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“A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens
avançadas de produção”
CONTROLE ESTATÍSTICO DO
PROCESSO APLICADO NA AVALIAÇÃO
DA POTABILIDADE DA ÁGUA: UM
ESTUDO DE CASO NA SANEAGO EM
GOIÂNIA GOIÁS
avançadas de produção”
1. Introdução
Para o monitoramento de qualidade da água são abordados alguns parâmetros de acordo com o
padrão de potabilidade. Nesta pesquisa, serão analisados os seguintes: flúor, pH, temperatura
da água, turbidez, índice de coliformes totais, cloro residual, cor aparente e Escherechia
Coli. Para isso, esses índices correspondentes a água proveniente da Estação de
Tratamento de Água (ETA) do Sistema Meia Ponte, localizada em Goiânia/GO, serão
analisadas de acordo com os procedimentos de qualidade para consumo humano
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XXXVII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
“A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens
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Esta situação demonstra que pessoas com atividades e padrões de vida diferenciados estão
expostos às doenças, sendo esta constatação aplicada a maioria das pessoas, trazendo um
maior interesse em se associar essas doenças a água contaminada (ZACARIAS, 2000).
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Na Figura 01 verifica-se que a água é considerada como um agente infeccioso, mas, este
é introduzido na água para que ocorra a transmissão da doença. Assim, os micro -
organismos são considerados como potencial patogênico, e, não se desenvolvem de forma
espontânea na água, eles acabam sendo introduzidos pelo homem por meio de
excrementos e águas residuais (BARATA, 1990).
3.2 Temperatura
A temperatura é uma condição importante a ser explorada, pois ela pode acelerar ou atrasar a
atividade biológica, promovendo proliferação de micro-organismos e de algas. Também exerce
influência sobre a solubilidade do oxigênio e do dióxido de carbono na água e as precipitações
de alguns compostos (SILVA, 2013).
3.3 pH
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O pH é um padrão de potabilidade, portanto para que as águas sejam consideradas potáveis para
abastecimento público devem apresentar valores de pH entre 6,0 e 9,5, respeitando a Portaria
518 do Ministério da Saúde (BRASIL, 2004). Este é um dos indícios mais cruciais para o
monitoramento de recursos hídricos superficiais ou subterrâneos. A acidez descomedida pode
anunciar contaminações, enquanto o excesso de solubilização de sais pode resultar em uma
água inadequada para consumo devido à elevada dureza (BAIRD, 2004).
3.4 Flúor
De acordo com Kulcheski (2000), a Organização Mundial da Saúde (OMS) define como nível
adequado para fluoretação de águas de abastecimento o intervalo que varia entre 1,0 a 1,5 mg
de fluoreto para cada litro de água. A Portaria 518 do Ministério da Saúde delibera concentração
limite de flúor de 1,5 mg de fluoreto para cada litro de água (BRASIL, 2004).
A eficiência do método de cloração está sustentada pela eliminação das células bacterianas por
meio da oxidação dos grupamentos sulfidrila livres (BRASIL, 2004).
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A Portaria 518 do Ministério da Saúde exige que a água para consumo humano tenha uma
concentração igual ou maior a 0,2 mg/L de cloro residual livre, não ultrapassando 2mg/L seja
qual for o ponto do sistema de abastecimento (BRASIL, 2004).
3.6 Turbidez
A cor está incumbida pela coloração da água e ainda associa-se ao grau de redução de
intensidade que a luz sofre ao atravessá-la (COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE
SÃO PAULO, 2010).
De acordo com Richtter e Azevedo Netto (2002), virtualmente a água pura não contém cor. O
acompanhamento de substâncias dissolvidas ou em suspensão modifica a cor da água,
dependendo da quantidade e da natureza do material existente. Geralmente pode-se atribuir a
cor da água aos ácidos húmicos e tanino, produzidos pela decomposição de vegetais e, por isso,
não apresenta risco algum para a saúde. No entanto, quando de origem industrial, pode ou não
conter toxicidade (SPERLING, 1996).
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4 Gestão da Qualidade
Segundo (Campos, 1999), qualidade se refere às características específicas dos produtos, bens,
serviços finais ou intermediários da empresa, as quais definem a capacidade destes bens ou
serviços como sendo responsáveis em promoverem à satisfação do cliente e o cumprimento dos
requisitos. A qualidade do bem ou serviço inclui a ausência de defeitos e a presença de
características que satisfaçam os consumidores, com qualidade pessoal, informação,
treinamento dentre outros aspectos.
Neste estudo as características de avaliação da qualidade que serão consideradas para definir se
a água é potável, são: temperatura, pH, flúor, cloro residual livre, turbidez e cor aparente.
