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O Significado Oculto do Sangue

Cada um de vocês sem nenhuma dúvida estará ciente de que o título


desta palestra foi retirado do "Fausto" de Goethe. Vocês todos sabem
que este poema nos mostra como Fausto, o representante do mais
alto esforço humano, entre em um pacto com os poderes malignos,
que de seu lado são representados no poema por Mefistofeles, o
emissário do inferno. Você sabe também que Fausto está a fazer uma
barganha com Mefistofeles, o trato que deve ser assinado com seu
próprio sangue. Fausto, em primeiro lugar, vê isto como um gracejo.
Mefistofeles, contudo, pronuncia a frase que sem dúvida Goethe
queria significar ser levada a sério. "o sangue é um fluido muito
especial".

Agora, com referência a esta linha de Fausto de Goethe, chegamos a


um trato curioso nos chamados comentaristas de Goethe. Vocês, de
fato, estão cientes de quanto é vasta esta literatura de tais dimensões
estupendas que livrarias inteiras podem ser preenchidas e
naturalmente não posso fazer apologia da recusa dos vários
comentários feitos por estes intérpretes de Goethe referente a esta
passagem em particular. Nenhuma das interpretações trazem mais
luz sobre a frase do que aquela dada por um dos mais recentes
comentaristas, Professor Minor. Ele, como outros, trata isto a luz da
observação irônica feita por Mefistofeles, e nesta conexao ele faz
esta observação realmente curiosa, e uma que eu gostaria de trazer a
sua atenção; há pouca dúvida de que você será surpreendido ao ouvir
qas conclusòes estranhas que os comentaristas de Goethe são
capazes de chegar.

Professor Minor relembra que "o diabo é um inimigo do sangue"; e


ressalta que o sangue é o que sustenta e preserva a vida, o diabo, que
é inimigo da raça human, deve portanto ser inimigo do sangue. Ele
mantém uma direta atenção ao fato de que mesmo as versões mais
antigas da Lenda de Fausto, nas lendas geralmente o sangue sempre
participa.

Em um velho livro sobre Fausto, isto é descrito circunstancialmente,


como Faust o faz uma ligeira incisao em sua mão esquerda com um
pequeno canivete, e como então, pegou a pena para assinar seu nome
no acordo, o sangue fluindo do corte, formou as palavras: "oh
homem, escape!". Tudo isto é autêntico o bastante; mas agora vem a
observaçao de que o "demônio é inimigo do sangue", e que esta é a
razão por sua exigência de que a assinatura fossse escrita em sangue.
Eu gostaria de perguntar a você pode imaginar qualquer pessoa
possuindo alguma coisa pela qual ele tem antipatia. A única
explicação razoável que pode ser dada, não somente ao significado
desta passagem de Goethe, mas também como anexa a lenda
principal, bem como a todos os poemas de Fausto mais antigos de
que o sangue diabólico era algo especial, e isto não era afinal uma
questão indiferente a ele, se o acordo fosse assinado em uma comum
tinta neutra, ou em sangue.

Aqui podemos supor nada mais do que se acredita tenha sido dito
pelo representante dos poderes do mal, que estivesse convencido de
que ele teria mais escialmente Fausto sob seu poder se ele apenas
conseguisse ganhar a posse de ao menos uma gota de seu sangue.
Isto é auto evidente e ninguém realmente entende isto
diferentemente. Faust tem que escrever seu nome com seu próprio
sangue não porque o demônio seja inimigo do sangue, mas
exatamente porque ele deseja ganhar poder sobre isto.

Agora, há uma percepção notável subjacente a esta passagem, que


seja, aquele que ganha o poder sobre o sangue de um homem ganha
poder sobre o homem, e que o sangue é "um fluido muito especial".
Isto porque é por ele que a verdadeira luta deve ser travada, quando
vem o combate do homem entre o bem e o mal.
Todas estas coisas nos levam as lendas e mitos das várias nações, e
que tocam a vida humana, em nossos dias passar por um peculiar
transformação a respeito de toda concepção e interpretação da
natureza humana. A idade é passada onde as lendas, história de
fadas, e mitos eram vistos apenas como meramente expressões de
fantasias infantis das pessoas. De fato, foi-se o tempo quando de
modo meio-aprendido, meio-infantil, era moda de aludir às lendas
como uma expressão poética da alma das nações.

Agora, esta tão chamada "alma poética" de uma nação nada seja
além do produto de uma sabida "red-tape"; este tipo de "red-tape"
existe apenas como uma variedade oficial. Qualquer um que tenha
olhado a alma do povo está bem consciente que ele não está lidando
com uma ficção imaginária ou alguma coisa deste tipo, mas alguma
coisa muito mais profunda, e como matéria de fato que as lendas e
histórias de fadas de vários povos são expressões de poderes e
eventos maravilhosos.

Se a partir deste novo ponto de uma investigação espiritual nos


colocamos entre estas velhas lendas e mitos, permitindo estas
grandes e poderosas imagens que tem aflorado de tempos primevos
para trabalhar sobre as nossas mentes, devemos encontrar, se temos
estado equipados para a nossa tarefa pelos métodos da ciência
oculta, que estas lendas mitos são expressões de uma sabedoria
antiga mais profunda.

É verdade que primeiramente sejamos inclinados a perguntar como


isto apareceu, em um estado primitivo de desenvoilvimento e de
idéias, o homem não sofisticado foi capaz de apresentar os enigmas
do universo para ele mesmo pictorialmente nestas lendas e histórias
de fada. E assim é que quando abordamos isto agora sustentamos
esta forma pictorial que a investigação oculta de hoje nos está
mostrando com uma maior clareza.

Esta é uma matéria que inicialmente está ligada a surpresa excitada.


E ainda que se sonde mais e mais profundamente os meios e
significados pelos quais estas histórias e mitos passaram a existir,
veremos que qualquer traço de surpresa desaparecerá, todas as
dúvidas acabarão; de fato, encontraremos nestas lendas, não apenas
o que é chamado uma visão das coisas ingênua não sofisticada, mas
uma expressão surpreendentemente profunda de uma concepção de
mundo primordial e verdadeira.

Muito mais pode ser aprendido pelo exame reflexivo dos


fundamentos destes mitos e lendas, do que pela absorção da ciência
atual intelectual e experimental. Mas para esta espécie de trabalho, o
estudante de fato deve estar familiarizado com estes métodos de
investigação que pertencem à ciência espiritual. Agora, tudo o que
está contido nestas lendas e antigas concepções mundiais sobre o
sangue não serão de importância, já que em tempos remotos houve
uma sabedoria pela qual o homem compreendeu o significado amplo
e verdadeiro do sangue, este "fluido muito especial" que flui a vida
dos seres humanos.

