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CURSO COMPLETO DE PROJETO DE MÓVEIS

APOSTILA SÍNTESE
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CURSO COMPLETO DE PROJETO DE MÓVEIS

MÓDULO 01
Leitura e Interpretação de Projetos
CURSO COMPLETO DE PROJETO DE MÓVEIS 3

MÓDULO 01
Aula 01

Assuntos a serem abordados

01. Introdução
02. O Desenho Técnico
03. As Normas Técnicas
04. Os Materiais de Desenho Técnico

Atenção: O material está disponível apenas para este curso. É proibida cópia total ou parcial,
apresentação ou qualquer forma de comercialização de seu conteúdo. São respeitados os
Direitos Autorais de toda a bibliografia consultada, com a respectiva indicação dos créditos.

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Prezado Aluno,

Seja bem vindo ao material de ensino AM Cursos Online!

A partir de agora iniciam seus estudos de um tema que, com toda certeza, agregará
muito valor a sua vida profissional. Poderá observar que nossa preocupação foi apresentar
os conteúdos de maneira fácil e acessível, para que você tenha uma perfeita compreensão
de todos os passos necessários para o entendimento e leitura de um projeto arquitetônico.

Seguindo este princípio, o curso será apresentado com diversas metodologias e


didáticas para tornar-se ainda mais atrativo ao aprendizado. Para memorizar melhor o
conteúdo, as apostila foram escritas em formato de manual, com vocabulário simples e que
vai direto ao tema, além de ilustrações e imagens exemplificando toda a matéria ministrada.
Estude este material em conjunto com os vídeos e aplicações de exercícios assim, poderá
concluí-lo com a melhor eficiência possível. Bons estudos!

Prof. Arq Amanda Marques


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01. INTRODUÇÃO

Desde o princípio de suas origens, o homem comunica-se através de


grafismos e desenhos. As primeiras representações que conhecemos são as
pinturas rupestres, na qual o homem primitivo retratava não apenas o mundo que o
cercava, mas também as sensações, como alegrias e medos, e seus costumes, com
imagens que retratavam crenças ou danças, por exemplo.

Ao longo da história, a comunicação através do desenho foi evoluindo, dando


origem a duas técnicas de desenho: o artístico (que expressa ideias e sensações,
estimulando a imaginação do espectador) e o técnico (que tem por finalidade a
representação fiel dos objetos, isto é, o mais próximo da realidade, em formas e
dimensões).

Desenho Artístico
Fonte: http://midiaeducacao.com.br/?cat=4&paged=3 Data: 21/07/14 14:40

Desenho técnico

Em arquitetura, o desenho é a principal forma de expressão. É através dele


que o arquiteto exterioriza as suas criações e soluções, representando o seu projeto,
seja ele de um móvel, um espaço, uma casa ou uma cidade.
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Desenho Artístico: Croqui


Fonte: http://4.bp.blogspot.com/_sKdkwVVV6kg/R7ZgDgNBn-I/AAAAAAAADIA/A6E-DILbgMg/s1600-h/Partido_02.jpg
Data: 21/07/2014 14:49

Desenho técnico: Portas

02. O DESENHO TÉCNICO


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O Desenho Arquitetônico é uma especialização do desenho técnico normatizado


com foco para a execução e representação gráfica de projetos de arquitetura.
Portanto, o desenho técnico arquitetônico manifesta-se como um código, uma
linguagem, estabelecida entre o desenhista e o leitor do projeto. Com isso, seu
entendimento por completo se faz necessário antes de estudar qualquer assunto
referente às áreas de arquitetura, design de interiores e engenharia civil. Você pode
desenvolver habilidade em desenho técnico arquitetônico a mão, porém este não é o
foco deste curso que tem por finalidade, lhe ensinar a ler e interpretar Desenho
Técnico Arquitetônicos. Para desenvolver habilidade no desenho técnico a mão
sugerimos que busque uma escola de curso presencial, pois envolve um certo nível
de treinamento. Esse tipo de desenho costuma ser uma disciplina base de suma
importante já nos primeiros períodos das faculdades e cursos técnicos nas áreas de
arquitetura, design de interiores, engenharia e segurança do trabalho. Após este
curso você também poderá realizar um curso para desenhar tecnicamente os
projetos em ferramentas específicas para tal, como o AutoCAD ou outro programa
destinado para desenvolver os desenhos técnicos.

Quando se faz a elaboração do projeto, cria-se um documento que contém, na


linguagem de desenho, informações técnicas relativas a uma obra arquitetônica – é a
maneira com que o arquiteto se comunica tanto com o cliente como com as pessoas
que farão a obra. Esse desenho segue normas de linguagem que definem a
representatividade das retas, curvas, círculos e retângulos, assim como outros
elementos que nele aparecem. Dessa forma, poderão ser perfeitamente lidos e
interpretados pelos demais profissionais envolvidos na execução.
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No modo convencional, a mão, os desenhos são


executados sobre pranchetas, com uso de réguas,
esquadros, lapiseiras, escalas, compassos, canetas de
nanquim, etc. Esses desenhos são desenvolvidos sobre
uma superfície de papel, as quais chamaram de prancha.
Na maioria das vezes, quando desenvolvemos o
desenho com grafite ou lapiseira utilizamos o papel
Desenho técnico à mão
Fonte:http://wp.clicrbs.com.br/mi sulfurizê ou o vegetal para desenhos a tinta como o
ssaocasa/files/2013/05/DSC03105.jpg nanquim.
Data: 21/07/2014 16:33

Já com os projetos digitalizados através da computação gráfica, em programas


de computador específicos, como o Auto CAD ou outros, ocorre à impressão do
desenho o qual chamamos de plotagens. Quando reproduzidos no computador
devem ter as mesmas informações contidas nos convencionais. Ou seja, os traços e
demais elementos apresentados deverão transmitir todas as informações
necessárias, para a construção do objeto.

Desenho técnico digitalizado


Fonte: http://4.bp.blogspot.com/_10nisl6ykrQ/TO6NfR5QlDI/AAAAAAAAAR8/UcJpT5-x0Ks/s1600/TELA_CAD2.jpg Data:
21/07/2014 16:37

03. AS NORMAS TÉCNICAS

Como foi citado, o desenho é a principal forma de comunicação e transmissão


das ideias do arquiteto, e é fundamental que os demais profissionais envolvidos
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possam compreender perfeitamente o que está representado em seus projetos. Da


mesma maneira, se faz necessário que o arquiteto consiga ler e interpretar qualquer
outro projeto que seja complementar ao arquitetônico, sendo ele um projeto de
qualquer teor, mobiliário, paginações de gesso, piso, revestimento, elétrica,
luminotécnico, decoração, paisagismo entre outros, possibilitando a compatibilização
entre estes.

A normatização para os desenhos de arquitetônicos tem como principal


função, estabelecer regras e conceitos únicos de representação gráfica, assim como
uma simbologia específica e pré-determinada, fazendo com que o desenho técnico
atinja o objetivo de representar o que se quer tornar real.

04. OS MATERIAIS DE DESENHO TÉCNICO

Embora a mão e a mente controlem o desenho acabado, materiais


e equipamentos de qualidade tornam o ato de desenhar agradável,
facilitando a longo prazo a obtenção de um trabalho de
qualidade.
CHING, Francis D. K.
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Terminamos aqui nossa primeira aula de Leitura e Interpretação de Projeto. E para


fazer com que seu entendimento seja ainda mais completo, realize os exercícios referentes a
esta aula.

Não deixe de sanar suas dúvidas e caso não tenha alcançado todo entendimento
desta aula, assista novamente o vídeo e releia o material.

Abraços e até a próxima aula.

Prof. Amanda Marques


CURSO COMPLETO DE PROJETO DE MÓVEIS 11

MÓDULO 01
Aula 02

Assuntos a serem abordados

05. Técnicas de Desenho


06. Formato e Dimensões / Folhas Série “A”

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Prezado Aluno,

Seja bem a nossa segunda aula! A partir de agora iniciam seus estudos sobre as
técnicas de desenho, letra técnica, desenhos geométricos e formato de folhas, com toda
certeza, agregará muito valor a sua vida profissional. Todos os desenhos técnicos seguem
regras e critérios que devem ser rigorosamente apresentados no desenho.

O intuito deste módulo é fazer você interpretar desenho técnico. Então


compreender todos os itens apresentados dentro de um projeto é fundamental. Poderá
observar que nossa preocupação foi apresentar os conteúdos de maneira fácil e acessível,
para que você tenha uma perfeita compreensão de todos os passos necessários para o
entendimento e leitura de um projeto arquitetônico.

Para memorizar melhor o conteúdo, perceba que as apostila foram escritas em


formato de manual, com vocabulário simples e que vai direto ao tema, além de ilustrações
e imagens exemplificando toda a matéria ministrada. Estude este material em conjunto com
os vídeos e aplicações de exercícios assim, poderá concluí-lo com a melhor eficiência
possível. Bons estudos!

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05. TÉCNICAS DE DESENHO

05.01. LINHAS: as linhas são os principais elementos do desenho arquitetônico.


Além de definirem o formato, dimensão e posicionamento das paredes, portas,
janelas, pilares, vigas, objetos e etc., determinam as dimensões e informam as
características de cada elemento projetado. É por esse motivo que elas deverão
estar perfeitamente representadas dentro do desenho.
As linhas de um projeto devem ser regulares e legíveis, além de possuir
contraste umas com as outras. Num projeto, as linhas sofrem uma gradação no
traçado em função do plano onde se encontram, sugerindo profundidade. As linhas
em primeiro plano – mais próximo – são mais grossas e escuras, enquanto que as
dos planos mais afastados serão mais fracas.

05.1.1. Tipos de Linhas


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05.1.2. Qualidade da Linha

A qualidade da linha refere-se:


 À nitidez e à claridade;
 Ao grau de negrume e à densidade;
 E ao peso apropriado.

As linhas a lápis ou lapiseira podem variar tanto em intensidade como em


espessura. O peso da linha é então dosado pela densidade do grafite usado – o qual
é afetado pelo seu grau de dureza, pela superfície de desenho, pela umidade e
também pela pressão exercida sobre o desenho.

Ao realizar um desenho, é essencial que se saiba o que cada linha representa,


quer seja uma aresta, uma intersecção de dois planos, uma linha em corte, ou
simplesmente uma mudança de material ou de textura.

Todas as linhas devem começar e terminar de forma definida.

05.2.3. Sequência do Desenho: aqui vai a dica de uma sequência de desenho de


onde se obtêm um bom resultado final.
1. Esboce levemente as principais linhas verticais e horizontais;
2. Preencha as linhas secundárias;
3. Reforce as linhas finais, tendo em mente a intensidade apropriada de cada
uma.
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06. FORMATO E DIMENSÕES / FOLHAS SÉRIE “A”

A folha em que se desenha um projeto arquitetônico é denominada prancha.


Os tamanhos do papel devem seguir os mesmos padrões do desenho técnico, no
Brasil, a ABNT adota o padrão ISO: usa-se um módulo de 1 m², cujas dimensões
resultam na folha A0 (a-zero). A partir dessas folhas, obtém-se múltiplos e
submúltiplos (a folha A1 corresponde à metade da A0, assim como a A2 corresponde
a metade daquela).
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Do formato A0 resultará os demais formatos de papéis, observe:

A maioria dos escritórios utiliza os formatos A1 e A0 quando o projeto é de


grande porte, devido à escala dos desenhos e à quantidade de informações. Para
projetos menores ou de interiores utilizaremos as folhas A2 e A3 pela facilidade de
manuseio e dimensões das pranchetas e réguas paralelas disponíveis.

06.01 Margens

Internamente ao traço que delimita o padrão será feito o traço da margem do


desenho. O quadro limita o espaço para o desenho. A margem esquerda serve para
ser perfurada e utilizada no arquivamento. A dimensão das margens deve obedecer
ao quadro abaixo:

- Modelo de disposição do projeto na prancha.


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06.02 Dobramento das Pranchas

As cópias dos projetos podem ser arquivadas dobradas, ocupando menos


espaço e tornando mais fácil seu manejo. Para arquivamento, o formato final deve
ser o A4. A NBR 6492 mostra uma sequência de dobramento para os tamanhos-
padrões de papel.
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Terminamos aqui nossa segunda aula de Leitura e Interpretação de Projeto. E para


fazer com que seu entendimento seja ainda mais completo, realize os exercícios referentes a
esta aula.
Não deixe de sanar suas dúvidas e caso não tenha alcançado todo entendimento
desta aula, assista novamente o vídeo e releia o material.

Abraços e até a próxima aula.

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CURSO COMPLETO DE PROJETO DE MÓVEIS 19

MÓDULO 01
Aula 03

Assuntos a serem abordados

07. Escala

Atenção: O material está disponível apenas para este curso. É proibida cópia total ou parcial,
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Prezado Aluno,

Seja bem vindo ao material da aula 03 do módulo 01 referente a Leitura e


Interpretação de Projeto do curso Completo de Projeto de Móveis.

Até a aula anterior os conteúdos eram introdutórios, a partir de agora começamos


de fato a estudar a leitura de projeto. No conteúdo desta aula você vai aprender a ler e
interpretar um escalímetro, também chamado de escala.

Tenha em mente que deverá aprender com perfeição pois é através desta aula que
você poderá observar as medidas corretas do desenho para poder analisar e fazer seus
trabalhos. Dedique-se ao máximo e reveja quantas vezes forem necessárias para a total
compreensão do estudo.

Seguindo o mesmo principio desde o início de nosso estudo, o curso será


apresentado com diversas metodologias e didáticas para tornar-se ainda mais atrativo ao
aprendizado. Para memorizar melhor o conteúdo, as apostila foram escritas em formato de
manual, com vocabulário simples e que vai direto ao tema, além de ilustrações e imagens
exemplificando toda a matéria ministrada. Estude este material em conjunto com os vídeos
e aplicações de exercícios assim, poderá concluí-lo com a melhor eficiência possível. Bons
estudos!

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07. ESCALAS

As escalas são classificadas em dois tipos:

DE REDUÇÃO
NÚMERICA
ESCALA DE AMPLIAÇÃO
GRÁFICA

07.01 ESCALA NUMÉRICA:

A escala numérica pode ser de redução ou de ampliação.


 É chamada de ampliação quando a representação gráfica é maior do que o
tamanho real do objeto. Exemplo: 3:1, 5:1, 10:1

Observe que na escala de ampliação o número de referencia de ampliação fica


posicionado a direita na escala. Isto quês dizer que o desenho é tantas vezes maior
que o objeto real.

 A escala de redução é mais utilizada em arquitetura. Quando o desenho é


sempre realizado em tamanho inferior ao que o objeto real. Exemplo: 1:25,
1:50, 1:100

Isto e, tantas vezes menor que o objeto real. Observe que o fator de referencia de
redução fica sempre do lado esquerdo.

 Então, concluímos que sempre que o fator de referencia for do lado direito é
uma ampliação e quando estiver do lado esquerdo teremos uma redução.
Vamos entender melhor a escala de redução que é a que iremos utilizar em
projetos arquitetônicos.

Ex. Escala 1:5 – cada 1 cm do desenho representa 5cm da peça. Para desenhar
nesta escala divide-se por 5 a verdadeira grandeza das medidas.
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Conforme vimos anteriormente, é através do Desenho Arquitetônico que o


arquiteto gera os documentos necessários para as construções. Eles são
reproduzidos nas pranchas, onde o espaço utilizável é delimitado por linhas
chamadas de margens.

Uma prancha "A4", por exemplo, tem 21cm de largura por 29,7cm de altura e
espaço utilizável de 17,5 cm de largura por 27,7 cm de altura. Se tivermos que
desenhar a planta, o corte e a fachada de uma edificação deverão estar em
ESCALA. Deixando claro que a escolha da prancha depende da escala adotada e
tamanho do projeto.

A escala é a relação que indica a proporção entre cada medida do desenho e


a sua dimensão real no objeto, para facilitar a visualização e entendimento usamos
uma régua própria, chamadas de escalímetro.

Planta baixa escala originalmente 1/50 Planta baixa escala originalmente 1/25
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Como ler e interpretar?

Trabalhamos com a escala de redução para desenhar em proporção o objeto


de estudo quando este é muito grande e não cabe em uma folha de papel se
desenhado em escala real. Em nosso caso, projeto arquitetônico, podendo ser este
desenho de mobiliário ou planta baixa do ambiente ou projeto completo como um
todo. As reduções mais comumente usadas em projeto arquitetônico são: 1/100,
1/50, 1/25, 1/20, 1/10, chegando ate 1/1, em casos onde necessitamos representar
um objeto em tamanho real.

Quando todos os objetos são reduzidos proporcionalmente, podemos


visualizar e obter a sensação exata das medidas como se elas estivessem no
tamanho real. Sendo assim, podemos sentir o espaço, áreas de deslocamento, áreas
de passagens, posicionamento adequadamente do mobiliário.

O escalímetro é bastante funcional para avaliar as medidas de um desenho.


Apresentado em uma régua graduada em metros segundo os fatores de redução
indicados ao lado de cada graduação.

Vamos entender melhor:

Perceba que na escala está escrito 1:100 em algumas estará apenas 100. O
que isso quer dizer? Quer dizer que cada centímetro na régua comum (escala 1:1)
equivale a 1metro na escala 1:100. Cada milímetro da régua comum (escala 1:1)
representam 10 centímetros, então, 10cm X 10 partes = 100cm = 1m

“Mas se eu não quiser utilizar a escala 1:100 e quiser utilizar a escala 1:10,
como devo ler?”
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É simples: a escala 1:1 representa a medida real do objeto, o tamanho exato dos
objetos. Por exemplo, se eu desenhar um lapiseira, ela terá 15cm de comprimento
por 1cm de largura. Eu tenho uma unidade de media para uma unidade de desenho
(1:1)

1cm

15cm
Esc: 1:1

“Mas se eu quisesse desenhar na escala 1:10?”

Então eu multiplico o 1cm por 10 e tenho 10cm, isto quer dizer que em uma
unidade de medida real eu terei representado 10cm.

No papel o tamanho do traço continua sendo de um


centímetro mas minha leitura de desenho interpreta como
10cm porque estou na escala 1:10. Minha lapiseira nesta
escala
1cm

15cm

Esc: 1:10

Então, na escala 1:1 eu tenho 1 unidade real por 1 unidade de desenho, se na


unidade 1: 10 eu tenho 1unidade real por 10 unidades de desenho então é só
multiplicar a medida da escala real por 10 e se for 1:100 eu multiplico por 100.

Medida na Representa na escala de Representa na escala Representa na escala de


régua comum desenho Escala 1:1 de desenho Escala 1:10 desenho Escala 1:100
1cm 1cm (1x10=) 10cm (1x100=) 100cm
10cm 10cm (10x10=) 100cm (10x100=) 1000cm
20cm 20cm (20x10=) 200cm (20x100=) 2000cm
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Terminamos aqui nossa terceira aula de Leitura e Interpretação de Projeto. E para


fazer com que seu entendimento seja ainda mais completo, realize os exercícios referentes a
esta aula.

Não deixe de sanar suas dúvidas e caso não tenha alcançado todo entendimento
desta aula, assista novamente o vídeo e releia o material.

Abraços e até a próxima aula.

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CURSO COMPLETO DE PROJETO DE MÓVEIS


CURSO COMPLETO DE PROJETO DE MÓVEIS26

MÓDULO 01
Aula 04

Assuntos a serem abordados

08. Projeções Ortogonais

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Agora que você já tem entendimento de escala, vamos compreender melhor as
vistas de um desenho. O conteúdo que vamos estudar nesta aula serão as vistas
ortogonais. Compreendendo as vias ficará muito mais fácil compreender as demais etapas
de um projeto arquitetônico.

Caso tenha dificuldades de compreensão, utilize algum objeto de estudo. Qualquer


peça que tenha em sua casa. Ficará mais fácil se o objeto for semelhante ao formato de um
cubo.

Seguindo os critérios já apresentados anteriormente, o curso será apresentado com


diversas metodologias e didáticas para tornar-se ainda mais atrativo ao aprendizado. Para
memorizar melhor o conteúdo, as apostila foram escritas em formato de manual, com
vocabulário simples e que vai direto ao tema, além de ilustrações e imagens exemplificando
toda a matéria ministrada. Estude este material em conjunto com os vídeos e aplicações de
exercícios assim, poderá concluí-lo com a melhor eficiência possível. Bons estudos!

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08. PROJEÇÕES ORTOGONAIS

Projeção ortogonal é a projeção em que todos os raios projetantes são


paralelos entre si e perpendiculares ao plano de projeção.

Observe a Figura acima, que apresenta o princípio da projeção ortogonal.

Um desenho ortográfico fornece vistas cujas faces demonstram todas as


características físicas, se as visualizamos separadamente. A representação das
vistas separadas são organizadas e colocadas uma em relação à outra, respeitando
a normalização.

08.01. Como acontece a representação das projeções ortogonais

Observe a abaixo, temos a representação dos quatro diedros e, no Brasil, a


norma técnica define o uso do 1º Diedro. No primeiro diedro temos o plano vertical e
o plano horizontal nos quais serão projetadas as vistas do objeto.
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Projeção ortogonal

08.02. Projeções em 3 vistas

Para a projeção das vistas, usamos a representação das arestas e contornos


visíveis com a linha contínua larga.

08.03. Projeções em 6 vistas

O desenho de uma peça deve apresentar uma quantidade suficiente de vistas


para que sua compreensão seja perfeita. Dependendo da complexidade das peças,
por vezes se desenha com a projeção de uma vista (peça plana, ver Figura 10), que
já é suficiente; outras vezes, projetamos em duas vistas (Figura 30), e ainda em três
vistas (Figura 31). Cada desenho vai ser diferenciado dependendo do nível de
detalhes necessários para sua compreensão completa.
Existem casos onde uma, duas ou três vistas não são suficientes, então se
pode projetar em até seis vistas.
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Representação em 6 vistas
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Terminamos aqui nossa quarta aula de Leitura e Interpretação de Projeto. E para


fazer com que seu entendimento seja ainda mais completo, realize os exercícios referentes a
esta aula.

Não deixe de sanar suas dúvidas e caso não tenha alcançado todo entendimento
desta aula, assista novamente o vídeo e releia o material.

Abraços e até a próxima aula.

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CURSO COMPLETO DE PROJETO DE MÓVEIS 32

MÓDULO 01
Aula 05

Assuntos a serem abordados

9. Planta Baixa
10. Denominação e quantidade de pranchas
11. Representação dos Elementos Construtivos

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Seja bem vindo ao material de apoio da aula 05 do módulo 01 de Leitura e


Interpretação de Projetos do curso Completo de Projeto de Móveis.
A partir de agora entramos no desenho técnico arquitetônico. Será fundamental
total compreensão dos itens a serem estudados para que consiga desenvolver demais
atividades que acontecerão nos módulos que se seguem.

Para memorizar melhor o conteúdo, as apostila foram escritas em formato de


manual, com vocabulário simples e que vai direto ao tema, além de ilustrações e imagens
exemplificando toda a matéria ministrada. Estude este material em conjunto com os vídeos
e aplicações de exercícios assim, poderá concluí-lo com a melhor eficiência possível. Bons
estudos!

