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EXTRAÇÃO E REFINO DO ZINCO

TUCURUÍ – PA
2015
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO HISTÓRICA..................................................................................3
2. ASPECTOS GERAIS...............................................................................................4
3. EXTRAÇÃO.............................................................................................................5
3.1 - Minério...............................................................................................................5
3.1.1Minério Sulfetado.................................................................................................6
3.1.2Minério Oxidado...................................................................................................6
3.1.3Zinco Primário......................................................................................................6
3.2Beneficiamento...................................................................................................8
3.2.1Processo Pirometalúrgico......................................................................................8
3.2.2Processo Hidrometalúrgico...................................................................................8
4. LIGAS.....................................................................................................................15
5. UTILIZAÇÃO........................................................................................................18
5.1 Proteção contra corrosão...............................................................................18
5.1.1 Isolando o aço carbono......................................................................................19
5.1.2 Proteção catódica do zinco........................ ........................................................19
5.2 Processo de Galvanização.............................................................................19
6. COMERCIALIZAÇÃO..........................................................................................21
6.1 – Oferta mundial...............................................................................................21
6.2 - Produção Interna.................................................................................................................22

6.3 - Importação........................................................................................................23

6.4 - Exportação........................................................................................................23

6.5 – Consumo Interno............................................................................................23

6.7 – Projetos em andamento e/ ou previstos....................................................24

6.8 – Outros fatores relevantes..............................................................................24


7. PRECAUÇÕES.........................................................................................................25
8. RECUPERAÇÃO E REUTILIZAÇÃO...................................................................25
8.1 Recuperação.........................................................................................................25

8.2Reutilização...........................................................................................................29
9. CONCLUSÃO............................................................................................................31
10. BIBLIOGRAFIAS....................................................................................................32
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ZINCO

1. INTRODUÇÃO HISTÓRICA
As ligas metálicas de zinco foram utilizadas durante séculos - peças de latão datadas
de 1000-1400 a.C. Foram encontrados na Palestina, e outros objetos com até 87% de zinco
foram achados na antiga região da Transilvânia - devido ao seu baixo ponto de fusão e
reatividade química o metal tende a evaporar-se, motivo pelo qual a verdadeira natureza do
zinco não foi comprendida pelos antigos.
Sabe-se que a fabricação do latão era conhecida pelos romanos desde 30 a.C. Plinio
e Dioscórides descrevem a obtenção de aurichalcum (latão) pelo aquecimento num cadinho
de uma mistura de cadmia (calamina) com cobre. O latão obtido é posteriormente fundido ou
forjado para fabricar objetos.
A fusão e extração de zinco impuro já era efetuda no ano 1.000 na Índia - na obra
Rasarnava (c. 1200) de autor desconhecido o procedimento foi descrito - e posteriormente na
China. Em 1597 Andreas Libavius descreve uma peculiar classe de estanho que havia sido
preparada na India que tinha recebido em pequenas quantidades através de um amigo; deduziu
que se tratava do zinco mesmo não chegando a reconhecê-lo como o metal procedente da
calamina.
No ocidente, em 1248, Alberto Magno descreve a fabricação do latão na Europa. No
século XVI já se conhecia a existância do metal. Agrícola observou em 1546 que formava-se
um metal branco prateado condensado nas paredes dos fornos nos quais se fundiam minerais
de zinco, adicionando em sua notas que um metal similar denominado zincum era produzido
na Silésia. Paracelso foi o primeiro a sugerir que o zincum era um novo metal e que suas
propriedades diferiam dos metais conhecidos, sem dar nenhuma indicação sobre a sua origem;
nos escritos de Basilio Valentino são encontrados também menções sobre o zincum. Em
tratados posteriores são frequentes as referências ao zinco, com diferentes nomes, se referindo
geralmente ao mineral e não ao metal livre, e muitas vezes confundido com o bismuto.
Porém, os primeiros estudos a respeito do metal datam da segunda metade do século
XVII e início do século XVIII, onde Johann Kunkel e posteriormente Stahl indicaram que ao
preparar latão com cobre e calamina, esta ultima se reduz a zinco livre. Mais tarde o químico
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Anton Von Swab e o alemão Andreas Marggraf, isolaram o metal através da fusão da
calamina com carvão vegetal, e cujo trabalho sobre o método da extração do zinco de um
mineral verdadeiro, a calamina, resultou na sedimentação da metalurgia do zinco, e na sua
reputação como descobridor do metal.
Em 1743 foi fundado em Bristol, na Inglaterra, o primeiro estabelecimento para a
fundição do metal em escala industrial, porém, o procedimento ficou em segredo. Setenta
anos depois o químico Daniel Dony desenvolveu um procedimento industrial para a extração
do metal, construindo-se a primeira fábrica no continente Europeu no ramo.
Após o desenvolvimento da técnica de flotação do sulfeto de zinco se desprezou a
calamina como fonte principal de obtenção do zinco. O método de flotação, atualmente, é
empregado para a obtenção de vários metais.

