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CURSO DE TEOLOGIA
MARCELO DE PAULA
NOVA IGUAÇU
2018
FACULDADE TEOLÓGICA
NOVA IGUAÇU
2018
AGRADECIMENTOS
RESUMO...........................................................................................................................6
ABSTRACT.......................................................................................................................7
LISTA DE FIGURAS..........................................................................................................8
SUMÁRIO..........................................................................................................................9
1. INTRODUÇÃO.............................................................................................................11
1.1 Objetivos...................................................................................................................11
1.2 Metodologia..............................................................................................................12
2.1 A igreja.......................................................................................................................13
3.3 Materialismo..............................................................................................................27
3.4. Humanismo..............................................................................................................30
5. CONCLUSÃO..............................................................................................................49
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................51
1. INTRODUÇÃO
Neste novo milênio, que teve início em 2001, a situação da igreja evangélica
brasileira tem sido considerada a melhor de sua história. Com a garantia
constitucional de liberdade de culto, os cristãos, não mais vistos como fanáticos, se
expressam livremente e conquistam espaços importantes. Esse progresso causa
inveja às religiões instaladas no País, e alguns líderes mais entusiásticos
proclamam: “Ainda no início deste milênio, o Brasil será predominantemente
evangélico”. Na contra-mão dessa euforia, percebemos algumas inovações que
estão se estalando no meio da igreja, merecendo uma análise cuidadosa. Veja essa
notícia, há mais de dez anos1:
Este trabalho tem como objetivo geral, estudar os desafios da igreja cristã
evangélica para o novo milênio.
1.2 Metodologia
Categoria Igreja
Batista, Congregacional, Episcopal,
Protestantismo de Missão
Metodista, Presbiteriana.
Protestantismo de Migração Aglicana, Luterana, Reformada;
Assembléia de Deus, Congregação
Pentecostais
Cristã do Brasil, Igreja de Deus;
Casa da Benção, Deus é Amor,
Evangelho Quadrangular,
Pentecostais Autônomos
Maranata, Nova Vida, O Brasil para
Cristo, Universal do Reino de Deus;
Batista de Renovação, Cristão
Carismáticas Presbiteriana, Metodista
Wesleyanos, além de outras;
Adventistas, Mórmons (Igreja de Jesus
Cristo dos Santos dos Últimos Dias),
Pseudo-Protestantes Testemunhas de Jeová, dentre outras.
Figura 1 - Igrejas Evangélicas no Brasil
Fonte: Freston (apud Oliveira, 2004, p 25)
2.1 A igreja
cristãos, que forma um corpo social organizado, instituído por Jesus Cristo”. Este
talvez seja o sentido usual da palavra na atualidade, mas não é o seu significado
bíblico. Para Kessler e Nemuel, 1987, a palavra igreja é:
grego “ekklesia”, que se traduz como “um chamado para fora”. “Ekklesia” era o nome
que se dava na Grécia antiga para um grupo de cidadãos que reuniam para tratar
dos assuntos do Estado: eles saíam do meio do povo para se reunir numa
assembléia (Atos 19:39). Por extensão, a palavra grega “ekklesia” é usada também
no Novo Testamento para o que era chamada a “assembléia dos justos”, ou
“congregação” no Velho Testamento (Salmo 111:1), tendo dois aspectos: a) o
conjunto de todos os redimidos através da era cristã, que é o sentido em que Cristo
disse “edificarei a minha igreja” (Mateus 16:18), mais tarde descrita como “a igreja
que é o Seu Corpo” (Efésios 1:22,
5:23); b) no singular, um grupo local de pessoas que declaram ser crentes em Cristo
(Mateus 18:17, Atos 20:28; 1 Coríntios 1:2; Gálatas 1:13); c) no plural (igrejas), mais
de uma igreja local (Atos 9:31, Romanos 16:4, 6, 1 Coríntios 14:33).
poder cumprir o seu propósito aqui na terra. A organização da igreja tem um impacto
significativo sobre o seu trabalho e suas atividades. Por isto mesmo ela tem
estrutura, governo, disciplina, local de reunião, programa que devem ser adequados
à condição de cada igreja. Mas é preciso cuidar para que os aspectos
organizacionais, estruturais e formais não venham substituir as pessoas, cujas vidas
espirituais devem ser preponderantes na visão de igreja.