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PROJETO E DESENHO DE ARQUITETURA

Um projeto arquitetônico deve conter todas as informações necessárias para


que possa ser completamente compreendido e executado. Um projeto é composto
por informações gráficas, representadas pelos desenhos técnicos através de
plantas, cortes, elevações e perspectivas, e escritas, como o memorial descritivo e
especificações técnicas de materiais e sistemas construtivos.

Os desenhos básicos que compõem um projeto de arquitetura são:

09.PLANTA BAIXA

09.01. CONCEITUAÇÃO

A planta baixa é a representação gráfica de uma vista ortográfica seccional do


tipo corte, obtida quando imaginamos passar por uma construção um plano
projetante secante horizontal, de altura a seccionar o máximo possível de aberturas
(média de 1,20 a 1,60m em relação ao piso do pavimento em questão) e
considerando o sentido de visualização do observador de cima para baixo, acrescido
de informações técnicas.
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A porção da edificação acima do plano de corte é eliminada e representa-se o


que um observador imaginário posicionado a uma distância infinita veria ao olhar do
alto a edificação cortada. Abaixo a representação da planta baixa de uma edificação.

Então, tudo que é cortado por este plano deve ser desenhado com linhas
fortes (grossas e escuras) e o que está abaixo deve ser desenhado em vista, com
linhas médias (finas e escuras). Sempre considerando a diferença de níveis
existentes, o que provoca uma diferenciação entre as linhas médias que representam
os desníveis.
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Planta baixa | Escala XX:XX

10. Denominação e quantidade de pranchas


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Se uma construção for projetada para um único piso, a planta a ser


desenhada é a baixa. Já em construções com vários pavimentos, será necessária
uma planta baixa para cada pavimento distinto arquitetonicamente. Quando se tem
vários pavimentos iguais, a representação será com uma única planta baixa, que
será chamada de “Planta Baixa do Pavimento Tipo”.

Quanto aos demais pavimentos, o título da planta recebe a denominação do


respectivo piso. Exemplo: Planta Baixa do 1º Pavimento; Planta Baixa do Subsolo;
Planta Baixa do Pavimento de Cobertura...

Lembre-se: utilizam-se as denominações “piso” ou “pavimento” e não andar.

a) Representação das informações: nome das dependências; áreas úteis das


peças; tipos de pisos dos ambientes; níveis; posições dos planos de corte
verticais; cotas das aberturas ou simbologia de representação com quadro de
esquadrias; cotas gerais; informações sobre elementos não visíveis; outras
informações.
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11. REPRESENTAÇÃO DOS ELEMENTOS CONSTRUTIVOS

PAREDES: São representadas de acordo com sua espessura. Utiliza-se também


uma simbologia relacionada ao material que as constitui. Normalmente desenha-se a
parede de 15cm, mas ela pode variar conforme a intenção e necessidade
arquitetônica.

a) parede de tijolos:
b) parede de concreto:
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DICA: ao utilizar uma escala 1/200 ou outras que originem desenhos muito
pequenos, não se pode desenhar as paredes utilizando dois traços. Desenhe as
paredes cheias para facilitar o entendimento da planta.

PORTAS E PORTÕES: São desenhadas representando sempre a(s) folha(s) da


esquadria com linhas auxiliares.Se necessário, procure especificar o movimento
da(s) folha(s) e o espaço ocupado.
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JANELAS: são representadas através de uma convenção genérica, sem dar


margem a interpretações quanto ao número de caixilhos ou funcionamento da
esquadria.
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Terminamos aqui nossa quinta aula de Leitura e Interpretação de Projeto. E para


fazer com que seu entendimento seja ainda mais completo, realize os exercícios referentes a
esta aula.

Não deixe de sanar suas dúvidas e caso não tenha alcançado todo entendimento
desta aula, assista novamente o vídeo e releia o material.

Abraços e até a próxima aula.

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CURSO COMPLETO DE PROJETO DE MÓVEIS 42

MÓDULO 01
Aula 06

Assuntos a serem abordados

12. Cortes
13. Elevações
14.Vistas

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Prezado Aluno,

Iniciamos agora a última aula do curso de Leitura e Interpretação de Projetos. É


importante você ter total compreensão destes conteúdos para a perfeita sintonia com os
demais temas que serão aplicados nas próximas aulas.

Com base em leitura de escala, planta baixa cortes e vistas seu conteúdo ficará
completo para desenvolver projetos no futuro. Estude com cautela e não deixe de fazer os
exercícios.

Observe que o material foi elaborado de maneira fácil e acessível, para que você
tenha uma perfeita compreensão de todos os passos necessários para o entendimento e
leitura de um projeto arquitetônico.

Seguindo este princípio, o curso será apresentado com diversas metodologias e


didáticas para tornar-se ainda mais atrativo ao aprendizado. Para memorizar melhor o
conteúdo, as apostila foram escritas em formato de manual, com vocabulário simples e que
vai direto ao tema, além de ilustrações e imagens exemplificando toda a matéria ministrada.
Estude este material em conjunto com os vídeos e aplicações de exercícios assim, poderá
concluí-lo com a melhor eficiência possível. Bons estudos!

Prof. Arq Amanda Marques


44

12. CORTES

12.01. CONCEITUAÇÃO

Os cortes são os desenhos


em que são indicadas as dimensões
verticais. São representações de
vistas ortográficas seccionais
obtidas quando passamos por uma
construção um plano de corte e projeção vertical, normalmente paralelo às paredes,
e retiramos a parte frontal junto com um conjunto de informações escritas que o
complementam, encontrando o resultado da interseção do plano vertical com o
volume.

São tão importantes por complementarem à planta baixa, com informações


relativas às alturas dos elementos construtivos. São obtidos de forma semelhante à
da planta baixa, mas o plano de corte passa a ser vertical e pode ser localizado em
qualquer posição, de modo a representar os elementos internos que mereçam maior
destaque.

12.02. POSICIONAMENTO DOS CORTES

A indicação dos cortes em planta baixa tem uma simbologia específica:


45

A orientação dos cortes é feita na direção dos extremos mais significantes do


espaço cortado. O sentido de visualização dos cortes deve ser indicado em planta,
bem como a sua localização.

CORTE AB E CORTE CD INDICADOS EM PLANTA


46

12.03. REPRESENTAÇÃO DOS ELEMENTOS CONSTRUTIVOS


 FORROS/LAJES:

 ABERTURAS:

12.04. REPRESENTAÇÃO DAS INFORMAÇÕES

No desenho dos cortes verticais, as representações são as cotas verticais,


indicação de níveis e denominação dos ambientes cortados. Outras informações
importantes podem ser discriminadas, como impermeabilizações, capacidade de
reservatórios, inclinação telhados, informações relativas a escadas, rampas e poços
de elevador.

 Cotas: são representadas exclusivamente as cotas verticais de todos os elementos


de interesse em projeto:
 pés direitos (altura do piso ao forro/teto);
47

 altura de balcões e armários fixos;


 altura de impermeabilizações parciais;
 cotas de peitoris, janelas e vergas;
 cotas de portas, portões e respectivas vergas;
 cotas das lajes e vigas existentes;
 alturas de patamares de escadas e pisos intermediários;
 altura de empenas e platibandas;
 altura de cumeeiras;
 altura de reservatórios (posição e dimensões);

 Níveis: são identificados todos os níveis sempre que se visualiza a diferença de


nível, evitando a repetição desnecessária e não especificando no caso de uma
sucessão de desníveis iguais (escada).

12.05. EXEMPLO DE CORTES


48

CORTE AB –Desenho sem escala – Os cortes devem ser desenhados sempre na mesma escala da planta baixa.

12.06. ETAPAS PARA O DESENHO DO CORTE

1. Colocar o papel sulfurizê sobre a planta, observando o sentido do corte já marcado


na planta baixa;
2. Desenhar a linha do terreno;
3. Marcar a cota do piso dos ambientes “cortados” e traçar;
4. Marcar o pé direito e traçar;
5. Desenhar as paredes externas (usar o traçado da planta baixa);
6. Desenhar o forro, quando houver, ou a laje; desenhar também o contrapiso;
7. Desenhar a cobertura ou telhado;
8. Desenhar as paredes internas, cortadas pelo plano;
9. Marcar as portas e janelas seccionadas pelo plano de corte;
10. Desenhar os elementos que estão em vista após o plano de corte. Ex.: janela e
porta não cortadas, parede em vista não cortada....
11. Denominar os ambientes em corte;
12. Colocar a indicação de nível;
13. Colocar linhas de cota e cotar o desenho;
49

14. Repassar os traços a grafite nos elementos em corte.

Ex.: parede – traço grosso; laje – traço médio; portas, janelas e demais elementos
em vista – traço finos.

OBS.: No corte, as cotas são somente na vertical. As portas e janelas aparecem


sempre fechadas.

13. ELEVAÇÕES

As elevações ou fachadas são elementos desenhos gráficos correspondentes


a projeção ortogonal das arestas visíveis visualizada do volume arquitetônico em um
plano vertical, localizado fora do elemento arquitetônico. São as vistas principais da
edificação nomeadas como frontal, posterior, lateral direita ou esquerda.

13.01. DENOMINAÇÂO DAS ELEVAÇÕES

Havendo uma única fachada, o desenho recebe apenas a denominação


específica de ELEVAÇÃO ou FACHADA. Existindo mais do que uma elevação, se
faz necessário distinguir os vários desenhos conforme a sua localização no projeto.
Você poderá adotar um dos mais diversos critérios aceitos, porém, cabe ressaltar
que utilize sempre o mesmo critério adotado:

 Pelo nome da vista: frontal, posterior, lateral direita, lateral esquerda.


50

 Pela orientação geográfica: norte, leste, sudeste.


 Pelo nome da rua: para construções de esquina.
 Pela importância: principal, secundária (apenas para duas fachadas).
 Letras e números.
51

14. VISTAS

Existem medidas que não foram exploradas por ocasião da planta baixa e
agora se fazem necessárias: alturas, em geral. A vista é a projeção do objeto ou
ambiente num plano vertical, de modo que fiquem determinadas as dimensões reais
em escala. Ela é feita a partir da planta baixa, de onde são transferidas as medidas
da largura ou profundidade para o plano vertical.

Planta baixa Sala de estar e jantar.

Vista- Sala estar e Home Office: detalhe parede sala.


52

Formas de Representação de vistas:


Para projetos de interiores não há uma convenção específica para representação.
Desta forma, informamos aqui exemplos de representação conforme se constata em
desenhos de projetos realizados por profissionais do segmento.

Projeto de cozinha

Projeto de dormitório
53

Espero que você tenha compreendido todo o conteúdo dos principais elementos
de um projeto tanto para projetos arquitetônicos como para interiores. Caso seu enfoque
seja mais voltado para projetos arquitetônicos estude também os materiais complementares
deste curso de Leitura e Interpretação de Projetos. Busque este material sempre que estiver
com dúvidas e aproveite seu tempo de seu curso online para saná-las.

Um grande Abraço

Prof. Arq Amanda Marques


54

CURSO COMPLETO DE PROJETO DE MÓVEIS

MÓDULO 02
Decoração de Interiores
CURSO COMPLETO DE PROJETO DE MÓVEIS55

Módulo 02
Aula 01

Assuntos a serem abordados


01. O que é Design de Interiores
02. A Profissão

Atenção: O material está disponível apenas para este curso. É proibida cópia total ou parcial,
apresentação ou qualquer forma de comercialização de seu conteúdo. São respeitados os
Direitos Autorais de toda a bibliografia consultada, com a respectiva indicação dos créditos.

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Ensino à Distância
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56

Prezado Aluno,

A partir de agora iniciam seus estudos sobre a Composição e decoração de


interiores. É a partir deste tema que você começará a compreender o sentido estético dos
ambientes e observar com o olhar clínico de quem consegue se expressar e visualizar o
sentido do belo do equilíbrio e da harmonia nos desenhos e formas da decoração.

Quando nos referimos ao Design de interiores nos deparamos com todos os


ambientes que nos rodeiam como espaços residências e comerciais. Saímos do mundo
arquitetônico que analisa a função espaço e formas volumétricas, isto é, saímos do macro e
partimos para o micro. Então podemos concluir que o Design de interiores passa a ser
complementar ao processo de estudo de arquitetura.

Apesar de partirmos para o micro sua composição e estudo pode ser tão complexa
quanto na arquitetura. Isto depende do processo construtivo dos projetos e o grau de
tecnologia aplicada aos ambientes.

Poderá observar que nossa preocupação foi apresentar os conteúdos de maneira


fácil e acessível, para que você tenha uma perfeita compreensão de todos os passos que
serão abordados.

Seguindo este princípio, o curso será apresentado com diversas metodologias e


didáticas para tornar-se ainda mais atrativo ao aprendizado. Para memorizar melhor o
conteúdo, as apostila foram escritas em formato de manual, com vocabulário simples e que
vai direto ao tema, além de ilustrações e imagens exemplificando toda a matéria ministrada.

Algumas atividades serão realizadas dentro das unidades de estudo e outras em


nosso material de exercício para que você compreenda o todo e consiga interpretar todas
as etapas a serem estudadas e compreendidas. Estude este material em conjunto com os
vídeos e aplicações de exercícios assim, poderá concluí-lo com a melhor eficiência possível.
Bons estudos!

Prof. Arq Amanda Marques


57

01. Introdução

Design de Interiores: este termo está bastante difundido e comentado em todas


as mídias, todavia a real necessidade e o significado da profissão nem sempre é
tratada com a devida importância. Por isso, antes de falarmos dos fundamentos da
composição devemos esclarecer um pouco mais sobre o assunto.

Quanto às terminologias: Design de Interiores é a profissão e designer é o


profissional. É muito comum ver esses termos sendo trocados, inclusive em
reportagens sobre o assunto, mais comum ainda é ouvir leigos falando: você faz
designer de interiores? ISSO NÃO EXISTE. Você está estudando Design de
Interiores para se tornar um designer.

Exercício 01: Pegue seu caderno de anotações do curso e responda a


seguinte pergunta: O que é Design de Interiores e o que faz o designer?
Faça esse exercício, pode parecer bobo, mas garanto que você não terá
tanta convicção em responder quanto se eu perguntasse: o que faz um
médico? Vamos lá, 10 minutos.

Se você procurar nos livros e na internet achará diversos conceitos bem


formulados. Abaixo vou explicar de forma simples, resumida e direta o que você
pode responder quando você for questionado sobre a mencionada profissão.
O que é Design de Interiores/decoração?
58

É a arte de compor ambientes unindo a funcionalidade e a estética,


visando qualidade de vida e bem estar dos usuários deste local.

A frase acima já basta, mas é de grande valia deixar claro todos os conceitos
atrelados a esta importante definição. Todos nós vivemos em ambientes construídos,
mesmo quando estamos no trabalho nos encontramos em uma estrutura que nos
envolve. Ao usufruirmos destes ambientes, precisamos que eles supram as nossas
necessidades em quesitos como: ergonomia, conforto (térmico, acústico,
luminotécnico), desenvolvimento pleno das tarefas e beleza. Ou seja, unir: o belo e o
útil, não apenas a forma seguir a função como pregavam os modernistas no Séc. XX.

02. A profissão

02.01. Design de Interiores ou Arquiteto de Interiores

O que faz um designer de Interiores?

“O designer de interiores será o profissional habilitado a compreender as


necessidades de seu cliente frente ao ambiente a ser projetado e traduzi-los em
um projeto funcional e esteticamente adequado. Ao mesmo tempo, o
profissional interpreta os sonhos, administra a obra e cuida dos custos.”

A questão dos custos deve ser analisada sob três aspectos:

Fonte: http://www.pinterest.com/ data: 08/12/2014 08:55


59

A. O custo da obra

“Um bom profissional é capaz de diminuir os custos totais de


uma obra.”

Devemos lembrar que a qualidade de um serviço está diretamente ligada com a


durabilidade dele. Então, não adianta contratar um pintor mais barato para pintar o
seu gesso se ele não sabe que deve esperar o tempo necessário para o gesso
secar, e aplica a tinta diretamente à massa. Se isso não for feito da maneira correta,
em pouco tempo seu teto estará amarelado e você vai pagar pelo serviço duas
vezes. Outro exemplo está na decisão correta na hora de escolher os materiais e
acabamentos, que representam um grande custo em uma obra. Muitas vezes, o
cliente quer um material muito caro como um granito preto, mas o profissional sabe
que existe um granito muito similar em uma determinada marmoraria e o cliente
pagará a metade do preço por esta alternativa. As situações mencionadas acima são
apenas algumas das situações que podem ocorrer em uma obra e que representam
custos significativos.

B. O custo do profissional

A importância do custo do profissional deve estar bem clara. Assim como o


arquiteto, o designer vive de boas ideias. Então, quando um cliente pergunta se você
pode dar uma ideia, é como se fossemos pedir uma “dica” de um medicamento a um
médico. Ele cobra por isso, e você também. Todavia, muitos profissionais não têm
isso claro e acabam desvalorizando seu próprio trabalho. E a justificativa para tal
pode ser várias: familiares, é algo simples, pra você isso é rápido, não te custa nada
e ai vai. E eu te pergunto: Não te custa nada????? Quantas horas de estudo,
quantos estágios, quantos cursos de extensão, pós graduação, livros e tantas outras
formas de trabalho que teve que buscar para chegar onde está hoje? Este é o seu
“ganha pão”, então se valorize, porque se fosse fácil e simples a própria pessoa faria.
Quer dicas? Então, venda uma consultoria.
60

A profissão do designer de Interiores consiste em dar boas ideias, que se


encaixam na realidade de cada cliente e a reposta para um questionamento pode ser
rápida, mas ela apenas é rápida devido a toda uma bagagem que o profissional que
traz consigo. Então, você tem que cobrar sim, afinal médicos cobram, psicólogos
cobram, engenheiros cobram.

“O bom profissional tem o valor de seu trabalho diluído, no valor total da


obra, que incluem as dicas que fizeram o cliente gastar menos.”

Mas você deve estar se perguntando, quanto eu vou cobrar pelo meu trabalho? A
resposta para essa pergunta não é um valor fechado. A resposta correta é: Depende!
E depende de muitas coisas: Do quanto de conhecimento você já adquiriu,
quanto de experiência tem, qual o perfil do cliente que quer atender, o quanto você
infeste em se qualificar ainda mais, a quantidade e qualidade de seus parceiros
profissionais e ai vai.

E pra isso você deve fazer algumas avaliações: quem eu sou agora, quem eu
quero ser e onde quero chegar. Você tem disponível uma planilha para download
que chamo de autoconhecimento, neste momento peço apenas preencha as
planilhas conhecimento pessoal e desejos. Demora certo tempo para preencher, mas
através dela poderá se condicionar e fazer planejamentos de metas para sua vida
profissional. Seja criterioso e inclua exatamente tudo que sabe de si, todos os
conhecimentos e o que quer ser, aprender e ter.

Depois que você já tem o conhecimento do que sabe neste momento, faça um
estudo de quanto é o seu gasto mensal. Uma planilha simples do Excel com
acompanhamento de custo fixo e variável resolve o problema. Tendo isto em mãos
saberá qual o valor mínimo de salário ou prolabore precisará no mês para viver e se
sentir realizado. Observe o exemplo abaixo.
61

MEU SALARIO
Retirada mensal R$ 2.000,00
Custos fixos
diarista R$ 150,00
aluguel R$ 800,00
condomínio R$ 300,00
luz R$ 200,00
telefone R$ 150,00
internet R$ 100,00
Total Custos fixos R$ 1.700,00
Custos variáveis
roupa R$ 100,00
lanche R$ 30,00
padaria R$ 75,00
farmácia R$ 95,00
outros
Total Custos Variáveis R$ 300,00
TOTAL R$ 2.000,00

Esta planilha estará disponível para alunos do Curso completo de Projeto de


Móveis para download no arquivo chamado composição de custos.

Se você trabalha sozinho como autônomo ou freelance deverá entender ainda


mais claramente quanto custa a sua hora de trabalho. Para isso precisará ter claro
duas coisas em mente quanto é seu salário e quantas horas por mês serão
destinadas ao seu trabalho.

Para definir quantas horas você irá trabalhar em um projeto deverá ser critico e
identificar quanto tempo será necessário para cada atividade. Assim conseguirá
fechar um valor de horas para aquele projeto e descobrir quantos clientes pode
atender no mês para não se sobrecarregar. Observe abaixo:

HORAS PREVISTAS PARA UM TRABALHO


1 2 3 4 5 6 7 8 TOTAL
EU 8 5 2 8 8 8 5 2 46
Reserva de tempo (10%) 4,6
Horas totais operacionais 50,6

1 pesquisa
2 estudo preliminar
3 apresentação
4 ante proj.
5 des.tecnico
6 proj. final
7 detalhamento
8 apresentação

Para um único projeto terei 50,6 horas de trabalho. Então:


62

50,6h = 7,22 dias de trabalho


7h/dia

Pensando assim, vamos imaginar que eu tenha outros projetos com carga
horária semelhante, então poderei absorver por mês:

147h = 2,90 projetos = No máximo 3 projetos


50,6h
Esta planilha, assim como a explicação completa sobre como calcular sua hora
de trabalho estará disponível para alunos do Curso completo de Projeto de Móveis
para download no arquivo chamado composição de custos.

C. Administração da obra

Em um primeiro momento, pode parecer que a administração não tem ligação


direta com o custo, entretanto vários elementos que envolvem essa etapa do projeto
resultam em custos. Por exemplo, a ordem que cada fornecedor trabalhará na obra.

“Então, a primeira lição do curso é essa: defenda sua profissão, você


não está estudando para isso? Então, deve ser reconhecido e respeitado por
suas dicas, que são o resultado de seu esforço, estudos e dedicação. E elas
são, sim, seu trabalho e provedor de sua renda, portanto, valorize o que você
faz.”

A sequencia a ser estudada para projetista, também cabe perfeitamente para


o arquiteto ou designer de interiores com relação a sequencia lógica do trabalho.

02.02. Projetista
63

O que faz um projetista?

“O projetista é responsável pela criação e elaboração de projetos tanto na área


arquitetônica e interiores como também na área de design de produtos. Além
de criar e passar para o papel o projeto, o projetista pode atuar em equipe com
outros profissionais. Tais como arquitetos na área de arquitetura, engenheiros
no caso de projetos para a construção civil, ou áreas diferenciadas, como por
exemplo com fisioterapeutas na área de produtos e móveis adaptados ou ainda
trabalhar em lojas de móveis planejados ou marcenarias transformando a ideia
do cliente em um desenho detalhado. Pode participar no desenvolvimento da
ideia desde seu início junto com outros profissionais da área. Oferecendo
sugestões para melhorar o uso do espaço ou para dar melhor funcionalidade
para um objeto. Quanto maior sua experiência, mais sua opinião será ouvida.”

