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Nogoes de Direito Administrativo p/ INSS Tecnico de Seguro Social Teoria ¢ exercicios comentados ~ Aula 3 SUMARIO EMPRESAS PUBLICAS E SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA. CONCEITO. Crunch exrncho, ATIVIDADES DESENVOLVIDAS. Recime suRiDIco Bens. FALENCI sn Prescricho LcrtacBies€ conTRATAGBES. CCONTROLE E SUPERVISKO MINISTERIAL DiFERENCAS ENTRE EP E SEM... FUNDAGOES PUBLICAS, Conceito.... [NATUREZA,URIDICA Chincha exrincéo. ATWMIDADE.. Recime sunioico Parrimonio..u. LiatagSese conteatos. REGIME DE PESSOAL FoRO COMPETENTE... CCONTROLE D0 MinisTERIO PUBLCO... QUESTOES EXTRAS. ‘QUESTOES COMENTADAS NA AULA, GABARITO.. REFERENCIAS Ol pessoal, tudo bem? Na aula de hoje, vamos estudar a segunda parte das organizagdes administrativas, que comporta as empresas piblicas, as sociedades de economia mista e as fundagées piiblicas. Vamos & aula, aproveitem! Nogoes de Direito Administrativo p/ INSS Tecnico de Seguro Social Teoria ¢ exercicios comentados ~ Aula 3 EMPRESAS PUBLICAS E SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA Conceito As empresas estatais dividem-se em empresas pUblicas e sociedades de economia mista. As duas sao entidades administrativas, integram a administrag&o indireta, possuem personalidade juridica de direito privado, tém sua criacdo autorizada em lei e podem ser criadas para explorar atividade econémica ou prestar servigos ptiblicos. Vejamos a definigéo de cada uma dessas entidades nos ensinamentos de José dos Santos Carvalho Filho!: Empresa piiblica (EP): sdio pessoas juridicas de direito privade, integrantes da Administragéio Indireta do Estado, criadas por autorizacéo legal, sob qualquer forma juridica adequada a sua finalidade, para que o Governo exerca atividades gerais de carter econémico ou, em certas situagGes, execute a prestacGo de servicos publicos” Sdo exemplos de empresas piblicas federais a Empresa Brasile de Correios e Telégrafos - EBCT; a Caixa Econémica Federal — CEF; 0 Banco Nacional de Desenvolvimento Econémico e Social — BNDES; o Servico Federal de Processamento de Dados — Serpro; e muitas outras. Sociedade de economia mista (SEM): so pessoas juridicas de direito privade, integrantes da Administragéo Indireta do Estado, criadas por autoriza¢do legal, sob a forma de sociedades anénimas, cujo controle acionério pertenca ao Poder Publico, tendo por objetivo, como regra, a exploracéo de atividades gerais de cardter econémico e, em algumas ocasiées, a prestacéo de servicos publicos”. Como exemplos, podemos mencionar o Banco do Brasil S.A.; 0 Banco da Amazé6nia a Petrdleo Brasileiro S.A. — Petrobri 2 Carvalho Filho, 2014, p. 500. Nogdes de Diteito Administrativo p/INSS ‘Técnico de Seguro Social Teoria ¢ exercicios comentados: —Aula3 Além desse conceito doutrinério, é fundamental 0 conceito estabelecido por intermédio da Lei 13.303/2016, que trata do regime juridico das empresas pliblicas e das sociedades de economia mista, segundo o qual a empresa publica é: "a entidade dotada de personalidade juridica de direito privado, com criacéo autorizada por lei e com patriménio préprio, cujo capital social é integralmente detido pela Unido, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municipios” (art. 3°, caput). Em breve, teceremos alguns comentarios em relacéo 4 composigao do capital social da empresa publica, j4 que existem algumas observacées relevantes. Por sua vez, sociedades de economia mista é definida como a entidade dotada de personalidade juridica de direito privado, com criacaéo autorizada por lei, sob a forma de sociedade anénima, cujas agdes com direito a voto pertencam em sua maioria a Unido, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municipios ou a entidade da administracao indireta (Lei 13.303/2016, art. 4°). Das definigdes acima, € possivel confirmar como hé muito mais semelhangas do que diferengas entre essas entidades administrativas. Maria Sylvia Zanella Di Pietro cita como tracos comuns as empresas piiblicas e sociedades de economia mista: a) a criago e extingdo autorizadas por lei; b)_personalidade juridica de di ito privado; <) sujei¢ao ao controle estatal; d) derrogacao parcial do regime de direito privado por normas de direito publico; e) vinculagdo aos fins definidos na lei instituidora; f) desempenho de atividade de natureza econémica. Vamos ver algumas questées! 4. (Cespe - AJITRT-ES/2013) A PETROBRAS é um exemplo de empresa publica. Comentario: a Petrobras, ou Petréleo Brasileiro S.A. é um exemplo de sociedade de economia mista, els 0 erro do item. Mostramos acima alguns Nogoes de Direito Administrativo p/ INSS Tecnico de Seguro Social Teoria ¢ exercicios comentados ~ Aula 3 exemplos de SEM e EP, é importante fazer uma boa leitura, pois um item como este pode se repetir na prova. Gabarito: errado. 