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Separação e divórcio
na página 3
Kardec e Amelie
na página 5
Edição bimestral
julho - agosto/2011 Festa Junina do Seareiros
ano XVIII - nº 96 na página 7
C
om toda minha esposa e
simplicidade com seu auxílio
e toda ver- reencontrei meu
dade carac- Pai, tios, avós
terísticas de Jesus, ele paternos, enfim
nos lança uma reflexão mais uma parte
que nos leva ao centro da minha família
da composição familiar. carnal tornou-
Convido a você que me se conhecida.
lê agora a entrar nes- Alguns anos se
te ambiente reflexivo, passaram e che-
sentir o amor de Jesus go a Casa Espí-
perto de cada de um rita; novamente
nós e buscarmos juntos, apoio, assistên-
na nossa memória, os cia e pessoas
momentos que outrora com ideal de
tivemos do carinho fami- auxiliar o próxi-
balhar. Aos dois anos de idade um
liar. De pronto pensaríamos: E os mo.Agora, parando para escrever
rompimento e ficamos somente
órfãos? Os filhos únicos? E tantas estas linhas, refletindo sobre mi-
eu e minha Mãe na grande cida-
adversidades que fazem a estrutu- nha história, olhando para os anos
de. Com poucos recursos, sem
ra familiar se romper? Importante passados e vendo tantos espíritos
familiares a quem recorrer e com
termos em mente nesta hora que que me deram sua mão, às vezes
um filho de colo só lhe restava
cada um de nós tem seu planeja- mesmo sem o saber, vejo a aplica-
acionar a vontade e ir em frente.
mento reencarnatório e ele está ção prática do que Jesus nos mos-
Sei que foram momentos difíceis
de acordo com nossas necessida- tra com a pergunta que intitula
para ela, mas com certeza valoro-
des e potencialidades como espí- este texto. Todas essas pessoas
sos para cada um dos envolvidos.
rito. Não busco com isto justificar no meu caminho fazem a constru-
Num dia uma porta fechava, mas
a dor alheia, mas exercitar o olhar ção da Família Espiritual Universal
no dia seguinte uma porteira se
observador sobre qual seria a ne- e me fizeram sentir o verdadeiro
abria. Sempre alguém nos estendia
cessidade daquele irmão de pas- carinho familiar. Desejo a você
a mão e quando esta partia, logo
sar por tais dificuldades. Ao fazer meu irmão e minha irmã, que pos-
outra mão nos apoiava. A religião
isto vejo que constantemente sou sam, assim como eu, ver e sentir a
alimentava o espírito de minha
remetido por minhas lembranças grande Família que somos. Como
mãe e os valores de Jesus foram
a olhar para mim. Nasci num lar Jesus e o Pai de bondade, sabedo-
pouco a pouco sendo passados a
simples, minha Mãe órfã de pai e ria e amor assim o desejam, jubi-
mim. Um número incontável de
mãe, chegada há poucos anos na lemos então.
espíritos encarnados e desencar-
cidade grande. Meu Pai vindo para Um forte e caloroso abraço,
nados me apoiaram ano após ano.
cidade grande para estudar e tra- Claudio M. Chaves
Aos 20 anos de idade conheci
Casa de Jesus: Rua João Alves dos Santos, 770 Colaboraram nesta edição:
Claudio M. Chaves, Doralice Magalhães, Carlos Cristini, Sandra
Fone (19) 32529194 - Jardim Paineiras - Campinas
Martins, Maria Márcia C. Barillari,Teresa Kawabata, Leda Siqueira
Núcleo José Esteves: Avenida General Carneiro, 225
O SEAREIRO
Camargo, Amilton da Costa Lamas e Conselho Doutrinário.
Campinas - Fone (19) 3234-4398
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Vl. Brandina - Campinas - Fone (19) 3253-2646 Projeto Gráfico e editoração: Felipe Teixeira
É uma publicação editada sob a responsabilidade da área www.seareiros.org.br Revisão e Diagramação: Mariana Dorigatti (Mtb 60.341)
doutrinária de “Os Seareiros”,
para distribuição aos seus frequentadores e amigos
Separação e divórcio
N
a visão espírita, o casa-
mento, na maioria dos ca-
sos, é compromisso selado
no mundo espiritual, por
escolha, assentimento aos ditames cár-
micos, ou por determinação de Espí-
ritos Superiores antes da encarnação
do casal, mas que, em muitos casos,é
preferível ser interrompido – não
rompido – aqui na Terra. Isso, porém,
não significa“uma atitude de compla-
cência ou de estímulo à separação dos
casais em dificuldades”.
