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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

CURSO DE LICENCIATURA EM HISTÓRIA


ANDRÉ VITOR DOS REIS

ATIVIDADE AVALIATIVA:
HISTÓRIA MODERNA I

MARINGÁ
2018
ANDRÉ VITOR DOS REIS

ATIVIDADE AVALIATIVA:
HISTÓRIA MODERNA I

Atividade apresentada à disciplina de


História Moderna I, como pré-requisito à
aprovação, ministrado pelo Professor e
Doutor: José Flávio Pereira

MARINGÁ
2018
Primeira Avaliação (entrega das atividades: de 15 à 27/06/2018): o aluno deverá escolher
e realizar 01 (uma) das atividades indicadas no final de cada capítulo do livro.
Considerando que o livro é composto de 06 capítulos, nesta Primeira Avaliação cada aluno
deverá realizar, portanto, um total de 6 (seis) atividades, que valerão, conjuntamente, de
0,0 (zero) a 10,0 (dez) – peso 1.

CAP. 1
2- Fontes alternativas para aprofundamento temático: Leia a obra Rei Lear, de William
Shakespeare, ou assista ao filme Rei Lear, de 1984, estrelado pelo ator Laurence Olivier,
e faça uma análise mostrando os dramas humanos no interior das lutas políticas ocorridas
nos fins do feudalismo e inícios dos tempos modernos.

Resposta: Por decorrência da leitura do livro podemos dizer que a peça Rei Lear é uma
tragédia, essa escrita por William Shakespeare entre os anos de 1603 e 1606, um autor muito
conhecido e reverenciado. Ela foi baseada em uma lenda dos celtas, datada de antes da ocupação
romana das ilhas britânicas, do rei Lear. A história narra o declínio do personagem que dá nome
à peça, que sucumbe à loucura.
No início da trama, conhecemos o Rei Lear, um senhor que tem três filhas: Goneril, Regan e
Cordélia. Como ele já está idoso, quer deixar o trono para passar o resto de sua vida em repouso,
e para isso decide dividir seu reino entre suas três herdeiras. Goneril e Regan, interesseiras,
usam palavras doces para seduzir o pai, já Cordélia, que é honesta, deixa claro para ele que não
há palavras que possam expressar seu amor de filha. Porém, o rei se enfurece com essa resposta
vaga, e deserda a filha caçula, dividindo seu reino entre as duas outras.
O Duque de Kent acredita que essa situação é injusta e defende Cordélia, acabando banido do
reino junto com a filha do rei porém, ele volta ao reino disfarçado e põe-se a serviço de Lear.
Um dos pretendentes de Cordélia, o Duque de Borgonha, descobre que ela não terá mais dote
e desiste de casar-se com ela. Seu outro pretende, o Rei da França, fica impressionado com sua
honestidade e resolve casar-se com ela.
A partir de então, fica combinado que Lear deve revezar entre ficar na casa de Goneril e Regan;
porém, agora que já têm o reino as duas não demonstram mais amor pelo pai, e se unem contra
ele. O antigo rei rompe com suas filhas, e elas o expulsam – ele sai em companhia somente de
seu Bobo e de Caio, que na realidade é o Duque de Kent disfarçado.
Enquanto isso, o conde de Glócester também é enganado: seu filho bastardo Edmundo o
convence que seu filho legítimo, Edgar, está planejando seu assassinato. Temendo a fúria do
pai, Edgar disfarça-se de mendigo louco e se esconde na floresta.
Enquanto isso, Lear vaga quase enlouquecido por uma grande tempestade. Glócester não
conforma-se com o tratamento dado ao antigo rei, e o guia até uma cabana, onde se esconde
disfarçado Edgar. Porém, o seu filho Edmundo está agora tramando contra o próprio pai,
acusando-o de trair a Bretanha auxiliando uma invasão dos franceses. Como castigo, Glócester
tem os olhos arrancados, e também é expulso de sua casa por Edmundo.
Cego e arrependido, o antigo conde vaga até encontrar Edgar, que não revela sua verdadeira
identidade. Glócester quer cometer suicídio, atirando-se de um precipício, mas Edgar o engana
para que isso não ocorra. Eles reencontram Lear, agora completamente louco. É nesse momento
que Kent, ainda fiel ao seu antigo rei, guia Lear até o exército francês, onde ele reencontra sua
filha Cordélia. Recuperando sua lucidez, Lear implora perdão à filha; ela conforta o pai,
garantindo que não guarda qualquer rancor.
A essa altura, Edmund tornou-se chefe do exército inglês, Regan está viúva e Goneril detesta o
próprio marido. Edmundo consegue finalmente vencer os franceses, capturando Cordélia e Lear
e os condenando à morte.
Tanto Regan quanto Goneril desejam casar-se com Edmundo, mas como a primeira está viúva,
é a escolhida. Por inveja, Goneril envenena a irmã, e suicida-se quando seu marido descobre
suas intenções com Edmundo. Edgar e seu irmão ilegítimo lutam, e Edmundo morre sob a
espada do irmão e Glócester também falece, antes descobrindo a identidade de Edgar.
Ao final, pouco antes de morrer, Edmundo confessa sua trama e avisa da sentença contra
Cordélia e Lear porém, a jovem já tinha sido enforcada. Lear surge delirando, com o corpo da
filha amada nos braços, e morre em seguida. Após esse final trágico, Edgar assume o trono.

