Está en la página 1de 38

- 221252

EL GRAN DIOS BROWN


12 EL GRAN D I O S BROWN

PERSONAJES PRÓLOGO
W I L L I A M A. B R O W N (BILLY) MARGARET
su P A D R E , contratista SUS T R E S H I J O S
CYBEL
Escenario: Una sección transversal del muelle, en el
SU MADRE
D I O N ANT H O N Y En la Club del pueblo. A foro, más allá del borde, un espacio
su P A D R E , constructor DOS DIBUJANTES Oficina de rectangular con bancos en los tres lados. Una baranda
SU MADRE Brown cerca todo el embarcadero por detrás.
UNA TAQUÍGRAFA Noche de luna a mediados de junio. Del Club llega la
música del cuarteto del colegio que toca «Dulce Adelina»,
ESCENARIOS
con muchos trémolos uttrasentimentales. Se oye el débil
Prólogo: E l muelle del C l u b . Una noche de luna, a mediados eco de los aplausos; luego, nada más que el rumor de las
de j u n i o . olas al lamer los pilares del muelle y sus latigazos sobre
la playa. Finalmente se oye ruido de pasos sobre el enta-
ACTO i
rimado y entra por derecha Billy Brown, con su padre y
Escena I: E l salón del departamento de Margaret A n t h o n y . su madre. La madre es una mujer regordeta de cuarenta
De tarde. Siete años después. y cinco años, emperifollada con un traje de encaje negro y
Escena II: L a o f i c i n a de B i l l y B r o w n . Esa misma tarde. lentejuelas. El padre es un hombre de cincuenta años o
Escena III: L a sala de recibo de Cybel. Esa noche. más, el prototipo del hombre de negocios de provincias,
dinámico, amable, triunfador, fornido y cordial en su traje
ACTO II
de etiqueta. Billy Brown es un muchacho de unos diecio-
Escena I: L a sala de recibo de Cybel. Siete años después. A l cho años, guapo, alto y atlético. Rubio y de ojos azules,
atardecer. su sonrisa es agradable y su rostro franco: y la expresión
Escena II: L a sala de d i b u j o de la oficina de W i l l i a m A . de su fisonomía revela que ya sabe dominarse. Sus moda-
B r o w n . E l mismo día, al anochecer.
les ostentan la aplomada confianza en sí mismo propia de
Escena III: L a biblioteca, en casa de B r o w n . Esa noche.
una inteligencia normal. Viste traje de etiqueta. Los tres
ACTO I I I entran del brazo, la madre entre Billy y su padre.

Escena I: L a oficina de B r o w , u n mes después. De mañana.


L A MADRE.—(Roblándole siempre al Padre.) Este p r i -
Escena II: L a biblioteca, en casa de B r o w n . Esa noche.
Escena III: E l salón, en casa de Margaret. Esa noche. m e r baile está m a l o r g a n i z a d o . ¡ Q u é manera de cantar!
j Q u é malas voces! ¿ P o r qué n o l o hacen cantar a B i l l y ?
B I L L Y . — ( A ella.) ¡ Q u é o c u r r e n c i a , m a m á ! ¡ M i v o z pa-
ACTO IV
rece u n a b o c i n a de b a r c o ! (Ríe.)
Escena I: L a oficina de B r o w n , semanas después. E n las últi- L A M A D R E . — ( M e l a n c ó l i c a , sin mirarlos.) Y o tenía u n a
mas horas de la tarde. l i n d a v o z c u a n d o n i ñ a . (Al Padre, sarcásticamente.) ¿Vis-
Escena II: L a biblioteca, en casa de B r o w n , horas después. te c ó m o se pavoneaba el h i j o de A n t h o n y c o n esos su-
Esa noche. cios pantalones de f r a n e l a ? *
E L P A D R E . — S e estaba e x h i b i e n d o
Epílogo: E l muelle del C l u b . Cuatro años después.
L A M A D R E . — ¡ Q u é descaro! Es t a n rústico c o m o su pa-
dre.
E L P A D R E . — A I v i e j o , n o h a y peros que p o n e r l e . L o
14 EL GRAN DIOS BROWN PROLOGO 15

ú n i c o que le echo en cara, es q u e haya sido demasiado t r i u n f a l . . . t u p o r v e n i r , que i b a a ser el m í o . (Con un sus-
r u t i n a r i o p a r a dejarme r e m o n t a r v u e l o . piro.) B u e n o . . . después de t o d o , n o l o hemos pasado t a n
L A M A D R E . — ( C o n amargura.) T e h a m a n t e n i d o a su m a l . A h o r a se t r a t a d e l p o r v e n i r de B i l l y . ¿ L e gustaría
mismo n i v e l . . . por mera envidia. a B i l l y ser a r q u i t e c t o ? (Dice esto sin mirar a su hijo.)
E L P A D R E . — P e r o me a s o c i ó a su negocio. N o lo o l - B I L L Y . — S í , m a m á . (Dócilmente.) N u n c a pensé g r a n
vides... cosa en l o que h a r í a al regresar del c o l e g i o . . . pero eso
L A M A D R E . — ( C o n aspereza.) ¡ P o r q u e eras el alma de de la a r q u i t e c t u r a m e suena m u y b i e n .
la empresa! ¡ P o r q u e tenía m i e d o de p e r d e r t e ! (Pausa.) L A M A D R E . — ( S i n mirarlo, orgullosamente.) B i l l y solía
B I L L Y . — ( C o n admiración.) D i o n v i n o c o n su traje v i e - d i b u j a r casas c u a n d o p e q u e ñ o .
j o p a r a ganar u n a apuesta. ¡ Q u é g r a n m u c h a c h o ! ¡ E r a E L P A D R E . — ( C o n regocijo.) A B i l l y le sobra pasta p a r a
m u y capaz de venirse en p i j a m a ! (Sonríe burlonamente t r i u n f a r si t r a b a j a de f i r m e .
de una manera significativa.) B I L L Y . — ( R e s p e t u o s a m e n t e . ) T r a b a j a r é de f i r m e , p a p á .
L A M A D R E . — ¡ Q u é c l a r a está l a l u z de l a l u n a ! ¿ V e r - L A M A D R E . — ¡ B i l l y es capaz de l o g r a r c u a l q u i e r cosa!
dad? (Va hacia el banco del centro y se sienta. Billy per- B I L L Y . — ( C o n aire embarazado.) Haré lo posible, mamá.
manece de pie en el rincón izquierdo, primer término, la (Pausa.)
mano apoyada sobre la baranda, como un reo en la sala L A M A D R E . — ( C o n súbito escalofrío.) ¡ L a s noches son
de audiencias frente al juez. Su padre, de pie delante del m u c h o m á s frías que a n t a ñ o ! U n a vez, c u a n d o n i ñ a , m e
banco de la derecha. La Madre anuncia, con decisión.) b a ñ é a l a l u z de l a l u n a . . . Pero l a l u z de la l u n a era t a n
¡ C u a n d o haya t e r m i n a d o el colegio s u p e r i o r , B i l l y deberá tibia y hermosa, entonces... ¿Recuerdas, papá?
estudiar alguna p r o f e s i ó n ! ¡ E s t o y resuelta a que así sea! E L P A D R E . — ( R o d e á n d o l a cariñosamente con el brazo.)
(Se vuelve hacia su marido con aire desafiante, como si Y a l o creo, m a m á . (La besa. La orquesta del Club ataca
esperara oposición de su parte.) un vals.) T o c a n o t r a pieza. V o l v a m o s p a r a v e r b a i l a r a los
E L P A D R E . — ( V e h e m e n t e y conciliador.) Es precisamen- j ó v e n e s . (Se dirigen hacia el salón, mientras Billy perma-
te l o que he estado p e n s a n d o , q u e r i d a . ¡ A r q u i t e c t u r a ! nece inmóvil.)
¿ Q u é te parece? ¡Billy será a r q u i t e c t o , u n a r q u i t e c t o de
L A M A D R E . — ( D e improviso, volviendo la cabeza.) Q u i e -
p r i m e r a ! ¡ É s a es m i p r o p u e s t a ! ¡ L o que siempre quise
ro v e r b a i l a r a B i l l y .
ser y o , p e r o que n u n c a t u v e o p o r t u n i d a d de conseguir!
B I L L Y . — ( R e s p e t u o s a m e n t e . ) ¡ S í , m a m á ! (Los sigue. Du-
B i l l y se graduará y entonces l o asociaremos a l a f i r m a .
rante unos momentos, se oye el suave rumor de la mú-
¡ L a razón social se l l a m a r á « A n t h o n y , B r o w n e H i j o , ar-
sica y el gemido de las olas. Luego, nuevamente, se oyen
quitectos y c o n s t r u c t o r e s » , en vez de «contratistas y cons-
pasos y entran los tres Anthony. En primer término, el
tructores»!
Padre y la Madre, que no llevan máscara. El Padre es
L A M A D R E . — ( S u s p i r a n d o por la realización de un sue-
un hombre alto, delgado, de cincuenta y cinco a sesenta
ño.) Y ya n o volverán a ocuparse de aceras... o de cavar
años, de rostro ceñudo, reservado, terco hasta el punto
alcantarillas... ¿verdad?
de transparentar cierta estúpida debilidad. La Madre es
E L P A D R E . — ( A l g o irritado.) ¡ Y o y A n t h o n y podemos
una mujer en'mta, frágil y marchita, de modales eterna-
c o n s t r u i r t o d o l o que se le o c u r r a a t u niño m i m a d o . . .
mente nerviosos y desasosegados, pero de un rostro dulce
hasta u n a iglesia! (Argumentando en favor de su idea.)
y gentil que en el pasado ha sido hermoso. El Padre vis-
¡Será u n a g r a n o p o r t u n i d a d p a r a é l ! ¡ D i b u j a r á los p l a n o s ,
te un traje negro que le aiusia muy mal, semejante al de
dará i m p u l s o al negocio y h a r á famosa a nuestra f i r m a !
un plañidero profesional: la Madre, un traje negro barato
L A M A D R E . — ( P e n s a t i v a . ) C u a n d o me pediste que m e
y sencillo. Los sigue, como si fuera un extraño, y aparte,
casara c o n t i g o , m e p a r e c i ó que t u p o r v e n i r p r o m e t í a ser
el hijo de ambos, Dion. Es casi de la misma estatura de
16 EL GRAN D I O S BROWN PROLOGO 17

Billy Brown, pero flaco y fuerte: y se mueve continuamen- mún en el negocio, nos h a b r í a a r r u i n a d o desde hace t i e m -
te, en un derroche de energías nerviosas. Su rostro está p o c o n sus l o c u r a s !
enmascarado. La máscara es una forzada adaptación de L A M A D R E . — A h o r a piensa m a n d a r a B i l l y a la u n i v e r -
su verdadero rostro —triste, espiritual, poético, apasiona- s i d a d . E s t u d i a r á a r q u i t e c t u r a , t a m b i é n , p a r a poder ayu-
damente hipersensible, con un irremediable desamparo en darles a ustedes a dar i m p u s o a la e m p r e s a . . . ¿ s a b e s ?
su infantil y religiosa fe en la vida— a la expresión fi- A c a b a de d e c í r m e l o la señora B r o w n .
sonómica de' un joven Pan alegremente burlón, temera- E L P A D R E . — ( E n o j a d o . ) ¿ Q u é dices? (Volviéndose brus-
rio, desafiante y sensual. Viste una camisa gris de franela, camente hacia Dion, con aire furioso.) ¡ E n t o n c e s , ya te
abierta en el cuello, zapatillas de sport sobre los pies des- puedes i r p r e p a r a n d o para estudiar l o m i s m o ! ¡ Y serás
nudos y unos sucios pantalones blancos de franela. El m e j o r a r q u i t e c t o que el h i j o de B r o w n , o te echaré a la
Padre se acerca a grandes pasos al banco del centro y se calle sin u n c e n t a v o ! ¿ M e oyes?
sienta. La Madre, hasta entonces tomada de su brazo, L A M A D R E . — ( C a r i ñ o s a m e n t e . ) Creo que serás u n ar-
lo suelta y permanece de pie junto al banco de la derecha. q u i t e c t o m a r a v i l l o s o , D i o n . Siempre has p i n t a d o cuadros
Ambos contemplan a Dion, el cual, con estudiada negli- tan h e r m o s o s . . .
gencia, ocupa junto a la baranda el mismo lugar que ocu- D I O N . — ( S o b r e s a l t a d o , con resentimiento.) ¿ P o r qué ha
para minutos antes Billy Brown. Ellos lo miran con aire de m e n t i r m i m a d r e ? ¿ A c a s o tengo yo la c u l p a ? Bien
intrigado y perplejo.) sabe que sólo he t r a t a d o de p i n t a r y nada m á s . (Apasio-
nadamente.) ¡ P e r o l o haré algún d í a ! ¡ V a y a si l o h a r é !
L A M A D R E . — ( R e p e n t i n a m e n t e , suplicante.) ¡ L o que de-
(Rápidamente, otra vez burlón.) ¡ A d e l a n t e , a la u n i v e r -
bieras hacer, s i m p l e m e n t e , es m a n d a r l o a l a u n i v e r s i d a d !
s i d a d ! B u e n o . . . P o r l o menos, no estaré en casa... ¿ver-
E L P A D R E . — ¡ B a h ! N o creo en las v i r t u d e s de l a ense- d a d ? (Ríe de un modo extraño y se les acerca. El Padre
ñ a n z a . Las u n i v e r s i d a d e s c o n v i e r t e n a los m u c h a c h o s en se levanta con aire defensivo. Dion le hace una reveren-
haraganes que sólo saben v i v i r a costa de sus pobres pa- cia.) L e d o y las gracias al señor A n t h o n y p o r esta es-
dres. ¡ Q u e l u c h e c o m o t u v e que hacerlo y o ! ¡ E s o le en- pléndida o p o r t u n i d a d de crearme a mí m i s m o . . . (Besa a
señará a apreciar el v a l o r de cada dólar! L a u n i v e r s i d a d su madre, que se inclina con extraña humildad, como
solamente l o h a r á más t o n t o a ú n . Y o no pasé de la es- una criada a la cual saludara su joven amo, y agrega con
cuela p r i m a r i a , p e r o gané bastante d i n e r o y fundé u n a ligereza.)... a la i m a g e n de m i m a d r e , de m o d o que ella
empresa sólida. ¡ Q u e D i o n se haga h o m b r e c o m o me hice p u e d a sentir su v i d a c ó m o d a m e n t e acabada. (Se sienta
hombre yo! en el sitio de su padre, en el centro, y su máscara mira
D I O N . — ( Z u m b ó n , sin mirarlos.) Este señor A n t h o n y hacia adelante con aire de glacial burla. Sus progenitores
es m i p a d r e , p e r o se i m a g i n a que es el p r o p i o D i o s Pa- permanecen a ambos lados, contemplándolo en silencio.)
d r e . (Ambos lo miran absortos.) L A M A D R E . — ( P o r fin, con un estremecimiento.) Hace
E L P A D R E . — ( C o n colérico desconcierto.) ¿Qué... qué... f r í o . J u n i o n o era t a n frío, antes. Recuerdo aquel mes de
q u é . . . s i g n i f i c a eso? j u n i o en que yo te l l e v a b a en m i s e n t r a ñ a s , D i o n . . . tres
L A M A D R E . — ( R e c o n v i n i e n d o con dulzura a su hijo.) meses antes de que nacieras. (Mira el cielo.) L a l u z de
¡ D i o n , q u e r i d o m í o ! (A su marido, con tono despectivo.) l a l u n a era t i b i a , entonces. ¡ Y o sentía que la noche me
¡ B r o w n es el q u e se l l e v a todos los elogios! ¡ L e dice a e n v o l v í a c o n u n vestido de t e r c i o p e l o , f o r r a d o de t i b i o
t o d o el m u n d o que el éxito se debe a su e n e r g í a . . . y que cielo y a d o r n a d o c o n hojas de p l a t a !
tú sólo eres u n v i e j o r u t i n a r i o ! E L P A D R E . — ( Á s p e r a m e n t e , pero con cierto temor.) M i
E L P A D R E . — ( H e r i d o , con aspereza.) ¡ M a l d i t o estúpido! m a d r e creía que los períodos de p l e n i l u n i o resultaban los
¡ B i e n sabe que si yo n o h u b i e r a puesto m i sentido co- más adecuados p a r a sembrar. E r a m u y a n t i c u a d a . (Con
18 E L GRAN DIOS BROWN PROLOGO 19

un gruñido.) Siento que me está v o l v i e n d o el r e u m a t i s m o . B I L L Y . — ( C o n agitación.) ¡Margaret!


Entremos. M A R G A R E T . — ( A la luna.) ¡ D i o n es t a n m a r a v i l l o s o !
D I O N . — ( C o n intensa amargura.) ¡ O c ú l t a t e ! ¡Avergüén- B I L L Y . — ( T o r p e m e n t e . ) T e invité a salir p o r q u e q u e r í a
zate! (Ambos se sobresaltan y lo miran absortos.) decirte algo.
E L P A D R E . — ( C o n amarga desesperanza, a su esposa, M A R G A R E T . — ( A la luna.) ¿ P o r qué me m i r a r á así D i o n ?
indicando al hijo.) ¿ Q u i é n es é s e ? ¡ T ú l o has p a r i d o ! ¡Eso me trastorna tanto!
L A M A D R E . — ( O r g u l l o s a m e n t e . ) ¡ E s m i n i ñ o ! ¡Mi D i o n ! B I L L Y . — Q u e r í a preguntarte algo, también.
D I O N . — ( C o n amargo resentimiento.) ¿ Y quién quieres M A R G A R E T . — L a ú n i c a vez que D i o n me b e s ó . . . ¡fue
que sea? ¡ E l e t e r n o h i j o , s i e m p r e i g u a l a sí m i s m o ! (Bur- i n o l v i d a b l e ! E r a u n a b r o m a s u y a . . . p e r o y o sentí su beso
lón.) ¿ Q u i e r e n e n t r a r a b a i l a r el señor A n t h o n y y su es- de v e r a s . . . ¡y él se d i o cuento y se limitó a reír!
posa? ¡ L a s noches se están v o l v i e n d o f r í a s ! ¡ Y los días, B I L L Y . — P o r q u e el a m o r de D i o n es l o i n c i e r t o . E l
más oscuros! ¡ J u g u e m o s a l escondite! ¡ B u s q u e m o s al m o n o m í o , e n c a m b i o , es l o seguro y creo que todos l o saben
en l a l u n a ! (Repentinamente da una cabriola como un en el p u e b l o . . . y siempre m e hacen b r o m a s . . . ¡ E s ne-
arlequín y corre hacia adentro, riendo con forzada desen- cesario que conozcas esa certeza, m i s sentimientos p o r t i ,
voltura. Sus padres lo contemplan, luego lo siguen len- Margaret!
tamente. De nuevo reina el silencio y sólo se oye el rui- M A R G A R E T . — D i o n es t a n d i s t i n t o de todos los de-
do de las olas que lamen el muelle. Entra Margaret a m á s . . . ¡ P i n t a de u n a m a n e r a t a n hermosa y toca y canta
la cual sigue Billy Brown, con aire de humilde adoración. y b a i l a t a n m a r a v i l l o s a m e n t e ! Pero t a m b i é n es triste y
Margaret tiene cerca de diecisiete años, es bonita y vi- tímido c o m o u n n i ñ o , p o r m o m e n t o s . . . y a d i v i n a m i
vaz, rubia, de grandes ojos románticos, cuerpo flexible y v e r d a d e r a a l m a . . . y . . . y yo q u i s i e r a a c a r i c i a r c o n m i s
fuerte y facciones inteligentes, pero de expresión juvenil dedos su c a b e l l o . . . ¡y l o a m o ! ¡ S í , l o a m o ! (Tiende sus
y soñadora, especialmente ahora, a la luz de la luna. Vis- brazos hacia la luna.) ¡Oh, D i o n ! ¡Te amo!
te un sencillo traje blanco. Su rostro, desde que entra,
B I L L Y . — T e amo, Margaret.
lleva una máscara que es la exacta y casi transparente
reproducción de sus facciones, pero que le da el carácter M A R G A R E T . — M e p r e g u n t o si D i o n . . . Esta noche, v i
abstracto de «una Muchacha», en vez de ser el individuo que m e m i r a b a de n u e v o . . . ¡ O h ! ¡ M e p r e g u n t o s i . . . !
llamado Margaret.) BILLY. (Toma la mano de Margaret y estalla.) ¿No
M A R G A R E T . — ( M i r a n d o la luna y cantando en voz baja p o d r í a s a m a r m e ? ¿ N o te casarías c o n m i g o . . . c u a n d o m e
al entrar.) « ¡ A h , luna, m i amada luna, l u n a sin men- graduara...?
guante!» M A R G A R E T . — M e p r e g u n t o dónde e s t a r á D i o n , a h o r a .
B I L L Y . — ( C o n vehemencia.) T e n g o ese disco. L o h a gra- B I L L Y . — ( O p r i m i e n d o la mano de Margaret, dilacera-
b a d o el t e n o r J o h n M c C o r m a c k . ¡ E s m a r a v i l l o s o ! Canta do por la incertidumbre.) ¡Margaret! ¡Contéstame! ¡Te l o
u n poco m á s . (Ella sigue con el rostro vuelto hacia arri- ruego!
ba, en silencio. Billy permanece de pie respetuosamente M A R G A R E T . — ( D e s t r o z a d o su sueño, se pone la más-
a espaldas de Margaret, mirando de soslayo con turbación cara y vuelve hacia Billy, diciéndole, con tono práctico.)
su rostro. Procura entablar conversación.) Creo que el Está refrescando. V o l v a m o s adentro y bailemos, Billy.
Rubáyat es u n g r a n p o e m a . . . ¿ N o opinas l o m i s m o ? Y o B I L L Y . — ( C o n desesperación.) ¡ T e a m o ! (Trata, torpe-
n u n c a p u d e a p r e n d e r u n solo v e r s o . D i o n sabe r e c i t a r de mente, de besarla.)
m e m o r i a m u c h o s poemas de Shelley. M A R G A R E T . — ( C o n risa divertida.) ¡Como u n hermano!.
M A R G A R E T . — ( Q u i t á n d o s e lentamente la máscara, le ha- Puedes besarme, si quieres. (Lo besa.) U n g r a n beso f r a -
bla a la luna.) ¡Dion! (Pausa.) t e r n a l . Eso n o c u e n t a . (Él retrocede, abrumado, la cabeza
20 E L GRAN D I O S BROWN PROLOGO 21

abatida. Ella se aparta y, quitándose la máscara, le dice DION.—(Con dolorida perplejidad.) ¿ P o r q u é tengo
a la luna.) ¡ O j a l á D i o n volviese a besarme! m i e d o de b a i l a r , yo que amo l a m ú s i c a y el r i t m o y la
B I L L Y . — ( P e n o s a m e n t e . ) Soy u n p o b r e t o n t o . D e b í c o m - gracia y el canto y la risa? ¿ P o r qué tengo m i e d o de v i v i r ,
p r e n d e r l o . C l a r o que l o c o m p r e n d o . Estás e n a m o r a d a de yo que a m o la v i d a y la belleza de l a carne y los v i v o s
D i o n . V i c ó m o l o m i r a b a s . ¿ V e r d a d que l o amas? colores de la t i e r r a y el cielo y el m a r ? ¿ P o r q u é tengo
M A R G A R E T . — ¡ D i o n ! ¡Qué hermoso n o m b r e ! m i e d o de a m a r , yo que amo al a m o r ? ¿ P o r qué tengo m i e -
B I L L Y . — ( C o n voz ronca.) B u e n o . . . D i o n f u e siempre do, y o que n o tengo m i e d o ? ¿ P o r qué debo f i n g i r desdén
m i m e j o r a m i g o . M e alegro de que sea é l . . . y creo que p a r a p o d e r sentir p i e d a d ? ¿ P o r qué debo o c u l t a r m e tras
sé p e r d e r . . . (Oprime la mano de Margarita.) ¡De modo el desprecio de mí m i s m o p a r a p o d e r c o m p r e n d e r ? ¿ P o r
que te deseo t o d o el é x i t o y t o d a l a d i c h a posibles, M a r - qué debo avergonzarme tanto de m i f u e r z a y e n o r g u l l e -
g a r i t a ! . . . ¡ Y r e c u e r d a que seré siempre t u m e j o r a m i g o ! cerme t a n t o de m i d e b i l i d a d ? ¿ P o r q u é debo v i v i r en u n a
(Le oprime la mano de nuevo, traga saliva penosamente j a u l a c o m o u n d e l i n c u e n t e , desafiando y o d i a n d o , yo que
y dice con aire varonil:) ¡Entremos! amo la paz y la amistad? (Elevando las manos juntas, en
M A R G A R E T . — ( A la luna, ligeramente fastidiada.) ¿Qué ademán de súplica.) ¿ P o r qué he n a c i d o sin p i e l , o h D i o s
hace a q u í B i l l y B r o w n ? I r é al e x t r e m o d e l m u e l l e a es- mío, y tengo que usar a r m a d u r a p a r a poder tocar o ser
perar. D i o n es l a l u n a y y o soy el m a r . Q u i e r o sentir a la tocado? (Pausa de un segundo de expectante silencio.
l u n a c u a n d o besa el m a r . Q u i e r o que D i o n abandone el Luego, bruscamente, Dion vuelve a colocarse con violen-
cielo p o r m í . ¡ Q u i e r o que las olas de m i sangre a b a n d o n e n cia la máscara, con gesto desesperado, y su voz cobra un
m i c o r a z ó n y l o sigan! (Murmura, como una chiquilla.) acento amargo y sardónico.) O , m e j o r d i c h o , V i e j o de la
¡ D i o n ! ¡ M a r g a r e t ! ¡Peggy es la c h i c a de D i o n . . . ¡Peggy Barba G r i s . . . ¿ P a r a qué diablos he n a c i d o ? (Se oyen
es la nena de D i o n ! (Canturrea riendo, traviesamente.) pasos a derecha. Dion se vuelve rígido y su máscara mira
¡ D i o n es m i p a p i t o ! (Se encamina hacia el extremo del hacia adelante. Billy entra por derecha, arrastrando los pies
embarcadero, izquierda.) con aire desconsolado. Al ver a Dion se detiene brusca-
B I L L Y . — ( Q u e se ha apartado de ella.) Me voy. Le mente y en sus ojos fulgura un destello de resentimiento,
diré a D i o n que estás a q u í . pero, de inmediato, el «buen perdedor» vence este senti-
M A R G A R E T . — ( C o n creciente fuerza y tono cada vez miento.)
más categórico, hasta que al final es esposa y madre.) Y B I L L Y . — ( C o n aire turbado.) H o l a , D i o n . T e he estado
yo seré l a s e ñ o r a de D i o n . . . l a esposa de D i o n . . . y él buscando p o r todas partes. (Se sienta en el banco de la
será m i D i o n . . . m i p r o p i o D i o n . . . m i p e q u e ñ o . . . ¡mi derecha y adopta con esfuerzo un tono festivo.) ¿Qué
n i ñ o ! ¡ L a l u n a se ha ahogado en las olas de m i corazón haces a q u í solo, t o n t o ? ¿ Q u i e r e s enloquecer más a ú n ?
y la paz se h a s u m e r g i d o en las p r o f u n d i d a d e s del m a r ! (Pausa. Con torpeza.) A c a b o de separarme de M a r g a r e t . . .
(Desaparece por izquierda, el rostro vuelto hacia el cielo D I O N . — ( C o n un sobresalto, se coloca de inmediato
y despojado de su máscara, como el de una extática visio- burlonamente a la defensiva.) ¡ D i o s los b e n d i g a , hijos
naria. Nuevo silencio, durante el cual se oye música baila- míos!
ble. Cesa la música y entra Dion. Éste se acerca rápidamen- B I L L Y . — ( Á s p e r o y con rudeza plebeya.) Y o estoy f u e r a
te al banco del centro y se deja caer sobre él, ocultando el de c o m b a t e . M a r g a r e t me d i o pasaporte. T ú eres el f a v o -
enmascarado rostro entre sus manos. Un momento después, r e c i d o . ¡ E n t r a y vence! H e m o s sido camaradas desde la
alza la cabeza, mira en torno, escucha con aire acosado y n i ñ e z . . . ¿ v e r d a d ? . . . y me alegro de que seas tú el ga-
luego, lentamente, se quita la máscara. Bajo la radiante n a d o r , D i o n . (Después de pronunciar estas últimas palabras
luz de la luna aparece su verdadero rostro, Contraído, tí- con voz ronca, Billy busca torpemente la mano de Dion
mido y dulce, lleno de honda tristeza.) y la 'sacude.)
22 EL GRAN D I O S BROWN
PROLOGO 23

