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REVISTA DE PROCESSO ISSN 0100-1981, SUMARIO ALGUNS ASPECTOS DA AGAO DECLARATORIA DE CONSTITUCIONALIDADE— Arnoldo ‘Wald Direito Processual Civil ERICACIA E AUTORIDADE DA SENTENCA NO JUIZO DEMARCATORIO DIVISORIO — ‘Cindido . Dinamarco sensor ASSISTENCIA LITISCONSORCIAL NO MANDADO DE SEGURANGA CONTRA ATO JUD: CIAL — J. Carreira Alvin TUTELA JURISDICIONAL MERAMENTE DECLARATORIA — Flivi ¥ to Processual Tributrle [ASPECTOS DA COISA JULGADA EM QUESTOES TRIBUTARIAS — Hu (0 SALDO REMANESCENTE NA EXECUCAO FISCAL — Ante INSTRUMENTOS DE DEFESA DO CONTRIBUINTE — Leon Frejda Seklarowsky Brito Machado Ramos de Vasconcelos ATUALIDADES NACIONAIS [EFETIVIDADE E PROCESSO CAUTELAR — Carlos Alberto Alvaro de Oi oo ESTADO CONDENADO A INDENIZAR MORTE EM ASSALTO — Lair R. Nufes Padilla AGOES COLETIVAS EM MATERIA TRIDUTARIA — James Marins = ‘A MULHER FO PODER JUDICIARIO —- Maria Berenice Dias. a ATUALIDADES INTERNACIONAIS COINCIDENCIAS Y DIFERENCIAS DEL NUEVO CODIGO PROCESAL SRENTE ALA LEOISLACION PROCESAL BRASILENA = Moreira a ‘CONFERENCIAS PROVAS ATIPICAS — Jos6 Carlos Barbosa Morsira LEGITIMIDADE PROCESSUAL E AGAO POPULAR NO DIREITO DO AMBIENTE — Miguel tacra de Sous, a REFLEXOES SOBRE © ONUS DA PROVA — Teresa Artuda Alvi 20 ss 07 CONFERENCIAS PROVAS ATIPICAS* JOSE CARLOS BARBOSA MOREIRA vista, E repito também que todos os jules jé devem ter tido a oportunidade de valer-se para a aquisigao de conheci- 'mentos sobre fatos, de fontes no expres- samente previstas na lei, ou pelo menos dde_ forma especificamente (O tema escolhido para esta © das chamadas provas al fesse tema tem importancia pr maior do que revela o tratamer nario a ele dado até agora. Esj evidencia que todos nés, ju vvezes, sengo mus tunidade de utilizar provas ai ima atengo mai intensa, mais constante e profunda, para Certos casos, até sem consciéneia ‘melhor sistematizagdo da maté- niftida do que estavamos fazendo naquele ia. Se se trata de instrumento utilizado com freqiiéncia na pritica, como penso {que ficard claro, no & , bem come 0s moral inda que nio especi ago ou a defesa’ jamos, izacdo de provas, de O legislador de 1973, com esse dispo- meios'de conhecimentos sobre 05 fatos ivo, tomou posigdo hitida, clara com —relevantes, 6, em regra — ninguém igno- ncia 2 um problema que jé era ta —, um ponto crucial do processo. A discatdo m0 plano ‘grande maioria dos por meio das aro utn proceso em levantes sejam pura- Em regra, a cruz nos fatos e, portanto, nas provas. ia referéncia expressa nem di para a inspegao judi sso ela era estranha & pr judicigria desenvolvida sob a vigéneia - "Como. se (pode concetuar a prova daguele diploma at Eidstemen, por poe 8 me ves 10 coneeito de e or do que pressupie 0 i primeira tipieidade © define-se por oposgao a cle Hi dois possiveis modos de opasigao. Por duas diferentes perspec tes pontos de 9.8.93, na Associag40 dos Mai lado do Rio de a ort. pica , por issp, merega ser co CONFERENCIAS 5 atfpica. Essa dualidade de_modos de festar-se do fendme! processo civil. O Prof. Taruffo, em tra balho jé no muito recente, dos anos 70, mostrou que essa divergéneia, essa dis- tincia, essa oposi¢io da prova atipica & ie desde logo se A primeira modalidade: pica que o fosse por cons: ‘quelas reguladas ccar em que consi des de aul sobre fatos, no cimentos sobre os fatos re solugio de de pessoas {que sejam mesmo de fendmenos rovocados, como & 0 cas e Iaboratério. Nao hi outras possibilidades. Nag odemos contar com outras. fontes. E Cero que € até possivel conceber que pre uma diivida sobre a verds reza desse fen6meno, Entfo: pessoas, coisas ou fendmenos as provas tipicas cobrem, de, a fonte do conhecimento & sempre & mesma, € um documento. © que € que distingue, o que € que se pode imaginar que justifiue 0 tratamento separado Indes? Exatamente a nto chega a0 documento -xibiggio mas, m0 mpre de analisar’ um especificagio obedece a 6gicos. Se ot isso de acordo com: ie opico, no . porque a fi conhecimento é Sempre a mesma, O que varia — rep 6a forma, €a maneira pe tem acesso a essa recimentos dos fatos relevantes. Assim, & principalmente por este angu- se prefere hoje es tanto por af que se pode e se deve estudar preferéncia, pelo angulo da forma. Como € que podemos ter acesso a fc informagio por mados diferentes dak Tes expressamente