filhos e que estes
poderão ser rejeitados pela sociedade. Outro sentimento que pode acompanhar o
medo é a incerteza do futuro da criança e deles próprios.

Pode acontecer um período de depressão, após o nascimento da criança,


que é quando os pais procuram fugir da realidade, apresentando apatia e vazio por
causa da profundidade da dor emocional.

Alguns pais poderão sufocar essa dor demonstrando alegria e tentarão


mostrar para toda a família e amigos que a vida continuará normalmente. Este
também pode ser um comportamento para esconder o real sentimento do momento.

Sobre estes sentimentos descritos, o autor considera que:

Essa não é uma lista completa dos problemas especiais que os pais de uma
criança deficiente terão de enfrentar, mas foi elaborada para que os pais se
conscientizem de que esses sentimentos são naturais, e de forma alguma
podem ser considerados anormais (BUSCAGLIA, 1993, p. 112).

A instituição educacional precisa reconhecer esse momento pelo qual os


pais passam para auxiliá-los a compreender e superar esta fase, encaminhando-os
à atitudes positivas em relação ao desenvolvimento da criança.
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Partindo destas considerações, destaca-se MALDONADO (1997) quando se


refere que a educação dos filhos é uma tarefa complexa e os pais apresentam-se
inseguros, desorientados e indefinidos em seu papel de educadores, o que traz para
os dias atuais grandes desafios.

O papel da família, basicamente, é oferecer um lugar onde as crianças


possam desenvolver, com segurança, sua autoimagem e aprender a relacionar-se
com a sociedade. Sendo para as famílias consideradas normais uma tarefa dificílima
a de educar os filhos, este esforço redobra quando a família recebe uma criança
com deficiência.

Quando isto acontece, se exige de cada membro familiar uma redefinição de


papéis, cobrando-se deles mudanças de atitudes e novos estilos de vida.

Em seu artigo “Um encontro inesperado: os pais e seu filho com deficiência
mental”, Góes (2006, p.2) afirma que “a confirmação de que a criança é portadora de
deficiência mental se apresenta como um transtorno psicológico importante para a
família”, causando conflitos entre os pais, outros membros da família, podendo
também atingir significativamente a própria criança.

Buscaglia considera esse período inicial da vida como um dos mais


importantes para o futuro das crianças com deficiência, pois:

É nesse momento que receberão ajuda para formar atitudes básicas em


relação à sua ótica futura – otimismo/pessimismo, amor/ódio,
crescimento/apatia, segurança/frustração, alegria/desespero – e ao
aprendizado em geral (BUSCAGLIA, 1993, p. 36).

É neste período que a família necessita receber ajuda e orientações sobre


quais problemas e ansiedades poderão passar e sobre esta questão, o autor afirma
que os pais “devem ser informados de sua responsabilidade e dos efeitos profundos
e duradouros que aquilo que fizerem, ou não fizerem, poderá ter no crescimento e
desenvolvimento de seus filhos” (BUSCAGLIA, 1993, p. 36).

Diante destas considerações, a escola tem o dever de apoiar as famílias a


buscar compreender seus comportamentos e contribuir para que os pais entendam
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esta fase, encaminhando-os a atitudes positivas em relação ao desenvolvimento de


seus filhos.

É necessário registrar que o envolvimento dos profissionais do setor técnico


da escola na implementação do projeto foi bastante intenso, sendo possível
observar o trabalho em equipe que realizavam, trocando ideias e sugestões para
cada uma das palestras que seriam proferidas, encontrando meios para comunicar-
se entre si e buscando o conhecimento sobre a condução de cada um durante os
atendimentos, inclusive a da família em relação ao dia a dia da criança. Além das
palestras comentadas neste artigo, outras também foram proferidas e merecem ser
citadas devido à importância dos temas para as famílias: Com amor e com limites;
Desenvolvimento da linguagem; Alimentação saudável; Higiene no desenvolvimento
humano; Importância de consultas, exames e uso de medicamentos;
Desenvolvimento motor e cuidados com a postura corporal; Sexualidade; Alcoolismo
e drogas.