2. (Cespe - Administracao/MIN/2013) Sao caracteristicas comuns a empresas publicas e sociedades de economia mista, entre outras, personalidade juridica de direito privado, derrogacao parcial do regime de direito privado por normas de direito publico e desempenho de atividade de natureza econémica. Comentario: a questao tomou por base os ensinamentos da professora Maria Di Pietro. De acordo com a autora, sao caracteristicas comuns das empresas. publicas e sociedades de economia mista: a) criaco e extingao autorizadas por lei; b) personalidade juridica de direito privado; ¢) sujeigdo ao controle estatal; d) derrogacao parcial do regime de direito privado por normas de direito piiblico; e) vinculacéo aos fins definidos na lei instituidora; f) desempenho de atividade de natureza econémica. A derrogacao parcial do regime de direito privado significa que algumas dessas regras sao substituidas por normas de direito puiblico, ou seja, as EP ¢ SEM nao se submetem exclusivamente ao regime juridico de direito privado, uma vez que devem seguir algumas regras de direito piblico, como a ealizagao de licitagdo e de concurso ptblico e a submissao aos principios administrativos. Quanto ao ultimo item - desempenho de atividade de natureza econémica - devemos saber que essa é a regra geral e, portanto, é uma caracteristica comum dessas entidades. Com efeito, em que pese também existam empresas estatais prestadoras de servicos pliblicos, isso nao deixa de ser, em sentido amplo, uma atividade econémica. Gabarito: correto. Criagito e extingdo Nos termos do ine. XIX, art. 37, da CF/88, a instituigdo de empresa ptiblica e de sociedade de economia mista deve ser autorizada por lei especifica. Apés a edig&o da lei autorizativa, sera elaborado o ato constitutivo, cujo registro no érgéo competente significaré 0 inicio da personalidade juridica da entidade. Assim, as empresas ptiblicas e sociedades de economia mista nascem, efetivamente, apés o registro de seu ato constitutivo no érgao competente. Nogoes de Direito Administrativ p/ INSS ‘Técnico de Seguro Social Teoria ¢ exercicios comentados: —Aula3 Com efeito, conforme estabelece a Constituigdo, a lei deverd ser especifica. Nao significa que a lei deverd tratar téo somente da criaco da EP e da SEM, mas sim que o assunto (matéria) da lei deverd ser relacionado com as competéncias da nova entidade. Assim, no poderé uma lei abordar um assunto e, de forma genérica, autorizar a criagéo de uma empresa publica. Deveré a norma, isso sim, tratar da matéria relacionada com a empresa, disciplinando a sua finalidade, estabelecendo diretrizes, competéncias, estrutura, etc. Apés a edicao da lei, sera elaborado o ato constitutive, que, em geral, 6 feito por meio de decreto. Segundo Alexandrino e Paulo, utiliza-se o decreto para dar publicidade ao estatuto, no entanto, a criacdo efetiva da entidade sé ocorreré no momento do registro do érg&o competente, e nao na data de publicaco do decreto. A exting&o das EP e das SEM segue a mesma regra. Para tanto, deverd ser editada lei especifica autorizando a extingao da entidade. Assim, o Poder Executivo nao poderd dar fim as EP e SEM por ato de sua competéncia exclusiva, reclamando a autorizac&o do Poder Legislativo. Vamos resolver algumas questées. 3. (Cespe - Bibliotecario/Ms/2013) A cria¢éo de uma sociedade de economia mista pode ser autorizada, genericamente, por meio de dispositive de lei cujo contetido espectfico seja a autorizacao para a criacao de uma empresa publica Comentario: a criagdo de SEM e de EP deve ser autorizada por lei especifica. Dessa forma, a autorizacao ndo podera ser feita de forma genérica, conforme consta na questo. Por isso, o item esta errado. Gabarito: errado. 4. (Cespe - AJ/TIDFT/2013) Pessoas juridicas de direito privado integrantes da administracdo indireta, as empresas puiblicas so criadas por autorizaco legal para que 0 governo exerca atividades de caréter econémico ou preste servigos publicos. Comentario: o trecho “criadas por autorizagao legal” costuma causar um pouco de confusao. No entanto, o item esta informando que a criagéo da empresa publica necessidade de autorizacao legal, o que é verdade. Além disso, 0 item se assemelha ao conceito proposto por José dos Santos Carvalho Filho, vejamos: Nogoes de Direito Administrativo p/ INSS Tecnico de Seguro Social Teoria ¢ exercicios comentados ~ Aula 3 Empresas publicas sao pessoas juridicas de direito privado, integrantes, da Administrag&o Indireta do Estado, criadas por autorizacgo leaal, sob qualquer forma juridica adequada a sua finalidade, para que o Governo exerca atividades gerais de carater econémico ou, em certas situagées, execute a prestacdo de servicos publicos. (grifos nossos) Dessa forma, podemos concluir com tranquilidade que a questao esta correta. 