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REMI JORGE ZIMMER, Prefeito Municipal de Sapiranga, Estado do Rio Grande do Sul.
FAÇO SABER que a Câmara Municipal de Sapiranga aprovou e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 3º Somente será admitido o parcelamento do solo para fins urbanos em zonas
urbanas.
Art. 4º O parcelamento do solo para fins urbanos será realizado sob a forma de
loteamento, desmembramento, reloteamento e fracionamento.
Parágrafo único. Para fins desta Lei equipara-se a parcelamento, a constituição
de condomínio por unidades autônomas compostas por casas térreas ou
assobradadas.
Art. 5º Todo o parcelamento do solo para fins urbanos deverá ser enquadrado nas
disposições referentes ao Uso do Solo, estabelecidas pelo PDDI para a aprovação do
órgão competente municipal.
Art. 6º Poderá ser negada aprovação para o parcelamento do solo para fins urbanos
ainda que para impedir o excessivo número de lotes e o consequente aumento de
investimento público em obras de infraestrutura urbana e custeio de serviços.
Art. 11. Os loteamentos deverão atender aos requisitos estabelecidos no Capítulo III
- "Das Especificações Técnicas", e os estabelecidos no Plano Diretor de
Desenvolvimento Integrado.
Parágrafo único. Além da documentação mencionada nesta Lei, o
departamento competente poderá solicitar toda e qualquer complementação de
documentos que julgar necessária.
Art. 13. Se a área a ser loteada constituir parte da gleba maior deverá ser
apresentada também planta de situação da área em relação à totalidade do imóvel.
Art. 15. As informações constantes da Consulta Preliminar terão validade pelo prazo
de 180 (cento e oitenta) dias corridos, após a emissão da mesma. Se, findo o prazo
sem que o interessado apresente o anteprojeto relativo à consulta, esta caducará e
será necessária nova consulta, mediante o pagamento de novos emonumentos e o
enquadramento na legislação então em vigor.
Art. 16. Ao devolver a planta com as indicações do artigo 14, o órgão competente
do Município fornecerá também a relação dos equipamentos de infraestrutura que
deverão ser projetados e executados pelo loteador, bem como o tipo de
pavimentação e informações sobre a largura e arborização das vias de circulação.
Art. 19. Ao requerente será devolvida, num prazo máximo de 45 (quarenta e cinto)
dias, uma via do anteprojeto indicando, se for o caso, os impedimentos que
intervenham na gleba e as anotações que se fizerem necessárias, a fim de que seja
feito o projeto definitivo, ou o novo anteprojeto.
Parágrafo único. O requerente devera apresentar as modificações exigidas pelo
Departamento Competente, dentro do prazo máximo de 60 (sessenta) dias, findos os
quais, sem o atendimento das exigências, será o processo indeferido e arquivado.
Art. 21. A aprovação dada pelo órgão competente do Município aos projetos de
loteamento ficará condicionada à assinatura do Termo de Compromisso.
Art. 24. A execução das obras a que se refere o artigo anterior deverá ser objeto de
prestação de garantia por parte do loteador, segundo as modalidades:
I - Garantia hipotecária;
II - Caução em dinheiro, em títulos da dívida pública ou em carta de fiança
bancária.
§ 1º No caso de hipoteca garantia será correspondente ao valor real da
infraestrutura a ser implantada, devendo serem caucionados tantos lotes quantos
forem necessários para cobrir o orçamento geral das obras do loteamento. Este valor
terá reajuste pelo CUB.
§ 2º O valor das obras que determina a caução será comprovado através de
orçamento discriminado, que deverá acompanhar o Termo, e será analisado segundo
os índices de custo estabelecidos por órgão oficial competente ou verificado no
mercado da construção civil, a data da assinatura do "Termo de Compromisso".
§ 3º No ato da garantia, deverão constar, especificamente, as obras de
responsabilidade do loteador e o prazo de sua execução.
Art. 25. As áreas em garantia hipotecária não poderão ser alienadas sem a
interveniência do Município.
