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ATIVIDADE AVALIATIVA:
HISTÓRIA MODERNA I
MARINGÁ
2018
ANDRÉ VITOR DOS REIS
ATIVIDADE AVALIATIVA:
HISTÓRIA MODERNA I
MARINGÁ
2018
Primeira Avaliação (entrega das atividades: de 15 à 27/06/2018): o aluno deverá escolher
e realizar 01 (uma) das atividades indicadas no final de cada capítulo do livro.
Considerando que o livro é composto de 06 capítulos, nesta Primeira Avaliação cada aluno
deverá realizar, portanto, um total de 6 (seis) atividades, que valerão, conjuntamente, de
0,0 (zero) a 10,0 (dez) – peso 1.
CAP. 1
2- Fontes alternativas para aprofundamento temático: Leia a obra Rei Lear, de William
Shakespeare, ou assista ao filme Rei Lear, de 1984, estrelado pelo ator Laurence Olivier,
e faça uma análise mostrando os dramas humanos no interior das lutas políticas ocorridas
nos fins do feudalismo e inícios dos tempos modernos.
Resposta: Por decorrência da leitura do livro podemos dizer que a peça Rei Lear é uma
tragédia, essa escrita por William Shakespeare entre os anos de 1603 e 1606, um autor muito
conhecido e reverenciado. Ela foi baseada em uma lenda dos celtas, datada de antes da ocupação
romana das ilhas britânicas, do rei Lear. A história narra o declínio do personagem que dá nome
à peça, que sucumbe à loucura.
No início da trama, conhecemos o Rei Lear, um senhor que tem três filhas: Goneril, Regan e
Cordélia. Como ele já está idoso, quer deixar o trono para passar o resto de sua vida em repouso,
e para isso decide dividir seu reino entre suas três herdeiras. Goneril e Regan, interesseiras,
usam palavras doces para seduzir o pai, já Cordélia, que é honesta, deixa claro para ele que não
há palavras que possam expressar seu amor de filha. Porém, o rei se enfurece com essa resposta
vaga, e deserda a filha caçula, dividindo seu reino entre as duas outras.
O Duque de Kent acredita que essa situação é injusta e defende Cordélia, acabando banido do
reino junto com a filha do rei porém, ele volta ao reino disfarçado e põe-se a serviço de Lear.
Um dos pretendentes de Cordélia, o Duque de Borgonha, descobre que ela não terá mais dote
e desiste de casar-se com ela. Seu outro pretende, o Rei da França, fica impressionado com sua
honestidade e resolve casar-se com ela.
A partir de então, fica combinado que Lear deve revezar entre ficar na casa de Goneril e Regan;
porém, agora que já têm o reino as duas não demonstram mais amor pelo pai, e se unem contra
ele. O antigo rei rompe com suas filhas, e elas o expulsam – ele sai em companhia somente de
seu Bobo e de Caio, que na realidade é o Duque de Kent disfarçado.
Enquanto isso, o conde de Glócester também é enganado: seu filho bastardo Edmundo o
convence que seu filho legítimo, Edgar, está planejando seu assassinato. Temendo a fúria do
pai, Edgar disfarça-se de mendigo louco e se esconde na floresta.
Enquanto isso, Lear vaga quase enlouquecido por uma grande tempestade. Glócester não
conforma-se com o tratamento dado ao antigo rei, e o guia até uma cabana, onde se esconde
disfarçado Edgar. Porém, o seu filho Edmundo está agora tramando contra o próprio pai,
acusando-o de trair a Bretanha auxiliando uma invasão dos franceses. Como castigo, Glócester
tem os olhos arrancados, e também é expulso de sua casa por Edmundo.
Cego e arrependido, o antigo conde vaga até encontrar Edgar, que não revela sua verdadeira
identidade. Glócester quer cometer suicídio, atirando-se de um precipício, mas Edgar o engana
para que isso não ocorra. Eles reencontram Lear, agora completamente louco. É nesse momento
que Kent, ainda fiel ao seu antigo rei, guia Lear até o exército francês, onde ele reencontra sua
filha Cordélia. Recuperando sua lucidez, Lear implora perdão à filha; ela conforta o pai,
garantindo que não guarda qualquer rancor.
A essa altura, Edmund tornou-se chefe do exército inglês, Regan está viúva e Goneril detesta o
próprio marido. Edmundo consegue finalmente vencer os franceses, capturando Cordélia e Lear
e os condenando à morte.