Em cada setor diferente em que o projetista pode trabalhar existe uma


sequência lógica de execução. Vamos nos ater aqui ao projetista de lojas e
marcenarias, um profissional que trabalha registrado. Caso você deseje trabalhar
como autônomo siga o mesmo processo para profissionais da área listado no tópico
anterior.
A. A sequência de um trabalho

A sequência lógica de um trabalho geralmente seque as seguintes etapas:

1º Recepção e atendimento ao cliente que procura a loja ou a marcenaria;


2º Tirar medidas da área ou do ambiente a ser projetado;
3 º Desenvolve o projeto do ambiente, de acordo com as necessidades
estudadas, focando na funcionalidade, circulação, ergonomia e estética;
4º Apresentação do projeto ao cliente;
5º Desenvolvimento das possíveis modificações e adequações a necessidade
do cliente;
6º Apresentação do orçamento e negociação;
7º Faz o fechamento de venda e gera-se o contrato, recibo, certificado de
garantia com o projeto aprovado;
64

8º Faz as confirmações in loco das medidas do ambiente, isto é ir até o


ambiente a ser projetado e reavaliar as medidas;
9º Revisar todo o projeto para encaminhar o pedido;
10º Envio o pedido para a fábrica ou para a marcenaria;
11º Desenvolve o projeto técnico para a montagem
12º Explica ao montador todo o processo de montagem;
13º Faz o acompanhamento da montagem;
14º Realiza assessorias para caso de peças machucadas ou danificadas e
possíveis imprevistos com relação ao projeto;
15º Para finalizar, após a montagem realiza o pós-venda com cliente.

Agora que você já entendeu a sequência lógica de todo o trabalho, precisa


entender quanto vale o seu trabalho.

B. O custo do profissional

A escolha de sua profissão está diretamente ligada a sua felicidade. Imagine


acordar a cada dia e sentir-se desmotivado para o trabalho? Muitas pessoas
crescem com a noção de que trabalho não passa de um holerite ao final do mês. Se
pensarmos desta maneira teremos um emprego e não um trabalho. Então para
atingirmos a realização plena devemos seguir nosso coração e trabalhar em uma
área que nos dá prazer.

Quando alcançamos este ideal, a dedicação para a sua profissão passa ser
algo natural que traz satisfação pessoal. Você sente vontade de se especializar a
cada dia mais e isso passa a ser sua fonte de renda. Quanto mais conhecimento
adquire, mais seguro se sente e maior será seu rendimento financeiro, fazendo com
que você se sinta reconhecido tendo muito prazer em seu dia a dia.

Quando perceber que a sua profissão te faz sorrir e ser feliz, perceberá que
seu trabalho passou a ser seu hobby.

“Trabalhar por prazer e ser feliz, e ainda ser remunerado por isso???
Quer coisa melhor!? Sua profissão pode ser seu hobby.”
65

É comum uma pessoa ter talento, possuir qualidades, saber executar de


maneira perfeita, sendo que as vezes só ela ou poucas pessoas sabem fazer e
mesmo assim sentem-se incapazes de se auto valorizar. Muitos não cobrando pelo
seu talento, seu conhecimento, pelo tempo gasto, por não acreditarem que fazem
algo que pode valer para alguém já que “para mim é tão fácil, tão simples e tão
prazeroso”.

Se você passa constantemente por esse processo, deve mudar sua maneira
de pensar. Coloque em sua mente a ideia que trabalho pode ser bom, gostoso e que
o conhecimento, o talento e principalmente o tempo que cada um tem vale dinheiro.

Uma vez entendendo que seu conhecimento e seu tempo valem dinheiro e
pode se tornar fonte de prazer também, coisas que se faziam de graça passam a ser
cobradas e valorizadas de forma diferente. E é assim que se passa a ter uma postura
profissional e dar o valor correto e real do que se faz com profissionalismo de
verdade.

É importante saber quanto vale sua hora de trabalho. E você pode calcular de
uma maneira muito simples. Faça uma pesquisa entre profissionais da mesma área e
do mesmo nível de expertise que a sua, com base nisso faça uma estimativa de um
salário mensal desejado e divida a quantidade de horas mensais pelos dias úteis
trabalhados. Porém a maneira de calcular quanto vale seu trabalho depende apenas
de você.

Uma vez tendo uma postura profissional, apresentamos nosso orçamento de


trabalho. Este é o momento em que afirmamos: “meu trabalho vale tanto. Você aceita
pagar? Você me aceita como profissional?” Quando você estipula um valor pelo seu
trabalho, ele pode ou não ser aceito pelo cliente ou contratante. E podemos entender
isso de várias maneiras: a primeira delas é que a pessoa não tem o dinheiro para
pagar o seu valor, ou o preço aplicado não condiz com o mercado, ou ainda sendo
interpretado que seu trabalho não vale o que você está cobrando. Então, esteja
seguro de seu valor, cobre um preço justo e realista e esteja preparado para
rejeições.
66

C. A decisão certa

Existem diversas áreas a serem avaliadas dentro do design de interiores para


você escolher sua carreira. Tudo que for fazer que necessite de empenho e decisões
devem ser avaliados com cautela. Afinal para que você busque os conhecimentos
para poder aplicar na vida prática toma-se tempo e dinheiro.

Então, avalie prós e contra para ter certeza de sua escolha. Faça isso em tudo
que precisar de decisões entre este ou aquele trabalho. Abaixo segue um modelo
prático em como você pode avaliar melhor suas decisões.

QUAL A MELHOR SITUAÇÃO


LOJA DE
TRABALHAR EM: MARCENARIA MÓVEIS AUTÔNOMO
PLANEJADOS
Estabilidade Financeira 2 2 3 1 Ótimo
Contato com pessoas 2 1 3 2 Bom
Motivação 2 2 1 3 Regular
Satisfação com o Trabalho 2 2 1 4 Péssimo
Flexibilidade de Horário 4 4 1
Automonia 4 4 1
Novidades/Aprender coisas novas 3 1 3
Reconhecimento Profissional 2 2 3
Reconhecimento Pessoal 2 2 3

Ótimo 0,0% 0,0% 22,2%


Bom 66,7% 66,7% 55,6%
Regular 11,1% 11,1% 0,0%
Péssimo 22,2% 22,2% 22,2%

LOJA DE
MARCENARIA MÓVEIS AUTONOMO
PLANEJADOS
1 0 0 0 1
2 0 0 2 2
3 0 6 5 3
4 0 1 0 4

"Melhor" situação
LOJA DE
0 MARCENARIA MÓVEIS AUTONOMO
PLANEJADOS
Ótimo 0,00% 22,22% 44,44% Ótimo
Bom 66,67% 55,56% 0,00% Bom
Regular 11,11% 0,00% 55,56% Regular
Péssimo 22,22% 22,22% 0,00% Péssimo

Esta planilha está disponível para alunos do Curso completo de Projeto de


Móveis para download no arquivo chamado autoconhecimento, a análise é feita nos
tópicos valores e melhor situação.
67

Depois que fizer suas avaliações poderá decidir qual carreira seguir e
conquistar sua tão sonhada felicidade.
68

Terminamos aqui nossa primeira aula de Composição/ Decoração de Interiores. E para


fazer com que seu entendimento seja ainda mais completo, realize os exercícios referentes a
esta aula.

Não deixe de sanar suas dúvidas e caso não tenha alcançado todo entendimento
desta aula, assista novamente o vídeo e releia o material.

Abraços e até a próxima aula.

Prof. Amanda Marques


CURSO COMPLETO DE PROJETO DE MÓVEIS69

MÓDULO 02
Aula 02

Assuntos a serem abordados

03. Composição e o Conceito de


Belo

Atenção: O material está disponível apenas para este curso. É proibida cópia total ou parcial,
apresentação ou qualquer forma de comercialização de seu conteúdo. São respeitados os
Direitos Autorais de toda a bibliografia consultada, com a respectiva indicação dos créditos.

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70

Prezado Aluno,

Nesta segunda aula você irá aprender a desenvolver seu senso de criatividade e
percepções do meio. Tenho total certeza que sua visão diante das decorações mudará o
enfoque e se tornará muito mais crítico..

Algumas atividades serão realizadas dentro das unidades de estudo e outras em


nosso material de exercício para que você compreenda o todo e consiga interpretar todas
as etapas a serem estudadas e compreendidas. Estude este material em conjunto com os
vídeos e aplicações de exercícios assim, poderá concluí-lo com a melhor eficiência possível.
Bons estudos!

Prof. Arq Amanda Marques


71

03. Composição e o conceito do Belo:

A composição de um ambiente envolve conceitos demasiadamente subjetivos


aos olhos do leigo. Geralmente, o leigo apenas se limita a analisar um ambiente com
duas opções: eu gosto ou eu não gosto. Em outras palavras: é bonito ou é feio.

Contudo um ambiente não se compõe apenas de estética, por diversas vezes,


o cliente falará que não gosta, não por não ser bonito o ambiente, mas por não
compreender todos os elementos que o compõe e conseguir perceber que o
problema pode se encontrar no fato de o ambiente não ser proporcional, por
exemplo. Proporção não é um conceito subjetivo, e, é neste caso, que entra o
profissional novamente.

O designer de interiores é capaz de transformar conceitos subjetivos em


necessidades e repostas concretas. Para o leigo, tais conceitos vão passar
despercebidos.

Conceito do Belo

Neste tópico discutiremos sobre a frase: “gosto ou não gosto”, que pode ser
traduzida por “bonito ou feio”. Sem sombra de dúvidas, o belo é elemento essencial
no processo de visualização e concepção de ambientes. Há questões técnicas, que o
leigo não percebe, mas em nenhum momento a existência da estética foi negada.

O ser humano gosta de ornamentos, se atrai pela beleza. Os conceitos do que


é bonito ou feio até mudam com o passar dos anos, vide as musas: já passaram das
gordinhas nos tempos Renascentistas, as esquálidas do séc. XX, e, atualmente, a
nova tendência são as mulheres “bombadas”. Contudo, desde os tempos remotos,
vide os indígenas com seus ornamentos, os moradores das cavernas que pintavam
cenas dos cotidianos nas paredes, o homem tem anseio de embelezar-se, assim
como o ambiente que o rodeia. Pesquisem na internet referências de índios e dos
homens das cavernas para ilustrar ainda mais esse tema.
72

Apesar de o conceito do belo estar diretamente ligado nesta profissão, é um


conceito extremamente relativo. O que é belo para uma pessoa pode não ser para
outra. A beleza está também diretamente ligada ao nosso sistema de visão, afinal se
não enxergamos tal elemento como vamos considerá-lo belo?

E na verdade, todos os dias somos induzidos a perceber imagens e analisá-


las principalmente para enxergar aquilo que “queremos ver”. O que significa isso? O
nosso cérebro, com todas as informações que acumulam a cada dia, procura sempre
associar novas imagens a imagens antigas registradas em nosso subconsciente.
Portanto, quando nos deparamos com uma imagem totalmente desconhecida é mais
difícil de entendê-la, e, por fim, podemos não gostar, ou não achar belo, pelo simples
fato de não a associarmos a nada.

O belo é relativo e está diretamente ligado a questões, culturais, sociais


e econômicas.

Na próxima aula começaremos a entender melhor o cliente e aprender como


fazer uma entrevista adequada com fundamentos para a perfeita compreensão para
evitar falhas no decorrer do estudo.
73

Terminamos aqui nossa segunda aula de Composição/ Decoração de Interiores. E


para fazer com que seu entendimento seja ainda mais completo, realize os exercícios
referentes a esta aula.

Não deixe de sanar suas dúvidas e caso não tenha alcançado todo entendimento
desta aula, assista novamente o vídeo e releia o material.

Abraços e até a próxima aula.

Prof. Amanda Marques


CURSO COMPLETO DE PROJETO DE MÓVEIS74

MÓDULO 02
Aula 03

Assuntos a serem abordados

04. Primeira Etapa: Orçamento e Contrato

Atenção: O material está disponível apenas para este curso. É proibida cópia total ou parcial,
apresentação ou qualquer forma de comercialização de seu conteúdo. São respeitados os
Direitos Autorais de toda a bibliografia consultada, com a respectiva indicação dos créditos.

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75

Prezado Aluno,

Não existe um senso comum e uma única doutrina a ser seguida para o design de
interiores. No mercado, existem alguns livros e cursos bons e cada um dita quais são as
regras, princípios e bases do design de interiores, por isso estar em constante estudo e
nunca achar uma verdade absoluta, também são bases para um bom designer. Neste
curso, você verá uma abordagem diferenciada com alguns itens a mais e de maneira clara
e objetiva do que outras fontes de estudo, se a ideia fosse ser igual aos demais, não haveria
sentido nenhum você se dedicar a estudar este curso.

Iniciamos agora a aula 03 do curso de Composição / Decoração de Interiores.


Nesta, será compreendido como elaborar um orçamento e um contrato. Estude este
material em conjunto com os vídeos e aplicações de exercícios assim, poderá concluí-lo
com a melhor eficiência possível. Bons estudos!

Prof. Arq Amanda Marques


76

04. Primeira etapa: Orçamento e Contrato

O cliente é foco de maior importância de todo o trabalho, tendo o mesmo


motivo-chave a existência do espaço em questão. Saber compreender suas
aspirações e transforma-la em um projeto que pode se tornar realidade é a razão de
nossa profissão. Devemos iniciar por um levantamento prático e objetivo para
definirmos os pontos de criação.

04.01. Elaboração de Orçamento

O cliente pode surgir por diversas maneiras, aplicação de marketing, mídias


sociais, indicação, amigos, participação em feiras entre outros. E tudo começa com o
primeiro contato em que você apresenta seu portfólio de trabalho e conhece o perfil
de seu cliente. É neste momento que a empatia será avaliada, caso ambos se
identifiquem (cliente e profissional), será coletado informações mínimas para o
desenvolvimento do orçamento.

“Uma proposta deve ser apresentada antes de qualquer traço criativo ser elaborado.”
Clarice Mancuso

Devem ser considerados itens como:

 Área a ser projetada: Neste item você deve avaliar qual a metragem e ambientes
serão projetados. Caso o projeto se refira a mais de um cômodo deve ser
considerado os ambientes separadamente.
 Necessidades do projeto: Avalie a complexidade do trabalho, um projeto
completo exigirá diversas etapas como o projeto de reforma (permitido apenas
para arquitetos), o Luminotécnico, a paginação de gesso, a paginação de
revestimentos, o mobiliário, o paisagístico, entre outros. Ou ainda pode ser
contratado apenas para um projeto específico, como por exemplo, o projeto do
mobiliário. Quanto mais complexo o projeto mais horas você precisará para
desenvolvê-lo.
 Necessidade de tecnologias avançadas: Avalie também a necessidade de novas
tecnologias, algum sistema diferenciado que seu cliente deseja. Se você já
77

souber executar você cobrará por já ter a expertise no assunto. Caso não saiba,
tomará tempo para aprender a executar tal tecnologia.
 O projeto será desenvolvido em um local de risco?
 O local da obra é distante do escritório do profissional e exigirá gastos extras e
horas de deslocamento?
 O projeto exigirá a cooperação de outros profissionais de outras áreas, ou
também de arquitetos e engenheiros os quais você terá que remunerar?

Fonte: http://mdemulher.abril.com.br/imagem/carreira-emprego/interna-slideshow/como-passar-entrevista-emprego-
soumaiseu.jpg Data: 07/10/2014 21:18

Chega o momento de apresentar a proposta de trabalho, que consiste num


documento formal com informações sobre o projeto e/ou o trabalho a ser
desenvolvido, para que o cliente observe o que está incluído e possa avaliar o
interesse em contratar seus serviços. Apresente o orçamento, de preferência em
mãos, assim poderá explicar todas as questões que serão executadas e receber o
parecer do cliente sobre itens a serem revisados, como negociar preço, prazo entre
outras questões, estando presente fica mais fácil à negociação para discutir o
assunto. É importante neste momento você demonstrar segurança e conhecimento
sobre o assunto.

Importante: O modelo deve ser ajustado conforme a necessidade do trabalho.


Projetos mais complexos precisam do auxílio de um advogado para avaliar todas as
questões e assegurar tanto contratante como contratado.
78

04.02. Elaboração de Contrato

Após a aprovação da proposta de trabalho, deve-se elaborar o contrato. Não


deixe de fazê-lo, pois muitos profissionais negligenciam esta etapa, dando-se por
satisfeitos com aprovação da proposta. Saiba que o contrato é importante tanto para
o profissional quanto para o cliente, desta maneira ambos estarão assegurados
formalmente sobre seus direitos e deveres neste processo. Este documento tem
valor legal caso seja necessário intervir com alguma ação judicial.

Acontece muitas vezes de o cliente solicitar algo que não está em contrato se
não estiver escrito poderá ser cobrado de você. Então, esta é uma maneira de você
provar que seus serviços estão dentro do combinado.

Fonte: http://images.e-konomista.pt/articles/850_400_tipos-de-contrato-de-trabalho.jpg Data: 08/10/2014

Atenção Importante: Os modelos contidos no material do completo do Curso


Completo de Projeto de Móveis são apenas uma SUGESTÕES de tópicos que
devem constar num contrato desta natureza. Para sua maior segurança, consulte
também um advogado.

Com o contrato em mãos devidamente assinado podemos partir para a


próxima etapa. Parte essencial, fundamental e irrevogável de todo o projeto de
interiores que é a entrevista com o cliente.
79

Terminamos aqui nossa terceira aula de Composição/ Decoração de Interiores. E para fazer
com que seu entendimento seja ainda mais completo, realize os exercícios referentes a esta
aula.

Não deixe de sanar suas dúvidas e caso não tenha alcançado todo entendimento
desta aula, assista novamente o vídeo e releia o material.

Abraços e até a próxima aula.

Prof. Amanda Marques


CURSO COMPLETO DE PROJETO DE MÓVEIS80

MÓDULO 02
Aula 04

Assuntos a serem abordados

05. A entrevista com o Cliente: Briefing

Atenção: O material está disponível apenas para este curso. É proibida cópia total ou parcial,
apresentação ou qualquer forma de comercialização de seu conteúdo. São respeitados os
Direitos Autorais de toda a bibliografia consultada, com a respectiva indicação dos créditos.

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81

Prezado Aluno,

Diversos são os temas ligados ao design de interiores. Um vasto caminho que faz
com que você busque conhecimento contínuo. Itens como luminotécnica, paisagismo,
conforto (térmico e acústico), ornamentos, Gestalt (teoria da forma), história do design são
importantíssimos e merecem cursos distintos. No presente, vamos apenas citá-los e
estudaremos com mais profundidade os conceitos e os elementos de uma composição de
ambiente, por isso este curso é a base de toda a profissão.

Muitos destes assuntos poderão ser encontrados nos cursos da AM Cursos Online.
Tais como: Curso de Iluminação residencial, Projeto de Gesso, Materiais de revestimentos,
História do Design e do Mobiliário entre outros.

Iniciamos agora a aula 04 do curso de Composição / Decoração de Interiores.


Nesta, será compreendido o cliente, como fazer os estudos e analisar criteriosamente de
seu perfil. Algumas atividades serão realizadas dentro das unidades de estudo e outras em
nosso material de exercício para que você compreenda o todo e consiga interpretar todas
as etapas a serem estudadas e compreendidas. Estude este material em conjunto com os
vídeos e aplicações de exercícios assim, poderá concluí-lo com a melhor eficiência possível.
Bons estudos!

Prof. Arq Amanda Marques


82

05. A entrevista com o cliente: Briefing

Como foi citado anteriormente, o primeiro contato poderá ser mais superficial,
fornecendo apenas os subsídios básicos para a formatação da proposta e contrato.
Num segundo momento, é necessário uma boa entrevista que proporcionará como
resultado um perfil de cliente o que chamamos de briefing. Este instrumento é um
resumo de todos os itens que compõe o “problema”. Problema aqui com a conotação
de resolução, não de algo negativo. Então, este documento deve ser detalhado com
mais exatidão possível, elaborado com questões práticas para a formatação do
programa de necessidades do cliente. Só após esta análise criteriosa com questões
claras e objetivas é que se lança a ideia para o papel e/ou para o software que você
costuma trabalhar.

Inicialmente precisamos conhecer melhor para quem estamos projetando,


afinal, o projeto de um ambiente é feito para o cliente usufruir deste local e não o
profissional. Isso não significa que o profissional deve anular seu gosto e sua técnica,
muito pelo contrário, ele tem a obrigação de adequar o seu conhecimento à realidade
e ao gosto de seu cliente.

Neste momento devemos assumimos


um pouco o papel de psicólogo de todo o
processo, e entender o personagem em que o
cliente quer vivenciar. Afinal, todos nós temos
anseios, vontades, desejos e uma idealização
do que sonhamos para nossa vida. Neste
caso, você é o interprete destes sonhos e irá
transpor para um projeto real. Por isso,
entender por completo a necessidade e o que
é desejado é fundamental para o sucesso de
seu projeto e felicidade de seu cliente.
Fonte: http://2.bp.blogspot.com/-
DJEhfZrlqcQ/U0hnF9grluI/AAAAAAAAR7c/88ku8xOF
Mxw/s1600/PG_001_021.jpg Data: 07/10/2014 21:23
83

“Em um projeto de interiores você está projetando o sonho de alguém. Este sonho
encantado pode tornar-se realidade caso você entenda por completo o perfil de seu
cliente.” Amanda Marques
“Nem sempre o que o cliente pede é o que ele realmente deseja ou tem como
necessidade. “ Amanda Marques

Uma conversa informal, no decorrer da entrevista, fugindo do foco do projeto


em si, pode ajudar a descobrir esses pormenores. Porém, fique atento as referências
que o cliente citará, talvez a dica da escada você possa aproveitar de outras formas,
como se é redonda ou quadrada, o material que ela é feita, o estilo mais clássico ou
mais contemporâneo. Ou seja, traduzir a referência.

05.01. Tipos de clientes e estratégias

Com base nas análises tradicionais do ser humano podemos observar


características que facilitarão à interpretação do modelo de cliente estudado.
1º O cliente: parte comportamental do cliente que está sendo observado;
2º O Design: a reação emocional do observado;
3º A opinião do cliente: o pensar do observado.

05.02. Como fazer a entrevista: Briefing

Agora vamos entender como desenvolver um briefing, perfil do cliente, de


maneira coerente e assertiva. Ao contrário do primeiro contato com o cliente que
ocorre de maneira superficial, neste momento a entrevista deve ser o mais detalhada
possível. Com esta entrevista minuciosamente elaborada conseguimos formatar o
que chamamos de programa de necessidades, que nada mais é a definição das
principais necessidades e desejos do cliente para o projeto.

Sendo assim, é fundamental o levantamento das características de cada um


dos indivíduos para o qual se destina o projeto, analisando as particularidades,
temperamento, anseios, hobbies, expectativas e prioridades. Por exemplo, se você
for projetar um closet é de extrema importância saber a rotina do usuário, como é a
sequência de sua organização ou de vestir-se, saber como guarda as roupas,
84

quantidade de pares de sapatos, bolsas, acessórios que possui. Outro exemplo,


Home Office, observar qual é a profissão, se possui livros e equipamentos que irá
manter ou adquirir. Observar suas dimensões será imprescindível na hora de
projetar.

“Priorize as necessidades de cada pessoa, de modo a garantir que futuros ajustes no


projeto, se necessários, sigam corretamente a expectativa do cliente.” Miriam Gürgel

Fonte: Projetando Espaços – Míriam Gurgel

05.03. Conhecendo o ambiente de seu cliente

Após uma entrevista bem elaborada é hora de analisar o ambiente in loco de


maneira técnica. Além de analisar, você pode fotografar para uma referência futura
ou para comparar o resultado final. Tirar medidas, fazer um croqui em uma folha de
papel com as medidas do espaço e localização de cada um destes pontos também é
essencial para poder iniciar sua criação.