5. (Cespe - Atividades Técnicas de Suporte/MC/2013) O Poder Executive nao podera, por ato de sua exclusiva competéncia, extinguir uma empresa publica Comentario: para extinguir uma empresa piiblica, 0 Poder Executive dependera autorizaco legislativa especifica. Logo, jamais podera fazé-lo por ato de sua exclusiva competéncia. Gabarito: correto. Atividades desenvolvidas De forma simples, as empresas ptiblicas e sociedades de economia mista podem desenvolver dois tipos de atividade: a) explorar atividade econémica; b) prestar servico publico. A regra geral é que as empresas ptiblicas e as sociedades de economia mista sejam criadas para atuar na exploragao de atividades econémicas em sentido estrito. Contudo, a atuacdo do Estado na exploragao direta da atividade econémica sé é admitida quando necessaria aos imperativos da seguranga nacional ou a relevante interesse coletivo (CF. art. 173, caput). Nesse contexto, 0 § 19, do art. 173, da CF dispés que a “lei” estabeleceré o estatuto juridico da empresa publica, da sociedade de economia mista e de suas subsididrias que explorem atividade econémica de producdo ou comercializacao de bens ou de prestacéo de servicgos, dispondo sobre: a) sua funcde social e formas de fiscalizacdo pelo Estado e pela sociedade; b) a sujeicdo ao regime juridico préprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigagées ci iS, tributarios; ©) _licitacao e contratacao de obras, servicos, compras e alienacdes, observados 08 principios da administragdo publica; Nogoes de Direito Administrativo p/ INSS Tecnico de Seguro Social Teoria ¢ exercicios comentados ~ Aula 3 d) a constituico e o funcionamento dos conselhos de administracao e fiscal, com a participacao de acionistas minoritérios; e) os mandatos, a avaliagéo de desempenho e a responsabilidade dos administradores. O mencionado estatuto juridico das EP e SEM esté disciplinado na Lei 13.303/2016. Contudo, algumas regras ja estéio claras na Constituigao e, portanto, merecem maior destaque. Nesse ponto, as empresas estatais (e suas subsididrias) que atuarem na exploragio de atividade econémica devem se sujeitar ao regime préprio das empresas privadas, inclusive no que se refere as obrigasées civis, comerciais, trabalhistas e tributarios. O objetivo dessa regra é evitar que as entidades estatais usufruam de beneficios nao extensiveis as empresas privados, o que poderia gerar um desequilibrio no mercado. Reforcando essa regra, 0 § 2°, art. 173, CF, estabelece que as "empresas publicas e as sociedades de economia mista néo poderao gozar de privilégios fiscais nio extensivos 4s do setor privado". Assim, se o Banco do Brasil S.A., por exemplo, receber uma isencao fiscal, a mesma regra deveré ser aplicada aos bancos privados. Quanto as empresas ptiblicas e as sociedades de economia mista que prestarem servicos piiblicos, no hé uma regra to clara na Constituicso Federal. Porém, a doutrina costuma informar que as disposigdes sobre as empresas estatais prestadoras de servicos publicos consta no art. 175 da CF, que estabelece que incumbe “ao Poder Publico, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessao ou permissao, sempre através de licitacao, a prestagao de servicos piiblicos”. Dessa forma, costuma-se dizer que os regramentos previstos no art. 173 da Constituigéo Federal nao alcangam as EP e SEM que prestam servigos publicos, mas somente aquelas que exploram atividade econémica. Tal constatac&o causa uma diferenca fundamental no regime juridico dessas entidades, conforme iremos observar no topico seguinte. A despeito disso, a Lei 13.303/2016 dispés expressamente que o seu regime abrange toda e qualquer empresa publica e sociedade de economia mista da Unido, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municipios que explore atividade econémica de produgéo ou comercializagéio de bens ou de prestago de servicos, ainda que a atividade econémica esteja sujeita ao re: prestagao de servicos ptblicos. |e de monopélio da Unido ou seja de Nogdes de Diteito Administrativo p/INSS ‘Técnico de Seguro Social Teoria ¢ exercicios comentados: —Aula3 Portanto, ainda que o regramento constitucional das empresas estatais prestadoras de servicos plblicos esteja no art. 175, enquanto das exploradoras de atividade econémica consta no art. 173, a Lei 13.303/2016 aplica-se aos dois grupos de empresas. E de se mencionar que