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LEI MUNICIPAL Nº 1206, DE 09/12/1982

Dispõe sobre o parcelamento do solo, e dá outras providências.

REMI JORGE ZIMMER, Prefeito Municipal de Sapiranga, Estado do Rio Grande do Sul.
FAÇO SABER que a Câmara Municipal de Sapiranga aprovou e eu sanciono a seguinte Lei:

CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º O parcelamento do solo urbano será regido por esta Lei.


§ 1º Todo o parcelamento de terras, de características urbanas dentro do
território municipal, deve ser justificado na sua necessidade e submetido a aprovação
do departamento competente, da Prefeitura Municipal.
§ 2º Sob as mesmas disposições deverá ser constituído o Condomínio por
unidades autônomas compostas de casas térreas ou assobradadas e os Sítios de
Recreio.

Art. 2º Para efeitos desta Lei, considera-se:


I - Área Urbana, o espaço territorial assim declarado em Lei Municipal e
subdividido em zonas de uso definidas no Plano Diretor de Desenvolvimento
Integrado (PDDI) do município;
II - Área Rural, o espaço territorial do município, excluída a área urbana;
III - Área de Preservação do Meio Ambiente e Área de Proteção Especial, o espaço
territorial assim declarado em norma estadual ou municipal com o objetivo de manter
o equilíbrio ecológico, através de preservação de fauna, de flora e dos monumentos
naturais e/ou paisagísticos;
IV - Área Verde e de Lazer e Recreação, o espaço territorial destinado à
atividades sociais, cívicas, esportivas, culturais e contemplativas da população tais
como praças, parques, bosques e jardins;
V - Área Institucional, aquela destinada a instalação de equipamentos
comunitários;
VI - Equipamentos Comunitários, os destinados à atividades de educação,
cultura, saúde, lazer, administração e similares;
VII - Equipamentos Urbanos, os componentes da infraestrutura urbana tais como:
equipamentos públicos de abastecimento de água e de esgotamento sanitário, de
energia elétrica e iluminação pública e pavimentação.

Art. 3º Somente será admitido o parcelamento do solo para fins urbanos em zonas
urbanas.

Art. 4º O parcelamento do solo para fins urbanos será realizado sob a forma de
loteamento, desmembramento, reloteamento e fracionamento.
Parágrafo único. Para fins desta Lei equipara-se a parcelamento, a constituição
de condomínio por unidades autônomas compostas por casas térreas ou
assobradadas.

Art. 5º Todo o parcelamento do solo para fins urbanos deverá ser enquadrado nas
disposições referentes ao Uso do Solo, estabelecidas pelo PDDI para a aprovação do
órgão competente municipal.

Art. 6º Poderá ser negada aprovação para o parcelamento do solo para fins urbanos
ainda que para impedir o excessivo número de lotes e o consequente aumento de
investimento público em obras de infraestrutura urbana e custeio de serviços.

Art. 7º Somente será admitida a edificação em lotes resultantes de parcelamento do


solo urbano quando este parcelamento tiver sido objeto de prévia aprovação
municipal.

Art. 8º Somente será permitido parcelamento em área distante 1 km dos 5 (cinco)


melhoramentos construídos ou mantidos pelo Poder Público, a saber:
a) via pavimentada;
b) abastecimento de água;
c) rede de energia elétrica;
d) escola primária;
e) ponto atendido por transporte coletivo.

Art. 9º Não será permitido o parcelamento do solo:


I - Em terrenos alagadiços e/ou sujeitos a inundações;
II - Em terrenos que tenham sido aterrados com material nocivo à Saúde Pública,
sem que sejam previamente sanados, com a aprovação da Secretaria Estadual da
Saúde e Meio Ambiente;
III - Em terrenos com declividade igual ou superior a 20% (vinte porcento), salvo
se atendidas as exigências específicas das autoridades competentes;
IV - Em terrenos onde as condições geológicas não aconselham a edificação e/ou
contendo jazidas, verificadas ou presumíveis, de minério, pedreiras, depósitos de
materiais ou líquidos de valor industrial, etc;
V - Em áreas onde a poluição impeça condições sanitárias suportáveis, até a sua
correção;
VI - Em zonas de Preservação do Meio Ambiente definidas pelo PDDI:
a) só serão utilizadas essas áreas mediante um planejamento do conjunto, a
nível regional, em que sejam definidas as diretrizes do desenvolvimento das áreas
interessadas;
b) qualquer projeto para essas áreas deverá ser submetido ao Conselho do
Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado e ao órgão Metropolitano competente;
c) nas áreas não loteadas das Zonas de Preservação do Meio Ambiente, até
que se concretize a hipótese de seus parágrafos a e b, não serão permitidas
edificações novas em terrenos com menos de 4ha (quatro hectares) excetuados os
terrenos já desmembrados e devidamente registrados na Prefeitura.
VII - Em imóveis dos quais resultem terrenos encravados, exceto os casos em
que existam vias de acesso: de fato, públicas e declaradas por decreto municipal, ou,
se o imóvel entestar a outro imóvel cujos projetos de loteamento estejam em
tramitação junto ao Município e as diretrizes urbanísticas fornecidas garantam o
acesso e o desencravamento, sendo que, neste caso, a aprovação definitiva
dependerá da efetivação e regularização do acesso;
VIII - Ao longo dos rios ou de outro qualquer curso d'água em faixa marginal, nas
nascentes e olhos d'água, ao redor de lagoas, lagos ou reservatórios d'água naturais
ou artificiais, em uma faixa marginal cuja largura mínima obedecerá ao disposto na
Lei Federal;
IX - Ao redor de lagoas, lagos ou reservatórios d'água naturais ou artificiais, em
uma faixa marginal cuja largura mínima obedecerá ao disposto no item VIII do
presente artigo;
X - Nas nascentes, mesmo nos chamados "olhos d'água", seja qual for sua
situação topográfica;
XI - No topo dos morros.

