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.
a dâ.d,áctic;iade "Os Lusíadas"
e colfi!,>;aS•.
.• ··. .. . Umaproposta que não
sej;>,o,ri:ti:o&.d,é},
pa~ que, ganha a eXPeri~ncia no novo
·· ser ~fol'lllu;Lad<Í;·· .•
~er~ comprazer que se reoebel"ão,
· q~rA~ cÓlegaç :e:X:perientesquer de joven~ que
'ª a.(i~11;er•.O'imP<:>rtante ..~.que se acz-ed te í,
vivo reconhecimento
a· àtingil' no· estudo de uma obra li ter,áriaº
estétióos, ideol;i1gioos e morais oontid:os na
compreensa.o"ma s exa.êta
í
norma lin-
do tex't.o
_evolução da l!ngua
e enriquecimento
,e ~n:tes ~e concretizar indicações d.e ordem did4ctica. relati-
Vàâ i!.c estudo !ie "Os Lusíadas", seja-nos permitido introduzir él.lg11111aE1
.···cóns:i;der@.9Q°es, talvez peJ.'.tinentes e necessárias, sobre os. ob~ectivos
···.•/'â.; atingi!'. no •estudo de uma obra· literária (mesmoestudada a. nível de
·· gerl!,1 de ~iceu).
··
".· . .•·.. Obsefye-Se'~ .por&m,qÍlf'leste cti;t4rio de a.ril''i.IÍ,Çâô' Íia. ~b~. ,·
li;ter~ria não s6 l.mpÜqa'a, atenção 'aos aspectos. tJ'.a.~ic~onl!l.'lmente cM,;..
Iliªªºª formais, oonsti tuídos por ..um ·conjunto .de elem~ntos .que caracte'.'
•riza a es,trutura e oà materiais da obra liter,ria :...c:i~em.e ,e.trut!i.;..;.0,
7a Pf.• ll!ln'atilr:ª' esqUema.do enredo, pa:ra~elismos'de constru_ção~-ilná"." ·
g].níátioa, sistema. de metitforas, es.tl.lo comparativo,., mitologia, es:...')
tru.túra mátrica, esquema.r!tmico, caracter!sticas do glne~C)_l~teri:.: ;/
,rio a .que Pertence; etc• -,·mas' abrange aindl!l.o processo tota'l. d~ •.~:,,··
laboração e de transfigurl!.9ão liter4ria., o si~ifioat1tece o,.sign~fi:.,;
ca.d0, na medidl!l.• em que. engl~ba o tema. e as r~corríncia,à qt1e.iJDpl:ioat •
·.a intriga. .ou.•acção L ..a s :i,tiia.ção.e -.ca.racteriza.Ção da_s•·9il~Ei- e ~rso~ -,
~ns, arelaçiona.Çl!l,O ~ dependbcia ent~·esta.s, -O Íde~rio que O autc:j:l'i
<'.e!rllrimeat-ravás 4eias, o. carácter .das. suas intervençÕe.s. pe11soais,. ··
···
·.eté., · elementos cónsiderados tradicionalménte eeee iiiçlufdos -Dá" Ilia....,.·
·t4ria 'ou contel1do.
o
,~ ~.nossa, pois. .Poet.a soube .fixar aquisições. e oonstruçÕ\J.~.·jõt · r •. !
·~talizadas, Bl)l>e~te aspecto, PE!los'se.us predecessores e éontem- . .. •. ../~
P().:t'~neos,.dando sentido novo a termos jét empregados por ou,1;.l'OS;' ---~~- ·-~-·~~·· ij
a.\tt<l~ª. ou in1;rodulilind.oneologismos e latinismos gra.~i'1cais e ·
~~;itiç~~s com 1;al P,r!)Prisda.d.eque ainda hoje os_~t'imos ou, pe7
10.íl\enos.fsomos····-·•··sens!veis
·;'..:;.e.";'>···:.'-.~--''';_:-···...:_.•'·,_:,· ·-
><_·.' ,-- ·-. ..
·- .. -~-
'à sua: bele~·~vel.
< • .: 'Xas o J.tortU:g'uêf.l
cÍl.moílianodiéti~~...:se al:t>Ciã.
il~r:-cio~~-'d.e~::t
}cr~t}v:os e' picturais, .'!>aséadós essencialméiite. na arte' 00111 ~e: Cà.niÕes'
~~4a.ptou o eàtiJ.o cÓmparativo, caracterfs'l;ico. das li tera'tlll'a.13'.(::Laséi;.;;
; ()as.JAssith7 so'!>·? aspecto ·linguístico, ta.m'l>4inse associam na. êpoP,da
a a;rte do Poeta· e o aprendizado pulto,. numa adà.ptaÇão genial ••·.qu.~. eia,...·
;,; :l!~éteriza ainéj.a hoje superiormente um estilo individual. Note""".~eai1;1.0
'.•'.}-jcUi ~. imp~rt~n'çia do conteiic1o da obra. camonâana' pa;ra a fixáção"Z'e~ativá'
'"'::do·~ortí.tguê.s ·literé'.rf!>•· Compare"".seain(la: a moçlernid.ad.e·da l'íngua,:e~ .:
·.füJ:'~giÍ,dapó!- Càniqes, çom :a do11..humanistas aeus contempor&neost nâo:13~ ·
a.·
;' fl~I1Síyel· proi!micJ.ade •Úngufst ic~ .co.m.O.fiÓSéo tempo, •.Ôo~O.~e:i-mtuie-.
· 'o:e ce;rta C(l!Ícepção dã vida., certo<matiz da •sensibilidade,aspe<l;tos Í>.e.:.
çuliàres de 'um povo que ó. Poeta soube captar e com que se 'ide;iltificou.
.·:··:
·•···
.•·.·: EVidencf~.--s.~·âf~d,i.t.â: .oriMna.1 idáde. e sentido
..•.•....•
9J?9etâ. '$v.pera'a;S'i1tié\ildades inerentes à estruturá inovadorà>--
}(iára,f:t11riza I/' ep9péia pott1.ljgllesal O enco~tro entre OS,dois pla-
. aá-viagem.e,da mitoiÕgià.-·e a glorificação dos :feito.e dos.·na-,.
·à, .sl,UÍ.·mitificaÇãÕ;''ª -~xaltação dos factos her6icol{/a.nte~ ·
·.';t'Élri()res à, v;ia~ní; â expressão doa valores rena.scentis-
1 • • •
6Uª;
__, . . . . . .Por' issp a mensagemé perene: interessa aos. portllgueses
iie ·fodos. os teóipo11;. independentemente da contingência dos factos his-
/\ •.t.-6riços'.e .•dai;i·conjunturà.i;i políticas porque incita. à prática das vi:t-tu .