A primeira vez que a Bíblia fala de Deus, já o demonstra trazendo ordem
ao caos. É o relato da criação. A contar pelo que se vê em muitas igrejas, há crentes
que acreditam que o Espírito Santo é avesso à ordem, à organização, ao
planejamento. Gente que crê que organização não é espiritual. Ordem de culto,
esboço de sermão, orçamento: “Para que isto?” perguntam. Temos que deixar o
Espírito Santo livre para atuar, dizem eles. Nós, porém, cremos que orçamento,
planejamento estratégico, capacitação de líderes são atividades que devem fazer
parte do dia a dia de uma igreja. A Bíblia de fato diz que “Deus não é Deus de
confusão” (I Co 14.33). A organização glorifica a Deus.
A Igreja foi projetada e criada por Deus. É a Sua maneira de prover alimento
Uma igreja local consiste de cristãos que se reúnem num corpo local. Eles
podem ser identificados e contados (Rm 16:14, 15; 1 Co 16:19; Cl 4:15). A igreja
universal consiste de todos os discípulos de Cristo em todo o mundo. Nenhum
homem é capaz de identificar e contar todos os membros deste corpo universal.
Tentativas de contar todos os verdadeiros cristãos em uma nação ou no mundo
ilustram a ignorância e a vaidade dos homens. Somente Deus pode contar e
identificar seus primogênitos "arrolados nos céus" (Hb 12:23). Kessler e Nemuel
define igreja universal da seguinte forma:
para falar de todo o povo que pertence a Cristo, não importa de onde ele possa ser.
Jesus falou da igreja deste modo: "Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta
pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela"
(Mateus 16:18). Ele não está falando apenas de uma congregação local, nem está
falando de uma organização ou instituição mundial. Ele está falando de pessoas,
pedras vivas, construídas sobre Jesus Cristo, a fundação sólida. “Paulo falou da
igreja, neste mesmo sentido universal, quando escreveu: “Cristo é o cabeça da
Igreja, sendo este mesmo o salvador do corpo" (Efésios 5:23). Jesus é cabeça sobre
todos aqueles que o servem, todos aqueles lavados e purificados de seus pecados
(Efésios 5:26).
A palavra "igreja" é também usada freqüentemente para descrever uma
congregação local ou assembléia de santos. Aqui uns poucos exemplos: "...à igreja
de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados para
serem santos..." (1 Coríntios 1:2); " E, se ele não os atender, dize-o à igreja; e, se
recusar ouvir também a igreja, considera-o como gentio e publicano" (Mateus 18:17);
"saudai igualmente a igreja que se reúne na casa deles" (Romanos 16:5).
Em Mateus 16.18, Jesus Cristo declara que vai edificar a sua igreja: “Pois
também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja”.
Quem ou o que é a pedra sobre a qual Cristo promete edificar a sua igreja? A Igreja
Católica Romana e alguns teólogos protestantes afirmam que Pedro é a pedra a que
Jesus se referiu nesta passagem. Mas esta interpretação traz algumas dificuldades.
Para Pié-Ninot o tema da formação da Igreja e de sua relação com Jesus é
fundamental para a fé cristã.
O lugar de tal desenvolvimento se encontra no acontecimento de
Pentecostes, como também na função de protagonista dos Apóstolos,
especialmente de Pedro, como pioneiro da primeira comunidade cristã, que
juntamente com Paulo, missionário dos gentios, se revela os grandes
portadores do desenvolvimento e da formação da Igreja. (Pié-Ninot, 1998).
Segundo Pyer Pearman (1970), “Israel é descrito como uma igreja no sentido
de ser uma nação chamada dentre as outras nações a ser um povo de servos de
Deus”, (Atos 7.38). Quando o Antigo Testamento foi traduzido para o grego, a
palavra “congregação” (de Israel) foi traduzida “ekklesia” ou “igreja”. Israel, pois, era
a congregação ou a igreja de Jeová. Depois de a igreja judaica o ter rejeitado, Cristo
predisse a fundação duma nova congregação ou igreja, uma instituição divina que
continuaria sua obra na terra (Mat. 16.18). Essa é a igreja de Cristo, que veio a ter
existência no dia de Pentecoste.
Para Myer Pearman (1970), a igreja de Cristo veio a existir como igreja, no dia
de Pentecoste, quando foi consagrada pela unção do Espírito. Assim como o
Tabernáculo foi construído e depois consagrado pela descida da glória divina (Êx.
40.34), assim os primeiros membros da igreja foram congregados no cenáculo e
consagrados como igreja pela descida do Espírito Santo. É muito provável que os
cristãos primitivos vissem nesse evento o retorno da “Shekinah” (a glória manifesta
no Tabernáculo e no templo) que, havia muito, partira do templo, e cuja ausência era
lamentada por alguns dos rabinos. Davi juntou os materiais para a construção do
templo, mas a construção foi feita por seu sucessor, Salomão. Da mesma maneira,
Jesus, durante seu ministério terreno, havia juntado os materiais da sua igreja, por
assim dizer, mas o edifício foi erigido por seu sucessor, o Espírito Santo. Realmente,
essa obra foi feita pelo Espírito, operando mediante os apóstolos que lançaram os
fundamentos e edificaram a igreja por sua pregação, ensino e organização.