Fonte: Projetando Espaços – Míriam Gurgel


85

Documentando os dados

Neste tópico, é essencial o desenvolvimento do senso de observação. Uma


maneira de começar a treinar a análise de ambientes foi sugerido na aula 02, no
início do curso, que é a de observar as imagens das revistas de decoração e analisá-
las.
Outra forma de desenvolver o senso de observação é a elaboração de seu
banco de dados com imagens de decoração na sua memória (e claro, você também
deve os ter de forma física em revistas, livros, fotos). Conseguir reproduzir os
ambientes gravados é uma forma de verificar se você está desenvolvendo este
sentido, e isso é essencial, pois temos que reproduzir em nossos escritórios os
ambientes de nossos clientes. Visto que, por mais que façamos anotações, fotos e
descrições deles, nada como vivenciá-los e conectarmos todas essas informações
separadas em um único “arquivo” visual dentro de nossa cabeça.

Uma ferramenta, conhecida como mapa mental, pode ser adaptada para a
realidade do design de interiores e aplicada nesse sentido de senso de observação.

Abaixo segue algumas referências:


86

Fonte: Arquivo pessoal

Essa junção de informações descreve, antes do surgimento de um ambiente,


informações essenciais e mapeamento do cliente e do ambiente em questão, e pode
conter: medidas, fotos, anotações, pode inclusive ser transformado em um mapa
mental dentro de sua cabeça, ou físico conforme mostrado nos exemplos anteriores.
Não existe modelo pronto, cada um deve desenvolvê-lo dentro de seu entendimento
(isso já serve de treino para a criatividade), caso você procure na internet sobre o
assunto, encontrará uma infinidade de modelos, mas o importante é que todas as
informações-chave estejam arranjadas.
87

Terminamos aqui o estudo do cliente. Um conteúdo muito rico e que deve ser
compreendido por completo, qualquer diagnóstico errado poderá gerar transtornos
desagradáveis. Na próxima aula iniciaremos a desvendar os estilos e técnicas da
composição.

Qualquer dúvida não deixe de questionar e não esqueça de realizar todos os


exercícios. Até a próxima aula!

Prof. Amanda Marques


CURSO COMPLETO DE PROJETO DE MÓVEIS88

CURSO COMPLETO DE PROJETO DE MÓVEIS

MÓDULO 02
Aula 05

Assuntos a serem abordados

06. Conhecendo o ambiente de


seu cliente: Percepção
07. Elementos da Composição do
Ambiente: Clima
08. Elementos da Composição do
Ambiente: Linhas

Atenção: O material está disponível apenas para este curso. É proibida cópia total ou parcial,
apresentação ou qualquer forma de comercialização de seu conteúdo. São respeitados os
Direitos Autorais de toda a bibliografia consultada, com a respectiva indicação dos créditos.

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89

Prezado Aluno,

Quando falamos em design de interiores, muitas vezes não temos noção do


quantos temas temos que compreender. São diversos temas e um vasto caminho que faz
com que você busque conhecimento contínuo. A partir de agora saímos das questões mais
burocráticas e partimos para o design. Pareia que nunca chegaria não é! Mas chegaram as
aulas tão esperadas nas quais entraremos a fundo no tema principal do Curso de
Composição / Decoração de Interiores.

Iniciamos agora a aula 05 do curso de Composição / Decoração de Interiores.


Nesta, será compreendido como desenvolver sua percepção junto ao cliente, e iniciamos a
compreensão dos itens que compõe a decoração. Perceberá que sempre irei retornar a
aula de desenvolvimento de criatividade para que você consiga perceber todos os
elementos contidos no espaço. Algumas atividades serão realizadas dentro das unidades de
estudo e outras em nosso material de exercício para que você compreenda o todo e
consiga interpretar todas as etapas a serem estudadas e compreendidas. Estude este
material em conjunto com os vídeos e aplicações de exercícios assim, poderá concluí-lo
com a melhor eficiência possível. Bons estudos!

Prof. Arq Amanda Marques


90

06. Conhecendo o ambiente de seu cliente: Percepção

Pra finalizar fundamentos estudados na


aula anterior, temos questões mais conceituais
da percepção, mas que não podem ser
esquecidas.

O indivíduo é estimulado pelos cinco


sentidos, não somente pela visão. Então, o fato
de usar uma madeira com cheiro forte, pode
alterar a percepção, assim como uma planta
com flores cheirosas também. O indivíduo por
meio da luz e da sombra consegue perceber,
por exemplo, as texturas diretamente ligadas ao
tato. Então, se um sofá não parecer macio e
muito rugoso, pode também alterar a percepção
deste ambiente.

Os sons também são importantíssimos na percepção, por isso o estudo do


conforto acústico é tão importante em uma ambientação.

07. Elementos da composição do ambiente: Clima

O clima dentro do design de interiores não deixa de ter certa ligação com a
percepção citada anteriormente, entretanto, no presente, são consideradas também
as questões técnicas, e, por isso aparece em outro tópico.

Voltando a falar dos tempos mais remotos, os primeiros abrigos que o homem
utilizou eram as cavernas e pequenas estruturas cobertas por palha ou peles. Sua
função era de proteção contra as intempéries, visto que, somos animais
homeotérmicos e não resistimos a variações extremas de temperatura, umidade e
ventos. Temos a necessidade de abrigo.
91

Conforme a posição geográfica de cada um


destes abrigos, eles possuirão características muitos
diferentes. Uma oca na Amazônia não é revestida de
peles em seu interior, bem diferente de um Iglu no
Ártico. As características físicas e orgânicas destes
dois povos são iguais, todavia o ambiente com
temperaturas e condições diferenciadas é o que
determina os materiais, formatos e usos das
habitações.

Nos dias atuais, existe uma série de recursos,


muitas vezes necessários, para atingir esse grau de conforto e suprir a necessidade
do homem. As casas possuem lareiras, sistema de calefação, foram desenvolvidos
materiais que conseguem isolar o frio ou o calor, dimensionamento correto de
ambientes, atualmente, há os condicionadores de ar e uma série de artifícios que
deixam o ambiente com características físicas capazes de suprir as necessidades do
homem.

08. Elementos da Composição do Ambiente: Linhas

A- Forma / Linhas

Quando desenhamos um objeto, primeiramente traçamos o seu contorno.


Pense no desenho de uma árvore, fazemos o tronco e depois uma grande forma
orgânica para representar as folhas, contudo essas linhas não existem na forma real.
92

Essa é uma maneira que o cérebro tem de simplificar o entendimento dos elementos.
Toda vez que nos deparamos com uma forma isolada ou mesmo um ambiente
inteiro, percebemos as linhas que o compõe.

Para saber que tipo de linhas os ambientes podem apresentar, basta lembrar-
se das aulas iniciais de geometria.

Temos três grandes grupos:

1- Linhas curvas;
2- Linhas retas, que se subdividem em retas horizontais, verticais, inclinadas,
convergentes e divergentes e
3- Linhas mistas, onde a composição apresenta um conjunto de linhas retas e
curvas.

Para a análise do ambiente em questão, no caso de direcionar a percepção


para o Design de Interiores, devemos sempre observar o predomínio das linhas,
porque com certeza, até por uma questão física, sempre vão existir vários tipos de
linhas em uma mesma composição, por isso, lembre-se: PREDOMÍNIO.

B- Aplicação das linhas horizontais e verticais:

Abaixo serão mostrados por meio de esquemas como essas linhas podem ser
utilizadas para a modificação das proporções dos ambientes.

Teto
Imagine o desenho ao lado como a
perspectiva de um ambiente genérico. A parte de
baixo é o piso, as laterais as paredes, no meio o
fundo do ambiente e acima o teto.

Piso Linhas verticais nas paredes laterais passam


a sensação de pé-direito mais alto e não afastam o
fundo de nossos olhos.
93

Linhas horizontais achatarão o teto e passam


a sensação de profundidade ao cômodo.

Também o direcionamento de um piso de


madeira ou de um forro altera a sensação de
proporção no ambiente.

Direcionado ao fundo, as paredes laterais


parecem maiores e o fundo se afasta.

Já se colocadas em direção as paredes


laterais, o fundo se aproxima e parece mais largo.

Portanto, se o piso ou o teto tiverem linhas inclinadas, a sensação será de


movimento, então aqueles que dizem que não importa o direcionamento do piso,
estão enganados.
94

Terminamos aqui o estudo do cliente. Um conteúdo com muitos mistérios e


desenvolvimento da criatividade a todo o momento. Na próxima aula estudaremos sobre a
composição das cores.
Qualquer dúvida não deixe de questionar e não se esqueça de realizar todos os
exercícios. Até a próxima aula!

Prof. Amanda Marques


95

CURSO COMPLETO DE PROJETO DE MÓVEIS

MÓDULO 02
Aula 06

Assuntos a serem abordados

09. Elementos da Composição do


Ambiente: Cores

Atenção: O material está disponível apenas para este curso. É proibida cópia total ou parcial,
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Prezado Aluno,

Iniciamos agora a aula 06 do curso de Composição / Decoração de Interiores. Não


existe uma composição bem elaborada com escolhas de cores erradas que não compõe
entre si.. Você deve estar imaginando que muito já foi aprendido, pois saiba que muitas
coisas além estão por vir.

Algumas atividades serão realizadas dentro das unidades de estudo e outras em


nosso material de exercício para que você compreenda o todo e consiga interpretar todas
as etapas a serem estudadas e compreendidas. Estude este material em conjunto com os
vídeos e aplicações de exercícios assim, poderá concluí-lo com a melhor eficiência possível.
Bons estudos!

Prof. Arq Amanda Marques


97

09. Elementos da Composição do Ambiente: Cores

Quando se fala de cores, novamente temos que voltar ao homem das


cavernas.
Ao visualizar estas imagens,
percebemos que o homem
simplesmente não pintava as cenas de
seu cotidiano com um pedaço de
carvão, existia também a necessidade
de retratar essa cena com reprodução
de cores. Isso prova como estes
elementos são inerentes do ser humano e não são superficiais, quando se faz uma
ambientação.

Com a cor podemos mudar toda a atmosfera da ambientação, mudando


proporções, criando identidades. Dentro de todo o processo visual, a parte
mais emotiva está relacionada à cor.

As cores se formam com os raios de uma fonte luminosa, seja o sol ou uma
fonte artificial, batendo na superfície da camiseta
e o que vemos é o reflexo destes raios. O branco é o reflexo de todas as cores e o
preto a absorção de todas. Por isso, se vamos ao sol com roupa preta, a sensação
de calor será muito maior do que com uma roupa branca, e prova também a ação
dos raios sobre a superfície.

 Propriedade das cores:


Independente de seus conhecimentos prévios sobre decoração, garanto que
as principais sensações quanto a cada tipo de cor você consegue responder.

 Algumas considerações importantes:


98

Cores frias: Lembra do inverno, do gelo e da neve, são


as cores que tem como base o azul e o verde. Possuem
alto valor cromático, pois são claras (lembrem: refletem
mais raios, por isso apresentam alto valor cromático).

Cores quentes: lembra o calor, fogo, verão, são cores


que tem como base o vermelho, laranja, possuem baixo
valor cromático. São consideradas mais
aconchegantes.

 Cores frias: pesam menos


 Cores quentes: pesam mais

Cores Cores
Frias Quentes

Peso
99

Peso: Parede listrada (da efeito e requinte ao ambiente)

Textura

Lembre-se que a cor sempre muda dependendo da superfície que é


aplicada, portanto sempre a teste antes.

Luminosidade
Matiz
Saturação

Todos estes assuntos você poderá encontrar detalhadamente no curso


Completo de Projeto de Móveis.
Aprenda mais sobre iluminação com os Cursos de Iluminação Residencial e
Iluminação de Paisagismo da AM Cursos Online
100

Elementos neutros
Monocromia
Combinações/ harmonias

O olho não percebe as cores de forma isolada, ele sempre as associará


às cores do entorno, portanto as combinações devem sempre buscar uma
harmonia.

A escolha de combinações é um ponto que deixam muitos inseguros. Existem


diversas maneiras e técnicas para trabalhar as combinações que vão além do bom
gosto somente.

As cores dispostas no círculo não foram colocadas de forma aleatória, elas


vêm da estrutura de formação das cores: primárias, secundárias e terciárias.

Cores primárias Cores secundárias Cores terciárias

Com o círculo pronto podemos analisar as harmonias existentes nele. As


indicações das cores pertencentes a cada harmonia são dadas pelas setas, elas
funcionam como os ponteiros de um relógio, você pode ir virando para conseguir
posicionar sobre cada uma das cores.
101

Ambiente genérico Fundo mais escuro aproxima a parede.


Paredes opostas mais claras, proporcionando

a sensação de mais largura.

Teto e meia parede pintada de tons mais escuros dão a


Sensação de diminuir o pé-direito

Fundo mais claro afasta a Teto mais claro ou meia parede


parede do fundo. Paredes pintada de tons mais claros dão a
opostas mais escuras sensação de pé-direito mais alto.
aproximam as laterais.
102

Terminamos aqui o estudo das cores. Com este conhecimento não terá erro, você
sempre acertará as cores de seus ambientes. Na próxima aula iniciaremos trabalhar com
composições em equilíbrio e proporção.

Qualquer dúvida não deixe de questionar e não se esqueça de realizar todos os


exercícios. Até a próxima aula!

Prof. Amanda Marques


103
CURSO COMPLETO DE PROJETO DE MÓVEIS

MÓDULO 02
Aula 07

Assuntos a serem abordados

Elementos da Composição do Ambiente:


10. Proporção, Dimensão e Espaço

Atenção: O material está disponível apenas para este curso. É proibida cópia total ou parcial,
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Prezado Aluno,

Iniciamos agora a aula 07 do curso de Composição / Decoração de Interiores. Nossa última


aula, porém não menos importante. Trabalharemos todos os demais elementos de
composição, tais como: Proporção, Dimensão e Espaço, Repetição, Luz e Sombra,
Contrastes e pra finalizar sobre Fundo Permanente.

Algumas atividades serão realizadas dentro das unidades de estudo e outras em


nosso material de exercício para que você compreenda o todo e consiga interpretar todas
as etapas a serem estudadas e compreendidas. Estude este material em conjunto com os
vídeos e aplicações de exercícios assim, poderá concluí-lo com a melhor eficiência possível.
Bons estudos!

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105

10. Elementos da Composição do Ambiente:

Proporção, Dimensão e Espaço

Trabalhamos os espaços de interiores para o homem usufruir, portanto


devemos sempre considerar a escala humana ao trabalhar. O homem possui
medidas e os ambientes também possuem.

Um projeto utilizando a escala humana é um projeto feito para homem, pois


intuitivamente o homem usa o tamanho de seu corpo como parâmetro comparativo.
As Igrejas Góticas, por exemplo, propositalmente, não utilizavam a escala humana
para dar uma sensação de grandiosidade, por isso sempre têm pé-direito muito alto.
Ambientes públicos também costumam fazer uso deste recurso, um fórum, por
exemplo, tem estruturas pesadas e pé-direito extremamente alto para dar a
sensação de a “lei” acima do homem.

A proporção é dada a partir das condições que os ambientes fornecem ao projeto.

Um objeto quando analisado individualmente, sem o seu contexto, assim


como o ambiente, pode parecer desproporcional. Um relógio, por exemplo: que
tamanho ele tem? Se for um relógio de pulso é uma medida, um relógio de mesa
outra e um relógio de parede? Quanto você diria que ele pode ter? 30 cm de
diâmetro, 45 cm? E 90 cm? Você diria que ele pode ter quase 1 m? Eu diria que
depende.

Fonte:http://assimeugosto.com/2011/07/26/relogios-na-decoracao/ Data: 22/09/2011 13:39


106

Na situação acima, o relógio assume uma nova função, além de marcar horas
ele é como um grande quadro em uma parede e pode ter esse tamanho. Talvez se
você o visse sozinho em uma relojoaria acharia que é desproporcional.

As oposições de estímulo buscam compensações.

Cheios e vazios, cores claras e escuras, linhas curvas e linhas retas,


elementos com ritmo ou sem, luz e sombras, geram contrastes.

O ambiente acima possui uma série de contrastes:

Cores: massas brancas x tons escuros do piso, tapete e móvel na cor preta.
Cheios e vazios: áreas concentradas com móveis e outras sem móveis.

Linhas: o tapete é redondo e a composição acima dele é quadrada.


Luz e sombras: várias nuances aproveitadas da luz natural que irradia o
ambiente.
107

A harmonia é um ponto muito abordado pelas publicações da área e não costumo


colocar como item de análise ou recurso, pois para mim, a harmonia é um conjunto
adequado de elementos que resultam em um ambiente com proporção, ordem e beleza.
Todavia, conforme mencionado no tema do belo, beleza é relativa. Oposições e
ambientes ecléticos também podem chegar a um resultado final harmônico, envolvendo
muito uma questão de “feeling”.

O “feeling” não é algo que somente nasce conosco, ele é desenvolvido e aguçado à
medida que a pessoa começa a trabalhar e desenvolver sua própria percepção.
Portanto, os exercícios propostos são tão importantes. Não esqueça também de criar
um banco de imagens, visitar mostras, dissecar imagens, analisar ambientações nas casas
que você visita. Estude este material em conjunto com os vídeos e aplicações de exercícios
assim, poderá concluí-lo com a melhor eficiência possível.

Qualquer dúvida não deixe de questionar e não se esqueça de realizar todos os


exercícios. Até a próxima aula!

Prof. Amanda Marques


CURSO COMPLETO DE PROJETO DE MÓVEIS
108

MÓDULO 02
Aula 08

Assuntos a serem abordados

História da Arte e do Mobiliário


11. Resgatando a história da arte como fonte
de criação

Atenção: O material está disponível apenas para este curso. É proibida cópia total ou parcial,
apresentação ou qualquer forma de comercialização de seu conteúdo. São respeitados os
Direitos Autorais de toda a bibliografia consultada, com a respectiva indicação dos créditos.

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Prezado Aluno,

Iniciamos agora a aula 08 do curso de Composição / Decoração de Interiores, com o


estudo sobre a história do mobiliário. Não tem como desenvolvermos uma boa
composição sem entender os estilos e as referências as quais sempre existirão em cada uma
das decorações que desenvolvermos.

Não esqueça que existem atividades extras que devem ser desenvolvidas em
conjunto com nossas aulas. Estude este material em conjunto com os vídeos e aplicações
de exercícios assim, poderá concluí-lo com a melhor eficiência possível. Bons estudos!

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110

11. Resgatando a história da arte como fonte de criação

É possível dividir a linha do tempo em quatro momentos históricos: Idade


antiga, idade média, idade moderna e idade contemporânea.

Cada um dos momentos históricos passou por inúmeras transformações que


resultaram em períodos distintos. Segue abaixo alguns dos principais, cada um em
seu momento histórico:

◦ Idade Antiga: Egito, Grécia e Roma;


◦ Idade Média: Períodos Bizantino, Românico e Gótico;
◦ Idade Moderna: Renascimento, Barroco, Regência, Rococó e Neoclássico;
◦ Idade Contemporânea: Modernismo e Pós-modernismo.

11.01. Idade Antiga (4000a.C ao século V)

1. Arte Egípcia

Sem dúvidas uma das civilizações que conseguiu obter destaque histórico na
Era Antiga foi a egípcia, repleta de arte, poder na agricultura, e claro, grandes
construções onipresentes até os dias de hoje. Assim como outras potências da
época, no Egito a religião comandava o universo, as leis, a organização política e
social. Neste sentido também ditava as regras das manifestações artísticas.

Aos egípcios a vida pós-morte era melhor do que a vivida na Terra. Os deuses
têm poder de interferir na vida humana e por este motivo as leis eram respeitadas
por grande parte da população. Quanto à arte egípcia o fundamento ideológico é
glorificar os deuses e eternizar o defunto, ao erguer túmulos e templos funerários.

MOBILIÁRIO

Sala de visita era a parte mais importante da residência (os pobres se


amontoavam num cômodo de no máximo 20m², quase sem móveis):
111

Cadeira de Sitamon

 Sala de refeição simples (tanto aos pobres como ricos);


 Os casais ocupavam quartos separados, que na maioria das vezes apenas
tinham uma cama e um tamborete;
 Grande variedade de cadeiras, poltronas e almofadas;
 Zoomorfismo;

2. Arte Grega

Se de um lado do mediterrâneo estavam os egípcios com artes ligadas ao


espírito, do outro existiam os gregos que homenageavam o prazer em viver no
presente. As manifestações artísticas tinham contemplação com as diferentes formas
da natureza, não apenas aos animais, como no Egito.

O artista grego vive um pouco como a nobreza e tem constante busca por
perfeição física ou intelectual. Entre as principais características se destacam:

 Amor por democracia política;


 Interesse pelo homem;
 Ampla presença do tema “amor”;
 Luxúria, fixação por beleza material ou humana;
 Racionalismo.
112

MOBILIÁRIO

Os mobiliários eram produzidos de bronze, ferro, madeira, ouro, marfim e (ou)


prata;

Fonte: http://casaadorada.blogspot.com.br/2013/03/estilos-de-moveis-ao-longo-do-tempo.html data 25/06/2014 12:40

3. Arte Romana

Existem dois tipos de influências particulares da arte romana:

● Arte Etrusca Popular: Que se relaciona com a realidade presente nas ruas, na
nobreza e entre os pobres;
● Arte Grega-Helenística: Relacionado ao sentido de invocar a máxima beleza.

MOBILIÁRIO

Assim como na produção artística o mobiliário romano é inspirado no grego,


cuja principal característica está na forma curva.
113

Fonte: http://casaadorada.blogspot.com.br/2013/03/estilos-de-moveis-ao-longo-do-tempo.html data 25/06/2014 12:40

● As cadeiras apresentam o espaldar curvo, entretanto possuem estrutura


com maior peso e são mais ricas em ornamento;
● Assim como os egípcios, utilizavam de banquinhos em X e tamboretes;
● Uma das peças de mobiliário mais importante foi a cama, na qual passavam,
reclinados, grande parte do tempo, seja dormindo, comendo ou conversando;
● Cattedra: Cadeiras de grande dimensão;

11.03. Idade Média (séculos V ao XV)

1. Arte Bizantina
2. Arte Românica (Alta Idade Média)
3. Arte Gótica (Baixa Idade Média)

14.04. Idade Moderna (Século XV ao XVIII)

1. Renascimento
 Era dos Luíses (Renascimento ao Neoclássico)
 Luis XIII (Governou de 1610-1643)
2. Barroco
 Era dos Luíses (Renascimento ao Neoclássico)
 Estilo Luis XIV
3. Rococó
4. Estilo Regência
 Era dos Luíses (Renascimento ao Neoclássico)
114

 Luiz XV (Governou de 1715-1774)

14.05. Idade Contemporânea (século XIX)

1. Neoclassicismo
 Estilo Império
 Era dos Luíses (Renascimento ao Neoclássico)
 Luiz XVI (Governou de 1774-1785)
 Estilo Diretório:

 Estilo Biedemeier
2. Ecletismo e Estilo Vitoriano
115

Será muito importante ter total compreensão do conteúdo, sendo assim será
fundamental adquirir os conhecimentos da próxima aula. Você terá um completo
entendimento dos assuntos abordados e conseguirá ter uma visão clara e ampla de tudo
que estudamos. Após seu estudo, volte as imagens dos exercícios das primeiras aulas e
tente identificar os elementos contidos com base em todo seu conhecimento adquirido.
Qualquer dúvida não deixe de questionar e não se esqueça de realizar todos os
exercícios. Até a próxima aula!

