| Py
S storia
DA BIBLIOT aes Ne Noa hues
RE
O comércio de escrdvos
na forma¢ao do nosso mundo
WU Fame lm naa Telecom OL TLATeCELALOS
Em sala de aula, filmes sobre a ditadura
O livro sagrado dos maias-quichésPW Trier ame a] oye
JAIME RODRIGUES
Homens negros acorrentados, reunides em um local frequentado por compra
dores da mercadoria humana. Essa imagem, repetida incontaveis vezes durante
08 séculos de existéncia do trafico de escravos afticanos, unese aos esbocos dos
Se ec ek erent eee ees TE
pec eee Seto eo ware
Sse ee eee Lee CRC)
Cee Ra ect eer erect ec
‘uma histéria de transformagSes permanéncias, como indica a propria variedade
Ceres
A fotografia foi feita em Zanzibar, em data e por autor desconhecidos.
Certamente € anterior a 1873, quando 0 tréfico fol extinto naquela ilha ~ um
SUS Ree eter nea toe ect cer ee eer cern
eee ese ese coe Re erect eer
Sree)
Oe aut t Ree eee as ected
‘exemplo, parte da arquitetura interna do mercado de escravos, semelliante a uma
eer et ee ee eee
macigo. Ela diz algo sobre a aparéncia fisica dos homens: descalgos, como escra:
Sea een eR ene tee
Re eee en Oe ee ee eee
ee eee ee a ten eke emery
no mundo mugulmano. Quanto a exibi¢lo dos corpos, o fotdgrafo fez. concessdes
as sensibilidades vitorianas do piblico ao qual o seu trabalho se destinaya; no am:
biente do mercado de escravos, a nudez era muito mais comum do que a imagem
Ce Rear ene e ome cerca ees eee ats
Sees ese ee nt eee cee)
obedecer as ordens do fotdgrafo. Desfocado, tomou-se um sujeito histérico capaz
de documentar sua vontade de nio ser retratado, Para quem supée que a escraviza-
‘do desumanizava os individuos, a falta de foco indica 0 conitrério.
Coane Oe one ee este cee cana
indagar, a partir da observagdo, sobre a experiencia desses homens. Acabavam de
ser desterrados? Onde estavam seus parentes? Que situagii os levon ao cativeiro?
Saeed
Dr One ee ene on C re eee st ney eee
Once eee eee ery
Pn een enon eeu cee cer cee eet
século XIX. Uma ago de propaganda abolicionista em um mundo que comecava
Coo eno Enea anc ete
Cen nent een necro ay Renee tee
Eee aor arene
ea ae eee
Pacer eae st eae
reeowctenta eet}
Beer raetes sen)
eee
pence
peers
eels
DeinCARTA DO EDITOR
Imagine ser arrancado da sua
familia. Imagine ser acorrentado,
trancafiado, privado de luz,
comida e égua. Imagine ser
negociado, jogado em um porao
‘mio, quente e superlotado, no
qual permanecer4 por semanas,
sem ter ideia do seu destino.
Imagine que aquele que agora
‘0 domina cogita jogé-lo ao mar
Por puro calculo econdmico.
Imagine, por fim, que saitr
vivo deste inferno e que agora
tem a “sorte” de fazer parte de
um lote de mercadorias ¢ que
sua existéncia dependera do
interesse material de alguém
{que poderd espancé-lo até a
morte, Agora multiplique isto
por 12 milhoes.
‘Comparar trag6dias nio é
tarefa facil, mas poucas vezes
a humanidade foi capaz de
atrocidades com a dimensio
da escravidao moderna. 0
comércio transatlantico de
pessoas, Jonge de ter sido uma
perversio do carater ocidental,
foi uma engrenagem que girou
a roda do capitalismo entre os
séculos XVI e XIX. As ligagdes
centre o “infame comércio”, a
industrializagio da Europa, a
sedimentacao de estruturas
de dominagao no continente
africano e a criagio das novas
sociedades americanas esto
nas paginas do dossié preparado
pelas historiadoras Cristiane
Nascimento e Joice Santos.
Dos niimeros da migracio
forgada ao tratamento
dispensado a carga humana,
percebemos uma racionalidade
econdmnica que nos é muito
familiar - lembrando que, em
qualquer época, a utilizagio de
dados frios para resumir o que
uma sociedade, sua riqueza
ou sua pobreza é uma forma de
dissociar-se do suor, da carne
e do sangue de mulheres e
homens que, no fim das contas,
sio os habitantes da Histéria.
Aproveito este espaco
para agradecer aos leitores,
colaboradores, antigos
conselheiros, editores que me
precederam e toda a equipe,
pretérita e atual, da Revista
de Histéria pela construcio
continua desta publicagio.
Reafirmo nosso compromisso
de fazer de suas paginas um
lugar para as vozes miiltiplas do
trabalho historiogritico.
RopRIGO ELAS
NESTE NUMERO
Alex Borucki
‘or de From Stipmates
‘9 Sor Emerging Block
erties a Montene,
17701880 (201), de
Abalone y wf dee
dre Mertens
finden republican, 1829
1953 (2008) Alex Boru
eigen come a Corot
‘parol som portos ma
vos para regio do Ro de
Hira a Universidade
a Calor (eve
rnlo-de-cha nega em.
fordamarel pars cone:
i oe
Richard Price
"No auge co comercio
oF bricinicos Hersam 0
‘raniporte de enor. 0
broestor da Universidade
de Manyend @ PAD. mm
‘Aropologis Soci pela
Universiade Harvard
recenes,0 autor de
-mekig Empire (2008)
domosira inde que 0 Bras
respond pala mar parte
deqosia Veron.
y
Petrie Lessa
(Com ps-dowtorado em
lec eLngrger
pela Univer Fades)
Faminese Fai Lets
tute a inser do ates
sien de einidade
05 Jogos Oimpcs de 1968
Passe em Estudos do
Corpo 0a Sox
(Gepeeoy.2 ator do veo
Muleres 8 vend 205)
“ina indeerminado™
amearavam 0 equloric
‘Historia
'% BIBLIOTECA NACIONAL
ror car
anit