Portanto, a igreja é descrita como sendo “edificados sobre o fundamento dos
apóstolos…” (Efésio 2:20).
É bem certo que vivemos numa época chamada por muitos de “pós-moderna”,
caracterizada por forte desconfiança da razão, muitas e novas “verdades”,
individualismo e consumismo. Há uma semelhança muito grande entre o nosso
tempo e a época em que o cristianismo surgiu. O que temos visto é o ressurgimento
de uma cultura pagã, muito parecida com a cultura do tempo de Jesus e dos
apóstolos. A Igreja Cristã hoje é ignorada pelo mundo, tendo que lutar por sua
sobrevivência ao lado de muitos outros movimentos religiosos. Estas mudanças, que
estão ocorrendo no mundo, tem tido poderosa influência sobre nossa doutrina,
nossa pregação e nosso modelo de ser igreja.
Não é fácil, mesmo para os próprios filósofos, encontrar uma definição para a
filosofia. Há mesmo quem defenda que a definição da filosofia constitui o primeiro
grande problema para a própria filosofia. Tal não significa, contudo, que não exista
uma resposta para a questão "o que é a filosofia?". O problema é que existe muitas
respostas e nenhuma delas é unânime: qualquer tentativa de definição enfatiza
determinados pontos e desvaloriza outros considerados importantes por outros
filósofos. Este fato está intimamente relacionado com o objeto da própria filosofia,
isto é, com a realidade que a filosofia procura apreender e que se pode dizer
infinitamente variada.
3.3 Materialismo
história das sociedades humanas, em todas as épocas, através dos fatos materiais,
essencialmente econômicos e técnicos. A sociedade é comparada a um edifício no
qual as fundações, a infra-estrutura, seriam representadas pelas forças econômicas,
enquanto o edifício em si, a superestrutura, representaria as idéias, costumes,
instituições (políticas, religiosas, jurídicas). A propósito, Marx escreveu, na obra A
miséria da filosofia (1847) as relações sociais são inteiramente interligadas às forças
produtivas. Adquirindo novas forças produtivas, os homens modificam o seu modo
de produção, a maneira de ganhar a vida, modificam todas as relações sociais. Ele
enfatiza:
Paulo diz que o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males (1Tm 6.10) e
3.4 HUMANISMO
• Busca por princípios viáveis de conduta ética (tanto individuais quanto sociais
e políticos), julgando-os por sua capacidade de melhorar o bem-estar humano e a
responsabilidade individual.
1. Deus não existe, somente o universo material que, de uma ou outra forma, é
eterno, não criado, já que não há tal Criador. A realidade final é a matéria e a
energia.
Na prática secularismo é:
mudanças por que vem passando, na sociedade brasileira, o universo das crenças e
das práticas religiosas. Tais mudanças, cujos aspectos quantitativos podem ser
avaliados através dos Censos Demográficos do IBGE, a partir de 1970, aceleraram-
se dramaticamente na década de 1991/2000. Analisando-se o quadro abaixo,
constatam-se claramente três tendências principais: 1) a significativa diminuição
percentual da população que se declara adepta da religião, majoritária, o catolicismo
(de 83 para 73,6%); 2) o grande salto dos evangélicos (de 9 para 15,4%) e a
surpreendente expansão do segmento que se auto define “sem religião” (de 4,7 para
7,4%).
Neste cenário a igreja do Senhor Jesus deve viver e atuar como representante
do Reino de Deus, até que Ele nos resgate para a morada eterna. O objetivo do
Evangelho não é construirmos o nosso próprio reino. Mas sim, para desenvolvermos
o Reino de Deus que já está entre nós (e em nós) e ainda está por vir a sua
completa glória e revelação.