CAPÍTULO II - PROCEDIMENTOS PARA A REALIZAÇÃO DO PARCELAMENTO DO


SOLO URBANO

Art. 10. Considera-se loteamento a subdivisão de glebas em lotes destinados à


edificação, com abertura de novas vias de circulação, de logradouros públicos ou
prolongamento, modificação ou ampliação das vias existentes.

Art. 11. Os loteamentos deverão atender aos requisitos estabelecidos no Capítulo III
- "Das Especificações Técnicas", e os estabelecidos no Plano Diretor de
Desenvolvimento Integrado.
Parágrafo único. Além da documentação mencionada nesta Lei, o
departamento competente poderá solicitar toda e qualquer complementação de
documentos que julgar necessária.

Art. 12. Para a realização de loteamentos deverá ser requeridas, previamente, ao


departamento competente do Município, as diretrizes municipais e metropolitanas
para a urbanização da gleba.
Parágrafo único. Deverão ser apresentados os seguintes documentos:
I - Requerimento indicando nome por extenso, nacionalidade, estado civil,
profissão e domicílio do interessado;
II - Título de Propriedade do Imóvel;
III - Declaração da CEEE de que é viável o abastecimento de energia elétrica
local;
IV - Declaração do órgão responsável de que é viável o abastecimento de
água potável no local;
V - Duas (2) vias de cópias de mapas de situação da gleba na escala 1.10.000,
ou a critério do departamento competente, contendo:
a) indicação dos arruamentos contíguos a todo perímetro, a localização
das vias de circulação, das áreas livres, dos equipamentos urbanos e comunitários
existentes no local, nas proximidades, com as respectivas distâncias da área a ser
loteada;
b) poligonal do perímetro da gleba com registro de ângulos, lados,
confrontações, denominação e localização das vias públicas limítrofes e da área do
imóvel;
c) curvas de nível à distância de 5 em 5 metros;
d) localização de nascentes e cursos d'água, bacias de contribuição,
localização de florestas, bosques e demais formas de vegetação, indicando ainda a
vegetação de porte e monumentos naturais;
e) localização de construções existentes com a indicação de seus
respectivos usos e atividades nestes exercidas;
f) indicação de uso a que se destina o loteamento e do número de lotes
previstos.

Art. 13. Se a área a ser loteada constituir parte da gleba maior deverá ser
apresentada também planta de situação da área em relação à totalidade do imóvel.

Art. 14. O município indicará na planta as diretrizes municipais a serem observadas


no projeto:
I - As vias existentes ou projetadas que se relacionam com o imóvel a ser
loteado;
II - A área e a localização aproximada dos espaços que deverão ser destinados à
área verde e de recreação e ao uso institucional;
III - Quando for o caso, as faixas de terrenos necessários ao escoamento das
águas pluviais e as faixas "non aedificandi";
IV - A zona ou zonas de uso predominante da área, com indicação dos usos
compatíveis.

Art. 15. As informações constantes da Consulta Preliminar terão validade pelo prazo
de 180 (cento e oitenta) dias corridos, após a emissão da mesma. Se, findo o prazo
sem que o interessado apresente o anteprojeto relativo à consulta, esta caducará e
será necessária nova consulta, mediante o pagamento de novos emonumentos e o
enquadramento na legislação então em vigor.

Art. 16. Ao devolver a planta com as indicações do artigo 14, o órgão competente
do Município fornecerá também a relação dos equipamentos de infraestrutura que
deverão ser projetados e executados pelo loteador, bem como o tipo de
pavimentação e informações sobre a largura e arborização das vias de circulação.

Art. 17. O anteprojeto de loteamento deverá atender a orientação fornecida quanto


às diretrizes e deverá ser encaminha do ao órgão competente do Município
acompanhado dos seguintes documentos:
I - Título de propriedade do imóvel;
II - Certidão de ônus reais;
III - Certidão negativa de títulos municipais;
IV - Memorial descritivo, em duas (2) vias, elaborado por responsável técnico,
contendo:
a) nome completo e endereço do proprietário e do profissional legalmente
habilitado com as respectivas assinaturas;
b) descrição suscintado loteamento com suas características, denominação,
destinação, situação e área e a fixação de zona ou zonas de uso predominante;
c) as condições urbanísticas do loteamento e as limitações que incidem sobre
os lotes e suas construções, além daquelas constantes das diretrizes fixadas;
d) limites e confrontações;
e) topografia;
f) bosques, monumentos naturais ou artificiais e árvores frondosas;
g) construções existentes;
h) enumeração dos equipamentos urbanos, comunitários e dos serviços
públicos ou de utilidade pública, já existentes no loteamento e adjacências, com
discriminação das distâncias respectivas à área em questão;
i) arruamento: solução adotada, áreas e porcentagem da área total;
j) quarteirões e lotes: solução adotada, áreas e porcentagem da área total;
k) indicação de áreas de uso institucional, áreas verdes e de recreação que
passarão ao domínio do município no ato de registro da loteamento; solução adotada,
áreas e porcentagem da área total;
l) pavimentação: tipo e classe dos materiais empregados.
V - Planta de situação na escala de 1:10.000;
VI - Planta de localização na escala de 1:5.000 ou na mesma escala do PDDI a
critério do órgão competente;
VII - Plantas: Planimétrica na escala de 1:1.000 acompanhada da respectiva
planilha de cálculo analítica da área, com a caderneta de campo e Altimetria na
escala de 1:1.000 com curvas de nível de metro em metro. Estas últimas plantas
deverão ser elaboradas de acordo com as especificações técnicas e deverão conter:
a) subdivisão das quadras em lotes com as respectivas dimensões e
numeração;
b) localização das vias públicas limítrofes com sua denominação oficial;
c) o sistema interno de vias com respectiva hierarquia, e gabaritos;
d) indicação dos marcos dos pontos geodésicos, de poligonal, auxiliares e de
esquina e das referências de nivelamento;
e) identificação e dados relativos a demarcação de áreas destinadas a
equipamentos urbanos que passarão ao domínio do município;
f) identificação e dados relativos a demarcação de áreas ou vegetação
destinadas a preservação permanente conforme indicações do IBDF;
g) planilha das ruas, quarteirões e lotes contendo resumo das dimensões e
áreas com os respectivos percentuais.
VIII - Perfis longitudinais das vias de comunicação projetadas na escala horizontal
- 1:1.000 e vertical 1:100, registrando as declividades previstas em trechos não
superiores a 20 metros;
IX - Gabarito das seções transversais das vias de comunicações.