nao todo tipo de servigo puiblico que pode ser exercido pelas empresas estatais. Elas ndo podem exercer atividades tipicas de Estado, ou seja, aquelas que s6 podem ser prestadas por entidades que possuem personalidade juridica de direito publico, como, por exemplo, 0 exercicio do poder de policia. Por fim, deve-se notar que mesmo quando exploram atividade econémica, as SEM e as EP s&o entidades administrativas integrantes da Administrago Indireta e que, portanto, compéem a Administracao Publica em sentido subjetivo. Por esse motivo, elas ndo possuem um regime totalmente de direito privado, eis que se submetem a determinadas regras de direito puiblico, como os principios constitucionais previstos no art. 37 da Constituigéo Federal. Vejamos como isso pode aparecer na prova. € (Cespe - Técnico Judiciario/CNJ/2013) Considere que determinada sociedade de economia mista exerca atividade econémica de natureza empresarial. Nessa situagdo hipotetica, a referida sociedade nao é considerada integrante da administracdo indireta do respectivo ente federativo, pois, para ser considerada como tal, ela deve prestar servigo publico. Comentario: as empresas pliblicas e sociedades de economia mista integram a Administracao Indireta, em qualquer hipétese, seja as que prestam servico pblico ou as que exploram atividade econémica. Logo, a assertiva esta errada. Gabarito: errado. 7. (Cespe — Analista Judiciario/TRT-10/2013) Empresas publicas sao pessoas juridicas de direito privado integrantes da administraco indireta do Estado, criadas mediante prévia autorizacdo legal, que exploram atividade econémica ou, em certas situag6es, prestam servico ptblico. Comentario: mais um item conceitual. As empresas publicas (e as sociedades de economia mista) sao: Nogoes de Direito Administrativo p/ INSS Tecnico de Seguro Social Teoria ¢ exercicios comentados ~ Aula 3 a) pessoas juridicas de direito privado; b) dependem de autorizacao legislativa para sua criacao (e extincdo); ¢) atuam prioritariamente na exploragéo de atividade econémica e, eventualmente, na prestagao de servicos piblicos. Gabarito: correto. 8 (Cespe — DPF/2013) A sociedade de economia mista é pessoa juridica de direito privado que pode tanto executar atividade econdmica propria da iniciativa privada quanto prestar servico puiblico. Comentario: outra muito facil. Uma SEM pode executar atividade econémica propria da iniciativa privada ou prestar servico piiblico. Portanto, perfeito o item. Gabarito: correto. 9. (Cespe — AFT/2013) A sociedade de economia mista, entidade integrante da administracao publica indireta, pode executar atividades econdmicas proprias da iniciativa privada. Comentario: esse item é muito parecido com o anterior. As sociedades de economia mista podem executar atividades econémicas préprias da iniciativa privada, como, por exemplo, os servicos bancarios, como faz 0 Banco do Brasil S.A. Assim, a questo est certa. Gabarito: correto. 10. (Cespe - TNS/PRF/2012) Nao € considerada integrante da administracao piblica a entidade qualficada com natureza de pessoa juridica de direito privado que, embora se constitua como sociedade de economia mista, exerca atividade tipicamente econémica. Comentario: novamente, mesmo quando explora atividade econémica, as ‘SEM integram a administracao publica. Dai 0 erro do item. Gabarito: errado. 41. (Cespe — TNS/PRF/2012) As empresas pliblicas que explorem atividade econémica nao poderao gozar de privilégios fiscais nao extensivos as empresas do setor privado. Comentario: segundo o § 2°, art. 173, da CF, as empresas piiblicas e as sociedades de economia mista nao poderdo gozar de privilégios fiscals nao extensivos as do setor privado. Deve-se frisar que essa determinacdo se insere no rol das EP e SEM que exploram atividade econémica. Nogoes de Direito Administrativo p/ INSS Tecnico de Seguro Social Teoria ¢ exercicios comentados ~ Aula 3 Gabarito: correto. Regime juridico Em qualquer situagao, as empresas ptiblicas e as sociedades de economia mista possuem natureza juridica de direito privado. Isso porque essas entidades sao efetivamente criadas com o registro de seu ato constitutivo. As empresas piiblicas e as sociedades de economia mista sempre possuirdo personalidade juridica de direito privado. Por outro lado, o regime juridico dessas entidades seré sempre hibrido, em algumas situacdes com predominio de regras de direito privado € em outras com predominio do direito publico. © que vai dizer qual o tipo de regra dominante é a natureza da atividade desenvolvida, isto 6, se prestam servicos publics ou exploram atividade econémica. No entanto, devemos tomar cuidado, pois as questdes de concurso nao