CAP. 2
2- Fonte alternativa para aprofundamento temático: Assista ao filme Cromwell, de 1970,
estrelado por Richard Harris e dirigido por Ken Hughes, e analise a evolução da postura
política do líder da Revolução Inglesa de 1640, Oliver Cromwell, durante as etapas do
processo revolucionário.

Resposta: Ocorrida na Inglaterra a revolução puritana que decorreu entre 1641 e 1649, originou
pela primeira vez a constituição de uma República (1649-1658) em solo inglês. Tendo como
líder mais destacado Oliver Cromwell, a Revolução Puritana inseriu-se como um dos principais
momentos da Revolução Inglesa, que teve ainda a Revolução Gloriosa como desfecho. A
principal consequência dessas revoluções foi a consolidação do regime político monárquico
parlamentar, colocando fim ao absolutismo na Inglaterra.

Para se entender a Revolução Puritana, é necessário perceber que ela se caracterizou como uma
resolução às contradições existentes entra as classes sociais no início do capitalismo inglês,
nomeadamente entre a burguesia em ascensão e a nobreza de raízes medievais.
As mudanças sociais pelas quais passava a Inglaterra haviam fortalecido a burguesia
economicamente desde finais do século XVI, através do desenvolvimento do comércio
marítimo, da agricultura e das manufaturas. Nesse sentido, é necessário destacar o início da
supremacia inglesa no mercantilismo, a expulsão dos camponeses de suas terras e as alterações
na produtividade agrícola, bem como o fortalecimento da produção de mercadorias com as
manufaturas.
O fortalecimento econômico da burguesia foi apoiado pela dinastia Tudor, cimentando a
autoridade real em uma atuação conjunta ao parlamento, em que eram representadas
politicamente a burguesia e a nobreza. Porém, com a sucessão dinástica de Elisabeth I, entrando
em seu lugar a dinastia Stuart, alterou-se a situação política no reino.
Seu sucessor Jaime I e o filho deste, Carlos I, iriam buscar fortalecer novamente o poder régio
e da nobreza mais tradicional, ligada aos preceitos medievais, principalmente com a adoção de
medidas que passavam por cima dos interesses do Parlamento. Eles eram ainda escoceses, e
não ingleses, o que intensificou a oposição à permanência deles no poder. Por serem rigorosos
anglicanos, perseguiram os puritanos calvinistas, ampliando a insatisfação com seu governo.
O ápice da insatisfação veio com o reinado de Carlos I. Sendo obrigado a assinar a “Petição dos
Direitos”, em 1628, que protegia a população contra tributos e detenções ilegais, em troca da
ampliação de impostos de seu interesse, Carlos I dissolveu o Parlamento em 1629. Passou a
governar de forma autocrática, revocando o Parlamento novamente em 1640 para conseguir
recursos para debelar uma rebelião na Escócia.
Entretanto, o Parlamento tentou novamente limitar o poder régio, tendo como resposta de
Carlos I uma nova tentativa de dissolução. O resultado dessas ações foi o deflagrar de uma
violenta guerra civil e da Revolução Puritana.
É interessante notar que as disputas religiosas interligaram-se umbilicalmente à luta política,
perceptível inclusive com o próprio nome dado à Revolução.
Os preceitos religiosos e o controle da Igreja Anglicana na vida cotidiana garantiam o controle
da ordem político-social inglesa. Mesmo com a ruptura com a Igreja Católica no reinado de
Henrique VIII, a Igreja Anglicana mantinha-se mais próxima do catolicismo e da ideologia da
Idade Média. Por outro lado, o puritanismo – o calvinismo inglês – era uma expressão