Prof. Amanda Marques


CURSO COMPLETO DE PROJETO DE MÓVEIS
116

MÓDULO 02
Aula 09

Assuntos a serem abordados

História da Arte e do Mobiliário


12. Resgatando a história da arte como fonte
de criação (continuação)

Atenção: O material está disponível apenas para este curso. É proibida cópia total ou parcial,
apresentação ou qualquer forma de comercialização de seu conteúdo. São respeitados os
Direitos Autorais de toda a bibliografia consultada, com a respectiva indicação dos créditos.

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117

Prezado Aluno,

Iniciamos agora a aula 09 do Módulo de Composição/Decoração de Interiores que


complementa os estudos da aula 08 de história do mobiliário. As atividades serão realizadas
em nosso material de exercício para que você compreenda o todo e consiga interpretar
todas as etapas a serem estudadas e compreendidas. Estude este material em conjunto
com os vídeos e aplicações de exercícios assim, poderá concluí-lo com a melhor eficiência
possível. Bons estudos!

Prof. Arq Amanda Marques


118

12. Resgatando a história da arte como fonte de criação

.
12. 06. Principais Movimentos do Modernismo no Design

1. Arts and Crafts


2. Art Noveau
3. Bauhaus
4. Art Deco
5. Pós-modernismo nas Artes Visuais - Linguagens contemporâneas
 Instalação
 High-tech
 Pós- Modernismo no Design
 Antidesign
 Minimalismo
 Pop Art
 Arte Conceitual
119

Finalizamos aqui nossa aula 09 dos estudos de Composição /Decoração de


Interiores. Estude este material em conjunto com os vídeos e aplicações de exercícios assim,
poderá concluí-lo com a melhor eficiência possível.

Qualquer dúvida não deixe de questionar e não se esqueça de realizar todos os


exercícios. Até a próxima aula!

Prof. Amanda Marques


CURSO COMPLETO DE PROJETO DE MÓVEIS
120

MÓDULO 02
Aula 10

Assuntos a serem abordados

História da Arte e do Mobiliário


13. Processo criativo de decoração e estilo

Atenção: O material está disponível apenas para este curso. É proibida cópia total ou parcial,
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Prezado Aluno,

Iniciamos agora a aula 10 do Módulo de Composição/Decoração de Interiores. Nossa


última aula, porém não menos importante.

Algumas atividades serão realizadas dentro das unidades de estudo e outras em


nosso material de exercício para que você compreenda o todo e consiga interpretar todas
as etapas a serem estudadas e compreendidas. Estude este material em conjunto com os
vídeos e aplicações de exercícios assim, poderá concluí-lo com a melhor eficiência possível.
Bons estudos!

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122

13. Processo criativo de decoração e estilo

Com base em todos os itens estudados podemos identificar que a decoração


pode possuir uma mistura de estilos e tendências. Então, posso utilizar em um
mesmo ambiente alguns itens em conjunto. Por exemplo, um ambiente moderno com
linhas retas misturando móveis antigos da era dos Luizes como a imagem abaixo.

Fonte: http://www.decoracao.com/wp-content/uploads/2013/01/715.jpg Data: 13/12/2014 14:37

Os estilos de decoração podem variar conforme o período, a moda o contexto


vivenciado no mundo como questões políticas, sociedade, regiões, tecnologias, entre
outros. Vamos agora estudar alguns desses modelos de estilos para identificar qual
linha utilizaremos em cada situação com nossos clientes.

13.01. Estilos

1. Estilo Clássico

Como já elencamos acima, o estilo clássico contém cores neutras e sóbrias


tendo como complementos os acessórios. É um estilo marcado por linhas elegantes
e ricas. Sua origem está na Arquitetura Grega e Romana, onde os traços mais
apreciados são a opulência e o requinte. Os móveis são feitos de madeira mogno,
nogueira ou cerejeira, sempre de tonalidade média a escura, inspirados em vários
estilos como o do inglês georgiano dos séculos XVIII e XIX e do estilo francês dos
reis Luís XIII, XIV, XV e XVI dos séculos XVII e XVIII.
123

Fonte: http://3.bp.blogspot.com/-Ts5h9RMjQY0/UVx1eaykaaI/AAAAAAAABX4/wLSG7SuemM0/s1600/sala+3.jpg
Data:13/12/2014 14:49

2. Estilo Provençal

O estilo Provençal tende a ser uma decoração mais romântica fazendo o uso
de tons suaves e também de técnicas de envelhecimento. Encontramos neste estilo
decorações tomadas por almofadas em estampas florais delicadas e enfeites
delicados. Seus móveis levam a cor branca e tem acabamento de pátina. Em sua
composição os moveis tinham diferentes tipos de madeira e apresentavam pouca
qualidade. A fim de esconder os defeitos causados pela mescla de madeiras em uma
mesma peça os artesãos usavam uma mistura de gesso e cola, o gesso crê,
disfarçando os defeitos. Com o desgaste do tempo, tal prática acabava dando ao
móvel uma aparência envelhecida. Tal efeito é conseguido atualmente com a pátina
que muitas vezes é chamada de "provençal".

Fonte: http://hausdecoracao.com.br/wp-content/uploads/2014/07/sala-de-estar-florida-provencal.jpg Data:13/12/2014 15:23


Fonte: http://www.portobello.com.br/blog/wp-content/uploads/2013/01/cozinha-classica-teste1.jpg Data:13/12/2014 15:24
124

3. Estilo Retrô

O estilo Retrô virou moda e tem a característica de nos levar ao passado. Ele
resulta do lifestyle vivido nas décadas de 50, 60 e 70. É um estilo dinâmico, de
elevado impacto visual e muito cool. Nos dias de hoje é possível encontrar nos
mercados aparelhos e móveis em estilo retrô, que apesar de seu aspecto antigo,
contam com tecnologia avançada.

Fonte: http://www.decosee.com/picture/retro-kitchen-accessories-decoration.jpg Data: 13/12/2014 15:38

Fonte: http://chocoladesign.com/wp-content/uploads/2012/02/designfurnitureinterioresretro-
a40f611fcb24ee2eee90531473cdbe60_h.jpg Data: 13/12/2014 15:47

4. Estilo Country

Os móveis deste estilo tentem a ser voltados para a natureza. Alguns dos
adereços utilizados na decoração são: muitos cestos de vime, pedras, teto sem forro
e madeira envelhecida. As cores do estilo country variam entre mais escuras, como o
marrom, e cores mais neutras.
125

Objetos que vão de acordo com o contexto como chapéus, cintos, cavalos e botas
também são artefatos decorativos para o ambiente.

Fonte:http://4.bp.blogspot.com/0W_To96Omo0/UWNoHSL8ZMI/AAAAAAAAjfg/bIDaavs8Tuk/s1600/3804f7f092f80fc3ad37784e
740cfcc1.jpg Data:13/12/2014 21:48
Fonte: http://4.bp.blogspot.com/-2zy5TezBf9M/UM-Oueo8iTI/AAAAAAAAMro/4191YEjXLek/s1600/bathroom105.jpg Data:
13/12/2014 22:04

5. Estilo Moderno

Este estilo foi criado como contraponto para a ornamentação pesada do


século XIX. O lema do estilo moderno, ditado pelo famoso arquiteto norte-americano,
Louis Sullivan, é "a forma segue a função". Nos espaços interiores, onde a
funcionalidade é prioridade, há pouco espaço para acessórios de decoração em
excesso. Assim, os interiores modernos seguem uma simplicidade sóbria e
justamente por isso é um tema encantador. Seu mobiliário se caracteriza por
silhuetas marcadas e esguias, peças angulares e traços simples. Privilegia-se
mobília larga e espaçosa, baixa (muitas vezes rente ao chão) e superfícies
completamente lisas, até porque são estas as principais protagonistas deste estilo de
decoração.

Fonte: http://media-cache-ec0.pinimg.com/736x/09/65/76/096576c5abd5e19fc81acf92eb7b84dd.jpg Data:13/12/2014 22:32


126

6. Estilo Asiático

O estilo asiático volta-se para uma decoração zen. Utiliza cores vibrantes do
tradicional décor chinês, o mobiliário e a decoração mística da Indonésia. O espaço
em estilo asiático tem um ar interessante e traz sensação de tranquilidade e
relaxamento. Contrastando com o vermelho, são utilizados tons de cores neutras e
naturais e fazendo pouco uso de objetos de decoração.

Fonte: http://www.sofadeideias.com/wp-content/uploads/2014/02/7c0823a2474d2154c5f37a571d19b259.jpg Data:13/12/2014


23:00

7. Estilo High Tech

Características fortes do estilo High Tech estilo são: o uso de formas


arredondadas, luzes de LED para iluminar e detalhar, materiais metálicos ou
lisos, o uso do branco e da alta tecnologia. .

Fonte: http://media-cache-ec0.pinimg.com/736x/b8/50/b1/b850b192096da30c8cab1a9f2fe1dba1.jpg Data:13/12/2014 23:20


Fonte: http://media-cache-ec0.pinimg.com/736x/f4/07/c3/f407c324a039fb1e44d5363dad0e4249.jpg
Data:13/12/2014 23:21
127

13.02. Identifique seu cliente

Cada pessoa possui características que definir seu estilo analizando de


maneira coerente fica fácil identificar a linha de projeto a seguir. Junte diversos
elementos que caracterizarão o perfil de seu cliente. Observe abaixo:

1. Contemporâneo

Pessoas que normalmente gostam de curtir a casa e receber os amigos e


para isso querem ambientes integrados e versáteis.

2. Natural

Pessoas que normalmente são espiritualizadas, que vem a casa como um


templo, um local para relaxar e esquecer os problemas do dia a dia. Gostam do
contato com a natureza e buscam trazer um pedacinho dela para dentro de casa
128

3. Moderno

Pessoas que valorizam a praticidade e a funcionalidade dos espaços,


possuem poucas e boas peças e é extremamente organizado.

4. Clássico

Pessoas sofisticadas e que gostam de detalhes, valorizam o luxo, obras de


arte e antiguidade, acreditam que o clássico nunca sai de moda.

5. Retro

Pessoas dinâmicas que gostam de viver intensamente. São ousadas, gostam


de cores e extraem o máximo de prazer em cada detalhe da vida, buscam peças
icônicas que sobreviveram com o passar do tempo.
129

6. Romântico

Pessoas que buscam serenidade e gostam de delicadeza e sutileza, não


necessariamente sendo do sexo feminino. São organizadas, em geral tranquilas e
gostam de elegância sublime, não deixando o conforto de lado, porém estão
envolvidas emocionalmente com tempos marcados, como filmes, cenas passadas
em épocas e tendências.

7. Despojado

Pessoas que buscam o conforto a praticidade do dia a dia. Não se importam


com marcas ou tendências e sim no que será útil e marcado com sua personalidade
e facilidades do dia a dia e sua rotina.
130

8. Mix de decoração

Entenda que seu cliente é único, então ele poderá estar dentro de um estilo
específico ou gostar de um pouco de cada coisa. O seu trabalho é extrair estas
partes e fazer com que seu gosto pessoal esteja alinhado ao belo, e funcional.
131

Finalizamos aqui os estudos de Composição /Decoração de Interiores. Ao ver todos


estes recursos, deve ficar claro para o aluno que não são obrigatórios para todos os
ambientes, mas são maneiras de compor a ambientação de formas diferenciadas.
A harmonia é um ponto muito comentado na área e em meios de comunicação
como revistas e internet. Porém, não costumo colocar este item como forma de análise ou
recurso, pois acredito que a harmonia é um conjunto de elementos que se adéquam e
resultam em um ambiente com proporção, ordem e beleza.
Todavia, conforme mencionado no tema sobre o conceito do belo, beleza é relativa.
Oposições e ambientes ecléticos também podem chegar a um resultado final harmônico,
que envolve muito a questão do “feeling”, que é o sentimento de que aquilo está correto
ou não. O “feeling” não é algo que somente nasce conosco, ele é desenvolvido e aguçado
à medida que a pessoa começa a trabalhar com ele.
Por isso que os exercícios propostos são tão importantes. Não esqueça também de
criar um banco de imagens, visitar mostras, ser crítico e analista ao observar o ambiente,
dissecar imagens inteiras, analisar ambientações nas casas que você visita. Não se preocupe
você vai conseguir, pois agora o mundo que o rodeia passa a ser visto sob a ótica do
Design de Interiores.
Estude este material em conjunto com os vídeos e aplicações de exercícios assim,
poderá concluí-lo com a melhor eficiência possível.
Nosso curso de composição/ decoração de interiores termina por aqui, mas não
deixe de continuar desenvolvendo sua criatividade, estar outros conceitos e materiais e
além de colocar em prática tudo que já sabe.
Não espere aprender tudo pra depois praticar, pois o aprendizado é diário. Não
tente começar do alto, pois degraus para alcançar a plenitude são necessários para o seu
crescimento. É importante passar por todas as etapas, só assim será um profissional
completo.
Qualquer dúvida não deixe de questionar e não se esqueça de realizar todos os
exercícios. Até mais!

Prof. Amanda Marques


132

CURSO COMPLETO DE PROJETO DE MÓVEIS

MÓDULO 03

Setorização e Fluxograma
133
CURSO COMPLETO DE PROJETO DE MÓVEIS

MÓDULO 03
Aula 01

Assuntos a serem abordados:

01.Introdução
02. Planejando a moradia em setores
03. Ambientes

Atenção: O material está disponível apenas para este curso. É proibida cópia total ou parcial,
apresentação ou qualquer forma de comercialização de seu conteúdo. São respeitados os
Direitos Autorais de toda a bibliografia consultada, com a respectiva indicação dos créditos.

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134

01. INTRODUÇÃO

A moradia própria, seja casa, loft ou apartamento, foi e ainda é sonho de


homens e mulheres. Um lugar para chamar de seu, onde você encontra abrigo,
conforto e refúgio. De fato cada vez mais passamos menos tempo em casa, mas é
para lá que desejamos retornar quando estamos inquietos ou cansados. Até mesmo
numa viagem longa, chega uma hora que você quer sofá, cama e travesseiro.

Por esses e outros tantos motivos a residência deve ser bem planejada. Pois,
além de todo conforto, também precisa funcionar como refúgio. Neste ponto entra o
trabalho do decorador, capacitado para unir funcionalidade, conforto e estética,
pontos que se adequam conforme anseios e necessidades de cada cliente.

Lembre-se de seguir todos os passos de Decoração de Interiores, que


considera as características:

● do cliente;
● do ambiente;
● dos elementos que compõe o ambiente.

É importante notar que todos os tipos de residência cada vez mais têm
projetos adaptados aos ambientes multifuncionais, independente do espaço
disponível (pequeno, médio ou grande).

02. PLANEJANDO A MORADIA EM SETORES


Como já mencionado no curso, uma casa precisa FUNCIONAR. A parte
funcional está intrinsecamente ligada à setorização dos ambientes. A moradia se
divide em três grandes setores:
● Social, ● Serviço, ● Íntimo

Em cada um dos setores agrupamos os ambientes da moradia por


similaridade de usos. Setor social é aquele que abriga os visitantes da casa. São as
áreas de convivência da família e dos convidados. Nesta zona podemos encaixar ao
grosso modo: Sala de jantar, sala de estar, área de churrasqueira e hall.
135

 Por que dar importância aos setores?

Para a casa funcionar. Veja um exemplo bem simples: A ida ao


supermercado.

1. Você faz compras e coloca tudo dentro do carrinho.

2. Retira as compras para passar no caixa.

3. Recoloca suas compras dentro do carrinho.

4. Recolhe as compras e coloca no seu automóvel, dentro do táxi, ou leva nos


braços até a casa.

5. Chega em casa e retira tudo de dentro do carro. Quem mora em apartamento


coloca as compras no carrinho do condomínio (se tiver) e segue de elevador
até à morada.

6. É neste ponto que chega a setorização. Imagine se depois de tudo isso,


precisar passar pelo hall, corredor, pela sala, por mais um corredor, às áreas
de serviço e apenas depois chegar à cozinha com as compras. Lembrando
que esse trajeto será repetido várias vezes conforme o tamanho ou a
quantidade de itens ao transporte.

Em qualquer projeto residencial o melhor é agrupar os usos de cada setor.


136

02.01.Considerações à mudança nas famílias e estilos de vida:

Algumas novas formas de viver podem alterar funcionalidade ou setorização.


Hoje é crescente o número de casais que possuem dois quartos, ou até mesmo
moram em casas diferentes. As razões são variadas:

● Trabalho: Já trabalhei com casais em que o marido durante a semana mora num
grande centro e a família reside no interior. De quinta a domingo os familiares se
encontram na casa do interior. A moradia no grande centro funciona apenas como
um hotel mais confortável, sem área social ou cozinha. Por outro lado, a residência
interiorana é mais do que uma casa e agrega funções variadas para compensar a
separação semanal, com sala de cinema, academia, entre outros exemplos;

● Saúde: Certos casais com distúrbios do sono (insônia, ronco ou apneia) preferem
dormir em quartos separados, resultando numa decoração de quartos de hóspedes,
ou seja, não precisam de armários;

● Segundo casamento: Casais se separam e montam suas próprias moradias.


Quando se relacionam novamente com um novo companheiro preferem continuar
nestas casas novas. A decoração nas duas residências deve se preocupar com as
visitas frequentes da outra pessoa, ou seja, armários extras, alguns utensílios ou até
pequenos cantos de uso do companheiro;

03. AMBIENTES

Antes de qualquer coisa, procure medir tudo! Confira diversas vezes se os


móveis encaixam e qual o espaço para circulação. Geralmente a escolha das
mobílias é feita em lojas com grandes ambientes de exposição (como os galpões,
por exemplo) e você pode se enganar na proporção dos móveis X ambiente. Na
dúvida simule os tamanhos dos móveis ou de grandes objetos marcando com a fita
crepe os ambientes da moradia.
137

03.01. Setor Social

 Hall

O hall à moradia é de suma importância e tem sua função específica. Este


ambiente forma a ligação entre o exterior da casa (público) com o interior da morada
(privado). Esta é a principal característica do hall e nela que mora sua importância,
pois nem todos que batem na porta serão bem-vindos às áreas internas. Por outro
lado, tais pessoas precisam de algum lugar para serem recebidas. Imagine um
carteiro, um entregador de pizza, alguém que pede informações, ou até mesmo um
indivíduo que bateu na porta errada. Não se quer que estas pessoas tomem
conhecimento da intimidade de sua vida privada, até por questão de segurança.
Sendo assim, se existe tal pré-ambiente somente este pequeno compartimento, que
não revela suas posses, será visto.

Vista superior do Hall

Um bom hall divide pelo menos setor íntimo + social do setor de serviço. Aqui
é local ideal para ter a entrada do escritório, caso entrem pessoas estranhas, ou ao
lavabo. No lavabo não se faz conveniente que a porta abra diretamente para dentro
da0 sala, pois todos observam quando um convidado entra ou sai, ou quanto tempo
ele levou lá dentro.
138

Hall decorado com espelhos, apoio, plantas e piso diferenciado.

Apartamento é sem hall propriamente dito. Mas com a decoração ele acaba
sendo demarcado. No caso de prédios com dois elevadores em geral esta divisão já
ajuda na ligação direta aos setores. Elevador social liga à porta da área social /
íntima e o elevador de serviço liga para a porta / entrada de serviço. Mas ainda assim
na entrada social é bom que a pessoa não entre direto no apartamento.

 Sala de Estar

A cada dia o “ambiente de estar” agrega mais funções. Então, o primeiro


passo para este espaço é definir quais atividades serão realizadas no local. Mais
Comuns: Estar x receber x living. Secundárias: Música, leitura, biblioteca, escritório,
recepções sociais, home cinema, televisão, convivência familiar, relaxamento, hobby,
jantar, refúgio e minibar.

Para dividir tantas atividades é possível utilizar linhas de circulação, em


principal quando o tamanho da sala comporta várias situações. Caso contrário,
lembre-se sempre de formar caminhos, como numa rua. Geralmente a sala fica entre
dois ambientes e não existe propriamente um corredor. Forme o mesmo com a
disposição dos móveis, facilitando a quem chega ou sai da casa, por exemplo,
diretamente ao quarto. Esta pessoa não iria gostar de dar voltinhas pela sala, mas
sim de um caminho simples e reto.
139

Acima um exemplo de sala grande com diversas atividades. Vejam as linhas


de circulação. Os móveis estão desencostados das paredes porque existe uma
espécie de galeria. As pessoas podem circular ao redor da mobília.

C. Móveis e acessórios

• Disponha e utilize móveis flexíveis às novas configurações da sala. Cadeiras


que giram e pufes sem encosto são utilizados em qualquer um dos lados.
Mesas de centro também podem virar assentos. Almofadas devem ser
colocadas no chão para sentar, junto aos tapetes confortáveis. Todos estes
elementos permitem que sua sala ganhe novos usos e se adapte à quantidade
de visitantes ou às atividades. Espelhos caem bem, principalmente na
combinação com aparadores. Os mais modernos trazem grandes dimensões
e possuem a capacidade de serem apoiados no chão. Quadros e esculturas
são excelentes para expor, assim como as coleções.

Fonte: http://blog.mariapiacasa.com.br/wp-content/uploads/2014/08/puff3.jpg Data: 22/10/2014 15h22.


140

D. Formatos de sala

• Sala em linha: existe apenas um sofá e fica de frente à estante onde se tem a
televisão. Usar somente caso existam outros locais para receber amigos. No
ambiente abaixo não existe outra possibilidade além da disposição em linha.

• Sala em “L”: Boa alternativa para quem tem ambientes pequenos. Evite a
sala em linha com a desculpa de que é um espaço diminuto. Ajuda à
conversação. Use poltronas giratórias para facilitar os usos. Note no desenho
abaixo que no espaço maior as poltronas laterais são giratórias. O tapete foi
deslocado para ficar sob o sofá e as poltronas, deixando espaço de acesso à
varanda.

• Sala em “U”: é um modelo clássico e geralmente apresenta simetria dos


elementos. Consiste numa disposição ótima para receber amigos e conversar.
141

Você consegue olhar de frente às pessoas e ainda sim ter local reservado ao
sofá maior. Caso exista TV no recinto deve ficar voltada ao formato.

• Sala em “O”: É uma composição bastante contemporânea. Todos ficam à


mesma distância uns dos outros. Necessita de um ambiente grande, pois não
é possível encostar nenhum dos elementos na parede, do contrário fica
estranho. Deixe o círculo solto no meio do ambiente com espaço à circulação
ao redor.

 Sala de Jantar

Gradativamente a sala de jantar vem sendo abolida como ambiente isolado.


Ela está integrada ao living/sala de estar e por isso as dicas dadas anteriormente
também servem aqui. A sala de jantar vira mais uma das tantas atividades
desenvolvidas na área de estar.
142

Contudo se enganam as pessoas que acham a sala de jantar isolada como


ambiente não solicitado por clientes. Em famílias grandes com enormes diferenças
de idade, ou casais que recebem bastantes amigos, mas têm filhos pequenos, uma
sala de jantar em ambiente exclusivo pode funcionar. Até mesmo a antiga copa serve
para este objetivo.