O papel da escola em relação às famílias é fundamental, pois dependendo


do caso, muitos são os profissionais que trabalham com o educando com
deficiências e depende deles a comunicação estabelecida com elas. É necessário
que eles saibam que os principais responsáveis pela criança são os pais e estes têm
o direito de conhecer os fatos que se referem aos seus filhos. A família deve sentir
segurança quanto ao trabalho realizado pelos diferentes profissionais que deverão
atuar com dedicação, competência e desejosos do bem-estar do aluno tanto quanto
seus familiares.

Quanto ao trabalho em equipe, o autor destaca que a família e a própria


pessoa com deficiência(s), quando possível, são as personagens centrais no
processo interdisciplinar de acompanhamento.

[...] Estudos relacionados ao envolvimento paterno revelam o grande valor


de pais bem-informados como parte da equipe de reabilitação. Contudo, os
pais só poderão prestar alguma ajuda se forem tratados com a mesma
dignidade, consideração e respeito que qualquer outro membro da equipe
poderia esperar [...] (BUSCAGLIA, 1993, p. 283).
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É importante destacar que houve, durante a implementação do projeto, a


preocupação em acolher com alegria os pais/responsáveis em cada um dos
encontros e palestras planejadas, ouvindo seus anseios e angústias, seus
conhecimentos e dúvidas, suas experiências e expectativas em relação aos seus
filhos, professores, escola e sociedade em geral. Sobre este ponto, destacam-se
duas participações de professoras cursistas do GTR. A primeira afirma: “Antes de
serem cobrados, os pais serão esclarecidos e orientados a como trabalhar em
conjunto com a escola” (Silmara Aparecida Merlini, 19/12/2008). Em relação à
participação da família na escola, a segunda professora reforça a colocação anterior
e complementa: “A escola deve oportunizar e dar subsídios (dias, horários), para
que haja essa participação. Quando os pais sentem que são importantes no
processo de ensino aprendizagem de seus filhos, começam a interagir e participar
mais na escola” (Janine Aparecida Sielski da Cruz, 08/02/2009).

Outro direito da família é ter contato com outras famílias que têm filhos com
deficiência(s), para que possa perceber que muitas pessoas passam por situações
semelhantes e também para tomar conhecimento de novas ideias, estratégias e
procedimentos. Também foi tomado o cuidado para que estes momentos
acontecessem, incentivando-se a participação ativa dos participantes durante as
palestras e nos momentos de descontração, quando saborosos lanches eram
servidos. Importante lembrar que a aproximação entre as famílias já acontece na
rotina de atividades proporcionadas pela profissional responsável pelo Grupo de
Mães e Pais.

Após as palestras, conversas com os participantes eram incentivadas para


acompanhar como as famílias estavam recebendo a nova prática da escola no
sentido de obter sua maior participação e alguns pais e mães relataram que estes
momentos estavam fazendo falta há bastante tempo. Também expuseram que não
tinham ideia de quantos profissionais estão em contato com seus filhos
semanalmente, que não tinham conhecimento de que a escola encontra problemas
para colocar em prática alguns destes atendimentos e outros admitiram ainda que
não conheciam o professor que trabalha com seu filho.
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Outra atividade que fez parte do Projeto de Implementação foi o filme “Meu
nome é Rádio”4. Com este filme foi possível refletir com as mães presentes, a
importância de desenvolver a autonomia e independência de seus filhos, dentro de
suas potencialidades, a fim de interagirem na sociedade o mais próximo do que é
considerado normal, sem no entanto, construir expectativas tão elevadas ao ponto
de não poderem ser concretizadas na realidade vivenciada por elas e seus filhos.

Sobre esta questão, a professora Elizete dos Santos Brum, cursista do GTR,
fez uma colocação que merece destaque: “Assisti também ao filme, é maravilhoso,
capaz de nos levar a pensar sobre muitos aspectos do futuro de uma pessoa com
deficiência e sua vida em sociedade. Com certeza, os pais devem ter gostado muito
e se emocionado em ver a sua realidade em outras vidas” (25/05/2009). Ainda sobre
as reflexões feitas depois do filme e relatadas no GTR pela pesquisadora, a
professora Leni Barboza de Oliveira destaca: “As expectativas geradas em todos os
participantes revelam que as situações presentes no filme encontram-se também em
suas próprias vidas” (26/05/2009).