ideológica da burguesia, principalmente pelo fato de ligar a salvação da alma às ações
econômicas realizadas na Terra, bem como a uma religiosidade mais individualizada, sem a
interferência institucional da Igreja.
Nesse sentido, a guerra civil opôs, grosso modo, os membros da alta nobreza aristocrática
inglesa, funcionários do Estado e o clero, em sua maior parte anglicano, contra os agricultores
capitalistas, a burguesia urbana, os pequenos mercadores e artesãos, que professavam crenças
protestantes como o puritanismo e o presbiterianismo.
No aspecto militar, a divisão ocorreu entre os Cavaleiros, partidários de Carlos I e apoiados por
latifundiários, católicos e protestantes; e os Cabeças Redondas(rounheads), os defensores do
Parlamento. O nome adotado remetia ao corte de cabelo adotado, curto e de forma arredondada,
diferenciando dos longos cabelos dos membros da corte.
Cromwell dissolvendo o grande Parlamento, tela de Andrew Carrick Grow (1848-1920)
Além do corte de cabelo, uma diferença mais substancial foi que o exército dos Cabeças
Redondas, conhecido como Exército de Novo Tipo, baseava-se em promoções internas por
mérito, e não por sangue, além de permitir debates sobre os motivos da guerra, o que garantia
aos soldados uma consciência política de suas ações. Essa diferença foi substancial para a
derrota dos Cavaleiros nas batalhas de Marston Moor (1644) e Naseby (1645).
A primeira fase da guerra terminou em 1646, com a derrota de Carlos I. Mas o receio da posição
radical democrática dos Cabeças Redondas levou parlamentares moderados a tentarem um
acordo com a realeza. O resultado foi uma radicalização ainda maior da revolução. Em 1647,
Carlos I foi preso pelos soldados. O rei ainda fugiu da prisão e tentou reorganizar uma reação.
Porém, foi novamente derrotado por Cromwell e outros chefes das tropas parlamentares. Os
radicais conseguiram a hegemonia na Câmara dos Comuns, expulsando os moderados. Em
1649, Carlos I foi julgado e executado. Sua decapitação foi a primeira de um monarca por ordem
de um Parlamento.
Após Carlos I perder a cabeça, uma República foi instaurada na Inglaterra, formando-se um
Conselho de Estado e extinguindo-se a Câmara dos Lordes. Oliver Cromwell ainda debelou as
últimas reações dos realistas, pondo fim à guerra civil em 1651. Uma das principais medidas
de Cromwell no governo foram os Atos de Navegação, que garantiam proteção aos
comerciantes ingleses no comércio britânico, excluindo a ação holandesa no setor, que
constituía até então a maioria.
Mas a oposição política a Cromwell intensificou-se. Frente a isso, o líder revolucionário
dissolveu o Parlamento em 1653, criando uma ditadura pessoal e se autointitulado Lorde
Protetor da República. Sua ditadura durou até 1658, ano de sua morte. Foi substituído pelo
filho, Richard Cromwell, que não conseguiu manter a existência da República. Os nobres
realistas organizaram uma contrarrevolução, colocando Carlos II no trono, acabando com a
República e realizando a Restauração Monárquica.
Era o fim da República Puritana. Entretanto, as transformações sociais que ela representava não
permitiram que a Restauração Monárquica durasse muito tempo. Com a Revolução Gloriosa de
1688, completava-se o ciclo da revolução burguesa na Inglaterra, instaurando uma monarquia
constitucional de caráter liberal, que garantiria as condições gerais para o desenvolvimento do
capitalismo.

