Está en la página 1de 5

Direitos e Deveres Individuais e Coletivos IX – DIREITO CONSTITUCIONAL

Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online

DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS IX

Princípio da Inafastabilidade da Jurisdição

• Duração razoável do processo:


A duração razoável do processo é um princípio de suma importância, pois a
maior reclamação que se tem do Poder Judiciário, atualmente, é a morosidade.
No seu artigo 5º, a Constituição estabelece:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a inviolabi-
lidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade,
nos termos seguintes:
LXXVIII – a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a
razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua
tramitação. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 45, de 2004)

• Assistência jurídica:
A assistência Jurídica funciona como um meio de efetividade ao princípio da
duração razoável do processo.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabi-
lidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade,
nos termos seguintes:
LXXIV – o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que
comprovarem insuficiência de recursos;

A emenda constitucional n. 45 inovou trazendo a Justiça Itinerante e as Câma-


ras Regionais, que permitem facilitar o acesso das pessoas ao Poder Judiciário.
Em regra, pelo princípio da inércia, o Poder Judiciário é provocado. Porém, nos
casos da Justiça Itinerante e das Câmaras Regionais, apesar de ser mantida a
ideia da inércia, o Poder Judiciário se aproxima do jurisdicionado. A justiça itine-
rante é aquela pela qual o poder judiciário permanece, durante certos períodos,
ANOTAÇÕES

1
www.grancursosonline.com.br
DIREITO CONSTITUCIONAL – Direitos e Deveres Individuais e Coletivos IX
Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online

em locais diferenciados. Já as câmaras regionais são instalações permanentes


da Justiça do Trabalho, da Justiça Federal, ou da Justiça Estadual Comum, em
determinados locais.

Duração Razoável do Processo

A Constituição Federal de 1988 dispõe sobre a duração razoável do pro-


cesso, bem como os meios de efetividade dessa celeridade processual.
Ex.: De acordo com a Constituição, os processos devem ser imediatamente
distribuídos em todos os graus de jurisdição; o número de juízes deve ser pro-
porcional à demanda e à população; bem como não deve ser promovido o juiz
que retiver em seu poder além do prazo legal, os autos injustificadamente.

4.10.2. Inafastabilidade da Jurisdição

Decisões do Supremo Tribunal Federal acerca do princípio da Inafastabili-


dade da Jurisdição

“Os princípios constitucionais que garantem o livre acesso ao Poder Judiciá-


rio, o contraditório e a ampla defesa, não são absolutos e hão de ser exercidos,
pelos jurisdicionados, por meio das normas processuais que regem a matéria,
não se constituindo negativa de prestação jurisdicional e cerceamento de defesa
a inadmissão de recursos quando não observados os procedimentos estatuídos
nas normas instrumentais.” (AI 152.676-AgR).

"A CF estabeleceu que o acesso à justiça e o direito de petição são direitos


fundamentais (art. 5º, XXXIV, e XXXV), porém estes não garantem a quem não
tenha capacidade postulatória litigar em juízo, ou seja, é vedado o exercício do
direito de ação sem a presença de um advogado, considerado indispensável
à administração da justiça (art. 133 da CF e art. 1º da Lei 8.906/1994), com as
ressalvas legais. (...) Incluem-se, ainda, no rol das exceções, as ações protoco-
ANOTAÇÕES

2
www.grancursosonline.com.br
Direitos e Deveres Individuais e Coletivos IX – DIREITO CONSTITUCIONAL
Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online

ladas nos juizados especiais cíveis, nas causas de valor até vinte salários míni-
mos (art. 9º da Lei n. 9.099/1995) e as ações trabalhistas (art. 791 da CLT), não
fazendo parte dessa situação privilegiada a ação popular.” (AO 1.531-AgR)

 Obs.: A Constituição Federal, no artigo 5º inciso XXXIV, assegura o direito de


petição. Todos têm direito de petição, porém, o direito de petição e o direi-
to de acesso ao Poder Judiciário não autorizam que a pessoa pratique
atos nos quais se exige a presença de advogado.

“É inconstitucional a exigência de depósito prévio como requisito de admis-


sibilidade de ação judicial na qual se pretenda discutir a exigibilidade de crédito
tributário.” (Súmula Vinculante n. 28.)