-: ·.des;necessárj_i;i.à a ..um povo em qualquer época da sua hist6ria r: a enéf=
gia; a_coragem1' a inteligência, o saber-2onsCiente e seguz:o, a a.~dá-
/eia na concepçj\o .e a firmeza na realiZáçao de qualquer empresa, a su-
,.~,i~,l'dina~é:o dos, interesse13 particulares ao bem c2mum; atinge o homem
· · do .ru;tu:r0, ná l!le!iida em.que exprime a valorizaçao do esforço humano
'â:o ·se:rviço ·de um ideal de inais perfeita ·humanidade. ·
-.',Pp:r;"Ço.lio
é acel1tua:t- novamente que os valores ideológicos se·
,j_dent'ificaira;p.aepopeill. portuguesa,·com_os valores morais, dada a no
.· · ,co.?i,cepç~-6épi<?a que c~J;'act~riza o Poema - o que constitui uma das
~~~paii;i)'fl-Z~esde, sua.modernidade.
No.·entl!Jlto,. coriv:éma;inda p6r .emrelevo
:raiE!, imbuídos de sentido crítico, de ~avidade e
da, expre1:1J1os sobretudo nae cons:i,deraço.es com.· que
cantoii;, ou nas re:riexÕes com que o Poeta comenta
epis6di!>s• ,E :faça-se notar a inte·nção com que o Poeta as
:funçãó que desempenha.ln no Põemâ; da.da a·sua ca.tego:ria. de elementos
uma construção'a.rci:uitectcSnica: diminuindo a vibração guerreire. do poe=
Jlla.épico, estão per:feitamente dependentes da acção de caga. canto e:
bro'tam dela comoensinamento necessltrio que muitas vezes re:flecte .a
experi8nc::ia dolorosa do prcSprio Poeta e que convirá tra.nsmitir aos ho-
mens. Camõesretoma, a.:fina.l, a f'ulição do vate, do conselheiro, tio
querida a.os humanistas. -
...
da m~nsa.~mde ."Os Lusíadas"
.:,:
ainda. hoje são digDas de admiraç~o .il; quan'tida'
e a varieckde d.o sàber condensado ria epopeia - histcSrià Un.iversãl,
geogr_atia, astronomia, mito;logia clássica, literaturas. antigas
tempoi'll.neas, cibo.ias ~da Natureza, cibcia náutica, eto •.•• é. a
0idade com que este;tieatnente em1>regou esse sab.er.
In'trodugão·
.·••• ·., . ·..··. Não iinporta leva.r o d~scente ao chamado s_aber nocional ,ou
;~~11i.ssi:f'Í.Cativo•'; Com.e:f'e!Lto, de '~e val_ed levá-lo a designar, por
•.f!ix.em,!lló, esta ou aquela proposiçao de coordena.da ou subordinada, se
/::!~lhe não t.iver _ét1sinadoo que estes esquemas sintd:cticos :signi:f'i-
~aqi:_Íiamente de quem os utiliza? .De que servirit que ele class1fique
·Y .um~c"s1frie proposicional .de assind,tica ou sindética, se não for ie:..
, ·vado·tambémà corripreensâo dos ·seus valores funcionais? ·Ser4 sufici.;.
· · :e\11;eensiná-1<;1a mudar uma oração.;,. da voz a.ctiva. p&J;'aa, passiva, sem-
.se Lhe mostrar o que -esta conversao implica ao plano oon"Qeptual?Le
~L~v9.r-àeo mesmoa di-zer que determinada :f'ormaverbal se encontra no-
[\pret&rito imper:f'eito ou no pret~rito perfeito desté- ou da.Q:u.él~ mo-
•/ ô:oi3, Éieín·eerealçar o sJg?!i:f'icado dos universos temporais que tradu
; sem ou·~a obje0tividade· ou subjectividade que deixam transpa.reÇer, -
••.•
:contribuirá ainda pàra algum progresso interpretativo? Tra.nsf'ormar
iiieoanfca,me,llte,.como_mero.,u:eroíoi.o de. aplicação,, um discurso direc-
. ,;.to. nUlJl'.indirécto,possuirá para o mesmoe_feito real utilida.de? Como
fsal:>el)lo13; descobrir,. a.nalisendo0, os processos grematioa,is de um es-
}critcré percel:>e;rum pouco do uso consciente ou intencional que ele
--f"azde -uma línguâ. que herdou dominantemente ao nível da: linguagem
comum.
a) Tra,ba.lhosde. grupo
b) Deba.tes
3 - Seri!'.Veloso umher6i?
4 - Que valor a.tribuir 11. uhliza.ção do dinheiro pelo ho
mem?Ésta.râu as suas ide ias -de acordo com às que· -
Lufs de Ca.;Õesa.presenta. no e. VIII, 96, 97, 98, 99?
d) Dramatizações
nuz-amerrte visue.is:
i\,uxil:iareà sonoros:
exposição interpret'a:
de Desenho); -
dás naus";
110
colorido da nau melindana na sua visita a Vaspó
Gama"·
'·' -,_ . - - .
"A representaçao de Mercúrio".
e) Textos auxiliaress
João de Barros
Melinde -
tomou no zambuco,
O que el-rei. mui-
Gamacomoel-rei, seu
maiores naus que aquelas,
com as quais o poderia. Hju
el,.-Tei conta que, a pouco-
rei poderoso pa.ra.·as suas.
__ Bapedí.do ~Vascoda Ga.madele, depois que o deixou
_tornou-se aos navd os , e os dias que ali e1:1tevesempne., f'oi _visi.:..:
de l e com muit~s ref'r;scos, que deu cau.sa a ser tamMpi visitàdo i:.
de· uns mouros que àli estavam do reino -de Camba.iaem as naus que lb..e
tinham dito- os niourcil'Ique .t._o_mou
no zampuco. Entre os quais viera.nl-_
-.-certó_shomens a que,..chamamBa.neanes do mesmogentio dci._reino de caín-
haia., gente tâ:o ,religioslJ, na seita de Pitágoras, que _até a. iniund{cie
que criam em si :nâ:oniat<irn•nem comemcoLaa v.iva. Estes, entrandÓ em
o navf,o de Vascq da Gama.e vendo na sua câmana; uma imagemde Nossa
- senhora em Umretábulo de pincei e aue os nossos lhe f'ázia.ni'reve-rên-
caa, f'izeram eÚis adora._çâ:ocom_muitÔ maior acatBJíJe]lfo;.e, co'!1ogerij;e
cttie se delei ta.va na, vista daquela. Lmagem, logo ao outro d.La tornaram
'a ela, oferec,endo,,.lhe cravo, --pimenta e outras mostra.a de espeqia.rias
_dà.s que vieram al·i _vender, e se foram contentes dos nci.ssos :pelo·aga..:..:
srüho que recebéra.m· e manéira de sua a.doraçâ:o; te.mbéme-l:es_f'icárain .. _
satisfeitos do seu modo, parecendo..,.lhes "Ser aquéla mostra de a.lguma_
()I'.ista.ridade,que heveria na Ind.ia do tempo de s. Tomé; entre os quais·
'vinha um _mouroguzM·a.te1 de naçâ:q, chamad.z Maleno Ca,né,, ii _qual aesim .'