Tanto Regan quanto Goneril desejam casar-se com Edmundo, mas como a primeira está viúva,
é a escolhida. Por inveja, Goneril envenena a irmã, e suicida-se quando seu marido descobre
suas intenções com Edmundo. Edgar e seu irmão ilegítimo lutam, e Edmundo morre sob a
espada do irmão e Glócester também falece, antes descobrindo a identidade de Edgar.
Ao final, pouco antes de morrer, Edmundo confessa sua trama e avisa da sentença contra
Cordélia e Lear porém, a jovem já tinha sido enforcada. Lear surge delirando, com o corpo da
filha amada nos braços, e morre em seguida. Após esse final trágico, Edgar assume o trono.
CAP. 2
2- Fonte alternativa para aprofundamento temático: Assista ao filme Cromwell, de 1970,
estrelado por Richard Harris e dirigido por Ken Hughes, e analise a evolução da postura
política do líder da Revolução Inglesa de 1640, Oliver Cromwell, durante as etapas do
processo revolucionário.
Resposta: Ocorrida na Inglaterra a revolução puritana que decorreu entre 1641 e 1649, originou
pela primeira vez a constituição de uma República (1649-1658) em solo inglês. Tendo como
líder mais destacado Oliver Cromwell, a Revolução Puritana inseriu-se como um dos principais
momentos da Revolução Inglesa, que teve ainda a Revolução Gloriosa como desfecho. A
principal consequência dessas revoluções foi a consolidação do regime político monárquico
parlamentar, colocando fim ao absolutismo na Inglaterra.
Para se entender a Revolução Puritana, é necessário perceber que ela se caracterizou como uma
resolução às contradições existentes entra as classes sociais no início do capitalismo inglês,
nomeadamente entre a burguesia em ascensão e a nobreza de raízes medievais.
As mudanças sociais pelas quais passava a Inglaterra haviam fortalecido a burguesia
economicamente desde finais do século XVI, através do desenvolvimento do comércio
marítimo, da agricultura e das manufaturas. Nesse sentido, é necessário destacar o início da
supremacia inglesa no mercantilismo, a expulsão dos camponeses de suas terras e as alterações
na produtividade agrícola, bem como o fortalecimento da produção de mercadorias com as
manufaturas.
O fortalecimento econômico da burguesia foi apoiado pela dinastia Tudor, cimentando a
autoridade real em uma atuação conjunta ao parlamento, em que eram representadas
politicamente a burguesia e a nobreza. Porém, com a sucessão dinástica de Elisabeth I, entrando
em seu lugar a dinastia Stuart, alterou-se a situação política no reino.
Seu sucessor Jaime I e o filho deste, Carlos I, iriam buscar fortalecer novamente o poder régio
e da nobreza mais tradicional, ligada aos preceitos medievais, principalmente com a adoção de
medidas que passavam por cima dos interesses do Parlamento. Eles eram ainda escoceses, e
não ingleses, o que intensificou a oposição à permanência deles no poder. Por serem rigorosos
anglicanos, perseguiram os puritanos calvinistas, ampliando a insatisfação com seu governo.
O ápice da insatisfação veio com o reinado de Carlos I. Sendo obrigado a assinar a “Petição dos
Direitos”, em 1628, que protegia a população contra tributos e detenções ilegais, em troca da
ampliação de impostos de seu interesse, Carlos I dissolveu o Parlamento em 1629. Passou a
governar de forma autocrática, revocando o Parlamento novamente em 1640 para conseguir
recursos para debelar uma rebelião na Escócia.
Entretanto, o Parlamento tentou novamente limitar o poder régio, tendo como resposta de
Carlos I uma nova tentativa de dissolução. O resultado dessas ações foi o deflagrar de uma
violenta guerra civil e da Revolução Puritana.
É interessante notar que as disputas religiosas interligaram-se umbilicalmente à luta política,
perceptível inclusive com o próprio nome dado à Revolução.
Os preceitos religiosos e o controle da Igreja Anglicana na vida cotidiana garantiam o controle
da ordem político-social inglesa. Mesmo com a ruptura com a Igreja Católica no reinado de
Henrique VIII, a Igreja Anglicana mantinha-se mais próxima do catolicismo e da ideologia da
Idade Média. Por outro lado, o puritanismo – o calvinismo inglês – era uma expressão
ideológica da burguesia, principalmente pelo fato de ligar a salvação da alma às ações
econômicas realizadas na Terra, bem como a uma religiosidade mais individualizada, sem a
interferência institucional da Igreja.
Nesse sentido, a guerra civil opôs, grosso modo, os membros da alta nobreza aristocrática
inglesa, funcionários do Estado e o clero, em sua maior parte anglicano, contra os agricultores
capitalistas, a burguesia urbana, os pequenos mercadores e artesãos, que professavam crenças
protestantes como o puritanismo e o presbiterianismo.