CAP. 3
2- Fonte alternativa para aprofundamento temático: ‘A Rainha Margot’, de 1994, dirigido
por Patrice Chéreau e estrelado pela atriz francesa Isabelli Adjani, é um filme do gênero
histórico, baseado no livro do mesmo nome, escrito pelo romancista francês Alexandre
Dumas, em 1845. Assista-o e utilize-o como referência para descrever o ambiente político
e religioso francês no século XVI.

Resposta: O filme retrata a França em 1572, quando do casamento da católica Marguerite de


Valois e o protestante Henri de Navarre, que procurava minimizar as disputas religiosas, mas
acaba servindo de estopim para um violento massacre de protestantes conhecido como a "noite
de São Bartolomeu" , que teve a conivência do rei da França Carlos IX, irmão de Margot.
O filme, que retrata esse trágico acontecimento, é baseado num romance de Alexandre Dumas.
A noite de São Bartolomeu, massacre de mais de 3 mil protestantes, ocorrido em 24 de agosto
de 1572, marca as sangrentas lutas religiosas que atrasaram a consolidação do absolutismo
francês. Esse acontecimento caracteriza a fase final da dinastia Valois, que governava a França
desde a idade média.
O casamento forçado entre Margot, irmã de Carlos IX (rei da França) e o protestante Henrique
de Navarra (Bourbon), não paralisou as lutas religiosas entre católicos e protestantes. Com a
noite de São Bartolomeu, ressurgia o combate, estimulado pelo papa, envolvendo várias regiões
europeias.
Com a morte de Carlos IX, sobe ao trono seu irmão Henrique III, iniciando-se uma guerra civil
conhecida como "Guerra dos três Henriques", entre Henrique de Guise, que fundou com líderes
católicos franceses a Liga Católica e Henrique III, que contou com o apoio de seu cunhado
Henrique de Navarra. Os dois últimos lideram o cerco sobre Paris em 1589, quando Henrique
III é assassinado.
Henrique de Navarra assume então o trono francês como Henrique IV, convertendo-se ao
catolicismo - "Paris bem vale uma missa" - mas publicando o edito de Nantes que dava
liberdade de culto aos protestantes. Seu governo marca o início da dinastia Bourbon, que
conhecerá o apogeu do Estado absolutista no longo reinado de Luiz XIV (1661-1715) o "rei
sol", para depois nos reinados de Luiz XV e Luiz XVI, conhecer a decadência e crise, que
culminou com a revolução francesa em 1789, acontecimento que marca o início da Idade
Contemporânea.
O absolutismo foi a forma de governo que caracterizou os chamados Estados Modernos
europeus, marcados pela ampla concentração de poderes nas mãos do rei. Ao longo dos séculos
XV e XVI a relação entre rei e burguesia era de aliança, já que ambos simbolizavam o novo
(capitalismo nascente), em oposição ao clero e nobreza defendiam o velho (feudalismo
decadente). Enquanto a burguesia representava a iniciativa privada e o comércio (atividade mais
promissora da época), o rei representava um Estado forte e protecionista, capaz de padronizar
defesa militar (exércitos nacionais), leis e moedas, viabilizando ainda mais a acumulação de
capital durante a idade moderna.
Nos séculos XVII e XVIII, a relação entre rei e burguesia passa a ser de confronto, pois a
burguesia com muito capital acumulado, reivindica o poder político, voltando-se assim contra
seu antigo aliado, através das revoluções inglesas (puritana e gloriosa) entre 1649 e 1688 e da
revolução francesa em 1789, antecedida das revoluções industrial e americana e influenciada
pelos princípios liberais e iluministas, no contexto de crise do Antigo Regime europeu.