D I O N . — ( R e t i r a n d o su mano con amargura.) ¿Camara- aire triunfante, con tono de liberación.) ¡Estás superada!
das? ¡ O h , n o ! ¡Billy B r o w n me d e s p r e c i a r í a !
¡ E s t o y más allá de t i ! (Tiende los brazos hacia el cielo.)
B I L L Y . — E l l a te espera a h o r a , en el e x t r e m o d e l embar- ¡ O h , D i o s m í o ! ¡ A h o r a , creo! (La voz de Margaret llega
cadero.
desde el extremo del embarcadero.)
D I O N . — ¿ A m í ? ¿Cuál? ¿ Q u i é n ? ¡Oh, no! ¡Las m u -
MARGARET.—¡Dion!
chachas sólo se p e r m i t e n m i r a r l o que p u e d e verse!
D I O N . — ( E n éxtasis.) ¡Margaret!
B I L L Y . — T e ama.
M A R G A R E T . — ( M á s próxima.) ¡Dion!
D I O N . — ( C o n m o v i d o , después de una pausa, balbucea.)
DION.—¡Margaret!
¿ U n m i l a g r o ? ¡ T e n g o m i e d o ! (Canturreando, con volubi-
MARGARET.—¡Dion! (Entra corriendo, la máscara en
lidad.) ¡ Y o a m o , tú amas, él a m a , ella a m a ! E l l a a m a . . .
las manos. Él salta hacia ella con los brazos tendidos,
ella a m a . . . ¿ E l q u é ?
pero la joven retrocede con asustado chillido y se pone
B I L L Y . — Y y o sé p e r f e c t a m e n t e q u e , bajo t u f a n f a r r o n a
precipitadamente la máscara. Dion se echa atrás con un
e x t r a v a g a n c i a , estás l o c o p o r e l l a .
sobresalto. Margaret habla con frialdad y enojo.) ¿Quién
D I O N . — ( C o n m o v i d o . ) ¿ B a j o m i extravagancia? ¡Amo
es usted? ¿ P o r qué me l l a m a ? ¡ Y o no l o conozco!
el a m o r ! ¡ A n s i o ser a m a d o ! ¡ P e r o tengo m i e d o ! (Agresi-
D I O N . — ( D e s o l a d o . ) ¡Te amo!
vamente.) ¡Tenía m i e d o ! ¡ A h o r a , n o ! ¡ A h o r a p u e d o ha-
M A R G A R E T . — ( C o n frenesí.) ¿ S e t r a t a de u n a b r o m a . . .
cerle e l a m o r . . . a c u a l q u i e r a ! ¡ S í ! ¡ A m o a Peggy! ¿ P o r
qué n o ? ¿ Q u i é n es ella? ¿ Q u i é n soy y o ? N o s o t r o s ama- o está usted b o r r a c h o ?
mos, vosotros a m á i s , ellos a m a n , u n o a m a ! ¡ N a d i e a m a ! D I O N . — ( C o n suplicante murmullo final.) ¡Margaret!
¡ T o d o e l m u n d o a m a a u n a a m a n t e , D i o s nos ama a to- (Pero ella se limita a mirarlo desdeñosamente. Entonces,
dos nosotros y nosotros l o amamos a é l ! ¡ E l a m o r es u n a con brusco ademán, él se coloca la máscara y ríe con
p a l a b r a . . . e l f a n t a s m a desvergonzado y andrajoso de u n a salvaje vehemencia y amargura.) ¡ J a , j a , j a ! ¡ T e he ga-
p a l a b r a . . . que m e n d i g a en todas las puertas l a v i d a a n a d o esta p a r t i d a , Peggy!
cualquier precio. MARGARET.—(Con deleite, quitándose la máscara.)
B I L L Y . — ( S i e m p r e como si no hubiese oído las palabras ¡ D i o n ! ¿ C ó m o p u d i s t e . . . ? ¡ N o te r e c o n o c í en a b s o l u t o !
de Dion.) O y e . . . A l o j é m o n o s en el m i s m o c u a r t o en el D I O N . — ( L a rodea audazmente con el brazo.) ¡Es la
colegio... l u n a . . . la loca l u n a . . . el m o n o de la l u n a . . . e l que nos
D I O N . — ¡ B i l l y q u i e r e estar cerca de e l l a ! está h a c i e n d o b r o m a s ! (La besa sin quitarse la máscara,
B I L L Y . — ¡ D e a c u e r d o , pues! (Con sonrisa forzada.) ¡Pue- una y otra vez, con romántica pasión de galán de come-
des decirle a M a r g a r e t que c u i d a r é de que te portes b i e n ! dia.) ¡ T ú me amas! ¡ Y l o sabes! ¡ D í m e l o ! ¡ Q u i e r o sen-
(Se aleja.) H a s t a p r o n t o . Recuerda q u e ella te espera. t i r l o ! ¡ Q u i e r o saberlo! ¡ Q u i e r o desear! ¡ D e s e a r t e a t i c o m o
(Se va.) me deseas a m í !
D I O N . — ( A t u r d i d o , para sí.) E s p e r a . . . ¡me espera! (Se M A R G A R E T . — ( E n éxtasis.) ¡Oh, D i o n ! ¡Sí! ¡Te amo!
quita lentamente la máscara. Su rostro está convulsionado D I O N . — ( C o n irónico aplomo en la voz y tono enfáti-
y transfigurado de alegría. Contempla el cielo, en éxtasis.) co.) ¡ T a m b i é n y o te a m o ! ¡ O h , l o c a m e n t e ! ¡ O h ! ¡Siem-
¡ O h , D i o s que estás en la l u n a ! ¿ H a s o í d o ? ¡ E l l a m e pre y p o r siempre, a m é n ! ¡ E r e s m i estrella v e s p e r t i n a y
a m a ! ¡ Y a n o tengo m i e d o ! ¡ S o y f u e r t e ! ¡ P u e d o a m a r ! todas mis Pléyades! ¡ T u s ojos son azules estanques en que
¡ E l l a m e p r o t e g e ! ¡Sus brazos m e r o d e a n suavemente!
se deslizan ensueños de o r o , t u c u e r p o u n j o v e n a b e d u l
¡ M e e n v u e l v e c o n su t i b i e z a ! ¡ E s m i p i e l ! ¡ M i a r m a d u -
b l a n c o que se echa atrás bajo los labios de l a p r i m a v e r a .
r a ! A h o r a , he n a c i d o . . . Y o . . . ¡el Y o ! . . . ú n i c o e i n d i v i -
¡ A s í ! (La ha inclinado hacia atrás, sosteniéndola en sus
s i b l e . . . ¡ Y o , q u e a m o a M a r g a r e t ! (Mira su máscara con
brazos, su rostro sobre el de Margaret.) ¡ A s í ! (La besa.)
24 EL GRAN D I O S BROWN PROLOGO 25

M A R G A R E T . — ( A g o b i a d a por una apasionada languidez.) temas! D i o n A n t h o n y se casará c o n t i g o algún día. (La


¡Oh, D i o n ! ¡Dion! ¡Te amo! besa.) « T o m o a esta m u j e r p o r esposa ante D i o s y . . . »
D I O N . — ( C o n creciente dominio sobre ella en la voz.) (Con tono tiernamente festivo.) ¡ H o l a , m u j e r ! ¿ T e sientes
¡ Y o amo, tú amas, nosotros a m a m o s ! ¡ V e n ! ¡ D e s c a n s a ! inmensamente crecida, ya? ¿ E n t r a m o s , señora de A n t h o -
¡ A b a n d ó n a t e ! ¡ S u e l t a el m u n d o ! ¡ C a d a vez m á s v a g o ! n y . . . ? ¿ Y p u e d o i n v i t a r l a a b a i l a r la próxima pieza?
¡ D e s v a n e c i d o en el pasado! ¡Se f u e ! ¡ L a m u e r t e ! ¡ A h o - M A R G A R E T . — ( C o n ternura.) ¡ N i ñ o l o c o ! (Riendo con
r a ! ¡ N a c e ! ¡ D e s p i é r t a t e ! ¡ V i v e ! Disuélvete en el r o c í o . . . júbilo.) ¡ S e ñ o r a de A n t h o n y ! C u a n m a r a v i l l o s a m e n t e sue-
en el s i l e n c i o . . . en la n o c h e . . . en l a t i e r r a . . . en el espa- na... ¿verdad?
c i o . . . en l a p a z . . . en el s e n t i d o . . . en la a l e g r í a . . . en
D i o s . . . ¡en el G r a n D i o s P a n ! (Mientras tanto, la luna TELÓN
se ha ocultado gradualmente detrás de una negra nube,
desvaneciéndose su luz. Hay un momento de intensa os-
curidad y silencio. Luego la luz reaparece poco a poco.
Se oye la voz de Dion, al principio en un murmullo, luego
creciendo en volumen con la luz.) ¡ D e s p i e r t a ! ¡Es h o r a
de levantarse! ¡ H o r a de e x i s t i r ! ¡ H o r a de i r al colegio!
¡ H o r a de a p r e n d e r ! ¡ D e a p r e n d e r a f i n g i r ! ¡ C u b r e t u des-
n u d e z ! ¡ A p r e n d e a m e n t i r ! ¡ A p r e n d e a m a r c a r el paso!
¡Ünete a la p r o c e s i ó n ! ¡ E l G r a n P a n h a m u e r t o ! ¡Aver-
güénzate!
M A R G A R E T . — ( C o n un sollozo.) ¡ O h , D i o n ! ¡ T e n g o ver-
güenza!
D I O N . — ( B u r l ó n . ) ¡Ssst! ¡ M i r a a l m o n o que está en la
l u n a ! ¡ M í r a l o b a i l a r ! ¡ S u cola es u n pedazo de l a cuerda
que le quedó a l desprenderse de J e h o v á y c o r r e r en bus-
ca del c i r c o de C h a r l e y D a r w i n !
M A R G A R E T . — ¡ A h o r a debes o d i a r m e ! ¡ L o sé! (Le echa
los brazos al cuello y oculta la cabeza sobre su hombro.)
DION.—(Profundamente conmovido.) ¡No llores...!
¡ N o . . . ! (Súbitamente, se arranca la máscara y dice, con
apasionado sufrimiento.) ¿ O d i a r t e ? ¡ T e amo con toda m i
a l m a ! ¡ Á m a m e ! ¿ P o r qué n o puedes a m a r m e , M a r g a r e t ?
(Intenta besarla, pero ella se incorpora de un salto con
asustado grito, alzando la máscara ante su rostro a modo
de protección.)
M A R G A R E T . — ¡ N o hagas eso! ¡ P o r f a v o r ! ¡No te co-
nozco! ¡ M e asustas!
D I O N . — ( V u e l v e a ponerse la máscara y dice, con tran-
quilidad y amargura.) E s t á b i e n . N u n c a más te dejaré
v e r m e . (La rodea con el brazo y dice, tiernamente bur-
lón.) T e amo p o r m e d i o de m i representante. ¡ E s o es! ¡ N o
ACTO PRIMERO 27

ACTO PRIMERO puerta de calle al cerrarse. Dion se sobresalta y se sujeta


nuevamente la burlona máscara sobre el rostro. Tira el
ESCENA I Testamento a un lado, desdeñosamente.) ¡Bah! ¡Una f i -
j a c i ó n de la v i e j a m a m á c r i s t i a n i s m o ! ¡ L l o r i q u e o s de n i ñ o
en la o s c u r i d a d ! (Ríe, con amargo desprecio de sí mismo.
Escenario: Siete años después. En una casa dividida Rumor de pasos que se aproximan. Toma un periódico
para que vivan en ella dos familias, salón de la señora y se oculta detrás de él, precipitadamente. Entra Margaret.
de Dion Anthony; la casa está en un barrio residencial, Viste de traje elegante y costoso y un tapado de pieles
uno de esos vecindarios de uniformidad arquitectónica que al parecer ha sido rehecho y prestado ya sus servicios.
que fatigan la vista con su monotonía. Los cuatro mue- Margaret ha madurado y adquirido un aire maternal, a
bles que se ven están en armonía con esto: un sillón a pesar de su juventud. Su bello rostro es aún fresco y sano,
la izquierda, una mesa con una silla más atrás en el cen- pero en su nariz y su boca hay el principio de una expre-
tro, un sofá a la derecha. Se conserva^aquí la misma dis- sión aprensiva y permanentemente inquieta y en sus ojos
tribución de bancos del prólogo, que causa el efecto de una herida de incomprensión. Dion finge estar enfrascado
una sala de audiencias. En último término, un telón de en su periódico. Margaret se inclina y lo besa.
fondo sobre el cual está pintada la pared de foro, con M A R G A R E T . — ( C o n fingida jovialidad.) Buenos d í a s . . .
el insoportable detallismo realista sin vida de los estereo- ¡a las c u a t r o de la t a r d e ! ¡ R o n c a b a s c u a n d o m e f u i !
tipados cuadros que adornan por lo general las salas de D I O N . — ( L a rodea con los brazos en ademán negligen-
semejantes casas. Las últimas horas de la tarde de un día te y usual y dice con tono de burla.) ¡El M a r i d o Ideal!
gris de invierno. M A R G A R E T . — ( P r e o c u p a d a ya por otro pensamiento, se
Dion está sentado detrás de la mesa. Mirando de fren- sienta en la silla de la izquierda.) T e m í que los niños
te. La máscara cuelga sobre su pecho, más abajo del cue- te molestasen, de m o d o que los llevé a casa de la señora
llo, dando la impresión de un segundo rostro. Su verda- Y o u n g p a r a que j u g a r a n . (Pausa. Dion vuelve a tomar
dero semblante ha envejecido mucho, volviéndose más el periódico. Margaret pregunta, con ansiedad.) Supongo
tenso y torturado, pero' al propio tiempo, cosa extraña, que estarán m u y b i e n a l l í . . . ¿ n o te parece? (Dion no
más altruista y ascético, más cristalizado en su resuelto contesta. Ella se muestra más herida que ofendida.) Me
retraimiento de la vida. También la máscara ha cambia- gustaría que trataras de t o m a r t e más interés p o r los n i -
do. Es más vieja, más desafiante y burlona, y su sarcástica ños, D i o n .
sonrisa es más forzada y amarga, es la esencia de Pan que D I O N . — ( B u r l ó n . ) ¿ Q u i e r e s que me c o n v i e r t a en pa-
se vuelve mefistofélica. Empieza ya a acusar los estragos d r e . . . antes del desayuno. M i situación es demasiado de-
del libertinaje. l i c a d a . (Ella se aparta, herida. Con aire contrito, él le
acaricia la mano y dice, con tono vago.) M u y b i e n . L o
intentaré.
D I O N . — ( R e p e n t i n a m e n t e , toma un ejemplar del Nue- M A R G A R E T . — ( O p r i m i é n d o l e la mano, con ternura ple-
vo Testamento que está sobre la mesa y, metiendo un na de espíritu de posesión.) Juega con tus h i j o s . T ú eres
dedo al azar, lo abre y lee en voz alta el texto que éste u n n i ñ o m á s grande que e l l o s . . . p o r d e n t r o .
señala: « V e n i d a m í todos los q u e estáis agobiados, y os D I O N . — ( B u r l á n d o s e de sí mismo y dándole un golpe-
daré d e s c a n s o . » (Mira hacia adelante en una suerte de cito a la Biblia.) Por d e n t r o . . . ¡me estoy v o l v i e n d o abso-
trance, el rostro iluminado por una luz interior, pero l u t a m e n t e i n f a n t i l ! « ¡ Q u e esos pequeños v e n g a n a m í ! »
presa de dolorosa confusión y prosigue, en voz baja.) Iré, M A R G A R E T . — ( A f e r r á n d o s e a su certeza.) Eres m i h i j o
p e r o . . . ¿ d ó n d e estás, S a l v a d o r ? (Se oye el ruido de la mayor.
28 EL GRAN D I O S BROWN ACTO PRIMERO 29

D I O N . — ( C o n burlona estimación.) ¡ E l l a pone en su m a n t e n e r a m i f a m i l i a en l a atmósfera de pobreza a l a


l u g a r el R e i n o de los C i e l o s ! cual tendrá que acostumbrarse?
M A R G A R E T . — ( R e t i r a n d o su mano.) Y o hablaba en M A R G A R E T . — ( T í m i d a m e n t e . ) N o digo eso... p e r o . . .
serio. hay que hacer algo.
D I O N . — T a m b i é n y o . . . sobre t a l o c u a l cosa. (Ríe.) D I O N . — ( C o n aspereza.) ¿ P o d r í a sugerirme amablemen-
¡ E s t a d i p l o m a c i a d o m é s t i c a ! N o s h a b l a m o s en lenguaje te q u é , señora de A n t h o n y ?
c i f r a d o . . . ¡y n i n g u n o de los dos tiene l a clave d e l o t r o ! MARGARET.—Acabo de e n c o n t r a r m e en la calle c o n
M A R G A R E T . — ( F r u n c e el ceño, confusa, y fuerza un tono B i l l y B r o w n . D i j o que tú h a b r í a s sido u n b u e n a r q u i t e c t o ,
juguetón.) ¡ Q u i e r o conversar seriamente con usted, j o v e n ! de haber perseverado.
A pesar de sus promesas, ha seguido b e b i e n d o y j u g a n d o D I O N . — ¡ A d u l ó n ! ¿ E n vez de dejar el colegio cuando
tanto c o m o el año pasado. murió p a p á ? ¿ E n vez de casarme c o n Peggy y de i r al
D I O N . — D e s d e que m e supe incapaz de ser u n artis- e x t r a n j e r o y de ser f e l i z ?
t a . . . salvo en el o f i c i o de v i v i r . . . ¡ n i a u n en eso, si- M A R G A R E T . — ( C o m o si no hubiese oído.) H a b l ó de c u a n
q u i e r a ! (Ríe, con amargura.) b i e n solías d i b u j a r .
M A R G A R E T . — ( C o n convicción.) Pero tú sabes p i n t a r , D I O N . — B i l l y amó a Margaret, antaño.
M A R G A R E T . — Q u i s o saber p o r qué n o le has hecho
D i o n . . . ¡y p i n t a s cosas m u y bellas!
una sola v i s i t a .
D I O N . — ( C o n hondo dolor.) ¡ N o ! (Súbitamente, toma
D I O N . — B i l l y está p r e d e s t i n a d o p o r los cielos al é x i t o .
la mano de su esposa y la besa con gratitud.) ¡Amo a
¡ E s l a v o l u n t a d de M a m ó n ! A n t h o n y y B r o w n , contra-
M a r g a r e t ! ¡Su ceguera excede a t o d a c o m p r e n s i ó n ! (Con
tistas y c o n s t r u c t o r e s . . . la m u e r t e se l l e v a a A n t h o n y y
amargura.) ¿ O se t r a t a de p i e d a d ?
yo v e n d o m i parte en el n e g o c i o . . . B i l l y se g r a d ú a . . .
M A R G A R E T . — S ó l o nos q u e d a n unos cien dólares en el B r o w n e H i j o , arquitectos y c o n s t r u c t o r e s . . . el v i e j o B r o w n
banco. sucumbe de p a t e r n a l o r g u l l o . . . ¡y ya l o tenemos a W i l l i a m
D I O N . — ( C o n sorpresa, aturdido.) ¡ C ó m o ! ¿ S e ha gas- A . B r o w n , a r q u i t e c t o ! P e r o . . . ¡si hasta su carrera tiene
t a d o ya t o d o el d i n e r o que nos p r o p o r c i o n ó la v e n t a de u n trazo a r q u i t e c t ó n i c o ! ¡ P a r e c e u n a de las tortas de
la casa? b a r r o de D i o s !
M A R G A R E T . — ( C o n aire fatigado.) Has c o b r a d o cheques M A R G A R E T . — I n s i s t i ó p o r m i i n t e r m e d i o en que lo v i -
a d i a r i o . . . o p o c o menos. H a s estado b e b i e n d o . . . n o has sitaras.
contado... D I O N . — ( S e levanta de un salto y dice, con tono cate-
D I O N . — ( I r r i t a b l e . ) ¡ Y a l o sé! (Pausa. Con seriedad.) górico.) ¡ N o ! ¡ E l o r g u l l o ! ¡ Y o f u i u n ser v i v o !
N o tenemos ya c o n qué v i v i r . . . ¿ e h ? B u e n o . . . D u r a n t e M A R G A R E T . — ¿ P o r qué n o hablas con é l ?
cinco a ñ o s , ese d i n e r o nos p e r m i t i ó r e s i d i r t r a n q u i l o s en D I O N . — ¡ E l o r g u l l o de m i fracaso!
el e x t r a n j e r o . N o s c o m p r ó u n poco de f e l i c i d a d , en c i e r t o M A R G A R E T . — U s t e d e s f u e r o n siempre t a n buenos a m i -
m o d o . . . ¿ v e r d a d ? N o s p e r m i t i ó v i v i r y amar y tener h i - gos...
j o s . . . (Ligera pausa, con amargura.) ... ¡y m e d i o la i l u - D I O N . — ( C o n creciente desesperación.) E l o r g u l l o que
sión de s u p o n e r m e creador antes de d e s c u b r i r que era siguió a la caída d e l h o m b r e . . . ¡con el que ríe c o m o u n
incapaz de crear! creador ante sus d e r r o t a s !
M A R G A R E T . — ( E s t a vez con forzada convicción.) Pero M A R G A R E T . — N o p o r m í . . . sino p o r t i m i s m o . . . ¡y,
tú sabes p i n t a r . . . ¡y c o n b e l l e z a ! más que nada, p o r los n i ñ o s !
DION.—(Irritado.) ¡Calla! (Pausa. Sarcástico.) ¿De D I O N . — ( C o n tremenda desesperación.) ¡El o r g u l l o ! ¡ E l
m o d o que m i esposa cree d i g n o de m í establecerme y o r g u l l o s i n el c u a l los dioses son gusanos!
ACTO PRIMERO 31
30 EL GRAN D I O S BROWN