No caso da família com filhos pequenos que recebem muitos amigos as


crianças geralmente têm horários diferentes para comer num dia de festa, e assim a
bagunça fica reservada à copa e não atrapalha as refeições dos pequenos. A dica
serve inclusive aos familiares incomodados com os odores e a sujeira que fica depois
da refeição terminada. Após servir os alimentos, as pessoas podem se dirigir à sala e
apenas arrumar depois dos convidados irem embora. Estes são exemplos reais, mas
tenha em mente que cada indivíduo possui uma maneira diferente a se relacionar e
conviver. Por isto fique sempre com a mente aberta.
CURSO COMPLETO DE PROJETO DE MÓVEIS 143

MÓDULO 03

Aula 02

Assuntos a serem abordados:

03. Ambientes (continuação)

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Direitos Autorais de toda a bibliografia consultada, com a respectiva indicação dos créditos.

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03. AMBIENTES

03.02. Setor serviço

Importante salientar que neste setor o decorador deve procurar manter os


pontos hidráulicos originais na medida do possível. Muitas mudanças podem
acarretar em problemas de retorno de efluentes, vazamentos e perda de pressão.
Deve-se ter cuidado também ao avançar em outros cômodos quando se ampliam ou
modificam os ambientes do setor, pois cômodos que não pertencem às “áreas
molhadas” jamais terão impermeabilização. Sempre ressaltando: Para fazer
mudanças estruturais consulte um Arquiteto e um Engenheiro

 Cozinha

Este ambiente sofreu muitas mudanças. Antigamente as cozinhas das casas


eram todas parecidas em dimensões e móveis, o chamado estilo americano. Um
balcão na parte de baixo e um armário superior, um praticamente a cópia do outro,
ou seja, somente um tipo de acabamento para todo o espaço.

Fonte: http://2.bp.blogspot.com/-rgvFPh_ID14/UtbzcRIK4rI/AAAAAAAANaY/lPOulDwnzmg/s1600/cozinha.jpg
Fonte: http://www.portaldecoracao.com.br/decoracao/upload/noticia/moderno-jovial-01_19-10-12.jpg

Dicas de decoração:

A. Revestimentos

 Os revestimentos precisam ser fáceis de limpar. Além da cerâmica podemos


utilizar nas paredes, pintura epóxi ou acrílica lavável. Utilize granito e evite
145

mármores, pois são mais porosos e trazem risco de manchar. Ou, então,
aplique resina impermeabilizante, numa média de 1 a 2 vezes por ano;
 Revestimentos pequenos como azulejos menores e pastilhas de vidro ficam
bons visualmente, mas lembre-se: Quanto menor, maior a fuga! A fuga é o
ponto vulnerável aos acúmulos de sujeiras e gorduras. Pense bem onde usar
ou utilize algum impermeabilizante;
 O mesmo vale às bancadas: Utilize granitos ou pedras sintéticas próprias ao
uso em bancadas. Feitas de uma massa de pedra triturada junto com um
polímero, vendidas em chapas ou moldadas para fazer a pia junto da
bancada, sem emendas. Apenas não resistem às temperaturas altas ao
extremo. Outros materiais: Concreto, pedra ardósia e inox;

Fonte: http://atdigital.com.br/designdecor/?p=1160 Data: 27/10/2012; 00:21

B. Organograma

Diante disso tudo é essencial lembrar que os alimentos são retirados


(geralmente) da geladeira (armazenagem), levados até a pia para lavar e depois ao
fogão para o preparo. Esse consiste no ciclo mais frequente e a partir dele que surgiu
o “triângulo das funções”, que sugere o melhor funcionamento da cozinha. De ponta-
a-ponta há atividades como: Armazenagem, limpeza e cocção. O ideal seria uma
cozinha assim:
146

Tipos de Cozinha:

o Cozinha em “U” ou nas quatro paredes: Perfeita para aplicar os triângulos


das funções, conforme visto anteriormente.

Triângulo das Funções numa cozinha em formato “U”

Fonte:http://images.search.conduit.com/ImagePreview/?q=COZINHA+EM+ILHA&ctid=CT3208938&SearchSource=15&FollowOn=true&PageS
e=ImagePreview&SSPV=&start=0&pos=1 Data: 27/11/2012; 09:22.
147

o Cozinha em “L

o Cozinha linha/corredor
148

Esta é uma planta real de um apartamento destinado aos jovens solteiros. Não existe outra forma de resolver a cozinha
senão em linha. Mas, mesmo assim, note que a pia ficou no meio e nas extremidades, entre o fogão e a pequena
geladeira.

o Cozinha com ilha

o Cozinha peninsular
149

 Lavanderia

 Apesar de ser ambiente pequeno serve para diversas atividades: Armazenar


roupa suja, lavar, secar, passar roupa limpa e separar as peças já passadas.
Lembre-se de servir todas estas funções. Armários bem divididos e o uso de
aramados podem facilitar.

 Banheiros

Antigamente o banheiro era utilizado apenas para atender as necessidades


fisiológicas, e não eram incomuns apartamentos com somente um ou no máximo
dois. Hoje o ambiente é muito diverso, além disso, está diretamente ligado com o
relaxamento.

 Por também pertencer ao setor de serviço, muitas das dicas dadas


anteriormente cabem aqui.
150

 O correto ao bom fluxo de pessoas é um banheiro para cada dois dormitórios.

Revestimentos:

o Necessária impermeabilização das áreas molhadas, inclusive no local da


banheira.
o O grande diferencial está nos revestimentos. Casar cerâmicas, porcelanatos,
pedras, faixas e pastilhas geram efeitos únicos. Cuidado com os modismos,
pois um revestimento é mais difícil de mudar.
o Em especial os pisos de banheiros mais clássicos ficam ótimos com mosaicos
de pedras.
CURSO COMPLETO DE PROJETO DE MÓVEIS 151

MÓDULO 03
Aula 03

Assuntos a serem abordados:

03. Ambientes (continuação)

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apresentação ou qualquer forma de comercialização de seu conteúdo. São respeitados os
Direitos Autorais de toda a bibliografia consultada, com a respectiva indicação dos créditos.

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152

03. AMBIENTES
03.03. Setor íntimo

Como se sabe, vivemos em um momento de transição. Hoje o enfoque


principal do setor íntimo está no quarto. Entretanto, não se esqueça de que alguns
espaços ainda podem ser bem-vindos neste local, tais como: Sala íntima, quarto de
visitas e outras atividades específicas.

A. Setor íntimo: Sala íntima X quarto de visitas x atividades


complementares

Fonte: http://www.webluxo.com.br/menu/imoveis/10/apartamento-grand-palais-3.jpg Data: 22/08/2014 12:20

Por causa das plantas cada vez mais reduzidas à área íntima, da necessidade
de ampliar quartos aos filhos ou até mesmo de um closet, tais espaços são
suprimidos. Quando sobra lugar ou é desejo explícito do cliente vale a pena estudar
quais as principais funções, porque assim você pode agrupá-las. Se há apenas um
cômodo sobrando à área íntima então pode ser:

 Sala íntima, mas que possui ao mesmo tempo um sofá-cama que vira quarto
de hóspedes;

 Sala íntima que abriga o local do computador. Existem famílias,


principalmente com filhos pequenos, que preferem ter um único computador
para que os pais possam controlar melhor o uso dele;
153

Fonte: http://www.meumundo.org/img/fotos/sofa%20cama%203.jpg Data:22/08/2014 13:47

 Sala íntima que também é canto de leitura ou brinquedoteca;


 Escritório que possui sofá-cama e pode ser quarto de hóspedes; entre outros
exemplos, agrupe conforme a necessidade majoritária.

Fonte: http://polodesigncenter.com.br/blog/?p=1279 Data: 30/11/2012; 12:45

B. Setor íntimo: Quartos

Algumas dicas de decoração para estes ambientes são comuns, mas


devemos respeitar características únicas e diferenciadas entre quartos dos filhos e
quarto do casal.

Dicas de decoração em comum aos quartos:

 Este é um local de refúgio, comece com o pensamento: quais elementos


favorecem para atingir tal objetivo?
154

Fonte: https://www.pinterest.com/ Data: 14/02/2014; 08:23

 Além de refugiar serve para relaxamento, introspecção e relacionamentos


pessoais.
 As dimensões estão cada vez mais reduzidas, então faça um estudo
minucioso do posicionamento dos móveis. Provavelmente será necessário
utilizar marcenaria embutida.

Dicas de decoração aos Closets / Armários:

o Closet simboliza um ambiente de desejo, quase 100% dos clientes solicitam


aos seus projetos.
o Closet apenas é verdadeiro se há ambiente exclusivo aos armários, inclusive
com porta de entrada. Por isso nunca se esqueça da boa ventilação.
o Caso o ambiente tenha porta de entrada fica opcional o uso das portas do
armário: O que resulta numa grande economia de dinheiro. Mas, deixe sempre
alguns locais com portas estratégicas, pois assim você pode proteger as
peças caso o sol bata em algum lugar, ou se defender contra excesso de
poeira (mesmo que a porta principal tenha tal função) nas roupas de uso não
frequente.
155

Decoração para Quarto de Casal:

o No quarto do casal a decoração deve agradar ambos. Converse com os


dois, num primeiro momento o marido pode até dizer que não se importa,
mas em muitos casos, depois do ambiente pronto, ele vai dar sua opinião.
Antecipe imprevistos!
o O grande atrativo é a cabeceira da cama, trabalhe ela com extrema
criatividade. Este centro de interesse norteia toda a ambientação. Você
pode utilizar cores, texturas, revestimentos, plotagens, fotos, quadros,
tecidos e madeiras.

De Pré-adolescentes aos Adolescentes:

o O ambiente fica mais com cara de refúgio onde o adolescente pode criar seu
mundo, trazer amigos, enfim, ter sua mini casa.
156

o A entrevista com os adolescentes é de suma importância, hoje em dia até


mesmo as crianças pequenas têm preferências de cores. Todavia, no caso
dos adolescentes já existem atividades extras, hobbies, etc.
o Aos meninos os vestígios de crianças desaparecem, algumas meninas
costumam manter cantos do quarto com suas coleções de bichinhos ou
bonecas.
157
CURSO COMPLETO DE PROJETO DE MÓVEIS

MÓDULO 03
Aula 04

Assuntos a serem abordados

04. Projeto Comercial

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158

Prezado Aluno,

A partir de agora entenderemos como devemos setorizar e atender os ambientes


comerciais. A principal diferença em comparativo com os ambientes residenciais estudados
anteriormente é a questão da função. Nas moradias devemos compreender as atividades e
rotinas de um único usuário ou família e o objeto de estudo é sempre o mesmo. Já nos
ambientes comerciais esta função muda pois o usuária a ser analisado varia
constantemente tendo que entender por completo a função do espaço a que se destina.

Sendo assim, a compreensão do fluxograma e setorização dos ambientes é de suma


importância para o sucesso ou falência de um empreendimento. Isto faz parte do
estratégias mercadológicas para aumentar o faturamento e fluxo de pessoas no espaço.

Bons estudos!

Arq Amanda Marques


159

04. PROJETO COMERCIAL

04.01. INTRODUÇÃO
Comparado aos projetos residenciais, podemos dizer que os projetos
comerciais são mais complexos, já que os personagens destes empreendimentos
serão trabalhadores, cada um com sua função e necessidade e visitantes
esporádicos (clientes). O Projeto Comercial abrange desde lojas até shoppings,
supermercados, consultórios, clínicas, hospitais, escritórios, teatros, museus, hotéis,
auditórios, clubes, bares, etc.

Fonte: http://www.arthurcasas.com/#/projects/comerciais/kaa/galeria/8:/ Data: 22/07/2014 15h35.

Portanto, a utilização racional do Espaço em estabelecimentos comerciais é


fundamental para obter sucesso nas vendas e ter uma boa produtividade de seus
funcionários. Deve-se projetar um fluxo sempre adequado ao uso específico de cada
perfil do empreendimento e o mobiliário ergonomicamente correto para funcionários
e público. Nesta etapa do curso vamos abordar os principais elementos e assuntos
para se conseguir projetar um espaço comercial.

 Como começar?

Primeiro devemos verificar com os órgãos públicos (prefeituras) se o uso da


propriedade está apto a receber o estabelecimento comercial. Após isso deverá ser
realizado o projeto seguindo as normas e leis para cada órgão público. Por exemplo,
a Vigilância Sanitária cuida de estabelecimentos relacionados à Saúde e
160

Alimentação com suas normas específicas. Quando o estabelecimento está em um


Centro Comercial ou Shopping Center, vão seguir orientações e restrições impostas
pela construtora ou Administração do empreendimento. Seguir também as normas
pré-estabelecidas como:

 NR 17 Ergonomia - Esta Norma Regulamentadora visa a estabelecer


parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às
características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar
um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente.
 NBR 9050 - estabelece critérios e parâmetros técnicos de Acessibilidade a
edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos para Portadores de
necessidades Especiais (PNE).

04.02. PROGRAMA DE NECESSIDADES: BRIEFING

Em uma primeira reunião com o cliente, devemos nos envolver sobre qual o
empreendimento se trata. Buscar o máximo de informações possíveis. Quando se
trata de franquias, esse perfil já está estabelecido e será feito uma adaptação ao
local escolhido. É importante atentar aos seguintes pontos:

 Organograma da Empresa: mostrará como funciona a empresa/setores com


suas hierarquias e a comunicação existente entre eles;

Fonte: http://www.flusocio.com.br/wp-content/uploads/2014/01/como_criar_organograma_excel_f_001.jpg Data:


21/07/2014 15h33.

 Número de funcionários por setores;


 Número estimado de visitantes/clientes;
161

 Faixa etária do público a ser atendido;


 Sexo do público a ser atendido (feminino, masculino, unissex, gestantes,
idosos, etc.);
 Quais as atividades envolvidas;

 Fluxograma

Temos dois tipos de fluxo:


 Pessoas: Clientes e Funcionários
 Mercadoria ou material.
Deve se pensar como vão se comportar cada fluxo. O Fluxo da mercadoria
não deve atrapalhar o desempenho do funcionário e nem a acessibilidade do
consumidor. Cada fluxo tem a sua finalidade.

 A mercadoria deve chegar sem demora e com qualidade desejada no posto


de trabalho. Assim, você deve pensar em horários, forma de estocagem e
fluxos que não atrapalhem os clientes e o funcionário.
 As pessoas: para que estas cheguem ao local desejado sem nenhum
atrapalho, e com agilidade, determinando para os funcionários, um posto de
trabalho confortável e consequentemente mais produtivo. E para os clientes
agilidade e prazer, induzindo-os para fecharem negócio e em consequência,
favorecendo o Lucro da empresa.
162

O Fluxo pode ser pensado em várias escalas: Geral do edifício, pensando em


acessos, estacionamento e localização. Pode ser fluxo geral de departamentos
dentro de um estabelecimento, situando área de vendas, caixa, depósitos, etc.

Exemplo: Fluxograma de uma Padaria

O que podemos fazer com que as pessoas permaneçam ainda mais tempo na
padaria e aumentem o consumo?

A área de pães deve ficar ao fundo do estabelecimento. Assim o cliente vai


passar por diversas áreas, se interessando pelos outros diversos produtos que a loja
tem a oferecer. Vitrines com doces, mesas expositoras com diversos produtos e
degustação são grandes atrativos. É importante manter as alturas dos expositores
que se encontram nas áreas de circulação baixa, sem obstruir o campo visual. Assim
até o cliente que foi apenas tomar um cafezinho, tem chances de se interessar nos
demais produtos.
163

Fonte: http://media-cache-ak0.pinimg.com/736x/70/ac/8f/70ac8f241715fc3bc6b663003069c5fc.jpg Data: 20/06/2014 13h29.

Fonte: http://institutoitpc.blogspot.com.br/2011_02_01_archive.html/ Data: 20/06/2014 13h29

04.03. LOJAS: COMÉRCIO E SERVIÇOS

Em uma loja o consumidor tem uma propensão a olhar e movimentar-se


dentro de certos padrões. Homens e Mulheres, jovens ou idosos poderão percorrer
caminhos diferentes entre si. Ignorando totalmente algumas gondolas, percorrendo
caminhos distintos.

O Layout ideal é aquele que induz o consumidor a circular dentro da loja de


forma agradável. Orientações:

 Facilitar o tráfego dos consumidores pelos corredores;


 Produtos em áreas estratégicas da loja;
 O Projeto deve ter o máximo de aproveitamento de espaço, porém, deve ser
funcional e de rápido acesso, quando possível, aos produtos e serviços.
164

 Layout:

Vamos repassar quais as trajetórias básicas dos Clientes por uma loja:

A) Entrada/Acesso
B) Espaço
C) Circulação

Figura 1 – Circulação Natural


Fonte: GURGEL, Miriam. Projetando espaços: guia de arquitetura de interiores para áreas comerciais

Figura 2 - Circulação Artifical


Fonte: GURGEL, Miriam. Projetando espaços: guia de arquitetura de interiores para áreas comerciais

D) Sinalização
E) Exposição e Distribuição de Produtos
165

Figura 4 – Fonte: Visual merchandising. MORGAN, Tony

F) Tipos de Exposição de Produtos

 Exposição vertical: Atende ao tamanho de produtos. Menores acima e


maiores abaixo. Lembrando que cada público alvo possui uma média de
altura.

Figura 7 – Fonte: Visual merchandising. MORGAN, Tony

 Exposição Horizontal: prestigia a visualização por tratar-se de passagem


obrigatória dos consumidores, está diretamente relacionada à área nobre.
Altura dos olhos e das mãos do consumidor.
166

Figura 8 – Fonte: Visual merchandising. MORGAN, Tony

 Ilha ou cestão: São presentes nas passagens de alto fluxo de clientes e de


fácil acesso. Deve-se cuidar para não atrapalhar a circulação.
 Display: São produzidos para produtos específicos. Seu objetivo é chamar a
atenção devido a cores, marcas e localização. Cria impulso adicional à
compra.
 Ambientes: Reproduções de espaços, residências, empresas, veículos, etc
para que o cliente contemple melhor o produto. Isso o motiva a ter um similar
em casa.
 Cross- merchandising: é a colocação de alguns produtos fora das suas
seções, mas junto a outros produtos. De preferência que se completem. Ex:
Petiscos e bebidas.
 Acessibilidade e alcances: os produtos devem estar em uma disposição que
seja confortável o alcance, evitando que os clientes se estiquem ou abaixem
em demasia. Pensar sobre a acessibilidade e alcance de cadeirantes, idosos,
crianças, carrinho de bebês.

F) Estoque
H) Mobiliário
I) Iluminação:
J) Tipos de Layout

04.04. ESCRITÓRIOS E CONSULTÓRIOS MÉDICOS


167

Ao citar ambientes empresariais, não se faz referência apenas a grandes


empresas, como também a pequenas, incluindo ainda consultórios médicos,
dentários, etc. Atualmente as salas comerciais tiveram as áreas reduzidas (média de
40 m²). Em parte devido à concentração de usos nas áreas centrais da cidade.

E é neste espaço que as pessoas chegam a passar mais de oito horas por dia.
Logo, elas devem ser bem tratadas e ter um ambiente que lhes ofereçam boa
qualidade, tanto em mobiliários, como na climatização, ambientação, itens
tecnológicos, dentre outros, para que assim possam desempenhar bem e melhor as
suas atividades e funções. Fatores de desconforto que podem interferir no
desempenho das pessoas:

 Temperatura: interferem no humor, bem-estar e desempenho;


 Qualidade do ar: interfere no bem-estar e saúde;
 Iluminação: pode causar depressão, cansaço e stress;
 Ruído: pode causar irritabilidade e falta de concentração;
 Layout: pode causar depressão, irritabilidade, etc.

 Circulação
 Mobiliário

A) Recepção
B) Sala de espera

Figura 13 – Fonte: Projetando espaços: design de interiores. GURGEL, Miriam.


168

Exemplo de um espaço equilibrado e se um desequilibrado onde a força visual ficou nas duas poltronas ao lado
esquerdo. Para reestabelecer o equilíbrio deve ser distribuído objetos (quadros e acessórios).

Figura 14 – Fonte: Projetando espaços: design de interiores. GURGEL, Miriam.


Exemplo de equilíbrio assimétrico com dois eixos de simetria num mesmo ambiente, criando dois centros de interesse.

C) Sala de atendimento/consultório

Fonte: http://media-cache-ec0.pinimg.com/736x/52/54/ef/5254efdf5461320afdaef10434a5a445.jpg
/ Data: 15/10/2014 16:18

Área de trabalho para escritório

A. Sala de reuniões
B. Armários
169

O módulo de setorização e fluxograma de ambientes termina aqui, mas continue


aperfeiçoando seu treino e identificando o perfil do cliente com suas reais necessidades e
assim desenvolver uma setorização adequada a cada situação. Não espere saber tudo para
começar a trabalhar, evolua com o aprendizado diário. Não tente começar do alto pois
degraus para alcançar a plenitude são necessários para o seu crescimento.

Qualquer dúvida não deixe de questionar e não se esqueça de realizar todos os


exercícios. Até o próximo módulo!

Prof. Amanda Marques


170

CURSO COMPLETO DE PROJETO DE MÓVEIS

MÓDULO 04
Ergonomia
171
CURSO COMPLETO DE PROJETO DE MÓVEIS

MÓDULO 04

Aula 01

Assuntos a serem abordados:


01. Introdução
02. Ergonomia Humana
03. Dimensionamento para móveis

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172

Prezado Aluno,

A partir de agora entenderemos com exatidão a ergonomia tanto dos móveis, como
circulação e entendimento do corpo humano. Não temos como desenvolver qualquer
projeto ligado a decoração de interiores, Projeto de Móveis ou Arquitetura sem ter total
conhecimento deste tema. Sempre que possível utilize a trena como ferramenta de trabalho
e meça os ambientes e moveis, só a prática leva a perfeição. Faça um estudo detalhado
para que seus projetos tenham a garantia de um bom dimensionamento.

Bons estudos!

Arq Amanda Marques


173

01. INTRODUÇÃO

Ao longo do dia o corpo humano interage com vários tipos de objetos em


situações diversas, tornando estas ações mais ou menos confortáveis. A ergonomia
estuda e adapta estas ações e situações dimensionando objetos e espaços de forma
a torná-los mais seguros e eficazes ao uso da forma humana.

Quando o cliente contrata um profissional para desenvolver um projeto de


interior ou mesmo executar um móvel, ele quer um trabalho de qualidade e que ao
final, além de esteticamente agradável, ele seja funcional, ou seja, que funcione. Por
isso, não podemos projetar espaços ou móveis sem pensar na questão da
funcionalidade.

Não há nada pior do que ambientes mal projetados com móveis


superdimensionados que trancam a circulação, ou ainda móveis pequenos demais
que não atendam a necessidade para qual foram projetados. Situações desse tipo
são mais comuns do que deveriam e acontecem geralmente por falta de
planejamento ou por falta de conhecimento das dimensões humanas e das suas
necessidades.

Por isso vamos estudar neste módulo as dimensões básicas de equipamentos


em situações específicas do cotidiano, que sejam adequadas ao uso do ser humano.
Para a criação de qualquer tipo de móvel existem medidas pré-estabelecidas
para trazer conforto e funcionalidade. Mas essas medidas não são fixas, pois elas
podem e devem variar conforme as necessidades específicas de cada pessoa.
174

02. ERGONOMIA HUMANA

Antes de iniciar qualquer projeto de interior, deve-se pensar primeiramente no


seu usuário. Tudo gira em torno da forma humana. Os espaços são projetados para
serem usados por pessoas, devendo ser funcionais e atender as necessidades
específicas de cada um. Conhecer a ergonomia da forma humana é indispensável
para a realização de um bom projeto de interiores.