CAP. 4
1- Com base no texto, comente os dois trechos abaixo, cujo autor, Guibert de Nogent
(1055- 1124), beneditino, historiador e teólogo, foi contemporâneo do movimento comunal
e, em sua autobiografia, faz alguns relatos desse movimento. No primeiro trecho, ele
mostra as razões que levaram os nobres, leigos e religiosos a abrir mão do seu domínio
sobre a população em troca de dinheiro. Não é preciso dizer que Guibert de Nogent tem
deste fato uma visão negativa, sendo inimigo das comunas:

Resposta: De acordo com os textos apresentados no capítulo 4 temos as cidades que haviam
alcançado sua libertação ou sua emancipação diante do poder dos nobres proprietários do feudo
onde elas estavam situadas é chamada Comuna, porem essa libertação não ocorreu sem lutas e,
em muitas ocasiões, foi o resultado de um longo período de enfrentamento entre os habitantes
das cidades, os burgueses e o senhor feudal, leigo ou religioso que tinha essas cidades sob seu
domínio. Toda comuna é uma cidade, mas nem toda cidade tornou-se uma comuna.
Pode-se caracterizar as comunas e suas lutas como acontecimentos que pertenciam à civilização
moderna e à formação do Terceiro Estado elas foram, sobretudo, um fenômeno eminentemente
francês. Esse longo processo, que durou séculos cujo desdobramento final foi a revolução
Francesa, deu origem à classes da burguesia, justamente a classe vitoriosa nesta revolução.
A história das comunas era objeto de estudos de historiadores, como por exemplo Guizot, no
qual buscavam encontrar, na recuperação da Idade Média, os elementos de origem da
civilização moderna. O que levou Guizot à análise das comunas foi, a necessidade de
demonstrar que havia sido por meio da luta que a burguesia conseguira elevar-se à condição de
classe fundamental da nação. Além disso, existia a necessidade de patentear que as origens
dessa classe remontavam ao feudalismo.
Nesse processo, podemos verificar as imensas transformações verificadas ao longo do século,
especialmente do XII ao XVIII, e afirmar que determinados acontecimentos somente ocorreram
em razão desta grande mudança. Assim, aos poucos, homens que se encontravam nas mesmas
condições começaram a criar vínculos e puderam ter uma existência nacional, constituída, dessa
maneira, era uma classe.

CAP. 5
2- Fonte alternativa para aprofundamento temático: Assista ao filme ‘Agonia e êxtase’,
de 1965, estrelado por Charlton Heston e dirigido por Carol Reed, e comente os dramas
pessoais, políticos e estéticos que envolviam a produção artística do pintor renascentista
Michelangelo na Itália do século XVI.

Resposta: De acordo com o filme ‘Agonia e Êxtase’ de 1965, estrelado por Charlton Heston e
dirigido por Carol Reed, mostra a vida e a obra do maior pintor e escultor renascentista,
Michelangelo Buonarroti (1475-1564). O cenário do filme é o renascimento italiano, no início
do século XVI. A história é centrada na divergência entre o artista e o Papa Júlio II, que
encomendou a pintura do teto da Capela Sistina a Michelangelo, em 1505. Em um de seus
trabalhos mais longos, Michelangelo ficou de 1508 a 1512 para narrar nove episódios do
Gênese: "Criação do Mundo" e "Expulsão do Paraíso". Além de abordar o contexto do
Renascimento, os atritos entre Michelangelo e o Papa podem servir para observar o papel da
Igreja Católica na conjuntura da Europa no início do século XVI.
Tendo assumido o pontificado em 1503, o “Papa Guerreiro” Júlio II (1443-1513) chegou a
pegar em armas para defender as terras pontifícias. Preocupado com o legado que deixaria para
as gerações futuras, o Papa Júlio II, resolve contratar o maior pintor e escultor renascentista
Michelangelo Buonarroti, encomendando-lhe a pintura do teto da Capela Sistina em 1505. O
artista inicialmente se nega, mas logo é forçado pelo pontífice a fazê-lo. A partir daí, começam
as disputas entre Michelangelo e o Papa a respeito do projeto. O cenário do filme é o
renascimento italiano, no início do século XVI. A história é centrada na divergência entre o
artista e o Papa. Um de seus trabalhos mais longos, Michelangelo dedicou-se de 1508 a 1512
para narrar nove episódios do Gênese. Esta cena apresenta a censura da igreja diante da imagem
desnuda, por meio de uma calorosa discussão entre os Cardeais e Michelangelo, a respeito das
imagens pintadas pelo artista no teto da Capela Sistina. Os Cardeais comparam a pintura de
Michelangelo à pintura dos gregos, que glorificavam os corpos e eram pagãos. Por sua vez,
Michelangelo defende-se, dizendo que pintará o homem como Deus o fez, na glória de sua
nudez.