peLo cóntentamento que teve dE!:conyersaçao dos nossos, como po;r,com..:
prazer. a el-rei que_buscava piloto: para lhe -dar, e.ceii:ou querer ir
com eles. Do saber- do qual, Vasco da.Gama, depois que praticou com e7
le; fiCOUmuito COj'ltente, principalmente q\landoJhe mosí:rouuma car:..
·ta dé tod;;i;:a costa de. In'dia &rr,uma.daao .modo dos mour-os, que era em
meridianos e paralelos mui mjildos ·••
-"Ãsia'' - Década
Va.sqo ela,Ge.ma:
é recebido
7- Senhora.,;-4e:i.:ícai-vor;í·
despir e lembrai-vos que todos ~sce-
nus.1 e pois <list-0 é ))eus _serv'ido, sede v6s contente que El~ haverá
· que se,ja isto 'em·penit3neia dos ncasos pecados. ·
11e·tornou a meter pelo mato, onde deaapar-eceu sem ma.Lsse sa.ber dele; --
e siimpre se presumiu que os tigres o comeram.
"/.si~'n - Dé.cadaVI •
.-,E, depois de, jantar veio o mouro -em uma zavra, em a qual o
rei daquela vila mandouum seu cavaleiro e um xerife, e mandoutrês
càrneiros; e mandoudizer ao capitão que ele folgaria. de entre eles
havez- paz e estarem 'bem; e que, se lhe cumprisse alguma.coisa. de sua
terra, que lho daria .commui boa vontade, assim os pilotos como qual
quer outra. coisa. :E o cap í,tão-mor lhe mandoud sez- que ao outro ilia-
í
-Mis;_ .
dizendo el...:rei ao cap t8:o que lhe roga.va que f'oaae "comel.e a
í,
casa folgar.!. 'e que ele iria dentro aos seus na.vios; e o capitão
disse que nao trazia licença, de seu Senhor para aai.r- em..terra, ·e
'ilt:l em'terra sa,!sse, que dar-ía de si má conta a quemo U'. manda-.
E orei tespondeu que, se ele aos seus navios fosse, que conta
â,à.rfa _dé si ao seu povo, ou que diriam? E perguntou comohavia; nome
o nosso re'i,. e mandou-,oescrever; e ·disse que, _se n6s por aqui tor ...•
nássemós, que ele manda .ria,
. um emba.ixador, ou lhe escreveria .•
.IJiui1ias
·bombardaa e e Le .:folgava muito de
to andaram obra de três horas.
2. !>lel.i'!lde.- A Volta
A see,imcl,a,
:feira, 'que :forà.msete dias do dito mês, fl'lrrios
pousar ·ae ava.nte.f!elinde, aonde logo el..:.rei mandouum.bal:'colongo;
O qual trazfa muita ge,nté, e mandou ca.rneiros; e ·mandoudi,zer ao oa
;iitão que ele :fosse benvãndo, que já havia dí.aa que esperáva,,por, '"'"
ele,· e as sãm mC1.ndoudizer outras muí,tas pale.vras de amizade é -pa~.
E el•reiclisse que
que ele d.izil".,.por amor d~.el-rei
· sj'!rvir e ser' sempre a seu :;ierviço
zina ao capitão, e mandou le.var o
~Ie.ste lug:.>.r
·e'l"tivenios cinco, dias, :t'olgl'!.dóS"
de· qi.ianto tra.balho tfoh:.>.mos .passado M tra.yessi1i
de· morrer. · ·
Pedifo }'11.nes
-------------
"Tratado da Esfera"
D• .João de Castro
Caminho
Nól<0íÍ:
--µ) Este. excelente descrição do noMvel fenómeno não pode deixar
de..causar admiração, pela perfeição e nunucLosa observação com que foi
feita. Para. melhor se apreciar, basta. citar a descricão das trombas m1J.,-
rÚima'8 que se encontra na Physica.l Geography de w.Íle:;iborough. CooTen
"Os mais importantes fénómenos vorticosos da atmosfera, diz ele, são
os turbilhões produzidos pela conflagração, vortices de poeira ou a.reilÍ.,
tromba,s,._tornados, e ciclones. Quandoumca.navial extenso e seco ou um
mato estao ar-dendo; vª-se sobre cada energica labareda.,. uma c9lumna de.
fumo, ascendendo em espiral e abrindo-se superiormente em fórma. de fu-
nil ••• As trombas teem luga.r entre os fenómenos mais singulares da na-
turez.a. são columnas de água ou vapor opaco Levarrtando-sae do màr e jun
tando-se superiormente au'.ma nuvemem flírma de cone invertido. A água.-
na base está em violente, àgitação, como se estivesse fervendos e a co-
lumna, ao paasoique cá.minha, revolve-se comviolªncie. perigosa,, mesmo
para grr.ndes nevios ••• A columna de. água pode explic2.r-.se supondo um
turbilhão na atmosfera, o qual, como o ar é impelido·p11.rafora pela for
ça centrifuga, cria o vácuo no eixo do movimento, no quaL -
certa altura. A cima d'esta a.lturaí a continuação opaca,
ser f'.orma.dade vapor, subindo da. parte inferior, ou baí.xando
Duárté Pacheco Pereira.
que a
experHlncia. é madre das cousas, .per ela
a verdade, porque o nosso César Manuel, inventi-
excelente ba.ra.o, mandouVasco da. Oama,comenda.dorda Ordemde
· e cortesão "de sua Conte, por c!l.pitão de suas naus e gente, a
e saber aqueles mares e terras com que nos os Antigos pu- ·
medoe espanto. E ind.o commuito trabalho achou o con
disseram.
