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Trabalho com objetivo de comparar a locação regulada pelo Código Civil de 2003 com
a Lei do Inquilinato, ou mais precisamente, da Lei de Locações (Lei 8.245/91)
Diante da análise feita em comparação a ambos os institutos, é importante salientar
que, ambos se abraçam nos quesitos da teoria geral dos contratos, função social,
autonomia da vontade entre outros objetivos desses diplomas de alcançar um fim
comum e menos lesivo para os entrelaçados na relação contratual.
Sobre a Lei 8.245/91, mostra a importância de termos uma legislação especial sobre
tal assunto, pois o que mais se aluga são os imóveis, tanto rurais como urbanos, a
importância é tão grande que desde 1922 existe leis especiais sobre essa modalidade
de contratos, pois o Código Civil seria incapaz de regular a modalidade de locação de
imóveis urbanos.
Mais tarde na década 60, surgiu mais uma lei especial que se dedica a imóvel rural, a
chamada Estatuto da Terra (Lei 4504). Essas Leis são próprias dessa modalidade sendo
mais minuciosas, abordando profundamente os temas da relação locador/locatário e
vice versa, desde que versem sobre bens imóveis.
Código Civil – locação dos móveis, todo bem móvel. Automóveis roupa, objetos, e até
mesmo locação de estacionamento de veículos, espaços para publicidade (mesmo de
residência), aparte hotéis, hotéis residência que presta serviços de limpeza e
alimentos, arrendamento mercantil (o chamado leasing).
Existe Lei Administrativa que regula a locação de imóveis públicos, que não será objeto
de análise nesse momento.
O Código Civil é mais conciso, tendo no artigo 565 a definição da locação por ela
regulada.
O artigo 566 do Código Civil, elenca dois deveres do locador, que é a entrega do bem,
bem como a garantia do contrato;
Os deveres do locatário com Código Civil, vem disposto no artigo 569, a quais são
praticamente quatro, a Lei do Inquilinato preve Doze deveres, como veremos:
Usos convencionados, cuidado, pagar pontualmente, devolver em boas condições,
comunicar um possível turbamento de direito ao proprietário (Código Civil – se o
contrato não disser qual dia do pagamento, obedecerá os costumes do lugar – Lei d
Inquilinato, não dispondo o contrato, quando do vencimento terá que ser pago até o
sexto dia útel do mês seguinte do vencimento)
Na Lei 8.245/91, a ação única para o locador recuperar o imóvel é a ação de despejo,
que também é regulada pela Lei do Inquilinato.
Outras diferenças, o Código Civil se limita regular o contrato de locação pela ótica civil
(direito material), regime civilista, a Lei do Inquilinato é desafiador, é ao mesmo tempo
Direito Civil nela contida, com deveres e obrigações ampliadas.
É também uma lei penal,– tipifica contravenções penais, com pena privativa de
liberdade.
Tem função social, pois protege o locatário residencial, das arbitrariedades do locador.
A locação se for pessoa jurídica não se considera locação residencial, e sofre algumas
limitações.
Efetividade – o direito a ser almejado é mais ágil – a Lei 8.245/91 acabou com os
recursos protelatórios, criando a ação de despejo como rito ordinário com liminar
(característica de rito especial), sendo uma antecipação de tutela, rompendo velhas
tradições processualistas.
há 2 anos
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a) locador: proprietário;
b) locatário: é o inquilino.
5- Objeto:
...
Dois tipos:
Preferência (27-34)
No caso de venda, promessa de venda, cessão ou promessa de
cessão de direitos ou dação em pagamento, o locatário tem
preferência para adquirir o imóvel locado, em igualdade de
condições com terceiros, devendo o locador dar-lhe
conhecimento do negócio mediante notificação judicial,
extrajudicial ou outro meio de ciência inequívoca (art. 27).
Locação comercial
“Quando o empresário é o proprietário do imóvel em que se
estabeleceu, o seu direito é de inerência ao ponto é
assegurado pelo direito de propriedade de que é titular.
Quando, entretanto, ele não é o proprietário, mas o locatário
do prédio em que se situa o estabelecimento, a proteção do
seu direito de inerência ao ponto de corre de uma disciplina
específica de certos contratos de locação não residencial que
assegura, dadas algumas condições, a prorrogação
compulsória.” (Ulhoa, p. 103)
“Ponto é o local em que se encontra o estabelecimento
empresarial. A proteção jurídica do ponto decorre da sua
importância para o sucesso da empresa” (Ulhoa, p.102)
11“Na maioria dos casos, o estabelecimento empresarial se
encontra em prédio locado pela sociedade empresária.
Quando assim é, o trespasse envolve necessariamente a
cessão da locação, que depende de autorização do locador ou
pode se ocasionar a rescisão desta em 90 dias seguintes a
publicação. O adquirente do estabelecimento empresarial
situado em imóvel locado, desse modo, deve negociar não
apenas com o titular do fundo de empresa (o l ocatário), como
também com o dono do imóvel (o locador), pagando eventual
mente l uvas a esse último. A anuência do locador para a
cessão da locação pode ser expressa ou tácita,
caracterizando-se a última pela sua inércia, no prazo de 30
dias, após a notificação do trespasse. Se não manifestada a
concordância, por uma dessas formas, sujeita-se o adquirente
à retomada do imóvel, a qualquer tempo. Além disso, o
empresário não terá direito à ação renovatória, ainda que
preenchidos os requisitos legais característicos da locação
empresarial, mesmo que o locador não tenha manifestado
oposição formal. (...) A fim de preservar a integridade de seu
investimento, o empresário, ao locar seu imóvel para a
instalação da empresa, deve negociar com o locador a
inserção, no contrato de locação, da anuência prévia para
eventual cessão ou outra disposição contractual expressa que
contemplea sub-rogação. Se não conseguir essa condição
negocial no início do vínculo locatício, ele poderá vir a ter
dificuldades para recuperar o investimento, quando do
trespasse, caso o locador imponha luvas excessivas para
anuir com a cessão do vínculo locatício.” (Ulhoa, p. 122)
Requisitos:
É necessário, para que a locação seja empresarial, o
atendimento aos seguintes requisitos do art. 51 da Lei 8245/91:
a) Contrato escrito, com prazo determinado
b) Mínimo de 5 anos de relação locatíci a