Hoje não podemos entrar na questão de onde veio esta sabedoria dos
tempos ancestrais, embora seja dada alguma indicação no final da
palestra; o estudo atual sobre este assunto deve, entretanto,
permanecer a ser abordada em futuras palestras. O sangue, ó que
significa para o homem e a parte que tem no progresso da civilização
humana, hoje devem ocupar a nossa atenção.

Nós não devemos considera-lo nem sob um ponto de vista


psicológico e nem sob um ponto de vista puramente científico; muito
mais, devemos toma-lo sob uma concepção espiritual do universo.
Devemos nos empenhar na abordagem deste assunto se, para
começar, entendermos o significado da máxima antiga, uma que está
diretamente relacionada a antiga civilização do Egito, onde a
sabedoria sacerdotal de Hermes flouresceu. Este é um aaxioma que
forma o princípio fundamental de toda a ciência espiritual, e que tem
se tornado conhecido como Axioma Hermético; ele estabelece:
"Como acima é abaixo"

Você encontrará muitas interpretações diletantes desta sentença; a


explicação, todavia, que hoje nos ocupará, é a seguinte: é claro para
a ciência espritual que o mundo ao qual o homem tem acesso
primário por meio dos seus cinco sentitdos não representa o mundo
todo, que isto de fato é apenas a expressão de um mundo mais
profundo por trás disto, o mundo espiritual.

Agora, este mundo espiritual é chamado, segundo o Axioma


Hermético o mundo superior, o mundo "acima" e o mundo dos
sentidos que está a nossa volta apresea existência daquilo que nós
conhecemos por meio dos nossos sentidos, e que somos capazes de
estudar por meio de nosso intelecto, é o mundo inferior, o mendo
"abaixo", a expressão daquele mundo superior e espiritual. Deste
modo o ocultista, olhando este mundo dos sentidos, nada vê nisto
além de um tipo de fisionomia que ele reconhece como a expressao
de um mundo de alma e espírito; exatamente como você olha o
semblante humano, você não deve parar na forma da face e
expressão, prestando atençao somente nelas, mas deve seguir, como
matéria de curso, da fisionomia e expressões para o elemento
espiritual que ali está expresso.

O que cada pessoa faz instintivamente quando confrontado por


qualquer ser possuidor de uma alma, é o que o ocultista, ou cientista
espiritual, faz a respeito do mundo inteiro; e "como acima é abaixo",
quando se refira ao homem, assim seja explicado: "cada impulso
animando a alma dele está expresso em sua face." Um semblante
duro e grosseiro expressa a grosseria da alma, um sorriso fala de
alegria interna, uma lágrima trai uma alma sofredora.

Aqui aplicarei o Axioma Hermético à pergunta: O que atualmente é


sabedoria? A ciência espiritual tem sempre sustentado que a
sabedoria humana tem algo a ver com experiência, e esta experiência
dolorosa. Aquele que está atualmente nas garras do sofrimento,
manisfesta neste sofrimento alguma coisa de uma falta interna de
harmonia. Aquele, entretanto, que tem superado a dor e o sofrimento
e mantém seus frutos com ele, sempre dirá a vocês que pelo
sofrimento ele ganhou de alguma forma a sabedoria. "As aleegrias e
prazers da vida, tudo o que a vida pode oferecer como satisfação,
todas estas coisa recebi com gratidão; ainda que eu estivesse muito
mais relutante em relação a minha dor e sofrimento do que aquelas
agradaveis dádivas da vida, mas pelo meu sofrimento e dor adquiri
sabedoria."

E assim é que a sabedoria da ciência oculta tem sempre reconhecido


o que pode ser chamado de dor cristalizada - a dor que foi
conquistada e então se muda em seu oposto.

É interessante ressaltar que a pesquisa moderna mais materialista


tem chegado a mesma conclusão. Bem recentemente foi publicado
um livro sobre "The Mimicry of Thought," um livro digno de ser
lido. Não é um trabalho de um teosofista, mas de um estudante da
natureza da alma humana. O autor se empenha em mostrar como a
vida interna do homem, seu modo de pensar, como seja, se imprime
em sua fisionomia. Este estudante da alma humana chama atenção
ao fato de que é sempre alguma coisa na expressão da face de um
pensador que é sugestiva ao que se pode descrever como "dor
absorvida'".

Assim você vê que este princípio vem a luz novamente em uma


visão mais materialista de nosso próprio dia, uma confirmação
brilhante deste axioma imemorial axioma da ciência espiritual. Você
se tornará mais e mais profundamente sensível a isto, e
gradualmente, ponto a ponto, descobrirá que a sabedoria antiga
reaparecerá na ciência dos tempos modernos...

A investigação oculta decisivamente mostra que todas as coisas que


nos curcundam neste mundo, o fundamento mineral, cobertura
vegetal, e reino animal devam ser vistos como as expressões
fisionômicas, ou o "abaixo", de um "acima"ou vida espiritual
existente atrás disto. Do ponto de vista tomado do ocultismo, as
coisas apresentadas para nós no mundo dos sentidos podem ser
apenas corretamente compreendidas se o nosso conhecimento inclui
a cognição do "acima", o arquétipo espiritual, os Seres Espirituais
originais, de onde se originaram todas as coisas manifestas. E por
esta razão nós ainda hoje empregaremos as nossas mentes a um
estudo do que permanece escondido por trás do fenômeno do
sangue, este que forma no sangue sua expressão fisionômica no
mundo dos sentidos. Quando você entender este "fundamento
espiritual" do sangue, será capaz de entender como o conhecimento
de tais assuntos está ligado a reagir sobre toda a perspectiva mental
sobre a vida.

Nestes dias, há um grande pressão sobre nós referente a perguntas de


grande importância. Questões relativas a educação, não apenas dos
jovens, mas de nações inteiras. E sobretudo, somos confrontados por
momentosas questões educacionais que a humanidade no futuro terá
que encarar, e que não podem falhar em serem reconhecidas por
todos que notam a grande revolução social de nossos tempos, e as
afirmações que estão avançando em todos os lugares, seja a Questão
do Trabalho, ou a Questão da Paz. Todas estas coisas estão
preocupando as nossas mentes ansiosas.

Mas todas estas questões são esclarecidas tão logo reconhecemos a


natureza da essência espiritual que reside em nosso sangue. Quem
pode negar que esta questão está estritamente ligada aquela da raça,
que atualmente mais uma vez está marcantemente sendo ressaltada?
Ainda que esta questão de raça seja uma que nós possamos talvez
nunca entender até que entendamos os mistérios do sangue e dos
resultados obtidos da mistura do sangue de raças diferentes. E
finalmente, há ainda uma outra questão, a importância que está se
tornando cada vez mais aguda na medida em que nos dedicamos a
nos excluir de métodos desordenados de lidar com isto e buscamos
uma abordagem de sustentação mais objetiva. Este problema é
aquele da colonização, que se desenvolve toda vez que as raças
civilizadas entram em contacto com as não civilizadas: até que
extensão os povos não civilizados podem ser civilizados? Como
pode um selvagem extremamente bárbaro se tornar civilizado? E
qual a maneira de lidar com eles? E aqui temos que considerar não
somente os sentimentos devidos a uma vaga moralidade, mas
também somos confrontados por alguns grandes problemas sérios e
vitais da natureza da própria existência.