costumam ser tao técnicas. Muitas vezes, as afirmativas tratam o regime juridico como de direito privado, para diferencié-los do regime de direito puiblico das outras entidades. Portanto, o mais adequado é falar em regime juridico hibrido, mas também pode ser considerado correto se a questo falar simplesmente em regime de direito privado para as empresas puiblicas e sociedades de economia mista. As empresas publicas e as sociedades de economia mista que exploram atividade econémica atuam com predominio das regras de direito privado, porquanto o art. 173, § 19, II, da CF, estabelece que o estatuto dessas entidades se sujeita ao regime juridico préprio das empresas privadas. Dessa forma, essas entidades s6 se submetem as regras de direito publico quando a Constituigao assim o determine, expressa ou implicitamente. Assim, para uma lei administrativa dispor sobre regras de direito publico para uma empresa ptblica exploradora de atividade econémica, tais regras devem derivar do texto constitucional. O entendimento é simples, se a prépria Constituigéo determinou que as empresas publicas e sociedades de economia mista devem seguir as regras proprias das empresas privadas, somente a propria Constituicéo poderd estabelecer excegdes, seja de forma expressa ou de forma implicita. Nogoes de Direito Administrativ p/ INSS ‘Técnico de Seguro Social Teoria ¢ exercicios comentados: —Aula3 Nesse contexto, o art. 37, caput, da Constituigéo estabelece os principios gerais da Administracéo Publica (legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiéncia), todos aplicaveis as EP e as SEM, mesmo quando exploram atividades econémicas. Essas entidades também se sujeitam ao concurso publico para contratagao de pessoal (CF, art. 37, II). Ademais, para o desempenho de suas atividades, as empresas estatais obrigam-se a realizar licitagéo publica (CF, art. 37, XXI; e art. 173, § 19, II; Lei 13.303/2016, art. 28). A organizaco dessas entidades também depende de regras de direito publico, uma vez que dependem de lei para autorizar sua criacéo ou exting&o, ou mesmo para criag&o de subsidiérias, neste ultimo caso, mesmo que ocorra de forma genérica (CF, art. 37, XIX e XX). Por fim, essas entidades submetem-se ao controle e fiscalizagao do Tribunal de Contas (CF, art. 71) e do Congresso Nacional (art. 49, X). Por outro lado, as empresas piblicas e as sociedades de economia mista, quando atuarem na prestagdo de servicos publicos, submetem- se predominantemente, as regras de direito ptiblico. Isso fica muito mais evidente quando as entidades realizam suas atividades-fim, ou seja, quando est&o prestando o servico publico para o qual foram criadas. Menciona-se, por exemplo, o principio da continuidade do servico publico e outros. Com isso, podemos resumir da seguinte forma. Todas as empresas publicas e sociedades de economia mista possuem personalidade juridica de direito privado e regime juridico hibrido. Porém, quando explorarem atividade econémica, sujeitam-se predominantemente ao regime de direito privado. Por outro lado, quando prestam servicos publicos, subordinam-se predominantemente a regras de direito puiblico. Por fim, a atividade preferencial das empresas estatais é a exploracdo de atividade econémica. Dessa forma, se a quest&o nao definir qual a drea de atuacéio, devemos partir do pressuposto que é a exploracéio de atividade econémica. Logo, 0 regime predominante sera de direito privado. Se a questo nao definir a area de atuaco da EP ou da SEM, 0 regime predominante ser de direito privado. Nogoes de Direito Administrativo p/ INSS Tecnico de Seguro Social Teoria ¢ exercicios comentados ~ Aula 3 © § 2°, art. 173, CF, dispde que as empresas ptiblicas e as sociedades de economia mista néo podera’o gozar de privilégios fiscais nado extensivos as do setor privado. Todavia, a mencionada regra encontra- se no art. 173, que se aplica somente as empresas publicas e as sociedades de economia mista que exploram atividade econémica. Com efeito, 0 dispositivo néo veda toda concesséio de privilégios fiscais, mas tao somente aqueles aplicados exclusivamente as empresas publicas e sociedades de economia mista. Assim, se 0 ente conceder um privilégio fiscal a todas as empresas de determinado setor, independentemente se so estatais ou nao, néo haverd vedacao. Ademais, quando a empresa atuar em regime de monopélio, nao existiré nenhuma vedac&o da concesso do privilégio, ainda que a empresa explore atividade econémica. O entendimento é muito simples, uma vez que ha monopélio, nao existiréo empresas do ramo no setor privado. Nesse ponto, vale trazer um importante entendimento do Supremo Tribunal Federal sobre a