Art. 26. No pacto da prestação de garantia, que será celebrado por escritura pública
quando se tratar de hipoteca, de verão constar especificamente:
I - As obras e serviços de responsabilidade do proprietário do loteamento;
II - O prazo para execução das obras e serviços de infraestrutura fixado no Termo
de Compromisso;
III - A identificação das áreas dadas em garantia, no caso de hipoteca, pela
individuação correspondente a lotes do projeto aprovado e através do sistema de
coordenadas tomando como ponto de referência marcos permanentes que pertençam
à Rede de Referência do Cadastro Metropolitano.
Art. 41. Revogado pelo artigo 9º, da Lei Municipal nº 3.212, de 28/08/2003.
Art. 44. Os loteamentos para formação de Sítio de Recreio deverão ser submetidos à
apreciação prévia do INCRA e da METROPLAN e à aprovação da Prefeitura Municipal,
devendo ser seguida a mesma tramitação referente à aprovação dos loteamentos
urbanos.
Parágrafo único. Nos loteamentos para formação de Sítios de Recreio,
localizados na Zona Rural é dispensável a apresentação dos requisitos, declarações e
projetos referentes à rede de abastecimento de água potável, de esgotamento
sanitário e pavimentação de vias.
Art. 47. O empreendedor deverá apresentar perfil geotécnico do terreno para que
possa ser avaliada sua capacidade de suporte.
Art. 50. Os loteamentos para fins industriais terão como dimensões mínimas:
a) testada mínima de 30,00m (trinta);
b) área mínima de 1.500,00m² (mil e quinhentos metros quadrados);
c) relação máxima entre a testada e a profundidade 1:3 (um para três);
d) relação mínima entre a testada e a profundidade 1:1 (um para um);
e) o quarteirão industrial obedecerá de profundidade um intervalo de 100 a
200m, podendo as quadras apresentar continuidade ao longo de uma faixa de no
máximo 600 m. Sempre que possível, deverão ocorrer passagens rara pedestres de
300 em 300 m.
Art. 51. A instituição de condomínio na forma do artigo 89, letra "a", da Lei Federal
nº 4.591 de 16 de dezembro de 1964, obedecerá ao disposto nesta seção.
Art. 52. Não será admitida a constituição de condomínio de que trata esta seção
abrangendo mais do que um quarteirão.
Art. 53. Os condomínios por unidades autônomas que trata esta seção estão sujeitos
às exigências descritas no Capítulo III - "Das Especificações Técnicas", observados os
índices urbanísticos previstos pela Lei do Plano Diretor de Desenvolvimento
Integrado.
Art. 55. Deverá ser obedecida a mesma tramitação cabível à loteamentos urbanos
conforme o disposto nos arts. 12, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22, da presente Lei.
Art. 56. As obras relativas à edificações, instalações e coisas comuns deverão ser
executadas simultaneamente com as obras de utilização exclusiva de cada unidade
autônoma e deverão ser objeto de prestação de garantia na forma do art. 24 da
presente Lei.
Art. 64. O loteamento, executado pela iniciativa privada, que incluir a construção de
Unidades Habitacionais deverá atender aos seguintes requisitos:
I - Os lotes terão área mínima de 250m² (duzentos e cinquenta metros
quadrados) e testada mínima de 10m (dez metros);
II - Os projetos das Áreas Verdes e das Edificações e demais equipamentos
deverão ser apresentados juntamente com o projeto de loteamento;
III - As áreas verdes deverão ser entregues urbanizadas e equipadas ao
município:
a) Considera-se urbanizada a área dotada de arborização, jardins arbustivos,
relvados, lagos, passeios, com preparo do solo, tais como nivelamento, escavação,
pavimentação, plantio e modulagem com taludes e platôs, bem como o projeto e
execução de drenagem e iluminação;
b) Considera-se equipada a área verde, aquela dotada de equipamentos
destinados à recreação e lazer que permitam aos usuários pular, subir, sentar,
pedalar, equilibrar, escorregar, nadar, jogar, etc.
IV - Ficará a critério do Departamento competente do Município a determinação
do equipamento a ser construído na área de Uso Institucional, tais como: Escola,
Creche, Posto de Saúde, Posto Policial;
V - O loteamento não poderá exceder a 300 unidades.
Art. 69. As dimensões do leito e passeio das vias públicas deverão ajustar-se à
natureza, uso e densidade da população das áreas servidas, e ao estatuído no Plano
Diretor de Desenvolvimento Integrado.