D I O N . — N o . (Sale, se oye el portazo que da al salir


M A R G A R E T . — ( D e s p u é s de una pausa, mansa y humil-
a la calle. Margaret suspira con fatigada incomprensión y
demente.) ¿ N o q u i e r e s ? ¿ E s o te l a s t i m a r í a ? B u e n o , que-
va hacia la ventana y mira afuera.)
r i d o . N o te p r e o c u p e s . N o s arreglaremos de algún m o d o . . .
M A R G A R E T . — ( I n q u i e t a . ) Supongo que los niños tendrán
n o pienses más en e s o . . . C o m i e n z a de n u e v o a p i n t a r
c u i d a d o al c r u z a r la calle.
tus bellos c u a d r o s . . . y y o p u e d o obtener ese e m p l e o en
la b i b l i o t e c a . . . ¡ M e divertirá t a n t o t r a b a j a r allí! (Le toma
TELÓN
la mano, tiernamente.) Te amo, querido. Comprendo.
D I O N . — ( S e desploma en su silla, abrumado, rehuyendo
la mirada de Margaret, como rehuye ella la de él, aunque
las manos de ambos están entrelazadas aún y dice con
ESCENA II
voz trémula y expirante^) ¡ E l o r g u l l o m u e r e ! (Como si se
asfixiara, retira la máscara del resignado, pálido y su-
friente rostro. Ora como un santo en el desierto, al exor-
cizar a un demonio.) ¡ E l o r g u l l o h a m u e r t o ! ¡Benditos Escenario, la oficina de Billy Brown, a las cinco de la
sean los h u m i l d e s ! ¡ B e n d i t o s sean los pobres de espíritu! tarde. En el centro, un hermoso escritorio de caoba, detrás
M A R G A R E T . — ( S i n mirarlo, con tono maternal y conso- del cual se halla un sillón giratorio. A la izquierda del
lador.) ¡Mi pobre niño! escritorio, una butaca de oficinas. A la derecha del mis-
D I O N . — ( C o n resentimiento, volviendo a ponerse la más- mo, un canapé de oficina. A foro, telón de una pared de
cara y levantándose de un salto, sarcásticamente.) ¡Ben- oficina, tratada en forma similar a la de la escena I, en
ditos sean los h u m i l d e s p o r q u e h e r e d a r á n las t u m b a s ! su exagerado detallismo.
¡Benditos sean los pobres de espíritu p o r q u e son ciegos!
(Con atormentada amargura.) ¡Perfectamente! ¡Entonces
le pediré a m i m u j e r que v i s i t e a B i l l y B r o w n y le ruege Billy Brown está sentado ante su escritorio, mirando
por m í . . . algo m á s l a m e n t a b l e que si fuese y o m i s m o ! un plano a la luz de una lámpara de mesa. Se ha con-
(Con vehemente burla.) Pregúntale si tiene t r a b a j o p a r a vertido en un hombre de negocios norteamericano de tipo
u n j o v e n de t a l e n t o que sólo es sincero c u a n d o está b o - universitario, bien parecido, elegante, capaz, infantil aún
r r a c h o . . . suplícale en n o m b r e d e l v i e j o a m o r , de l a v i e j a y dueño de la misma atrayente personalidad de antes.
a m i s t a d . . . ¡ s u p l í c a l e , ruégale que sea u n héroe generoso Suena el teléfono.
y que salve a l a esposa y a sus h i j o s ! (Ríe, con una suerte
de deleite diabólico e irónico y se dispone a marcharse.) B R O W N . — ( A t e n d i e n d o . ) S í . . . ¿ Q u i é n ? (Esto, con tono
M A R G A R E T . — ( C o n mansedumbre.) ¿ V a s a salir, D i o n ? sorprendido. Luego añade, con ansioso placer.) Hágala
DION.—Sí. pasar i n m e d i a t a m e n t e . (Entra Margaret. Su rostro está
M A R G A R E T . — ¿ Q u i e r e s hacerme el f a v o r de pasar p o r oculto detrás de la máscara de la hermosa matrona joven
la c a r n i c e r í a y de decirles que m e m a n d e n dos l i b r a s de que apenas si es ya una mujer y que adopta una actitud
costillas de c e r d o ? de ingenua inocencia y valerosamente esperanzada frente
DION.—Sí. a las cosas y no le confiesa herida alguna al mundo. Viste
M A R G A R E T . — ¿ Y de detenerte en casa de l a señora como en la escena primera, pero con algunos toques adi-
Y o u n g y de decirles a los niños que v u e l v a n i n m e d i a - cionales de eficaz acicalamiento.)
tamente? M A R G A R E T . — ( A l e g r e m e n t e . ) ¡Hola, Billy B r o w !
DION.—Sí. B R O W N . — ( T u r b a d o en su presencia, le estrecha la
M A R G A R E T . — ¿ V o l v e r á s p a r a l a cena, D i o n ? mano.) E n t r a . S i é n t a t e . Esto es u n a g r a n sorpresa, M a r -
32 EL GRAN D I O S BROWN ACTO PRIMERO 33

garet. (La joven se sienta en el canapé. Brown, en el sillón cho y se vuelve hacia ella, diciendo con generosidad.)
que está detrás del escritorio, como antes.) D i o n h a b r í a sido u n a r q u i t e c t o de p r i m e r a .
M A R G A R E T . — ( M i r a n d o a su alrededor.) ¡ Q u é hermosas M A R G A R E T . — ( O r g u l l o s a m e n t e . ) L o sé. Pudo haber sido
o f i c i n a s ! ¡ C a r a m b a ! ¡Billy B r o w n está i n s t a l a d o a l o l o que se le a n t o j a r a .
grande! B R O W N . — ( D e s p u é s de una pausa, con turbación.) ¿Tra-
B R O W N . — ( C o m p l a c i d o . ) A c a b o de m u d a r m e aquí. M i s baja en algo D i o n , actualmente?
o f i c i n a s anteriores eran demasiado sofocantes. M A R G A R E T . — ( A la defensiva.) ¡ O h , sí! ¡Pinta de u n a
M A R G A R E T . — E s t o parece t a n p r ó s p e r o . . . Pero n o es m a n e r a m a r a v i l l o s a ! Pero parece u n n i ñ o . . . Es tan poco
de e x t r a ñ a r . Y a me h a b í a n d i c h o que B i l l y h a b í a progre- p r á c t i c o . N o se p r e o c u p a de exponer sus trabajos en a l -
sado m u c h o . guna p a r t e . . . o de hacer algo así.
B R O W N . — ( M o d e s t a m e n t e . ) Para serte f r a n c o , te diré B R O W N . — ( S o r p r e n d i d o . ) L a ú n i c a vez que m e encon-
que he t e n i d o suerte, más que n a d a . Las cosas se me h a n tré con él, me d i j o , si m a l n o r e c u e r d o , que h a b í a des-
presentado s i n haber hecho g r a n cosa p o r conseguirlas. t r u i d o todos sus c u a d r o s . . . que estaba cansado de la p i n -
(Con turbado orgullo.) C o n t o d o . . . yo m i s m o he hecho t u r a y la h a b í a a b a n d o n a d o p o r c o m p l e t o .
alguna cosa. (Toma el plano del escritorio.) ¿ V e s esto? M A R G A R E T . — ( R á p i d a m e n t e . ) Es l o que le dice siempre
Es m i p l a n o d e l n u e v o a y u n t a m i e n t o . A c a b a de ser acep- a la gente. ¡Ni s i q u i e r a desea que vean sus obras! ¡ I m a -
t a d o . . . p r o v i s i o n a l m e n t e . . . p o r la j u n t a m u n i c i p a l . . . g í n a t e ! ¡Insiste en que son p é s i m a s , c u a n d o en r e a l i d a d
M A R G A R E T . — ( T o m á n d o l o , con tono vago.) A h . . . ¿ S í ? son m a g n í f i c a s ! Es demasiado modesto para su p r o p i o
b i e n . . . ¿ n o te parece? Pero a d m i t o que no ha p i n t a d o
(Mira el plano distraídamente. Pausa. Luego dice en for-
m u c h o ú l t i m a m e n t e , desde n u e s t r o regreso. ¡ L o s niños
ma repentina.) D i j i s t e días pasados que D i o n solía d i b u -
le r o b a n t a n t o t i e m p o ! ¡ D i o n los a d o r a ! T e m o que se esté
jar muy b i e n . . .
c o n v i r t i e n d o i r r e m e d i a b l m e e n t e en u n padre de f a m i l i a ,
B R O W N . — ( C o n aire algo ceremonioso.) Sí, por cierto t o d o l o c o n t r a r i o de l o que h a b r í a n p o d i d o esperar quie-
que sí. (Toma el plano de manos de Margaret y se siente nes l o c o n o c i e r o n en otros t i e m p o s .
interesado de inmediato y mira el dibujo de soslayo, frun- B R O W N . — ( P e n o s a m e n t e molesto por la lealtad de Mar-
ciendo el ceño.) ¿ C r e e s que le f a l t a algo? garet a Dion y su propio conocimiento de los hechos.)
M A R G A R E T . — ( C o n indiferencia.) E n absoluto. S í , ya l o sé. (Tose con afectación.)
B R O W N . — ( C o n alegre sonrisa.) L a j u n t a quería que esto M A R G A R E T . — ( P i c a d a por algo que adivina en su acti-
fuese algo más n o r t e a m e r i c a n o . D i c e n que se parece de- tud.) Pero supongo que las malas lenguas habrán seguido
masiado a u n a t u m b a g r e c o r r o m a n a c o n v e n c i o n a l . (Ríe.) d i c i e n d o de él las mismas tonterías de siempre. (Con risa
Q u i e r e n que se le a ñ a d a u n t o q u e o r i g i n a l de n o v e d a d forzada.) ¡ P o b r e D i o n ! (Su voz desfallece un poco, con-
m o d e r n a p a r a darle v i d a y d i f e r e n c i a r l o de otros ayunta- tra su voluntad.)
m i e n t o s . (Dejando el plano sobre el escritorio.) Y he es- B R O W N . — ( P r e c i p i t a d a m e n t e . ) Y o n o he oído habla-
tado m e d i t a n d o en la m a n e r a de satisfacerlos, p e r o mis duría a l g u n a . . . salvo en l o r e l a t i v o a cuestiones de d i -
pensamientos n o se o r i e n t a n a l parecer p o r ese c a m i n o . nero.
¿ S e te o c u r r e algo? M A R G A R E T . — ( C o n risa forzada.) ¡ O h ! ¡ Y en eso quizá
M A R G A R E T . — ( C o m o si no lo hubiese oído.) M e dijiste n o les falte r a z ó n ! D i o n es t a n generosamente t o n t o con
que D i o n d i b u j a b a m u y b i e n . . . ¿ v e r d a d ? su d i n e r o , c o m o todos los a r t i s t a s . . .
B R O W N . — ( P r o c u r a n d o disimular su fastidio.) Pues, s í . . . B R O W N . — ( C o n cierta insistencia.) D i c e n que has pe-
D i b u j a b a m u y b i e n . . . y supongo que aún puede h a c e r l o . d i d o u n e m p l e o en la B i b l i o t e c a .
(Pausa. Brown reprime lo que supone un indigno despe- M A R G A R E T . — ( A d o p t a n d o con esfuerzo un tono alegre.)
34 E L GRAN D I O S BROWN
ACTO PRIMERO 35

¡Sí, p o r c i e r t o ! ¿ V e r d a d que será e n t r e t e n i d o ? ¡ Q u i z á s


eso mejore m i s facultades i n t e l e c t u a l e s ! Y u n o de nos- yo hable c o n é l . . . D i o n vendrá a c e n a r . . .
-
(Levantándose.)
otros debe ser p r á c t i c o . . . de m o d o q u e . . . ¿ p o r q u é no D e m o d o q u e . . . ¿ c o n v e n i d o , v e r d a d ? D i o se alegrará
h a b r í a de serlo y o ? (Fuerza una alegre sonrisa de ado- t a n t o de p o d e r a y u d a r l e a u n v i e j o a m i g o . . . ¡es t a n leal
lescente.) y ha sentido siempre tanto afecto p o r B i l l y B r o w n ! (Ten-
B R O W N . — ( L e toma impulsivamente la mano y dice, diéndole la mano.) ¡ A h o r a debo i r m e !
con torpeza.) E s c ú c h a m e , M a r g a r e t . Seamos enteramente B R O W N . — ( L e estrecha la mano.) Adiós, M a r g a r e t . C o n -
s i n c e r o s . . . ¿ q u i e r e s ? Soy t u amigo desde hace tantos fío en que nos visitarás a m e n u d o cuando D i o n trabaje
a ñ o s . . . Y tengo tantos deseos d e . . . T ú sabes que y o ha- aquí.
r í a c u a l q u i e r cosa p o r a y u d a r t e . . . o p o r a y u d a r a D i o n . MARGARET.—Sí. (Sale.)
M A R G A R E T . — ( R e t i r a n d o su mano, con frialdad.) Temo... B R O W N . — ( V u e l v e a sentarse ante su escritorio, sumido
t e m o no c o m p r e n d e r t e , B i l l y B r o w n . en un ensueño melancólico no del todo desagradable.
B R O W N . — ( C o n sumo embarazo.) Te diré... Y o . . . yo Murmura, con admiración, pero compasivamente.) ¡Pobre
sólo quise d e c i r t e . . . que si ustedes n e c e s i t a b a n . . . ya c o m - M a r g a r e t ! ¡ E s u n a m u j e r v a l i e n t e , pero le ha tocado en
p r e n d e r á s . . . (Pausa. Mira con aire de interrogación el suerte u n a v i d a b i e n difícil! (Con indignación.) ¡Vayal
rostro de Margaret, que rehuye su mirada y se aventura ¡ L e e c h a r é u n b u e n sermón a D i o n u n día de éstos!
luego por otro camino, con tono práctico.) Q u i e r o hacerle
una p r o p o s i c i ó n a D i o n . . . s i e m p r e que p u e d a dar c o n él. TELÓN
Se t r a t a de e s t o . . . T e n g o m u c h í s i m o t r a b a j o — u n a racha
de s u e r t e — , p e r o m e f a l t a gente. Necesito c o n u r g e n c i a
a u n jefe de d i b u j a n t e s de p r i m e r o r d e n . . . o, de l o con-
t r a r i o , me e x p o n g o al fracaso. ¿ C r e e s que D i o n t o m a r í a ESCENA I I I
e n cuenta esta o f e r t a . . . c o m o u n expediente p r o v i s o r i o . . .
hasta que se s i n t i e r a de n u e v o c o n ganas de p i n t a r ?
M A R G A R E T . — ( T r a t a n d o de ocultar su ansiedad y ali- Escenario: Sala de recibo de Cybel. A foro, en el cen-
vio, con aire sosegado.) S í . Ustedes f u e r o n siempre t a n tro, una pianola automática que funciona echándole una
buenos a m i g o s . . . Estoy segura de q u e D i o n te ayudará moneda. A su derecha, un sucio sofá dorado, de segunda
con m u c h o g u s t o . mano. A la izquierda, una silla tapizada de felpa carmesí,
B R O W N . — ( C o n desconfianza.) P e n s é que a D i o n po- pelada a trechos. El telón de fondo, que representa la
día molestarle l a idea de t r a b a j a r p a r a . . . q u i e r o decir, pared de foro, es de un empapelado barato, de insípido
c o n m i g o . . . ya q u e ,si él n o le h u b i e r a v e n d i d o su p a r t e color amarillo-pardo, que da la vaga sensación de un cam-
a m i p a d r e , sería a h o r a m i s o c i o . . . (Sinceramente.) y... po en barbecho a principios de la primavera. Hay un des-
¡ c a r a m b a ! . . . o j a l á l o f u e s e . . . (Brusco.) T r a t e m o s de aco- pertador barato sobre la tapa de la pianola. A su lado,
r r a l a r l o ahora m i s m o , M a r g a r e t . ¿ E s t á en casa D i o n , en yace la máscara de Cybel.
este m o m e n t o ? (Tiende la mano hacia el teléfono.) Dion se halla tendido de espaldas sobre el sofá, sumido
M A R G A R E T . — ( C o n precipitación.) N o . . . Salió a dar una en profundo sueño. La máscara está caída sobre su pecho.
larga c a m i n a t a . Su pálido rostro está extrañamente puro, espiritual y triste.
B R O W N . — Q u i z á s yo p u e d a e n c o n t r a r l o , más t a r d e , en La pianola martilla desmañadamente un sentimental
algún s i t i o de l a c i u d a d . p o t p o u r r i de canciones americanas.
M A R G A R E T . — ( C o n acento de súplica.) T e ruego que Cybel está sentada en el taburete ubicado delante de la
n o te molestes. E s t á de m á s . Estoy segura de q u e , c u a n d o pianola. Es una mujer fuerte, tranquila, sensual, rubia, de
unos veinte años, poco más o menos, de tez fresca y sana,
36 EL GRAN D I O S BROWN ACTO PRIMERO 37

de busto arrogante y anchas caderas, de movimientos len- C Y B E L . — ( S e r e n a m e n t e . ) Basta de farsa. Detesto a los
tos y plenos de maciza languidez, como los de un animal, engreídos. (Lo mira como esperando que Dion se quite
y de grandes ojos en que se refleja el hervor de profundos la máscara. Luego le da la espalda con indiferencia y
instintos. Masca chicle, como una vaca sagrada que ha ol- va hacia la pianola.) B u e n o . . . Si estás dispuesto a ser
vidado el tiempo con un fin eterno. Sus ojos están fijos, s i m p l e m e n t e como c u a l q u i e r o t r o de los caballeros que
sin revelar curiosidad, en el pálido rostro de Dion. me v i s i t a n , n o hay i n c o n v e n i e n t e . . . T e n d r é que j u g a r con-
t i g o . (Toma su máscara y se la coloca; luego se vuelve.
C Y B E L . — ( A l terminar la melodía, lanza una rápida mi- La máscara es el semblante pintado y de ojos ennegrecidos
rada al reloj, que señala la medianoche, va lentamente de la prostituta veterana. Y Cybel dice, con voz áspera y
hacia Dion y le pone la mano con dulzura sobre la fren- ronca.) ¡ S í r v a s e revelar sus intenciones deshonestas, si es
te.) ¡ D e s p i é r t a t e ! que las t i e n e ! ¡ N o p u e d o pasarme la noche sentada ha-
D I O N . — ( S e mueve, suspira y murmura entre sueños.) ciéndole c o m p a ñ í a ! ¡ E s c u c h e m o s u n poco de m ú s i c a ! (In-
« Y É l posó sus manos sobre ellos y los c u r ó . » (Con un serta una moneda en la máquina. Vuelve a oírse la misma
sobresalto abre los ojos e, incorporándose a medias, mira melodía sentimental. Ambas máscaras se miran. Cybel ríe.)
a Cybel absorto, con perplejidad.) ¿ Q u é . . . d ó n d e . . . quién ¡ V a m o s ! ¡Estoy p r o n t a ! ¡ T ú juegas, j o v e n S a t a n á s !
eres? (Tiende la mano hacia su máscara y se la pone, con D I O N . — ( S e quita lentamente la máscara. Cybel detiene
gesto defensivo.) la música de un tirón. El rostro de Dion es dulce y triste,
C Y B E L . — ( C o n tono plácido.) Sólo una hembra más. Te y el joven dice, humildemente.) L o siento. ¡ M e h a ator-
e n c o n t r é t e n d i d o sobre m i escalinata, p r o f u n d a m e n t e dor- m e n t a d o t a n t o siempre el sentirme t o c a d o !
m i d o . N o quise c o r r e r el riesgo de que los policías te C Y B E L . — ( Q u i t á n d o s e la máscara, con comprensiva sim-
e n c o n t r a r a n allí y m e c u l p a r a n d e l asunto, de m o d o que patía, mientras se acerca y se sienta sobre su taburete.)
te traje a q u í p a r a que durmieses t u b o r r a c h e r a . ¡ P o b r e m u c h a c h o ! Eso n u n c a me sucedió, pero me l o i m a -
D I O N . — ( Z u m b ó n . ) ¡Benditos sean los piadosos, h e r m a - g i n o . A u n a la a b r a z a n y l a besan y l a sientan sobre las
n a ! N o tengo u n solo c e n t a v o . . . ¡pero te r e c o m p e n s a r á n r o d i l l a s y la p e l l i z c a n y q u i e r e n que u n a se v i s t a y se des-
en el c i e l o ! v i s t a . . . c o m o si fuese u n a e s c l a v a . . . ¡Créeme que y o n u n -
C Y B E L . — ( T r a n q u i l a . ) Y o no derrochaba m i piedad. ca me dejaría t r a t a r así!
¿ P o r qué h a b í a de h a c e r l o ? T ú eres f e l i z . . . ¿ v e r d a d ? D I O N . — ( V o l v i é n d o s e hacia ella.) T a m b i é n tú te has
D I O N . — ( C o n aire de aprobación.) ¡ M a g n í f i c o ! V e o que e x t r a v i a d o en callejones s i n salida. (Súbitamente, le tiende
no hablo con una moralista. la mano.) Pero eres f u e r t e . . . Seamos amigos.
C Y B E L . — ( A l e j á n d o s e . ) Y pareces u n b u e n m u c h a c h o , C Y B E L . — ( C o n extraña severidad, escudriñando su ros-
por l o d e m á s . . . c u a n d o estás d o r m i d o . M i r a . . . Es m e j o r tro.) ¿Y... nada m á s ?
que te vayas a t u casa y te acuestes, o te c e r r a r á n la D I O N . — ( C o n extraña sonrisa.) D i g a m o s . . . ¡nada me-
p u e r t a de l a calle. nos! (Ella le toma la mano. Se oye el timbre de la puerta
D I O N . — ( B u r l ó n . ) ¡ A h o r a se p o n e usted m a t e r n a l , se- de calle. Ambos se miran. Otra vez el timbre.)
ñorita T i e r r a ! ¿ N o hay más respuesta que é s a . . . c l a v a r C Y B E L . — ( S e pone la máscara, Dion hace lo mismo.
m i a l m a en c u a l q u i e r a l m o h a d i l l a desocupada? (Cybel Cybel dice, con tono burlón.) C u a n d o u n a tiene que amar
mira fijamente la máscara de Dion, y su rostro se vuelve p a r a v i v i r , es difícil amar la v i d a . ¡ S e r á m e j o r que yo i n -
duro. Dion ríe.) Pero te ruego que sigas a c a r i c i a n d o m i grese en l a C o n f e d e r a c i ó n N o r t e a m e r i c a n a del T r a b a j o y
d o l o r i d a f r e n t e . ¡ T u m a n o es u n a fresca cataplasma de p r o n u n c i e discursos en f a v o r de l a noche de ocho h o r a s !
b a r r o sobre e l aguijón d e l p e n s a m i e n t o ! ¿ T i e n e s u n n í q u e l , c h i c o ? T o c a u n a c a n c i ó n . (Sale. Dion
38 ACTO PRIMERO 39
EL GRAN D I O S BROWN

pone una moneda en la pianola. Se reinicia la misma me- en t u c a í d a ? . ¡Si l a hubieras oído defenderte, m e n t i r acer-
lodía sentimental. Cybel vuelve, seguida por Billy Brown. ca de t i , h a b l a r m e de l o m u c h o que trabajabas, de las
El rostro de Brown ostenta una rígida circunspección, pero cosas bellas que estabas p i n t a n d o , de la f r e c u e n c i a c o n que
se advierte su altanera repugnancia ante la actitud de Dion. te quedabas en casa y de c ó m o adorabas a los n i ñ o s . . .
Éste detiene la pianola, y él y Brown se contemplan du- c u a n d o t o d o el m u n d o sabe que te pasas las noches f u e r a
rante unos instantes, mientras Cybel los mira. Luego, abu- de casa, embriagándote y jugándote el resto de t u f o r t u -
rrida, la joven bosteza.) É s t e te estaba d a n d o caza. A p a - n a ! (Se detiene avergonzado, dominándose.)
guen las luces c u a n d o se m a r c h e n . M e v o y a d o r m i r . D I O N . — ( C o n tono fatigado.) ¡Margaret m e n t í a acerca
(Cuando va a salir, como si recordara algo, le dice a de su m a r i d o , n o de m í , t o n t o ! Pero n o vale l a pena de
Dion.) L a v i d a n o está m a l , si l a d e j a n seguir su curso. e x p l i c a r l o . (Con repentino y violento apasionamiento.)
(Mecánicamente, le exhibe una sonrisa profesional a ¿ Q u é quieres? Estoy dispuesto a t o d o . . . ¡menos a la h u -
Brown.) ¡ A h o r a que ya sabes el c a m i n o , h e r m o s o , v u e l v e millación de gritarles secretos a los sordos!
a hacerme u n a v i s i t a . (Sale.) B R O W N . — ( C o n rudeza, tratando de adoptar un tono
B R O W N . — ( D e s p u é s de una pausa embarazosa.) ¡Hola, de matasiete.) ¡ T o n t e r í a s ! ¡ N o procures escapar p o r l a
D i o n ! T e he estado b u s c a n d o p o r t o d a la c i u d a d . Este tangente! N o tienes excusa p o s i b l e , y b i e n l o sabes. (Al
s i t i o era l a ú l t i m a p o s i b i l i d a d . . . (Otra pausa, con turba- ver que Dion no responde, dice, con tono contrito.) ¡Pero
b i e n sé que n o debería h a b l a r t e así, D i o n ! ¡Sólo l o he
ción.) V a m o s a d a r u n paseo.
hecho p o r q u e somos viejos a m i g o s . . . y me duele verte
D I O N . — ( B u r l ó n . ) H e r e n u n c i a d o a hacer e j e r c i c i o . D i -
m a l g a s t a n d o así t u v i d a . . . a t i , el más i n t e l i g e n t e de todos
cen q u e p r o l o n g a la v i d a .
nosotros! Pero, q u é d i a b l o s . . . ¡ S u p o n g o que serás dema-
B R O W N . — ( P e r s u a s i v a m e n t e . ) V a m o s , D i o n . S é razona-
siado cínico para creer en l a s i n c e r i d a d de m i s p a l a b r a s !
ble. S u p o n g o que n o p e n s a r á s q u e d a r t e a q u í . . .
D I O N . — ¿ D e m o d o que te gustaría pensar que m e has D I O N . — ( C o n m o v i d o . ) S é que B i l l y f u e siempre el a m i -
sorprendido en flagrante d e l i t o . . . ¿ e h ? go de D i o n A n t h o n y .
B R O W N . — ¡ N o seas e s t ú p i l o ! ¡ E s c ú c h a m e ! T e he estado B R O W N . — P o r c i e r t o que l o s o y . . . ¡y te l o h a b r í a p r o -
buscando p o r razones p u r a m e n t e egoístas. Necesito t u b a d o desde hace m u c h í s i m o t i e m p o si m e h u b i e r a s d a d o
ayuda. la o p o r t u n i d a d de h a c e r l o ! ¡Después de t o d o , yo n o p o -
D I O N . — ( A s o m b r a d o . ) ¿ Q u é dices? día perseguirte c o n t i n u a m e n t e y e x p o n e r m e siempre a tus
B R O W N . — T e n g o que hacerte u n a p r o p o s i c i ó n , y espero desaires! ¡ T o d o s tenemos nuestro a m o r p r o p i o !
que l a a c e p t a r á s dada n u e s t r a v i e j a a m i s t a d . Para serte D I O N . — ( C o n amargo sarcasmo.) ¡Craso error! ¡Nunca
f r a n c o , D i o n , necesito que m e ayudes en la o f i c i n a . más! ¡ N a d a de n a d a ! ¡ E s o es i n m o r a l ! ¡Benditos sean
D I O N . — ( C o n áspera risa.) C o n q u e se t r a t a de u n em- los p o b r e de espíritu, h e r m a n o ! ¿ C u á n d o empiezo a tra-
p l e o . . . ¿ v e r d a d ? ¡ D e m o d o que m i p o b r e esposa te l o h a bajar?
estado p i d i e n d o ! B R O W N . — ( A n s i o s a m e n t e . ) ¿ D e m o d o que aceptas e l . . . ?
B R O W N . — ( D i s g u s t a d o , con aspereza.) ¡Por el contra- ¿ M e ayudarás?
r i o ! ¡ F u i y o q u i e n debió p e d i r l e que te c o n v e n c i e r a ! (Más D I O N . — ( C o n fatigada amargura.) A c e p t o el e m p l e o .
irritado.) ¡ O y e , D i o n ! ¡ N o q u i e r o oírte h a b l a r así de M a r - U n o tiene que hacer algo p a r a m a t a r el t i e m p o , m i e n t r a s
gare!! Y n o l o harías si n o estuvieras b o r r a c h o ! (Sacu- e s p e r a . . . su p r ó x i m a e n c a r n a c i ó n .
diéndolo con brusquedad.) ¿ Q u é d i a b l o s te pasa, a f i n B R O W N . — ( C o n tono festivo.) Creo que es algo t e m -
de cuentas? ¡ A n t e s n o eras a s í ! ¿ Q u é piensas hacer de p r a n o p a r a preocuparse de eso. (Tratando de llevarse a
t u v i d a ? . . . ¿ H u n d i r t e en el a r r o y o y a r r a s t r a r a M a r g a r e t Dion.) V a m o n o s a h o r a . Es bastante t a r d e .
40 EL GRAN D I O S BROWN ACTO PRIMERO •I I