_ rio do Inf'.arite em diante, no quaJ Tuga.r o'
·Sere·nissimô·Rei. D. João acabcu seu de'scobrimento e naveg~ção,. coL
mo.atrd:s é dito_, e correndó Vasco da Gema.,com.suas (ÍUa.tronaus ,
pera ª<Illela cqsta da incógnita. Etiópia sob'""F.gl.pto,achou a 'etiópi•
ca vila dé Melinde, onde soube as novas da. Jndia que ia .busoar-r e'_
dali, at:ravessa.zid9aquele grande g61fão de setece11t>wléguas ®e,
nàquele mei.o·jaz·/ deacobr-Iu e novamente soube ~1g\ía 1)a.rte·da·dese
jadà. !ndia Inferior.
Q.ua:rtoLivro do 11Esmer<>ldo
Capítulo .:r~
de. •.•os Lusía&i,s"
nr~Úmil'Í~rês .
Canto' I--
6 - Continuação-da narraçãos
- comentário global das ests~ 42 a 68: ,....na costa de Moçam
bique; -
estudo das ests.. 70 a 76 ,;.. maquinaçô'es de Baco para a
destruiç~o.dos Portugueses;
sugere-sé a leitura. atenta. das ests. 42 a 44 - r-ecomeç o
da narração ..• e 45 a 48 pelo à.pontamente realista que
encerram. As mulheres da Il!Ía de Moçambiqueainda hoje
se. vestem .aaaãm , '
Esta.e estl!ncia.s poderão motivar uma.aula. de projecçÕes
de diapositivos .sobz-ecoabumes de Moçambique.
- Carrto II -
8 - E!!\Lom~aça
Leitura e comentário gLoba.I. das eet s , l a 28;
estudo das .es t s , 29, 30 e 33,
- valor estético da.s exclam~.çÕesdo Gama- est.. 30;
- e. sUplic;{ do Gama à, 11Gun.rde. 80bere.nR" - Deus;
- a intervenção de Vênus;
- a presença.·do ma.ravilhoso cristão e pa.gao no mesmopasso.
10 - Partida. de l.:O.mba.ça
- Chega.da.a. rirelinde,
Comentário global das..est s , 64 a 107;
estudo das ests. 108 8.109;
sugere-se o estudo daa e·stârtcia.s f'Lnaí s do canto - 112 e 113:
- possível leitura de textos de cronistas que terão sido co-
nhecidos pelo Poeta;
referllhcia. a. fontes de informe.ção; .
- ó _Rei de Melinde pede ao Gama~ nar-r-a'tí.va da. Hist6ria. de
Portugal;
- o esquerna da futura narra.ção do Gamano.e ests. 109 e 110;
os navegadores. portugueses gigantes do reino de Nereu;
alusão ao sentido da verdadeira. gl6ria. - es t s , 112 e 113.
- Canto III ~
11 - Em!Ielinde
Leitura e comentário da':s est s , 1 e 2 - invoca.ção·a ca.Hope;
estudo das es t s , 3 a.·5_ f'a.l a do Gama
.•
O porquê de nova invocação il. musa de poesia êpica;
...:.
.sugere-se que se deixe bem nítida. a. ideia. da. mudança de
narra.dor;
- -justificação de ser a fa.la. do Gamnuma m'rração de tipo
retrospectivo.
'14 - Coriíentil:rio
·global das ests. 45 a. 95 - de Afonso He!ll"iques
a Afonso III;
·sugere-se o estudo de a.Lgumaedesta.s estitncia.s, comopor
exemplo: · ·
45 e46- milagre de Qurique;
53 e54 - a. origem da nossa bandeira;
57 - a.Conquista de Lisboa;
84 - morte de Afonso.Henriques.
Estud.o das es+s; 96 a· 99 - D. Dinis: '
éxplicáção do esca.ssÕ ni1merode esta. concedidas a este·
rei.
tro" de·.AntcSnioFerreira. · -
Comentário globa.l das ests. 136 e 137 - vingança de D. ·Pe-
dro; .
estudo··das esta •. 13$ e 139 - D. Fernando;
sugere-se a. leitura e comentáriõ a.tento das esta •. 142 e
143 - :fina.is de oàntci - pelas considerações rela.tivas ao
poder do a.mor.
Ca.nto rv·
21 - Est.udo des/ e at s v s l a. 3
ps.r-trda da.·arma.da-;
\. 13continuação da viagem;
14a vie,gem no Hemisfério .Sul - a
na.vega.çãoa.stro~mica ·e o "Cru
zeiro do Sul";
!6 n .23 "Ps pe.r-í.goaaa cousas ..do mar"
e ~5 a 27 desemba.rque na Baía de Sa,nta.
Helena. O uso do astrolábio .e
da Ca.rta..-de Ha.rea..r,
Far-se-á un» refergn~i2 globe.l às demaí,s estâncias não
referidns.
"Os Lunf ado.s",r-eveLo.dor-e
s do "Novo Mundo"- relacio-
ne-se, eventuvlmente, com e. le.i tura de textos auxil_:!:_
a;res;
o quadro de rea._lismo na.ture.lista. - o "lume vivo" e a.
"tromba i-;a.rítima" reveladores de uma.provável experi
ênc í.a do c.utor; - -
o vo.Loz-estético da·
expressão "Vi, cLaremezrte visto".
Canto VI ;:...
25 - No. lpdico. .
Com.antitrio ideol6glco global das est.s. 1 a ·69, com r.eferin-
cia particular ao conte11do.das seguintes:
·- ests. 1 a ·5 ...,pa.rtida dé Melinde e 'recomeço da v:j.a,gem;
- este. 6 a 34 - o. ÓQne!l.io submarino - noll'a traiçâif de
Baco.;
- esta. 43 ª· 69 o epis6dig dos 11Dcizede Inglaterra".
''Os Doze_de.Inglaterra": a função do e~i-
s6dio· na estrutura do Poema.•
26 - A Tempestade -·
Estud.o das ests. 70 a. 841
~.tratamento poético .da.viagem não çoincidente, neste. caso,
·com_a·realidade hist6rica - suas razões;
e·studo.do .realismo deste passo narra.tive.
Cq.ntoVII
Canto VIII - -
d;i.'leitura de algumas
~.r'-~e-l nôtar,, <1;tra#~j;l ,·,·,
EistS:ncias
'
.dás :(iguras das bandairas:
- a razão por que ~. agÔra Paulo _da Gamaa conÜhuar a 'his
t'6~ia p!ttria·; ·
"-·'o diferente processo ·esMtico aqui utílizado
Canto IX -~
•• Canto X -
.Jfotás
~'""""::----_,
fÍna.is_
J!: claro que não se pretenderá esgotar tal matéria nem p8:..
