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Adição de álcool à gasolina

Segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a legislação brasileira
estabeleceu, por meio da publicação da Portaria nº 143 do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento, que a adição de etanol anidro à gasolina deve ser feita com um porcentual de 25%, sendo que
a margem de erro é de 1% para mais ou para menos.

Mas por que se adiciona álcool à gasolina? Quais são as vantagens? Há alguma desvantagem? E por que a
proporção deve ser esta que foi estabelecida?

Bom, o etanol anidro ou absoluto, que é praticamente isento de água (quase 100% etanol), é acrescentado à
gasolina por apresentar duas vantagens principais:

1- Aumenta o índice de octanagem da gasolina:

Conforme explicado no texto Índice de Octanagem da Gasolina, esse índice é a medida de resistência à
compressão sofrida pela gasolina no motor de explosão interna do automóvel. Quanto maior a resistência,
melhor, porque a gasolina entrará em combustão no momento correto, e não antes, enquanto ainda é
comprimida.

O poder calorífico do álcool é menor que o da gasolina. Enquanto a gasolina isenta de álcool produz 46 900
J/g, o etanol combustível produz 27 200 J/g. Assim, o álcool é mais fácil de evaporar e funciona como um
antidetonante, aumentando o índice de octanagem da gasolina.

2- Diminui a emissão de monóxido de carbono para a atmosfera:

A queima incompleta da gasolina produz monóxido de carbono, um gás-estufa que aumenta o problema do
aquecimento global. Com a adição de etanol, essa poluição diminui.

O percentual indicado de cerca de 25% foi criado justamente para poder diminuir os poluentes e também
melhorar a limpeza interna do motor. Em tese, essa porcentagem é a que fornece o melhor custo-benefício,
tornando importante que se mantenha a adição nessa faixa. A falta ou excesso de álcool em relação aos limites
estabelecidos pela ANP compromete a qualidade do produto que chega aos consumidores.

No entanto, existem sim algumas desvantagens da adição de etanol anidro à gasolina, são elas:

1- Aumento do consumo do combustível, pois, conforme já dito, o poder calorífico do etanol é menor que o
da gasolina;

2- Aumento da produção de óxidos de nitrogênio (NOx), entre os quais o principal é o dióxido de nitrogênio
(NO2). Ele reage com a água formando o ácido nitroso (HNO2) e o ácido nítrico (HNO3):

NO2(g) + H2O(l)→ HNO2(aq) + HNO3(aq)

Para identificar qual dos dois é mais vantajoso é preciso dividir o preço do litro do
etanol pelo valor do litro da gasolina. Se o resultado da conta for maior que 0,7,
vale a pena colocar gasolina, se for menor, o melhor é o consumidor abastecer
com etanol.
Determinação do teor de álcool na gasolina
Você vai precisar de:

Uma proveta de 100 mL, limpa, seca, desengordurada e com tampa;

50 mL da gasolina que se deseja analisar;

50 mL de solução de cloreto de sódio (NaCl) na concentração de 10% p/v, isto é, 100g de sal para cada 1 litro
de água (muitas vezes, utiliza-se apenas água, mas o indicado pela ANP é com a solução aquosa de cloreto de
sódio).

Agora, basta você colocar 50 mL de gasolina na proveta e, em seguida, adicionar 50 mL da solução de cloreto
de sódio. Com a boca tampada, misture a gasolina e a solução, mas não agite. Faça isso invertendo a proveta
por 10 vezes sucessivas. Deixe em repouso por 15 minutos.

Você notará que a água irá retirar o álcool que estava misturado na gasolina. Isso acontece porque o etanol
possui uma parte polar e outra apolar, sendo que sua parte apolar é atraída pelas moléculas da gasolina que
também são apolares pela força de dipolo induzido. Mas, a sua parte polar, caracterizada pela presença do
grupo OH é atraída pelas moléculas de água, que também são polares, realizando ligações de hidrogênio que
são bem mais fortes que as ligações do tipo dipolo induzido.

Como a água é mais densa, ela ficará na parte inferior e a gasolina na parte superior.

Para sabermos então se a quantidade de etanol que tinha na gasolina estava dentro dos parâmetros
estabelecidos por lei, basta ver quanto de álcool foi retirado dela. Por exemplo, digamos que depois que as
camadas se separaram, o volume da fase aquosa passou de 50 mL para 60 mL e a da gasolina ficou 40 mL.
Então teremos que 10 mL de álcool foram extraídos da gasolina. Baseado nisso, faz-se a seguinte regra de três
para saber quanto isso representa em porcentagem:

50 mL --- 100%
10 mL --- x
50 . x = 10 . 100%
x = 1000%/50
x = 20%

Essa gasolina não está dentro dos limites.

Você poderá também usar diretamente a seguinte expressão matemática:

% álcool = Volume do álcool na gasolina . 100%


Volume inicial da gasolina

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