Art. 18. A aprovação do Anteprojeto pelo Município, fica condicionada à anuência


prévia da Fundação Metropolitana de Planejamento - METROPLAN, de acordo com
convênio autorizado pela Lei Municipal nº 1.160/81.

Art. 19. Ao requerente será devolvida, num prazo máximo de 45 (quarenta e cinto)
dias, uma via do anteprojeto indicando, se for o caso, os impedimentos que
intervenham na gleba e as anotações que se fizerem necessárias, a fim de que seja
feito o projeto definitivo, ou o novo anteprojeto.
Parágrafo único. O requerente devera apresentar as modificações exigidas pelo
Departamento Competente, dentro do prazo máximo de 60 (sessenta) dias, findos os
quais, sem o atendimento das exigências, será o processo indeferido e arquivado.

Art. 20. Após a aprovação do anteprojeto, o requerente deverá apresentar os


seguintes documentos:
I - Em uma (1) via original:
a) aprovação, audiência ou anuência, da Secretaria Estadual da Saúde e Meio
Ambiente, do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal - IBDF e Instituto
Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA, conforme legislação especifica.
II - Em três (3) vias:
a) projeto completo de iluminação pública, com os respectivos memoriais e
orçamentos, aprovados pela CEEE;
b) projeto completo da rede de distribuição de água potável com as
respectivas especificações técnicas, cronogramas e orçamentos, aprovados pela
CORSAN, e também localizando os hidrantes com aprovação do Corpo de Bombeiros.
No caso da rede não ser interligável com a CORSAN, ou a outra qualquer rede em
funcionamento, o projeto deverá ser acompanhado de:
1 - indicação da fonte de abastecimento;
2 - comprovação dasuficiência do abastecimento;
3 - resultado daanálise bio-físico-químico da água;
4 - sistema de tratamento;
5 - projeto de captaçãoe recalque; e
6 - projeto de reservatóriode distribuição.
c) projeto completo das instalações, obras e canalizações pluviais com as
respectivas especificações técnicas, cronogramas e orçamentos;
d) projeto completo das instalações e equipamentos destinados ao sistema de
esgotos sanitários, com as respectivas especificações técnicas, cronogramas e
orçamentos, aprovado pela CORSAN, quando for necessário;
e) projeto das obras de arte;
f) projeto da pavimentação das vias de circulação;
g) projeto de arborização das vias de circulação e de urbanização das praças
com especificações técnicas;
h) cronograma de execução das obras.
Parágrafo único. Quaisquer outras obras e serviços que venham a ser
realizados devem ter seus projetos submetidos à aprovação do Município.

Art. 21. A aprovação dada pelo órgão competente do Município aos projetos de
loteamento ficará condicionada à assinatura do Termo de Compromisso.

Art. 22. Mediante o Termo de Compromisso o proprietário se obrigará:


I - A executar, às suas expensas e de acordo com o Cronograma de Execução de
Obras, no prazo fixado pelo município, todas as obras constantes dos projetos
aprovados;
II - A executar e colocar os marcos de alinhamento e nivelamento, os quais
deverão ser de pedra ou concreto, segundo o padrão estabelecido pelo Município:
a) o prazo a que se refere o inciso I deste artigo não poderá ser superior a
quatro (4) anos, podendo o Município, a juízo do órgão competente permitir a
execução das obras por etapas, desde que se obedeça ao disposto no parágrafo
seguinte.
b) A execução por etapa só poderá ser autorizada quando:
1 - O Termo de Compromisso fixar prazo total para execução completa das
obras de loteamento;
2 - Sejam executadas na área, em cada etapa, todas as obras previstas,
assegurando-se aos compradores dos lotes o pleno uso e gozo dos equipamentos
implantados.

Art. 23. É de responsabilidade exclusiva do loteador a instalação de redes e


equipamentos para o abastecimento de água potável, de redes de energia elétrica e
iluminação, de redes de drenagem pluvial e esgotamento sanitário, a execução das
obras de abertura e pavimentação das vias de circulação, colocação de meio-fio e
sarjeta, bem como a execução das pontes e dos muros de arrimo necessários.
§ 1º A execução das obras referidas será fiscalizada pelos órgãos técnicos do
Município.
§ 2º O loteador será responsável pela implantação da rede de esgotamento
sanitário até o ponto a ser definido pelo Município.
§ 3º O tratamento do esgoto cloacal será individual por lote, constando de fossa
séptica e sumidouro ou filtro anaeróbio, cuja execução será de responsabilidade do
proprietário do lote. Quando da instalação da Rede Coletora Geral e Estação de
Tratamento de Esgotos do Município, o efluente de cada lote deverá ser ligado à rede
cloacal já existente no loteamento e esta por sua vez na rede geral.
§ 4º As disposições do parágrafo anterior não se aplicam aos loteamentos já
implantados com Rede Cloacal e Estação de Tratamento de Esgoto.
§ 5º As ligações entre redes e suas diversas situações específicas serão
disciplinadas caso a caso pela Secretaria de Planejamento Urbano.

Art. 24. A execução das obras a que se refere o artigo anterior deverá ser objeto de
prestação de garantia por parte do loteador, segundo as modalidades:
I - Garantia hipotecária;
II - Caução em dinheiro, em títulos da dívida pública ou em carta de fiança
bancária.
§ 1º No caso de hipoteca garantia será correspondente ao valor real da
infraestrutura a ser implantada, devendo serem caucionados tantos lotes quantos
forem necessários para cobrir o orçamento geral das obras do loteamento. Este valor
terá reajuste pelo CUB.
§ 2º O valor das obras que determina a caução será comprovado através de
orçamento discriminado, que deverá acompanhar o Termo, e será analisado segundo
os índices de custo estabelecidos por órgão oficial competente ou verificado no
mercado da construção civil, a data da assinatura do "Termo de Compromisso".
§ 3º No ato da garantia, deverão constar, especificamente, as obras de
responsabilidade do loteador e o prazo de sua execução.