Aqueles que não estão cientes das condições que governam um


povo- quer aperfeiçoem ou retardem sua evolução - e seja um povo
ou outro, é uma questão condicionada pelo sangue deste povo e
então de fato será impossível atingir a maneira correta de introduzir
a civilização a esta raça estrangeira. Estas são questões
imediatamente levantadas quando se toca na questão do sangue.

O que por si só é o sangue, vocês todos presumivelmente sabem dos


ensinamentos atuais da ciência natural, e vocês estarão cientes que, a
respeito do homem e dos animais superiores, o sangue praticamente
é o fluido da vida.

Você estáciente de que isto é dizer do sangue que "o homem interno"
entra em contacto com o que é exterior, e que no curso deste
processo o sangue do homem absorve o oxigênio, que constitui o
verdadeiro alento de vida. Através da absorção deste oxigênio o
sangue se renova. O ssngue que é apresentado transportando o
oxigênio é um tipo de veneno para o organismo , um tipo de
destruidor e demolidor; por meio da absorção do oxigênio o sangue
vermelho-azulado se torna transmutado por um processo de
combustão em um fluido vermelho, dador de vida. Este sangue que
alcança todas as partes do corpo, deposita em todas as partes
partículas de nutrição, lifetem a tarefa de assimilar diretamente
materiais do mundo externo, e aplica-los, pelo menor método
possível, a nutrição do corpo. Para o homem e animais superiores,
primeiramente é necessário absorver o oxigênio do ar e construir e
manter o corpo por meio deste processo.

Aquele aquinhoado com o conhecimento das almas ~tem em


verdade ressaltado: "o sangue com a sua circulação é um segundo
ser, e em relação ao homem de carne, osso, músculos e nervos atua
como uma espécie de mundo exterior." Como matéria de fato, o ser
humano inteiro está continuamente tirando seu sustento do sangue, e
ao mesmo tempo descarrega nele o que é inútil. O sangue do
homem, portanto é um duplo verdadeiro que sustenta a companhia,
do qual ele retira nova força, e a quem dar tudo o que não tiver mais
valor. "A Vida Liquida do Homem" é portanto um bom nome para
ser dado ao sangue, por estar este "fluido especial" constantemente
mudando; seguramente tão importante para o homem como a
celulose o é para os organismos inferiores.

O renomado cientista, Ernst Haeckel, que tem trabalhado


profundamente com a natureza, em vários de seus trabalhos
populares tem corretamente dirigido atenção ao fato de que o
sangue, na realidade,é o fator máximo que se origina em um
organismo. Se acompanharmos o desenvolvimento de um embrião
humano, veremos que os rudimentos de ossos e músculos se
desenvolvem muito antes da primeira tendência em direção a
formaçao sanguínea se tornar aparente. A base para a formação do
sangue, com todo seu sistema de vasos sanguíneos, aparece muito
depois no desenvolvimento do embrião e disto a ciência natural tem
concluido que a formação do sangue aconteceu mais tarde na
evolução do universo; que outras energias que estavam lá tiveram
que ser elevadas para a altura do sangue, por assim dizer, para fazer
o que a esta altura era para ser cumprido internamente no ser
humano. Não antes do embrião humano ter repetido nele próprio
todos os estágios iniciais do crescimento humano , atingindo assim a
condição na qul estava o mundo antes da formação do sangue, está
entao pronto para o ato da coroação da transmutação evolutiva e
elevação de tudo que era antes deste "fluido muito especial."
Se estudarmos estas misteriosas leis do universo espiritual que existe
por trás do sangue, devemos nos ocupar um pouco com os conceitos
mais elementares da Teosofia do "acima", e que este "acima" está
expresso nas leis importantes que governam o sangue bem como o
resto da vida, por meio de uma fisionomia.

Aqueles presentes que já estão familiarizados com as leis primárias


da Teosofia me permitirão aqui uma curta repetição em benefício
dos outros que aqui estao pela primeira vez. De fato, esta repetição
pode servir para fazer estas leis mais claras para os primeiros, ao
ouvi-las então aplicadas a casos novos e especiais. Para aqueles que,
de fato, nada sabem de Teosofia, que não estão familiarizados com
estes conceitos de vida e de universo,o que estou a dizer pode
parecer fazer pouco sentido, ser nada mais que palavras reunidas
com as quais nada possam fazer. Mas a falha nem sempre consiste
na falta de uma idéia por trás das palavras, quando estas nada
transmitem a uma pessoa. De fato, podemos adotar, com uma
pequena alteração, uma observação de Lichtenberg, que disse: "Se
uma cabeça e um livro entram em colisão e o resultado é um som
oco, a falha não necessáriamente será do livro!."

E assim é com nossos contemporâneos quando eles emitem


julgamento sobre verdades teosóficas. Se estas verdades devem nas
orelhas de muitos soar como meras palavras, palavras para as quais
eles não podem apreender nenhum significado, a falta não
necessariamente repousa na Teosofia; porém, esses que
compreendem estes assuntos saberão que atrás de todas as
insinuações a Seres mais altos, existem tais Seres de fato, embora
eles não sejam encontrados no mundo dos sentidos.

Nossa concepção teosófica do universo nos mostra que o homem, até


onde ele é revelado aos nossos sentidos no mundo externo, no que
diz respeito a forma dele, é mas uma parte do ser humano completo,
e que, na realidade, há muitas outras partes atrás do corpo físico. O
Homem possui este corpo físico em comum com todos os objetos
minerais " denominados " inanimados que o cercam. Além disto,
porém, o homem possui o corpo etérico, ou corpo vital. (O termo "
etheric " não é usado aqui no mesmo sentido de quando aplicado
pela ciência física.) Este corpo etérico ou corpo vital, como às vezes
é chamado , longe de ser qualquer invenção da imaginação, é
distintamente visível para os sentidos espirituais desenvolvidos do
ocultista como o são as cores perceptíveis externamente ao olho
físico. Este corpo etérico pode ser visto de fato pelo clarividente. É o
princípio que chama os materiais inorgânicos, se referindo a
condição inanimada deles, tecidos na linha de artigo de vestuário da
vida. Não imagine que este corpo somente é para o ocultista algo que
ele acrescenta em pensamento ao que é inanimado. Isso é o que os
cientistas naturais tentam fazer! Eles tentam completar o que eles
vêem com o microscópio inventando algo que eles chamam o
princípio de vida.