..-Lade lado, 'depois de referida~ 'l,'ratar-se.;..á apenas da "leitura" de
uma"cartá topográfica" anterior à observação dos lugares que nos
pr-opomos. visita.r; Mà.s'tal "leitura." de modoalgum perderá· o. seu ca-
rácter "de informação prévia, de sina.1ização i.nic±a.l, a comprovar e
·a completar oportuna e posteriormente,
processo maís a.certa.do e mais útil. Não se nég<J._ aqui, e. tal orienta
çâo, a po$sibilidade de êxito, sobretudo se essa. Lei.tur-a, de e'ltten:
siva e peasoa.Lrnerrteemo'tí.va., passar a ser gradualmente dirigid,e.· e '.:-
hJÜitica.mentê intensiva., nos pontos ncda.is da estrutura do Poema., e
nos..lugares de mais .saliente ou mais perfeita. rea,liza.ção artística.
Dest.e modo se virá da. visão globt>.l na.ra e. obseMTaçãoanalítica:, do
estud.o do.geraJ pa.ra o oomentário ao. particular, atitude que na.tu-
ralment(l .e:.X:igiráulterior articulação das ua.rtes e nova considera-
ção do-todo.
=
Sendo esta, pois, a orientação.de que falaremos, nao por-
que a outra não seja possível ou não haja entre ambas naturais pon-
tos de encontro, começaremospor considerar r-ecomendãve l, que a pri-
meira lição de contacto com o texto de nos Lusíadt1s11, depois de fei
tà.s a motivação e a introdução já referidas, não ultrapasse as trgã
primeiras esta.ncias do canto Prime.iro.
1'!1;l.s
a leitura inicial da proposição de-
verá ser feita pelo professor, e este próprio conceito
çâo constituirá.uma das_primeiras ideias a elaborar
dade cof!1Preensivados alunos. A simple$ relação
mesma:faidlia (r'Pl'()PÓr_;sen:,
"proplSsiton, "proposição")
. r!. à razão.·de ser desta nomenclatura~
.:'.-'S,, ·.·· a
.. Apre.pa,raçâo e ,explicação do texto. não poderão, con-
<tiid91 it;:on~ide'.!'ar-setermina.d.àe;.E n~tm:e,l que. os al.unoa precisem
C\dé~êscl<l.recimiintoshistóricos .aobre apostos l~udat6r.ios como ,(bem
_P.iJ.SCig,àsegurança/Da lusi tàna, a,ntiga liberdàde" ou 11ténro-e novo
rà.mo_:flbreéente(oe .Íia á'I'Vore.dé .Cristo ••• ", e que esses esclare-
tó!l ou otitros>sejam necessá?-iôa pari!; o desenvolvimento dos .
meamon apostos, com suas alusões e referências epocais. Ma.s.nao se
deixará ta,m'Oêm.de p-8r em r.elevo o êxito meta:f6rico e expressivo de
pais apostos·, o valor a:f('lctivo da perífrase "por um pre15âo do. ni-
nho meu paterno", a síntese épica e lapidar dos dod s 111
timos ver-
sos da estância décima: "E julga.r.eis qua.L é maí s excelente, /Se ser
do mttndo re:j., se de tal gente". Tampouco se esquecerá a. arrtonomã-,
sia exprêssiva e bem a'[lroprie.de. que apresente, ao Rei os ne.veea,do-
res por=tuguese s como· seue e novos Areonautas.
_ Ta.mbém o des:t'a.si>.riento
se,,,11.ntjcoda. lineita.f'.'em
cl~ssic~ en
relaçao ao r>ortnei-\@scontemporâneo, rüéri da nersistllncia. ev).dente·
de algumas fornas elo portugu@s :wce.foo, ma s uma vez ser<!:re,,..ista.-
í
a) ~dEQ_ã,o
Parté.-se do. princíp:i.o. de..que•·
e.s finalidades. e objê°<)ti·vos
do est.udo. de ltOsLus!adasn se cliferenciam sensivelmente consoante
se trata. .do curao geral do. liceu ou do curso complementar
ramo de ensino.. . '
b) Ao professor·
ceba.,
tico,
tica. O ensino..deve tender a suscitar
vol'ltimento.emiipârã'.vel, na sua
estét.ica, ao ·dos léi tores do
ra pu,blic~ção. o, estímhlo da capacidade
derá,aaumentar a.experi~ncilôl
tensificar a suá maleabilidade
cf !festa ordem de
ohamadoá "meios auxiiiares"
comotambém
sobretudo à
seia e:z.em
d;aptacao de
tar ~a leitura
pág. 62).
·... .· L.- lia constl'ttcão de "Os Lu~!adas", a Via.gemdo dfscobri ·
. a- !ndia ~onstitui ·a.·est:riuturc\"'f'undã.
m~11tb,'di>c!Í.nii'nho.<maritimoparâ.
'\i'mimt?;l. ·~···
gor.ela qire se garante "· unadade do Poema. 1
/< ,').e d_j;vêrsa'sp!J.rteE!de~te relaciona.m-se com:a Via.gim como
11l;ll)s..:1;rutu,ra.!},._~~gàí:i~~a<las
em flilição.:,~eum todo. ·
e) A Mitologia
\ ~====
I,.- ·Aonr:Vel·dó cuz-aogeral 'do liceu, a mi1'pl,Qgia, .em
"Ôs Lui;!a.da:s••,dever.1'.ser encarada. Comoum aspecto da tra.nsfigura-
ção po,tice. da ree.lidaae segundo um pz-oceaeoafim do. da meMfora e
e
da ·alegoria· sua.a relações com o s!mbolo• Camões·ap,rove:i.touas. fi.
gura.s do pê.nte~o greco-romimo e assimilou ó modode mitifica ão di° ·
A,ntiguidade. Pelê. t:ransfÍguI'a.ção po t.ica animizou, quândo nao per-
sonificou, as força.a. ni>.t:urais-que-fa.voreciam e as que se..opunham
.empreendímentoda viagem ~. India.
Ao en<j:uà.drj!-r
a realização do Poema.no modelo"cU:ssico _dá
ep,opei'.'.,'CàMÕes.adopt ou uma terminologia mit.Ql.Sgióa.,porfm recriou
a intriga., ~m.que os deusee .estão ,pre~entes ao longo da. viag.em,~ e
s9a.lmente'-impl;ica.dose entrechocando os seus interesses, mas emfbr
1• ma invis:f.vel. -
'3 .: A mençrliod~ seres mitol6gic.os não aparece na f'à.la ci~
.nenhuma persoJ1à.is_em ...da ·~i.st6riá~fül -Por-tugaL referida no Po~mà,' ne~m
. h<I', contacto direeto, Emtre.·as·.personagens ..reais e as figuras dos
deuses, cuja existência as :primeiras ignora.m, a.t~ se de.:r, na Ilha
·dos -,Alllore.sc.a a.pote.óse em que oa 'ne.vegá.ntes _,<Jâo ·introduzidos na
": fà.m:tlia..da·s'divinda.des.