Art. 25. As áreas em garantia hipotecária não poderão ser alienadas sem a
interveniência do Município.

Art. 26. No pacto da prestação de garantia, que será celebrado por escritura pública
quando se tratar de hipoteca, de verão constar especificamente:
I - As obras e serviços de responsabilidade do proprietário do loteamento;
II - O prazo para execução das obras e serviços de infraestrutura fixado no Termo
de Compromisso;
III - A identificação das áreas dadas em garantia, no caso de hipoteca, pela
individuação correspondente a lotes do projeto aprovado e através do sistema de
coordenadas tomando como ponto de referência marcos permanentes que pertençam
à Rede de Referência do Cadastro Metropolitano.

Art. 27. Assinado o Termo de Compromisso e devidamente formalizada a prestação


de garantia, deverá o interessado apresentar comprovante de haver pago os
emolumentos municipais referentes à tramitação do projeto de loteamento, para
receber uma cópia deste devidamente autenticada como respectivo despacho de
aprovação.

Art. 28. Com a aprovação do projeto, bem como da assinatura do Termo de


Compromisso e prestação de garantia, o loteador obtém licença para execução das
obras exigidas.

Art. 29. A inscrição do loteamento no Registro de Imóveis se fará no prazo máximo


de 180 (cento e oitenta) dias após a aprovação do projeto, sob pena de caducidade
da aprovação, na forma da Legislação Federal pertinente.
Parágrafo único. Para fins de inscrição do loteamento no Registro Imobiliário, o
loteador deverá apresentar o Termo de Compromisso firmado com a Prefeitura
Municipal.

Art. 30. Decorrido o prazo estabelecido através do Termo de Compromisso, para


execução das obras do loteamento e tendo havido paralisação ou inexecução das
mesmas, deverá o projeto ser submetido a nova aprovação, sob pena de multa
prevista no artigo 84 Inciso I desta Lei.
Parágrafo único. O disposto neste artigo não impedirá o município de usar da
faculdade de promover ação judicial com vistas à execução das obras de
infraestrutura do loteamento.

Art. 31. Realizadas todas as obras e serviços exigidos referentes ao loteamento o


município, a requerimento do loteador e após vistoria de seu órgão competente,
exonerará a garantia prestada, mediante expedição de Auto de Vistoria.
§ 1º A critério da autoridade competente, poderá haver exoneração parcial da
garantia à medida em que forem sendo executadas as obras, segundo o cronograma
aprovado e o estabelecido no Termo de Compromisso, desde que não desfigure a
efetiva garantia para o restante das obras.
§ 2º O Prefeito Municipal poderá dispensar a prestação da garantia quando se
tratar de empreendimentos de interesse social implantados por órgão públicos.

Art. 32. Desde a data de registro do loteamento, passam a integrar o domínio do


município as vias e logradouros públicos, as áreas verdes, de recreação e de uso
institucional constantes do Projeto e Memorial Descritivo.

Art. 33. A Prefeitura só expedirá Alvará de Licença para construir, demolir,


reconstruir ou ampliar edificações nos lotes, após haverem sido por ela vistoriadas e
aprovadas as respectivas obras de infraestrutura urbana.

SEÇÃO II - Dos Desmembramentos


Art. 34. Considera-se desmembramento a subdivisão de gleba em lotes destinados à
edificação com aproveitamento do sistema viário existente, sem abertura de vias de
circulação, logradouros públicos, nem prolongamento ou ampliação dos já existentes.

Art. 35. Para a realização de desmembramento deverá ser requerido previamente


ao órgão competente do município, as diretrizes para urbanização da gleba, na forma
do art. 12.

Art. 36. A municipalidade indicará na planta apresentada as diretrizes a serem


observadas no projeto, na forma do artigo 14.

Art. 37. O projeto de desmembramento deverá ser submetido ao órgão competente


do município acompanhado de título de propriedade do imóvel e da respectiva planta
contendo as seguintes indicações:
I - Vias existentes no entorno da área;
II - Tipo de uso predominante no local e compatível na área;
III - Divisão dos lotes pretendida na gleba, com as respectivas dimensões.

Art. 38. O requerente deverá apresentar, em via original, a aprovação, audiência ou


anuência pertinentes, da Secretaria Estadual da Saúde e Meio Ambiente, do Instituto
Brasileiro de Desenvolvimento Florestal - IBDF e do Instituto Nacional de Colonização
e Reforma Agrária - INCRA, de acordo com a legislação pertinente.

Art. 39. A aprovação do desmembramento a que se refere o artigo anterior só


poderá ser concedida se forem satisfeitos os requisitos previstos nesta Lei, Capítulo III
- "Das Especificações Técnicas", e as Disposições do Plano Diretor de
Desenvolvimento Integrado, especialmente no que se refere à tamanho mínimo de
lotes, comprimento e largura máxima de quarteirão, e a liberação da anuência prévia
da Fundação Metropolitana de Planejamento - METROPLAN.

SEÇÃO III - Do Fracionamento

Art. 40. Considera-se Fracionamento a subdivisão de lote ou gleba, para a formação


de novos lotes destinados à edificação com aproveitamento do sistema viário
existente, sem a abertura de novas vias de circulação, nem prolongamento ou
ampliação das já existentes, devendo ainda estar implantadas as redes de
abastecimento de água, energia elétrica e drenagem pluvial."

Art. 41. Revogado pelo artigo 9º, da Lei Municipal nº 3.212, de 28/08/2003.