Enfim, dentro do contexto atual, no cotidiano escolar, tem sido discutido


frequentemente qual é a função da escola e qual é a função da família. Uma
instituição tem transferido para a outra a responsabilidade pelos resultados
negativos quanto à educação de crianças e jovens. Diante disto, a questão que se
coloca é: Qual é o papel da escola em relação às famílias, já que a presença efetiva
delas no processo de desenvolvimento da criança com deficiência é pungente e traz
efeitos significativos sobre ela?

Cury traz para reflexão a importância do trabalho realizado pela escola ser
em conjunto com as famílias quando afirma: “Pais e professores são parceiros na
fantástica empreitada da educação” (2003, p.54).

O autor também enfatiza a questão de os pais nunca desistirem de seus


filhos assim como os professores nunca devem desistir de seus alunos, e ainda
poderia ser acrescentado que a escola não deve desistir das famílias, mas resgatá-
las fazendo um trabalho em parceria.

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Produzido nos EUA, em 2003, sob direção de Michael Tollin, tem como foco a história de um rapaz
com deficiência mental, que após fazer amizade com o técnico de futebol, Harold Jones, de um tímido
e atormentado aluno, excluído por seus pares se transforma numa inspiração para sua comunidade.
17

3 CONCLUSÃO

Os resultados obtidos, a partir de uma análise qualitativa da fala dos pais,


palestrantes, equipe pedagógica e multidisciplinar da escola e das contribuições das
professoras participantes do Grupo de Trabalho em Rede – GTR, bem como as
observações e anotações realizadas no período de implementação do trabalho de
pesquisa, permitem dizer que houve mudança de comportamento nos pais
participantes, considerando que inicialmente havia ansiedade em relação ao tempo
de duração do encontro no primeiro dia de atividade e no decorrer, alguns pais
ficavam após o término das atividades para esclarecimento de dúvidas e
procuravam os profissionais para falarem de problemas particulares, demonstrando
maior confiança.

À medida que as palestras foram acontecendo, esses pais traziam novas


sugestões de temas para palestras futuras, sendo que a profissional responsável
pelo Grupo de Mães e Pais deu continuidade às mesmas e já há propostas de
atividades semelhantes para o próximo ano. Outra sugestão levantada por eles foi
quanto ao horário, diversificando-o também para o período noturno a fim de
oportunizar outras famílias a participarem.

A equipe pedagógica da escola ressaltou como ponto positivo a


aproximação entre a professora-pesquisadora com os pais/responsáveis, realizando
as atividades que as mães já estavam habituadas a fazer nos momentos em que se
encontravam no ambiente escolar, o que proporcionou acolhida, calor humano, o
ouvir, o vínculo de confiança e de igualdade de relações, a troca de experiências,
estimulando assim, a participação mais significativa dos pais, bem como
enriquecendo e dando maior crédito às ações propostas no projeto.

O trabalho desenvolvido em conjunto com a equipe multidisciplinar foi de


extrema relevância, pois abordou questões que estavam diretamente ligadas às
dificuldades encontradas no desenvolvimento do trabalho de cada funcionário da
escola, percebendo-se a dedicação e o comprometimento dos profissionais
envolvidos, com o preparo do material, a atenção dada aos pais ao esclarecer
dúvidas e ao atender os casos particulares. Foi possível observar que o projeto,
18

inicialmente construído de forma isolada, passou no decorrer de sua implementação


a ser de todos os profissionais da equipe multidisciplinar.

As professoras participantes do Grupo de Trabalho em Rede – GTR, Curso


de Formação Continuada oferecido à Distância, muito contribuíram com as análises
que realizaram a partir da leitura do Projeto de Pesquisa, bem como do Material
Didático produzido, afirmando que muitas das ações estavam sendo reaproveitadas
em suas escolas e, às vezes, também sugerindo diferentes ações já colocadas em
prática, enriquecendo e propiciando aprofundamento nas análises realizadas
durante a implementação do projeto.

Importante ressaltar o estudo teórico realizado que subsidiou toda a prática


interventiva, possibilitando maior confiança nas tomadas de decisões, nos
esclarecimentos prestados aos participantes e que contribuíram para as reflexões
aqui presentes.