§ 1º Para efeitos da presente Lei, a pavimentação será em basalto regular,
irregular, blocos de concreto ou asfalto, a iluminação e a arborização padronizadas
conforme determinação do departamento competente.
§ 2º Revogado pelo artigo 6º, da Lei Municipal nº 3.212, de 28/08/2003.
§ 3º O ângulo de interseção das vias não será inferior a 60º (sessenta graus),
devendo ser observada a continuidade do sistema viário existente sempre que
possível.
§ 4º Os passeios para pedestres terão largura correspondente a da respectiva
rua:
- ruas com largura de 14m (quatorze metros) - 2,50m (dois metros com
cinquenta centímetros).
- ruas com largura de 15m (quinze metros) até 18m (dezoito metros), - 3,00m
(três metros);
- ruas com mais de 18m (dezoito metros) - 4,00m (quatro metros).
§ 5º As avenidas deverão ter no mínimo uma pista de rolamento com duas faixas
de 8,00m (oito metros) cada uma e passeios de 3,00m (três metros).
Art. 70. Ao longo das faixas de domínio público das rodovias, ferrovia e dutos, das
águas correntes e dormentes é obrigatória a reserva de uma faixa "non aedificandi"
de 15 (quinze) metros de cada lado, salvo maiores exigências da legislação
específica.
Art. 71. A pavimentação, iluminação, arborização, serão feitas de acordo com o
fixado pelo Município.
Parágrafo único. As alternativas para o revestimento das vias públicas nos
loteamentos para formação de sítios de recreio localizados na zona rural devem ser
propostas em função do perfil geotécnico do terreno.
Art. 72. Os lotes de sítios de recreio terão acesso às estradas gerais através de
caminhos vicinais com declividade máxima de 8% (oito por cento), curvas com raio
mínimo de trinta metros (30,00m), gabarito mínimo de dezoito metros (18,00m) para
os caminhos vicinais e trinta metros (30,00m) para as estradas gerais.
Art. 73. Revogado pelo artigo 1º, da Lei Municipal nº 3.727, de 19/10/2005.
Art. 75. Os alinhamentos deverão ser fixados por meio de marcos de pedra ou de
concreto em cada esquina.
Art. 76. Considera-se lote cada uma das porções fundiárias resultantes de
loteamento, de desmembramento, fracionamento e divisão e extinção de condomínio,
com pelo menos uma divisa lindeira à via ou logradouro público.(NR)
Art. 77. Os lotes terão testada mínima de doze metros (12,00m) e área mínima de
trezentos metros quadrados (300m²).
§ 1º Os lotes de esquina terão a testada mínima de 14,00m (quatorze metros) e
a área mínima de 350m² (trezentos e cinquenta metros quadrados).
§ 2º Os lotes destinados à sítios de recreio terão área mínima de cinco mil
metros quadrados (5.000m²) e máxima inferior a área do módulo mínimo rural fixado
para o município.
§ 3º Prevalece para o loteamento, condomínio, desmembramento e
fracionamento, a área mínima, tendo em visto a zona de uso pertinente, estabelecida
no Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado.
Art. 78. Revogado pelo artigo 9º, da Lei Municipal nº 3.212, de 28/08/2003.
Art. 79. Cursos d'água (sangas, arroios, etc.) não poderão ficar no interior ou nos
limites dos lotes.
Parágrafo único. Em casos especiais tais cursos d'água poderão ser canalizados
sob o canteiro central de vias que o possuírem, a critério do órgão competente.
Art. 80. Os lotes deverão ser demarcados com marcos de pedra ou concreto,
segundo o padrão recomendado pelo município.
Parágrafo único. A colocação dos marcos de concreto e sua manutenção até a
venda total dos lotes, são de inteira responsabilidade do loteador.