previstos e regulados? Essa colocagao, por sua vez. suscita, desde logo, uma objeca0 de, tem sido feita. Fol veeméncia, na It {gue eu consideraria mais importante da critica felta por esse jurista — sem a ia daquelas garantias estabelece para a colheita das cl jamos num terreno pos dida em que nos aventurdssemos a pro- curar ter acesso as mesmas f zes de fornecer-nos. informa por forma diversa daguela pre preservar certas garantias para as partes, otadamente, acima de tudo, a garar do contraditério. Como poderfamos ima- ginar que o juiz tivesse a liberdade de explorar essas mesmas fontes por formas lferentes, despojadas de tais gara ‘A conclusso de Cavallor ica falar em prova REVISTA DE PROCESSO — 76 dade, estar de provas ilegalmente colhidas, Sucede que essa € uma das matérias ainda quando uma argument sa tena certa aparér igico, prevalecem as necessidade as, as exigncias de ordem pragm , sobretude, 0 que € também importante, 0 desejo de nio desperdi Indes outras de ter acesso & mos diante de provas ilegais, de rigor mente justificavel e até desejsvel, 0 juiz deve, sem davida, preocu ndar, tanto quanto possfvel, os seus proprios conhecimentos sabre os fatos, fim de que possa, afinal de contas, ju com justiga. Uma das condigdes basicas para que se possa julgar com justica é o conhecimento, quanto. possivel, aprofundado e completo, dos vantes para a solugao do Essa visio pritica, esse enfoque prag- par melhor acaba por predo- F sobre certos escripulos de ordem mesmo de ordem dogmitica, idade esté diante de nés; em todos os paises se em maior ol senor grau, essa possibilidade de acesso a fontes de’conhecimento por forma di versa daquela especificamente previ ei para determinada prova utvina, por exemplo, a despeito das abjegdes de Cavallone e de outros, pre domina larg de de. las, embora no ex ‘iloga 4 do nosso (Nao se confunda com 0 Cédigo de Canénico, que tem uma parte de sposigbes de ordem processual), Trt se de cOdigo que deve ser mu tusado, na prética, Imaginem os CONFERENCIAS de ordem civil, ndo de ordem candnica, no Estado do Vaticano: devem ser pougufssimo. de perdas e di a de Sto sua Vez, Se inspirou, em grande parte, rum famoso projeto dos anos 20, feitos por Francesco Camnelutt, com vistas a luma reforma da legisla¢30 processual, {que se frustou naquela época. Mas esse projeto, a despeito de ndo ter produzido frutos no pais de.origem, c influenciou legislagdes posteriores, clusive 0 nosso Cédigo, em parte direta- ‘mente, ¢ em parte por meio da influéncia aque ele jf havia exercido no Cédigo de Proceso Civil do Vaticano, (© art. 332, como dezenas de outros jos Eno ¢ una ertca porque fo! bom que © nosso ese insprado 20 contriio So i, 2 despeito da inexistncia de ua norma como esa, temse admitdo a utleago de provas aupicas, prinepalmente no sentido que fea de expiar, Tso € no sentido da 0 delcontecimentos sobre fatos or formas diversas cagucla pre para as prov chara em na Alemanha, prineipalnente por const jursprodental, e tem sd joa charhada Freibewets, ieralmente sobre no & apuraciio de fat 7 tomados em oon por exe matéria,, come sabe rs suje Sicial Ora, dade ela ‘Se nesses paises, mesmo Dressa que consagre tal possi la, a fortiori nfo ha porque nds, Estarfamos até desobedecendo 20 endessemos que 0 elenco possibilidade de provas atipicas;, do contrétio, esvaziarfamos totalmente © contetido do art. 332. far um pouco da ae ver alguns casos em essa temiética, por assim dizer, sa” na nossa pritica, idicidria. O prime’ cimentos que podemos obter de tercei- as que no séo partes forma tradicional, que 1s, isto & de pesso: ra causa. Qual €a Jogo nos vem mente, conhecimentos relevantes nossa conviegio. a. res necessarios a0 deslinde do eiro que informa alguma coisa é inqui fade de testemunha, icontece, nfo ha divida nenhuma de que as formas consagradas na lei devem ser obedecidas, porque essas for- smalidades sio inspiradas no propésito de que se preservem determinadas garanti- smo processual, que € algo, fran- 1, obsoleto; mas a dobservncia de certas formas € requi ispensivel para o resp nnadas garantias fi pode pensar num pracesso int informal, porque cada jui idamentais. N30 se ra que logo nos acode 20 ando pensamos na necessida- ros. informagbes antes, & a prova tes- 8 Ns, julzes, jd ob-

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