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E-mail: regiane.caetanoaraujo@hotmail.com
A “cultura do lixo”, seus estigmas e relações com coletores de
materiais recicláveis
Resumo
Introdução
1
Bacharel em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Ceará – UFC. Mestranda em Antropologia
pelo Programa de Pós-graduação em Antropologia da Universidade Federal da Paraíba, PPGA/UFPB.
2
Ver DURKHEIM, Émile; MAUSS, Marcel. Algumas formas primitivas de classificação: contribuição para o
estudo das representações coletivas. In: Mauss, M., Ensaios de sociologia. São Paulo: Perspectiva, 1981
[1903] (pp. 399-455).
3
Ver Geertz, Clifford. A interpretação das culturas. São Paulo: LTC, 1973.
especificamente na cidade de Fortaleza-Ce constituirão elementos que nos
ajudará a pensar sobre este lixo culturalmente construído. Quanto aos
estigmas negativo-pejorativos que podem ser observados com relação a
pessoas que trabalham com os restos da sociedade (o lixo), destacaremos os
significados atribuídos a esse lixo como possibilidades para uma reflexão,
compreender para além da precariedade da atividade da catação, os receios
que recaem sobre os catadores.
(...) pouco a pouco, com a sociedade cada vez mais tomada pela
lógica do capital, os restos foram se tornando objeto de disputas
políticas. Principalmente a partir da década de 1970, o lixo
tornou-se objeto de contenda que entrelaça interesses públicos e
privados, já que seu retorno ao ciclo produtivo se consolida
através do desenvolvimento da indústria da reciclagem. ( p. 7).
O que aqui está posto (os catadores e o lixo) fazem parte do mundo
cotidiano. Pois, “o antropólogo lida e tem como objetivo de reflexão a maneira
como culturas, sociedades e grupos sociais representam, organizam e
classificam suas experiências” (VELHO, 1980, p. 18), e neste caso estamos
trabalhando com grupos urbanos, próximos.
Existe uma modalidade caracterizada por Magnani (2001) como “de
passagem: ela consiste em percorrer a cidade e seus meandros observando
espaços, equipamentos e personagens típicos com seus hábitos, conflitos e
expedientes, deixando-se imbuir pela fragmentação que a sucessão de
imagens e situações produz” (p. 9). O que se propõe é um olhar de perto e de
dentro a partir dos arranjos dos próprios atores sociais, para transitar na
cidade, utilizar seus equipamentos contrário ao olhar de longe e de fora.
Estado e mercado
Referencias bibliográficas
RODRIGUES, José Carlos. Higiene e Ilusão: O lixo como invento social. Rio de
Janeiro: NAU, 1995.