Conflitos entre os pais afetam pro-
fundamente os filhos, desencadean-
do muitos males que contaminam a
todos dentro do lar e prejudicando a
concretização dos projetos espirituais
estabelecidos para a família. Influências
funestas e maus exemplos do casal
são, em geral, causas de transtornos assumidas antes de profunda análise e dades de relacionamento são mesmo
psíquicos, morais e espirituais dos demorada meditação que nos levem de esperar-se na maioria das uniões
filhos, especialmente daqueles que lhes à plena consciência das responsabi- que se processam em nosso mundo
estão vinculados por processos cármi- lidades envolvidas.”Por essa razão, ainda imperfeito.”
cos mais difíceis. antes de se tomar qualquer decisão a Lembremos que a família tem por ob-
Quando viver lado-a-lado torna-se respeito, é imprescindível “atentar para jetivo reunir, pelos laços consanguíne-
perigoso para a família, em razão de todos os aspectos da questão” – dores os, espíritos amigos ou inimigos. É no
ódios, conflitos e possibilidades de tra- morais de todos os envolvidos e todos seio do lar que os amigos fortalecem
gédias, a separação ou o divórcio deve os demais problemas decorrentes –, seus laços afetivos e os adversários
ser tomado como um “dar um tempo” de modo a “não ceder precipitada- amenizam os rancores e desentendi-
para a recuperação de forças e pre- mente ao primeiro impulso passional, mentos do passado. A atenção, o cari-
paração para a retomada do compro- ou solicitação do comodismo ou do nho, os pequenos ou grandes favores,
misso em algum momento no futuro egoísmo”. as trocas mútuas, tudo contribui para
encarnatório. Pois, ninguém foge ou A liberdade proporcionada pelo que os adversários se reconciliem e
suborna a lei divina, que coloca todos divórcio possibilita, sim, uniões mais desenvolvam entre si, mais facilmente,
os homens em processo de retificação felizes com outros parceiros, pois, sob o respeito e a fraternidade.
espiritual pela inexorável lei de causa um clima mais tranquilo os divorciados Apesar de todos os conflitos ou situ-
e efeito, sob a qual, mais cedo ou mais podem desenvolver virtudes que não ações infelizes que possam existir, a
tarde, a Providência reaproxima adver- fizeram desabrochar no ambiente hos- vida em família, aqui no plano terreno,
sários, especialmente em se tratando tildo relacionamento anterior. Portan- pode, no mínimo, significar uma “tré-
de algozes ou vítimas inconformadas. to, até que o compromisso espiritual gua” nas lutas odiosas entre adversá-
“A separação e o divórcio constituem, rompido seja retomado em outra en- rios. Por isso, e por muitas outras boas
assim, atitudes que não devem ser carnação, o aprendizadoque se adquire razões, quem vive conflitos no lar deve
junto a outro cônju- apelar para todas as forças do coração,
ge ou a outra família buscando exercitar-se na paciência,
equilibradatorna-se tolerância, perdão, renúncia, solida-
fator importante, riedade e cooperação, ao máximo de
pois certamente irá sua capacidade, de modo a atender ao
contribuir para me- sábio ensinamento de Jesus:
lhor relacionamento - “Reconcilia-te com teu adversário
do casal divorciado e enquanto estás a caminho com ele.”
facilitar, futuramente, (Destaques: palavras de Deolindo
a conclusão do com- Amorim e Hermínio C. Miranda, no
promisso pendente. texto “A Família Como Instrumento
Entretanto, essa mes- de Redenção Espiritual”.)
ma liberdade pode
levar a uniões tão Doralice Magalhães
ou mais infelizes que
antes, pois, “Dificul-
3
Kardec e Amelie
A
o sair das mãos benfazejas a Doutrina Espírita, sempre
e amorosas de Pestalozzi, o contando com o apoio de
jovem Hippolyte Leon De- Amelie. Era preciso cumprir
nizard Rivail, com apenas 21 a missão confiada a ele pelo
anos, partiu da Suíça e foi para Paris, Espírito Verdade, mas o pão
onde fundou uma escola nos moldes de todo dia, que sustentasse
dos conceitos de seu mestre, e cha- os dois, precisava caminhar
mou-a de Instituto Educacional Técni- em paralelo.