Art. 42. Para a realização de Fracionamento deverá ser requerida aprovação ao


órgão técnico competente do município, acompanhado de título de propriedade do
imóvel e da respectiva planta, contendo as seguintes indicações:
I - Vias existentes no entorno da área;
II - Tipo de uso pretendido no local;
III - Divisão de lotes pretendida, com as respectivas dimensões.
Parágrafo único. A aprovação de fracionamento a que se refere o "caput" deste
artigo só poderá ser concedida se forem satisfeitos os requisitos previstos nesta Lei e
no PDDI para tamanho mínimo de lote.

SEÇÃO IV - Do Loteamento Para a Formação de Sítios de Recreio

Art. 43. Considera-se Loteamento para formação de Sítio de Recreio a subdivisão de


Imóvel Rural, situado em perímetro urbano ou rural e que esteja incluído em áreas
especiais de interesse turístico, paisagístico, estância balnearia, hidromineral ou
climática, assim declaradas pelo poder público, e que destinem-se a lazer e
recreação.
Parágrafo único. Para fins desta Lei equipara-se ao loteamento para formação
de sítios de recreio, a constituição dos mesmos sob a forma de condomínio.

Art. 44. Os loteamentos para formação de Sítio de Recreio deverão ser submetidos à
apreciação prévia do INCRA e da METROPLAN e à aprovação da Prefeitura Municipal,
devendo ser seguida a mesma tramitação referente à aprovação dos loteamentos
urbanos.
Parágrafo único. Nos loteamentos para formação de Sítios de Recreio,
localizados na Zona Rural é dispensável a apresentação dos requisitos, declarações e
projetos referentes à rede de abastecimento de água potável, de esgotamento
sanitário e pavimentação de vias.

Art. 45. Os loteamentos para formação de Sítios de Recreio estão sujeitos às


mesmas exigências urbanísticas, descritas no Capítulo III "Especificações Técnicas",
feitas aos loteamentos urbanos, com exceção daquelas referentes ao tamanho
mínimo de lote e a comprimento e largura máxima de quarteirões.

Art. 46. O interessado deverá apresentar declaração de concordância do Instituto


Brasileiro de Desenvolvimento Florestal - IBDF.

Art. 47. O empreendedor deverá apresentar perfil geotécnico do terreno para que
possa ser avaliada sua capacidade de suporte.

SEÇÃO V - Dos Loteamentos Industriais

Art. 48. Aplica-se aos loteamentos industriais o disposto na Legislação Federal,


especialmente o disposto na Lei 6.803 de 2 de julho de 1980, na Legislação Estadual
pertinente e disposições do Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado.
Art. 49. Todo loteamento para fins industriais obedecerá ao que dispõe esta Lei, de
forma geral, com exceção das peculiaridades quanto às dimensões dos lotes e
quarteirões, sua relação entre atestada e profundidade, que deverão obedecer ao
disposto nesta seção.
§ 1º Os loteamentos para fins industriais ficarão dispensados da destinação de
Área Institucional prevista nesta Lei, observado o percentual mínimo de áreas
públicas disposto no artigo 20 da Lei Estadual nº 10.116/1994, mediante
compensação desta pela urbanização de suas áreas verdes, que devem conter no
mínimo:
a) (VETADO)
b) (VETADO)
c) (VETADO)
d) (VETADO)
e) (VETADO)
f) (VETADO)
g) (VETADO)
h) (VETADO)
i) (VETADO)
j) (VETADO)
§ 2º (VETADO)
§ 3º (VETADO)
§ 4º (VETADO)
§ 5º (VETADO)
§ 6º (VETADO)

Art. 50. Os loteamentos para fins industriais terão como dimensões mínimas:
a) testada mínima de 30,00m (trinta);
b) área mínima de 1.500,00m² (mil e quinhentos metros quadrados);
c) relação máxima entre a testada e a profundidade 1:3 (um para três);
d) relação mínima entre a testada e a profundidade 1:1 (um para um);
e) o quarteirão industrial obedecerá de profundidade um intervalo de 100 a
200m, podendo as quadras apresentar continuidade ao longo de uma faixa de no
máximo 600 m. Sempre que possível, deverão ocorrer passagens rara pedestres de
300 em 300 m.

SEÇÃO VI - Dos Condomínios por Unidades Autônomas que se Constituírem


em Casas Térreas ou Assobradadas

Art. 51. A instituição de condomínio na forma do artigo 89, letra "a", da Lei Federal
nº 4.591 de 16 de dezembro de 1964, obedecerá ao disposto nesta seção.
Art. 52. Não será admitida a constituição de condomínio de que trata esta seção
abrangendo mais do que um quarteirão.

Art. 53. Os condomínios por unidades autônomas que trata esta seção estão sujeitos
às exigências descritas no Capítulo III - "Das Especificações Técnicas", observados os
índices urbanísticos previstos pela Lei do Plano Diretor de Desenvolvimento
Integrado.

Art. 54. E obrigatória a instalação de redes e equipamentos para o abastecimento


de água potável, energia elétrica, iluminação das vias condominiais, redes de
drenagem pluvial, esgotos sanitários e obras de pavimentação e tratamento das
áreas de uso comum, ficando sob exclusiva responsabilidade dos condôminos, a
manutenção das redes e equipamentos, que estiverem no interior da área
condominial.

Art. 55. Deverá ser obedecida a mesma tramitação cabível à loteamentos urbanos
conforme o disposto nos arts. 12, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22, da presente Lei.

Art. 56. As obras relativas à edificações, instalações e coisas comuns deverão ser
executadas simultaneamente com as obras de utilização exclusiva de cada unidade
autônoma e deverão ser objeto de prestação de garantia na forma do art. 24 da
presente Lei.

Art. 57. Excluem-se do disposto nesta seção os condomínios por unidades


autônomas constituídos por apenas dois prédios de habitação unifamiliar.

SEÇÃO VII - Dos Loteamentos Populares

Art. 58. Consideram-se loteamentos populares os que apresentem características


especiais por se destinarem especificamente à população de baixo poder aquisitivo,
sendo promovidos pelo Poder Público.