Tal ponto de vista não é considerado pela pesquisa teosófica. Ela tem
um princípio fixo. Não diz: " Aqui eu me levanto como um
investigador, da mesma maneira que eu sou. Tudo aquilo que há no
mundo tem que se conformar ao meu atual ponto de vista . O que eu
não posso perceber não tem nenhuma existência "! Este tipo de
argumento é aproximadamente tão sensato quanto aquele seria se um
homem cego fosse dizer que cores simplesmente são questões de
fantasia. O homem que não sabe nada sobre um assunto não está na
posição de julgar isto, mas apenas aquele que tem uma gama de
experiência em tais assuntos .

Agora o homem está em um estado de evolução, e por isto a


Teosofia diz: " Se você permanece como você é, você não verá o
corpo etérico, e pode falar então realmente de `Fronteiras do
Conhecimento" e `Ignorabimus '; mas se você desenvolve e adquire
as faculdades necessárias para a cognição de coisas espirituais, você
já não falará do `Fronteiras de conhecimento, ' porque estas só
existem enquanto o homem não desenvolve os sentidos internos. É
por isto que aquele agnosticismo constitui-se em um tão pesado
arrastar em nossa civilização; que diz: " O Homem é assim e assim,
e sendo assim e assim ele pode saber só isto ". A uma tal doutrina
respondemos nós: " Embora ele seja assim e assim hoje, ele tem que
ficar diferente, e quando diferente ele então saberá qualquer outra
coisa" .

Assim a segunda parte de homem é o corpo etérico que ele possui


em comum com o reino vegetal.

A terceira parte é o bodya astral, assim denominado, um nome


significativo e bonito, a razão para isto será explicada depois.
Teósofos que estão cobiçosos de mudar este nome podem não ter
nenhuma idéia do que esteja ai incluído. Ao corpo astral é nomeada
a tarefa, no homem e no animal, de lelevação para o plano acima da
vida-substância para o plano de sentir, de forma que na vida-
substância podem mover não só fluidos, mas também que nisto pode
ser expressado tudo aquilo que é conhecido como dor e prazer,
alegria e aflição. E aqui você tem a diferença essencial
imediatamente entre a planta e o animal; embora há certos estados de
transição entre estes dois.

Uma recente escola de naturalistas é de opinião que sentimentos, em


seu sentido literal, também deveriam ser designados a plantas;
porém, isto é mas um jogo de palavras; entretanto é óbvio que certas
plantas são de uma organização tão sensível que elas " respondem "
a coisas particulares que podem ser trazidas para perto deles,
contudo tal uma condição não pode ser descrita como " sentimento ".
para que " sentimentos " possam existir, uma imagem deve ser
formada dentro do ser como o reflexo do que produz a sensação.
Então, se certas plantas responderem a estímulo externo, esta não é
nenhuma prova que a planta responde ao estímulo por um
sentimento, quer dizer, que experimenta isto intimamente. Que que
tem experiência interna toma assento no corpo astral. E assim nós
vimos que os que atingiram condições animais consistem de corpo
físico, etérico ou corpo vital, e o corpo astral.
Porém, o homem se eleva sobre o animal pela posse de algo a que
pessoas bastante diferentes, e pensativas estiveram a toda hora
atentas no que consiste esta superioridade . É indicado que Jean Paul
diz na autobiografia dele. Ele diz que podia se lembrar do dia
quando se levantou como uma criança no pátio da casa de seus pais,
e o pensamento flamejou de repente por sua mente: que ele era um
ego, um ser, capaz de dizer " intimamente eu " para si mesmo; e ele
nos fala que isto deixou uma impressão profunda nele.

Tudo o que a ciência externa denomina de alma negligencia o ponto


mais importante que está aqui envolvido. Então, eu lhe pedirei que
me siga alguns momentos fazendo uma pesquisa do que é um
argumento muito sutil, contudo um que mostrará para você como se
coloca o assunto. No todo da fala humana há uma palavra pequena
que difere em toto de todo o resto. Cada um de você pode nomear as
coisas ao redor você; cada um pode chamar uma mesa uma mesa, e
uma cadeira uma cadeira. Mas há uma palavra, um nome que você
não pode aplicar a nada salvo a quem o possui, e esta é a pequena
palavra " eu ". Ninguém pose se dirigir a outro como " eu ". Isto, "
eu ". tem que soar adiante da própria alma íntima; é o nome que só a
própria alma pode aplicar a si mesmo. Toda outra pessoa é um "
você " para mim, e eu sou um " você " para ele. Todas as religiões
reconheceram este "eu " como a expressão daquele princípio na alma
pela qual seu ser íntimo, sua natureza divina, é permitido a falar.
Aqui, então, começa aquilo que nunca pode penetrar pelos sentidos
exteriores com o seu real significado, mas que tem que soar adiante
do ser íntimo. Aqui começa aquele monólogo, o monólogo da alma,
por meio da qual o ego divino faz conhecida a sua presença quando
as mentiras do caminho são varridas para a vinda do Espírito na alma
humana.

Entre os hebreu antigos, por exemplo, este nome era conhecido


como " o nome indescritível de Deus nas religiões de civilizações
mais iniciais, " e qualquer interpretação que a filologia moderna
possa escolher colocar nisto, o nome judeu antigo de Deus não tem
nenhum outro significado que aquele que é expressado em nossa
palavra " eu ". UMA emoção atravessou aqueles reunidos quando o "
Nome do Deus " Desconhecido foi pronunciado pelo Iniciado,
quando eles perceberam o significado dessas palavras que
reverberam vagamente pelo templo : " Eu sou que eu sou ".

Nesta palavra é expresso o quarto princípio da natureza humana,


aquele que o homem só possui enquanto na Terra; e este " eu " a sua
volta inclui e desenvolve dentro de si mesmo os germes de fases
mais altas da humanidade.

Nós podemos apenas lançar um olhar de transcurso ao que no futuro


será evoluído por este quarto princípio. Nós temos que mostrar que
aquele homem consiste em um corpo físico, um corpo de etérico, um
corpo astral, e o ego, ou ego interno atual; e que dentro deste ego
interno estão os rudimentos de três fases adicionais de
desenvolvimento que se originará no sangue. Estes três são Manas,
Buddhi, e Atma:

Manas, o Espírito-ego, como completamente distinto do ego;


Buddhi, a Vida-espírito,; Atma, o Espírito-homem atual e
verdadeiro, um ideal muito distante do homem de hoje; o germe
rudimentar agora oculto internamente, mas destinado a alcançar
perfeição em idades futuras .

Nós temos sete cores no arco-íris, sete tons na escala (musical), sete
séries de pesos atômicos [na Tabela Periódica dos elementos
químicos], e sete graus na escala do ser humano; e estes são
divididos novamente em quatro graus mais baixos e três graus mais
altos.

Nós tentaremos entrar com uma clareza perspicaz no modo pelo qual
esta tríade espiritual superior lança uma expressão fisionômica
internamente no quaternário inferior, e como a nós parece no mundo
dos sentidos. Luz, em primeiro lugar, que cristalizou em forma como
corpo físico do homem; isto que ele possui em comum com o todo
que é chamado de " natureza inanimada ". Quando nós falarmos
teosoficamente do corpo físico, nós o fazemos sem mesmo
signifique o que o olho vê, mas aquela combinação suficiente de
forças que construíram o corpo físico onde existe a Força viva atrás
da forma visível.