D I O N . — ( D e s e m b a r a z á n d o s e de la mano de Brown apo- ¡ E s t á s b o r r a c h o todavía! ¡ V a m o s ! ¡ E n m a r c h a ! (Agarra


yada en su hombro, se aleja de él y dice, después de a Dion del brazo y apaga la luz.)
una pausa.) ¿ S i g u e allí la silla de m i p a d r e ? D I O N . — ( D e s d e tas tinieblas, burlonamente.) ¡Soy t u
B R O W N . — ( R e h u y é n d o l o turbado.) N o . . . n o l o recuer- oveja desnuda, esquilada y d e s v a l i d a ! ¡ G u í a m e , o h T o d o -
do, a decir v e r d a d , D i o n . M e f i j a r é . poderoso B r o w n , L u z Bondadosa!
D I O N . — ( Q u i t á n d o s e la máscara, lentamente.) M e gus-
taría sentarme d o n d e él a m a s ó l o que y o d e r r o c h é . ¡ Q u é TELÓN
extraños f u i m o s el u n o p a r a el o t r o ! C u a n d o m i padre
yacía m u e r t o , su r o s t r o me p a r e c i ó t a n f a m i l i a r que me
pregunté dónde me h a b í a e n c o n t r a d o antes c o n a q u e l
h o m b r e . Sólo en el instante de m i c o n c e p c i ó n . D e s p u é s ,
nos v o l v i m o s cada vez más hostiles, c o n o c u l t a vergüenza.
¿ Y m i madre? Recuerdo a una muchacha dulce y extraña,
de ojos afectuosos y p e r p l e j o s , c o m o si D i o s la h u b i e r a
encerrado en u n a r m a r i o oscuro sin d a r l e e x p l i c a c i ó n a l -
guna. Y o f u i la ú n i c a m u ñ e c a que n u e s t r o o g r o , su ma-
r i d o , le c o n s i n t i ó , y ella j u g ó a la m a d r e y al niño con-
migo d u r a n t e m u c h o s años en aquella casa, hasta q u e ,
f i n a l m e n t e , entre dos l á g r i m a s , l a miré m o r i r c o n el tímido
o r g u l l o de q u i e n ha alargado su vestido y conservado su
cabello. Y me sentí c o m o u n juguete a b a n d o n a d o , y lloré
para que me e n t e r r a r a n c o n e l l a , p o r q u e sólo sus manos
habían a c a r i c i a d o s i n desgarrar. M i m a d r e vivió m u c h o
y envejeció m u c h o d u r a n t e los dos días que t a r d a r o n en
cerrar su f é r e t r o . C u a n d o la miré p o r ú l t i m a vez, su p u -
reza me había o l v i d a d o , estaba i n m a c u l a d a e imperecedera
y comprendí q u e m i s sollozos eran u l t r a j a n t e s y c a r e c í a n
de sentido p a r a su v i r g i n i d a d . ¡ D e m o d o que volví a re-
plegarme sobre l a v i d a , c o n m i s desnudos n e r v i o s que
saltaban c o m o p u l g a s , y a su d e b i d o t i e m p o o t r a m u c h a -
cha me llamó su c h i c o a la l u z de la l u n a ' y se casó con-
migo y se c o n v i r t i ó en tres madres en u n a sola persona,
mientras yo me e m b a d u r n a b a de p i n t u r a las manos en u n
esfuerzo p o r v e r a D i o s ! (Ríe con risa salvaje, se pone la
máscara.) ¡ P e r o ese V i e j o H u m o r i s t a m e h a b í a dado unos
ojos débiles, de m o d o que a h o r a debo r e n u n c i a r a m i
búsqueda de É l y o c u p a r m e en c a m b i o d e l O m n i p r e s e n t e
y G r a v e Rey d e l É x i t o , el G r a n D i o s B r o w n ! (Le hace
una amplia y burlona reverencia.)
B R O W N . — ( C o n repulsión, pero dominándose.) ¡Cállate!
ACTO SEGUNDO 43

papeles y los. desempeñaron c o n n a t u r a l i d a d . Y todos p u -


ACTO SEGUNDO d i m o s conservar nuestra v e r d a d e r a v i r t u d . . . ¿ e n t i e n d e s ?
(Echa su última carta.) M e h a v u e l t o a salir el s o l i t a r i o .
ESCENA I D I O N . — ( S o n r i e n d o . ) T u suerte es inverosímil. A m í ,
nunca me resulta.
C Y B E L . — A t i te f a l t a poco p a r a acertar, pero la suerte
Escenario: La sala de recibo de Cybel, siete años des- sabe que tú quieres ganar y que y o me c o n f o r m o c o n e l
pués, un atardecer de primavera. La distribución del mo- juego m i s m o . (Distribuye las barajas en otro solitario.)
biliario sigue siendo la misma, pero la silla y el sofá son A p r o p ó s i t o de m i música en c o n s e r v a . . . debo decirte
nuevos, costosos y de alegres colores. La vieja pianola que n u e s t r o señor B r o w n o d i a ese v i e j o c a j ó n . (Al oír
automática del centro parece ser la misma. El despertador mencionar a Brown, Dion tiembla como súbitamente po-
barato sigue sobre la pianola. A ambos lados del desper- seído, libra una tremenda lucha consigo mismo y luego,
tador yacen las máscaras de Dion y de Cybel. La pared mientras Cybel continúa hablando, se levanta como un
de foro ostenta un empapelado brillante y llamativo, en autómata y se pone la máscara. Ésta acusa ahora terribles
que las flores y frutos carmesíes y purpúreos se amonto- estragos. Toda su esencia de Pan se ha trocado en una dia-
nan los unos sobre los otros, en una ausencia de todo bólica crueldad e ironía dignas de Mefistófeles.) N o le
plan aparente que revela profana turbulencia. i m p o r t a l a m ú s i c a que tiene d e n t r o . Eso, de u n m o d o o de
Dion está sentado en la silla de la izquierda; Cybel, o t r o , l o acepta. P e r o el aspecto de este m u e b l e le parece
sobre el sofá. Entre ambos hay una mesa de juego. Los l a m e n t a b l e y se e m p e ñ a en que y o l o t i r e al m o n t ó n de
dos sacan un solitario. Dion ha encanecido prematura- los desechos. C o n t o d o , le he d i c h o que el solo hecho de
mente. Su rostro es el de un asceta, un mártir, socavando m a n t e n e r m e desde hace t a n t o t i e m p o n o l o a u t o r i z a a
por el dolor y la insistencia en atormentarse a sí mismo, d a r m e ó r d e n e s c o m o u n m a r i d o o . . . (Alza los ojos y ve
pero iluminado, con todo, desde dentro, por una rara se- al enmascarado Dion de pie junto a la pianola, y dice
renidad de espíritu y una humana bondad. tranquilamente.) ¡ H o l a ! ¿ V u e l v e s a sentirte celoso?
Cybel ha engordado, volviéndose más voluptuosa, pero D I O N . — ( S a r c á s t i c o . ) ¿ T e estás e n a m o r a n d o de t u guar-
su rostro se conserva fresco y sin arrugas y su serenidad dián, v i e j a V a c a Sagrada?
es más profunda. Se diría un ídolo inmóvil que encarna C Y B E L . — ( S i n darse por ofendida.) ¡ C á l l a t e ! H a c e años
a la Madre Tierra. que m e l o p r e g u n t a s . ¡ S é tú m i s m o ! É l es sano y her-
La pianola lloriquea la misma vieja melodía sentimen- m o s o . . . p e r o demasiado c u l p a b l e . ¿ P o r qué finges creer
tal. Ambos echan sus cartas con atención y calma. La que e l a m o r es t a n i m p o r t a n t e , a f i n de cuentas? S ó l o
música cesa. es u n a de las tantas cosas que debemos hacer p a r a que
la v i d a siga su c u r s o .
C Y B E L . — ( P e n s a t i v a . ) A m o esas viejas y estúpidas me- D I O N . — ( C o n el mismo tono.) ¿ D e m o d o que m e n -
lodías sollozantes. M e a y u d a n a c o m p r e n d e r a l a gente. tiste a l d e c i r m e que me q u e r í a s ? . . . ¿ V e r d a d , V i e j a I n -
Eso es l o que t i e n e n d e n t r o los h o m b r e s . . . l o que los mundicia?
hace amar y m a t a r a sus v e c i n o s . . . ¡unas borracheras CYBEL.—(Afectuosamente.) ¡ S i e m p r e serás u n n i ñ o !
lacrimosas hechas m ú s i c a ! H e m o s sido amigos d u r a n t e siete a ñ o s . . . ¿ v e r d a d ? N u n c a
D I O N . — ( C o m p a s i v a m e n t e . ) T o d a c a n c i ó n es u n h i m n o . hemos d e j a d o de estar p r ó x i m o s . S í . T e q u i e r o . ¡ S e nece-
Los h o m b r e s t r a t a n de d e s c u b r i r el V e r b o d e l P r i n c i p i o . s i t a n m u c h a s clases de a m o r p a r a hacer u n m u n d o ! E l
C Y B E L . — Q u i e r e n saber d e m a s i a d o . Eso los hace débi- n u e s t r o es e l m e j o r de l a v i d a , la v i d a en su p l e n i t u d .
les. Y o n u n c a p r e t e n d í i n t r i g a r l o s . M e limité a darles (Pausa. Zalamera.) N o te ocultes m á s . T e conozco.
una M u j e r z u e l a . E l l o s l a c o m p r e n d i e r o n y a d i v i n a r o n sus
44 EL GRAN D I O S BROWN ACTO SEGUNDO 43

D I O N . — ( Q u i t á n d o s e la máscara, se acerca con laxitud, mos, n o te asustes. Eso se l l e v a en la sangre. C u a n d o lle-


se sienta a los pies de Cybel y posa la cabeza sobre su re- gue la h o r a , verás que es f á c i l .
gazo. Con sonrisa agradecida.) T ú eres f u e r t e . Siempre D I O N . — ( P o n i é n d o s e en pie de un salto y paseándose
das. Le has d a d o a m i d e b i l i d a d fuerzas p a r a v i v i r . con excitación.) N o durará m u c h o . M i m u j e r t r a j o an-
C Y B E L . — ( C o n ternura, alisándole maternalmente el ca- teayer a u n m é d i c o . . . y el m é d i c o d i j o que m i corazón
bello.) T ú no eres d é b i l . Naciste con fantasmas en los está l i q u i d a d o . . . a causa d e l a l c o h o l . . . M e advirtió que
ojos y t u v i s t e el v a l o r de e s c u d r i ñ a r tus p r o p i a s t i n i e b l a s . . . n o debía beber u n a gota m á s . . . (Burlón.) ¿ Q u é te pa-
y te asustaste. (Después de una pausa.) N o te c u l p o p o r rece? ¿ T o m a m o s u n a copa?
celar a veces al señor B r o w n . T e n g o celos de t u esposa, C Y B E L . — ( S e m e j a n t e a un ídolo.) Sírvete. E l w h i s k y
ya que sé m u y b i e n que la amas. está en el b a r g u e ñ o . (Al verlo vacilar.) ¿ P o r qué estás t a n
D I O N . — ( L e n t a m e n t e . ) A m o a M a r g a r e t . N o sé quién n e r v i o s o ? D e l i r a b a s con los planos de n o sé qué ca-
es m i esposa. tedral.. .
C Y B E L . — ( D e s p u é s de una pausa, con extraña risa des- D I O N . — ( C o n salvaje burla.) ¡ H a n sido aceptados! Los
garrada.) ¡ O h , D i o s m í o ! Por m o m e n t o s , la v e r d a d me planos del señor B r o w n , p e r o . . . ¡Mis planos, en r e a l i d a d !
hiere de u n m o d o t a n p u n z a n t e entre los ojos, que me pa- E s t á de más que te l o diga. ¡ B r o w n me entrega, u n o tras
rece c o n t e m p l a r las e s t r e l l a s . . . ¡y entonces siento tanta o t r o , establos m a t e m á t i c a m e n t e correctos, y yo los m e j o r o
p i e d a d de todos ustedes, m a l d i t o s b r i b o n e s , que me gus- añadiéndoles hermosos cebos, p a r a que los tontos ansien
taría salir c o r r i e n d o desnuda a l a calle y amar apasiona- c o m p r a r , v e n d e r , engendrar, d o r m i r , amar, o d i a r , m a l d e -
damente a toda la m u l t i t u d , c o m o si yo le trajese u n a c i r y o r a r entre sus m u r o s ! ¡ L o hago con diabólica astucia,
y ellos sienten p o s i t i v o deleite! ¡ E n otros tiempos soñé
nueva d r o g a que le h i c i e r a o l v i d a r t o d o l o existente para
c o n p i n t a r el v i e n t o sobre el m a r y el rasante v u e l o de las
s i e m p r e ! (Con forzada sonrisa.) Pero ellos n o querrían
sombras de las nubes sobre las copas de los á r b o l e s ! A h o -
v e r m e , s i n d u d a , c o m o n o q u i e r e n verse los unos a los
r a . . . (Ríe.) Pero el o r g u l l o es u n p e c a d o . . . ¡hasta en el
o t r o s . Y , de todos m o d o s , siguen avanzando y m u r i e n d o
recuerdo de quienes h a n m u e r t o hace t i e m p o ! ¡Benditos
sin m i a y u d a .
sean los pobres de espíritu! (Se desploma desfalleciente
D I O N . — ( C o n tristeza.) M e has dado fuerzas p a r a m o r i r . sobre su silla, oprimiéndose el corazón.)
C Y B E L . — T ú quizá seas i m p o r t a n t e , pero t u v i d a n o lo C Y B E L . — ( C o n impasibilidad de ídolo.) V e t e a t u casa
es. A cada segundo nacen m i l l o n e s de v i d a s . L a v i d a suele y d u e r m e . T u esposa debe estar p r e o c u p a d a .
ser t a n poco costosa, que hasta u n a bestia puede p e r m i - D I O N . — E l l a sabe e s t o . . . pero n u n c a se c o n f e s a r á a sí
tírsela. Y n o es sagrada: l o ú n i c o sagrado es el yo que m i s m a que su m a r i d o f r a n q u e ó t u u m b r a l . (Burlón.) ¡Qué
está d e n t r o de nosotros. E l resto, es t i e r r a . leales son las m u j e r e s . . . a su v a n i d a d y demás cositas!
D I O N . — ( S e arrodilla y, con las manos juntas, alza los C Y B E L . — B r o w n n o tardará en llegar. R e c u é r d a l o .
ojos en éxtasis y reza con ascético fervor.) « E n tus m a n o s , D I O N . — T a m b i é n él l o sabe y n o se aviene a recono-
o h , S e ñ o r . . . » (Súbitamente, con una mirada de horror.) c e r l o . Puede ser que me necesite a q u í . . . i g n o r á n d o l o . . .
¡ N a d a ! ¡ S e n t i r que nuestra v i d a se apaga c o m o la l l a m a ¿ S a b e s p o r qué se despertó, más que nada, su ansia de
de u n f ó s f o r o b a r a t o ! . . . (Se pone la máscara y ríe con poseerte exclusivamente? J o r q u e sabía que me amabas y
aspereza.) ¡ D o r m i r n o s y saber que n u n c a , n u n c a , v o l v e - se sentía d e f r a u d a d o . ¡ Q u e r í a arrebatarme l o que suponía
rán a l l a m a r n o s p a r a d e s e m p e ñ a r el o f i c i o de v i v i r ! « ¡ Q u e m i a m o r a la carne! B r o w n cree que n o tengo derecho a
sea veloz t u v u e l o , cada vez m á s p r ó x i m o ! ¡ V e n p r o n t o . . . a m a r . L e gustaría r o b á r m e l o c o m o me r o b a mis i d e a s . . .
p r o n t o ! » (Cita estas últimas palabras con burlón anhelo.) c o n a m a b i l i d a d . . . austeramente. ¡ O h , el b u e n B r o w n !
C Y B E L . — ( A c a r i c i a n d o maternalmente su cabeza.) Va- C Y B E L . — ¡ P e r o tú l o quieres, c o n t o d o eso! Creo que
46 EL GRAN D I O S BROWN
ACTO SEGUNDO 47

ustedes son h e r m a n o s , en c i e r t o m o d o . Y acuérdate de


que él l o está p a g a n d o , de que l o p a g a r á . . . de alguna tiempo de ponérsela.) ¿ N o es D i o n el que acaba de s a l i r . . .
manera. después de todas tus promesas de n o v o l v e r a v e r l o ? (Cy-
D I O N . — ( A l z a la cabeza, como disponiéndose a qui- bel se vuelve con la impasibilidad de un ídolo, ocultando
tarse la máscara.) L o sé. ¡ P o b r e B i l l y ! ¡ D i o s me p e r d o n e la máscara a sus espaldas. Él la mira, absorto y perplejo,
el m a l que le he h e c h o ! y balbucea.) Y o . . . Discúlpeme... Creí...
C Y B E L . — ( L e toma la mano.) ¡Pobre muchacho! C Y B E L . — ( C o n voz extraña.) C y b e l h a salido p a r a h u n -
D I O N . — ( S e la oprime convulsivamente, y luego dice dirse en l a t i e r r a y o r a r .
con forzada aspereza.) Bueno... ¡ D e regreso, soldado B R O W N . — ( C o n más aplomo.) P e r o . . . ¿ n o es ésa su
c r i s t i a n o ! ¡ M e v o y ! ¡ H a s t a p r o n t o , M a d r e T i e r r a ! (Se dis- ropa?
pone a marcharse por derecha. Ella parece dispuesta a C Y B E L . — C y b e l n o quiere que l a gente me vea desnuda.
dejarlo ir.) Soy su h e r m a n a . D i o n v i n o a v e r m e a m í .
C Y B E L . — ( B r u s c a m e n t e se sobresalta y llama, con hon- B R O W N . — ( C o n alivio.) D e m o d o que D i o n anda en
da pena.) ¡ D i o n ! (Éste la mira. Pausa. Dion vuelve len- é s a s . . . ¿ e h ? (Con suspiro compasivo.) ¡Pobre Margaret!
tamente. Cybel habla de un modo extraño, con voz grave, (Con juguetón reproche.) F r a n c a m e n t e , usted n o debería
lejana... y, con todo, como una madre que le estuviera e s t i m u l a r l o . Es casado y tiene tres h i j o s mayores.
hablando a su hijito.) N o debes o l v i d a r t e de besarme antes C Y B E L . — ¿ Y usted n o los tiene?
de i r t e , D i o n . (Le quita su máscara.) ¿ N o te he d i c h o B R O W N . — ( P i c a d o . ) N o . N o soy casado.
acaso que te q u i t e s la m á s c a r a en m i casa? M í r a m e , D i o n . C Y B E L . — D i o n y y o somos amigos.
Yo... a c a b o . . . de v e r . . . algo. T e n g o m i e d o de que te B R O W N . — ( C o n guiño travieso.) Sí. ¡Me imagino cómo
marches p o r m u c h o , m u c h í s i m o t i e m p o . D e m o d o que debe seducir el a m o r p l a t ó n i c o al a l m a p u r a e inocente
esto será u n a despedida, q u e r i d o . (Lo besa con dulzura. de D i o n ! Es inútil que p r e t e n d a usted engañarme tratán-
Dion comienza a sollozar. Cybel le devuelve su máscara.) dose de é l . Somos amigos desde l a i n f a n c i a . L o conozco
Y a está. N o sufras. R e c u e r d a que t o d o esto es u n juego y a f o n d o . L o he d e f e n d i d o siempre, sea c u a l fuere su m o d o
q u e , c u a n d o te hayas d o r m i d o , te v o y a a r r o p a r . de o b r a r . . . de m o d o que puede usted expresarse c o n ab-
D I O N . — ( E n sofocado grito, lleno de congoja.) ¡Ma- soluta f r a n q u e z a . S ó l o he h a b l a d o así pensando en M a r -
d r e ! (Luego se pone la máscara con un terrible esfuerzo g a r e t . . . su esposa. Eso será m u y d u r o p a r a ella.
de voluntad, y dice, con tono burlón.) ¡Vete al diablo, C Y B E L . * — U s t e d ama a l a esposa de D i o n .
v i e j a m a r r a n a s e n t i m e n t a l ! ¡ N o s veremos m a ñ a n a ! (Sale B R O W N . — ( E s c a n d a l i z a d o . ) ¿ Q u é ? ¿ Q u é dice? (Con
silbando y dando un portazo.) tono vacilante.) ¡ N o sea t o n t a ! (Pausa. Como impelido
C Y B E L . — ( N u e v a m e n t e impasible como un ídolo.) ¿De por una intensa curiosidad.) D e m o d o que D i o n es su
qué sirve a l u m b r a r h i j o s ? ¿ D e q u é sirve dar n a c i m i e n t o a m a n t e . . . ¿ e h ? Eso me parece m u y interesante. (Acer-
a l a m u e r t e ? (Suspira cansada, se vuelve y pone una mo- cando su silla a Cybel.) S i é n t e s e . H a b l e m o s . (Ella per-
neda en la pianola, que reanuda su vieja melodía senti- manece de pie, con la máscara a la espalda.) Dígame...
mental. En el mismo momento, Brown entra silenciosa- Eso m e h a i n s p i r a d o siempre c u r i o s i d a d . . . ¿ P o r q u é re-
mente por izquierda. Es el prototipo del norteamericano sulta D i o n t a n atrayente p a r a las m u j e r e s . . . especialmente
juvenil, cuidado, bien parecido y triunfador de cuarenta p a r a c i e r t o t i p o de mujeres, con perdón de usted? Siempre
anos. En este momento, está evidentemente turbado. No e j e r c i ó esa f a s c i n a c i ó n y , c o n t o d o , n u n c a p u d e d e s c u b r i r
puede ver el rostro de Cybel ni su máscara.) exactamente q u é veían en él. ¿ S e r á p o r q u e es g u a p o . . .
BROWN.—¡Cybel! (Ella se sobresalta, interrumpe la o t a n v i o l e n t a m e n t e s e n s u a l . . . o p o r q u e alardea de artista
música y tiende la mano hacia su máscara, pero no tiene y h o m b r e t e m p e r a m e n t a l . . . o p o r q u e es t a n d e s b o c a d o . . .
o por qué?
48 E L GRAN D I O S BROWN ACTO SEGUNDO 49

C Y B E L . — ¡ P o r q u e está v i v o ! Dion está sentado sobre el taburete, detrás de la mesa,