co. Pelos próximos seis anos, além de Amelie participou ativa-
lecionar e dirigir a escola publicaria vá- mente da Codificação, cata-
rios livros. Tão jovem e já era um tra- logando os textos para ele,
balhador incansável. Foi na sua escola ajudando-o a organizar as
que conheceu a senhorita Amelie-Ga- comunicações por assunto,
brielle Boudet, uma moça muito culta a classificá-las. E auxiliava-o,
e competente, professora de letras e ainda, a cuidar de sua enor-
belas-artes, poetisa e pintora. Ela chama me correspondência. Lem-
a atenção de Rivail rapidamente. bremo-nos que naquela épo-
Para ele o ano fora muito produti- ca cuidar de uma casa não
vo, pois havia publicado três livros era tarefa fácil, e lavar, passar,
naquele 1831! Já havia proposto um cozinhar eram tarefas com-
plano de reformulação da educação plexas e exaustivas.
pública francesa. Enfim, um moço Quando a Sociedade Espirita
encantandor!Apaixonaram-se, Amelie e de Paris foi criada, em 1858,
Hippolyte, e casaram-se em 1832, ape- o trabalho aumentou muito, Amelie e Kardec
nas alguns meses depois de se conhece- porque as publicações eram
rem. Ele tinha 28 anos e mensais e Ele parte para o plano espiritual antes
ela 36. O fato de Ame- exigiam análise e revi- dela, com as forças físicas exauridas
lie ser oito anos mais são de textos e mais pelo trabalho da Codificação, fechan-
velha que ele não foi textos. Amelie estava do assim um ciclo de 37 anos de união
motivo que os impe- com ele, firmemente conjugal. Ao ser interrogada, alguns
dissem de construírem presente nesse mo- anos depois, num inquérito que visava
juntos uma história de mento. atacar o Espiritismo, Amelie afirmaria
amor e dedicação mú- Em 1867 Kardec e do alto de seus oitenta e tantos anos:
tua. Amelie fazem uma via- “considero inatacável (...) o direito de
Foram morar nas de- gem de divulgação do ter feito construir um túmulo para meu
pendências da própria Espiritismo para Bor- companheiro de provações, para o es-
escola de Hippolyte, deux, Orleans e Tours, poso estimável e honrado por homens
e enfrentaram suas e nessa última cidade do mais alto valor.”
grandes lutas juntos. conhecem Leon De- Os verdadeiros laços de família não são
O caminho reservou- nis, então com apenas os da consanguinidade, mas os da sim-
lhes duas falências fi- Amelie-Gabrielle Boudet 21 anos. Quando Hi- patia, da comunhão de ideias e do amor.
nanceiras, e para pagar ppolyte afirma que o Sem filhos, essa família a quem tanto
as dívidas e as contas mais difícil não era en- devemos, formada por um casal apenas,
do dia-a-dia, ele lecionava de dia e fa- frentar os inimigos de fora do Espiritis- marca os rumos da recuperação das
zia a contabilidade de casas comerciais mo, mas os companheiros de dentro do ideias cristalinas do Cristianismo, so-
nas horas vagas. Os apertos financeiros movimento, quando surgem vaidades, bretudo porque, além de muito se ama-
não o impediram de dar aulas em casa, competição, criticas infundadas, Amelie rem e serem cúmplices comprometidos
gratuitamente, para estudantes mate- estava ao seu lado, amparando-o, sendo entre si, não eram apenas dois. O lar de
rialmente carentes de Paris. E Amelie seu ouvido e sua conselheira. Hippolyte e Amelie, nas várias casas físi-
estava ali, ao seu lado, compartilhando A união madura e o profundo compa- cas em que habitaram, era densamente
suas experiências, dando-lhe estrutura nheirismo entre ambos deu base de povoado de espíritos protetores, pes-
no lar, sustentação e apoio. sustentação racional e sentimental para soais e da missão que desempenhavam.
Quando começou a estudar os fenôme- os textos do ESE sobre a indissolubili- Amorosos, acolhedores e previdentes,
nos espíritas, mais ainda estreitaram-se dade do casamento, com a grande cla- faziam daquele ninho um porto de luz
seus laços. Ele dormia poucas horas, dei- reza que Kardec discorre sobre a afir- na Terra, a iluminar a Humanidade in-
tava-se tarde e acordava de madrugada, mação de Jesus “não se deve separar o teira.
escrevia à luz de lampiões, priorizando que Deus juntou”. Sandra Martins
4
Filhos do coração
A
família no passado, era vis- Com o desencarne, perce-
ta como um agrupamento be-se a extensão desses er-
de pessoas, hoje o concei- ros e a consciência mostra
to se ampliou e podemos estas faltas cometidas.
aceitar como família um casal com A oportunidade aparece
ou sem filhos ou até mesmo pessoas em reencarnar nesta mes-
que se unem por afinidade. ma família para reparação.