“Viola a garantia constitucional de acesso à jurisdição a taxa judiciária calcu-


lada sem limite sobre o valor da causa.” (Súmula Vinculante n. 667)

4.10.3. Princípio do Juiz Natural 

A Constituição dispõe que não há Tribunal ou Juízo de Exceção. O Tribunal de


Exceção é um tribunal criado geralmente após um fato, para julgar tão somente
aquele fato. Quando a Constituição dispõe que não haverá Juízo ou Tribunal de
Exceção, ela impede o chamado juiz "ad hoc" (juiz escolhido para um caso espe-
cífico) – isso é uma efetividade do princípio da igualdade perante a justiça.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabi-
lidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade,
nos termos seguintes:
XXXVII – não haverá juízo ou tribunal de exceção;
ANOTAÇÕES

3
www.grancursosonline.com.br
DIREITO CONSTITUCIONAL – Direitos e Deveres Individuais e Coletivos IX
Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online

Segundo o artigo 5º, inciso LIII "ninguém será processado nem sentenciado
senão pela autoridade competente"
Autoridade competente é o juiz previamente investido e autorizado, compe-
tente na forma da Constituição Federal, para poder julgar as demandas que lhe
são apresentadas.

Tribunal Penal Internacional

O Tribunal Penal Internacional foi criado em 1998, e o Brasil em 2002 aderiu


à criação. De acordo com a Constituição, o Brasil se submete à jurisdição de Tri-
bunal Penal Internacional a cuja criação tenha manifestado adesão.
“§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja
criação tenha manifestado adesão”.
O Tribunal Penal Internacional julga demandas como crimes de guerra e
crimes de genocídio, por exemplo, quando o Brasil se mantiver omisso ou se
mostrar negligente ao julgamento dessas causas.

Nota – Princípio do Promotor Natural

"O postulado do promotor natural, que se revela imanente ao sistema consti-


tucional brasileiro, repele, a partir da vedação de designações casuísticas efetu-
adas pela chefia da instituição, a figura do acusador de exceção. Esse princípio
consagra uma garantia de ordem jurídica, destinada tanto a proteger o membro
do Ministério Público, na medida em que lhe assegura o exercício pleno e inde-
pendente do seu ofício, quanto a tutelar a própria coletividade, a quem se reco-
nhece o direito de ver atuando, em quaisquer causas, apenas o promotor cuja
intervenção se justifique a partir de critérios abstratos e predeterminados, esta-
belecidos em lei. A matriz constitucional desse princípio assenta-se nas cláusu-
las da independência funcional e da inamovibilidade dos membros da institui-
ção." (HC 67.759, HC 103.038, HC 102.147)
ANOTAÇÕES

4
www.grancursosonline.com.br
Direitos e Deveres Individuais e Coletivos IX – DIREITO CONSTITUCIONAL
Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online

IMPORTANTE!
• Em regra, os processos são distribuídos aleatoriamente, de forma impessoal.
• Os membros do Ministério Público atuam com independência funcional e são
inamovíveis.

4.10.3. Princípio do Juiz Natural

O princípio do juiz natural não resta violado na hipótese em que lei estadual
atribui à vara especializada competência territorial abrangente de todo o território
da unidade federada, com fundamento no art. 125 da Constituição, porquanto o
tema gravita em torno da organização judiciária, inexistindo afronta aos princí-
pios da territorialidade e do juiz natural. (ADI 4.414)

“Não viola as garantias do juiz natural, da ampla defesa e do devido processo


legal a atração por continência ou conexão do processo do corréu ao foro por
prerrogativa de função de um dos denunciados.” (Súmula 704.)

 Obs.: Em regra, quando uma autoridade que tem foro por prerrogativa de função
comete um crime, e junto com ela, em coautoria, há um particular que não
possui foro, o processo é separado. Aquele que tem foro por prerrogativa
será julgado pelo tribunal específico, e aquele que não tem, pela justiça
comum.

Obs.: Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos
Online, de acordo com a aula preparada e ministrada pelo professor
Wellington Antunes.
ANOTAÇÕES

5
www.grancursosonline.com.br

También podría gustarte