As medidas humanas são o elemento base da antropometria ergonômica e


cada população tem as suas. Os americanos, por exemplo, são mais altos e largos,
enquanto os japoneses encontram-se entre os mais baixos e magros. Para poder
projetar espaços funcionais, devemos conhecer primeiro as dimensões humanas,
pois é a partir delas que tudo será projetado.

UMA PESSOA DE UMA PESSOA DE UMA PESSOA ANDANDO UMA PESSOA COM AS PERNAS
LADO FRENTE ABERTAS

03. DIMENSÕES PARA MÓVEIS

03.01. Cozinha

A cozinha vem ganhando cada vez mais importância dentro de uma


residência, deixou de ser um simples espaço para cozinhar e se transformou em um
175

lugar para receber, para relaxar e se divertir. Cada vez mais integrada à área social,
pede funcionalidade aliada à estética.

A estética fica por conta das novas tecnologias que trazem materiais cada vez
mais belos e inovadores, já a funcionalidade é o resultado da escolha de materiais de
qualidade, um layout bem planejado e móveis dimensionados corretamente.

A seguir veremos os equipamentos mais utilizados em cozinhas, e


dimensionamentos mínimos para seus móveis:

 Os eletrodomésticos mais utilizados em uma cozinha são: pia (cuba), fogão,


coifa ou depurador, forno elétrico ou a gás, forno de micro-ondas, geladeira e
freezer;
 As cubas são, normalmente, fabricadas em aço inoxidável devido a sua
durabilidade, porém possuímos cubas em outros materiais como cerâmica e até
em Corian. Estas ficam embutidas no tampo de granito, sendo que embaixo da
pia não poderá ter nenhuma divisória interna no móvel, devendo este espaço
estar livre para a cuba. Ao redor da cuba devemos deixar um rebaixo no tampo
do granito para a área molhada;
 Os fogões evoluem a cada ano que passa, tendo vários modelos e tipos de
instalações, por isso o modelo deve ser definido antes do início do projeto para
que o móvel seja projetado especificamente para aquele modelo. Todos os
fogões precisam de um espaço de ventilação de 3 cm em cada lateral e pelo
menos 7 cm nos fundos;

03.02. Estar e TV

Muitas vezes, a sala de estar é o mesmo ambiente da sala de TV ou de Home


Theater, comumente chamado. Neste ambiente devemos pensar tanto no conforto
do usuário quanto na questão da qualidade do áudio e vídeo. A seguir veremos
sobre os equipamentos mais utilizados em salas de estar e de TV, e
dimensionamentos mínimos para seus móveis:
176

 Primeiramente, para um home theater ser confortável, seus equipamentos


eletrônicos devem ser definidos previamente e dimensionados de acordo com o
tamanho do ambiente, como as TVs e a localização das caixas de som;
 Para poder abrigar um sistema de home theater, o ambiente deve ter pelo menos
12 m² e não ter um pé-direito mais alto que 3 m de altura, para que a qualidade
do som não seja afetada;

03.03. Salas de Jantar

As salas de jantar não são ambientes tão complexos quanto as cozinhas e


home theaters, porém, também precisam de uma atenção especial, principalmente
no dimensionamento de suas mesas e cadeiras. A seguir veremos os equipamentos
mais utilizados em salas de jantar, e dimensionamentos mínimos para seus móveis:

 A mesa de jantar é sem dúvida o elemento de destaque neste ambiente, porém,


além de bonita, precisa ser confortável para que se possa desfrutar de uma boa
refeição. Deve-se considerar um espaço a mesa de 60 cm por pessoa e + 20 cm
para cada lado, se a cabeceira da mesa for utilizada. E ter largura de 80 a 100
cm;
 A altura da mesa de jantar é normalmente de 70 cm, podendo chegar a 75 cm,
se o tampo for muito espesso;
 Para as cadeiras, as dimensões mínimas são de 45 x 45 cm e 45 cm de altura,
sendo que sua largura e comprimento podem variar de acordo com o modelo
177

03.04. Áreas de Serviços

As áreas de serviços possuem equipamentos como tanque, máquina de lavar


roupas, secadora de roupas, varal interno retrátil ou fixo, móveis para guardar
produtos de limpeza, vassouras, aspirador de pó, e ainda uma área para passar
roupas. Seus móveis têm que seguir as mesmas medidas que os móveis das
cozinhas, diferindo, em alguns casos, seus equipamentos.

A seguir veremos os equipamentos mais utilizados nas áreas de serviço, e


dimensionamentos mínimos para seus móveis:

 Na cozinha os móveis baixos têm em média 85 a 95 cm de altura com 60 a 65


cm de profundidade e os móveis altos têm entre 30 a 40 cm de profundidade
com distância do móvel inferior entre 60 a 70 cm de altura;
 Os tanques possuem dimensões variadas que devem ser definidas logo no início
do projeto;
 É sempre bom ter um móvel alto para guardar vassouras, que precisam de um
vão de 1,10 a 1,30 m de altura, e, também, para guardar produtos de limpeza
contendo prateleiras de 35 cm de altura. E até mesmo, guardar a tábua de
passar, quando esta não for embutida;
178

03.05. Dormitórios

Os dormitórios podem agregar diversos equipamentos que complementam um


ambiente, que antes servia única e exclusivamente para dormir, e que agora servem
para trazer comodidade e conforto ao seu usuário. Hoje, os dormitórios têm desde
espaços para leitura, home theater até pequenos home offices integrados ao espaço
de descanso. Por isso, algumas medidas mínimas garantem um espaço de
circulação e equipamentos adequados.

A seguir veremos os equipamentos mais utilizados em dormitórios, e


dimensionamentos mínimos para seus móveis:

 Nos dormitórios, um equipamento indispensável é a cama, que possui medidas


variáveis, onde todo o espaço se organiza a partir dela;
179

 Para uma boa circulação ao redor da cama, o ideal é deixar um espaço de 60 cm


tanto nas laterais quanto na frente da cama;
 Na maioria dos dormitórios, temos além das camas o armário para roupas, sendo
que este deve ter 60 cm de profundidade e deve possuir um espaço a frente de
pelo menos 60 cm para poder abrir as portas e melhor circulação;

03.06. Closets

O closet é um espaço destinado para guardar roupas e para se vestir. Quando


for um ambiente grande, poderá comportar móveis centrais, poltronas ou pufes para
ajudar no ato de vestir, fazendo do closet também um local de estar íntimo. Sua
passagem se dá, normalmente, por meio do quarto, sendo desta forma uma
extensão do quarto de dormir.

O closet tem como finalidade melhorar o aproveitamento da área íntima, trazer


organização, melhor visualização das roupas e praticidade na hora de se vestir. É
interessante realizar o Curso de Organização de armários e Closets da AM Cursos
Online para auxiliar no desenvolvimento do projeto de closets e mobiliários para o
quarto, pois conseguirá entender e visualizar melhor as medidas necessárias para
cada tipo de roupa.

Para todos estes itens, há dimensões mínimas que devem ser respeitadas
como:

 Prateleiras superiores – vão de 45 cm de altura (área de difícil alcance para a


maioria das pessoas, ideal para guardas malas e objetos de uso esporádico);
 Prateleiras para roupas dobradas – vão de 35 cm de altura;
180

 Cabideiros para ternos, blazers e camisas – vão de 110 cm de altura;

03.07. Banheiro

Os banheiros vêm ganhando destaque dentro de uma residência, cada vez


mais integrados ao dormitório, com mobílias e equipamentos de última geração.
Tudo para proporcionar maior bem estar ao usuário. No banheiro temos alguns itens
que não podem faltar como, por exemplo, a área do vaso sanitário, do chuveiro e da
pia, e outras que são complementares, como a hidromassagem ou a ducha vertical
por exemplo. Para estes itens, há algumas dimensões mínimas que devem ser
respeitadas, por exemplo:

 O espaço mínimo para a área do box (chuveiro) é de 90 x 90 cm. Quando a porta do


box não for de correr, o ideal é que ela abra para fora, para facilitar o acesso em
caso de acidentes;
 A altura ideal para um chuveiro é de 2,10 m;
 Para o vaso sanitário, é necessário deixar um espaço livre a frente de 60 cm e 20 cm
em cada lateral;
181

Concluímos que, para termos um bom projeto, é necessário estar atento à


questão da funcionalidade dos móveis, e não apenas à beleza, ou seja, eles têm que
funcionar de acordo com o objetivo para o qual foram projetados, e seguir algumas
dimensões mínimas para proporcionar conforto ao seu usuário.

Abaixo segue uma lista com várias medidas padrões:

Representação em Planta Largura Comprimento Altura (cm) Observações


(cm) (cm)

Assento: 45

Braço: 62
220 85
Total: 86

Sofá 3 lugares-Grande

Assento: 45

180 85 Braço: 62

Total: 86
Sofá 2 lugares- Grande

100 85 Assento: 45
Braço: 62
Total: 86

Poltrona- Grande
182

Assento: 43
Braço: 59
180 67 Total 74

Sofá 3 lugares- Pequeno

Assento: 43
125 67 Braço: 59
Total: 74

Sofá 2 lugares- Pequeno

Assento: 43
67 67 Braço: 59
Total: 74

Poltrona-Pequena

58 49 39

Pufe

ACESSIBILIDADE

Acessibilidade significa não apenas permitir que pessoas portadoras de


necessidades especiais participem de atividades que incluem o uso de produtos,
serviços e informação, mas a inclusão e extensão do uso destes por todas as
parcelas presentes em uma determinada população. Na arquitetura e no urbanismo,
a acessibilidade tem sido uma preocupação constante nas últimas décadas.
Atualmente estão em andamento obras e serviços de adequação do espaço urbano
e dos edifícios às necessidades de inclusão de toda população.

Normas Brasileiras de Acessibilidade

• Acessibilidade de pessoas portadoras de deficiência a edificações, espaço,


mobiliário e equipamento urbanos: NBR-9050;
• Elevadores para transporte de pessoa portadora de deficiência;
• Acessibilidade à pessoa portadora de deficiência - Trem de longo percurso;
183

• Acessibilidade à pessoa portadora de deficiência – Trem metropolitano;


• Acessibilidade à pessoa portadora de deficiência em ônibus e bondes, para
atendimento urbano e intermunicipal;
• Acessibilidade da pessoa portadora de deficiência no transporte aéreo comercial;
• Acessibilidade em caixa de auto-atendimento bancário;

APLICAÇÕES DA NORMA

• Área de circulação
• Largura para circulação em linha reta
• Área para manobra
• Área de aproximação
• Alcance manual e visual
• Formas de comunicação e sinalização (visual, tátil, sonora)
• Simbologia Internacional
• Acessos e circulação
• Rampas
• Desníveis
184

Finalizamos aqui os estudos de Ergonomia para ambientes. Estude este material em


conjunto com os vídeos e aplicações de exercícios assim, poderá concluí-lo com a melhor
eficiência possível, continue aperfeiçoando seu treino, sempre que a dúvida surgir, trena na
mão será indispensável. Não espere saber tudo para começar a trabalhar, evolua com o
aprendizado diário. O seu crescimento profissional vai sendo edificado de vagar mas de
maneira sólida, então nunca deixe de se aprimorar.

Qualquer dúvida não deixe de questionar e não se esqueça de realizar todos os


exercícios. Até o próximo módulo!

Prof. Amanda Marques


185

CURSO COMPLETO DE PROJETO DE MÓVEIS

MÓDULO 05
Projeto de Móveis
186
CURSO COMPLETO DE PROJETO DE MÓVEIS

MÓDULO 05

Aula 01
Assuntos a serem abordados:

01. Conhecendo os Materiais


02. Tipos de acabamentos e
Revestimentos

Atenção: O material está disponível apenas para este curso. É proibida cópia total ou parcial,
apresentação ou qualquer forma de comercialização de seu conteúdo. São respeitados os
Direitos Autorais de toda a bibliografia consultada, com a respectiva indicação dos créditos.

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187

Prezado Aluno,

Iniciamos agora o último módulo referente à Projeto de Móveis. Todas as


explicações são de grande importância para que seu projeto saia corretamente. É
fundamental acompanhar os vídeos para que você consiga compreender com mais
exatidão os itens que devem estar contidos no projeto. Todos os itens estudados
anteriormente são fundamentais para que nesta etapa seu projeto esteja adequado. Então,
faça um estudo detalhado de todas as partes caso tenha dúvidas.

Bons estudos!

Arq Amanda Marques


188

01. CONHECENDO OS MATERIAIS

Para que o profissional possa oferecer um trabalho de qualidade, é preciso


conhecer melhor os materiais que podem ser utilizados na fabricação de um móvel,
as características e tipos de uso de cada material, e principalmente as limitações de
cada um. Podendo, desta forma, especificar corretamente os materiais para cada
tipo de situação. A seguir veremos os materiais mais comuns utilizados para a
fabricação de móveis:

01.01. Madeira Maciça


Quase todos os tipos de madeira podem ser utilizados na fabricação de móveis,
porém utilizam-se algumas com mais frequência por
terem maior durabilidade e também pela beleza de
seus veios. Alguns anos atrás, a madeira maciça foi
muito utilizada na fabricação de móveis. Ela possui
alta resistência física e mecânica, aliada à durabilidade
e usinabilidade, podendo executar com este tipo de
material, peças torneadas ou entalhadas, e ao mesmo
tempo manter a resistência e qualidade necessárias na
produção de móveis. Porém, atualmente, por sua
escassez e por seu alto custo, não tem sido muito
utilizada na produção de móveis.

Móveis com linhas sinuosas e entalhes são feitos em madeira natural devido a sua grande maleabilidade

01.02. Madeira Teca


189

A madeira teca é considerada uma madeira nobre, utilizada em projetos onde


se quer agregar qualidade, durabilidade e beleza. Suas principais características são
o fato de não apodrecer em contato com a água, possuir grande resistência às
intempéries, à ação do sol e da chuva. Devido às características mencionadas, a
madeira teca já foi muito utilizada na produção naval. Atualmente, a sua utilização
vem aumentando, principalmente para móveis externos.

.
O desenho natural de sua superfície agrega personalidade única ao móvel
aliada à qualidade e durabilidade que este tipo de madeira oferece. Normalmente, o
seu uso em projetos de interior se dá mais em forma de lâminas, por tornar o seu
custo mais acessível.

01.03. Madeiras Industriais

 Aglomerado
190

São chapas ou painéis constituídos de partículas de madeira aglutinadas entre


si por adesivo à base de resina sintética, pressão e calor. Estes aglomerados,
normalmente, são constituídos por três camadas as quais lhe conferem estabilidade
dimensional, resistência física e mecânica e resistência a empenamentos e
deformações. Aceita todos os tipos de revestimento como lâminas de madeira,
fórmica, pintura, filme de PVC, BP (Baixa pressão – melamina) e etc.

Balcão em aglomerado da Unto This Last

 Compensado

São chapas ou painéis compostos por lâminas de madeira prensadas e


coladas umas sobre as outras. Geralmente, são dispostas de forma cruzada,
intercalando o sentido das fibras. Desta forma, a forças são equilibradas, garantindo
uma maior estabilidade e diminuindo o risco de empenamentos.

Compensado Laminado Compensado Sarrafeado

Uma das vantagens do compensado é que ele pode ser curvado, formando
ângulos e curvas. Possui também maior aderência a pregos e parafusos. Porém,
possui baixa resistência à umidade e à ação de insetos. É, normalmente, utilizado
191

em divisões internas, fundos e laterais de móveis. Também aceita todo tipo de


revestimento, o que potencializa o seu uso.

Poltrona de Braços de Gerald

 Chapa Dura ou Chapa de Fibra:

São produzidas com fibras de madeira aglutinadas sob alta temperatura e


pressão, porém sem a adição de resina sintética, são prensadas a quente por um
processo úmido que reativa os aglutinantes naturais da própria madeira, resultando
em uma chapa plana de alta densidade, que pode ter várias opções de
revestimentos e acabamentos.

As pranchetas são normalmente fabricadas com chapas de eucatex

 OSB: "Oriented Strand Board" ou aglomerado de partículas de madeira longas


e orientadas.
192

É um painel todo estruturado com tiras de madeira orientadas em três


camadas perpendiculares, unidas com resinas e prensadas sob alta temperatura,
tornando-o um painel com alta resistência mecânica e grande rigidez. A principal
matéria-prima utilizada é a madeira de reflorestamento.

Aparador em OSB projeto do Designer Inglês Adam Rowe

 MDF: "Medium Density Fiberboard" ou chapa de fibras de média densidade, é


um painel constituído de fibras de madeira aglutinadas com resinas sintéticas
prensadas a altas temperaturas, resultando em uma chapa com superfície lisa
e homogênea.

MDF revestido com laminado melamínico Aparador em MDF revestido com pintura laqueada preta

 MDP: "Medium Density Particleboard" ou chapa de partículas de média


densidade, é um painel fabricado a partir de partículas de madeira de
reflorestamento, com tecnologia de prensas associada à utilização de resinas
de última geração.
193

Cozinha 100% MDP

 Madeira Plástica: A madeira plástica ou madeira ecológica é um material que


se assemelha muito a madeira natural. Fabricada a partir da reciclagem de resíduos
plásticos industriais, na sua composição podemos encontrar até 40% de fibras
vegetais como bambu, sisal, juta, serragem, bagaço da cana, entre outros. Essa
composição dependerá da região onde a madeira foi produzida. Tal mistura é
processada e pigmentada para chegar a um material sólido com uso idêntico aos da
madeira, podendo ser pregada, parafusada, rebitada ou colada.
194

01.04. Fibras Naturais

Além da madeira natural e das madeiras industriais, que são as mais


utilizadas na produção de móveis, podemos encontrar ainda móveis feitos em fibras
naturais, as quais conferem um ar mais artesanal ou natural à peça.

Algumas fibras são utilizadas mais na estrutura dos móveis, outras servem
mais como revestimentos. Aquela ideia de que um móvel em rattan, vime ou junco,
deixam o ambiente com um ar mais rústico, atualmente, já não se aplica. Hoje, um
móvel pode ter fibras naturais em sua composição, e ainda, assim ter uma linguagem
moderna e atual.

01.05. Pedras

Geralmente, as pedras servem para dar o acabamento final ao móvel a um


tampo, bancada ou em apenas um detalhe. As pedras mais utilizadas em móveis são
o granito e o mármore, porém é muito comum confundir um com o outro, e é ainda
mais difícil saber quando utilizar o granito e quando utilizar o mármore. Por isso,
segue abaixo algumas dicas:

 Granito
 Mármore
 Mármore Travertino

Dentre as pedras sintéticas mais utilizadas estão:

 Silestone:
 Corian

02. Tipos de Acabamentos e Revestimentos

A etapa de acabamento é uma das mais importantes na fabricação de um


móvel. É nesta etapa que dará a peça a proteção necessária e a estética final
desejada. Por isso, é importante conhecer os materiais indicados para cada tipo de
195

situação e suas formas de aplicação, só assim será possível fazer um detalhamento


completo com especificações corretas e adequadas.

Cada vez mais surgem materiais inovadores que vêm facilitar a execução do móvel e
agregar valor ao mesmo. Veremos a seguir alguns destes materiais mais utilizados
no acabamento de móveis e como escolher o melhor acabamento para cada tipo de
situação.

 Lâminas de Madeira

 Laminado Plástico
196

 Fitas de Borda

 Pinturas
 Pátina
 Decapê.

Peças em decapê

 Laqueado:

Peças em pintura laqueada


197

Concluímos que, o conhecimento sobre os materiais utilizados na produção de


móveis é indispensável para quem for elaborar projetos e detalhamento de móveis.
Não é possível projetar móveis sem conhecer qual é o material mais indicado para
determinado tipo de uso.

O detalhamento final de um móvel envolve bem mais do que desenhos,


envolve ainda especificações técnicas, memoriais descritivas e definições de
acabamentos, por isso o conhecimento das informações mencionadas no texto
continuam sendo primordiais para obter um resultado de qualidade.
198

Agora você já conhece os materiais que compõe o mobiliário. Mas entenda, novas
tecnologias e materiais surgem a todo momento, por isso se atualizar, ir em feiras, visitar
lojas e fazer pesquisas é fundamental para seu sucesso profissional. Estude este material em
conjunto com os vídeos e aplicações de exercícios assim, poderá concluí-lo com a melhor
eficiência possível. Qualquer dúvida não deixe de questionar.

Até a próxima aula!

Prof. Amanda Marques


CURSO COMPLETO DE PROJETO DE MÓVEIS
199

MÓDULO 05

Aula 02
Assuntos a serem abordados:

03. Conhecendo o Móvel

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Direitos Autorais de toda a bibliografia consultada, com a respectiva indicação dos créditos.

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200

Prezado Aluno,

Chegou a hora de conhecer o mobiliário e as partes que o compõe. Neste curso


estudaremos alguns tipos de móveis, porém todas as técnicas aplicadas servem para todos
os demais mobiliários que você vier a projetar. Todas as explicações são de grande
importância para que seu projeto saia corretamente. É fundamental acompanhar os vídeos
para que você consiga compreender com mais exatidão os itens que devem estar contidos
no projeto. Todos os itens estudados anteriormente são fundamentais para que nesta
etapa seu projeto esteja adequado. Então, faça um estudo detalhado de todas as partes
caso tenha dúvidas.

Bons estudos!

Arq Amanda Marques


201

03. CONHECENDO O MÓVEL

Ao conhecermos todos os elementos que compõem um móvel, estamos aptos


a detalhá-los de maneira correta, sabendo, assim, denominá-los para uma perfeita
compreensão de quem for executá-lo. A seguir veremos a denominação correta de
alguns destes elementos:

 Exemplo 01: Cadeira

 Exemplo 02: Mesa


202

 Exemplo 03: Bancada Cozinha

Móvel com bancada em Granito


203

Móvel sem o tampo e sem as frentes das gavetas e portas

 Exemplo 04: Gaveta

As gavetas possuem uma estrutura interna que precisam ser muito bem
detalhadas para o bom entendimento do projeto. Por isso, vamos conhecer um
pouco mais desta estrutura.
204

 Exemplo 05: Roupeiro

Assim como a cozinha, os roupeiros ou os projetos de closets também


necessitam de projetos bem detalhados, pois hoje possuímos uma a variedade de
acessórios para estes tipos de móveis, que precisam ser projetados sob medida
conforme o gosto de cada cliente.
Os armários, mais do que qualquer outro móvel, possuem uma estrutura
interna complexa, com prateleiras, divisórias, gavetas, cabideiros, calceiros, e muitos
outros elementos que devem ser bem detalhados e especificados no projeto de
detalhamento. Veremos abaixo alguns destes elementos.

Todo armário deve possuir um sóculo ou rodapé para que não fique
diretamente em contato com o chão, e um rodateto ou moldura para dar o
acabamento superior. Se o móvel não for até o teto, não há necessidade desse
acabamento. Caso ele for, não podemos fazer o tampo ou a base superior do
armário encostado diretamente no teto, pois precisamos deixar um espaço entre o
armário e a laje para realizarmos alguns ajustes, quando necessário, por isso alguns
preferem fazer a moldura para dar acabamento.
205

Finalizamos aqui a aula sobre os elementos que compõe o mobiliário. Concluímos


que todos os exemplos citados acima podem servir como base para outros tipos de móveis,
como, por exemplo, o móvel de banheiro.