Nos deixe observar uma planta agora. Este é um ser possuidor de um


corpo etérico que eleva substância física a vida; quer dizer, converte
esta substância em seiva viva. É o que transforma estas forças
denominadas inanimadas na seiva viva? Nós chamamos a isto corpo
etérico, e o corpo etérico faz o mesmo trabalho precisamente em
animais e homens; faz com que aquilo que tem uma existência
meramente material se torne uma configuração viva, uma forma
viva.

Este corpo etérico é, em sua volta, penetrado por um corpo astral. E


o que faz o corpo astral? Faz com que a substância que foi posta em
movimento experimente a circulação desses fluidos do intimo ao
exterior, de forma que o movimento externo é refletido em
experiência interna.

Nós chegamos agora ao ponto onde nós podemos compreender o


homem até onde se refere ao lugar dele no reino animal. Todas as
substâncias que compõem o homem, como oxigênio, nitrogênio,
hidrogênio, enxofre, fósforo, etc., também serão encontradas lá fora,
na natureza inanimada. Se o corpo etérico transformou em
substância viva, existem as experiências internas, cria as reflexões
internas do que foi trazido do exterior, então o corpo etérico deve ser
penetrado pelo que nós conhecemos como o corpo astral, e isto é o
porque o corpo astral é o que dá origem a sensação. Mas nesta fase o
corpo astral estimula só sensação de um modo particular. O corpo
etérioc muda as substâncias inorgânicas em fluidos vitais, e o corpo
astral em sua volta transforma esta substância vital em substância
sensível; apenas isto que eu lhe peço especialmente reparar, que é:
um ser sem mais que estes três corpos é capaz de sentimento?

Sente apenas seus próprios processos de vida ; isto conduz a uma


vida que é limitada dentro de si mesmo.

Agora, este é um fato mais interessante, e um de importância


extraordinária para nós termos em mente. Se você olhar para um dos
mais inferioresanimais, você acha o que entendeu? A transformação
da substância inanimada em substância viva, e substância viva em
substância sensível: e substância sensível só pode ser achada onde lá
existe, em todos os eventos, os rudimentos do que existe em uma
fase posterior aparecem como um sistema nervoso desenvolvido.

Assim nós temos substância inanimada, substância viva, e substância


penetradas por nervos capazes de sensação. Se você olha para um
cristal, você tem que reconhecer isto, principalmente como a
expressão de certas leis naturais que prevalecem no mundo externo,
no reino denominado inanimado. Nenhum cristal poderia ser
formado sem a ajuda da natureza circunvizinha. Nenhuma única
ligação pode ser cortada separadamente por si só da cadeia do cosmo
e jogo. E da mesma maneira que pouco pode você separar o homem
de ambiente dele que, se ele foi erguido a uma altitude de até mesmo
alguns milhas sobre a terra, tem inevitavelmente que morrer . Da
mesma maneira que o homem só é concebível aqui no lugar onde ele
está, onde as forças necessárias são combinadas nele, assim também
é em relação ao cristal; e então, quem vê justamente um cristal verá
nisto um quadro do todo da natureza, realmente do cosmo inteiro. O
que Cuvier disse é de fato o caso, viz., que um anatomista
competente poderá contar a que tipo de animal qualquer determinado
osso pertenceu, tendo cada animal seu próprio tipo particular de
formação óssea.

Assim o cosmo inteiro vive na forma de um cristal. Da mesma


maneira o cosmo inteiro é expressado na substância viva de um
único ser. O correr de fluidos por um ser é , ao mesmo tempo, um
pequeno mundo, e uma contraparte do grande mundo. E quando a
substância ficou capaz de sensação, o que então mora nas sensações
das criaturas mais elementares? Tais sensações refletem as leis
cósmicas, de forma que cada criatura viva separada percebe dentro
de si mesmo microcosmicamante o macrocosmo inteiro. A vida
sensível de uma criatura elementar é assim uma imagem da vida do
universo, da mesma maneira que o cristal é uma imagem de sua
forma. A consciência de tais criaturas vivas existe, mas claro que,
escurecida. Ainda que esta mesma incerteza de consciência seja
contrabalançada por sua maior gama distante, o cosmo inteiro é
sentido na consciência escura de um ser elementar. Agora, no
homem há só uma estrutura mais complicada dos mesmos três
corpos encontrada na criatura viva sensível mais simples.

Deixe o homem sem o que considera ser a tomada de seu sangue,


como sendo composto da substância do mundo físico circunvizinho,
e contendo, como a planta, certos sucos que transformam isto em
substância viva, e no qual um sistema nervoso é gradualmente
organizado . Este primeiro sistema nervoso é o sistema denominado
simpático, e no caso do homem se estende ao longo do comprimento
inteiro da espinha a qual é fixo através de linhas pequenas em
qualquer lado. Também tem a cada lateral uma série de nodos de
qual ramificam linhas para fora para as partes diferentes, como os
pulmões, os órgãos digestivos, e assim por diante. Este sistema
nervoso simpático dá origem, para a vida da sensação há pouco
descrita. Mas a consciência de homem não se estende fundo o
bastante para o habilitar seguir os processos cósmicos refletidos por
estes nervos. Eles são um meio de expressão, e da mesma maneira
que a vida humana é formada do mundo cósmico circunvizinho,
assim está este mundo cósmico refletido novamente no sistema
nervoso simpático. Estes nervos vivem uma vida interna escura, e se
o homem fosse mas capaz de imergir abaixo no sistema simpático
dele, e acalmar o sistema nervoso mais alto dele para dormir, veria ,
como em um estado de vida luminosa, os funcionamentos
silenciosos das leis sumamente cósmicas.

Em uma cronologia passada as pessoas eram possuidoras de uma


faculdade de clarividência que é substituída agora, mas que pode ser
experimentada quando, através de processos especiais, a atividade do
sistema mais alto de nervos está suspensa, deixando assim livre a
consciência mais baixa ou subliminar. Nestas ocasiões, o homem
vive naquele sistema de nervos que, de seu próprio modo particular,
é uma reflexão do mundo circunvizinho.

Certos animais mais inferiores realmente ainda retêm este estado de


consciência, obscura e indistinta entretanto, contudo é
essencialmente mais de longo alcance do que a consciência do
homem atual. Um mundo se estendendo amplamente é refletido
como uma vida interna obscura, não somente uma seção pequena
como é percebido pelo homem contemporâneo. Mas no caso de
homem, qualquer outra coisa aconteceu além. Quando a evolução foi
tão longe que o sistema nervoso simpático foi desenvolvido, de
forma que o cosmo foi nele refletido, o sendo de evolução se abre
novamente neste momento; ao sistema simpático é somada a medula
espinhal. O sistema de cérebro e medula espinhal conduz então a
esses órgãos pelos quais a conexão é fixa para o mundo exterior.