Pedra de zinco

2. ASPECTOS GERAIS

O zinco (do alemão Zink) é um elemento químico de símbolo Zn, número atômico
30 (30 prótons e 30 elétrons) com massa atómica 65,4, : 65,38, densidade (a 25°C): 7,14,
dureza: 2,5 (escala de Mohs), ponto de fusão: 419°C (à pressão de 760mm de Hg) e ponto de
ebulição: 920°C.
À temperatura ambiente, o zinco encontra-se no estado sólido. Está situado no grupo
12 (2 B) da Classificação Periódica dos Elementos. É um metal de cor branco-azulada, forma
cristalina hexagonal compacta.
O zinco é um elemento químico essencial para as pessoas: intervém no metabolismo de
proteínas e ácidos nucleicos, estimula a atividade de mais de 100 enzimas, colabora no bom
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funcionamento do sistema imunológico, é necessário para cicatrização dos ferimentos,


intervém nas percepções do sabor e olfato e na síntese do ADN.

O zinco não é encontrado na natureza em sua forma metálica (como o ouro) e sim mineral, o
principal minério de zinco é a blenda ZnS que após passar por processos de: concentração,
ustulação, lixiviação, purificação, e eletrólise, é fundido em lingotes e comercializado.

3. EXTRAÇÃO
3.1 - MINÉRIO
O zinco é encontrado na natureza principalmente sob a forma de sulfetos, associado ao
chumbo, cobre prata e ferro (galena, calcopirita, argentita e pirita, dentre outros). O minério
sulfetado de zinco está sujeito a grandes transformações na zona de oxidação formando
óxidos, carbonatos e silicatos. As mineralizações ocorrem, principalmente, nas rochas
calcárias que são as hospedeiras usuais.
Os principais minerais de zinco são a blenda ou esfalerita (ZnS), willemita (Zn2SiO4),
smithsonita (ZnCO3), calamina ou hemimorfita (2ZnO.SiO2.H2O), wurtzita (Zn,Fe)S,
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franklinita (Z,n,Mn)Fe2O4, hidrozincita [2ZnO3.3Zn(OH)2] e zincita (ZnO), com destaque


no caso do Brasil para os minérios calamina, willemita e esfarelita.

3.1.1Minério Sulfetado

A esfarelita, sulfeto de zinco, é a principal espécie minerológica de zinco e


apresenta-se muitas vezes associada a sulfetos de chumbo, cobre e ferro. Os minérios
sulfetados são ocorrências primárias de zinco com teores médios de 5% de Zn contido e
normalmente obtidos através de lavra subterrânea, sendo responsáveis por cerca de 90% da
produção mundial deconcentrado.

3.1.2Minério Oxidado

Constitui-se de calamina, silicato hidratado de zinco e willemita, silicato de zinco,


associadas a carbonato de zinco. Os minérios oxidados são ocorrências secundárias de zinco,
encontradas em depósitos superficiais sendo resultantes da alteração do minério sulfetado. Os
corpos de minério oxidado são algumas vezes de maior expressão econômica do que os de
minério inferior sulfetado, principalmente em razão da maior facilidade de lavra e da mais alta
concentração do metal, variando de 15 a 40% de Zn contido.
Após a lavra, o minério de zinco é beneficiado através de britagem e moagem,
passando posteriormente pelo processo de flotação para separação do zinco dos outros
minerais com valor econômico como minerais de cobre, chumbo e de prata.
O concentrado de sulfeto de zinco obtido contém entre 30% e 56% de Zn, sendo um
produto comercializado internacionalmente para processamento nas unidades metalúrgicas
(smelters). Estas localizam-se de preferência junto ao mercado consumidor.

3.1.3Zinco Primário

Existem dois processos básicos de produção de zinco primário, o processo


pirometalúrgico, responsável por cerca de 20% da produção mundial de zinco e o processo
hidrometalúrgico, o mais utilizado no mundo.
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Mina a céu aberto de Extração.

Mina subterrânea de extração.


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3.2 - BENEFICIAMENTO

3.2.1Processo Pirometalúrgico
O concentrado de zinco, quando sulfetado, é submetido inicialmente à ustulação
oxidante na presença de oxigênio, obtendo-se óxido de zinco e SO2. Esta etapa não se faz
necessária no caso do minério já oxidado. Após aglomeração do óxido, este é processado com
coque em alto-forno produzindo-se vapor de zinco que é condensado para obtenção do zinco
metálico com cerca de 98% de pureza. Dependendo da pureza desejável para o zinco, este é
submetido ao processo de refino, que consiste em nova ebulição para formação de vapor de
zinco e posterior condensação, obtendo se zinco com 99,95% de pureza.