Art. 59. O Município implantará os loteamentos populares ou celebrará convênios


para este fim, com órgãos federais, bem como com cooperativas ou sociedades de
habitação popular.

Art. 60. O loteamento popular terá destinação residencial.


Parágrafo único. A autoridade municipal competente poderá autorizar o
exercício de pequeno comércio varejista, bem como designar a sua localização.

Art. 61. Os loteamentos populares deverão atender aos requisitos urbanísticos


estabelecidos pela Lei Federal nº 6.766/79.
Art. 62. O loteamento popular que incluir a construção de unidades habitacionais
unifamiliares deverá também incluir a edificação de equipamentos, a critério do
Departamento competente, tais como: Escola, Creche, Posto de Saúde e Posto
Policial.

Art. 63. Somente se rã permitido o loteamento popular em zonas urbanas,


observados o zoneamento estatuído no Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado.

SEÇÃO VIII - Dos Loteamentos com Construção de Unidades Habitacionais

Art. 64. O loteamento, executado pela iniciativa privada, que incluir a construção de
Unidades Habitacionais deverá atender aos seguintes requisitos:
I - Os lotes terão área mínima de 250m² (duzentos e cinquenta metros
quadrados) e testada mínima de 10m (dez metros);
II - Os projetos das Áreas Verdes e das Edificações e demais equipamentos
deverão ser apresentados juntamente com o projeto de loteamento;
III - As áreas verdes deverão ser entregues urbanizadas e equipadas ao
município:
a) Considera-se urbanizada a área dotada de arborização, jardins arbustivos,
relvados, lagos, passeios, com preparo do solo, tais como nivelamento, escavação,
pavimentação, plantio e modulagem com taludes e platôs, bem como o projeto e
execução de drenagem e iluminação;
b) Considera-se equipada a área verde, aquela dotada de equipamentos
destinados à recreação e lazer que permitam aos usuários pular, subir, sentar,
pedalar, equilibrar, escorregar, nadar, jogar, etc.
IV - Ficará a critério do Departamento competente do Município a determinação
do equipamento a ser construído na área de Uso Institucional, tais como: Escola,
Creche, Posto de Saúde, Posto Policial;
V - O loteamento não poderá exceder a 300 unidades.

SEÇÃO IX - Dos Reloteamentos

Art. 65. Considera-se reloteamento a reorganização de um loteamento já existente


formando novos lotes, com modificação do sistema viário existente ou projetado.

Art. 66. Aplicam-se ao reloteamento as mesmas disposições referentes à


loteamentos quanto à documentação, tramitação e especificações técnicas.

CAPÍTULO III - DAS EDIFICAÇÕES TÉCNICAS


SEÇÃO I - Do Arruamento

Art. 67. Considera-se arruamento a abertura ou prolongamento de vias de


circulação destinadas a trânsito e tráfego possibilitando a interligação das diversas
atividades do Município, sendo Via Pública aquela como tal oficialmente aceita ou
declarada pela Municipalidade, conforme classificação do Plano Diretor de
Desenvolvimento Integrado.
I - Via Pública, aquela como tal oficialmente aceita ou declarada pela
Municipalidade, classificando-se em:
a) via principal destinada à circulação em geral;
b) via coletora, canalizadora de tráfego para as vias estruturais;
c) via de ligação, destinada à circulação local, denominando-se "cul-de-sac"
quando terminada por espaço para retorno.
II - Via Particular, aquela de propriedade privada, ainda que franqueada ao uso
público, destinada a trânsito ou tráfego.

Art. 68. As vias públicas e particulares deverão adaptar-se as condições


topográficas do terreno.

Art. 69. As dimensões do leito e passeio das vias públicas deverão ajustar-se à
natureza, uso e densidade da população das áreas servidas, e ao estatuído no Plano
Diretor de Desenvolvimento Integrado.
§ 1º Para efeitos da presente Lei, a pavimentação será em basalto regular,
irregular, blocos de concreto ou asfalto, a iluminação e a arborização padronizadas
conforme determinação do departamento competente.
§ 2º Revogado pelo artigo 6º, da Lei Municipal nº 3.212, de 28/08/2003.
§ 3º O ângulo de interseção das vias não será inferior a 60º (sessenta graus),
devendo ser observada a continuidade do sistema viário existente sempre que
possível.
§ 4º Os passeios para pedestres terão largura correspondente a da respectiva
rua:
- ruas com largura de 14m (quatorze metros) - 2,50m (dois metros com
cinquenta centímetros).
- ruas com largura de 15m (quinze metros) até 18m (dezoito metros), - 3,00m
(três metros);
- ruas com mais de 18m (dezoito metros) - 4,00m (quatro metros).
§ 5º As avenidas deverão ter no mínimo uma pista de rolamento com duas faixas
de 8,00m (oito metros) cada uma e passeios de 3,00m (três metros).

Art. 70. Ao longo das faixas de domínio público das rodovias, ferrovia e dutos, das
águas correntes e dormentes é obrigatória a reserva de uma faixa "non aedificandi"
de 15 (quinze) metros de cada lado, salvo maiores exigências da legislação
específica.
Art. 71. A pavimentação, iluminação, arborização, serão feitas de acordo com o
fixado pelo Município.
Parágrafo único. As alternativas para o revestimento das vias públicas nos
loteamentos para formação de sítios de recreio localizados na zona rural devem ser
propostas em função do perfil geotécnico do terreno.

Art. 72. Os lotes de sítios de recreio terão acesso às estradas gerais através de
caminhos vicinais com declividade máxima de 8% (oito por cento), curvas com raio
mínimo de trinta metros (30,00m), gabarito mínimo de dezoito metros (18,00m) para
os caminhos vicinais e trinta metros (30,00m) para as estradas gerais.

Art. 73. Revogado pelo artigo 1º, da Lei Municipal nº 3.727, de 19/10/2005.