Normalmente, estes utilizam o mesmo tipo de estrutura dos móveis de cozinha,


devido ao tampo de granito. Notamos que o armário tem quase sempre a mesma estrutura
de uma estante ou algum outro móvel baixo, com sóculo, laterais, base inferior e superior. E
ainda divisões internas.

Portanto, com base nos exemplos acima, podemos identificar os elementos que
compõe quase todos os outros tipos de móveis. Conhecer todos os mencionados
elementos é necessário para que possamos especificar cada um deles no momento de
realizar o detalhamento.

Pata melhor compreensão é de grande importância acompanhar os vídeos para


que você consiga compreender com mais exatidão os itens estudados. Faça um estudo
detalhado de todas as partes estudadas caso tenha dúvidas.

Até a próxima aula!

Arq Amanda Marques


206
CURSO COMPLETO DE PROJETO DE MÓVEIS

MÓDULO 05

Aula 03

Assuntos a serem abordados:

04. Desenhos que Compõem um


Projeto de Detalhamento de Móveis

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207

Prezado Aluno,

Iniciamos agora o assunto mais esperado: Como compor o projeto de Móveis. Você
deve ter assistido os vídeos extras com as explicações sobre o que entregar em cada etapa
de projeto: Estudo preliminar, Anteprojeto e Projeto executivo. Agora você vai aprender
como chegar naquele nível de detalhamento. Não esqueça que todas as explicações são
de grande importância para que seu projeto saia corretamente. É fundamental
acompanhar os vídeos e fazer os exercícios para que você consiga compreender com mais
exatidão os itens que devem estar contidos no projeto. Todos os itens estudados
anteriormente são fundamentais para que nesta etapa seu projeto esteja adequado. Então,
faça um estudo detalhado de todas as partes caso tenha dúvidas.

Bons estudos!

Arq Amanda Marques


208

04. DESENHOS QUE COMPÕEM UM PROJETO DE DETALHAMENTO DE


MÓVEIS

Todo o projeto de detalhamento de móveis precisa determinar previamente os


desenhos, objetivando obter o seu perfeito entendimento. Nem sempre é necessário
realizar todos os desenhos, tal ação dependerá da complexidade do projeto ou do
móvel. No entanto, um projeto completo, contendo todos os desenhos, sempre será
compreendido, por esta razão, quanto mais detalhado for o projeto, maiores as
chances de ele ser executado com perfeição.

Um projeto de detalhamento de móveis é composto pelos seguintes


desenhos:

 Planta Baixa de Layout


 Elevações
 Vista Frontal
 Vista Lateral
 Vista Interna
 Corte Horizontal
 Corte Vertical
 Detalhes
 Perspectiva

Cada desenho citado acima deve ser representado com muitos detalhes,
desta maneira, facilitando o entendimento do profissional que executará o projeto,
seu sistema construtivo e seus acabamentos. A riqueza de detalhes esboçada nos
desenhos facilitará ao cliente a visualização real do seu móvel, assim evitando
surpresas indesejáveis. A seguir vamos analisar cada um dos desenhos
mencionados acima, além de especificar o que deve conter em cada um deles.

No presente módulo vamos apenas conhecer e nos familiarizar com cada tipo
desenho. Veremos também exemplos de desenhos prontos e finalizados, contendo
todas as informações que um projeto de detalhamento de móveis deve possuir.
209

No entanto, o passo a passo de como alcançar o resultado final será estudado


no próximo módulo.

04.01. Planta Baixa


 Planta Baixa de Layout Geral

A Planta Baixa de Layout Geral deve conter:

 A Planta Baixa da edificação com o desenho das paredes, localização das


aberturas (portas e janelas) e projeção das vigas, contendo as modificações
de alvenaria, quando houver. Para melhor visualização das paredes,
recomendamos pintá-las para destacá-las, os tons de cinza são sempre uma
boa opção;
210

 A disposição dos móveis de todos os ambientes;


 Nome dos ambientes com a área de cada um;
 Cotas gerais com as dimensões gerais de cada móvel, sua localização e a
circulação entre eles. Não é necessário cotar paredes e aberturas, no
detalhamento de móveis, neste momento, o que devemos destacar são os
móveis;
 Breve descrição do que é cada móvel. Por exemplo: mesa de jantar, sofá de
quatro lugares, etc.;
 Nome do desenho e escala utilizada, que devem estar posicionados,
normalmente, embaixo do desenho no canto esquerdo.
Por exemplo: Planta Baixa Layout Geral – Apartamento
Esc: 1:50

 Planta Baixa de Layout por ambiente


Esc: 1:25
211

 Vista Superior

04.02. Elevações ou Vistas


 Elevação:
212

 Vistas

Exemplo: Vista Frontal – Armário


213

04.03. Vista Interna


Exemplo: Vista Interna 01 – Armário

04.04. Corte Horizontal

Exemplo: Corte Horizontal de um Armário:


214

04.06. Detalhes

Os Detalhes são na verdade


uma parte do móvel ampliada em
uma escala maior para que se
possa visualizar melhor um
determinado elemento do móvel
que precisa ser detalhado com mais
precisão. Não são todos os móveis
que precisam ser feitos detalhes
ampliados, somente aqueles que
têm algum elemento que na escala
comum utilizada não ficam muito
visíveis ou que não conseguimos
cotar com precisão.

04.07. Perspectiva

As Perspectivas são elementos gráficos


utilizados para representar um móvel ou um
ambiente em 3D (3 dimensões). São cada vez
mais indispensáveis na apresentação de um
projeto. Muitos dos clientes são leigos, e
normalmente não conseguem compreender
como ficará o móvel apenas observando a
planta baixa e as elevações, portanto
necessitam deste recurso para obter a melhor
visualização de como ficará o móvel depois de
executado.

Atualmente, temos uma variedade de software que fazem imagens em 3D que


se aproximam muito da imagem real o que garante que o móvel seja executado de
forma fiel ao projeto.
215

Concluímos que, todos esses desenhos são importantes para a correta


representação de um móvel. Conforme dito anteriormente, não são todos os móveis que
precisam ser detalhados, somente aqueles mais complexos ou com muitos detalhes.
Normalmente, a compreensão dos móveis mais simples ocorre apenas por meio da vista
superior, vista frontal e das vistas laterais. Não esquecendo que uma perspectiva ou imagem
do móvel é sempre bem vinda e agrega valor e qualidade ao projeto.

Agora que já sabemos quais desenhos são necessários em um projeto de


detalhamento de móveis e o que deve constar em cada um deles, no próximo módulo,
veremos devemos fazer cada um destes desenhos.

Não deixe de acompanhar os vídeos para que você consiga compreender com mais
exatidão os itens que devem estar contidos no projeto. Todos os itens estudados
anteriormente são fundamentais para que nesta etapa seu projeto esteja adequado. Então,
faça um estudo detalhado de todas as partes caso tenha dúvidas.

Até a próxima aula!

Arq Amanda Marques


CURSO COMPLETO DE PROJETO DE MÓVEIS
216

MÓDULO 05

Aula 04

Assuntos a serem abordados:

05. Acabamentos para Portas e


Gavetas

Atenção: O material está disponível apenas para este curso. É proibida cópia total ou parcial,
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217

Prezado Aluno,

Nesta aula você compreenderá como detalhamos as portas e gavetas. Cada modelo
é representado de uma maneira e é sempre muito importante saber a diferença de cada
um, caso contrario você poderá ter surpresas indesejáveis na execução. Todas as
explicações são de grande importância para que seu projeto saia corretamente. É
fundamental acompanhar os vídeos para que você consiga compreender com mais
exatidão os itens que devem estar contidos no projeto. Todos os itens estudados
anteriormente são fundamentais para que nesta etapa seu projeto esteja adequado. Então,
faça um estudo detalhado de todas as partes caso tenha dúvidas.

Bons estudos!

Arq Amanda Marques


218

05. ACABAMENTOS PARA PORTAS E GAVETAS

Há no mercado, uma grande variedade de modelos de portas, tipos de


acabamentos e de fechamentos para portas e gavetas. No presente módulo,
estudaremos com mais profundidade sobre os modelos mais utilizados e quais são
os acabamentos mais comuns, objetivando representá-los corretamente no
detalhamento. Uma representação errada ou incompleta pode resultar em execução
desastrosa.

05.01. Diferentes tipos de Portas e como representá-las

A seguir veremos os tipos de portas mais utilizados e como representá-las


corretamente.

 Porta de Abrir

A porta de abrir é sem dúvida a mais comum e mais utilizada. Também


conhecida como porta tipo batente. Consiste num sistema de dobradiças fixadas em
uma das laterais da porta fazendo com que a gire em torno desse eixo lateral. A sua
abertura é sempre no mesmo sentido, e quando as portas estão abertas podemos
ver todo o conteúdo interno do móvel. Devido o seu sistema simples, o custo é o
mais baixo encontrado no mercado.
219

A porta de abrir pode ter seu acabamento embutido, com sobreposição parcial e
com sobreposição total. Nos móveis, para que uma porta de abrir seja adequada,
não podem ter mais de 60 a 65 cm de largura, e precisam ter o mesmo espaço na
parte frontal do armário + 30 cm, para poder abrir a porta sem nenhuma barreira.

Como representar uma porta de abrir:

Em planta baixa, desenha-se a porta aberta em linha tracejada, mas isso


somente quando for necessário para o entendimento do projeto, pois se
desenharmos todas as portas abertas e tracejadas pode poluir o desenho e torná-lo
confuso. Na vista frontal, traça-se uma linha desde o canto da extremidade superior
até o centro e outra até a extremidade inferior, formando, desta maneira uma seta
que indica o sentido de abertura da porta.

 Porta de Correr
 Porta Articulada
 Porta Basculante
220

Concluímos que, esses pequenos detalhes podem parecer insignificantes quando


comparados com a complexidade de um projeto de detalhamento de móveis, porém são
eles que fazem a diferença na execução final do móvel. Ao detalhar um móvel é necessário
possuir uma definição prévia do tipo de portas que deseja utilizar e do tipo de acabamento
das portas e gavetas, pois só desta maneira poremos representá-los corretamente. Muitas
vezes imaginamos o móvel com um determinado tipo de acabamento, que dará a ele um
estilo próprio, mas se não desenharmos da forma correta, ele poderá ser executado de uma
forma totalmente diferente da que esperávamos, mudando completamente o estilo
desejado.

É fundamental acompanhar os vídeos para que você consiga compreender com


mais exatidão os itens que devem estar contidos no projeto. Todos os itens estudados
anteriormente são fundamentais para que nesta etapa seu projeto esteja adequado. Então,
faça um estudo detalhado de todas as partes caso tenha dúvidas.

Até a próxima aula!

Arq Amanda Marques


CURSO COMPLETO DE PROJETO DE MÓVEIS
221

MÓDULO 05

Aula 05
Assuntos a serem abordados:

06. Detalhando um Móvel

Atenção: O material está disponível apenas para este curso. É proibida cópia total ou parcial,
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Direitos Autorais de toda a bibliografia consultada, com a respectiva indicação dos créditos.

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Prezado Aluno,

Iniciamos agora o detalhamento de móveis. Até aqui você aprendeu como o que
compõe e o que deve ter em um projeto. Agora você aprenderá como fazer cada desenho
da maneira correta. Todas as explicações anteriores são de grande importância para que
seu projeto saia corretamente. Então, acompanhe os vídeos juntamente com este material,
pois ficará mais fácil o entendimento. Faça um estudo detalhado de todas as partes caso
tenha dúvidas.

Bons estudos!

Arq Amanda Marques


223

06. DETALHANDO UM MÓVEL

06.01. Como começar um Detalhamento

Todo detalhamento de um móvel inicia-se por sua vista superior. A partir da vista
superior, a largura e a profundidade do móvel serão definidas. Posteriormente, a vista
frontal é desenhada, definido a altura do móvel e seus principais elementos. Ao ter a
vista superior e frontal definida, a vista lateral poderá ser desenhada.

Tendo as três vistas definidas, teremos a estrutura externa do móvel, porém para
sabermos como o móvel é por dentro, vamos precisar desenhar a vista interna, definindo
todos os elementos internos do móvel, o corte horizontal. Ao fazer o corte interno do
móvel, as divisórias internas de acordo com a vista frontal serão definidas, e por fim, o
corte vertical, onde as alturas das prateleiras internas serão definidas.

Todos esses desenhos são importantes. Cada um deles ilustra alguma


informação diferente, que juntas formam um conjunto de desenhos responsáveis pela
perfeita execução de um móvel.
224

Concluímos que, ao detalharmos um móvel, cada detalhe deve ser desenhado, de


forma clara e precisa, para que não haja dúvidas na hora da execução. O ideal é começar
sempre pela vista superior do móvel, depois as vistas frontais e laterais, e só depois de
definido a parte externa do móvel podemos começar a detalhar o seu interior com a vista
interna, cortes verticais e horizontais.

Em todos os desenhos, o ideal é traçar primeiro a linha externa do móvel, depois


desenhar os montantes laterais e as bases inferiores e superiores, e por último desenhar a
frente das portas e gavetas. Quando for um corte, veremos ainda os montantes e
prateleiras internas. Seguindo os passos mencionados é possível fazer um desenho sem se
esquecer de nenhum detalhe importante.

É fundamental acompanhar os vídeos para que você consiga compreender com


mais exatidão os itens que devem estar contidos no projeto. Todos os itens estudados
anteriormente são fundamentais para que nesta etapa seu projeto esteja adequado. Então,
faça um estudo detalhado de todas as partes caso tenha dúvidas.

Até a próxima aula!

Arq Amanda Marques


225

CURSO COMPLETO DE PROJETO DE MÓVEIS

MÓDULO 05

Aula 06

Assuntos a serem abordados:

07. Expressão Gráfica (hierarquia de


linhas)

Atenção: O material está disponível apenas para este curso. É proibida cópia total ou parcial,
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226

Prezado Aluno,
Chegamos a nossa última aula. Apesar de já termos estudados todos os conceitos
de projeto de móveis também precisamos entender as hierarquias das linhas que se faz de
grande importância para o perfeito entendimento do projeto. Espero que todas as
explicações anteriores estejam bem fundamentadas assim seu curso se encerra com grande
perfeição. Após concluir esta aula retorne aos vídeos extras de apresentação de projetos
para dar o toque final em sua formação e entregar belos projetos.

Bons estudos!

Arq Amanda Marques


227

07. EXPRESSÃO GRÁFICA (HIERARQUIA DE LINHAS)

A expressão gráfica é muito importante em qualquer tipo de projeto, porém no


projeto de detalhamento de móveis, onde há sempre muitos detalhes, ela é
indispensável. Saber desenhar o móvel ou o ambiente corretamente, não garantirá a
qualidade do projeto (ou do desenho), a hierarquia de linhas interfere, e muito, neste
resultado final.

A expressão gráfica tem como objetivo aprimorar a visão espacial na


representação de desenhos em 2D, proporcionando, desta maneira, a padronização
dos desenhos. Com uma boa expressão gráfica, pode-se dar ao desenho
bidimensional a percepção do que está mais atrás e do que está mais a frente, ou do
que está em vista e o que está em corte, que, normalmente, só conseguem ser
percebidos nos desenhos em 3D.

Qualquer desenho precisa ter uma hierarquia de linhas para o seu bom
entendimento. Com o projeto de detalhamento de móveis não é diferente. Cada
pessoa faz a sua hierarquia de linhas de acordo com a sua expressão gráfica, porém
podemos seguir um padrão que funciona muito bem para projeto de detalhamento de
móveis.

Podemos considerar:

 Grafite 0.3 (desenhos à mão) ou Pena 0.1 (desenhos no computador)

Nas linhas mais finas do desenho como em linhas de cota, linhas de chamada
usam-se a grafite 0.3, e é também utilizada nas linhas que estão mais em último
plano no desenho e nas linhas onde a escala é muito pequena, e precisa de um traço
mais fino para poder ser compreendida.

 Grafite 0.5 (desenhos à mão) ou Pena 0.2 ou 0.25 (desenhos no


computador)
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Usa-se a grafite 0.5 nas linhas intermediárias do desenho, naqueles


elementos que não estão nem em primeiro plano e nem em último plano. Pode ser
utilizada para a representação de um móvel em vista ou no desenho dos móveis
vistos em planta baixa. É utilizada também na representação das paredes em vista
que estão neste plano intermediário. As linhas em projeção também podem ser
desenhadas com esta espessura.

 Grafite 0.7 (desenhos à mão) ou Pena 0.3 ou 0.35 (desenhos no


computador)

Usa-se essa espessura nas linhas que estão em corte, ou nas linhas que se
encontram em primeiro plano. As linhas, que estão em corte, devem ter uma
espessura maior do que as linhas em vista, pois elas são as que estão mais perto ou
praticamente na mesma linha do corte, e precisam se destacar das linhas em vistas
para que elas não se confundam. Essa espessura pode ser usada também na
representação de paredes em vista que estão no primeiro plano.

 Grafite 0.9 (desenhos à mão) ou Pena 0.4 ou 0.5 (desenhos no


computador)

Geralmente, essa espessura é utilizada para representar as linhas das


paredes, do piso e da laje tanto em planta baixa, quanto em vistas e cortes. Pois as
linhas das paredes, do piso e do teto são sempre as mais grossas do desenho.

Tais espessuras poderão sofrer variações de acordo com a escala do


desenho, pois se um desenho for muito complexo, feito em um escala pequena,
utilizaremos grafites mais grossas como a 0.9 ou 0.7. Algumas linhas podem se
fundir umas com as outras, tornando alguns traços ilegíveis e confusos. Da mesma
forma, por exemplo, se utilizarmos grafites fina, como 0.1 e 0.3 em um desenho com
uma escala maior, a expressão gráfica do desenho acabará se perdendo.
229

0,3
0,5
0,7
0,9

07.01. Linhas de Chamada

As linhas de chamada servem para indicar algo ou acrescentar alguma


observação ao projeto. Estas podem ser utilizadas também para especificar os
materiais utilizados. Assim como as cotas, as linhas de chamada também são
desenhadas com uma linha bem fina, normalmente com o grafite 0.3, para não ser
confundida com as linhas do desenho. Também podemos desenhá-la com uma cor
diferente.

07.02. Cotas

As cotas são linhas que têm a função de informar a dimensão de uma


determinada linha, móvel ou ambiente. Elas têm que estar dispostas de maneira
organizada e não atrapalhar ou confundir o desenho do móvel.

07.03. Memorial Descritivo (Indicação de Materiais)


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Todo projeto de detalhamento deve conter um memorial descritivo com a


especificação de todos os materiais que serão utilizados nos móveis e complementos
ao projeto.

Essa especificação é necessária para facilitar o trabalho de quem for orçar os


projetos e de quem for executar o móvel. Sem um memorial descritivo completo e
bem detalhado, a execução do móvel pode sair comprometida e o móvel pode não
ser executado da forma como foi pensada pelo seu criador.

O memorial descritivo pode ser elaborado em um documento separadamente


do projeto, este documento deve conter a definição do material interno e de
revestimento de todos os móveis e definição dos complementos como vidros,
espelhos, pedras, metais e acessórios como puxadores e aramados. Com a
indicação da espessura das chapas utilizadas e dimensão os perfis metálicos.

Exemplo: Móvel – Bancada para cozinha (Escala meramente ilustrativa)

07.04. Especificações Gerais

Para concluirmos um projeto de detalhamento de móveis, devemos


acrescentar ainda mais algumas informações como:
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 Indicação das elevações: devemos indicar as elevações na planta baixa por


meio de setas e nomear cada uma como: Elevação 01, Elevação A, ou ainda
Elevação Frontal ou Lateral. Também utilizamos setas da mesma forma para
indicar as vistas de um móvel.

Exemplo:

 Indicação dos Cortes: devemos indicar o local por onde os cortes verticais e
horizontais passam. Os cortes verticais são indicados na planta baixa e nas
vistas frontais, já os cortes horizontais são indicados somente nas vistas
frontais e laterais.

A indicação dos cortes deve ser feita com uma linha tracejada passando por
todo o desenho no local, ou altura em que estiver passando os cortes, com uma seta
na ponta indicando o sentido do corte, se será para a direita ou para a esquerda,
para cima ou para baixo. Porém, para não carregar o desenho, podemos fazê-las
apenas nas extremidades do desenho, interrompendo-a quando passar pelo
desenho.

Exemplo:

OU
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 Indicação do Nome do Desenho e da Escala Utilizada: Para finalizar,


devemos sempre nomear o desenho e a escala utilizada na parte de baixo do
desenho no lado direito. Quando não couber, poderemos colocar o nome do
lado esquerdo ou até na parte de cima do desenho, porém somente em
últimos casos.
 O nome é escrito sempre em negrito e com uma fonte maior que a fonte da
escala.

Exemplo:

PLANTA BAIXA DE LAYOUT – COZINHA


ESC 1/20

07.05. Diagramação de Pranchas

Com todos os desenhos finalizados, podemos montar as pranchas, seguindo


uma sequência lógica e organizada tornando fácil o seu entendimento.

Conforme dito acima, as pranchas devem seguir uma sequência, portanto não
podemos simplesmente dispor os desenhos de forma aleatória. É preciso que eles
venham em uma ordem lógica, onde o primeiro desenho seria a planta baixa de
layout geral, quando estivermos detalhando os móveis de um apartamento ou
residência.
Exemplo de diagramação:

PLANTA CORTE
BAIXA HORIZONTAL

VISTA VISTA VISTA INTERNA CORTE


FRONTAL LATERAL VERTICAL
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07.06. Colocando os Complementos no Exemplo do Módulo 05

A seguir vamos aplicar todos estes elementos vistos acima no exemplo


utilizado no módulo 05 (armário) e visualizar a forma correta de colocar as cotas,
linhas de chamada e as especificações dos materiais.

Planta Baixa:

 Primeiro vamos cotar todos os elementos do desenho com as cotas totais e


parciais:
234

 Indicar, na planta baixa, as setas com a indicação das vistas e dos cortes:

 Especificar os materiais por meio de linhas de chamada:


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Vista Interna:
 Primeiro, vamos cotar todos os elementos do desenho com as cotas totais e
parciais:
COTA PARCIAL COTA TOTAL

Especificar os materiais por meio de linhas de chamada+nome do desenho e escala


236
237

Concluímos que, o detalhamento de um móvel não se resume em apenas em


desenhos, mas ainda há outras informações que devem ser acrescentadas ao
detalhamento para complementá-lo, como por exemplo: a descrição dos materiais
utilizados, indicação das elevações e cortes, assim como as cotas e os textos
complementares.

Todas estas informações são indispensáveis em um projeto de detalhamento de


móveis, pois muitas vezes, somente o desenho não é suficiente para a compreensão do
projeto.

Espero que todo o conhecimento adquirido possa lhe ajudar e fazer com que
obtenha seu crescimento profissional. Creia em seus sonhos e lute para alcança-los. Para
isso, foco, determinação, ousadia e busca de conhecimento continuamente são
ferramentas essenciais para seu sucesso profissional.

Um grande abraço

Arq Amanda Marques


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