Art. 82. Nos loteamentos, inclusive os destinados a sítios de recreio deverão ser
previstas áreas para uso institucional que correspondam a no mínimo 5% (cinco por
cento) da gleba total e área verde e recreação correspondendo a no mínimo 10% (dez
por cento) da gleba total quando não houver incidência de Área de Preservação
Permanente sobre a gleba, ou ainda se esta incidir em percentual inferior a 5% (cinco
por cento).(NR)
§ 1º Nos loteamentos onde houver incidência de Área de Preservação
Permanente em 5% (cinco por cento) ou mais da gleba, o percentual de área verde e
recreação pública deverá ser no mínimo 5% (cinco por cento) da gleba total.
§ 2º Quando o loteador requerer a aprovação de mais de um loteamento dentro
do perímetro urbano do Município, desde que atenda o interesse público, o total das
áreas de uso institucional e as áreas verdes e recreação poderão ser agrupadas em
uma única matrícula ou loteamento, oportunidade em que os protocolos serão
apensados e despachados conjuntamente pelos departamentos técnicos do
Município, inclusive, será certificado em todos os protocolos que o loteador cumpriu
com as exigências da Lei Municipal para fins de Registro Imobiliário.
§ 3º Revogado pelo artigo 1º, da Lei Municipal nº 6.101, de 21/08/2017.
§ 4º Se na matrícula objeto de loteamento já estiver ocorrida a doação de acordo
com o caput e § 1º do artigo 82-A, este será contabilizado no percentual de área
verde e recreação presente no caput. (NR)
§ 5º Revogado pelo artigo 1º, da Lei Municipal nº 6.101, de 21/08/2017.
Art. 82-A. Nos desmembramentos e fracionamentos de glebas com área total
superior a 10.000,00m² (dez mil metros quadrados) deverá ser repassado ao domínio
público, mediante matrícula junto ao Registro de Imóveis, área verde e de recreação
pública de no mínimo 10% (dez por cento) da gleba total quando não houver
incidência de Área de Preservação Permanente sobre a gleba, ou ainda se esta incidir
em percentual inferior a 5% (cinco por cento). (AC)
§ 1º Nos desmembramentos e fracionamentos de glebas com área total superior
a 10.000,00m² (dez mil metros quadrados), onde houver incidência de Área de
Preservação Permanente em 5% (cinco por cento) ou mais da gleba, o percentual de
área verde e recreação pública deverá ser no mínimo 5% (cinco por cento) da gleba
total. (AC)
§ 2º Nos desmembramentos e fracionamentos de áreas municipais destinadas a
lotes industriais a área reservada para área verde e de recreação pública de no
mínimo 10% (dez por cento), poderá ser substituída por área verde de preservação de
10% (dez por cento) dentro de cada lote resultante. A área verde de preservação
deverá constar no projeto de desmembramento ou fracionamento, ser gravada na
matrícula dos imóveis resultantes e conservar o meio biótico existente. No caso de
área descampada, deverá ser promovido o plantio de arborização com espécies
nativas. (AC)"
Art. 83. Revogado pelo artigo 5º, da Lei Municipal nº 4.633, de 27/08/2010.
Art. 85. A imposição de multas será comunicada ao sujeito passivo mediante auto
de notificação.
Parágrafo único. O pagamento da multa não exime o infrator do cumprimento
do dispositivo violado e nem o ressarcimento de danos eventualmente causados.
Art. 86. Verificada a infração a qualquer dispositivo desta Lei, a Municipalidade, por
seu órgão competente, lavrará auto de infração e notificará o responsável para a
correção, sem prejuízo das penas previstas no art. 85 e, se desatendida, embargará
as obras ou trabalhos, mediante lavratura de auto de embargo.
Parágrafo único. Desatendida a notificação de embargo a Municipalidade
requererá força policial para fazer cumprir a determinação.
Art. 93. É concedido o prazo de 180 (cento e oitenta) dias, sob pena de embargo e
da multa prevista no artigo 85, inciso I, aplicável em grau máximo, para a
regularização de todos os loteamentos, qualquer que seja a modalidade,
reloteamento, desmembramento, fracionamento ou condomínios por unidades
autônomas de que trata a presente Lei, que estejam sendo executados
irregularmente.
Parágrafo único. Desaprovado o pedido de regularização, a execução do
empreendimento será imediatamente embargadas administrativamente.
Art. 95. Não caberá ao Poder Público Municipal qual quer responsabilidade por
diferenças de área de lotes ou quadras verificadas em loteamentos aprovados.