SEÇÃO II - Dos Quarteirões

Art. 74. Os quarteirões, situados em zonas residenciais ou comerciais, serão


constituídos de modo que a distância entre duas vias não ultrapasse 200,00m
(duzentos metros).
§ 1º Serão admitidos quarteirões com dimensões superiores em casos
excepcionais, com avaliação do Conselho do Plano Diretor e consequente emissão de
Resolução.
§ 2º No caso de empreendimentos de Interesse Social ou Programas
habitacionais será regulamentado por Lei específica.

Art. 75. Os alinhamentos deverão ser fixados por meio de marcos de pedra ou de
concreto em cada esquina.

SEÇÃO III - Dos Lotes

Art. 76. Considera-se lote cada uma das porções fundiárias resultantes de
loteamento, de desmembramento, fracionamento e divisão e extinção de condomínio,
com pelo menos uma divisa lindeira à via ou logradouro público.(NR)

Art. 77. Os lotes terão testada mínima de doze metros (12,00m) e área mínima de
trezentos metros quadrados (300m²).
§ 1º Os lotes de esquina terão a testada mínima de 14,00m (quatorze metros) e
a área mínima de 350m² (trezentos e cinquenta metros quadrados).
§ 2º Os lotes destinados à sítios de recreio terão área mínima de cinco mil
metros quadrados (5.000m²) e máxima inferior a área do módulo mínimo rural fixado
para o município.
§ 3º Prevalece para o loteamento, condomínio, desmembramento e
fracionamento, a área mínima, tendo em visto a zona de uso pertinente, estabelecida
no Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado.
Art. 78. Revogado pelo artigo 9º, da Lei Municipal nº 3.212, de 28/08/2003.

Art. 79. Cursos d'água (sangas, arroios, etc.) não poderão ficar no interior ou nos
limites dos lotes.
Parágrafo único. Em casos especiais tais cursos d'água poderão ser canalizados
sob o canteiro central de vias que o possuírem, a critério do órgão competente.

Art. 80. Os lotes deverão ser demarcados com marcos de pedra ou concreto,
segundo o padrão recomendado pelo município.
Parágrafo único. A colocação dos marcos de concreto e sua manutenção até a
venda total dos lotes, são de inteira responsabilidade do loteador.

SEÇÃO V - Dos Levantamentos Topográficos

Art. 81. Os levantamentos topográficos, planimétricos ou planialtimétricos, em


qualquer escala de desenho final, serão efetuados fazendo a sua amarração a pontos
da rede de referência cadastral, implantada pelo Cadastro Metropolitano da Fundação
Metropolitana de Planejamento - METROPLAN ou a vértices e referências de nível da
rede geodésica fundamental, implantados pelo Serviço Geográfico do Exército ou pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

SEÇÃO IV - Das Áreas Verdes, de Recreação e de Uso Institucional

Art. 82. Nos loteamentos, inclusive os destinados a sítios de recreio deverão ser
previstas áreas para uso institucional que correspondam a no mínimo 5% (cinco por
cento) da gleba total e área verde e recreação correspondendo a no mínimo 10% (dez
por cento) da gleba total quando não houver incidência de Área de Preservação
Permanente sobre a gleba, ou ainda se esta incidir em percentual inferior a 5% (cinco
por cento).(NR)
§ 1º Nos loteamentos onde houver incidência de Área de Preservação
Permanente em 5% (cinco por cento) ou mais da gleba, o percentual de área verde e
recreação pública deverá ser no mínimo 5% (cinco por cento) da gleba total.
§ 2º Quando o loteador requerer a aprovação de mais de um loteamento dentro
do perímetro urbano do Município, desde que atenda o interesse público, o total das
áreas de uso institucional e as áreas verdes e recreação poderão ser agrupadas em
uma única matrícula ou loteamento, oportunidade em que os protocolos serão
apensados e despachados conjuntamente pelos departamentos técnicos do
Município, inclusive, será certificado em todos os protocolos que o loteador cumpriu
com as exigências da Lei Municipal para fins de Registro Imobiliário.
§ 3º Revogado pelo artigo 1º, da Lei Municipal nº 6.101, de 21/08/2017.
§ 4º Se na matrícula objeto de loteamento já estiver ocorrida a doação de acordo
com o caput e § 1º do artigo 82-A, este será contabilizado no percentual de área
verde e recreação presente no caput. (NR)
§ 5º Revogado pelo artigo 1º, da Lei Municipal nº 6.101, de 21/08/2017.
Art. 82-A. Nos desmembramentos e fracionamentos de glebas com área total
superior a 10.000,00m² (dez mil metros quadrados) deverá ser repassado ao domínio
público, mediante matrícula junto ao Registro de Imóveis, área verde e de recreação
pública de no mínimo 10% (dez por cento) da gleba total quando não houver
incidência de Área de Preservação Permanente sobre a gleba, ou ainda se esta incidir
em percentual inferior a 5% (cinco por cento). (AC)
§ 1º Nos desmembramentos e fracionamentos de glebas com área total superior
a 10.000,00m² (dez mil metros quadrados), onde houver incidência de Área de
Preservação Permanente em 5% (cinco por cento) ou mais da gleba, o percentual de
área verde e recreação pública deverá ser no mínimo 5% (cinco por cento) da gleba
total. (AC)
§ 2º Nos desmembramentos e fracionamentos de áreas municipais destinadas a
lotes industriais a área reservada para área verde e de recreação pública de no
mínimo 10% (dez por cento), poderá ser substituída por área verde de preservação de
10% (dez por cento) dentro de cada lote resultante. A área verde de preservação
deverá constar no projeto de desmembramento ou fracionamento, ser gravada na
matrícula dos imóveis resultantes e conservar o meio biótico existente. No caso de
área descampada, deverá ser promovido o plantio de arborização com espécies
nativas. (AC)"

Art. 83. Revogado pelo artigo 5º, da Lei Municipal nº 4.633, de 27/08/2010.

