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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ

CED – CENTRO DA EDUCAÇÃO


PEDAGOGIA - DIURNO

ÉTICA, SOCIABILIDADE E EDUCAÇÃO

CONTRIBUIÇÃO DA DISCIPLINA NA FORMAÇÃO DOCENTE

PROFª: ROSA BARROS


ALUNO: FELIPE LIMA MONTEIRO
MATRÍCULA: 1273854

FORTALEZA
2018
INTRODUÇÃO

O presente trabalho é uma proposta avaliativa da disciplina de “Ética,


Sociabilidade e Educação”, facilitada pela Profª Rosa Barros, nele apresentaremos um
breve resumo sobre as principais discussões da disciplina. O trabalho está organizado
em três parte: introdução, desenvolvimento e conclusão.
Na Introdução, situaremos a proposta do trabalho produzido, descreveremos a
organização do trabalho e por fim apresentaremos os autores. No desenvolvimento,
resumiremos as principais contribuições dos autores apresentados na disciplina. Na
conclusão, compartilharemos a nossa apreciação da disciplina como o todo.
A disciplina além de conceituar termos como “ética” e “moral” para cada autor,
também relaciona esses conceitos a ação educativa na contemporaneidade. Para tal a
professora facilitou os encontros com exposições dialogada a partir dos textos, com
respeito para com as diferentes opiniões.
Acreditamos que a principal obra bibliográfica que fundamentou a disciplina foi o
livro “Ética” de Vázquez, embora outros autores tenham contribuído nesse processo,
dentre eles, Émile Durkheim, Yves de la Taille, Erich Fromm e Manfredo Araújo de
Oliveira.
Ao final da disciplina foram apresentados seminários sobre os livros: “Conquista
da liberdade” de Viktor Frankl, “O Código da inteligência” de Augusto Cury e “Uma ética
para o novo milênio” de Dalai Lama. Ambos seminários trouxeram contribuições
significativas para nossa formação, pois saímos dos debates holísticos, para refletir
sobre a ética no campo mais pessoal. Também recebemos a visita de duas estudantes
do mestrado e doutorado da UFC para discutir preconceito e africanidade.
DESENVOLVIMENTO