CAP. 6
ATIVIDADE PROPOSTA PELO PROFESSOR.
Adam Smith, Karl Marx e Max Weber: interpretações da origem do capitalismo.
Tomando como referência trecho que vai do segundo parágrafo da página 105 até o último
parágrafo da página 107 do livro texto, mostre como Max Weber entende as influências
do catolicismo e do protestantismo calvinista no desenvolvimento do capitalismo.

Resposta: De acordo com os textos apresentados no capítulo 6 podemos compreender as


diferentes interpretações das origens do capitalismo, é necessário destacar, que elas são fruto
da história, isto quer dizer que decorrem de circunstancias históricas e do posicionamento dos
autores diante das questões de sua época, não são resultantes, das qualidades ou defeitos
pessoais dos autores, mas explicam-se pelo momento histórico em que foram elaboradas e pela
posição que os últimos tomaram no debate político de então. O debate em torno do surgimento
do capitalismo é, antes de tudo um debate político.
Para Marx o capitalismo teve duas fases distintas, a primeira que denominou de revolucionaria,
foi aquela em que o capitalismo desenvolveu as forças produtivas a um ponto até então
desconhecido e mesmo sonhado pela humanidade. O processo de expropriação dos camponeses
e dos artesãos constituiu o período inicial dessas fase, para ele, como o desenvolvimento do
comércio e das forças produtivas não comportava mais as formas individuais de trabalho, tais
formas se dissolveram sob o impacto das trocas. O passo ulterior do desenvolvimento das forças
produtivas tornou o trabalho uma atividade coletiva, como na manufatura. Nessa forma de
produção, por meio da divisão do trabalho, a atividade não era mais obra de um indivíduo, mas
o resultado do trabalho cooperado de muitos trabalhadores. Desse modo, Marx considerou que
as relações capitalistas eram a forma pela qual se verificou o desenvolvimento das forças
produtivas. A revolução Industrial foi a última etapa desse processo, quando se acoplou o
instrumental de trabalho a um motor.
Para Marx as relações capitalistas haviam se convertido em entraves ao desenvolvimento das
forças produtivas, em suma de revolucionarias, as relações capitalistas de produção haviam se
tornado um conservadoras.
- Max Weber, o capitalismo existe onde quer que se realize a satisfação das necessidades de um
grupo humano, com caráter lucrativo e por meio de empresas. Ele estabeleceu como condição
prévia Para a existência do capitalismo moderno, a contabilidade racional do capital, como
norma para todas as grandes empresas lucrativas que se ocupam das necessidades cotidianas.
Por isso, as empresas deveriam se apropriar de todos os bens materiais de produção, como: a
terra, aparelhos, instrumentos, máquinas, etc. como propriedades de livre disposição. Pregou
também, a liberdade do mercado, com referência a toda irracional limitação do comércio, não
havendo, portanto, um mercado livre de trabalho, nem de produtos. Ele achava que a exploração
econômica capitalista deveria progredir, desde que a justiça e a administração seguissem
determinadas pautas. O trabalho livre resulta possível um cálculo racional de capital, isto é,
quando existindo trabalhadores que se oferecem com liberdade, no aspecto formal, mas
realmente estimulados pelo castigo da fome, os custos dos produtos podem ser,
inequivocamente, de antemão. Diferentemente de Weber, Marx modificou a análise do valor,
apesar de haver utilizado vários componentes da versão clássica da teoria do valor-trabalho,
desenvolveu conceitos que se tornaram muito conhecidos, como, por exemplo, o de mais-valia,
capital variável, capital constante, exército de reserva industrial e outros, analisou a acumulação
de capital, a distribuição da renda, as crises econômicas e outras. Para Marx, as condições de
produção do sistema capitalista obrigam o trabalhador a vender mais tempos de trabalho do que
o necessário para produzir valores equivalentes às suas necessidades de subsistência. Por sua
vez, os trabalhadores são obrigados a aceitar as condições impostas pelos empregadores porque
não dispõem de fontes alternativas de renda. O valor criado pelo tempo de trabalho excedente
é apropriado pelos capitalistas. Por esses motivos, é preciso dizer que o pensamento de Marx é
essencial para a compreensão do capitalismo, pois ele considerava que o capitalismo era
inevitável para a evolução social humana, como também considerava que era necessário passar
por ele para atingir a forma perfeita de sociedade. Para Marx, a força que move todo o processo
da evolução social é econômica. Apesar de muitas ideias de Marx serem contraditórias, elas
não podem ser consideradas inválidas ou inúteis para qualquer pessoa interessada em
compreender e analisar o capitalismo, ou seja, acredita-se que os marxistas e simpatizantes são
capazes de se adaptar à nova realidade ecológica, para que se possa mudar a sociedade. Por sua
vez, Weber se destacou mais por contribuir para que se lançassem luzes sobre vários problemas
sociais e históricos e fazer contribuições extremamente importantes para as ciências sociais.
Em suas pesquisas, ele encontrou íntima relação do capitalismo com o protestantismo, ao
afirmar que os líderes do mundo dos negócios e proprietários do capital eram protestantes.
Percorrendo o caminho do protestantismo, propõem-se a entender melhor o espírito do
capitalismo, através do estudo dos aspectos fundamentais do sistema econômico capitalista.
- Smith define capitalismo como libertador, onde o homem pode manifestar livremente sua
natureza, onde pelo trabalho e pela relação social é possível gerar riqueza social. As teorias de
Adam Smith atacavam abertamente a política econômica do mercantilismo, que era
promovida pelos reis absolutistas em uma época extremamente autoritarista. Essas teorias
também contestavam o regime feudal, que naquele tempo ainda estava presente em muitas
regiões rurais da Europa. E foi devido à essas características que as ideias de Adam Smith
ganharam mais força, influenciando, e muito, a burguesia europeia do século XVIII.