imunidade tributaria reciproca. O art. 150, VI, “a”, da CF, estabelece que 6 vedado a Unido, aos estados, ao Distrito Federal e aos municipios instituir impostos sobre o patriménio, renda ou servigos, uns dos outros. © §2° do mesmo artigo 150 dispde que essa regra se estende as autarquias e as fundagées instituidas e mantidas pelo Poder Puiblico, no que se refere ao patriménio, 4 renda e aos servicos, vinculados a suas finalidades essenciais ou as delas decorrentes. Nota-se que, em nenhum lugar, ha mengo as empresas piblicas e as sociedades de economia mista. Contudo, 0 Supremo Tribunal Federal vem apresentando entendimento de que a imunidade tributaria reciproca aplica-se as empresas puiblicas e sociedades de economia mista que prestam servicos ptiblicos. 0 primeiro julgamento do STF nesse sentido ocorreu com a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos - EBCT, no julgamento do RE 407.099/RS, quando a Corte entendeu que a empresa é “prestadora de servico ptiblico de Nogdes de Diteito Administrativo p/INSS ‘Técnico de Seguro Social Teoria ¢ exercicios comentados: —Aula3 prestacio obrigatéria e exclusiva do Estado” motivo pela qual esta abrangida pela regra da imunidade tributéria?. Na mesma linha, 0 STF entendeu que a imunidade tributaria reciproca se aplica a Infraero, empresa publica federal, uma vez que presta servico publico “em regime de monopélio”. Contudo, o entendimento do Supremo Tribunal Federal, ao decidir 0 caso da Infraero, aparenta-se ser bem mais amplo que o caso da EBCT, vejamos?: A submissao ao regime juridico das empresas do setor privado, inclusive quanto aos direitos e obrigacées tributarias, somente se justifica, como consectario natural do postulado da livre concorréncia (CF, art. 170, IV), se quando as empresas governamentais explorarem atividade econdmica em sentido estrito, nao se aplicando, por isso mesmo, a disciplina prevista no art, 173, § 1°, da Constituicéo, as empresas publicas (caso da INFRAERO), as sociedades de economia mista e as suas subsididrias que se qualifiquem como delegatarias de servicos publicos. (grifos nossos) Em recente posicionamento, o STF firmou entendimento ainda mais amplo, aplicando a imunidade tributéria reciproca & sociedade de economia mista prestadora de agées e servicos de satide, ou seja, que nem mesmo atuava como delegataria de servigo publico*. Vale dizer, o servico de satide, quando prestado pelo Estado, enquadra-se no conceito de servico publico, no entanto nao ocorre mediante delegacao, dada sua livre exploragao pelas entidades privadas (CF, art. 199). Diante do exposto, s6 podemos concluir que a imunidade tributaria reciproca, conforme posicionamento recente do Supremo Tribunal Federal, possui uma amplitude genérica, alcangando as empresas publicas, sociedades de economia mista e suas subsididrias prestadoras de servigos ptiblicos. Por outro lado, as empresas ptiblicas e as sociedades de economia mista que exploram atividade econémica n&o possuem imunidade tributaria. Vamos exercitar um pouco! RE 407.099/RS. No mesmo sentido: RE 354.897/RS, RE 398, 630/SP, ACO 765/R, ¢ outre destacou que a EBCT “é prestadore de servigo pablico de prestacdo obrigatoria e exclusive por que est abrangida pela imunidade tributaria reciproca’” 3 RE 363.412/BA, “RE 580.264 RS, Nogoes de Direito Administrativo p/ INSS Tecnico de Seguro Social Teoria ¢ exercicios comentados ~ Aula 3 42, (Cespe — Técnico Judiciario/TRE-GO/2015) As empresas pliblicas sao pessoas juridicas de direito publico Comentario: muito simples! As empresas pilblicas, assim como as sociedades de economia mista, sao pessoas juridicas de direito privado. Por outro lado, as autarquias sao pessoas juridicas de direito publico, enquanto as fundagées piiblicas podem ser de direito piiblico ou direito privado, conforme a sua forma de criacao - se criadas por lei, sao de direito publico; se autorizadas por lei, sao de direito privado. Gabarito: errado. 43. (Cespe - Técnico Judiciario/TJ-RR/2012) Embora possuam capital exclusivamente pubblico, as empresas pliblicas séo pessoas juridicas a que se aplicam, preponderantemente, normas de direito privado. Comentario: como a questo nao definiu a rea de atuagao da EP, devemos partir do pressuposto que ela explora atividade econémica, afinal essa é a atividade primordial das empresas estatais. Assim, as normas de direito privado sero aplicadas preponderantemente. Gabarito: correto. 