AD1

Curso: Matemática
Polo: Darcy Ribeiro, Volta Redonda
Aluno: Renan Nora Ferreira da Costa
Matrícula: 16213010031 data: 19/02/2018

Questão:

I – Desenvolva a questão abaixo de acordo com o que é sugerido.

Em nossa quarta aula foi pedido que você lesse o texto “Ação afirmativa: histórias e
debates no Brasil” de Sabrina Moehlecke (http://www.scielo.br/pdf/cp/n117/15559.pdf).
Na parte do texto intitulada “Algumas das questões em debate”, a autora coloca a seguinte
questão:

"A adoção de políticas de ação afirmativa no Brasil caracterizaria a garantia de um direito

ou o estabelecimento de um privilégio? Aqueles que as percebem como um privilégio,
atribuem-lhes um caráter inconstitucional. Significariam uma discriminação ao avesso,
pois favoreceriam um grupo em detrimento de outro e estariam em oposição à ideia de
mérito individual, o que também contribuiria para a inferiorização do grupo supostamente
beneficiado, pois este seria visto como incapaz de vencer por si mesmo”.

A partir dessa colocação responda com suas próprias palavras como você contra
argumenta a posição daqueles que percebem o sistema de cotas como um privilégio?

Politicas de ação afirmativa: Benefícios sociais que estabelecem a justiça e

a igualdade aos excluídos.
Em alguns países é comum, vermos modelos de ação afirmativa, serem implantados com
o objetivo de assegurar direitos de pessoas discriminadas, excluídas da sociedade. Os
diferentes tipos de cotas, que encontramos no Brasil, são exemplos dessas políticas de
ação afirmativa, que procuram diminuir essa enorme desigualdade socioeconômica que
existe em nosso país. Tal adoção, gera muitas polêmicas e dividi opiniões, uns acham
justas; outros privilégios, mas se refletirmos bem sobre nossa realidade e a história de
nosso país, afirmaremos serem justas essas políticas de ação afirmativa.

Podemos aqui citar entre outras, as cotas destinadas as instituições públicas

(universidade), preenchidas por alunos que estudaram em escolas públicas. No meu
entendimento, este tipo de cota é justíssimo, sem nenhum rastro de privilégio, pois em
uma instituição pública (custeada pela união/estado) nada mais correto que sejam
asseguradas vagas para alunos vindos de escola pública, que em sua grande maioria não
possuem condições de custear uma escola particular. Um outro exemplo de cotas, bem
mais polêmico e complexo, são as cotas raciais e aqui também não vejo privilégio algum.
Do ponto de vista racional, pode-se afirmar que não há uma justificativa para haver
distinção entre pessoas, mas do ponto de vista histórico, temos uma grande dívida social,
com este povo, que não foi superada, apesar da lei Áurea. O problema racial é grande e
muito injusto dentro de nossa sociedade, com uma imensurável desigualdade.

Hoje seria trágico se esta adoção de políticas de ação afirmativa fosse retirada; porém
igualmente trágico será se daqui a alguns anos estas políticas ainda se fizerem necessárias,
pois será uma prova irredutível que o país não superou sua dívida social, e que continua
permitindo a manutenção de desigualdades e injustiças entre as pessoas, praticando
discriminações e exclusões, não oferecendo as mesmas oportunidades para todos, não
assegurando os direitos mais básicos de seus cidadãos.