O controle estatístico da qualidade é uma abordagem que combina as práticas de controle total
da qualidade, engenharia e estatística. Essa abordagem iniciou na década de 20, nos Estados
Unidos, através do Dr. Walter A. Shewhart, que desenvolveu um sistema de mensuração das
variabilidades na produção de bens e serviços, conhecido como Controle Estatístico do
Processo. Também foi criador do método PDCA (Plan, Do, Check and Action), método
mundialmente difundido e essencial para a gestão da qualidade.
Dr. Walter propôs o uso de cartas de controle (CCs) para analisar os dados obtidos por
amostragem, tornando possível a prevenção de problemas relacionados à qualidade e impedindo
que produtos defeituosos fossem produzidos.
Segundo (Santos, 2009) a qualidade não deve ser atrelada apenas ao produto final, mas a todo
o processo produtivo e administrativo, visto que cada produto imperfeito traz consigo
desperdício de matéria-prima, tempo, energia, etc.
Neste contexto é preciso mensurar as características pelas quais o processo será gerenciado, e
para tal, faz-se necessário primeiramente um estudo sobre o que é processo.
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(Campos, 1999) define processo como sendo um conjunto de causas que provocam um ou mais
efeitos entre o homem, os materiais, os equipamentos e o meio ambiente para fabricar um
produto ou serviço.
O controle estatístico do processo (CEP) é uma técnica estatística aplicada à produção que
permite a redução sistemática da variabilidade nas características da qualidade de interesse,
contribuindo para a melhoria da qualidade intrínseca, da produtividade, da confiabilidade e do
custo do que está sendo produzido (RIBEIRO & CATEN, 2012).
Para melhor compreender o CEP, portanto, é preciso que se entenda a variabilidade e como ela
está diretamente ligada à qualidade do processo, realizando o controle desta variabilidade ao
longo do tempo através da coleta de dados continuada, análise e bloqueio de possíveis causas
especiais que estejam afetando o sistema.
(Michel e Fogliatto, 2002 apud Wasyluk e Polacinski, 2011) destacam que o objetivo das cartas
de controle é monitorar a variabilidade existente nos processos, distinguindo causas comuns
(causadoras de pequenas variações aleatórias e, via de regra, inofensivas ao processo) de causas
especiais. Causas especiais devem ser identificadas e corrigidas, para que o processo permaneça
dentro de um padrão esperado de desempenho.
O gráfico contém uma linha central (LC) que representa o valor médio, e duas outras linhas
chamadas de limites superior de controle (LSC) e de limite inferior de controle (LIC), se o
processo estiver sob controle, aproximadamente todos os pontos da amostra cairão entre os
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5. METODOLOGIA
O presente artigo é caracterizado por um estudo de caso da aplicação das técnicas de Controle
Estatístico do Processo com Cartas de Controle realizadas no software Excel com auxílio do
suplemento Action instalado. Para aferir se a qualidade da água, ou seja, se os níveis dos
parâmetros bacteriológicos e físico-químicos, que medem a potabilidade da água, estão dentro
dos limites estabelecidos na Portaria n° 2.914 de 12 de dezembro de 2011.
Os dados utilizados para a presente pesquisa foram provenientes do banco de dados gerados
para emissão dos boletins de análises de água, emitidos pela Companhia de Saneamento de
Goiás S/A - SANEAGO, entre 01 de setembro de 2015 a 29 de fevereiro de 2016, num total de
120 amostras analisadas.
Temperatura da Água
Turbidez
Cloro Residual
Flúor
Cor Aparente
pH
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É importante salientar que em nenhuma das 120 amostras foi detectada o Escherechia Coli ou
algum índice de coliformes totais, por isso essas variáveis sequer foram consideradas no
modelo.
Estes dados foram submetidos ao processo interativo, ilustrado na Figura 03, no qual
utiliza-se as cartas de controle para analisar se o processo é estável.
Figura 03 – Processo iterativo de melhoria do processo
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27
Valores Individuais
26.35
26
25 24.86
24
23.36
23
22
TEMPERATURA AGUA
Peças
2.76
2.5
2.0
1.5 1.59
1.0
0.5 0.41
0.0
Peças
A temperatura da água é controlada pela incidencia solar. Sendo a temperatura da água uma
variavel imprescidível para a vida aquática desde peixes, insetos, zooplâncton, fitoplâncton e
todos as espécies aquáticas. Tambem influindo a quimíca da água pois dependendo da sua
temperatura tem se mais ou menos oxigênio dissolvido. Quando a temperatura ocorrer abaixo
de 14 graus Celsius teremos pouca atividade da vida aquática de 15 a 20 graus Celsius ocorre
uma atividade mediana da vida aquática de 21 a 27 graus Celsius uma alta atividade da vida
aquática acima de 27 graus Celsius ocorre o declinio da vida aquática. Assim a temperatura
ideal da água é em torno de 25 graus Celsius tanto para sua potabilidade quanto para a vida
aquática. Nas amostras coletadas a média da temperatura da água foi de 24,85 graus Celsius,
com valores variando de 26,35 graus Celsius a 23,36 graus Celsius e desvio padrão de 0,45.