Depois de ter progredido tanto assim, já não é chamado para


somente agir como um espelho para refletir as leis primordiais de
evolução cósmica, mas uma relação é estabelecida superior entre a
reflexão disto e o mundo externo. A junção do sistema simpático e o
sistema nervoso superior é expressiva da mudança que aconteceu
anteriormente no corpo astral. Sem o posterior nada mais longe que
somente vida; a vida cósmica em um estado de consciência estúpida,
mas acrescentada à sua própria existência interna especial. O sistema
simpático permite um ser a sentir o que está acontecendo fora dele; o
sistema mais alto de nervos permite que perceba internamente o que
acontece, e a forma mais alta do sistema nervoso, como é em geral
possuido pelo gênero humano na fase presente de evolução, leva este
material do corpo astral altamente desenvolvido para a criação de
quadros, ou representações, do mundo exterior. O Homem perdeu o
poder de perceber o anterior obscurecimento dos quadros primitivos
do mundo externo, mas, por outro lado, ele está agora consciente de
sua vida interna, e fora desta vida interna ele forma, em uma fase
mais alta, um mundo novo de imagens em que, é verdade, só uma
pequena porção do mundo exterior é refletida, mas de um maneira
mais perfeita e purificadora que antes.

De mãos dadas com esta transformação outra mudança acontece em


fases mais altas de desenvolvimento. A transformação assim
começada se estende do corpo astral ao corpo etérico. Como o corpo
etérico no processo de sua transformação evolui o corpo astral, sobre
o sistema nervoso simpático é acrescentado o sistema do cérebro e
espinha, e assim também, faz com que ele depois receba a mais
baixa circulação de fluidos desenvolvidos exteriormente e fica livre
agora do corpo eterico, ao transmutar estes mais baixos fluidos no
que nós conhecemos como sangue.

Então, sangue é uma expressão do corpo etérico individualizado, da


mesma maneira que o cérebro e corda espinhal são a expressão do
corpo astral individualizado. E é isto individualizando que provoca
estas vidas como o ego ou " eu ".

Tendo seguido assim tao longe o homem em sua evolução, achamos


que temos que ver com uma cadeia que consiste em cinco ligações,
nos afetando. A. O Corpo Físico; B. O Corpo Etérico e C. O Corpo
Astral. Estas ligações são: 1. as forças inorgânicas, neutras, físicas;
2. os fluidos vitais que também são achados em plantas; 3. o sistema
nervoso inferior ou simpático ; 4. o corpo astral superior que foi
evoluído do mais baixo e que acha sua expressão na medula espinhal
e o cérebro; 5. o Princípio que individualiza o corpo etérico. Da
mesma maneira que estes dois princípios posteriores foram
individualizados, assim é com o primeiro princípio pelo qual a
matéria inanimada entra no corpo humano, servindo para construi-lo,
também é individualizado; mas em nossa humanidade atual achamos
só os primeiros rudimentos desta transformação.

Nós vimos como as substâncias informes externas entram no corpo


humano, e como o corpo etérico transforma estes materiais em
formas vivas; como, mais adiante, o corpo astral forma quadros do
mundo externo, como esta reflexão das resoluções mundiais externas
leva isto a experiências internas, e como esta vida interna se
reproduz então internamente os quadros do mundo exterior.

Agora, quando esta metamorfose se estender ao corpo etérico, o


sangue é formado. Os recipientes do sangue, juntamente com o
coração, são a expressão do corpo etérico transformado, da mesma
maneira pela qual a medula espinhal e o cérebro expressam o corpo
astral transformado. Da mesma maneira que por meio do cérebro o
mundo externo é intimamente experimentado, também por meio do
sangue este mundo interno é transformado em uma expressão
exterior no corpo de homem. Eu terei que falar em símiles para
descrever a você os processos complicados que têm que ser levados
em conta agora.

O sangue absorve esses quadros do mundo externo que o cérebro


formou, os transforma em forças vivas construtivas, e com eles
constrói o corpo humano presente. Sangue é então o material que
constrói o corpo humano. Nós temos antes de nós um processo no
qual o sangue extrai de seu ambiente cósmico a substância mais alta
que possivelmente pode se obter , viz., oxigênio que renova o sangue
e materiais com vida fresca. Desta maneira nosso sangue tem a
função de se abrir para o mundo exterior.

Nós seguimos assim o caminho do mundo exterior para o interior, e


também novamente de volta daquele mundo interno para o exterior.
Duas coisas são agora possíveis. (1) nós vemos o que aquele sangue
origina quando o homem confronta o mundo externo como um ser
independente, quando fora das percepções as quais o mundo externo
deu origem, (2) ele na volta produz formas diferentes e quadros de
sua própria conta, e assim ele que fica criativo, e tornando possível
para o Ego, a Vontade individual, entrar em vida. Um ser em quem
este processo não teve contudo lugar não poderia dizer " eu ". No
sangue está o princípio para o desenvolvimento do ego. O " eu " só
posso ser expresso quando um ser puder formar dentro de si mesmo
os quadros que obteve do mundo exterior. Um " Eu-ser " deve ser
capaz da tomada do mundo externo em si mesmo, e de reproduzir
isto intimamente.

Se fosse meramente dotado com um cérebro, ele só poderia


reproduzir quadros do mundo exterior dentro dele, e os experimentar
dentro dele; ele poderia então só dizer: " O mundo exterior é
refletido em mim como em um espelho ". Se, porém, ele pode
construir uma forma nova para esta reflexão do mundo externo, esta
forma não é somente o mundo externo refletido, é " eu " UMA
criatura possuída de uma medula espinhal e um cérebro percebe a
reflexão como sua vida interna. Mas quando uma criatura possuir
sangue, sofre sua vida interna como sua própria forma. Por meio do
sangue, ajudado pelo oxigênio do mundo externo, o corpo individual
é formado de acordo com os quadros da vida interna. Esta formação
é expressa como a percepção do " eu ".

O ego vira em duas direções, e o sangue expressa este fato


externamente. É dirigida a visão do ego internamente; sua vontade é
voltada para fora. São dirigidas as forças do sangue internamente;
elas constroem o homem interno, e novamente elas são virados para
fora, ao oxigênio do mundo externo. Isto é por que, ao dormir, o
homem em inconsciência; afunda naquilo que a consciência dele
pode experimentar no sangue. Porém, quando ele abrir os olhos
novamente para o mundo exterior, o sangue dele acrescenta a suas
forças construtivas que os quadros produziram pelo cérebro e os
sentidos. Assim o sangue estava a meio caminho, como seja, entre o
mundo interno de quadros e o mundo vivo exterior de forma. Este
papel fica claro a nós quando nós estudamos dois fenômenos, viz.,
relação de ancestralidade entre seres e a experimentação consciente
no mundo de eventos externos. Ascendência, ou descida, nos coloca
onde nós nos levantamos conforme a lei de relação do sangue. Uma
pessoa nasce de uma conexão, uma raça, uma tribo, uma linha de
antepassados, e o que estes antepassados deram a ele está no sangue
dele. No sangue está reunido, como seja, tudo aquilo que o passado
material construiu no homem; e no sangue também está sendo
formado tudo aquilo que está sendo preparado para o futuro.