Também foram observados pontos negativos relativos ao espaço


inadequado para a realização das atividades, mas que no decorrer foram resolvidos
com a construção de um espaço próprio para as atividades do Grupo de Mães e
Pais e que hoje é usado também para a reunião de pais.

É necessário ressaltar a avaliação realizada pela equipe pedagógica da


escola que enfatizou a importância do tema do projeto, afirmando que o mesmo veio
ao encontro das reais necessidades e objetivos da mesma, havendo o interesse de
que este trabalho seja adotado como prática educativa daquela instituição escolar.

Considera-se que se isto realmente acontecer, possivelmente será mais


efetiva a participação da família no processo de ensino e de aprendizagem de seus
filhos.

É possível afirmar que o Projeto mesmo tendo sido implementado numa


escola especial, as ideias contidas nele também possam vir a contribuir com a
prática pedagógica das escolas regulares, ainda que adaptações sejam necessárias
às suas especificidades.

Por fim, é importante reiterar que a relação escola e família deve deixar de
ser meramente discursiva para tornar-se concreta no espaço/tempo onde as famílias
possam exercer o direito de fala dos seus sentimentos e saberes.
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REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial Diretrizes


nacionais para a educação especial na educação básica. MEC/SEESP, 2001.

_____. Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial, Projeto Escola


Viva. Garantindo o acesso e permanência de todos os alunos na escola. Alunos com
necessidades educacionais especiais. Visão histórica. MEC/SEESP, 2000.

BRASÍLIA. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, n° 9394 de 20 de


dezembro de 1996. Senado Federal. Gabinete do Senador Flávio Arns.
Brasília/Distrito Federal, 2007.

BUSCAGLIA, L. Os deficientes e seus pais. Trad. Raquel Mendes. 2.ed. Rio de


Janeiro: Record, 1993.

CAMPO LARGO. Regimento Escolar. Escola de Integração e Recuperação da


Criança Excepcional – E.R.C.E., 1996.

_____. Projeto Político-Pedagógico. Escola de integração e Recuperação da


Criança Excepcional – E.R.C.E., 2005.

CURY, Augusto. Pais brilhantes, professores fascinantes. 21.ed. Rio de Janeiro:


Sextante, 2003.

GOES, F.A.B. Um encontro inesperado: os pais e seu filho com deficiência mental.
Psicol. Cienc. Prof., set.2006, vol.26, no. 3, p. 450-461. ISSN 1414-9893.

MALDONADO, M.T. Comunicação entre pais e filhos: a linguagem do sentir.


22.ed.São Paulo: Saraiva, 1997.

MATISKEI, A.C.R.M. Políticas públicas de inclusão educacional: desafios e


perspectivas. Educar. Curitiba: Editora UFPR. No. 23, p.185-202, 2004.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.


Coordenação de Gestão Escolar. Caderno de apoio para elaboração do
regimento escolar. Curitiba: SEED – PR, 2007.
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AGRADECIMENTOS

À Secretaria de Estado da Educação do Paraná, pela criação do Programa de Desenvolvimento


Educacional – PDE, recurso inovador para a formação continuada dos professores da rede;
À Prof.ª MS Débora Pereira Cláudio que tão bem orientou o Projeto de Pesquisa e o Material Didático
produzidos durante o primeiro ano do PDE;
Ao Prof. Dr. Paulo Ross, que durante o segundo o ano do PDE conduziu as análises e reflexões
realizadas sobre a prática interventiva na escola e que resultaram neste artigo;
À equipe administrativo-pedagógica da Escola, pelo apoio oferecido para que fosse possível a
implementação do Projeto de Pesquisa;
À equipe multidisciplinar, que acolheu o Projeto como sendo seu e não mediu esforços para que o
mesmo se realizasse;
Aos funcionários da Escola que participaram respondendo ao questionário aplicado;
Aos pais/responsáveis que contribuíram para as reflexões sobre a prática escolar, participando das
atividades durante a implementação do Projeto de Pesquisa;
À professora Madalena Vaz da Silva Soares, por sua insistência e incentivo na realização da
inscrição para o processo seletivo do PDE;
À professora Ieda Maria Gomes da Costa Zelenski, também professora PDE, que demonstrou sua
amizade, oferecendo apoio, incentivo e companheirismo em todas as etapas do curso.

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