B R O W N . — ( T o m á n d o l e súbitamente una de las manos leyéndole en voz alta un pasaje de la I m i t a c i ó n de C r i s t o
y besándosela, insinuante.) ¿ N o le parece que t a m b i é n y o de Tomás Kempis a su máscara, colocada sobre la mesa
estoy v i v o ? (Con vehemencia.) Escuche. ¿ Q u é le parece ante él. Su rostro está más dulce, más espiritual, más pleno
si usted a b a n d o n a r a a D i o n . . . y me p e r m i t i e r a m a n t e - de santidad y ascetismo que nunca.
n e r l a , en condiciones análogas a las que he c o n v e n i d o c o n
C y b e l ? Usted"* me g u s t a . . . ya l o ve. N o la m o l e s t a r é D I O N . — ( C o m o un sacerdote que rezara misas por los
m u c h o . . . Estoy demasiado o c u p a d o . . . usted podrá hacer moribundos.) « P r o n t o tendrás que i r t e de aquí, m i r a pues
lo que q u i e r a . . . seguir h a c i e n d o su v i d a . . . T o d o , menos m u y b i e n l o que haces. ¡Ah, t o n t o ! . . . ¡Aprende ahora a
ver a D i o n . (Se interrumpe. Pausa. Cybel mira el vacío, m o r i r p a r a el m u n d o , a f i n de p o d e r empezar a v i v i r c o n
imperturbable, como si no lo hubiese oído. Brown suplica.) C r i s t o ! H a z a h o r a , a m a d o , haz ahora t o d o lo que puedas,
Y b i e n . . . ¿ q u é me contesta? ¡ L e ruego que me conteste! p o r q u e n o sabes c u á n d o morirás n i t a m p o c o qué te sucede-
C Y B E L . — ( C o n voz muy fatigada.) C y b e l le dejó reca- rá después de l a m u e r t e . ¡Pórtate sobre la t i e r r a c o m o u n
do. D i j o que l a semana p r ó x i m a , señor B r o w n . p e r e g r i n o , c o m o u n forastero a q u i e n le son ajenos los
B R O W N . — ( C o n extraña congoja.) ¿ D e m o d o que n o asuntos de este m u n d o ! Conserva t u corazón l i b r e y eleva-
q u i e r e ? ¡ N o sea c r u e l ! ¡ L a a m o ! (Ella se aleja. Él insiste, do hacia D i o s , p o r q u e aquí n o tienes m o r a d a d u r a d e r a .
con tono de súplica.) A l m e n o s . . . ¡le daré l o que m e ' ¡ P o r q u e n o sabes a qué h o r a vendrá el H i j o del H o m -
p i d a ! . . . p r o m é t a m e p o r f a v o r que n o volverá a ver a b r e ! ' . » ¡ A m é n ! (Alza la mano sobre la máscara como si
Dion Anthony. la bendijera, cierra el libro y se lo vuelve a poner en el
C Y B E L . — ( C o n honda pena.) D i o n n o volverá a v e r m e , bolsillo. Alza la máscara en las manos y la contempla con
se l o p r o m e t o . ¡ A d i ó s ! piadosa ternura.) Paz, p o b r e a t o r m e n t a d a , v a l i e n t e y la-
B R O W N . — ( G o z o s o , besándole la mano cortésmente.) m e n t a b l e o r g u l l o d e l h o m b r e . ¡ L a h o r a de nuestra l i b e r a -
¡ G r a c i a s ! ¡ G r a c i a s ! ¡ L e estoy a g r a d e c i d í s i m o ! (Con di- ción se acerca! ¡ M a ñ a n a quizás estemos con É l en el pa-
plomacia.) N o volveré a m o l e s t a r l a . L e ruego que per- r a í s o ! (Besa la máscara en los labios y la deja en su lugar.
done m i intrusión y le dé recuerdos míos a C y b e l c u a n d o Se oye un rumor de pisadas ascendentes en la escalera del
le escriba. (Se inclina y sale por izquierda.) vestíbulo. Dion se apodera de la máscara con un repentino
pánico, y, al oírse un golpe en la puerta, se la pone y
TELÓN grita, con acento de burla.) ¡ A d e l a n t e , señora de A n t h o n y !
¡ A d e l a n t e ! (Entra Margaret. En una de sus manos, disimu-
lada a la espalda, está la máscara del valeroso rostro que
ostenta ante el mundo para ocultar sus sufrimientos y su
E S C E N A II desilusión, y que acaba de quitarse. Su rostro sigue siendo
dulce y bello, pero muy arrugado, contraído y cavado por
las preocupaciones para sus años, triste y resignado, pero
Escenario: Sala de dibujo de la oficina de Brown. La algo lastimero.)
mesa de dibujo de Dion, con un alto taburete delante, en M A R G A R E T . — ( C o n fatigado reproche.) ¡ M e n o s m a l que
el centro. Otro taburete a su izquierda. A la derecha, un te he e n c o n t r a d o ! ¿ P o r qué n o vienes a casa desde hace
banco. Anochecer del mismo día. El telón de fondo, ne- dos d í a s ? ¡Bastante s u f r i m o s ya al verte beber de n u e v o ,
gro, tiene pintadas ventanas con un vago panorama de p a r a que nos inquietes c o n t a n largas ausencias!
casas negras e iluminadas por las luces callejeras del otro D I O N . — ( C o n amargura.) M i s oídos r e c o n o c i e r o n sus
lado de la calle. pasos. U n o llega a reconocerlo t o d o . . . ¡y a n o ver n a d a !
ACTO SEGUNDO 51
50 EL GRAN D I O S BROWN

m u j e r . . . a m o r m í o . . . c o n t r a q u i e n he pecado en m i
M A R G A R E T . — F i n a l m e n t e , m a n d é los niños en t u bus-
c r u e l d a d y en m i e n f e r m i z o o r g u l l o ! ¡ P e r d o n a m i s peca-
ca y f u i y o m i s m a . (Con aire fatigado y solícito.) Supongo
dos... perdona m i soledad... perdona m i enfermedad!...
que n o h a b r á s c o m i d o l o más m í n i m o , c o m o de costum-
¡ P e r d ó n a m e ! (Se arrodilla y besa el borde del vestido de
b r e . ¿ N o quieres v e n i r a casa y que y o te fría u n a buena
Margaret.)
costilla?
M A R G A R E T . — ( Q u e ha estado contemplándolo con te-
D I O N . — ( C o n tono de duda.) ¿ P u e d e amar aún M a r -
rror, alzando su propia máscara para proteger su rostro.)
garet a D i o n A n t h o n y ? ¿ S e r á p o s i b l e ?
M A R G A R E T . — ( F o r z a n d o una cansada sonrisa.) Supongo ¡ D i o n ! ¡ N o hagas eso! ¡ N o p u e d o s o p o r t a r l o ! ¡ P a r e c e s
que sí, D i o n . P e r o n o debería h a c e r l o . . . ¿ v e r d a d ? u n fantasma! ¡Estás m u e r t o ! ¡ O h , Dios mío! ¡Socorro!
D I O N . — ( C o n el mismo tono.) ¡ Y y o , amo a M a r g a r e t ! ¡ S o c o r r o ! (Cae desvanecida sobre el banco. Dion la mira,
¡ Q u é a l u c i n a d o s y alucinantes espectros somos! ¡ R e c o r d a - toma la mano de Margaret que agarra la máscara, mira
mos vagamente tantas cosas que t a r d a r í a m o s m u c h o s m i - su rostro y dice con dulzura.) ¡ Y a h o r a , tengo derecho a
llones de años en o l v i d a r ! (Se adelanta, rodeando con el c o m p r e n d e r t e y a amarte t a m b i é n ! (Besa primero la más-
brazo los inclinados hombros de Margaret y se besan.) cara y luego el rostro de Margaret, murmurando:) ¡ Y a
MARGARET.—(Acariciándole afectuosamente la mano.) t i , q u e r i d a ! ¡ B e n d i t o s , tres veces b e n d i t o s sean los m a n -
N o . P o r c i e r t o q u e n o te l o mereces. ¡ C u a n d o pienso en sos! (Se oyen pesados y presurosos pasos en la escalera.
t o d o l o que me has hecho s u f r i r desde que nos radicamos Don se pone precipitadamente la máscara. Sus tres hijos
a q u í ! . . . ¡ V e r d a d e r a m e n t e , creo que y o n o h a b r í a p o d i d o , irrumpen en la habitación. El mayor tiene unos catorce
a g u a n t a r l o , de n o ser p o r los n i ñ o s ! (Con sonrisa forzada.) años, los otros trece y doce. Tienen el aspecto de mucha-
Pero quizás sí, después de t o d o . . . ¡ S i e m p r e he sido t a n chos sanos, normales, simpáticos, recordando no poco al
t o n t a t r a t á n d o s e de t i ! Billy Brown del prólogo. Se detienen bruscamente en rí-
D I O N . — ( A l g o burlón.) ¡ L o s n i ñ o s ! ¡ T r e s robustos h i j o s ! gida fila, paseando la mirada de la mujer del banco a su
¡ M a r g a r e t p u e d e p e r m i t i r s e el l u j o de ser m a g n á n i m a ! padre, con aire acusador.)
M A R G A R E T . — S i n o te e n c u e n t r a n , vendrán aquí a bus- EL MAYOR.—Hemos oído g r i t a r a a l g u i e n . P a r e c í a
carme. mamá.
D I O N . — ( C o n repentino desvarío, torturado, dejándose D I O N . — ( A la defensiva.) N o . E r a esta s e ñ o r a . . . M i
caer de rodillas junto a ella.) ¡ M a r g a r e t ! ¡ M a r g a r e t ! ¡ M e esposa.
siento s o l i t a r i o ! ¡ T e n g o m i e d o ! ¡ M e v o y ! ¡ T e n g o que de- E L M A Y O R . — P e r o . . . ¿ n o h a v e n i d o todavía m a m á ?
cirte a d i ó s ! D I O N . — ( Y e n d o hacia Margaret.) S í . A q u í está. (Se in-
M A R G A R E T . — ( A c a r i c i á n d o l e el cabello.) ¡Pobre mucha- terpone entre ellos y su mujer y coloca la máscara sobre
c h o ! ¡ P o b r e D i o n ! V e n a casa y d u e r m e . el rostro de Margaret. Luego, retrocede.) Se ha desvane-
D I O N . — ( L e v a n t á n d o s e de un salto, frenéticamente.) c i d o . M á s v a l e que l a r e a n i m e n .
¡ N o ! ¡ S o y u n h o m b r e ! ¡Un h o m b r e s o l i t a r i o ! ¡ N o p u e d o
L o s N I Ñ O S . — ¡ M a m á ! (Se abalanzan hacia ella, se arro-
r e t r o c e d e r ! ¡ M e he e n g e n d r a d o a m í m i s m o ! (Con deses-
dillan y le frotan las muñecas. El mayor le alisa el cabello.)
perada burla.) ¡ M í r a m e , señora de A n t h o n y ! ¡ É s t a es t u
D I O N . — ( C o n t e m p l á n d o l o s . ) A l menos, la dejo b i e n
última o p o r t u n i d a d ! ¡ M a ñ a n a m e h a b r é t r a s l a d a d o a l o t r o
a t e n d i d a . (A los niños.) D í g a n l e a su m a m á que r e c i b i r á
i n f i e r n o ! Contempla, a t u h o m b r e . . . ¡al esclavo c r i s t i a n o
n o t i c i a s desde la casa d e l señor B r o w n . D e b o hacerle u n a
negador de la v i d a , r a s t r e r o y l l o r ó n , a q u i e n has igno-
v i s i t a de despedida. M e v o y . A d i ó s . (Los niños interrum-
r a d o c o n t a n t a n o b l e z a en el p a d r e de tus h i j o s ! ¡ M i r a !
pen su tarea y lo miran fijamente, con ojos en que se mez-
(Se arranca la mascara del rostro, que irradia un grande
clan la perplejidad, la desconfianza y el dolor.)
y puro amor por ella y una gran simpatía y ternura.) ¡Oh,
52 EL GRAN DIOS BROWN ACTO SEGUNDO 53

E L M A Y O R . — ( C o n torpeza y turbación.) Francamente, carado revela una tremenda tensión, que se diría mortal,
creo que deberías... su burlona ironía es de tan cruel malignidad que le da
E L S E G U N D O . — S í . Francamente. Deberías... la apariencia de un verdadero demonio, atormentado por
E L T E R C E R O . — S í . Francamente... el ansia de atormentar a los demás.) Siéntate.
D I O N . — { C o n tono cordial). L o sé. Pero no me sería D I O N . — ( D e pie, canta.) ¡El alma de Willíam Brown
posible. Son ustedes los que pueden hacerlo. Son ustedes yace hecha polvo en el arcón, pero su cuerpo sigue an-
los que deben heredar el mundo para ella. No lo olviden, dando!
muchachos. Adiós. B R O W N . — ( C o n s e r v a n d o el mismo tono indulgente, de
L o s N I Ñ O S . — ( C o n el mismo tono afectado, torpe, el hermano mayor, que procura mantener durante todo el
uno tras del otro.) Adiós... Adiós... Adiós... (Dion sale.) transcurso de la escena.) ¡No hables tan fuerte, por favor!
A mí no me i m p o r t a . . . pero tengo vecinos.
TELÓN D I O N . — ¡ A b o r r é c e l o s ! ¡Teme a tu vecino como a t i
mismo! Ésa es la regla magna para los sanos y cuerdos.
(Avanza hacia la mesa con una suerte de implacable
calma.) ¡Escúchame! Cierto día, cuando yo contaba cua-
ESCENA I I I tro años de edad, un niño se me acercó furtivamente por
detrás, cuando yo estaba dibujando en la arena u n cuadro
que él era incapaz de dibujar, y me golpeó la cabeza con
Escenario: La biblioteca de la casa de Brown, esa noche. un palo y borró m i cuadro con el pie y se echó a reír mien-
Un telón de fondo de cultura burguesa, próspera y cui- tras yo lloraba. ¡No fue su acto lo que me hizo llorar,
dadosamente pintada, estantes llenos de colecciones de li- sino él! ¡Yo lo había amado y confiado en él, y súbita-
bros, etcétera. La pesada mesa del centro es costosa. La mente el buen Dios se veía censurado en su persona y
butaca de cuero de la izquierda y el canapé de la derecha nacían el mal y la injusticia del Hombre! Todos me lla-
son de un opulento confort. La lámpara de mesa para leer maron el niño llorón, de modo que me volví taciturno para
es la única luz. toda la vida y me forjé una máscara, la máscara de Pan,
Brown está sentado en el sillón, a la izquierda, leyendo el Niño Perverso, para agazaparme y vivir detrás de ella
un periódico de arquitectura. Su expresión es sosegada y y rebelarme contra el Dios de ese niño y protegerme de
de grave receptividad. El perfil de su rostro recuerda a un Su crueldad. ¡ Y el otro niño se sintió avergonzado en
cónsul romano grabado en una moneda antigua. Ostenta secreto, pero no quiso reconocerlo, de modo que se trans-
una incongruente peculiaridad, una fe ciega en la finalidad formó desde entonces instintivamente en el niño bueno,
de su destino. en el buen amigo, en el buen hombre, en W i l l i a m B r o w n !
Un repentino y sordo golpe en la puerta de calle y se B R O W N . — ( C o n f u s o . ) Lo recuerdo. Fue una jugada fea
oye sonar el timbre. Brown frunce el ceño y escucha al que te hice. (Con un dejo de resentimiento.) Siéntate. Ya
criado, que atiende. Se oye la voz de Dion, que eleva el sabes dónde tengo el whisky. Bebe un trago, si quieres.
tono con acento burlón. Pero me parece que ya has bebido bastante.
D I O N . — ( L o mira, fijamente por un instante y dice lue-
D I O N . — D í g a l e que ha venido el diablo a cerrar u n go, con voz extraña.) Gracias le sean dadas a Brown por
trato. recordármelo. Necesito beber. (Se levanta y saca una bo-
B R O W N . — ( R e p r i m i e n d o su fastidio, llama, con forzado tella de whisky y un vaso.)
buen humor.) Adelante, D i o n . (Dion entra. Su estado es B R O W N . — ( E n c o g i é n d o s e de hombros, con aire jovial.)
espantoso. Sus ropas están en desorden, su rostro enmas- Como quieras. Son tus funerales.
l'I EL GRAN D I O S BROWN
ACTO SEGUNDO 55

DION. (Volviendo y echando una buena cantidad de


whisky en la coctelera.) ¡ Y los de W i l l i a m B r o w n ! ¡Cuan- p r o c e s i ó n , demasiado g o r d o ya p a r a aprender a c a m i n a r
do yo m u e r a , B r o w n irá a l i n f i e r n o ! ¡ S a l u d ! (Bebe y lo y con m u c h o m á s m o t i v o p a r a b a i l a r o c o r r e r , y j a m á s
mira con malignidad. Brown, contra su voluntad, expe- vivirá hasta que su p o l v o l i b e r a d o v u e l v a presurosamente
rimenta cierto malestar. Pausa.) a la t i e r r a !
B R O W N . — ( C o n forzada negligencia.) H a c e u n a semana B R O W N . — ( C o n aspereza.) ¡Sigue d e s v a r i a n d o ! (Con
que estás así, de p a r r a n d a . forzada bonhomía.) L o c i e r t o , D i o n , es que de todos
D I O N . — ( I n s u l t a n t e . ) H e estado festejando la aceptación m o d o s me siento satisfecho.
de m i p l a n o p a r a l a c a t e d r a l . D I O N . — ( C o n presteza y malignidad.) ¡No! ¡Brown no
B R O W N . — ( J o v i a l m e n t e . ) L a v e r d a d es que me has ayu- está satisfecho! ¡ S e h a revestido de capas de grasa p r o -
dado m u c h o en el a s u n t o . tectora, p e r o , vagamente, en la i n t i m i d a d de su c o r a z ó n ,
D I O N . — ( C o n áspera risa.) ¡ O h , p e r f e c t o B r o w n ! ¡No siente l o q u e roe u n a d u d a ! ¡ Y a m í me interesa ese
te p r e o c u p e s ! ¡ H a r é que B r o w n se m i r e aún en m i espe- g e r m e n que se retuerce c o m o u n a i n t e r r o g a n t e de desa-
j o . . . y se ahogue en é l ! (Se sirve otro abundante vaso.) sosiego en su sangre, p o r q u e f o r m a parte de l a v i d a crea-
B R O W N . - — ( C o n tono algo insultante.) Cuidado. N o d o r a que B r o w n m e h a r o b a d o !
q u i e r o tener t u c a d á v e r en m i s m a n o s . B R O W N . — ( F o r z a n d o una agria sonrisa.) ¿ R o b a r gér-
D I O N . — P e r o y o sí. (Bebe.). B r o w n me necesita a ú n . . . menes? C r e í que eras tú q u i e n los h a b í a a t r a p a d o .
¡para convencerse de que está v i v o ! ¡ Y o he a m a d o , c o d i - D I O N . — ( C o m o si no lo hubiese oído.) Son m í o s . . .
c i a d o , g a n a d o y p e r d i d o , cantado y l l o r a d o ! ¡ H e sido ¡ Y q u i s i e r a verlos p r o s p e r a r y m u l t i p l i c a r s e y c o n v e r t i r s e
u n amante de l a v i d a ! H e satisfecho sus deseos, y si ella en m u l t i t u d e s y comer, hasta d e v o r a r a B r o w n !
l i q u i d a a h o r a sus cuentas c o n m i g o es sólo p o r q u e he B R O W N . — ( S i n poder reprimir un escalofrío.) ¿Sabes
sido demasiado débil p a r a d o m i n a r l a a m i vez. N o basta q u e , en ocasiones, c u a n d o estás b o r r a c h o , eres p o s i t i v a -
con ser h e c h u r a suya. U n o tiene q u e crearla o la v i d a le mente maligno?
exige a u n o que se destruya a sí m i s m o . D I O N . — ( S o m b r í o . ) C u a n d o a P a n le p r o h i b i e r o n l a
B R O W N . — ( J o v i a l . ) T o n t e r í a s . V e t e a casa y d u e r m e l u z y el s o l , se volvió sensible y afectado y o r g u l l o s o y
un rato. v e n g a t i v o . . . y f u e el p r í n c i p e de las T i n i e b l a s .
D I O N . — ( C o m o si no lo hubiese oído, con todo mor- B R O W N . — ( F e s t i v o . ) E l p a p e l de Pan n o te sienta, D i o n ,
daz.) ¡ P e r o n o ser n i l a h e c h u r a n i e l creador! ¡Existir ante M e parece más b i e n q u e h a b l a Baco, alias el D e m o n i o
la i n d i f e r e n c i a de l a v i d a ! ¡ N o ser a m a d o p o r e l l a ! (Brown d e l R o n . (Dion se recobra con un sobresalto y mira fija-
da señales de desasosiego.) ¡Ser simplemente u n monstruo mente a Brown, con terrible odio. Pausa. Contra su vo-
t r i u n f a n t e , el f r u t o de a l g u n a v i l neutralización de las luntad, Brown se retuerce y adopta un tono conciliador.)
fuerzas v i t a l e s , u n cacto s i n espinas, u n j a b a l í salvaje de V e t e a casa. P ó r t a t e b i e n . N o me parece m a l que festejes
las m o n t a ñ a s c o n v e r t i d o en u n c e r d o de m a t a d e r o que la a c e p t a c i ó n de nuestro p l a n o , p e r o . . .
come p a r a ser c o m i d o , u n D o n Juan v u e l t o r o m á n t i c o p o r D I O N . — ( C o n voz inflexible.) ¡ Y o f u i el c e r e b r o ! ¡ F u i
las g l á n d u l a s de u n m o n o . . . y que l a V i d a n o te considere el p l a n o m i s m o ! ¡ D i b u j é hasta su é x i t o . . . b o r r a c h o y
s i q u i e r a l o bastante d i v e r t i d o p a r a v e r t e ! riéndome de é l . . . riéndome de su c a r r e r a ! ¡ O r g u l l o s o ,
B R O W N . — ( H e r i d o , con irritación.) ¡Pamplinas! n o ! ¡ C a n s a d o ! ¡ C a n s a d o de m í m i s m o y de é l ! ¡ D i b u -
D I O N . — T o m e m o s e l caso d e l s e ñ o r B r o w . Sus padres j a n d o y e m b r i a g á n d o m e ! ¡Protegiendo a m i m u j e r y a
l o t r a j e r o n a l m u n d o c o m o si l o a n o t a r a n desde ya en u n m i s h i j o s ! (Ríe.) ¡ J a , j a ! ¡ Y esa c a t e d r a l , es m i o b r a
c o n c u r s o i n f a n t i l c o n p r e m i o s p a r a los más g o r d o s . . . ¡y maestra! H a r á de B r o w n el a r q u i t e c t o más e m i n e n t e de
el señor B r o w n sigue paseando e n su cochecito en l a este estado d e l P a í s de D i o s . H e puesto m u c h o en esa
o b r a . . . ¡todo l o q u e restaba de m i v i d a ! Esa c a t e d r a l es
ACTO SEGUNDO 57
56 EL GRAN D I O S BROWN

una b l a s f e m i a v i v a desde l a acera hasta las p u n t a s de sus D I O N . — M i s niños sienten afecto p o r B r o w n , t a m -


agujas, p e r o u n a b l a s f e m i a t a n o c u l t a , que los tontos ja- b i é n . . . l o q u i e r e n como a u n a m i g o . . . a u n i g u a l . . . c o m o
más l o s a b r á n . ¡ S e h i n c a r á n de r o d i l l a s y a d o r a r á n a l lo ha q u e r i d o siempre M a r g a r e t . . .
irónico S i l e n o , q u e les dice que el b i e n más g r a n d e es B R O W N . — ( C o n voz desgarrada.) ¡ Y como l a he que-
n o haber n a c i d o ! (Ríe triunfalmente.) B u e n o . . . L a blas- r i d o yo a e l l a !
f e m i a es f e . . . ¿ v e r d a d ? ¡ E l d i a b l o debe creer en defensa D I O N . — ¡ C u á n t o s m i l l o n e s de veces pensó B r o w n que
p r o p i a ! ¡ P e r o e l s e ñ o r B r o w n , el G r a n B r o w n , n o tiene M a r g a r e t l o h a b r í a pasado m u c h o m e j o r de h a b e r l o ele-
f e ! ¡ N o podría c o n s t r u i r u n a c a t e d r a l s i n que ésta pare- g i d o a él!
ciese el P r i m e r B a n c o S o b r e n a t u r a l ! ¡ B r o w n sólo cree B R O W N . — ( A t o r m e n t a d o . ) ¡ M i e n t e s ! (Con brusco y fre-
en l a i n m o r t a l i d a d del v i e n t r e m o r a l ! (Ríe desenfrenada- nético desafío.) Perfectamente. ¡ Y a que me obligas, l o
mente, luego se deja caer en su sillón, la voz entrecortada, diré! ¡ S í ! ¡ A m o a M a r g a r e t ! ¡ L a he amado siempre y
oprimiéndose el corazón con ambas manos. Después, tú supiste siempre que yo la amaba!
repentinamente, adopta un aire de implacable calma y pro- D I O N . — ( C o n terrible serenidad.) ¡ N o ! ¡ É s a es apenas
nuncia a modo de cruel y perversa condenación.) Desde la a p a r i e n c i a , no l a v e r d a d ! ¡ B r o w n me ama a m í ! ¡ M e
ahora B r o w n j a m á s d i b u j a r á n a d a . ¡ D e d i c a r á su v i d a a ama p o r q u e yo siempre he poseído la f u e r z a que él ne-
t r a n s f o r m a r l a casa de m i C y b e l en u n hogar p a r a m i cesitaba para amar, p o r q u e yo soy el a m o r !
Margaret! B R O W N . — ( C o n frenesí.) ¡Holgazán b o r r a c h o ! (Salta
B R O W N . — ( L e v a n t á n d o s e de un salto, convulsionado el sobre Dion y lo agarra del cuello.)
rostro por un extraño tormento.) ¡ B a s t a n t e he s o p o r t a d o D I O N . — ( T r i u n f a n t e , mirándolo fijamente en los ojos.)
ya! ¿ C ó m o te atreves a...? ¡ A h ! ¡ A h o r a B r o w n se m i r a en su espejo! ¡ A h o r a ve su
D I O N . — ( C o n voz que semeja una sonda.) ¿ P o r qué r o s t r o ! (Brown lo suelta y retrocede tambaleándose hasta
n u n c a l o a m ó m u j e r a l g u n a ? ¿ P o r q u é f u e siempre e l su silla, pálido y tembloroso.)
H e r m a n o m a y o r , e l A m i g o ? ¿ N o es la c o n f i a n z a de e l l a s . . . B R O W N . — ( C o n humildad.) ¡Basta, p o r a m o r de D i o s !
u n desprecio? ¡Estás l o c o !
BROWN.—¡Mientes! D I O N . — ( D e s p l o m á n d o s e sobre su silla, con creciente
D I O N . — ¿ P o r q u é n u n c a p u d o q u e r e r . . . después de desfallecimiento.) Soy h o m b r e acabado. Es m i c o r a z ó n , n o
haber q u e r i d o a M a r g a r e t ? ¿ P o r q u é n o se c a s ó ? ¿ P o r B r o w n . . . (Burlón.) ¡Mi última v o l u n t a d y testamento!
qué trató de r o b a r m e a C y b e l , c o m o trató de r o b a r m e Le lego D i o n A n t h o n y a W i l l i a m B r o w n . . . p a r a que l o
antes a M a r g a r e t ? ¿ N o f u e acaso p o r v e n g a n z a . . . y en- ame y l o h o n r e . . . para que él se c o n v i e r t a en m í . . . en-
vidia? tonces, m i M a r g a r e t me amará a m í . . . mis hijos me ama-
B R O W N . — ( C o n violencia.) ¡ Q u é estupidez! ¡ D e s e a b a rán a m í . . . ¡y el señor y la señora B r o w n e hijos serán
a Cybel y la compré! eternamente felices! (Se incorpora tambaleante hasta er-
D I O N . — ¡ B r o w n l a c o m p r ó p o r m í ! ¡ B r o w n n u n c a sa- guirse en toda su estatura y mira hacia lo alto, desafiante.)
brá cómo me amó Cybel! N a d a m á s . . . ¡pero es el último gesto del H o m b r e . . . con
B R O W N . — ¡ M i e n t e s ! (Furioso.) ¡ V o l v e r é a echarla a l a el c u a l c o n q u i s t a . . . el derecho a r e í r ! Ja... (Comienza
calle! a reír, se interrumpe como paralizado y cae de rodillas
D I O N . — ¡ V e n d r á a m í ! ¡ A su semejante! ¿ P o r q u é n o junto a la silla de Brown: y entonces su máscara cae y
ha t e n i d o h i j o s B r o w n . . . él, que ama a los n i ñ o s . . . que se descubre su rostro de mártir cristiano en trance de
ama a mis niños... que m e e n v i d i a a mis n i ñ o s ? muerte.) P e r d ó n a m e , B i l l y . ¡ E n t i é r r a m e , o c ú l t a m e , olví-
B R O W N . — ( C o n voz desgarrada.) ¡ N o m e avergüenzo dame p o r t u p r o p i a f e l i c i d a d ! ¡ O j a l á te ame M a r g a r e t !
de e n v i d i á r t e l o s ! ¡ O j a l á puedas diseñar el T e m p l o p a r a el A l m a del H o m -
58 EL GRAN D I O S BROWN
ACTO SEGUNDO 59