3.2.2Processo Hidrometalúrgico
Em linhas gerais, o processo de extração hidrometalúrgica do zinco consiste em
obter-se uma solução de sulfato de zinco, tão pura quanto possível, e em precipitar o zinco
metálico da solução, através de eletrólise. Deste modo o processo compreende os seguintes
estágios:
1. Ustulação do concentrado sulfetado a fim de transformar o sulfeto em óxido, que é
solúvel em ácido. Este estágio é dispensado no caso de concentrado oxidado.
2. Lixiviação do mate
rial oxidado obtido com ácido sulfúrico obtendo-se solução de sulfato de zinco.
3. Purificação da solução de sulfato de zinco, sendo o método mais utilizado o da
adição de pó de zinco para precipitação de impurezas como cobre, cádmio, cobalto e níquel.
4. Eletrólise da solução de sulfato de zinco com regeneração do ácido, que é
reutilizado na lixiviação. Obtêm-se cátodo de zinco com 99,99% de pureza.
5. Refusão dos cátodos para produção do zinco nas formas usuais de lingotes ou
placas.
Um Diagrama Esquemático do Processo de Obtenção do zinco pela Via Piro-Hidro-
Eletrometalúrgica.
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Fluxograma de obtenção do Zinco


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4.LIGAS
O Zamac é uma Liga de Zinco composto por 4 (quatro) componentes básicos para
sua formação (liga): Alumínio (Al), Cobre (Cu), Magnésio (mg) e Zinco SHG 99,999, dentre
as quais, de acordo com especificações, formam variadas Ligas a serem usadas nos mais
diversos ramos de atividade.
Dentre todas as ligas de metais não ferrosos o Zamac é uma das que possui maior
utilização, devido às suas propriedades fisicas, mecânicas e à fácil capacidade de revestimento
por eletrodeposição (Banho de cromo, níquel, cobre, ouro). O seu baixo ponto de fusão
(aproximadamente 400ºC) permite uma maior durabilidade do molde, permitindo uma maior
produção de peças em série fundidas.
Dentre as empresas que o utiliza como matéria-prima para injeção de peças, podemos
destacar:
 Ramo Ferragista, Moveleiro, Automobilístico, Eletro-Eletrônico,
Calçadista, Naval, entre outros.
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Destacamos alguns produtos acabados produzidos com Zamac:


 Fivelas para cintos e calçados;
 Rebites e enfeites para bolsas;
 Fechaduras residênciais e industriais;
 Carcaças de liquidificadores, batedeiras e ventiladores, dobradiças de
refrigeradores, componentes de relógios, grades de rádio e televisores;
 Cobertura de motores, roldanas, microfones, engrenagens, caixas
terminais;
 Brinquedos, em partículas miniaturas;
 Componentes de ferragens para construção civil, marcenaria;
 Entre outras peças e componentes diversos.
A Minas Zinco comercializa todos os tipos (especificações) de Zamac a granel,
conforme quantidade estipulada pelo cliente ou em fardos padronizados, em tamanho, peso e
cor referente a cada tipo de Material; de acordo com o padrão de qualidade (Ver tópico de
Qualidade).
CARACTERÍSTICAS DAS LIGAS ZINCO
Produto Indicações Dimensões Acondicionamento Cor Observações
Fundição peso aprox. Empilhados em bases Os fardos formam
Zamac2 sobre pressão 6Kg metalicas com 99 incolor um quadrado de
e coquilhas barras. Amarrado e aprox. 600 x 600
Fundição Dimensão: cintado com até 4 fitas x 600 mm com
sobre pressão 500 x 35 coberto com plástico peso aprox. de
e coquilhas x45 mm impermeável 500 kg
ideal para identificado por cores
Zamac3 Desvio verde Os fardos contem
peças de
menor porte e Padrão (± placas de
precisão em 5%) identificação de
medidas rastreabilidade e
Fundição selo de garantia
sobre pressão total
e coquilhas
Zamac5 azul
ideal para
peças de
maior porte
Fundição em
coquilha e na
Zamac6 areia ideal incolor
para peças
grandes
Zamac8 Fundição em
amarelo
- ZAP centrifuga

Características de ligas ZAMAC


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Ligas de Zamac

PROPRIEDADES DAS LIGAS DE ZINCO

ZAMAC 03 ZAMAC 05
Densidade (peso específico) 6.6 6.7
Intervalo de solidificação (ºC) 380-386 380-386

Retratação (%) 4-5 4-5


Coeficiente de dilatação (1/ºC) 27x10 -6 27x10 -6
Condutibilidade elétrica a 10ºC (s/m) 15.7 15.3

