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A operações de microcrédito passam a ter também novas condições. Uma das mudanças
é o aumento no valor máximo de financiamento por beneficiário final, de R$ 15 mil para R$
20 mil. Nas operações de primeiro piso — aquelas em que o banco fornece funding a
instituições que concedem os financiamentos diretamente aos beneficiários finais, os
microempreendedores —, a taxa de juros passa de TJLP mais 0,9% ao ano para TJLP
mais 1% a.a.
Foi incluída a cobrança da taxa de risco de crédito de 0,1% a.a. nas operações com
agentes financeiros e agentes repassadores, tanto de primeiro quanto de segundo piso —
aquelas em que o BNDES fornece funding a instituições intermediárias, repassadoras dos
recursos às instituições que operam no primeiro piso. O nível de participação do BNDES,
que era de 85%, foi reduzido para 70% nas operações com agentes financeiros e
aumentado para 90% nas operações com agentes repassadores.
Foi simplificado o processo de concessão de crédito para o agente financeiro, que ficará
dispensado de enquadramento nas operações até R$ 20 milhões. Para os agentes
repassadores, a exigência de enquadramento continua, mas com limitadores: a instituição
que nunca operou com o banco poderá obter no máximo R$ 3 milhões na primeira
operação. A partir da segunda operação, o valor máximo será de R$ 10 milhões. O limite
máximo de exposição de cada agente repassador é de R$ 30 milhões.
Outra mudança para o agente repassador foi a criação de uma garantia adicional, o
depósito do valor equivalente a 5% do valor do projeto em uma conta vinculada não
movimentável. Servirá para garantir o BNDES em caso de inadimplência.
As instituições apoiadas pelo banco têm 36 meses de carência para começar a amortizar o
contrato.