-,.,.
A pa.itir deste último momento, Camões não apresenta mais
Vi>.scÓda (lamÍ!.e, os seus maririheiros a, .debaterem-se nas dificulda.d:es
•:i>rórh·ias.de ll!lla.viagem marítima •
5.-" o tla.p1.
da mi-t~logfa em."Os.r,usfade.s"
•
apresen1;á
'simples alul;lÊÍO(por
b)cdesênyolvinento (concíliO dos deuses no Olimpc>,,
etç.);, · ,
- dps·'.navega.ntés e o ·acompanhf1,me11to
·
constituem· duas faces da me.smareálida-
de poét!i.02. e,. como ~?.is, dévem ser didpctica.mente apr-e serrtadoa,
IndicaçÔes preliminares
3 -· 1'>.
inclusão de' um ou outro paaac de caracter narrativo 'na des
criçã.o d;is bandeiras (originaaa pela nece13sidade de e?ltar--
.os feitos desses
\ ' .. <, her6is) e que contribui
- ' para a.ligeirá-.la;
.
poster~o:res .~
da Ninfa
agora em.que_: .
e sta \Jrofeci~ toma a.d,~qu1;1d~nÍente
a forma de cãrrt í.co _.(cf.
a função. do .epin!ci9). a que nem séquer falt~. o refrão
( cf.X;J4) (' - .
ao qÓ~tráriodÓ•que. abqfiÚce d'íscur-ao do Cíamà.e- na de s
ó Poeta, interro:npe a; a-pr1;:1senti3.ção
0riçâó. das pande.irt>s/
ida ma;tér~a históriqa. (cf•, _porexemplo; X;45-5G);
<'to prin,~!piq ao' Úm· desta profecia, o poeta -va,i .frê'quénté
01f1énte
fa;z,er lembra~ que os feitos estão a' ser panta.dos -
pela: ;Nin.f.3.,(çf'.X,6,v.l;io,v.l; 11,v.l; 12,v.l: 18,,v.l;
22,;'l-·5;.-2§,v.l; 39, v,2:45, v.1' )o,v.1, 74, v.1); · ·
o, ~~.nhco -tem par:isos _qu~,f)/1,recem_sugerir que ~. N'ipf2.:,,va.i
~.p0rtta,~do"5)sfei.tos à meélida que este;; Lhe oC:OrremJçf';
iX,,32,v,;5;. 33;v.J.; .37,v.4; :39,v.l; 42, v.l) ,. pods que e.la,'
qs :te!)l-gttahlados na ...memófia por lhe terems:i.dO transmit,i
(los .:por,P~qteu que, por sua..vez, ºf:· c onhecez-e. Júp:ite~ de
'(cf.X77h .·- - - ---
-- - :: _. ' ;.':"_::~-,- -_ ..- . - : : - - :. ' . :
- _- - ' :: ·: - -- - - - - . - - - :. : - - -_ - :-. - - - _::
-'t;reih-z'1la.·r:.J..ii!wriin:ir variede,de .?o qS.nt'ico, d.Poeta:us;,·.
'ílas:ua,co~-pOsiçíi:p,'à_ama:j.9rliberda,á.e1 _. i -~-<- .n:
e,) ut':ilizâ, no..cântiqo da Ninfa. qra o pretérito- ;(éf. U ·~·l),;
ór,a._o,·p:i_:é!Jenté {of.;r2,v.1); · ··.·.. . ·-.- ..•. ; - ..•'.' ' -;
,41t-nos o cânt;i.cO'ora'de ,formâ,indirecta (o-r~~,1o-}; C>rS.·:
11eíni!Í.irebta,(.cf.X,l8), ora directa- (cf .•X,est.15),v.~5-a.
,est•2.í):i., ..--'. . < -. ·.-.-·
. .· . Ó:.,Ó, .~ .' :<<
imagina a :Ni~:fa--&<;?·?tt'a.r, __ps feitos ora -ná -3•,)>esso11-,-
, .·. . ora a _põe a apO's"tfofaJ::.d-ife:c,t_e.menteos her~is. (21· ;
:-,,··.··-~··.
··.· - ·.• ..·....
··.·•·.·
.. -.--
... ..á..).,' o·r··ª.·.·
··'e.ss··.q ..11..r.e.:v·-
.... ·Sl_\a,;·~.·~.·
el.ll.r.~..·.s·
.... .. Ões,.. na.\•.pe···.··s.so?.
;. ·•-
• ..":· ·. ·•.·..·.. d.} a.pres.e.nte-nos â.s p·-r· -o.fe.
ca.as da Ninfa~.emmpprreeggiana ..o
..- o '.:
. _._:., · - -JYturq, ora o present·e (cf'.X,61,v.l .e 2; ~),
:< ". ·-. ,· .·. ~-~-'---"---e--'--'-.-,-- •-·: .-.. '"j,_ ~'-----.:_;
,Ele··tl.'ª~!!.<;J,ê'•••17111·•·•·•
fro,I'i,rue ..c.~ntico.,.··ô.P0eta··sugere; - mà.:i,1;1
-.ou.
menos e~Plfcitamentê, ca.ra;cte.rfsticas de uma · melodil),'t
q;) àpcwta, dif"erengas de .al~ur<f.(cf.X,22,v.l:-3: 39,v.2);
15) ?J.'ia diferen'ças de <j.ndp-ment0 (qf.X.,36 e 43, à.e a:ndll.:-
ipent.oma:i,sr;inido do. .g;ueo que nos é sugerido pela ,
t;st~pcia 37); ·... . ·...·.. . ...· . . . > .
ac7:niua ce,rta.s frases gue c1il'._se-iammelMicas (cf.
nas estãncfas 22, 23 e 24;. as e:x:preuÕes "Se em ti •• •"
'/"Aqui tens ••• !'./"Aqui tens ••• " "Em ti.,,11/11Istofa,...
:zem.,~•''/~~Isto fa..zem.••,.'' )j .. ,_. _:-- ___ .- _.:
d) acompanha e reforça o signi:ficll.do de certas estâncias
Pelo timbre depalp-vras a:! 1lsadas (c:r.x,20, onde o
predomínio de sone de timbre a - em s:!labll, t.6nica ou. a
cÔi:ll()idir com .ª 4ltimà sílaba- métrica - sugerem o es;,..
pa.ntó-causado pelos feitoe de Duarte Pacheco Pereira)•
.Profecies de Tétis
"Fermõsíssiina.Ma.rie"
1 - Loca.liza.r e, enquadrar o e_pisódío na. estrutúra do.