b r e ! ¡ B e n d i t o s sean los mansos y los pobres de espíritu! M A R G A R E T . — ( C o n asombrada alegría.) ¿ D i j o eso? (Pre-
(Besa los pies de Brown y luego dice, con voz cada vez cipitadamente, poniéndose a la defensiva.) Pero, desde
más débil y tono infantil.) ¿ C ó m o era l a p l e g a r i a , B i l l y ? l u e g o , D i o n n u n c a bebe g r a n cosa. ¿ D ó n d e e s t á ?
Siento t a n t o s u e ñ o . . . B R O W N . — A r r i b a . L o despertaré. Se sentía m a l . Se
B R O W N . — ( C o m o en estado de trance.) « P a d r e nuestro q u i t ó la r o p a p a r a t o m a r u n b a ñ o antes de acostarse.
que estás en los c i e l o s . » Esperen a q u í u n m o m e n t o . (Margaret se sienta en la
D I O N . — ( C o n voz soñolienta.) « P a d r e n u e s t r o . . . » (Mue- silla que ocupara Dion y mira absorta el vacío. Sus hijos
re. Pausa. Brown queda sumido, por un momento, en un se agrupan en torno suyo, como para una fotografía fami-
estado de estupor. Luego vuelve en sí, pone la mano sobre liar. Brown se va presurosamente por izquierda.)
el pecho de Dion.) M A R G A R E T . — E s m u y t a r d e p a r a que ustedes sigan le-
B R O W N . — ( C o n voz apagada.) Está muerto... por f i n . vantados. ¿ N o tienen sueño?
(Dice esto mecánicamente, pero estas dos últimas palabras L o s N I Ñ O S . — N o , mamá.
lo hacen reaccionar y dice con tono de duda.) ¿ P o r f i n ? M A R G A R E T . — ( O r g u l l o s a m e n t e . ) M e alegro de tener tres
(Ahora, repite con tono de triunfo.) ¡Por f i n ! (Contem- m u c h a c h o s t a n fuertes p a r a p r o t e g e r m e .
pla el verdadero rostro de Dion.) ¡ D e m o d o que es EL M A Y O R . — ( C o n tono jactancioso.) Mataríamos a
éste el p o b r e débil que eras en r e a l i d a d ! ¡ N o me asombra c u a l q u i e r a que te t o c a s e . . . ¿ v e r d a d ?
que te hayas o c u l t a d o ! Y y o , que siempre te t u v e m i e d o . . . E L S E G U N D O . — ¡ Q u é d u d a cabe! ¡ L e h a r í a m o s pasar
¡Sí, l o confieso a h o r a , me i n s p i r a b a s t e r r o r ! ¡ B a h ! (Le- las ganas!
vanta del suelo la máscara de Dion.) ¡ N o , n o te temía E L M E N O R . — ¡ Q u é d u d a cabe!
a t i ! ¡ T e m í a esto! ¡ D i l o que q u i e r a s , pero sólo es f u e r t e
M A R G A R E T . — ¡ L o s niños valientes de su m a m á ! (Ríe
l o p e r v e r s o ! ¡ Y f u e esto l o que a m ó M a r g a r e t , n o a t i !
afectuosamente y pregunta luego, con curiosidad.) ¿Quie-
¡ N o a t i ! ¡ A este h o m b r e . . . ! ¡ A este h o m b r e , que quería
r e n ustedes a l señor B r o w n ?
verse en m í ! (Impresionado por una idea, se levanta de
E L M A Y O R . — ¡ N a t u r a l m e n t e ! Es u n b u e n h o m b r e .
un salto.) ¡ D i o s m í o ! (Empieza a colocarse lentamente la
E L SEGUNDO.—¡Excelente!
máscara. Llaman a la puerta de la calle. Se sobresalta
E L M E N O R . — ¡ C l a r o que sí!
con aire culpable y deja la máscara sobre la mesa. Luego
M A R G A R E T . — ( C a s i hablando consigo misma.) P a p á ase-
la retoma rápidamente, levanta el cadáver y se lo lleva
g u r a que el señor B r o w n le r o b a sus ideas.
por izquierda. Reaparece de inmediato y va hacia la puer-
E L M A Y O R . — ( C o n sonrisa tímida.) A p o s t a r í a a que
ta de calle al reanudarse los golpes, y pregunta con aspe-
papá dijo eso... por decir.
reza.) ¡ E h ! ¿ Q u i é n está a h í ?
E L S E G U N D O . — E l señor B r o w n n o tiene necesidad de
M A R G A R E T . — M a r g a r e t , B i l l y . Estoy b u s c a n d o a D i o n . r o b a r . . . ¿ n o te parece?
BROWN.—(Con tono vacilante.) A h . . . Muy bien... E L M E N O R . — ¡ N a t u r a l m e n t e ! ¡Es riquísimo!
(Abriendo la puerta.) E n t r a . Buenas noches, M a r g a r e t . M A R G A R E T . — ¿ Q u i e r e n ustedes a su p a d r e ?
¡ H o l a , m u c h a c h o s ! D i o n está a q u í . D u e r m e . Y o . . . Y o E L M A Y O R . — ( C a m b i a n d o de postura, con aire embara-
estaba d o r m i t a n d o , t a m b i é n . (Entra Margaret. Lleva su zado.) Y... c l a r o que sí.
máscara. Sus tres hijos la acompañan.) E L S E G U N D O . — ( I d e m . ) ¡Naturalmente!
M A R G A R E T . — ( A l ver la botella, con risa forzada.) ¿Ha E L M E N O R . — ¡ Q u é pregunta!
estado D i o n de festejo? M A R G A R E T . — ( C o n un suspiro.) L o m e j o r será que us-
B R O W N . — ( C o n extraña volubilidad, ahora.) No. Fui tedes se v a y a n a n t e s . . . a h o r a m i s m o . . . s i n esperar l a
y o . É l , n o . M e d i j o que h a b í a j u r a d o h o y n o v o l v e r a llegada de p a p á . . . D e b e sentirse m u y n e r v i o s o y e n f e r m o
b e b e r . . . ¡ p o r t i , M a r g a r e t . . . y p o r los n i ñ o s ! y q u e r r á t r a n q u i l i d a d . ¡ V a y a n s e , pues!
60 EL GRAN D I O S BROWN

L o s N I Ñ O S . — M u y b i e n . (Salen en fila india y cierran


ACTO TERCERO
la puerta de calle en el preciso momento en que Brown
aparece por izquierda, vistiendo la ropa de Dion y lle-
ESCENA I
vando su máscara.)
M A R G A R E T . — ( Q u i t á n d o s e con regocijo la máscara.)
¡ D i o n ! (Lo mira fijamente con aire de interrogación y Escenario: El salón de dibujo y la oficina privada de
lo mimso él a ella. Luego va hacia Brown y lo rodea con Brown. El primero a izquierda, la segunda a derecha de
el brazo.) Q u e r i d o m í o . . . ¿ T e sientes m a l ? (Él hace un la pared divisoria central. La distribución del mobiliario
gesto de asentimiento.) Pero si p a r e c e s . . . (oprimiéndoles en ambos cuartos es la misma de escenas anteriores. Las
los brazos.) p e r o . . . ¡si tienes u n aspecto más f u e r t e y diez de la mañana, un mes después, poco más o menos.
sano que n u n c a ! ¿ E s c i e r t o l o que d i j o B i l l y . . . que has El telón de fondo de ambas habitaciones es una pared lisa
j u r a d o no v o l v e r a beber? (Brown asiente. Ella exclama, donde están clavados algunos planos y dibujos.
con vehemencia.) ¡ O h , si p u d i e r a s h a c e r l o . . . y restable- Dos dibujantes, el uno de edad mediana, el otro joven,
c e r t e . . . ! ¡Cuan felices p o d r í a m o s ser aún! D a l e u n beso ambos cargados de espaldas, están sentados sobre taburetes
a m a m i t a . (Se besan. Ambos experimentan un escalofrío. detrás de la mesa que antes perteneciera a Dion. Trazan
Ella se aparta de él, riendo con naciente deseo.) ¡Pero, planos. Hablan mientras trabajan.
D i o n ! ¿ N o te da v e r g ü e n z a ? ¡ H a c í a m u c h í s i m o t i e m p o
que no me besabas así! EL D I B U J A N T E M A Y O R . — W . B. ha v u e l t o a retrasarse.
B R O W N . — ( S u voz imita a la de Dion, apagada además EL D I B U J A N T E J O V E N . — L o que me p r e g u n t o es... ¿qué
por la máscara.) ¡ N o me f a l t a b a n deseos de h a c e r l o , diablos le pasa este último mes? (Pausa. Trabajan en
Margaret! silencio.)
M A R G A R E T . — ( A l e g r e y coqueta, ahora.) ¿ T e m í a s que E L D I B U J A N T E M A Y O R . — S í . . . Desde que e c h ó a D i o n . . .
yo te despreciara? Pero, D i o n . . . A l g o ha sucedido. ¡Si E L D I B U J A N T E J O V E N . — E s curioso que el patrón haya
parece u n m i l a g r o ! ¡ H a s t a t u v o z ha c a m b i a d o ! Pareces despedido a Dion en f o r m a t a n r e p e t i n a . (Pausa. Tra-
v e r d a d e r a m e n t e m á s j o v e n . . . ¿ s a b e s ? (Con aire solícito.) bajan.)
Pero debes estar exhausto. V a m o n o s a casa. (Con im- E L D I B U J A N T E M A Y O R . — D e s d e entonces, no he v u e l t o
pulsivo movimiento, abre los brazos y arroja la máscara, a ver a D i o n . ¿ Y tú?
como si ya no la necesitara.) O h . . . ¡Estoy empezando a E L D I B U J A N T E J O V E N . — T a m p o c o . N o l o he v i s t o desde
sentirme t a n f e l i z , D i o n . . . t a n f e l i z ! que B r o w n nos c o m u n i c ó que l o h a b í a despedido. ¡Su-
B R O W N . — ( C o n gesto contenido.) V a m o n o s a casa. (Ella p o n g o que estará ahogando sus penas!
lo rodea con el brazo. Se encaminan hacia la puerta.) E L D I B U J A N T E M A Y O R . — H e oído decir que a l g u i e n l o
v i o en su casa y que no h a b í a b e b i d o y tenía b u e n aspec-
TELÓN t o . (Pausa. Trabajan.)
E L D I B U J A N T E J O V E N . — ¿ Q u é le pasará a B r o w n ? D i c e n
que e c h ó a todos sus viejos criados el m i s m o día y que
sólo usa su casa p a r a d o r m i r .
E L D I B U J A N T E M A Y O R . — ( C o n risita burlona.) Quizás
se trate de t e m p e r a m e n t o a r t í s t i c o . . . ¡más c o n o c i d o p o r
« e n g r e i m i e n t o » ! (Rumor de pasos en el vestíbulo. Con
aire de advertencia.) ¡Sssst! (Se inclinan sobre su mesa.
Entra Margaret. No necesita ya usar máscara. Su rostro
ACTO TERCBRO 63
62 EL GRAN D I O S BROWN

tes.) C o n f í o en que le h a b r á n e x p l i c a d o a la señora A n t h o -


ha recuperado el brío de su juventud, está plena de con-
ny c u a n o c u p a d o está D i o n . . .
fianza en sí misma y sus ojos brillan de felicidad.)
M A R G A R E T . — ( I n t e r r u m p i é n d o l o , con rigidez.) A decir
M A R G A R E T . — ( C o r d i a l m e n t e . ) ¡ B u e n o s días! ¡ Q u é her-
verdad, • no c o m p r e n d o . . .
moso t i e m p o !
B R O W N . — ( P r e c i p i t a d a m e n t e . ) Entra. Te lo explicaré.
A M B O S . — ( C o n tono ceremonioso.) Buenos días, señora
Pasa aquí y p o n t e c ó m o d a . (Abre de par en par la puerta
Anthony.
y la hace entrar en su oficina privada.)
M A R G A R E T . — ( M i r a n d o a su alrededor.) Ustedes h a n
E L DIBUJANTE M A Y O R . — D i o n le debe estar c o n t a n d o
estado h a c i e n d o c a m b i o s a q u í . . . ¿ v e r d a d ? ¿ D ó n d e está
a l g u n a f á b u l a a su m u j e r .
D i o n ? (Ambos la miran, absortos.) O l v i d é d e c i r l e algo
E L D I B U J A N T E J O V E N . — S i n d u d a f i n g e que sigue tra-
i m p o r t a n t e esta m a ñ a n a y n u e s t r o teléfono está descom-
b a j a n d o a q u í . . . y B r o w n le ayuda en ese j u e g o . . .
puesto. D e m o d o que si q u i e r e n hacerme el f a v o r de co-
E L D I B U J A N T E M A Y O R . — P e r o . . . ¿ p o r qué h a b r í a de ha-
m u n i c a r l e que estoy a q u í . . . (Los dibujantes no se mue-
cer eso B r o w n , después d e . . . ?
ven. Pausa. Margaret dice, con aire ceremonioso.) Oh...
E L D I B U J A N T E J O V E N . — B u e n o . . . L o que es y o . . . ¡que
C o m p r e n d o que e l señor B r o w n h a d a d o severas órdenes
me r e g i s t r e n ! (Trabajan.)
de que D i o n n o sea m o l e s t a d o , p e r o , s i n d u d a . . . (Con
B R O W N . — S i é n t a t e , M a r g a r e t . (Ella se sienta en la silla
tono categórico.) ¿ Q u i e r e n hacer el f a v o r de d e c i r m e
con aire envarado. Él, detrás del escritorio.)
dónde está m i m a r i d o ?
M A R G A R E T . — ( C o n frialdad.) M e gustaría a l g u n a e x p l i -
E L D I B U J A N T E M A Y O R . — N o l o sabemos.
cación...
M A R G A R E T . — ¿ N o l o saben?
B R O W N . — ( C o n tono insinuante.) V a m o s . . . ¡ N o te eno-
E L D I B U J A N T E M A Y O R . — N o l o hemos v i s t o .
jes, M a r g a r e t ! D i o n está t r a b a j a n d o e m p e ñ o s a m e n t e en
M A R G A R E T . — ¡ P e r o si salió de casa a las ocho y m e d i a !
su p l a n o p a r a el n u e v o C a p i t o l i o del Estado y no q u i e r o
E L DIBUJANTE M A Y O R . — ¿ P a r a venir aquí?
que l o m o l e s t e n . . . ¡ni s i q u i e r a tratándose de t i ! ¡ D e m o d o
E L DIBUJANTE J O V E N . — ¿ E s t a mañana?
que pórtate c o m o u n a m u j e r c i t a valerosa! ¡ R e c u e r d a que
MARGARET.—(Irritada.) ¡Naturalmente! Para venir
es p o r el p r o p i o b i e n de D i o n ! L e pedí a él que te lo
a q u í . . . ¡ c ó m o todos los d í a s ! (Ambos dibujantes la miran
explicara.
absortos. Pausa.)
M A R G A R E T . — ( A b l a n d á n d o s e . ) D i o n m e d i j o que ustedes
E L D I B U J A N T E M A Y O R . — ( C o n tono evasivo.) N o l o he-
h a b í a n c o n v e n i d o p e d i r m e que n i yo n i los niños vinié-
mos v i s t o .
ramos a q u í . . . p e r o , en r e a l i d a d , casi n u n c a v e n í a m o s .
M A R G A R E T . — ( C o n aspereza.) ¿ D ó n d e está el señor
Brown? B R O W N . — ¡ P e r o podían v e n i r ! (Con confidencial cordia-
lidad.) Esto es p o r su b i e n , M a r g a r e t . Conozco a D i o n .
E L D I B U J A N T E J O V E N . — ( A l oír rumor de pasos en el
D e b e e v i t a r las distracciones c u a n d o t r a b a j a . N o es u n
vestíbulo, con tono malhumorado.) Ahí viene. (Entra
h o m b r e v u l g a r , c o m o c o m p r e n d e r á s . ¡ Y ese p l a n o es t o d o
Brown. Ostenta la máscara que usara en la última esce-
su p o r v e n i r ! T o d o el mérito será suyo y apenas sea acep-
na: el éxito lleno de aplomo. Al ver a Margarita, retro-
t a d o el p l a n o l o h a r é socio m í o . E s t á c o n v e n i d o . Y des-
cede con aire aprensivo.)
pués de eso, m e t o m a r é unas largas v a c a c i o n e s . . . me
B R O W N . — ( D o m i n á n d o s e inmediatamente, con tono vi-
m a r c h a r é a E u r o p a p o r u n p a r de a ñ o s . . . ¡y dejaré t o d o
vaz.) ¡ H o l a , M a r g a r e t ! ¡ Q u é agradable sorpresa! (Le tien-
esto e n manos de D i o n ! ¿ N o te h a d i c h o él t o d o esto?
de la mano.)
M A R G A R E T . — ( T o c á n d o l a apenas, con aire reservado.) M A R G A R E T . — ( C o n regocijo, ahora.) S í . . . Pero me cos-
Buenos días. taba c r e e r . . . (Orgulloso.) Estoy segura de que D i o n puede
B R O W N . — ( V o l v i é n d o s e rápidamente hacia los dibujan- hacer eso. ¡ Ü l t i m a m e n t e se h a c o n v e r t i d o en u n h o m b r e
64 EL GRAN DIOS BROWN ACTO TERCERO 65

n u e v o , desbordante de a m b i c i ó n y energía! ¡ E s o me ha B R O W N . — ¡ E s t á s m u e r t o , W i l l i a m B r o w n , m u e r t o sin


hecho t a n f e l i z ! (Se interrumpe, turbada.) esperanzas de r e s u r r e c c i ó n ! ¡ F u e el D i o n que enterraste en
B R O W N . — ( P r o f u n d a m e n t e conmovido, le toma la mano tu jardín q u i e n te m a t ó , n o tú a é l ! ¡ F u e el m a r i d o de
en impulsivo arrebato.) ¡ Y a mí t a m b i é n ! M a r g a r e t q u i e n . . . ! (Ríe con aspereza.) ¡ E l paraíso p o r
M A R G A R E T . — ( C o n f u s a , con divertida risa.) ¡ V a m o s , B i - m e d i o de u n representante! ¡El a m o r m e r c e d a u n e r r o r
l l y B r o w n ! ¡ P o r u n m o m e n t o creí que h a b l a b a D i o n ! ¡ T u de i d e n t i d a d e s ! ¡ D i o s m í o ! (Esto, con tono casi de plega-
voz se p a r e c í a t a n t o a la s u y a . . . ! ria. Ahora, con arrogante desafío.) ¡Pero es el p a r a í s o , a
B R O W . — ( C o n repentina desesperación.) ¡Margaret, ten- pesar de t o d o ! ¡ Y o a m o ! (Mientras habla, entre en la sala
go que d e c í r t e l o ! ¡ N o p u e d o seguir así! T e n g o que confe- de dibujo un hombre elegante, corpulento, de aire impor-
sártelo... ¡Hay a l g o . . . ! tante. Lleva un plano arrollado en la mano. Saluda con
M A R G A R E T . — ( A l a r m a d a . ) ¿ N o . . . n o se t r a t a de D i o n ? leve movimiento de cabeza y aire condescendiente a los
B R O W N . — ( C o n aspereza.) ¡Al d i a b l o c o n D i o n ! ¡Al dia- dibujantes y va directamente hacia la puerta de Brown, a la
b l o c o n B i l l y B r o w n ! (Se arranca la máscara y descubre un cual llama con golpes perentorios y, sin esperar respuesta,
sufriente rostro, macilento y asolado por el sufrimiento: hace girar el picaporte. Brown tiene apenas el tiempo jus-
su verdadero rostro, atormentado y deformado por el de- to para volver la cabeza y ponerse la máscara.)
monio de la máscara de Dion.) ¡ P i e n s a en m í ! ¡ Y o te amo, E L H O M B R E . — ( C o n vivacidad.) ¡ A h ! ¡Buenos días! H e
M a r g a r e t ! ¡ D e j a a D i o n ! ¡ Y o te he amado s i e m p r e ! ¡ V e n e n t r a d o sin e s p e r a r . . . ¿ S u p o n g o que n o m o l e s t a r é . . . ?
c o n m i g o ! ¡ L o l i q u i d a r é t o d o ! ¡Nos iremos al e x t r a n j e r o y B R O W N . — ( C o n v e r t i d o nuevamente en el arquitecto de
seremos felices! éxito, con tono cortés.) E n a b s o l u t o , señor. ¿ C ó m o está
M A R G A R E T . — ( A t ó n i t a . ) ¿ C o m p r e n d e s qué estás d i c i e n - usted? (Se estrechan la mano.) Siéntese. T o m e u n c i g a r r o .
d o , B i l l y B r o w n ? (Con un escalofrío.) ¿ E s t á s l o c o ? T u ros- Y , a h o r a . . . ¿ M e dirá en qué puedo s e r v i r l o esta m a ñ a n a ?
t r o . . . es t e r r i b l e . ¡Estás e n f e r m o ! ¿ Q u i e r e s que l l a m e a E L H O M B R E . — ( D e s e n r o l l a n d o el plano.) Se t r a t a de su
un médico? p l a n o . M i esposa y yo hemos v u e l t o a e s t u d i a r l o . N o s gus-
B R O W N . — ( A p a r t á n d o s e lentamente de ella y poniéndo- t a . . . y n o nos gusta. Y c u a n d o u n h o m b r e proyecta i n v e r -
se la máscara, con voz apagada.) N o . H e estado al bor-
t i r m e d i o millón, es n a t u r a l que l o q u i e r a t o d o a su gus-
d e . . . de u n c o l a p s o . . . d u r a n t e algún t i e m p o . Suelo s u f r i r
t o . . . ¿ v e r d a d ? (Brown asiente.) Esto es algo frío y mez-
accesos . . . A h o r a m e siento m e j o r . (Volviéndose hacia ella.)
q u i n o , demasiado p a r e c i d o a u n a t u m b a , si me p e r m i t e
¡ P e r d ó n a m e ! ¡ O v i d a m i s p a l a b r a s ! Pero, p o r l o que más
la expresión, para ser una casa h a b i t a b l e . ¿ N o podría us-
quieras, n o v u e l v a s a q u í . . .
ted d a r l e más v i d a , agregarle algunas ornamentaciones,
M A R G A R E T . — ( C o n frialdad.) T e aseguro que, después
hacerla más hermosa y más t i b i a . . . ? Usted me entiende.
de e s t o . . . (Mirándolo, con dolorida incredulidad.) ¡Pero
(Lo mira con aire de duda.) M e h a n d i c h o que usted t u v o
B i l l y ! ¡Si me parece realmente i n c r e í b l e . . . después de t a n -
u n a y u d a n t e , A n t h o n y , que era u n as para todos esos deta-
tos a ñ o s . . . !
lles, pero que lo ha d e s p e d i d o . . .
B R O W N . — - N o v o l v e r á a suceder. A d i ó s .
M A R G A R E T . — A d i ó s . (Queriendo cambiar de tema para B R O W N . — ( C o n delicadeza.) ¡ H a b l a d u r í a s ! Sigue traba-
que las palabras sean menos ásperas, con sonrisa forzada.) j a n d o c o n m i g o , p e r o , p o r razones p r i v a d a s , no q u i e r e que
¡ N o hagas t r a b a j a r demasiado a D i o n ! N u n c a l o tenemos eso se sepa. S í , se h a f o r m a d o a m i lado y es m u y i n g e n i o -
ya en casa a l a h o r a de l a cena. (Sale, pasando junto a so. L e entregaré esto i n m e d i a t a m e n t e y le daré las instruc-
uno de los dibujantes y se marcha por derecha, foro. Brown ciones necesarias p a r a que dé c u m p l i m i e n t o a sus deseos...
se sienta ante su escritorio, volviendo a quitarse la más-
cara. La contempla con aire amargo, cínico y divertido.) TELÓN
66 EL GRAN D I O S BROWN
ACTO TERCERO 67