Então, quando se temporariamente suprime a consciência mais alta


dele, quando ele está em um estado hipnótico, ou um de
sonambulismo, ou quando ele for o clarividente atávico, ele desce a
uma consciência mais funda distante, uma na qual repousa
sonhadoramente ciente das grandes leis cósmicas, mas não obstante
as percebe muito mais claramente que os sonhos mais vívidos de
sono comum. Nestas ocasiões a atividade do cérebro dele está
pendente, e durante estados do sonambulismo mais fundo isto se
aplica também à medula espinhal. O homem sofre as atividades do
sistema nervoso simpático dele; quer dizer, em uma maneira escura e
nebulosa ele sente a vida do cosmo inteiro. Nestas ocasiões o sangue
já não expressa quadros da vida interna que é produzida por meio do
cérebro, mas apresenta aqueles que o mundo exterior formou nisto.
Porém, agora nós temos que ter em mente. Da mesma maneira que
ele herda a forma do nariz de um antepassado, assim ele herda a
forma do corpo inteiro dele. Nestas ocasiões de consciência
suprimida ele sente os quadros do mundo exterior; quer dizer, os
antepassados dele são ativos no sangue dele, e em um tal momento
ele ocupa vagamente uma parte na vida remota deles.

Tudo no mundo está em um estado de evolução, inclusive a


consciência humana. Homem nem sempre teve a consciência que
possui agora; quando voltarmos para as vezes de nossos
antepassados mais iniciais, achamos uma consciência de um tipo
muito diferente. Na atualidade ao despertar da vida percebe coisas
externas pela agência dos sentidos e forma idéias sobre elas. Estas
idéias sobre o trabalho mundial externo no sangue dele. Então tudo
do que ele foi recipiente como o resultado de sentido-experiência, de
vidas e está ativo no sangue; a memória é armazenada com estas
experiências dos sentidos. Por outro lado, o homem de hoje não é
mais consciente do que possui internamente, completamente da vida
por herança de seus antepassados. Ele sabe relativamente às formas
de seus os órgãos internos; mas em uma cronologia anterior isto era
caso contrário. Lá então estão não só o vivido dentro do sangue o
que os sentidos tinham recebido do mundo externo, mas também
dentro do qual está contida completamente a forma; e
completamente como esta forma foi herdada de seus antepassados, o
homem sentia a vida deles dentro dele.

Se nós pensarmos em uma forma elevada desta consciência, nós


teremos alguma idéia de como isto também foi expresso em uma
forma correspondente de memória. Uma pessoa experimenta não
mais que o que ele percebe pelos seus sentidos, se lembra não mais
que os eventos conectados a esse sentido-experiência externo. Ele só
pode estar atento a tais coisas como pode ter experimentado este
modo interno desde sua infância. Mas com o homem pré-histórico o
caso era diferente. Um tal homem sentia o que estava dentro dele, e
como esta experiência interna era o resultado de hereditariedade, ele
atravessou as experiências dos antepassados por meio da faculdade
interna. Ele não só se lembrou da própria infância , mas também as
experiências dos antepassados. Esta vida dos antepassados estava, na
realidade, sempre presente nos quadros que o sangue recebeu, e
incrível como possa parecer às idéias materialistas do dia presente,
havia uma forma de consciência pelo meio da qual os homens não só
consideraram as próprias senso-percepções deles como suas próprias
experiências, mas também as experiências dos antepassados. Por
essas vezes, quando eles disseram, " eu experimentei aquela tal
coisa, " eles não só aludiram ao que tinha acontecido pessoalmente a
eles, mas também para as experiências dos antepassados, porque eles
poderiam se lembrar destas.
Esta consciência mais cedo era, é verdade, de um tipo muito escuro,
muito nebuloso quando comparada a consciência que está se
despertando no homem atual. Participava mais da natureza de um
sonho vívido, mas, por outro lado, alcançou muito mais que o faz
nossa consciência presente. O filho se sentia conectado com o pai e o
avô como um " eu, " porque ele sentia as experiências deles como se
fossem próprias. E porque o homem era possuidor desta consciência,
porque não só morava no próprio mundo pessoal dele, mas porque
dentro dele lá habitava também a consciência de gerações anteriores,
ao se nomear ele incluia naquele nome todo o pertencente à sua linha
ancestral. Pai, filho, neto, etc., designado através de um nome que
era comum a todos eles, que passou por eles todos; em resumo, um
feltro da pessoa dele em somente ser um membro de uma linha
inteira de descendentes. Esta sensação era verdadeira e atual.

Nós temos que indagar agora como foi que mudou a forma dele de
consciência. Ocorreu bem por uma causa conhecida na história
oculta. Se você voltar ao passado, você achará que há um momento
particular que se salienta na história de cada nação. É o momento no
qual umas pessoas entram em uma fase nova de civilização, o
momento quando deixa de ter velhas tradições, quando deixa de
possuir sua sabedoria antiga, a sabedoria que foi passada por
gerações por meio do sangue. A nação possui, não obstante, uma
consciência disto, e isto é expressado em suas lendas.

Em cronologias anteriores as tribos eram mantidas a distância uma


das outras, e os membros individuais das famílias casavam dentro da
família. Você verá que este foi o caso com todas as raças e com
todos os povos; e era um momento importante para humanidade
quando este princípio foi quebrado, quando o sangue estrangeiro foi
introduzido, e quando o matrimônio entre parentes foi substituído
pelo matrimônio com estranhos, quando a endogamia deu lugar a
exogamia. Endogamia preserva o sangue da geração; permite que o
mesmo sangue flua nos membros separados como fluxos para
gerações pela tribo inteira ou a nação inteira. Exogamia inocula o
homem com sangue novo, e isto causa o rompimento do princípio
tribal, misturando o sangue, o que mais cedo ou mais tarde acontece
a todos os povos, e significa o nascimento da compreensão externa,
o nascimento do intelecto.

A coisa importante para ter em mente aqui é, que antigamente havia


uma clarividência nebulosa da qual os mitos e lendas se originaram.
Esta clarividência poderia existir no sangue quase-relacionado, da
mesma maneira que nossa consciência atual ocorre devido ao
entrosar do sangue. O nascimento do pensamento lógico, o
nascimento do intelecto, foi simultâneo ao advento da exogamia.
Surpreendente como isto pode parecer, não obstante é verdade. É um
fato que será substanciado cada vez mais através de investigação
externa; realmente, já foram dados os passos iniciais ao longo desta
linha.