No aspecto militar, a divisão ocorreu entre os Cavaleiros, partidários de Carlos I e apoiados por
latifundiários, católicos e protestantes; e os Cabeças Redondas(rounheads), os defensores do
Parlamento. O nome adotado remetia ao corte de cabelo adotado, curto e de forma arredondada,
diferenciando dos longos cabelos dos membros da corte.
Cromwell dissolvendo o grande Parlamento, tela de Andrew Carrick Grow (1848-1920)
Além do corte de cabelo, uma diferença mais substancial foi que o exército dos Cabeças
Redondas, conhecido como Exército de Novo Tipo, baseava-se em promoções internas por
mérito, e não por sangue, além de permitir debates sobre os motivos da guerra, o que garantia
aos soldados uma consciência política de suas ações. Essa diferença foi substancial para a
derrota dos Cavaleiros nas batalhas de Marston Moor (1644) e Naseby (1645).
A primeira fase da guerra terminou em 1646, com a derrota de Carlos I. Mas o receio da posição
radical democrática dos Cabeças Redondas levou parlamentares moderados a tentarem um
acordo com a realeza. O resultado foi uma radicalização ainda maior da revolução. Em 1647,
Carlos I foi preso pelos soldados. O rei ainda fugiu da prisão e tentou reorganizar uma reação.
Porém, foi novamente derrotado por Cromwell e outros chefes das tropas parlamentares. Os
radicais conseguiram a hegemonia na Câmara dos Comuns, expulsando os moderados. Em
1649, Carlos I foi julgado e executado. Sua decapitação foi a primeira de um monarca por ordem
de um Parlamento.
Após Carlos I perder a cabeça, uma República foi instaurada na Inglaterra, formando-se um
Conselho de Estado e extinguindo-se a Câmara dos Lordes. Oliver Cromwell ainda debelou as
últimas reações dos realistas, pondo fim à guerra civil em 1651. Uma das principais medidas
de Cromwell no governo foram os Atos de Navegação, que garantiam proteção aos
comerciantes ingleses no comércio britânico, excluindo a ação holandesa no setor, que
constituía até então a maioria.
Mas a oposição política a Cromwell intensificou-se. Frente a isso, o líder revolucionário
dissolveu o Parlamento em 1653, criando uma ditadura pessoal e se autointitulado Lorde
Protetor da República. Sua ditadura durou até 1658, ano de sua morte. Foi substituído pelo
filho, Richard Cromwell, que não conseguiu manter a existência da República. Os nobres
realistas organizaram uma contrarrevolução, colocando Carlos II no trono, acabando com a
República e realizando a Restauração Monárquica.
Era o fim da República Puritana. Entretanto, as transformações sociais que ela representava não
permitiram que a Restauração Monárquica durasse muito tempo. Com a Revolução Gloriosa de
1688, completava-se o ciclo da revolução burguesa na Inglaterra, instaurando uma monarquia
constitucional de caráter liberal, que garantiria as condições gerais para o desenvolvimento do
capitalismo.
CAP. 3
2- Fonte alternativa para aprofundamento temático: ‘A Rainha Margot’, de 1994, dirigido
por Patrice Chéreau e estrelado pela atriz francesa Isabelli Adjani, é um filme do gênero
histórico, baseado no livro do mesmo nome, escrito pelo romancista francês Alexandre
Dumas, em 1845. Assista-o e utilize-o como referência para descrever o ambiente político
e religioso francês no século XVI.
CAP. 4
1- Com base no texto, comente os dois trechos abaixo, cujo autor, Guibert de Nogent
(1055- 1124), beneditino, historiador e teólogo, foi contemporâneo do movimento comunal
e, em sua autobiografia, faz alguns relatos desse movimento. No primeiro trecho, ele
mostra as razões que levaram os nobres, leigos e religiosos a abrir mão do seu domínio
sobre a população em troca de dinheiro. Não é preciso dizer que Guibert de Nogent tem
deste fato uma visão negativa, sendo inimigo das comunas:
Resposta: De acordo com os textos apresentados no capítulo 4 temos as cidades que haviam
alcançado sua libertação ou sua emancipação diante do poder dos nobres proprietários do feudo
onde elas estavam situadas é chamada Comuna, porem essa libertação não ocorreu sem lutas e,
em muitas ocasiões, foi o resultado de um longo período de enfrentamento entre os habitantes
das cidades, os burgueses e o senhor feudal, leigo ou religioso que tinha essas cidades sob seu
domínio. Toda comuna é uma cidade, mas nem toda cidade tornou-se uma comuna.