Condutibilidade térmica a 16ºC 0.27 0.27


(cal/s/cm²/cm/ºC)

Calor específico (cal/g/ºC) 0.10 0.10

Calor latente de fusão (cal/g) 25 25

PROPRIEDADES MECÂNICAS DAS LIGAS DE ZINCO

ZAMAC 03 ZAMAC 05
Limite de resistência (à tração) (kgf/mm²) 26-30 30-34
Limite de escoamento (kgf/mm²) 25-29 29-33

Módulo de elasticidade (kgf/mm²) 8.500 9.600


Alongamento (%) 3-8 3-6
Resistência ao choque – charpy (kgf/cm²) 10-12 10.5-12.5
Resistência à compressão (kgf/mm²) 45 60

Resistência ao cizalhamento (kgf/mm²) 22 27


Resistência a fadiga, para 108 ciclos (kgf/mm²) 4.8 5.7
Dureza brinell (esfera de 10mm, carga de 500kg) (kgf/mm²) (80-90) (85-95)
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Ligas de Zinco

5.UTILIZAÇÃO
O zinco caracteriza-se pela sua alta resistência à corrosão, o que permite o seu
emprego como revestimento protetor de vários produtos. Sua grande facilidade de
combinação com outros metais permite o seu uso na fabricação de ligas, principalmente os
latões e bronzes (ligas cobre-zinco) e as ligas zamac (zinco-alumínio-magnésio). Seu baixo
ponto de fusão facilita a moldagem em peças injetadas e centrifugadas. Seu baixo ponto de
ebulição facilita a sua extração e refino e, por ser bastante maleável entre 100 e 150°C, pode
ser laminado em chapas e estirado em fios.
Pela sua propriedade anticorrosiva, o zinco tem larga aplicação na construção civil,
na indústria automobilística e de eletrodomésticos, destacando-se o seu uso na galvanização
como revestimento protetor de aços estruturais, folhas, chapas, tubos e fios por meio da
imersão ou eletrodeposição. As ligas para fundição (Zamac) são utilizadas em peças fundidas,
eletrodomésticos, indústria de material bélico e automobilístico. Os latões e bronzes (ligas
cobre-zinco com teores de zinco entre 5,0 e 40,0%) são usados em acessórios elétricos e
várias outras aplicações. Os laminados têm como principal campo de aplicação às pilhas e
baterias. O óxido e pó de zinco são usados em produtos químicos e farmacêuticos,
cosméticos, borrachas, explosivos, tintas e papel. O zinco é também utilizado como anodo
para proteção catódica do aço ou ferro.

5.1 – PROTEÇÃO CONTRA CORROSÃO

O Zinco fornece basicamente duas formas de proteção contra a corrosão:

 Isolando o aço carbono do contato com a umidade.


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 Fornecendo uma proteção catódica sobre o aço carbono em caso de


rompimento da camada de zinco.

5.1.1 Isolando o aço carbono

O isolamento do aço carbono é assegurado por uma cobertura total do tubo com uma
camada maleável e aderente de zinco. Em uma superfície recém galvanizada ocorre a
formação de uma película de óxido de zinco que em contato com a atmosfera reage formando
outra película porosa e gelatinosa de hidróxido de zinco. Esta película em contato com o
dióxido de carbono presente no ar forma uma insolúvel, aderente e compacta película de
carbonato de zinco, assegurando a integridade da camada de zinco por várias anos.

5.1.2 Proteção catódica do zinco

A aplicação de uma camada metálica sobre o tubo de aço carbono modifica


fundamentalmente sua ação eletroquímica. A direção da corrente, quando dois metais são
postos em contato na presença de um eletrólito, depende da posição relativa de cada um, na
série galvânica. O zinco por ter um potencial mais negativo (-1,10 volt) em relação ao aço
carbono (-0,6 volt) atua como um anodo de sacrifício fornecendo uma proteção catódica sobre
o aço carbono.

5.2 - PROCESSO DE GALVANIZAÇÃO

A galvanização de tubos inicia-se se preparando a superfície a ser galvanizada com


subseqüentes imersões em banhos químicos. Logo após os tubos são imersos no zinco
fundiso, onde ocorre a formação da camada e em uma solução passivadora.
Trata-se de um metal maleável sendo que suas propriedades físicas lhe conferem
facilidade de moldagem e de trabalho mecânico.
O principal uso do zinco metálico é a galvanização, tanto na produção de chapas
zincadas pelas siderúrgicas, como em galvanoplastias para acabamento e proteção anti-
corrosiva de peças metálicas. Este uso responde por 47% do consumo mundial.