Mas este entrosamento de sangue que ocorre por exogamia também


é o que ao mesmo tempo oblitera a clarividência de dias anteriores,
para que a humanidade possa evoluir a uma fase mais alta de
desenvolvimento; e da mesma maneira que a pessoa que atravessou
as fases de desenvolvimento oculto recupera esta clarividência, e
transmuta isto em uma forma nova, assim tem nossa consciência
despertado do dia presente e evoluído para fora daquela clarividência
escura e nebulosa que obteve em tempos antigos.

Na atualidade tudo no ambiente de um homem causa impressão em


seu sangue; conseqüentemente o ambiente forma o homem interno
conforme o mundo exterior. No caso de homem primitivo isto foi
contido dentro do corpo que foi expressado mais completamente no
sangue. Nesses tempos anteriores foi herdada a lembrança de
experiências ancestrais, e, junto com isto, tendências boas ou más.
No sangue dos descendentes seria localizado os efeitos das
tendências dos antepassados. Agora, quando o sangue estava
misturado pela exogamia, esta conexão íntima com antepassados foi
cortada, e o homem começou a viver a própria vida pessoal. Assim,
em um sangue não misturado é expressado o poder da vida ancestral,
e em um sangue misturado o poder de experiência pessoal.

Os mitos e lendas contam estas coisas. Eles dizem: " Que quem tem
poder em vosso sangue tem poder sobre vós". Este poder tradicional
cessou quando já não pode trabalhar no sangue, porque a capacidade
posterior para responder a um tal poder foi extinta pela admistão de
sangue estrangeiro. Esta declaração seguramente é de uma extensão
muito mais ampla. Qualquer poder que isso deseje obter o domínio
sobre um homem, aquele poder tem que trabalhar nele de um modo
tal que o funcionamento seja expresso em seu sangue. Então, para
um poder mau influenciar um homem, deve poder influenciar seu
sangue. Este é o significado fundo e espiritual da citação de Fausto.
Isto é por que o representante do princípio mau diz: Assine o pacto
com seu sangue, então eu posso vos segurar por isso que acima de
tudo equilibra um homem; então deva eu vos atrair a mim ". Quem
tem domínio sobre o sangue é o mestre do homem, ou do ego do
homem.

Quando dois grupos das pessoas entram em contato, como é o caso


de colonização, então estes que estão familiarizados com as
condições de evolução podem predizer se ou não uma forma
estrangeira de civilização pode ser assimilada pelas outras. Por
exemplo, leve umas pessoas que são o produto de seu ambiente, em
quem o sangue deste ambiente se construiu, e tente enxertar em tais
pessoas uma forma nova de civilização. A coisa é impossível. Isto é
por que certo povos aborígines tiveram que ir abaixo, assim que os
colonos chagaram a estas partes particulares de seu mundo.

É deste ponto de vista que a pergunta terá que ser considerada, e a


idéia que mudanças são capazes de serem forçadas em tudo e em
vários cessará de ser apoiada a tempo, porque é inútil exigir do
sangue mais que pode suportar.

A ciência moderna descobriu que se o sangue de um animal não está


misturado com aquele de um outro consangüíneo, o sangue da
pessoa é fatal ao outro. Isto foi conhecido pelo ocultismo por eras.
Se você entrosar o sangue de seres humanos com aqueles dos
macacos inferiores, o resultado é destrutivo às espécies, desde que o
da pessoa também é removido longe do outro. Se, novamente, você
entrosa o sangue de homem com o dos macacos mais altos, não
resulta morte. Da mesma maneira que este entrosamento do sangue
de espécies diferentes de animais provoca morte quando os tipos são
muito remotos, assim, também, a clarividência antiga de homem
pouco desenvolvido foi morta quando o sangue dele foi misturado
com o sangue de outros que não pertenceram à mesma ação. A vida
intelectual inteira de hoje é o resultado do entrosar do sangue, e não
está distante o tempo quando as pessoas estudarão a influência que
isto teve na vida humana, e eles poderão localizar isto atrás na
história da humanidade quando realizadas investigações sobre este
ponto de vista.

Nós vimos aquele sangue unido a um sangue, no caso de espécies


remotamente conectadas de animais, matanças; sangue unido a
sangue no caso de espécies mais próximas de animais não mata. O
organismo físico de homem sobrevive quando sangue estranho entra
em contato com sangue estranho, [excluidos, claro, os casos de tipos
sanguíneos incompatíveis que mutuamente coagulam um ao outro]
mas o poder de clarividência perece sob esta influência de mistura de
sangue, ou exogamia.

Homem é assim constituído quando o sangue não entrosar muito


longe com o sangue removido em evolução, e o intelecto nasce. Por
isto significa a clarividência original, que pertenceu ao animal-
homem inferior, foi destruída, e uma forma nova de consciência
aconteceu.

Assim na fase mais alta de desenvolvimento humano nós achamos


algo semelhante ao que acontece em uma fase mais baixa no reino
animal. No sangue posterior, estranho mata sangue estranho. No
reino humano matanças de sangue estranhas que estão intimamente
encadeadas com sangue aparentado, viz., a clarividência escura,
triste. Nossa consciência objetiva cotidiana é então o resultado de
um processo destrutivo. No curso de evolução foi destruído o tipo de
vida mental devido a endogamia, mas em seu exogamia da lugar ao
nascimento do intelecto, para a consciência amplamente acordada do
dia presente.

O que pode viver no sangue do homem são as vidas de seu ego. Da


mesma maneira que o corpo físico é a expressão do princípio físico,
como o corpo etérico é a expressão dos fluidos vitais e seus sistemas,
e o corpo astral do sistema nervoso, assim é o sangue a expressão do
" eu, " ou ego. O Princípio físico, corpo etérico, e corpo astral são o "
Acima "; corpo físico, sistema vital, e sistema nervoso são o "
abaixo". Semelhantemente, o ego é o " acima, " e o sangue é o "
abaixo". Quem, então, quser dominar um homem, tem que dominar
o sangue daquele homem primeiro. Isto deve ser tido em mente para
que qualquer avanço seja feito na vida prática. Por exemplo, a
individualidade de uma pessoa pode ser destruída se, ao colonizar,
você exige de seu sangue mais que pode agüentar, ja que o sangue é
expresso ño ego. Beleza e verdade só possuem um homem quando
eles possuírem o sangue dele.

Mefistofeles obtém a posse do sangue de Fausto porque ele deseja


reger seu ego. Conseqüentemente nós podemos dizer que a oração
que formou o tema da conferência presente foi tirada das
profundidades de conhecimento que, verdadeiramente:

"Sangue é um Fluido Muito Especial."

Lydia T. M. Ribeiro
Uma Palestra de Rudolf Steiner
"sangue é um fluido muito especial"

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