Nossas igrejas estão cheias de homens trocando o conteúdo pela forma, frases
e discursos de efeito que emocionam, mas que nem chegam perto de atingir a razão
de seus ouvintes, desta maneira se autodenominam pregadores avivados, mas
avivamento nada tem a ver com emocionalismo, avivamento se dá no coração e é
refletido em adoração sincera e em fervorosa devoção a Deus, assim como era o
apóstolo Paulo, um homem tão apaixonado pelo evangelho, que nem cadeias, nem
açoites nem fome ou nudez o impediram de transmitir o verdadeiro evangelho de
Cristo, através do qual vidas eram verdadeiramente transformadas, enfermos eram
curados, e o Espírito Santo se fazia notório nas reuniões em que Paulo participava e
pregava, avivamento este onde a palavra de Deus era apregoada sem maquiagem e
nem era suavizada para agradar a ninguém, fossem gregos, romanos ou judeus. Se
Paulo estivesse vivendo em nosso tempo condenaria o ecumenismo que pouco a
pouco vem tentando instalar-se nas igrejas, ecumenismo em alguns casos até se
chega ao sectarismo. Que não é outra coisa, senão aberta a corrupção dos
preceitos sagrados do evangelho de Cristo.
Temos como exemplo a “festa junina”, hoje, há igrejas que no período junino,
faz a festa “sem João, mas com Jesus”, isto é a mistura de costumes religiosos,
impróprios a luz da Bíblia Sagrada, adotada por alguns lideres evangélicos. Na
verdade, estas festividades são adoração a ídolos e desagradam a Deus. Como
crentes, devemos cultuar somente a Deus e só a Ele servir (Mt 4.10).
Devemos evitar estas festas. Não podemos pensar que somos crentes
superpoderosos. A própria Bíblia nos diz que somos homens fracos e que temos de
nos abster daquilo que não honra ao Senhor Nosso Deus. O que temos visto é o
mundo convertendo a igreja santa de Deus, pois tem faltado sabedoria e
conhecimento para fazer a diferença. Simplesmente os costumes pagãos se infiltram
na vida dos “desapercebidos”.
pregação da sã doutrina:
. "Prega a palavra" (2ª Tm 4:2): deve-se pregar a palavra de Deus, e não as
idéias dos homens. Somente a palavra de Deus é suficiente para corrigir,
repreender, e exortar pessoas para salvação (2ª Timóteo 3:16-17);
. "Quer seja oportuno, quer não" (2ª Tm 4:2): por causa da certeza do
julgamento de
31). Portanto, o enviado deve pregar a palavra em todo lugar e sob todas as
condições;
i) Vida (Dt 32.2); ii) Santificação (Jo 17.7); iii) Sólido Mantimento (Hb 5.14); iv)
Um escudo contra as sutilezas de Satanás (Mt 7.15);
v) Liberdade em Cristo Jesus (Mt 22.33; Mc 1.27);
5 In: BÍBLIA de estudo de Genebra. São Paulo: Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.
Embora Deus tenha dado todas as coisas ao homem, “não implica
que a humanidade, como imagem de Deus na terra, possa viver como
melhor lhe aprouver”. O bom uso envolve um uso equilibrado das coisas de
Deus. (Porfírio, 2009, p.108).
5. CONCLUSÃO
A igreja evangélica no Brasil vive uma crise em que, em sua maioria, pouca ou
nenhuma importância é dada às Escrituras. Com isso, multiplica as falsas doutrinas
pela ausência da prática da hermenêutica e exegese bíblica. Manipulação das
massas, e ainda um testemunho que perdeu seu poder de influenciar. No entanto,
temos a confiança nas palavras do Senhor Jesus, “...As portas do inferno não
prevalecerão contra a igreja...” (Mt 16.18).
Não obstante, muitos membros de igrejas cristãs dizem seguir o Senhor Jesus.
Mas seguir a Jesus não é só deter o nome de crente (Lc 9.23). Ser cristão é ser um
praticante dos ensinamentos de Cristo. Achá-lo “o maior barato”, pôr adesivos nos
carros do tipo “Propriedade Exclusiva do Senhor Jesus” ou usar camisetas com
mensagens que trazem o seu nome, sem, no entanto, praticar integralmente os seus
ensinamentos, é apenas ser um fã. Aliás, o nome de Jesus se tornou um grande
negócio e vem sendo banalizado (Ex. 20.7), aparecendo em anéis, presilhas,
prendedores de gravata, bonés, chaveiros, dentre outros. Quando Jesus chamou
seus discípulos, disse: “Segue-me” (Mt 8.22; Lc5. 27; Jo 1.43), pois Ele não queria
ter admiradores. Mesmo assim, muitos o seguiam por admiração ou interesse.
Sabiam que ele podia transformar água em vinho (Jo 2.1-12), fazer paralítico andar
(Jo 5. 1-15) e multiplicar pães (Jo 6.115). Mas depois de ouvirem o seu “duro
discurso”, descobriram o que significava seguilo e o abandonaram (Jo 6. 22-71).
Será que nós não estamos seguindo Jesus como fã e, ou admiradores?