Escrita em 1776, a obra “A Riqueza das Nações”, é a mais famosa de Adam Smith. Nela, o
economista teve como um de seus principais objetivos a demonstração das diferenças entre o
que é a economia política da ciência política, a jurisprudência e a ética. Na obra, como é de se
esperar, estão diversas e fortes críticas ao sistema mercantilista devido à sua intervenção sem
limites na economia.

A principal teoria presente na obra é a de que o desenvolvimento e o bem-estar de qualquer


nação provém da eficiência de sua economia e da divisão do trabalho. Para Adam Smith, seria
a divisão do trabalho a responsável por garantir a redução dos custos da produção e também
por elencar a queda dos preços dos produtos. Outros assuntos, como a livre concorrência e a
acumulação de capitais como fonte de desenvolvimento da economia, são abordados em “A
Riqueza das Nações”.
Sobretudo, a importância de Adam Smith e de suas obras reside no fato de que o economista e
filósofo inspirou o crescimento do capitalismo, que é o atual sistema do Brasil e de boa parte
do planeta. O liberalismo econômico se opõe à intervenção do Estado e prega que a iniciativa
privada pode ser a solução, deixando a sociedade a mercê da dominância e dos interesses das
empresas, que ditam os rumos da economia.
REFERÊNCIA

SECRETARIA DA EDUCAÇÃO; Agonia e Êxtase. Disponível em: <


http://www.historia.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=112> Acesso
em: 12 de junho de 2018.

MUNDO EDUCAÇÃO; Rei Lear. Disponível em: <


https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/historiageral/cromwell-revolucao-puritana-
inglesa.htm> Acesso em: 15 de junho de 2018.

FLAVIO, Jose. Tempos modernos. Eduem Maringá 2011.

DALYMOTION; Cromwell. Disponível em: <


https://www.dailymotion.com/video/x1zzpm5 > Acesso em: 20 de junho de 2018.

WEBER, Max (1967). A ética protestante e o espírito do capitalismo. São Paulo: Pioneira.

PIERUCCI, Antonio Flávio (2004). O desencantamento do mundo. [S.l.]: Companhia das


Letras.

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