Este conceito se aproxima da ideia Mas a experiência mostra
espírita, pois aprendemos no Evange- que nestas circunstâncias
lho que os verdadeiros laços não são só é permitido ter a convi-
da consanguinidade, mas os laços de vência na posição de filhos
afinidade espiritual. alheios, a fim de aprender o
O espírito tem a necessidade da verdadeiro amor em alicer-
constituição familiar terrena, pois é ces da humildade.
através deste instrumento que tere- Estes pais precisam ter o
mos a construção da família espiri- A mais linda adoção é receber filhos diálogo com estes filhos,
tual. alheios, como nossos, pois são filhos es- para o conhecimento da verdade, mos-
Portanto temos dois tipos de família: a colhidos por amor. Não importa se são trando que agora são filhos do coração e
corporal e a espiritual. Esta primeira está difíceis ou não. O importante é dar-lhes que buscam o reajuste afetivo neste lar.
ligada pelos laços de sangue, são frágeis compreensão mais profunda, para que sua Para o filho do coração este aprendizado
como a matéria que nos reveste e se ex- existência seja menos difícil, pois já trazem ao encarnar em uma família mais evoluida
tinguem com a morte do corpo físico. Já a a insegurança da vida passada. São oportu- espiritualmente, pode trazer pertubações
espiritual é duradoura, pois amamos pelo nidades de se perdoar ódios e vinganças ao meio, mas ao receber bons exemplos
espírito e os sentimentos não acabam, mas do passado e conselhos, se for bem conduzido, con-
se perpetuam na vida espiritual. Em existências pretéritas, muitos de nós, seguirá cumprir sua missão em se elevar
Quando encontramos pessoas que não agimos com crueldade, com ingratidão, em e ofertar a outros também novas opor-
são parentes carnais, mas que pertencem a famílias bondosas, que muito fizeram para tunidades.
nossa família espiritual, é uma adoção, pois ajudar, ocasionando aflições e por vezes Somos todos filhos de Deus!
escolhemos por afinidade. sacrifícios. Lúcia Ribeiro
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Cursos
2o MÓDULO - Paula 85 a b
20:00 04/08
5a FEIRA 3o – MÓDULO - Silvia/Luciana 84
Os cursos que tiveram início em fevereiro terão sequência normal até novembro
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Eventos
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Palestras de Agosto 2011 Campanha Nota Fiscal Paulista
Dia 3 – quarta-feira, às 20horas
Palestrante:Augusto Cantusio Neto Queremos agradecer aos frequentadores e amigos da Casa de Jesus, pela
Tema: Plenitude receptividade à participação no Projeto Nota Fiscal Paulista.
Informações: Engenheiro Civil e Diretor de Doutrina da Sea- No período relativo ao 2º semestre de 2010, fomos contemplados pelo
ra Espírita Joanna de Ângelis, em Campinas - SP. programa com o valor de R$ 6.326,70, sendo R$ 5.536,70 corresponden-
tes aos créditos e R$ 790,00 correspondentes aos sorteios. No período,
Dia 14 – domingo, às 10 horas registramos 11.654 cupons doados por um grupo de pessoas espíritas e
Palestrante: Leida Lúcia de Oliveira não espíritas, trabalhando unidos em torno de um objetivo comum.
Tema:Arigó, décimo terceiro profeta Nosso projeto é assim vitorioso, tanto pela quantia arrecadada, como pelo
Informações: Advogada aposentada, filha de Arigó e divulga- congraçamento dos doadores/arrecadadores de cupons e pela dedicação
dora de seu trabalho; colaboradora do Grupo Espírita Cami- dos voluntários cadastradores.
nheiros como diretora social e coordenadora dos trabalhos Esperamos continuar contando com esta colaboração para que esse pro-
de passe. jeto se solidifique cada vez mais.
Deus abençoe a todos.
Dia 24 – quarta feira, às 20h Leda Siqueira Camargo
Palestrante: Leila Mendes da Rocha
Tema: Materialização de espíritos: Realidade ou Farsa?
Informações: Psicóloga, expositora espírita e presidente do
Relatório de receitas e despesas
Centro Espírita Casa do Caminho. VENDAS RECEITAS DESPESAS LUCRO
Venda de lasanhas R$ 32.100,00
Dia 31 – quarta feira, às 20h Venda de tortinhas R$1.631,00
Palestrante: Beth Lamas Venda massa/queijo/presunto R$ 234,00
Tema: Por que comigo?
Informações: Colaboradora da Casa de Jesus Vendas posteriores R$ 1.952,72
Atacadão R$ 1.303,50
A Isidoro P Impressos - ME R$ 36,00
Sérfrios- (pago via secretaria) R$ 11.111,19
EDITAL DE COMUNICAÇÃO
Maura O da Anunciação R$ 90,00