ESCENA I I
escalofrío de impotente desesperación.) ¡Dios m í o , t e n pie-
d a d de m í ! ¡ D é j a m e creer! ¡Benditos sean los piadosos!
Escenario: El mismo del segundo acto, escena tercera, ¡Misericordia p a r a m í ! (Espera, el rostro vuelto hacia arri-
la biblioteca de la casa de Brown, a las ocho de esa misma ba, con tono suplicante.) ¿ T o d a v í a no? (Con desespera-
noche, aproximadamente. Se oye a Brown avanzar a tien- ción.) ¿ N u n c a ? (Pausa. Luego, en súbito acceso de pánico,
tas en la oscuridad. Enciende la lámpara del escritorio. tiende la mano hacia la máscara de Dion, como un morfi-
Exactamente debajo de ésta, sobre una suerte de pedestal, nómato hacia su droga. Apenas la ha agarrado, parece re-
está la máscara de Dion, cuyos ojos vacíos miran hacia cuperar las fuerzas y logra forzar una triste risa.) A h o r a
adelante. estoy b e b i e n d o t u f u e r z a , D i o n . . . la f u e r z a para amar en
Brown se quita su máscara y la pone sobre el escritorio, este m u n d o y m o r i r y d o r m i r y convertirse en fértil tie-
delante de la de Dion. Se desploma en el sillón y contem- r r a , como o c u r r e ahora c o n t i g o en m i j a r d í n . . . ¡donde t u
pla fijamente, inmóvil, los ojos de la máscara de Dion. d e b i l i d a d es la f u e r z a de m i s f l o r e s , donde t u fracaso
Por fin comienza con tono amargo y burlón. como artista p i n t a sus pétalos de v i d a ! (Con tono jactan-
cioso.) ¡ V e n c o n m i g o mientras el n o v i o de M a r g a r e t se
B R O W N . — ¡ E s c u c h a ! H o y , a duras penas p u d i m o s sal- pone t u r o p a , D i o n A n t h o n y ! ¡Necesito al d i a b l o c u a n d o
v a r n o s . . . ¡tú y y o ! N o p o d r e m o s seguir o c u l t a n d o esta si- estoy en las t i n i e b l a s ! (Se va por izquierda, pero se le
tuación d u r a n t e m u c h o t i e m p o . ¡ H a y que p o n e r en mar- oye hablar.) ¡ T u s trajes empiezan a sentarme m e j o r que
cha nuestro p l a n ! H e m o s hecho y a el testamento de W i - los míos p r o p i o s ! ¡ A p r e s ú r a t e , H e r m a n o ! A esta h o r a ya
l l i a m B r o w n , dejándote su d i n e r o y su empresa. A h o r a de- deberíamos estar en casa. ¡Nuestra esposa nos espera!
bemos m a r c h a r n o s sin pérdida de t i e m p o a E u r o p a . . . ¡y (Reaparece, después de haberse cambiado de chaqueta y
m a t a r allí a B r o w n ! (Con tono algo insultante.) Entonces, de pantalones.) ¡ V e n c o n m i g o y v u e l v e a decirle que l a
t ú . . . e l yo que está en t i . . . yo, viviré f e l i z c o n M a r g a r e t , a m o ! ¡ V e n y escúchale d e c i r m e c ó m o te ama! (Súbitamen-
eternamente. (Más insultante.) ¡ M a r g a r e t tendrá hijos con- te no puede contenerse y besa la máscara.) ¡ T e amo p o r -
m i g o ! (Le parece oír una burlona negativa de la máscara. que ella te a m a ! ¡Mis besos sobre tus labios son para
Se inclina hacia ella.) ¿ Q u é ? (Con una risita burlona.) e l l a ! (Se pone la máscara y se yergue por un momento:
¡ S e a l o que f u e r e , n o i m p o r t a ! ¡ T u s hijos me q u i e r e n ya parece crecer repentinamente en estatura y en arrogancia.
más de l o que te q u i s i e r o n n u n c a ! ¡ Y M a r g a r e t me q u i e r e Luego dice con una risotada de audaz confianza en sí
más a ú n ! T ú crees haber t r i u n f a d o . . . ¿ v e r d a d ? ¿ C r e e s mismo.) ¡ S a l g a m o s p o r la p u e r t a de s e r v i c i o ! ¡ N o debo
que necesito f u n d i r m e en t i p a r a v i v i r ? ¡ T o d a v í a n o , a m i - o l v i d a r que soy u n t e r r i b l e d e l i n c u e n t e , perseguido p o r
go m í o ! ¡ N a d a de eso! ¡ E s p e r a r é u n p o c o ! G r a d u a l m e n t e . D i o s y p o r m í m i s m o ! (Sale por derecha, riendo con di-
M a r g a r e t a m a r á l o que está debajo de l a s u p e r f i c i e . . . ¡yo vertida satisfacción.)
m i s m o ! ¡ P o c o a p o c o le e n s e ñ a r é a conocerme y luego,
f i n a l m e n t e , me descubriré ante ella y le c o n f e s a r é que r o b é TELÓN
t u lugar p o r amor y Margaret comprenderá y perdonará
y me a m a r á ! ¡ Y tú, serás o l v i d a d o ! ¡ J a , j a ! (Vuelve a in-
clinarse sobre la máscara, como si escuchara y dice, con
tono atormentado.) ¿ Q u é dices? ¿ Q u e M a r g a r e t n u n c a m e ESCENA I I I
c r e e r á ? ¿ Q u e n u n c a c o m p r e n d e r á ? ¿ Q u e n u n c a v e r á cla-
r o ? ¡ M i e n t e s , d e m o n i o ! (Estira las manos como para asir
a la máscara de la garganta, luego se echa atrás con un Escenario: El mismo de la primera escena del acto pri-
mero: la sala de la casa de Margaret. Ha transcurrido me-
68 EL GRAN D I O S BROWN ACTO TERCERO 69

dia hora, aproximadamente, desde la última escena. Mar- y retraído y s o l i t a r i o . . . N u n c a me h a b í a sentido r e a l m e n -


garet está sentada en el sofá, esperando con la ansiosa e te p r ó x i m a a t i . Pero, ahora, siento que te has v u e l t o c o m -
impaciente expectativa del ser profundamente enamorado. p l e t a m e n t e h u m a n o . . . como y o . . . ¡y soy t a n f e l i z , q u e r i -
Viste con un cuidadoso y sutil toque de elegancia extra, d o ! (Lo besa.)
con miras a resultar atrayente. Su aire es juvenil y feliz. B R O W N . — ( L a voz trémula.) ¿ D e m o d o que te he hecho
Trata de leer un libro. Alguien abre y cierra la puerta f e l i z , más f e l i z que n u n c a . . . suceda lo que suceda? (Ella
de calle. Margaret se levanta de un salto y corre a foro asiente.) E n t o n c e s . . . ¡eso l o j u s t i f i c a t o d o ! (Ríe forzada-
para echarle los brazos al cuello a Brown, que entra por mente.)
derecha de foro. Lo besa apasionadamente. M A R G A R E T . — ¡ C l a r o que sí! Siempre l o esperé. Pero
tú n o querías ser a s í . . . o no podías s e r l o . . . y y o n o podía
M A R G A R E T . — ( M i e n t r a s él retrocede, con algo así como a y u d a r t e . . . ¡y siempre te a d i v i n a b a t a n s o l i t a r i o ! ¡Siem-
una sensación de culpabilidad, le dice riendo.) ¡Vamos, pre oí que me llamabas en t u ayuda p o r q u e te h a b í a s
o d i o s o ! ¡ V o y a creer, realmente, que quieres r e h u i r mis e x t r a v i a d o , pero yo n o l o g r a b a el c a m i n o hasta t i p o r q u e
besos! Pues b i e n . . . p o r eso m i s m o , y o . . . t a m b i é n estaba e x t r a v i a d a ! ¡ Q u é h o r r i b l e era aquella sen-
B R O W N . — ( C o n salvaje y desafiante pasión, la besa una sación p a r a u n a esposa! (Ríe y dice, alegremente.) ¡Pero,
y otra vez.) ¡Margaret! a h o r a , estás a q u í ! ¡ E r e s m í o ! ¡Eres m i amante recupera-
M A R G A R E T . — L l á m a m e Peggy, de n u e v o . Solías hacer- do y m i m a r i d o y también m i niño grande!
l o cuando me amabas de veras. (Con dulzura.) ¿Recuer-
B R O W N . — ( C o n un dejo de celos.) ¿ D ó n d e están tus
das el p r i m e r b a i l e en la fiesta escolar... tú y yo en el
otros niños grandes, esta n o c h e ?
embarcadero a l a l u z de la l u n a ?
M A R G A R E T . — F u e r o n a u n b a i l e . Conviene que te ente-
B R O W N . — ( C o n dolor.) N o . (Retira sus brazos, que la
res de que todos ellos t i e n e n ya sus chicas.
rodean.)
MARGARET.—(Reteniéndolo, ríe.) ¡Pues a mí me en- B R O W N . — ( B u r l ó n . ) ¿ N o estás celosa?
canta r e c o r d a r l o ! ¡ V i e j o oso! ¿ P o r qué n o ? M A R G A R E T . — ( A l e g r e m e n t e . ) ¡ C l a r o que sí! ¡ T e r r i b l e -
B R O W N . — ( T r i s t e m e n t e . ) Eso sucedió hace t a n t o t i e m - mente celosa! Pero soy d i p l o m á t i c a . N o los dejo a d i v i n a r
po... mis celos. (Cambiando de tema.) ¡ C r é e m e ! ¡ L o s chicos
M A R G A R E T . — ( C o n un dejo de melancolía.) ¿ N o quie- h a n n o t a d o el c a m b i o operado en t i ! E l m a y o r me decía
res acordarte de que estamos envejeciendo? h o y : « E s u n a suerte que papá n o esté ya t a n n e r v i o s o .
B R O W N . — P r e c i s a m e n t e . (La besa con dulzura.) Estoy ¡ E s u n g r a n m u c h a c h o cuando está en v e n a ! » Y los otros
cansado. S e n t é m o n o s . (Se sientan en el sofá, él rodeán- dos, d i j e r o n , m u y solemnemente: « ¡ Q u é d u d a c a b e ! »
dola con el brazo, la cabeza de Margaret apoyada en su B R O W N . — ( C o n voz desgarrada.) M e . . . me alegro.
hombro.) MARGARET.—¡Dion! ¡Estás l l o r a n d o !
M A R G A R E T . — ( C o n un suspiro de dicha.) N o me i m - BROWN.—(Herido por el nombre, se pone de pie y
p o r t a r e c o r d a r . . . ahora que soy f e l i z . Eso sólo duele dice con aspereza.) ¡ T o n t e r í a s ! ¿ V i s t e alguna vez l l o r a r
cuando soy d e s d i c h a d a . . . y he sido t a n f e l i z ú l t i m a m e n t e , a D i o n p o r nadie?
q u e r i d o . . . ¡y te estoy tan agradecida! (Brown se mueve, M A R G A R E T . — ( C o n tristeza.) T ú no podías h a c e r l o . . .
desasosegado. Ella prosigue, con júbilo.) ¡ T o d o ha cam- entonces. Estabas demasiado s o l i t a r i o . N o tenías c o n q u i e n
b i a d o ! Y o ya m e había r e s i g n a d o . . . y estaba triste y s i n llorar.
esperanzas, a d e m á s . . . y entonces, r e p e n t i n a m e n t e , cam- B R O W N . — ( S a c a un plano arrollado de una gaveta del
biaste p o r c o m p l e t o y t o d o volvió a ser como c u a n d o nos escritorio y dice, con voz apagada.) Tengo que hacer u n
casamos... m u c h o m e j o r aún. Siempre f u i s t e t a n e x t r a ñ o trabajo.
ACTO TERCERO 71
70 EL GRAN D I O S BROWN

t r o n o r m a l y me rogó que l o p e r d o n a r a y p a r e c i ó apena-


M A R G A R E T . — ( C o n decepción.) ¡ C ó m o ! ¿ T e ha v u e l t o dísimo y le tuve lástima. (Con un escalofrío.) ¡Pero, para
a dar encargos p a r a t u casa nuestro v i e j o B i l l y B r o w n ? serte f r a n c a , D i o n , oírlo me resultó i n d e c i b l e m e n t e des-
B R O W N . — ( I r ó n i c a m e n t e . ) Es p o r el p r o p i o b i e n de a g r a d a b l e ! (Con bondadoso y destructor desdén.) ¡Pobre
D i o n , ya l o sabes... y p o r el t u y o . Billy!
M A R G A R E T . — ( R e s i g n á n d o s e valerosamente, con aire ale- B R O W N . — ( C o n un destello de atormentado sarcasmo.)
gre.) B u e n o . N o q u i e r o ser egoísta. E n r e a l i d a d , m e enor- ¡ P o b r e B i l l y ! ¡ P o b r e B i l l y , E l que recibe las Bofetadas!
gullece el que seas t a n a m b i c i o s o . D é j a m e que te a y u d e . (Con burlón frenesí.) ¡ L o m a t a r é p a r a t i ! ¡ T e serviré su
(Trae la tabla de dibujo de Dion, que Brown pone sobre c o r a z ó n en el desayuno!
la mesa, clavando sobre ella el plano. Margaret se sien- MARGARET.—(Levantándose de un salto, asustada.)
ta en el sofá y toma su libro.) ¡Dion!
B R O W N . — ( C o n estudiada negligencia.) H e o í d o decir B R O W N . — ( A g i t a n d o su lápiz-punzón, con grotescos mo-
que f u i s t e a v e r m e a la o f i c i n a . . . linete.) ¡ T e d i j o que m a t a r é a ese m a l d i t o y r e p u l s i v o
M A R G A R E T . — ¡ S í ! ¡ Y B i l l y n o m e dejó e n t r a r ! M e sen- G r a n D i o s B r o w n , que se i n t e r p o n e como u n carnero ce-
tí f u r i o s a , hasta q u e él me c o n v e n c i ó de que era m e j o r b a d o en el c a m i n o de nuestra s a l u d , r i q u e z a y f e l i c i d a d !
así. ¿ C u á n d o te a s o c i a r á a su empresa? M A R G A R E T . — ( P e r p l e j a , no sabiendo hasta qué punto
B R O W N . — M u y pronto, ya. finge Brown, lo rodea con el brazo.) ¡Cálmate, q u e r i d o !
M A R G A R E T . — ¿ Y te dará realmente plenos poderes cuan- T e vuelves nuevamente h o r r i b l e y e x t r a ñ o . Eso me hace
do se vaya a l e x t r a n j e r o ? t e m e r que n o hayas c a m b i a d o de veras, después de tocto.
BROWN.—Sí. B R O W N . — ( S i n prestarle atención.) ¡ Y , entonces, m i es-
M A R G A R E T . — ( C o n tono práctico.) Y o que tú, l o hos- posa p o d r á ser f e l i z ! ¡ J a , j a ! (Ríe. Margaret se echa a
tigaría. Las promesas están m u y b i e n , p e r o . . . (Vacila.)... llorar. Él se domina, le acaricia la cabeza y dice con dul-
n o c o n f í o en él. zura.) M u y b i e n , q u e r i d a . E l señor B r o w n está ahora a
B R O W N . — ( C o n un sobresalto, ásperamente.) ¿ Q u é te salvo en el i n f i e r n o . ¡ O l v í d a l o !
i n d u c e a decir eso? M A R G A R E T . — ( D e j a de llorar, pero se muestra inquie-
M A R G A R E T . — O h . . . A l g o que sucedió h o y . ta aún.) N o debía d e c í r t e l o . . . pero n o supuse, n i p o r u n
B R O W N . — ¿ Qué ? m o m e n t o , que l o tomarías en serio. ¡Siempre consideré
M A R G A R E T . — N o p r e t e n d o c u l p a r l o , p e r o . . . Para ser- a B i l l y B r o w n t a n sólo u n a m i g o y últimamente n i siquie-
te f r a n c a , creo que el G r a n D i o s B r o w n , c o m o l o l l a m a s , ra eso! ¡ N o es más que u n v i e j o estúpido!
se está v o l v i e n d o algo e x t r a ñ o y es t i e m p o de que se t o m e B R O W N . — ¡ J a , j a ! ¿ N o te d i j e que B r o w n estaba en el
unas vacaciones. ¿ N o te parece? i n f i e r n o ? ¡ L o están t o r t u r a n d o ! (Dominándose de nuevo,
B R O W N . — ( L a voz excitada, pero con cautela.) Pero... con aire agotado.) Por f a v o r , d é j a m e solo, a h o r a . T e n g o
¿Por qué? ¿Qué hizo? que trabajar.
M A R G A R E T . — ( C o n tono vacilante.) Bueno... A decir M A R G A R E T . — P e r f e c t a m e n t e , q u e r i d o . Iré al cuarto con-
v e r d a d , a q u e l l o f u e demasiado estúpido. R e p e n t i n a m e n t e , t i g u o y , si necesitas algo, te bastará c o n l l a m a r m e . (Le
B r o w n se volvió m u y r a r o . Su r o s t r o me asustó. P a r e c í a acaricia el rostro y dice, zalameramente.) ¿Queda olvida-
u n c a d á v e r . L u e g o desvarió y d i j o unas t o n t e r í a s , a f i r - do t o d o eso?
m a n d o que siempre me h a b í a a m a d o . ¡Se portó c o m o u n B R O W N . — ¿ S e r á s feliz así?
p e r f e c t o e s t ú p i d o ! (Mira a Brown, que la observa fija- MARGARET.—Sí.
mente. Margaret siente desasosiego.) Q u i z á s yo haya he- B R O W N . — E n t o n c e s . . . ¡todo eso está l i q u i d a d o , te l o
cho m a l en d e c i r t e esto. B r o w n , sencillamente, n o era aseguro! (Ella lo besa y sale. Él permanece absorto con
responsable de sus p a l a b r a s . L u e g o volvió en sí y se mos-
72 EL GRAN D I O S BROWN

la mirada fija en el vacío, luego se aparta de los pensa-


mientos que lo asedian y se concentra en su trabajo, di- ACTO CUARTO
ciendo, con sarcasmo.) ¡Nuestro h e r m a n o C a p i t o l i o f l a -
m a n t e l o r e c l a m a , señor D i o n ! ¡ A t r a b a j a r ! ¡ E s c o n d e r e m o s ESCENA I
astutamente al v i e j o Sileno en l a c ú p u l a ! ¡ Q u e b a i l e sobre
el r e c i n t o d o n d e hacen las leyes, c o n su eterna m i r a d a
m a l i c i o s a ! (Se inclina sobre su trabajo.) Escenario. El mismo de la primera escena del tercer
acto: la sala de dibujo y la oficina de Brown. Un anoche-
TELÓN cer, al cabo de un mes aproximadamente. Los dos dibu-
jantes están inclinados sobre su mesa, trabajando.
Brown, ante su escritorio, trabaja febrilmente en un
plano. Usa la máscara de Dion. La máscara de Brown
está sobre el escritorio, a su lado. Mientras trabaja, ríe
con maliciosa alegría y, finalmente, arroja su lápiz des-
pués de hacer con él un molinete.

B R O W N . — ¡ T e r m i n a d o ! ¡En nombre del Todopoderoso


B r o w n , a m é n , a m é n ! ¡ H e aquí u n C a p i t o l i o m a r a v i l l o s a -
mente p e r f e c t o ! ¡ E l p l a n o serviría i g u a l m e n t e para u n
A s i l o de D e l i n c u e n t e s Retardados! ¡Pero m i arte es t a l
que esto les parecerá tener u n a m e r a f i n a l i d a d burguesa
y de sentido c o m ú n , respetable como los tirantes de u n
d i p u t a d o ! ¡ S ó l o a m í esta pomposa fachada me revelará
su v e r d a d e r o r o s t r o , la cansada mueca irónica de Pan
que, c o n los oídos a m o d o r r a d o s p o r el desmayado z u m -
b i d o de las c i v i l i z a c i o n e s de ayer y de m a ñ a n a , escucha
desganado las leyes aprobadas p o r sus p r o p i a s pulgas p a r a
esclavizarlo! ¡ J a , j a , j a ! (Da un salto grotescamente des-
de atrás de su escritorio y luego unas cabriolas cabrunas,
riendo con sensual deleite.) ¡Viva el jefe de policía B r o w n !
¡El f i s c a l de d i s t r i t o B r o w n ! ¡ E l alcalde B r o w n ! ¡ E l i n -
tendente B r o w n ! ¡ E l d i p u t a d o B r o w n ! ¡ E l gobernador
B r o w n ! ¡ E l senador B r o w n ! ¡ E l presidente B r o w n ! (Can-
turrea.) ¡ O h ! ¿ C u á n t a s personas en u n solo D i o s f o r m a n
al G r a n D i o s B r o w n ? ¡ J a , j a , ja, p a ! (Los dos dibujantes
del cuarto contiguo han dejado de trabajar y escuchan.)
E L D I B U J A N T E J O V E N . — ¡ B o r r a c h o como una cuba!
E L D I B U J A N T E M A Y O R . — P o r l o menos, D i o n o b r a b a de-
corosamente y no venía entonces a l a o f i c i n a . . .
E L D I B U J A N T E J O V E N . — ¡ Q u é raras son estas repentinas
borracheras de B r o w n !
ACTO CUARTO 75
74 EL GRAN D I O S BROWN

T u niño m i m a d o está p e r f e c t a m e n t e . . . ¡ N u n c a estuvo


E L DIBUJANTE M A Y O R . — E s p r o b a b l e que haya b e b i d o mejor!
a escondidas hasta a h o r a . M A R G A R E T . — ( C o n frialdad.) Eso es cuestión de o p i -
B R O W N . — ( H a vuelto a su escritorio, riendo para sí y niones. A m i parecer, tú l o estás m a t a n d o a f u e r z a de
sin aliento.) ¡ E s t i e m p o de que nos v o l v a m o s respetables trabajo.
de n u e v o ! (Se quita la máscara de Dion y estira la mano B R O W N . — O h , n o . . . D i o n no m o r i r á . Es B r o w n q u i e n
hacia la suya propia: luego se detiene, cada mano apoya- h a de m o r i r . Y a l o hemos c o n v e n i d o .
da en una de ellas, contemplando el plano con fascinada M A R G A R E T . — ( M i r á n d o l o con extrañeza.) H a b l o en se-
aversión. Su verdadero rostro se muestra ahora enfermo, rio.
lívido, atormentado, con las mejillas hundidas y los ojos B R O W N . — Y o t a m b i é n . ¡Con u n a seriedad espantosa!
febriles.) ¡Horrendo! ¡Repulsivo! ¡Despreciable! ¿ P o r qué ¡Ja, ja, ja!
h a de ser alcahuete de l o t r i v i a l e l d e m o n i o que está en MARGARET.—(Reprimiendo su indignación.) É s e es el
m í . . . p a r a castigarme l u e g o c o n e l asco a m í m i s m o y el m o t i v o de m i v i s i t a . A decir v e r d a d , D i o n está t a n ner-
o d i o a la v i d a ? ¿ P o r q u é n o soy l o bastante f u e r t e p a r a vioso y agitado ú l t i m a m e n t e , que estoy segura de que
p e r e c e r . . . o l o bastante ciego p a r a ser f e l i z ? (Al cielo, poco le f a l t a p a r a s u f r i r u n colapso.
amargamente pero con tono de súplica.) D a m e fuerzas B R O W N . — P u e s l a c u l p a n o la tiene el a l c o h o l , cierta-
para destruir esto... y para destruirme a mí m i s m o . . . y m e n t e , D i o n n o h a b e b i d o u n a sola gota. ¡ N o l a necesita!
a é l . . . y creeré e n T i ! (Mientras hablaba, se ha oído un ¡ J a , j a ! ¡ Y y o t a m p o c o , a u n q u e las malas lenguas están
ruido en las escaleras. Los dos dibujantes se han incli- e m p e z a n d o a decir que v i v o b o r r a c h o ! ¡ E s t o se debe a
nado sobre su trabajo. Entra Margaret, cerrando la puer- que he empezado a r e í r m e ! ¡ J a , j a , j a ! ¡ E n esta c i u d a d ,
ta en pos de sí. Al oír esto, Brown se sobresalta. Adivi- sólo creen en l a alegría c u a n d o se tiene u n a b o t e l l a a
na de inmediato quién ha llegado y exclama, con tono de m a n o ! ¡ Q u é gentuza r i d i c u l a ! ¡ J a , j a , j a ! Y eso, a u n q u e
alarma.) ¡ M a r g a r e t ! (Toma ambas máscaras y entra en la u n o sea el G r a n D i o s B r o w n . . . ¿ e h , M a r g a r e t ? ¡ J a , j a , j a !
habitación de la derecha.) MARGARET.—(Levantándose, con desasosiego.) Temo
M A R G A R E T . — ( S e advierten en ella salud y felicidad, que y o . . .
pero su rostro traiciona inquietud y un solícito afán y les B R O W N . — ¡ N o temas, q u e r i d a ! ¡ N o volveré a hacerte
dice amablemente a los dibujantes que la miran absortos.) el a m o r ! ¡ P a l a b r a de h o n o r ! ¡Estoy demasiado cerca de
Buenos días. O h , n o se p r e o c u p e n . . . N o vengo a v e r a m i la t u m b a p a r a cometer semejante l o c u r a ! Pero tú debis-
m a r i d o , sino a l s e ñ o r B r o w n . . . te d i v e r t i r t e l a vez pasada, al v e n i r aquí y ver c ó m o se
E L D I B U J A N T E J O V E N . — ( C o n tono indeciso.) E l señor comportaba u n viejo y repulsivo tonto como y o . . . ¿ e h ?
B r o w n se ha e n c e r r a d o e n su o f i c i n a , p e r o si usted l l a m a ¡ D e b i s t e d i v e r t i r t e de u n m o d o i n d e c i b l e ! ¡ J a , j a , j a ! (Con
a la puerta, q u i z á . . . brusco movimiento btande el plano ante ella.) ¡Mira!
M A R G A R E T . — ( L l a m a con los nudillos y dice, con cier- ¡ L o hemos t e r m i n a d o ! ¡ D i o n l o t e r m i n ó ! ¡ S u reputación
ta turbación.) ¡ S e ñ o r B r o w n ! (Brown entra en su oficina, está hecha!
con su máscara de William Brown. Se acerca con rapidez M A R G A R E T . — ( C o n acritud.) ¡ R e a l m e n t e , B i l l y , m e pa-
a la otra puerta y la abre.) rece que estás b o r r a c h o !
B R O W N . — ( C o n turbulenta cordialidad.) ¡Pasa, Marga- B R O W N . — N a d i e me b e s a . . . ¡de m o d o que todos uste-
r e t ! ¡ P a s a ! ¡ Q u é d e l i c i o s a sorpresa! ¡ S i é n t a t e ! ¿ E n q u é des p u e d e n creer l o p e o r ! ¡ J a , j a , j a !
puedo servirte? M A R G A R E T . — ( C o n frialdad.) Entonces, si D i o n h a ter-
M A R G A R E T . — ( T o m a d a de sorpresa, algo ceremoniosa.) m i n a d o . . . ¿ p o r qué n o p u e d o v e r l o ?
E n . . . poca cosa. B R O W N . — ( C o n insensato frenesí.) ¿Ver a Dion? ¿Ver
B R O W N . — S e t r a t a de D i o n , s i n d u d a . Pues b i e n . . .
76 EL GRAN D I O S BROWN ACTO CUARTO 77

a D i o n ? ¿ P o r qué n o ? Estamos en la é p o c a de los m i l a - B R O W N . — ( A Margaret, presurosamente.) Recíbelos tú,