Vázquez, inicia seu livro apresentando os problemas de agir perante algumas


situações, exemplo, devo mentir para salvar uma vida? Como lidar com crimes de guerra
e etc. Ele explica que o indivíduo necessita possuir normas que o auxiliem a pautar o
seu comportamento, as normas nesse sentido justificarão o comportamento. Ele deixa
claro que o comportamento “é o resultado de uma decisão refletida, e por isto, não
puramente espontânea ou natural” (p. 16).
Vázquez ainda demonstra que os comportamentos são baseados em um
conceito de “bom” que na verdade é um conceito relativo, para alguns pode ser
felicidade, para outros o prazer, o que é útil, o poder e etc. A partir do conceito de bom,
a responsabilização do indivíduo virá quando este tiver a liberdade de optar entre duas
alternativas.
Para amadurecer a apresentação do tema, Vázquez começa a diferenciar “ética”
de “moral”. Parafraseando-o, a ética é a teoria que explica, esclarece e investiga uma
determinada realidade, elaborando os conceitos morais correspondentes, não cabendo
portanto, formular juízos de valor sobre a prática moral. Ela apenas apresentará uma
compreensão racional para um aspecto real, efetivo, do comportamento humano. A ética
procura determinar a essência, a origem, as condições objetivas e subjetivas do ato
moral. Logo a moral é o objeto de pesquisa da ética como ciência. A moral são os
comportamentos, hábitos e costumes aprendidos por hábito ou cultura.
Vázquez ainda relaciona a moral com outras ciências humanas como psicologia,
sociologia, visão prático utilitarista, campo jurídico, religioso e estético, visto que o
comportamento é aprendido em sociedade, e esta é carregada de valores e símbolos.
Para falar de moral, historicamente analisando, a reflexão ética apontam três
direções fundamentais: Deus como origem ou fonte moral, a natureza como como
origem ou fonte moral e o homem como origem e fonte moral. Vázquez acredita que a
moral surge com a “finalidade de assegurar a concordância do comportamento de cada
um com os interesses coletivos” (p. 40). A partir disso Vázquez faz um resgate histórico
dos modelos de sociedade e de seus valores para provar que as relações econômicas
são a base da formação das normas de conduta, implicando diretamente na moral de
uma sociedade, devendo ser analisado o motivo, ou seja, a consciência do fim visado,
meios, resultados e consequências objetivas. Por fim ele define:
“moral é um sistema de normas, princípios e valores, segundo o qual são
regulamentadas as relações mútuas entre os indivíduos ou entre estes
e a comunidade, de tal maneira que estas normas, dotadas de um
caráter histórico e social, sejam acatadas livre e conscientemente, por
uma convicção íntima, e não de uma maneira mecânica, externa ou
impessoal”. (p. 84)
Para Durkheim a moral é um sistema de mandamentos, pois o indivíduo é
obrigado a submeter-se as regras preestabelecidas, não tendo liberdade, mas coagido
pelas consequências que a autoridade imporá aos que não obedecerem. Nesse sentido
os hábitos são regras internalizadas, o indivíduo foi condicionado a obedecer bem. A
moralidade é submetida a um espírito de disciplina que tem por objetivo regular a
conduta e forjar um caráter de autocontrole.
No texto que estudamos sobre Yves de la Taille, ele primeiramente apresenta
como Piaget pensou a moralidade, apresentando três conceitos: Anomia, heteronomia
e autonomia. Anomia é a fase pré-moral onde a criança não tem consciência de seus
atos. Heteronomia, é a fase onde a criança ou adolescentes já tem consciência moral,
mas que é submetida as regras pré-estabelecida sem liberdade de questioná-las.
Autonomia é a fase potencial de todo homem de questionar e optar por submeter-se ou
não as regras mesmo sabendo das consequências. Logo, para o autor é necessário
conhecer, entender para escolher submeter-se, ele diz que saber fazer não é suficiente,
é necessário querer fazer.
Erick Fromm acredita que o problema da moral na atualidade está na relação do
homem com o poder, se este poder estiver externo a ele, há um efeito paralisante
fundamentado em medo, mas se este poder estiver interno, ele só se paralisará se tiver
problemas em compreender sua verdade, pois se fundamentará em falsas crenças.
“Nosso problema moral é a indiferença do homem para consigo mesmo”. Ser eu mesmo
para mim mesmo é o efeito libertador da servidão.
Manfredo em seu texto os desafios da educação em uma sociedade planetária
apresentam sinais característicos de uma civilização em mudança, como por exemplo
a hegemonia do sistêmico que por déficit histórico encaramos autoridade como uma
ordem a subserviência ao invés da submissão, por isso temos problemas em lutar por
direitos. É um processo de coisificação que nos torna peças de uma grande máquina
como se não tivéssemos anseios próprios. Uma sugestão do autor é a criação de
organismos de representação não dependentes do Estado que lutem em defesa de
necessidades específicas com ação política direta de cidadãos, ou seja, novas formas
de organização pública. O autor ainda diz que a razão na pós modernidade tem sido um
meio de poder manipulativo o que causa hegemonia cultural. Para superação dessa
lógica o autor cita Paulo Freire que objetivava uma educação crítica, uma formação ética
na construção de uma sociedade justa.
CONCLUSÃO

A disciplina de Ética, Sociabilidade e Educação sem dúvidas contribuiu


significantemente com minha formação docente, pois através dos textos, diálogos e
discussões em seminários pude ter convicção sobre a escolha do tema de minha
monografia.
Discutir ética na universidade é importante para formação pessoal e profissional
de todos os estudantes e professores, faz-nos relembrar os limites pessoais que
garantem o bem-estar coletivo.
Se acredito na importância da disciplina a todos os cursos de formação, para
mim é mais essencial ainda na formação docente. Gostaria que fosse uma disciplina
obrigatória.
Quero agradecer a condução docente na disciplina, em toda destreza,
competência e sensibilidade.
BIBLIOGRAFIA

DURKHEIM, Émile. A educação moral. Petrópolis, RJ: Vozes, 2009.


FROMM, Erich. O medo à liberdade. 9ª ed. Rio de Janeiro, Zahar Editores, 1974.
OLIVEIRA, Manfredo A. de. Ética e racionalidade moderna. S. Paulo: Loyola, 1988.
RIBEIRO, Rosa Maria Barros [ et al.]. Ética, sociabilidade e educação. Fortaleza:
EdUECE, 2015.
TAILLE, Yves de la. Moral e Ética. Porto Alegre: Artmed, 2006
VÁZQUEZ, Adolfo Sanchez. Ética. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1980.

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