Pode-se caracterizar as comunas e suas lutas como acontecimentos que pertenciam à civilização
moderna e à formação do Terceiro Estado elas foram, sobretudo, um fenômeno eminentemente
francês. Esse longo processo, que durou séculos cujo desdobramento final foi a revolução
Francesa, deu origem à classes da burguesia, justamente a classe vitoriosa nesta revolução.
A história das comunas era objeto de estudos de historiadores, como por exemplo Guizot, no
qual buscavam encontrar, na recuperação da Idade Média, os elementos de origem da
civilização moderna. O que levou Guizot à análise das comunas foi, a necessidade de
demonstrar que havia sido por meio da luta que a burguesia conseguira elevar-se à condição de
classe fundamental da nação. Além disso, existia a necessidade de patentear que as origens
dessa classe remontavam ao feudalismo.
Nesse processo, podemos verificar as imensas transformações verificadas ao longo do século,
especialmente do XII ao XVIII, e afirmar que determinados acontecimentos somente ocorreram
em razão desta grande mudança. Assim, aos poucos, homens que se encontravam nas mesmas
condições começaram a criar vínculos e puderam ter uma existência nacional, constituída, dessa
maneira, era uma classe.
CAP. 5
2- Fonte alternativa para aprofundamento temático: Assista ao filme ‘Agonia e êxtase’,
de 1965, estrelado por Charlton Heston e dirigido por Carol Reed, e comente os dramas
pessoais, políticos e estéticos que envolviam a produção artística do pintor renascentista
Michelangelo na Itália do século XVI.
Resposta: De acordo com o filme ‘Agonia e Êxtase’ de 1965, estrelado por Charlton Heston e
dirigido por Carol Reed, mostra a vida e a obra do maior pintor e escultor renascentista,
Michelangelo Buonarroti (1475-1564). O cenário do filme é o renascimento italiano, no início
do século XVI. A história é centrada na divergência entre o artista e o Papa Júlio II, que
encomendou a pintura do teto da Capela Sistina a Michelangelo, em 1505. Em um de seus
trabalhos mais longos, Michelangelo ficou de 1508 a 1512 para narrar nove episódios do
Gênese: "Criação do Mundo" e "Expulsão do Paraíso". Além de abordar o contexto do
Renascimento, os atritos entre Michelangelo e o Papa podem servir para observar o papel da
Igreja Católica na conjuntura da Europa no início do século XVI.
Tendo assumido o pontificado em 1503, o “Papa Guerreiro” Júlio II (1443-1513) chegou a
pegar em armas para defender as terras pontifícias. Preocupado com o legado que deixaria para
as gerações futuras, o Papa Júlio II, resolve contratar o maior pintor e escultor renascentista
Michelangelo Buonarroti, encomendando-lhe a pintura do teto da Capela Sistina em 1505. O
artista inicialmente se nega, mas logo é forçado pelo pontífice a fazê-lo. A partir daí, começam
as disputas entre Michelangelo e o Papa a respeito do projeto. O cenário do filme é o
renascimento italiano, no início do século XVI. A história é centrada na divergência entre o
artista e o Papa. Um de seus trabalhos mais longos, Michelangelo dedicou-se de 1508 a 1512
para narrar nove episódios do Gênese. Esta cena apresenta a censura da igreja diante da imagem
desnuda, por meio de uma calorosa discussão entre os Cardeais e Michelangelo, a respeito das
imagens pintadas pelo artista no teto da Capela Sistina. Os Cardeais comparam a pintura de
Michelangelo à pintura dos gregos, que glorificavam os corpos e eram pagãos. Por sua vez,
Michelangelo defende-se, dizendo que pintará o homem como Deus o fez, na glória de sua
nudez.
CAP. 6
ATIVIDADE PROPOSTA PELO PROFESSOR.
Adam Smith, Karl Marx e Max Weber: interpretações da origem do capitalismo.
Tomando como referência trecho que vai do segundo parágrafo da página 105 até o último
parágrafo da página 107 do livro texto, mostre como Max Weber entende as influências
do catolicismo e do protestantismo calvinista no desenvolvimento do capitalismo.
Escrita em 1776, a obra “A Riqueza das Nações”, é a mais famosa de Adam Smith. Nela, o
economista teve como um de seus principais objetivos a demonstração das diferenças entre o
que é a economia política da ciência política, a jurisprudência e a ética. Na obra, como é de se
esperar, estão diversas e fortes críticas ao sistema mercantilista devido à sua intervenção sem
limites na economia.
WEBER, Max (1967). A ética protestante e o espírito do capitalismo. São Paulo: Pioneira.