CAPÍTULO IV - DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES

Art. 84. Constituem infração:


I - Iniciar a execução de obra sem projeto aprovado pelo Município ou após a
caducidade da aprovação, ou executar a obra em desacordo com o projeto aprovado.
Pena: valor correspondente a 20 ORTN (Obrigações Reajustáveis do Tesouro
Nacional);
II - Dar prosseguimento a obras embargadas administrativamente.
Pena: por dia, excluídos os dias anteriores à aplicação da 1ª multa (item
anterior), valor correspondente a 5 ORTN (cinco obrigações reajustáveis do Tesouro
Nacional);
III - Aterrar, estreitar, obstruir, repassar ou desviar curso d'água, e/ou alterar ou
modificar o relevo, sem licença do Poder Público.
Pena: valor correspondente a 10 ORTN (dez obrigações Reajustáveis do
Tesouro Nacional);
IV - Omitir-se nas providências para sanar as faltas enumeradas nos incisos
anteriores.
Pena: por dia, excluídos os dias anteriores à aplicação da 1º multa o valor
correspondente a 5 ORTN.
§ 1º As penas dos incisos II e IV não excluem às dos incisos I e III, cabendo a
aplicação cumulativa.
§ 2º A autoridade competente dosará as penas segundo a gravidade da falta.
§ 3º Na reincidência, as penas serão aplicadas em dobro.
§ 4º A imposição de multas não exclui outras sanções cabíveis.
§ 5º A autoridade competente poderá conceder prazo que entender razoável
para o responsável sanar as faltas capituladas no inciso III.
§ 6º Por infração a qualquer dispositivo desta Lei não discriminadas nos itens do
presente artigo, será aplicada a multa no valor correspondente a 5 ORTN (cinco
obrigações reajustáveis do Tesouro Nacional).

Art. 85. A imposição de multas será comunicada ao sujeito passivo mediante auto
de notificação.
Parágrafo único. O pagamento da multa não exime o infrator do cumprimento
do dispositivo violado e nem o ressarcimento de danos eventualmente causados.

Art. 86. Verificada a infração a qualquer dispositivo desta Lei, a Municipalidade, por
seu órgão competente, lavrará auto de infração e notificará o responsável para a
correção, sem prejuízo das penas previstas no art. 85 e, se desatendida, embargará
as obras ou trabalhos, mediante lavratura de auto de embargo.
Parágrafo único. Desatendida a notificação de embargo a Municipalidade
requererá força policial para fazer cumprir a determinação.

Art. 87. Durante a execução, ocorrendo em partes essenciais descumprimento


incorrigível do projeto, o Prefeito Municipal poderá cassar o Alvará de Licença, para o
loteamento, desmembramento, fracionamento, reloteamento ou condomínio por
unidades autônomas.

CAPÍTULO V - DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E FINAIS

Art. 88. A inobservância dos dispositivos desta Lei ou do Plano Diretor de


Desenvolvimento Integrado do Município acarretará o indeferimento do pedido de
aprovação de loteamento em qual qualquer de suas modalidades, desmembramento,
fracionamento, reloteamento ou condomínio por unidades autônomas, facultado ao
interessa do representar o pedido com as devidas correções.

Art. 89. Os projetos de loteamento em qualquer de suas modalidades, de


desmembramento, fracionamento, reloteamento ou condomínio por unidades
autônomas de que trata a presente Lei, deverão ser aprovados em 120 (cento e
vinte) dias, uma vez apresentados com todos os seus elementos.

Art. 90. A aprovação do projeto:


I - Não eximirá o cumprimento de determinações municipais sobre arruamentos,
escavações, aterros sistemas de águas pluviais e domiciliar, esgotos sanitários e de
proteção paisagística e monumental;
II - Não suprirá a licença municipal necessária a qualquer construção,
reconstrução, aumento, reforma ou demolição de prédios, muros ou obras de arte.

Art. 91. Cumprirá ao loteador, incorporados ou a qualquer outro responsável, às


suas custas:
I - Conservar, pelo período de 2 (dois) anos (prazo máximo para a execução das
obras do loteamento), as vias públicas que abrirem, de sorte a mantê-las em boas
condições de pavimentação;
II - Assinalar com placas metálicas as denominações dos logradouros públicos,
segundo as especificações da Municipalidade, e respeitada a competência desta para
atribuir os respectivos nomes.

Art. 92. Sob pena de embargo administrativo, todo o empreendimento


compreendido no campo de incidência desta Lei deverá ostentar, no local de sua
implantação, uma placa indicativa da data de início e da data prevista para o seu
término, número da inscrição no Registro Imobiliário, indicação do profissional e dos
responsáveis técnicos, legalmente habilitados.
Parágrafo único. As datas assinaláveis nas placas são aquelas constantes dos
projetos aprovados pela Municipalidade.

Art. 93. É concedido o prazo de 180 (cento e oitenta) dias, sob pena de embargo e
da multa prevista no artigo 85, inciso I, aplicável em grau máximo, para a
regularização de todos os loteamentos, qualquer que seja a modalidade,
reloteamento, desmembramento, fracionamento ou condomínios por unidades
autônomas de que trata a presente Lei, que estejam sendo executados
irregularmente.
Parágrafo único. Desaprovado o pedido de regularização, a execução do
empreendimento será imediatamente embargadas administrativamente.

Art. 94. Independentemente de ato administrativo, ficarão revogados, dentro de 2


(dois) anos, contados da vigência desta Lei, as aprovações já concedidas aos
empreendimentos enumerados no "caput" do artigo anterior.
Parágrafo único. Revogada a aprovação por decurso de prazo, aplicar-se-á o
disposto nesta Lei aos lotes ou unidades autônomas remanescentes.

Art. 95. Não caberá ao Poder Público Municipal qual quer responsabilidade por
diferenças de área de lotes ou quadras verificadas em loteamentos aprovados.

Art. 96. A documentação solicitando consulta, encaminhando anteprojeto ou projeto


à aprovação da Municipalidade deverá estar assinada pelo proprietário ou procurador,
juntado o instrumento de mandato sendo que os anteprojetos e memoriais descritivos
deverão ser elaborados e assinados por técnicos legalmente habilitados.
Sapiranga, 09 de dezembro de 1982.

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