44, (Cespe — Técnico em Administragao/TJ-AC/2012) A empresa publica criada com a finalidade de explorar atividade econémica deve ser, necessariamente, formada sob o regime de pessoa juridica de direito privado. Comentario: em qualquer hipotese, as empresas pliblicas e as sociedades de economia mista serao formadas sob o regime de pessoa juridica de direito privado. Assim, o item esta correto, Contudo, devemos lembrar que o regime Juridico sera sempre hibrido, predominando ou um ou 0 outro regime (direito pUblico e direito privado). No caso das empresas que exploram atividade econémica, as regras predominantes serao de direito privado. Gabarito: correto. Bens Os bens das sociedades de economia mista e das empresas ptblicas s&o considerados bens privados e, portanto, néo possuem os atributos dos bens ptblicos, como a impenhorabilidade e imprescritibilidade. Nogdes de Diteito Administrativo p/INSS ‘Técnico de Seguro Social Teoria ¢ exercicios comentados: —Aula3 No entanto, tendo em vista o principio da continuidade dos servicos piiblicos, a regra para as empresas publicas e sociedades de economia mista que prestam servico piiblico é um pouce diferente. Nesse caso, os bens afetados diretamente a prestac&o do servigo publico gozam dos mesmos atributos dos bens publicos. Nesse sentido, voltando ao caso da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos - EBCT, o Supremo Tribunal Federal possui diversos julgados sobre essa entidade, atribuindo-Ihe os mesmos privilégios da fazenda publica, como a impenhorabilidade de seus bens (e, por conseguinte, a sujeicéo ao regime de precatérios)®. Assim, podemos resumir 0 caso da seguinte forma. Os bens das empresas pliblicas e sociedades de economia mista s&o bens privados. Porém, no caso das prestadoras de servico ptiblico, os bens diretamente relacionados a prestac&o do servigo gozam dos mesmos atributos dos bens publicos. Faléncia A Lei 11.101/2005, que regula a recuperacao judicial, a extrajudicial e a faléncia do empresério e da sociedade empresaria, deixou claro, em seu art, 2°, I, que suas normas nao se aplicam as empresas publicas e as sociedades de economia mista. Dessa forma, independentemente da atividade que desempenham, as empresas ptiblicas e as sociedades de economia mista néo se sujeitam ao regime falimentar. 45. (Cespe - Procurador DF/2013) As sociedades de economia mista e as empresas publicas exploradoras de atividade econdmica nao se sujeitam a faléncia nem so imunes aos impostos sobre o patriménio, a renda e os servicos vinculados 4s suas finalidades essenciais ou delas decorrentes. Comentari nao importa qual a natureza da atividade (prestacao de servigos pUblicos ou exploracao de atividade econémica), pois todas as EP e SEM nao se sujeitam ao regime falimentar. Quanto 4 imunidade tributaria, o entendimento do STF é que ela sé se aplica as empresas estatais prestadoras de servico publico. Assim, o item esta correto, pois as sociedades de economia ‘a e as empresas pilblicas exploradoras de atividade econémica 5 RE 220.906 DF Nogoes de Direito Administrativo p/ INSS Tecnico de Seguro Social Teoria ¢ exercicios comentados ~ Aula 3 nao podem falir e nao esto Imunes aos Impostos sobre patriménio, renda e servicos vinculados as suas finalidades essenciais. Gabarito: correto. Prescrigao Vimos que as dividas e os direitos em favor de terceiros contra as autarquias prescrevem em cinco anos (Decreto 20.910/1932, art. 19°, c/c Decreto-Lei 4.597/1942, art. 2°). Para as empresas publicas e as sociedades de economia mista, contudo, néo hd essa regra. Assim, elas devem se submeter ao regramento previsto no Cédigo Civil. O art. 205 do CC dispde que a prescric&o ocorreré em dez anos, quando a lei nao the haja fixado prazo menor. Em seguida, 0 art. 206 estabelece diversos prazos de prescricéio, para varias situagdes. Cremos que no ha necessidade de decorar esses prazos, sobretudo quando se fala em direito administrativo. Assim, 0 que nos interessa é saber que as empresas pliblicas e as sociedades de economia mista no gozam do prazo quinquenal de prescricao. 46. (Cespe - TJ/TRT-10/2013) As acdes judiciais promovidas contra sociedade de economia mista sujeitam-se ao prazo prescricional de cinco anos. Comentario: ficou facil. As EP e as SEM nao se submetem ao prazo quinquenal. Assim, as regras de prescrigdo estao previstas nos arts. 205 e 206 do Cédigo Civil. Dessa forma, concluimos pela incorregao da questo. Gabarito: errado. Licitagées e contratacées A Constituig&o Federal estabeleceu que o estatuto da empresa publica e da sociedade de economia mista deveria estabelecer regras especificas ® Art 1 As dividas passivas da Unido, dos Estados e dos Municipios, bem assim todo e qualquer direito ou agio contraa Fazenda federal, estadval ou municipal, seja qual fora sua natureza, prescrevem em cinco anos ontados da data do ato ou fato do qual se originarem, Nosoes de Dieito