2 - Confront~-lo como passo que lhe -cor-r-esponde na ··~cr6nica.
de El-Rei D. Afonso IV" (ci>.p •. LVI) de Rui de Pina. e pro-
curar as tra.nsf'orme.çÕesC!Ueo Poeta imprimiu à _matéria..
)listórica, anotandos
· · ·· presença. de D.Bea.triz
a) o que omitiu· ___-.--.., - d . D Af IV
b
)
o
. ~~a
qt ·
\ <ª
1a e •
le' modifi'cou ·
·
onso
.
infidelidade
. . ·.
· a perspectiva
de Afonso XI
. .
dos ecorrtec íment os
1 c) o
3 ·:..Justificar
que acre scent.ou
< a beleza de D. Maria
. d.
o seu ·iscurso
·lll'esta.dop9rl>,:.J~
ao e a .e;ico:rtàça.o
"Sentill. Joa.nne a afronta
......... ··-·· ·-·
Pel11ja.;i..verda.deirosPortugueses•
·-·- ..
que .lmtão .pronun- (cf~XV,36-,.138)
eãeu {ibid.).
4 "' Salienta.,r,• no en!ta.nto, qU~ omitiu. refel'ericiâs l est:i-aMgia
. guerl'e~ra a:f ueada , .e .de primordial imporl~cia no desenla.-..
ce da ba.,talha, para exaltar a gl6ri;i; dos Porlúgueses, poià
atribui a vit6ria. ápeµas à sua bravura.
5- Repe.ra.r em·
alguns a.spectos mais d.irectamente .retaciorUi.dos·
· com a e~~rutu:ra do epis6dio:
a) o p,erfei to ~·larga.ment.e
· passos BU!!Oeptíveis de toma..remuma
lista.1 -'.·· .·•.. .. '.·
b) a aeçao da batalha. é apresentada em rmtltiplos e
~dros, ora gerais, .•orà•·inciividua;i.s;
c} ana.r:i-ac;âoé interrompida por digressões de
ferenter .. .· .· ·.. . . . ,
- con!!ide:raçÕesque envolvem .preocupaçÕe~
col6gica (cf~.IV,29)
-·e,.coment!trios 9l'!ticos, sob a forma de simples
ou ~~ ap6strofel! (cf~XV,32 é 33); ....
,d) a :fála de l). João I., ·apresentad!!- em di!!curso directlJ.
. intuição psicológica, ao apeIar- p0.rf!.o' ~rio dos
. cavaleiros portugueses, e. reveste-se de grande conci-
. .são e impres'sionismo •
Os Doze de Inglaterra
.,•.•
.,.•.•.
=,,,,_,.,algunsaspeotos estiHstioos, tais .como
s,
podef sugestivo de alguns vocãbul.oe (cf ."m8,Stj_gam"
61.; v. Il; . . ' - . ... .·. ·. . . .
a répetiçao da conjunç,ão integrante (cf.·45, v.3), de
forte vigor expressivó;
e) o relevo dado à eXpressão'"dos onze" (cf.57, y.3) pela
sua é'olo:caçâone. frase, que provocou.uma concordâncãa
· . de sent:íiio e não gramati0al (cf .57, v , 3-4);
d}' o uso _deúm jogo de palavras tão pr6prio da. ~p.ocade
Magrigo (cf .•55, v.4); . ..
e) o movímentosugestivo do verso (cf.51, v.1-2;· 63,. v.4 ••
-8; 64, :v.4-8);. .. . . ' ..
f) a sonoridade sugestiva de alguns versos(cf'. ests.5i e
56). .
- Verificars
a) a. forma. métà:f6rica comoPau'lo da Gamaintroduz a perso-
nágem do. Coniiestável, o que contrilmi para suscitar o
interesse do Câ.tu.ã.l; ·
. b) a forma variada como se lhe dirige. e que' contribui tam-.
Mm para manter vivo esse interesse (er, uso dos verbos
11a.tent1:1,r11, "olhal:''' e.·11ver11 ;- empr-egode imperativos ou
de presentes do indicativo.que mais umavez conferem um
carácter visua.'Lista. à' descriçâp; recurso à. forma a.firma
tiva, ;i.ntt;rroga.tíva e interrog11-tiva.-?egativa).t . · _-:
a expectativa. de que se- reveste a. identificà,çaó do herói
e que prepara o ar-r-onbopatriótico e Hrico cóm que rema
:··':~-:-.>-:<'~-/
----·,::,'._';_ ~:'
·,1~·~~atiro.
•ª~
$2 l:i,!")'l~!l·r v~rias cenas da: aoeao
·v1p;7s;i·~pI'esentl!,~~.s
..·ne.si b<i,néleir~;;i
!!
dado à sua figura na ~atalha de Valveroe
,v.~ ,.-.e131;.31) em
confronto QQl11 a.de Aljuba.rrota
29,vv•.1~4). ·
tfoti;i.r.'qtteâ. cle,sóriç~o
(cf. FeI'nâoL,opés:, !1Cr611icade]). João Í", 21 ·'!)arte., cap,
LI\T á, LVII); revestindo,~se, todavia.; da ,conc'isão adequa-,.
da. · · .· ·
.··s:. Tom'
:·L- J,oca+izàr º· epi136dio na estrut~a do Poemae 'na fal;i,de
Tétis {recomen~-se. aqui, .comoem.tod;i,.esta fala, -o uso
dumlllf'P<l-
para l'oca,lizaç~o d0 passo}.
-~--R'~?<'~~·r
rrue ·esta.fl e~tânéias não à tingem formalmente
.'.--~·:r1:2,i~::2g~o.~., que. ,nos··.hab t~ou.· linguagem í 11..
··.:a,).,wir·se'-:t,er cinr,1do ', demas í.ado ~.s fontes, ,em
·.;~>..:fi.ó :j'.$;rto de· Barro13; -: ·. .. . ·
"tj)': cftOI\ lhe.s:•ter c(uerido; imprimir, uma cor mary.a.dà.menté
, '.}.'.ºP1lJ.a,r,. já que ·.a.lenda era. da tra.dição do povo ..,.;<Ji
•>s(lt,Undo milagre. corre aí.rida- a.trilm!do .a Santo Ant.S••.