Além destes, o zinco é matéria-prima para ligas metálicas como latão e bronze que
respondem por 20% do consumo, além de ser utilizado em pigmentos, pilhas secas
e outros usos diversos.
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Zinco Preto: Processo de zincagem em que o


revestimento de zinco ocorre por eletrodeposição.
A camada média de zinco depositada fica em torno de 8 a
20u e é indicado para peças que requerem um
acabamento brilhante, decorativo, além de uma boa
proteção contra corrosão.

95% Zinco puro,funciona como galvanização por


imersão quente em metais ferrosos, expostos ou não ao
meio ambiente, até 3 anos de proteção contra corrosão,
suporta água a temperaturas de até 100C calor continuo
de até 400C, protege eletroquimicamente.

zinco de alta
pureza,utilizado para proteção
contra corrosão de eixo, casco, rabeta,
motor de popa e outras peças em
geral.
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Principais Usos do Zinco

6. COMERCIALIZAÇÃO

6.1 - OFERTA MUNDIAL

Em um cenário de crescimento moderado da economia global, pela primeira vez nos


últimos seis anos, o consumo mundial de zinco refinado superou a produção. Neste contexto,
o preço à vista do zinco, considerando a média anual, recuou 2,0% em 2013, atingindo a sua
mais baixa cotação em maio (US$ 1.828,50/t). Ao longo do ano, a trajetória dos estoques
referenciados pela London Metal Exchange – LME registraram também diminuição de 23,5%
entre o início de janeiro (1.218 mt) e final de dezembro (931 mt).
Segundo o USGS, as reservas mundiais de zinco atingiram 250,5 Mt em 2013. Mais
de 50% desses recursos estão localizados na Austrália (25,5%), China (17,2%), Peru (9,6%) e
México (7,2%). As principais reservas brasileiras, que representam apenas 0,7% das
mundiais, estão localizadas nos municípios de Vazante e Paracatu, no Estado de Minas
Gerais.
Após crescimento anual de 3,8% em 2012, a produção de zinco contido no
concentrado, divulgado pelo International Lead and Zinc Study Group (ILZSG), situou-se em
13,2 Mt em 2013, apresentando elevação moderada de 0,7% ante igual período do ano
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anterior. A China, com 35,8% do total da produção, a Austrália, com 11,5%, e o Peru, com
10,2%, lideraram a produção mundial. A participação brasileira atingiu 1,1%.
De acordo com os dados divulgados pelo ILZSG, a produção mundial de zinco refinado
evoluiu de 12,6 Mt em 2012 para 12,9 Mt, com crescimento de 2,1% em 2013. Os maiores
países produtores foram a China (5.100 mt), Coréia do Sul (886mt), Índia (790 mt), Canadá
(652mt), Japão (587 mt) e Espanha (521 mt), que representaram 66% da produção mundial de
zinco refinado em 2013. O consumo revelou crescimento de 4,8%, totalizando 12,9 Mt em
2013, contra 12,4 Mt em igual período do ano anterior. A Ásia é responsável por 65% de todo
o consumo no mundo. Os maiores países consumidores são China (5.748 mt), Estados Unidos
(934mt), Índia (658mt), Coréia do Sul (572mt) e Japão (498 mt).

6.2 - PRODUÇÃO INTERNA

A Votorantim Metais é a única produtora de zinco no país. As minas de Vazante e


Morro Agudo, localizadas no Estado de Minas Gerais, são responsáveis, respectivamente,
pelos concentrados silicatados e sulfetados, que abastecem as plantas metalúrgicas de Três
Marias (MG) e Juiz de Fora (MG). A mina de Vazante é a maior jazida brasileira de minério
de zinco. Refletindo o menor dinamismo da atividade fabril, a produção nacional de zinco
diminuiu 16,9%, e a de metal primário, 13,4%. As projeções para a oferta nacional de
concentrado de zinco, em termos de metal contido, indicam, para o período 2014—2016,
produções respectivas de 155,6 mt, 165,5 mt e 164,4 mt.
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6.3 - IMPORTAÇÃO

A corrente do comércio exterior de zinco (minérios e seus concentrados e metal


primário) desacelerou-se ao longo de 2013, totalizando US$ 291,6 milhões. A retração anual
de 34,6% decorreu de recuos de 18,3% nas importações e de 44,4% nas exportações, que
somaram, na ordem, US$ 230,5 milhões e US$ 61,1 milhões. O exame das importações
evidencia que ocorreu recuo de 7,0% nas aquisições de minérios e seus concentrados, e queda
de 35,3% nas relativas ao metal primário. As compras de minérios e seus concentrados
provenientes do Peru atingiram US$ 145 milhões, correspondendo a 92,4% das importações.
Os principais países fornecedores de metal primário foram o Peru, México e Argentina, com
representatividades respectivas de 47,2%, 34,5% e 17,1%.