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1.50
Valores Individuais
1.48
1.45
1.40
1.38
1.35
1.30
1.28
1.25
CLORO RESIDUAL
Peças
0.20
0.1903
Amplitude Móvel
0.15
0.1091
0.10
0.05
0.0279
0.00
Peças
De acordo com a Portaria 518 do Ministério da Saúde, a concentração de cloro residual deve
ser maior ou igual a 0,2 mg/L e inferior a 2 mg/L. Nas amostras coletadas a média de cloro
residual foi para o limite inferior de 1,28 mg/L e superior de 1,48 mg/L, média de 1,38 mg/L e
desvio padrão de 0,034.
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5.3) Flúor
0.74
0.74
0.72
0.71
0.70
0.68 0.68
FLÚOR
Peças
0.05
Amplitude Móvel
0.04 0.040837
0.03
0.02
0.01 0.0125
0.00 0
-0.01
FLÚOR
Peças
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define o nível adequado para fluoretação de águas no
intervalo de 1,0 a 1,5 mg/l para cada litro de água e a Portaria 518 do Ministério da Saúde define
concentração limite de flúor de 1,5 mg/l para cada litro de água (BRASIL, 2004).
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Após a carta de controle do processo, conforme ilustrado na Figura 06, obteve-se média de 0,71
mg/l, limite inferior de 0,68 mg/l e superior de 0,74 mg/l.
5.4) Turbidez
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0.52
0.5
0.4
0.35
0.3
0.2
0.18
TURBIDEZ
Peças
0.3
Amplitude Móvel
0.281269
0.2
0.133051
0.1
0.0 0
TURBIDEZ
Peças
Através da carta de controle o processo estabilizou-se com média de 0,35 UT, entre o limite
inferior de 0,18 UT e superior de 0,52 UT, e desvio padrão de 0,06 UT, conforme apresentado
na Figura 07.
A Portaria 518 do Ministério da Saúde estabelece 5 UT como valor máximo de turbidez para
abastecimento público de água, assim os valores registrados nas amostras estão conforme o
padrão de qualidade e potabilidade.
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4.21
4
3
2.5
2
1
0.79
COR APARENTE
Peças
3.0
Amplitude Móvel
2.5
2.0 2.101975
1.5
1.0
0.643396
0.5
0.0 0
-0.5
COR APARENTE
Peças
A coloração da água registrada nas amostras variou de 0,79 uH a 4,21 uH, resultando na média
2,5 uH, com desvio padrão de 0,97 uH, Após a realização da carta de controle o processo se
estabilizou conforme mostrado na Figura 08.
Os valores obtidos indicam um bom nível de potabilidade e que o processo é capaz, conforme
ilustrado na Figura 08, visto que o maior valor permitido para coloração da água é de 15,0 uH
(BRASIL, 2004).
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5.6) pH
7.12
Valores Individuais
7.10 7.1
7.08
7.06
7.05
7.04
7.02
7.00 7
6.98
PH
Peças
0.10
Amplitude Móvel
0.08
0.07527
0.06
0.04
0.029242
0.02
0.00 0
PH
Peças
O processo estabilizou entre 7 e 7,1 com média de 7,05, de acordo com a carta de controle
exibido na Figura 26. Afirmando que a água analisada praticamente possui pH neutro.
Os níveis de pH aceitáveis definidos na Portaria 518 devem variar de 6,0 a 9,5. Nos dados foram
identificadas 4 (quatro) amostras com valores abaixo de 6,0, sendo de 0,65; 0,72; 4,5 e 4,5. O
processo estabilizado se mostrou capaz, conforme demonstrado na Figura 09.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
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A água quando ingerida sem qualidade traz uma série de problemas, como a proliferação
de doenças que já foram consideradas erradicadas, como, por exemplo, a cólera.
Assim com esse panorama da agua foi foco nesse artigo a importância da qualidade da
agua para a saúde humana. Abordando as seguintes variáveis temperatura Ambiente,
temperatura da água, turbidez, cloro residual, flúor, cor aparente e ph. Tendo como base os
dados coletados no controle de qualidade da Saneago – GO.
Com os dados coletados aplicando ao CEP (controle estático de processo) analisando a
qualidade das variáveis. Com o auxílio da cartas de controle foi detectado que a água ingerida
em Goiás possui uma temperatura dentro da normalidade ideal para o consumo e a vida
aquática, pode se afirmar que os níveis de cloro residual atendem as especificações do
Ministério da saúde, quanto a fluoretação os níveis apesar de estarem abaixo dos sugeridos pela
OMS atendem a portaria 518 do Ministério da saúde, a turbidez também está dentro dos limites
permitidos, em relação a coloração também temos uma qualidade satisfatória o pH ficou
praticamente em 7 um pH neutro atendendo novamente as especificações. Podendo concluir
com um bom grau de confiança que a agua tratada de Goiás possui uma boa qualidade em suas
variáveis mais importantes que foram foco desse estudo.
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