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As diversas formas do luto na terceira idade

Segundo Giacomin, Santos e Firmo (2013), profissionais da saúde, em sua maioria, estão
acostumados a lidar com o luto, dos seus pacientes, familiares, amigos próximos, entre outros,
e isso é algo natural e que todas as pessoas vão passar, quase como uma obrigatoriedade com
o passar dos anos, mas quando falamos sobre uma pessoa idosa, há além da morte em si, o
luto em perder sua capacidade de trabalhar, de cuidar de si sozinho, e começar a ‘dar
trabalho’, como muitos dizem, e isso, para eles, pode ser pior que a própria morte.

Os autores também indicam que a sociedade, se em um tempo atrás, lidava com a morte
dentro de suas próprias casas, cuidando dos pais, avós e avôs, juntamente com rituais culturais
e sociais, para lidar com o luto e a despedida, a partir do século XX, cada vez mais vemos uma
individualização e a perda do acompanhamento, deixando assim, cada um lidar com sua
própria morte e luto.

Aqui, tentaremos mostrar e explicar como o processo de luto acontece e se estende de várias
formas pelos idosos de diferentes culturas, situações econômicas, psicológicas e emocionais.

A população idosa, é definida, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), sendo
composta por indivíduos maiores do que 60 anos, um limite aplicado aos países em
desenvolvimento. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a idade de 65 anos
ou mais, é adotada para definir a velhice em países totalmente desenvolvidos.

De qualquer forma, segundo Kreuz e Franco (2017), a velhice é um período onde acontece um
processo gradativo de aprendizagem, desenvolvimento e amadurecimento, mas é também
nesta mesma fase, onde as perdas físicas, cognitivas e sociais, mais acontecem, e exigem um
idoso uma maior adaptação emocional para lidar com todas essas perdas.

O idoso, em sua mais tenra idade, começa a sofrer vários impactos, como: a saída dos filhos; a
aposentadoria; abalo no senso de utilidade; os pares morrendo; viuvez e solidão; o
aparecimento de doenças; a perda do exercício pleno da sexualidade e físico; e a perda de
perspectiva (Bromberg, 2000; Kovács, & Vaiciunas, 2008; Silva, Carvalho, Santos, & Menezes,
2007).

Ainda que a velhice dependa de como o sujeito vê a si mesmo, e tenha visões diferentes do
que é ser velho, com o avanço do tempo, as perdas são perceptíveis, e o corpo e a saúde
sofrem o impacto da degeneração e envelhece, e isso gera, de acordo ainda com Kreuz e
Franco (2017), um luto intenso, pois o corpo e a mente quebra com a ilusão de que somos
imortais.

Assim, como as considerações finais, podemos dizer que a velhice engloba todo um processo
de perda, não apenas material, mas físico, sentimental, psicológico e do indivíduo em si. E
podemos, ainda, ver uma perda maior quando os idosos passam por essa fase de forma
isolada, longe dos familiares e amigos, tendo que conviver com pessoas desconhecidas, muitas
vezes em asilos ou associações de idosos, onde perdem e sofrem o luto de não terem mais
acesso as suas casas, bairros, colegas, e principalmente, a sua autonomia.

É importante frisar que ainda que pouco, nos últimos tempos, o crescimento de artigos e o
interesse no estudo sobre as perdas reais e simbólicas do idoso em 2015 (Kreuz, Franco, 2017),
mostra que cada vez mais os profissionais da saúde terão mais acesso e saberão lidar melhor e
de forma mais qualitativa com todas essas questões que abordamos aqui.
Referências bibliográficas

Kreuz Giovana, Franco Maria Helena Pereira (2017). O luto do idoso diante das perdas da
doença e do envelhecimento. Revisão Sistemática de Literatura. Arq. bras. psicol.

Karla Cristina Giacomin; Wagner Jorge dos Santos; Josélia Oliveira Araújo Firmo (2013). O luto
antecipado diante da consciência da finitude: a vida entre os medos de não dar conta, de dar
trabalho e de morrer. Núcleo de Estudos em Saúde Pública e Envelhecimento. Centro de
Pesquisa René Rachou.

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