6.4 - EXPORTAÇÃO

As exportações de metal primário alcançaram US$ 53,4 milhões, queda de 51,5%


relativamente ao ano anterior, associada à retração de 52,4% na quantidade exportada. Os
principais países de destinos dos produtos brasileiros ZINCO continuaram sendo África do
Sul (53,0%), Argentina (19,4%) e Bélgica (11,3). O Peru foi o destino das exportações de
minérios e seus concentrados, totalizando US$ 7,8 milhões.

6.5 – CONSUMO INTERNO

O zinco se destaca pela sua elevada resistência à corrosão e facilidade de


combinação com outros metais. Utilizado nos processos de galvanização e fundição, os
principais segmentos consumidores são a indústria automobilística, de construção civil e de
eletrodomésticos. Na forma de óxido de zinco, é utilizado na vulcanização de borrachas,
cosméticos, medicamentos, entre outros. O zinco também é aplicado na composição de várias
ligas, com o alumínio, cobre e magnésio.
O consumo de zinco refinado no mercado brasileiro atingiu 248,9 mt em 2013, o que
representou aumento de 3,8% em relação às 239,8 mt referentes a 2012. A participação da
importação na composição do consumo aparente de zinco refinado reduziu de 22,2% em 2012
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para 14,3% em 2013. Dados do consumo interno de concentrado de zinco apontam para a
continuidade da dependência do mercado externo. Em 2013, a importação respondeu por
44,4% das 268,1 mt de concentrados de zinco consumidos no mercado interno.

6.7 - PROJETOS EM ANDAMENTO E/OU PREVISTOS

A Votorantim Metais, em parceria com a Karmin Resources, desenvolve em Aripuanã


(MT) projeto para a produção de zinco e dos subprodutos chumbo, cobre, ouro e prata. Os
recursos minerais do depósito são estimados 35 Mt, com previsão do início da produção em
2017. Joint venture entre Votorantim Metais e Mineração Iamgold Brasil desenvolve
empreendimento para a produção de zinco, chumbo e cobre, nas minas do Camaquã, em
Caçapava do Sul (RS), com recurso mineral previsto em 14 Mt.

6.8 - OUTROS FATORES RELEVANTES

Em 2013, a Votorantim Industrial obteve lucro líquido consolidado de R$ 238 milhões,


173,6% acima dos R$ 87 milhões de 2012. No setor de mineração, o lucro passou de R$ 33
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milhões em 2012 para R$ 144 milhões em 2013. Já entre os negócios de metais da


companhia, a divisão de zinco registrou prejuízo de R$ 699 milhões.

7. PRECAUÇÕES
O zinco metálico não é considerado tóxico, porém alguns de seus compostos, como o
óxido e o sulfeto, são nocivos.
Na década de 40 observou-se que na superfície do aço galvanizado formava-se com o
tempo pelos de zinco (zinc whiskers) que liberados ao ambiente provocavam curtos-circuitos e
falhas em componentes eletrônicos. Estes pelos se formam após um período de incubação que
pode durar dias ou anos, e crescem num ritmo da ordem de 1 mm por ano.

8. RECUPERAÇÃO E REUTILIZAÇÃO

8.1 - RECUPERAÇÃO

O processo siderúrgico para a produção de aço utilizando forno de arco elétrico gera
uma grande quantidade de pó chamado de pó de exaustão ou pó de aciaria. Conforme a NBR
10004, este pó é considerado um resíduo classe I, portanto trata-se de um resíduo perigoso. A
caracterização química e a recuperação de zinco a partir deste resíduo são os objetivos deste
trabalho. O elemento zinco foi escolhido para recuperação devido ao seu maior valor
econômico em relação aos demais constituintes, além de ser um metal pesado. Uma bomba de
Tölg, que consiste em um sistema fechado onde ocorre ataque com os ácidos HCl, HNO3 e
HF, foi utilizada para solubilizar o pó a 1500C por 12 horas. A amostra solubilizada foi
analisada quantitativamente por Absorção Atômica ou outra técnica apropriada. Foram
encontrados os metais: alumínio, cálcio, chumbo, cromo, enxofre, magnésio, manganês,
níquel, potássio, silício, sódio, ferro e zinco. Enxofre, oxigênio e carbono também estão
presentes. Constatou-se que, em média, a concentração, tanto de zinco como de ferro, é de
aproximadamente 20% em peso. Agentes lixiviantes como o ácido diaminotetraacético de
etileno (EDTA) e o salicilato de sódio foram utilizados de modo a promover uma lixiviação
seletiva do zinco a partir do pó de exaustão, obtendo-se baixa eficiência de recuperação do
zinco. No entanto, utilizando um processo de recuperação constituído de três etapas: 1-
hidrólise do pó, 2- fusão do pó hidrolisado em 350ºC com soda cáustica e 3- lixiviação do pó
com NaOH 5 M obteve-se uma extração de até 98% em peso de zinco. O processo
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desenvolvido, portanto, mostra grandes perspectivas para a área da reciclagem de metais