Administrativo p/ INSS ‘Tecnico de Seguro Social Teoria ¢ exercicios comentados — Aula 3 para licitago e contratacéio de obras, servicos, compras e alienagGes, observados os principios da administragdo publica. Dessa forma, a Lei 13.303/2016 veio a disciplinar a aplicacao das licitagdes e contratagdes no ambito das empresas pubblicas e sociedades de economia mista. Deve-se observar que, antes da edigéo da Lei 13.303/2016, as empresas estatais seguiam, em regra, as normas da Lei 8.666/1993, excetuando-se apenas algumas empresas, como a Petrobrés, que possuia um estatuto préprio. No entanto, a Lei 13.303/2016 acabou com todos os regulamentos especificos, fazendo com que todas as empresas estatais passassem a seguir as suas disposicées relativas as licitagdes e contratacées. Anota-se ainda que, expressamente, a Lei 8.666/1993 estabelece que as suas regras alcangam as empresas publicas e as sociedades de economia mista. No entanto, podemos dizer que houve uma revogacio tacita dessa exig€ncia, uma vez que o Estatuto da Empresa Publica e da Sociedade de Economia Mista disciplinou quase integralmente a matéria. Nao obstante, n&o podemos dizer que a todas as disposigdes da Lei 8.666/1993 foram afastadas, ja que a propria Lei 13.303/2016 dispés que continuam a ser aplicadas as licitages e contratagdes das empresas estatais as regras sobre direito penal e algumas regras sobre critério de desempate, contidas respectivamente nos arts. 89 a 99 e 3°, § 2°, da Lei de Licitagées e Contratacées. Nem todos as contratacdes dependem de prévia realizagao de licitagao publica. Nessa linha, a Lei 13.303/2016 estabeleceu casos de licitacdo dispensada, dispensdvel e de inexigibilidade. A licitagéo dispensada envolve os casos em que nao sé a licitagao € inaplicavel, assim como todas as demais exigéncias formais constantes na Lei 13.303/2016. Nessa linha, as empresas estatais esto dispensadas de seguir as disposicées sobre licitagées e contratacgées da Lei 13.303/2016 nas seguintes situagdes: a) comercializacao, prestacao ou execucao, de forma direta, pelas empresas estatais, de produtos, servicos ou obras especificamente relacionados com seus respectivos objetos sociai b) nos casos em que a escolha do parceiro esteja associada a suas caracteristicas particulares, vinculada a oportunidades de negécio definidas e especificas, justificada a inviabilidade de procedimento competitivo. Nogdes de Diteito Administrativo p/INSS ‘Técnico de Seguro Social Teoria ¢ exercicios comentados: —Aula3 © primeiro caso envolve as atividades finalisticas da empresa. Por exemplo, ndo seria vidvel a Petrobrés S/A ter que realizar uma licitacdo para vender (alienar) petréleo; também no seria vidvel 0 Banco do Brasil ou a Caixa terem que fazer licitago para poder oferecer crédito a seus correntistas. Em ambos os casos, as empresas estariam desempenhando as atividades relacionadas com os seus objetos sociais, motivo pelo qual néo devem fazer licitacdo. O segundo caso é um pouco mais complexo. As oportunidades de negécio, de acordo com a Lei 13.303/2016, envolvem a formacao e a extingdo de parcerias e outras formas associativas, societérias ou contratuais; assim como a aquisigéo e a alienagdo de participagio em sociedades e outras formas associativas, societdrias ou contratuais e as operacées realizadas no ambito do mercado de capitais, respeitada a regulac&o pelo respectivo érgéo competente. Um exemplo de oportunidade de parceria seria a compra de agdes para obter o controle acionario de uma outra sociedade. Os casos de licitagdo dispensavel e de inexi lade sdo bem semelhantes aos que constam na Lei 8.666/1993. No primeiro caso (licitaco dispensdvel), o legislador da opcéo ao agente puiblico de optar por realizar ou nao a licitago, como ocorre nos casos de contratagéio de baixo valor ou de falta de interesse dos fornecedores. Por outro lado, os casos de inexigibilidade de licitago so aqueles em que ha inviabilidade de licitagdo, como nas situagdes de um Unico fornecedor ou que apenas uma empresa tenha capacidade de prestar o servigo. Vale mencionar que, nos casos de licitagdo dispensdvel e de inexigibilidade, a empresa estatal nao fica desobrigada de todas as disposigdes da Lei 13.303/2016, uma vez que precisa cumprir algumas formalidades minimas, como justificativa de pregos e razéio da escolha do fornecedor. A figura abaixo resume as regras sobre licitagdes no ambito das empresas estatais: Nogoes de Direito Administrativo p/ INSS Tecnico de Seguro Social Teoria ¢ exercicios comentados ~ Aula 3 Regra: deve licitar, seguindo a Lei 13.303/2016 -_ ___ A Licitag3o dispensada

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