:n•i'Q(repa.!!:Elfiee,a este ,prop6s-ito, na. justific.ação·
,:;ii~·est.~,l·f:4;.v•~27 muito própria duma narração poP'U~
no enfanto, que logo na est .rre à a.fi~stro:f'e',é o
tra.ta.ffie?lt\l.por)u ~·.qq;e destroem ·tJ.... impassibiliqade e pu
ra~obje~tividAde dá deusa ;.. cr-í.am'um momento:de' arróÚbÔ
Ürico. ·
')'<•\ -,.\ ;·:~:~::;·;
-
~:i4~1,
c(~~t~~o
â~é '~ftexrieé '; ~menti!riós. crítfoos .·do
/· '. ··~. :•·;··:·····,.·.,.···:; ···-·.·· . , ..."·;· .'· .. - -··· .·- . .. .· >-.. - •· .. - :'- .....· -:-···.·=··... _.-,<.:_... ·:.:, .•e,·~
....< , )lrn • ei"'t~d?.f!!a"tis:f'at6ri()de ·"0.s Lusíadas"
~o po~erd;·d~sPé.n...,.
s~r ~·con~i~el'ª9ªº' dos l?ªScaos,e111 qu,e o Poeta :fala directf!.ment.e,de Bi
'mesmó.é ~' da«!!?;eles011tros em qu,e :f'a.zre:f''.!.exÕesou expQe comentifi'ib.8
<fy-e
.iÍl(lidem -sopre. a.~rratiYa do, Poema·ou dela. aão natu:ralrilente:aEi'-
r~và<Ío,se , Sem \llllil. cóisa e sem outra, não seril poss!~J: compree'.nâer -
caibalnfe~te a :f'iprà'húmana de Camões nem o alcance iiltimo.::.sign:i.f'i_;,. e
.cado ...
da Eixaltaçao
- . ;_--
'dos seus
..
her6is.
'.
.. !
· ·
'··.····
.• Aliás, o elogio genea.16gioo (r, ô-7), a expeo'tativa dé
'fut'11ras.vit6rias (I, 8 e 15.;;17; X, 155-156), .a.prome1:1sade no'vo
c~nt_o·('JÇ, 156) não f'a.zem"esqtlecer que o Poeta re'.vela, sobretudo,
vivo sen:j;id9 do valor do seu propósito (I, 9-10) e a. plena., cori-.
•v.icta e não orgulhosa. eo:isci@ncia. dõs se~s méritos (X, 154-1,25),
dE!que seria natural corolário a aceitaça.o real. Sempretensoes
injus:i;if'icaveis, o que o Poéta solicita. ou promete asScen1;a, sem '
f'alsa modéstia .e sem estul ta vaidade, no reconhecimento. natural
eprovàdo do pr6prio·val9r. E também isto será de fazer senti:r e-
a~comenta,r, num iiltuito def'orm~ção moral dos nossos alunos e:do
;'i;íeu ;i:ust.o:apreço por Lufa de Camoes.
/"'
- -.:.'--:;:-.
~·;;>{',;C'~~iii:i~.
,-,.-
.documentado,. é o·_das·reflexaes
P~,'. ~•• diffroo ~· ~i~fjjf
e coinE!ntárioEI c"J;'ftic.6$ d'l?'..
es'f;a m.ais o~~mjni~-.cli
.;, ~ecÚfr~·l'.\:e,~;lia, :i:a:f:ra.tiva .épiéa .ou :('>Ól':
'..;mente ;p1spt:l'ét'i:Os ••
,, . '> .· ~fé.~11~··
ô1Í.f:r:11-·a{~.1;in~á'.o
que. mais
importa. fa.~e;t': ll'que/e0>%'
' x{Elte E!n1;1';J?reve1(spJfo!iema.s' ou rápidas' consideraçÕé's 4e:je,itJ>,pétj- '
.:i'én,téti,pp, \lJ)r:17e~es a:inda Umitadal'J. a, simples quali,fica~'tiyo~o~ ~;::;'
, pí~_etqs, ª>?\{tl'ps pasiso!3 ma.is e::densos, onde o pensamento 'do Poe · ·. ·
'Ele/e~rime C?mmaior d,ese!l,V?lvimento_e }lermit,e po:i:'isE19maior pe ...·.
.traç11-o.dó., se;11 •.corrteüdo, Ta:):p,enetra.9ao torna.-se ·efect:j.~amenj:e. n,e-,.
i c~ás'i!ria, l3,e.ciuiserrnos. cómpreendér melhor o Au:tor, a .própria .. narr~
,'·tiVli, ·épica. ª<o signi'ficad.o. P.e,r~icular do poema ce.inOn~e:ric;í, ''indepe;n.,;.::,
d~titem.en<t;e4'<1,' d.iscua'llãó de oro~m..estéti,ca .que á .:a.pr~sen~aÇão .de r ~;·
s ,
··•·•·
(1 )Em ll,<lt'a.ra:pEinsa,,cite.remos -e. tí.tnlo
. ,i,,lgtl,i.s desses tif!•ssos. ··
;tli~o,§~ii.~â. ~~i~~~á~
..~
1~l>~ent4l'i.~~.o,~!~~çâ~\~~;q$~,,
lã.~;tl"~*p.CipJ.~i!-'sob:i:i_e~Udó
em'...
nontos _.•esp.eciái1Jdeter'; •
:>·
·~~~:~:~#~,:!t~;~~~~:ra
o,~!~:~~~.-~n!=~~i~=~i
·
,t~t() de e:qiF1caçao,~~ !},eC()IJlªP.ti!r7_0'.moral
ªf!-_Pct~l.,,
,_ que deveri!<conv:ergir <º ~sforç()· in~é~ta~
'·_t!s:i;esr_P:or-tantó
.iie p~ófe13f!ortillà .allino~, situa,nd()""'.()ª
;dévid~nte lf& es:t~~-\
--' 6br~'.iePQl1d.Oem evidência o seu cari!OtE1re:x:plicativo' co,mpltimei:Í.
_·;_:;+);t{!.:f ou introaut6río,. "bemcomo, .pór vezes, a sua feição cr:ftic-a· Q1C ''
:cjsiinl?~licà, < · · - - , ·--··· _
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~e.·~·qf!LH11J.a:él.2spor 11, isso que não s6 é; fundamental para o e:x:aeto
g-onheÇim,entz,e b?a explicação do P()entacomo também !!.brange po11tds
:d~ -réalfzaçaó li1;erá:l'.ia de a.lto nível, importará agora demora,_.;..nos
:CPºl15ͺ •Jnai~ s_obre as possibiÍidades é processos de ,actuàção .di-
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p:t'6prio do ;!;ermo!'humano" e a. ele.a.se
'mor:f'ol6gica .da palavra da,:{conae querrte ,
m~recida.r
83,
portuguesa e, nor vezes, o
32, 33; VIII; B; X, 140.
x,
·22.
imprtid~ncia
15.
x, 54.
; A facilidàde em.'encontrar. ·sepultura 1 V, 83•./
desEÍspero: V, 70 e 71,