utilizando resíduos industriais.
Primeiramente, a amostra foi seca em estufa a aproximadamente
70 0C até peso constante. Após, foi colocada na bomba de Tölg onde sofreu ataque ácido a
1500C por 12 horas.
A destruição do zinco, na forma ferrita, depende da temperatura de fusão.
As soluções obtidas pela lixiviação, chamadas de soluções extrato, foram analisadas
por Espectroscopia de Absorção Atômica.
Conforme Tabela abaixo, foram encontrados os seguintes elementos: alumínio,
cálcio, chumbo, cromo, enxofre, magnésio, manganês, níquel, potássio, silício, sódio, ferro e
zinco. A umidade da amostra, determinada por método gravimétrico, foi de 3,74%.
Observa-se que os elementos ferro e zinco encontram-se em maior quantidade no
resíduo na composição de aproximadamente 20% em peso. Apesar do alto teor de ferro, a
reciclagem direta em forno de fundição ou arco elétrico é impraticável devido aos possíveis
problemas operacionais

Análise quantitativa do pó de exaustão da Siderúrgica.


Elemento Concentração (% peso)
Alumínio 0,0002
Cálcio 0,0039
Chumbo 0,9
Cromo 0,0298
Estanho 0,151
Ferro 21,05
Sódio 0,0042
Magnésio 0,0014
Manganês 1,49
Molibdênio n.d.
Níquel 1,06
Potássio 0,0017
Silício 0,021
Zinco 21,8
Enxofre 0,83
27

Bomba de Tölg. 1- cápsula de metal externa, 2- cápsula de teflon interna, 3- tampas e


vedantes e 4- sistema completo.

Portanto, uma quantidade considerável do elemento oxigênio foi detectada pela


técnica de EDX.
A análise de EDX é considerada semi-quantitativa, pois, além de tratar-se de uma
técnica pontual, baseia suas estimativas de composição da amostra (conforme Figura 2)
somente nos elementos possíveis de serem analisados através desta técnica. Devido a este
fato, as concentrações de ferro e zinco, 27,91% e 37,46% em peso, respectivamente,
encontram-se
sensivelmente
mais elevadas em
comparação à
análise obtida através da
técnica de Absorção
Atômica.
28

EDX de amostra de pó de exaustão

Recuperação Hidrometalúrgica
Esta etapa consistiu em um tratamento hidrometalúrgico - a lixiviação - do resíduo de
modo a recuperar os elementos constituintes do resíduo no estado líquido, visando posterior
recuperação eletrolítica do zinco em solução. Esta é a rota mais econômica para a obtenção de
zinco de alto grau de pureza [5].
Lixiviação ácida com ácidos sulfúrico e clorídrico, em várias concentrações,
mostrou-se ineficiente. Há formação de soluções turvas e instáveis.
Obteve-se uma eficiência na lixiviação de recuperação do elemento zinco de 0,6% e
37,5%, respectivamente, para os valores de pH 6,8 e 12. Portanto, ao aumentar-se o valor de
pH, a recuperação de zinco aumenta grandemente.
Pouco dos elementos ferro e chumbo são arrastados juntamente com o elemento
zinco.
Estudos de lixiviação em meio alcalino seguiram-se com a utilização de técnica de
extração de zinco em três etapas.
Na lixiviação direta do pó com NaOH muito pouco do zinco, proveniente da forma
ferrita, está presente na solução extrato. As etapas de hidrólise e de fusão alcalina são
fundamentais para a extração de zinco. A importância do passo da hidrólise como pré-
tratamento para a extração do zinco deve-se ao fato da ocorrência de possíveis mudanças na
morfologia do pó quando em contato com a água, uma vez que o mesmo é formado em
temperaturas muito altas. Esta mudança estrutural facilita o ataque do NaOH no zinco ferrita
na etapa seguinte - a fusão. Recuperou-se, portanto, aproximadamente 80% do chumbo e 98%
de zinco.
A utilização das três etapas é fundamental para a recuperação de 98% em peso do
elemento zinco. Pela lixiviação direta com NaOH 5 M do pó só foi possível recuperar em
torno de 40% em peso do elemento zinco. E, somente com a fusão direta, sem hidrólise
29

