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Alcimar Martins Júnior

História Econômica da Amazônia (1800 – 1920)

Por volta da segunda metade do século XIX, existia mais de uma espécie de
gomíferas conhecidas das quais poderia se produzir borracha.
Em uma articulação entre India e Inglaterra com interesses capitalistas,
contrabandeou-se em 1875, 1000 mudas de Hevea brasiliensis (seringueira) e em 1876,
mais 7000 mudas, as quais foram transportadas para o Ceilão. Dessa forma, criou-se
uma falça idéia de que a crise da borracha ocorreu em virtude de uma “traição” dos
ingleses, a qual na verdade ocorreu por outros diversos fatores. Como exemplo, no
Oriente a produção da borracha a partir de 1900 se dava por um modo de produção
capitalista os “Plantations”, na qual se extraia o látex em uma área com concentração de
200 pés de seringueira por hectare enquanto que na Amazônia era de 1,5 pés por hectare
o que tornava a produtividade do Oriente muito mais elevada em áreas plantadas cada
vez maiores que em 1900 correspondia a 53.000 hectares e em 1920 era de 1.746.000 de
hectares, além disso, no Oriente havia mão de obra abundante e salários que em média
estavam em torno da metade do que recebiam os trabalhadores da Amazônia e o próprio
sistema de aviamento encarecia ainda mais o valor da borracha Amazônica, o que
tornavam os custos de produção e de mercado da borracha produzida na Ásia menores
que os de Amazônia e consequentemente lucros maiores para os orientais chegando a
alcançar seu ápice de 375% em 1910. A produção asiática por quilo subiu de 3000 em
1900 para 28.000.000 em 1912, em 1915 representava 68% da produção mundial que
subiu para 90% em 1919, provocando o grande colapso da economia da borracha na
Amazônia em 1920, e consequentemente a brusca queda nas relações comerciais na
região e dificuldade no acesso ao crédito colocando a economia local em situação de
crise.
Dessa forma a Região Amazônica passou por um drama ocasionado pelo
elevado índice de desemprego proveniente do fechamento dos seringais, o que provocou
crises de alimentos, do setor sanitário e em outros setores sociais, elevando bastante os
índices de mortalidade na região, mesmo com grandes campanhas na área sanitária a da
saúde.
O setor financeiro sofreu com a diminuição das receitas dos Estados em 1920
para menos de 1/3 do que era em 1910, o que não foi acompanhado na mesma
proporção pelas despesas públicas, ocasionando uma rotina de déficits orçamentários
naqueles anos, com maior profundidade sobre o Estado do Amazonas devido políticas
desordenadas por parte dos seus governantes.
A insatisfação da população diante de tantos problemas ficou evidente em
incidentes violentos aguçados por opositores políticos ocorridos contra Antonio Lemos,
o qual renunciou a intendência de Belém assumindo então Virgílio de Mendonça.
Dessa forma foram tomadas duas providencias com o intuito de combater a crise
gomífera.
A primeira foi a criação de um convênio entre Pará e Amazonas, o qual
estabelecia 4 medidas para tal, como: a criação de dois bancos de crédito agrícola,
melhoramento da qualidade de borracha exportada, obtenção de crédito via
endividamento e isenção fiscal para duas fábricas de refino da borracha. Idéias que não
tiveram sucesso, pois não tiveram o endosso da União.
A segunda foi o Plano de Defesa da Borracha, criado por Pedro de Toledo, o
qual em janeiro de 1912 foi aprovado no Congresso Nacional, e em abril baixou o
decreto 9.521 com detalhes sobre a Superintendência da Defesa da Borracha, a qual
tinha como objetivo desenvolver através de várias medidas sete setores básicos na
Região: heveicultura e extração da borracha, industrialização, imigração, saúde,
transporte, produção agrícola alimentar e pesca. A quantidade de recursos
disponibilizados para a realização do Plano foi irrelevante mediante tamanha
envergadura do empreendimento e um contingente de pessoal reduzidíssimo para tal o
que levou ao fracasso do Plano em todos os setores.
Os reajustes do sistema econômico na região amazônica ocorreu aos poucos, a
população que era intensa, gradativamente obteve uma pequena redução proveniente de
fluxos migratórios ou para outras regiões com melhores perspectivas ou para suas terras
de origem. Em termos de renda no setor primário a pecuária mostrou-se como o único
subsetor a apresentar um considerável dinamismo no período de crise. No setor
secundário não apresentou evolução comparado com outras regiões, visto o grande
contingente populacional nas cidades sem condições de efetivarem investimentos neste
setor. O setor terciário sentia o golpe da crise que levou a uma considerável redução no
comercio local visto um crescimento populacional elevado com pouca infra-estrutura e
o surgimento de nova necessidade a cada dia.

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