gros. Las calles están llenas de L á z a r o s . ¡ R e z a u n a ple- M a r g a r e t . Muéstrales el p l a n o . Y o iré en busca de B r o w n .
g a r i a ! ¡ M e j o r d i c h o , espera... espera u n m o m e n t o , p o r (Alzando la voz.) A d e l a n t e , señores. (Se va por derecha,
f a v o r . (Se va a la habitación de la derecha. Al cabo de en el preciso instante en que la comisión entra en la ofi-
un instante reaparece con la máscara de Dion. Tiende sus cina. Al ver a Margaret, los visitantes se detienen, sor-
brazos y Margaret se echa en ellos. Se besan apasiona- prendidos.)
damente. Por fin, Brown se sienta con ella en el canapé.) M A R G A R E T . — ( T u r b a d a . ) Buenas tardes. E l señor B r o w n
M A R G A R E T . — D e m o d o que lo has t e r m i n a d o . vendrá i n m e d i a t a m e n t e . (Los visitantes se inclinan. Mar-
B R O W N . — S í . P r o n t o vendrá a v e r l o la comisión. ¡ H e garet les exhibe el plano.) É s t e es el p l a n o de m i m a r i d o .
hecho todos los cambios que querían los m u y estúpidos! L o terminó h o y .
M A R G A R E T . — ( A m o r o s a m e n t e . ) ¿ Y p o d r e m o s i r n o s a pa- L A C O M I S I Ó N . — ¡ A h ! (Todos se agolpan a su alrede-
sar esa segunda l u n a de m i e l , de i n m e d i a t o ? dor para mirarlo, con entusiasmo.) ¡ P e r f e c t o ! ¡Espléndi-
B R O W N . — D e n t r o de u n par de semanas, s u p o n g o . . . d o ! ¡ I n m e j o r a b l e ! ¡ E x a c t a m e n t e l o que h a b í a m o s suge-
apenas y o haya l o g r a d o que B r o w n se vaya a E u r o p a . rido!
M A R G A R E T . — D i m e . . . ¿ N o estará b e b i e n d o B r o w n más M A R G A R E T . — ( C o n alegría.) ¿ D e m o d o que l o aceptan?
de l a c u e n t a ? ¡ E l señor A n t h o n y se sentirá t a n satisfecho!
B R O W N . — ( C o n la misma risa de Brown.) ¡ J a , j a ! ¡Está U N O D E L O S M I E M B R O S . — ¿ E l señor A n t h o n y ?
siempre b o r r a c h o p e r d i d o ! ¡ B o r r a c h o de v i d a ! ¡No pue- O T R O . — ¿ E s t á t r a b a j a n d o aquí de n u e v o ?
de s o p o r t a r l a ! ¡ L a v i d a le está q u e m a n d o las e n t r a ñ a s ! U N T E R C E R O . — - ¿ D e b o entender que este p l a n o es de
MARGARET.—(Alarmada.) ¡Querido! M e inquietas. ¡Tu su esposo?
risa parece t a n desatinada como l a de é l ! ¡Necesitas des- M A R G A R E T . — ( C o n excitación.) ¡ S í ! ¡ T o t a l m e n t e suyo!
canso! H a t r a b a j a d o c o m o u n e s c l a v o . . . (Aterrada.) ¿ N o que-
B R O W N . — ( D o m i n á n d o s e . ) D e s c a n s a r é en p a z . . . ¡cuan- rrán d e c i r ustedes q u e . . . el señor B r o w n n u n c a les d i j o
do él se haya i d o ! eso? (Ellos menean la cabeza, con solemne sorpresa.)
M A R G A R E T . — ( C o n una mirada de extrañeza.) Pero, ¡ O h ! ¡ Q u é h o m b r e v i l y despreciable! ¡ L o detesto!
D i o n . . . Ese n o es t u t r a j e . . . Es i g u a l al d e . . . B R O W N . — ( A p a r e c i e n d o por derecha, burlonamente.)
B R O W N . — ¡ E s el suyo! ¡No t a r d a r e m o s en ser m e l l i z o s ! ¿ D e t e s t a r m e , M a r g a r e t ? ¿ D e t e s t a r a B r o w n ? ¡Cuan su-
¡He empezado p o r heredar su r o p a ! (Calmándose, al ver p e r f l u o ! (Con tono oratorio.) Caballeros, les he estado
cuan asustada está ella.) N o te preocupes, q u e r i d a . Estoy o c u l t a n d o u n secreto p a r a i m p r e s i o n a r l o s más a l revelar-
algo e x a l t a d o , a h o r a que está c o n c l u i d o el t r a b a j o . ¡Creo l o . Este p l a n o se debe p o r c o m p l e t o a l a inspiración d e l
que t a m b i é n yo estoy algo b o r r a c h o de v i d a ! (Entra en genio del señor D i o n A n t h o n y . Y o nada tuve que ver
la sala de dibujo la comisión, integrada por tres perso- c o n él.
najes de aire importante y aspecto vulgar.) M A R G A R E T . — ( C o n t r i t a . ) ¡ O h , B i l l y ! ¡ L o siento! ¡Per-
M A R G A R E T . — ( F o r z a n d o una sonrisa.) ¡Pues n o p e r m i - dóname!
tas que te queme p o r d e n t r o ! B R O W N . — ( S i m u l a n d o no haberla oído, toma el plano
B R O W N . — ¡ N o h a y p e l i g r o ! ¡ P o r d e n t r o estoy t e m p l a - de manos de los miembros de la comisión y comienza a
do en el i n f i e r n o ! ¡ J a , j a , j a ! desprenderlo del tablero. Luego dice burlonamente.) Adi-
M A R G A R E T . — ( B e s á n d o l o , con aire zalamero.) ¡Vamo- v i n o en sus rostros, caballeros, que esto cuenta c o n la
nos a casa, q u e r i d o ! . . . ¡ T e lo r u e g o ! a p r o b a c i ó n de ustedes. Están e n c a n t a d o s . . . ¿ v e r d a d ? ¿ Y
E L D I B U J A N T E M A Y O R . — ( L l a m a n d o a la puerta.) Ha p o r qué n o , m i s q u e r i d o s amigos? ¡ M í r e n l o y mírense a
llegado l a c o m i s i ó n , señor B r o w n . sí m i s m o s ! ¡ J a , j a , j a ! ¡ E s t o los i n m o r t a l i z a r á , b u e n a gen-
78 EL GRAN D I O S BROWN
ACTO CUARTO 79

te! ¡Será u n a b u r l a i n m o r t a l ! (Con un repentino cambio


total de tono, irritado.) ¡ M a l d i t o s estúpidos! ¿ N o se dan E L D I B U J A N T E J O V E N . — ( P r e c i p i t á n d o s e al cuarto con-
cuenta de que esto es u n i n s u l t o , u n i n s u l t o t e r r i b l e y tiguo, grita con tono horrorizado.) ¡ E l señor B r o w n h a
blasfemo que el fracasado A n t h o n y nos a r r o j a en su amar- muerto! .
gura a todos los q u e hemos t r i u n f a d o . . . u n i n s u l t o a us- L A C O M I S I Ó N . — ¡ É l l o m a t ó ! (Todos corren al peque-
tedes, a mí, a t i , M a r g a r e t . . . y a D i o s T o d o p o d e r o s o ? ño cuarto de la derecha. Margaret permanece inmóvil,
(En un frenesí de furia.) ¡ Y si ustedes son l o bastante atónita de horror. Los demás vuelven un momento des-
débiles y cobardes p a r a s o p o r t a r l o , yo n o l o soy! (Rasga pués, trayendo la máscara de William Brown, dos a cada
el plano en cuatro pedazos. Los miembros de la comisión lado, como si llevaran un cadáver por las piernas y los
permanecen inmóviles, estupefactos. Margaret se abalan- brazos. Solemnemente lo depositan sobre el canapé y se
za hacia Brown.) quedan contemplándolo.)
M A R G A R E T . — ( G r i t a n d o . ) ¡ C o b a r d e ! ¡ D i o n ! ¡ D i o n ! (Re- UNO DE L O S MIEMBROS DE LA COMISIÓN.—(Con res-
coge el plano y lo oculta contra su pecho.) petuoso terror.) N o p u e d o creer que haya m u e r t o .
B R O W N . — ( C o n súbita cabriola cabruna.) L e diré a D i o n O T R O M I E M B R O . — ( E n el mismo tono.) M e parece oír-
que ustedes están a q u í . (Desaparece, pero reaparece casi l o h a b l a r , a ú n . (Como obedeciendo a un mandato irre-
de inmediato con la máscara de Dion. Se impone un es- sistible, carraspea y le habla a la máscara, con tono im-
fuerzo extraordinario para no bailar y reír. Habla con portante.) S e ñ o r B r o w n . . . (Se interrumpe, bruscamente.)
suavidad.) ¡ C a l m a ! ¡ T o d o va a las m i l m a r a v i l l a s ! ¡Un T E R C E R M I E M B R O . — ( R e t r o c e d i e n d o . ) N o . ¡Está muer-
poco de e n g r u d o , M a r g a r e t ! ¡Un poco de e n g r u d o , caba- t o , n o cabe d u d a ! (De pronto, histéricamente, con irrita-
lleros! ¡ Y t o d o m a r c h a r á b i e n ! ¡ L a v i d a es i m p e r f e c t a , ción y terror.) ¡ T e n e m o s que dar c o n el p a r a d e r o de A n -
H e r m a n o s ! ¡ L o s h o m b r e s t i e n e n sus defectos, H e r m a n a ! t h o n y ahora m i s m o !
¡Pero con unas cuantas gotas de e n g r u d o puede hacerse M A R G A R E T . — ( C o n un grito de congoja.) ¡ D i o n es i n o -
m u c h o ! U n a p i n c e l a d a de e n g r u d o de resignación p o r cente!
aquí y p o r a l l á . . . ¡y hasta los corazones destrozados pue- E L D I B U J A N T E J O V E N . — ¡ V o y a l l a m a r a la p o l i c í a , se-
den repararse p a r a prestar leales servicios! (Se ha enca- ñ o r ! (Se abalanza hacia el teléfono.)
minado al sesgo hacia la puerta. Todos lo contemplan
con petrificada perplejidad. Se coloca el índice sobre los TELÓN
labios.) ¡Ssst! E l secreto que papá les va a contar h o y
a sus niños, es é s t e : el H o m b r e ha n a c i d o r o t o . V i v e a
fuerza de r e m i e n d o s . ¡ L a gracia de D i o s es e n g r u d o ! (Con
rápido y saltarín movimiento, abre la puerta, pasa a la ESCENA II
otra oficina y cierra en pos de sí silenciosamente, estreme-
ciéndose de contenida risa. Con elástico salto, se acerca
a los dibujantes petrificados y murmura.) L o encontrarán Escenario. El mismo de la segunda escena del acto ter-
en el c u a r t o c o n t i g u o . ¡ E l señor W i l l i a m B r o w n ha m u e r - cero, la biblioteca de Brown. La máscara de Dion se halla
t o ! (Desaparece con ágiles saltos, echando atrás la cabe- sobre la mesa bajo la luz, de frente. Brown está arrodilla-
za, estremeciéndose de silenciosa risa. Se oye el ruido de do ante la mesa, de frente, desnudo, salvo un paño blan-
sus pies que bajan a saltos las escaleras, de a cinco por co que le cubre la cintura. La ropa que se ha arrancado
vez. Luego, una pausa. La gente que está en ambas habi- en su tormento está esparcida sobre el piso. Sus ojos, sus
taciones se mira, absorta. El Dibujante Joven es el prime- brazos, todo su cuerpo, están tensos en un esfuerzo hacia
ro en reaccionar.) arriba; sus músculos se crispan al mismo tiempo que sus
labios, mientras éstos rezan silenciosamente en torturada
80 E L GRAN D I O S BROWN ACTO CUARTO 81
súplica. Por fin, de su pecho se escapa una voz con tre- ees... ¡Huye, B i l l y ! ¡ H u y e ! ¡Le están dando caza a al-
mendo esfuerzo. g u i e n ! ¡Vinieron a m i casa en busca de u n asesino, de
D i o n ! ¡Necesitan u n a v í c t i m a ! ¡Necesitan apaciguar sus
B R O W N . — ¡ M i s e r i c o r d i a , Piadoso Salvador de los H o m - temores, expulsar a sus demonios, o no podrán v o l v e r a
bres! ¡Desde m i abismo te g r i t o ! ¡Piedad p a r a este triste c o n c i l i a r el sueño! ¡Necesitan absolverse a sí mismos en-
terrón, t u terrón de t i e r r a impía, t u b a r r o , el G r a n D i o s c o n t r a n d o a u n c u l p a b l e ! ¡Necesitan m a t a r a a l g u i e n ,
B r o w n ! ¡ P i e d a d , S a l v a d o r ! (Parece esperar una respues- ahora, para v i v i r ! ¡ T ú estás desnudo! ¡ D e b e s ser Sata-
ta. Luego se levanta de un salto y estira la mano para nás! ¡Huye, B i l l y ! ¡ H u y e ! ¡ V e n d r á n aquí! ¡ H e v e n i d o co-
tocar la máscara, como un niño asustado que busca la r r i e n d o para a d v e r t í r s e l o . . . a a l g u i e n ! ¡Huye p r o n t o si
mano de su niñera y dice, con instantánea y burlona deses- quieres v i v i r !
peración.) ¡ B a h ! L o siento, niños, pero v u e s t r o r e i n o está B R O W N . — ( C o m o un niño enfurruñado.) Estoy dema-
vacío. ¡Dios se h a i r r i t a d o , m a r c h á n d o s e a alguna lejana siado cansado. N o q u i e r o .
estrella extática d o n d e la v i d a es una l l a m a b a i l a r i n a ! C Y B E L . — ( C o n maternal serenidad.) Bueno, B i l l y . . . N o
Debemos m o r i r s i n él. (Hablándole a la máscara, con as- lo hagas. C á l m a t e . (Desde fuera llega un rumor.) D e to-
pereza.) ¡ J u n t o s , a m i g o m í o ! ¡ T ú , t a m b i é n ; ¡ Q u e sufra dos modos, es demasiado t a r d e . Los oigo ya en el jardín.
M a r g a r e t ! ¡ Q u e s u f r a t o d o el m u n d o como estoy s u f r i e n - B R O W N . — ( M i e n t r a s escucha, tiende la mano y toma
do! (Se oye el ruido de una puerta al abrirse con vio- la máscara de Dion, y, al cobrar fuerzas, dice con acento
lencia y de pies calzados con pantuflas y Cybel, el rostro burlón.) ¡ G r a c i a s p o r este último f a v o r , D i o n ! ¡ E s c u c h a !
cubierto por su máscara, se precipita en el interior de la ¡ T u s vengadores! ¡Están parados sobre t u t u m b a en el
habitación. Se detiene bruscamente al ver a Brown y la j a r d í n ! (Se pone la máscara y salta a la izquierda y hace
máscara y pasea la mirada absorta del uno a la otra, por un gesto como para abrir una puerta-ventana. Con alegre
un momento, presa de confusión. Viste un kimono negro burla.) ¡Bienvenidos, m u d o s adoradores! ¡ Y o soy el G r a n
y calza pantuflas sobre los pies desnudos. Su cabellera ru- D i o s B r o w n ! ¡ M e h a n aconsejado que huya de ustedes,
bia cae sobre sus hombros, como una gran crin. Ha en- pero siento el soberano c a p r i c h o de b a i l a r en m i f u g a
gordado y ha aumentado en ella la honda serenidad ob- sobre sus almas prosternadas! (Del jardín llegan gritos y
jetiva de un ídolo.) una descarga. Brown retrocede tambaleándose y se des-
B R O W N . — ( M i r á n d o l a fijamente, fascinado, con gran ploma en el suelo junto al canapé, mortalmente herido.)
tranquilidad, como si la presencia de Cybel lo consolara.) C Y B E L . — ( S e lanza hacia él, lo incorpora hasta tender-
¡Cybel! ¡ Y o i b a hacia t i ! ¿ C ó m o supiste? lo en el canapé y le quita la máscara de Dion.) N o pue-
C Y B E L . — ( L e quita la máscara y mira sucesivamente des l l e v a r t e esto a l a cama. Tienes que d o r m i r solo. (Rein-
a Brown y la máscara de Dion, después de lo cual dice, tegra la máscara de Dion a su soporte bajo la luz y se
con aire de gran comprensión.) ¡Fue p o r eso que n u n c a pone su propia máscara, en el preciso momento en que,
volviste a m í ! ¡ T ú eres D i o n B r o w n ! después de varios portazos, con estrépito de vidrios rotos
B R O W N . — ( C o n amargura.) ¡ Y o soy los restos de W i - y pisadas presurosas, irrumpe en la habitación un pelo-
l l i a m B r o w n ! (Señala la máscara de Dion.) ¡Soy su ase- tón de policías que empuñan sus revólveres, encabezados
sino y su v í c t i m a ! por un capitán de rostro brutal y cabello canoso. Los po-
C Y B E L . — ( C o n risa de exasperada piedad.) ¡Oh! ¿Por licías son seguidos por Margaret, que oprime aún con
qué n o aprenderán ustedes de u n a vez a n o atormentarse angustia los pedazos del plano contra su pecho.)
y a no a t o r m e n t a r m e ? E L C A P I T Á N . — ( S e ñ a l a n d o la máscara de Dion, triun-
B R O W N . — ( C a n d o r o s o y pueril.) Y o soy B i l l y . falmente.) ¡ H e m o s dado con él! ¡Está m u e r t o !
C Y B E L . — ( D e inmediato, con calma maternal.) Enton- M A R G A R E T . — ( S e deja caer de rodillas, toma la más-
ACTO CUARTO 83
82 E L GRAN D I O S BROWN

do s u e ñ o . ¿ C ó m o era aquella plegaria que me enseñas-


cara y la besa, con intensa congoja.) ¡ D i o n ! ¡ D i o n ! (El t e . . . ? Padre N u e s t r o . . .
rostro oculto en los brazos, la máscara en sus manos por C Y B E L . — ( C o n sereno gozo.) ¡Padre N u e s t r o que estás!
sobre la abatida cabeza, se queda sollozando con profun- B R O W N . — ( I m i t a n d o su tono, con regocijo.) ¡ Q u e es-
da y silenciosa pena.) t á s ! ¡ Q u e estás! (Súbitamente, en éxtasis.) ¡ L o sé! ¡ L o
E L C A P I T Á N . — ( A d v i r t i e n d o a Cybel y a Brown, sor- he e n c o n t r a d o ! ¡ L o oigo h a b l a r ! « ¡ B e n d i t o s sean los que
prendido.) ¡ H o l a ! ¡ M i r e n esto! ¿ Q u é hacen ustedes a q u í ? l l o r a n , p o r q u e r e i r á n ! » ¡ S ó l o q u i e n ha l l o r a d o puede
¿ Q u i é n es é s t e ? r e í r ! ¡ L a risa del cielo siembra sobre la t i e r r a u n a l l u v i a
C Y B E L . — U s t e d e s d e b i e r a n saberlo. ¡Ustedes l o m a t a - de lágrimas y la risa del H o m b r e v u e l v e de la T i e r r a ,
ron! t r a n s f i g u r a d a p o r los dolores del p a r t o , p a r a gozar de l a
E L C A P I T Á N . — ( C o n un gruñido defensivo, precipitada- b e a t i t u d y j u g a r de n u e v o en i n n u m e r a b l e s l l a m a r a d a s
mente.) ¡ F u e a A n t h o n y a q u i e n m a t a m o s ! ¡ L e v i l a cara! b a i l a r i n a s sobre las r o d i l l a s de D i o s ! (Muere.)
¡Apostaría a que este i n d i v i d u o es u n c ó m p l i c e ! ¡ B i e n C Y B E L . — ( S e levanta y acomoda el cadáver de Brown
m e r e c i d o l o t i e n e ! ¿ Q u i é n es? ¡Un amigo suyo! ¡Un b r i - sobre el canapé. Se inclina y lo besa con dulzura, se yer-
b ó n ! ¿ C ó m o se l l a m a ? ¡ D í g a m e l o o le ajusto las cuentas! gue y contempla el espacio, diciendo con profundo dolor.)
CYBEL.—Billy. ¡ S i e m p r e v u e l v e la p r i m a v e r a t r a y e n d o la v i d a ! ¡ S i e m p r e !
E L CAPITÁN.—¿Billy qué? ¡ E t e r n a m e n t e ! ¡ D e n u e v o la p r i m a v e r a ! . . . , ¡de n u e v o la
C Y B E L . — N o l o s é . Se está m u r i e n d o . (Bruscamente.) v i d a ! . . . ¡de n u e v o el verano y el otoño y l a m u e r t e y
D é j e n m e a solas c o n él y quizá consiga h a c é r s e l o d e c i r . l a p a z ! (Con atormentada pena.) ¡ P e r o siempre, siempre
de n u e v o el a m o r y l a c o n c e p c i ó n y el n a c i m i e n t o y el
E L C A P I T Á N . — ¡ M á s vale que l o haga! Necesito u n i n -
d o l o r ! ¡ L a p r i m a v e r a que trae de n u e v o el i n t o l e r a b l e cá-
f o r m e c o m p l e t o . L e concedo u n p a r de m i n u t o s . (Le hace
l i z de la v i d a ! . . . (Con atormentada exaltación.)... ¡que
un ademán a los policías, que lo siguen por izquierda.
trae de n u e v o la gloriosa y d e s l u m b r a n t e c o r o n a de la
Cybel se quita la máscara y se sienta junto a la cabeza
v i d a ! (Permanece inmóvil y erguida como un ídolo de
de Brown. Éste hace un esfuerzo por incorporarse hacia
la Tierra: sus ojos miran algo que está más allá del
ella y Cybel le ayuda, echando su kimono sobre el desnu-
mundo.)
do cuerpo de Brown y atrayendo su cabeza sobre su
M A R G A R E T . — ( A l z a n d o la cabeza con aire de adoración
hombro.)
hacia la máscara, con una triunfante ternura aliada a su
B R O W N . — ( A c u r r u c á n d o s e contra ella, con gratitud.) La pena.) ¡ A m a n t e m í o ! ¡ E s p o s o m í o ! ¡Mi n i ñ o ! (Besa la
t i e r r a es t i b i a . máscara.) A d i ó s . ¡ G r a c i a s p o r la f e l i c i d a d ! ¡ Y tú n o estás
C Y B E L . — ( C o n tono tranquilizador, mirando el vacío m u e r t o , a d o r a d o ! ¡ N o morirás m i e n t r a s v i v a m i c o r a z ó n !
con la impasibilidad de un ídolo.) ¡Ssss! Duérmete, B i l l y . ¡ V i v i r á s eternamente! ¡ D o r m i r á s bajo m i c o r a z ó n ! ¡Sen-
B R O W N . — S í , m a m á . (Con el tono de quien explica tiré c ó m o te agitas en t u sueño, eternamente bajo m i co-
algo.) A q u e l l o estaba oscuro y y o n o podía v e r adonde r a z ó n ! (Besa nuevamente la máscara. Pausa.)
iba y todos m e acosaban. E L C A P I T Á N . — ( S e asoma apenas por izquierda y habla
C Y B E L . — L o sé. E s t á s cansado. sin mirarla, ásperamente.) B u e n o . . . ¿ C ó m o se l l a m a é s e ?
• B R O W N . — ¿ Y cuando despierte...? C Y B E L . — ¡ E l Hombre!
C Y B E L . — V o l v e r á a salir el sol. E L P A C I T Á N . — ( E x t r a y e n d o del bolsillo una sucia li-
B R O W N . — ¡ P a r a j u z g a r a los v i v o s y a los m u e r t o s ! breta y un enorme lápiz.) ¿ C ó m o se deletrea eso?
(Con temor.) Y o n o q u i e r o j u s t i c i a . Q u i e r o a m o r .
C Y B E L . — S ó l o hay amor. TELÓN
B R O W N . — G r a c i a s , m a m á . (Débilmente.) Estoy s i n t i e n -
EPILOGO 85"

c o m o y o ! ¡ V u e l v a n al salón a b a i l a r ! (Al verlos vacilar


EPILOGO respetuosamente.) V a y a n . Realmente, q u i e r o estar s o l a . . .
c o n mis j u n i o s .
Escenario: Cuatro años después. El mismo sitio del mis-
L o s H J J O S . — ( S i n poder ocultar su deseo de marchar-
mo embarcadero del prólogo, otra noche de luna de junio.
se.) S í , m a m á . (Se van.)
El rumor de las olas y de una lejana música bailable.
M A R G A R E T . — ( S e quita lentamente la máscara, deposi-
Margaret y sus tres hijos aparecen por derecha. El ma-
tándole sobre el banco y contempla la luna con pensativa
yor cuenta ahora dieciocho años. Todos visten con la
y resignada dulzura.) ¡Fue hace tanto t i e m p o ! Y , c o n
máxima elegancia de la escuela preparatoria para los es-
t o d o , sigo siendo l a m i s m a M a r g a r e t . Son sólo nuestras
tudios universitarios. Los tres son altos, atléticos y her-
v i d a s las que envejecen. Nosotros estamos donde los si-
mosos. En torno de la frágil figura de su madre, parecen
glos c u e n t a n apenas c o m o segundos y después de m i l v i -
gigantes protectores, dándole un extraño aspecto de soli-
das nuestros ojos c o m i e n z a n a a b r i r s e . . . (Mira en torno
taria, retraída y menuda feminidad. Margaret ostenta su
con sonrisa extática.)... ¡y la l u n a descansa en el m a r !
máscara de madre orgullosa e indulgente. Ha envejeci-
¡ Q u i e r o sentir a l a l u n a en paz en el m a r ! ¡ Q u i e r o que
do a todas luces. Su cabello ofrece un hermoso color
D i o n abandone el cielo p o r m í ! ¡ Q u i e r o que d u e r m a en
gris. En su aire y su voz, se advierte el sentimiento sa-
las olas de m i c o r a z ó n ! (Lentamente, saca de debajo de
tisfecho de quien sabe bien cumplido su objetivo vital,
su capa, de su pecho, se diría de su corazón, la máscara
pero que nota al propio tiempo en él cierto vacío y sien-
de Dion, tal como fuera ésta en los últimos días de su
te desconsuelo por ello. Está envuelta en una capa gris.
vida, y la sostiene frente a su rostro.) ¡ A m a n t e m í o ! ¡Es-
E L M A Y O R . — ¿ V e r d a d que Isabel está hermosa esta n o - poso m í o ! ¡ N i ñ o m í o ! ¡ N u n c a morirás m i e n t r a s v i v a m i
che, m a m á ? c o r a z ó n ! V i v i r á s eternamente. ¡Estás d u r m i e n d o bajo m i
E L S E G U N D O . — ¿ N o te parece M a b e l la m e j o r de las c o r a z ó n ! Siento que te agitas en t u sueño, eternamente
bailarinas, m a m á ? bajo m i c o r a z ó n . (Lo besa en los labios, con un beso que
E L M E N O R . — ¡ O h ! A l i c i a las s u p e r a . . . ¿ v e r d a d ? está más allá del tiempo.)
M A R G A R E T . — ( C o n triste risita.) T o d o s ustedes t i e n e n
TELÓN
razón. (Con extraña decisión.) A d i ó s , chicos.
L o s H I J O S . — ' S o r p r e n d i d o s . ) Adiós.
M A R G A R E T . — F u e a q u í d o n d e , u n a noche idéntica a
ésta, p a p á . . . me d e c l a r ó su a m o r . ¿ L o sabían ustedes?
L o s H I J O S . — ( C o n aire turbado.) No.
M A R G A R E T . — ( C o n tono ansioso.) Pero las noches son
ahora m u c h o m á s frías que a n t a ñ o . I m a g í n e n s e que y o
me b a ñ é en j u n i o a la l u z de la l u n a c u a n d o n i ñ a . . . E l
aire era t a n t i b i o y agradable, e n t o n c e s . . . Recuerdo los
meses de j u n i o en que y o los l l e v a b a a ustedes en m i s
e n t r a ñ a s , hijos m í o s . . . (Pausa. Ellos dan muestras de
malestar. Ella pide, con tono de súplica.) ¡Prométanme
h o n r a d a m e n t e n o o l v i d a r j a m á s a su p a d r e !
L o s H I J O S . — ( T u r b a d o s . ) Sí, mamá.
M A R G A R E T . — ( F o r z a n d o un tono festivo.) ¡ P e r o n o de-
ben perderse u n a h e r m o s a noche de j u n i o c o n u n a v i e j a

También podría gustarte