prévia, seguida de lixiviação do pó fundido obtém-se em torno de 60% em peso de


recuperação de zinco.
Existe, portanto, grandes perspectivas para a utilização da lixiviação seletiva do
zinco. Necessita-se ainda, no entanto, aperfeiçoar a técnica. Será analisada a influência de
algumas variáveis como o pH, o tipo de agitação, a natureza do agente lixiviante, entre outras
Micronutrientes para a agricultura : através do processo de reciclagem do zinco,
incluindo a quebra das partículas em moinho, a peneiração e a fundição do material, damos
origem a vários tipos de óxidos, mais comumente chamados de cinzas ou terras de zinco.
Dependendo da riqueza de zinco destes materiais a serem reciclados, provenientes em sua
maior parte de processos de galvanização a quente, damos origem a óxidos que variam de
70% a mais de 90% de teor de zinco. Estes óxidos são bastante utilizados nas indústrias
fabricantes de ração animal e formulação de micronutrientes para a agricultura.
Dependendo do processo de origem, peneiração ou fundição, temos terras de zinco
com granulométricas (tamanho das partículas) menores e maiores, respectivamente.

8.2 RECICLAGEM
Em virtude do aumento do consumo mundial de metais e da crescente ameaça de
exaustão dos metais é válido dar importância aos processos de reciclagem.
Atualmente, cerca de 70% do zinco produzido no mundo provém de minérios e 30%
de zinco reciclado ou secundário. O nível de reciclagem é crescente a cada ano, em sintonia
com o progresso na tecnologia de produção de zinco e de reciclagem de zinco.
Através do processo de reciclagem, incluindo a quebra de partículas em moinho, a
peneiração e a fundição do material, damos origem a vários tipos de óxidos, mais comumente
de cinzas ou terras de zinco. Dependendo da riqueza de zinco destes materiais a serem
reciclado, provenientes em sua maior parte de processos de galvanização a quente, damos
origem a óxidos que variam de 70% a mais de 90% de teor de zinco. Estes óxidos são bastante
utilizados nas indústrias fabricantes de ração animal e formulação de micronutrientes para
agricultura. Dependendo do processo de origem, peneiração ou fundição, temos terras de
zinco com granulometrias (tamanho das partículas) menores e maiores, respectivamente.

A grande vantagem da reciclagem de metais é evitar as despesas da fase de redução


do minério a metal. Essa fase envolve um alto consumo de energia, e requer transporte de
grandes volumes de minério e instalações caras, destinadas à produção em grande escala.
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As sucatas de zinco provenientes de galvanizações em geral, são utilizadas como


nossa principal matéria prima para a produção de óxido e cloreto de zinco.

Processo de reciclagem do zinco

Forno para fundição do metal Formação de lingotes

Processo de reciclagem do zinco

Lingotes de zinco

Formação de lingotes
Zinco Secundário

O zinco secundário ou zinco reciclado é responsável atualmente por até 10% do


suprimento mundial de zinco.
O zinco pode ser reciclado indefinidamente sem perda de suas propriedades físicas e
químicas, sendo por isso crescente a quantidade do zinco recuperado mundialmente.
Entretanto, nem todos os produtos de zinco são fontes potenciais de sucata; o zinco é
reciclado principalmente do latão e do bronze, de peças fundidas e do aço galvanizado,
31

incluindo tubos, eletrodomésticos e componentes elétricos. Ressalte-se, também, o zinco


proveniente do seu próprio processo industrial.

Zinco para reciclagem

9. CONCLUSÃO

O zinco é um produto de grande importância para a sociedade uma vez que ele é
aplicado principalmente para impedir a corrosão. Pela sua propriedade anti corrosiva ele é
bastante utilizado na construção civil nas indústrias de eletrodomésticos, é usado em
protetores solares, e com pigmentos e tintas brancas, e pilhas secas. Além disso, é um produto
que tem pequeno impacto no meio ambiente, todos os produtos de aço revestidos com zinco
podem ser reciclados ele esta presente em todo ambiente. Devido sua ampla utilização o
minério de zinco em breve estará desaparecendo da crosta terrestre em função dos atuais
níveis de economicidade da tecnologia conhecida estima-se que as reservas de zinco estarão
brevemente comprometidas.
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10. BIBLIOGRAFIA

http://www.quimlab.com.br/guiadoselementos/zinco.htm

http://pt.wikipedia.org/wiki/Zinco

http://www.mme.gov.br/documents/1138775/1256650/P16_RT25_Perfil_do_Minxrio_de_Zin
co.pdf/c62970b3-3a98-480e-939f-ced2dc99b888

http://www2.dbd.puc-rio.br/pergamum/tesesabertas/5000046291_02_cap_02.pdf

http://www.minaszinco.com.br/novosite/zamac.asp

http://www.zincorex.com.br/servicos.asp?servicos=zinco_preto

http://www.dnpm.gov.br/dnpm/sumarios/zinco-sumario-mineral-2014

http://www.materia.coppe.ufrj.br/sarra/artigos/artigo10615/10615.pdf

http://www.compam.com.br/re_metal.htm

http://www.zwm.com.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=130&Itemid=213
&lang=pt
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