Está en la página 1de 140

AFA: Auto-conceito

G. Musitu; F. García e M. Gutiérrez

Colecçäo Diagnóstico Psicológico


Série - Personalidade

Colecçäo dirigida por

ANTóNIO MENEZES ROCHA

AFA
Auto-Conceito - Fornia A
G. Musitu, F. García e M. Gutiérrez

MANUAL
(1 a Ediçäo)
AFA - Auto-Conceito Forma A

A coordenaçäo dos trabalhos de adaptaçäo desta prova à populaçäo portuguesa e a


elaboraçäo deste Manual säo da responsabilidade de Alexandra Figueiredo de Barros, do
Dep? de Investigaçäo e Publicaçöes Psicológicas da CEGOC-TEA.

Agradecemos a colaboraçäo empenhada dos psicólogos Cristina Neves, Joäo Pedro


Fonseca, Leonor Maurício e Susana Nogueira em todas as fases dos trabalhos de
adaptaçäo e muito particularmente na recolha e tratamento dos dados em que se baseiam
todos os elementos apresentados neste Manual.

Agradecemos também a todas as Escolas que nos permitiram o acesso às amostras com
que elaborámos os trabalhos.
Nenhuma parte deste Manual, exemplares ou folhas de resposta podem ser impressos
ou reproduzidos por qualquer meio sem a autorizaçäo escrita dos proprietários do
Copyright.

Autor: G. Musitu; F. García e M. Gutiérrez

AFA - Auto-Conceito

íNDICE

1. JUSTIFICAÇÄO TEóRICA....................... 5
2. CARACTERíSTICAS GERAIS..................... 9
2.1 Ficha técnica......................... 9
2.2 Construçäo............................ 9
2.3 Justificaçäo Estatística.............. 10
2.4 Análises diferenciais................. 12
2.5 Autoconceito e outras variáveis....... 13
3. ADAPTAÇÄO PORTUGUESA....................... 21
3.1 Traduçäo.............................. 21
3.2 Aplicaçäo para derivaçäo de normas.... 21
3.2.1 Caracterizaçäo da amostra... 21
3.3 Comparaçäo de médias.................. 22
3.4 Correlaçöes........................... 24
3,5 Análise dos itens e precisäo.......... 24
3.6 Análise factorial..................... 25
4. NORMAS DE APLICAÇÄO........................ 28
4.1 Instruçöes gerais..................... 28
4.2 Instruçöes específicas................ 28
4.3 Material para a aplicaçäo............. 29
S. COTAÇÄO E PONTUAÇÄO........................ 30
5.1 Pontuaçöes directas................... 30
5.2 Percentis,............................ 30
6. TABELAS DE NORMAS.......................... 31
7. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS................. 37

3
AFA -Auto-Conceito Forma A

Esta página foi intencionalmente deixada em branco.


4

AFA - Auto-Conceito

1. JUSTIFICAÇAO TEORICA

O presente questionário foi elaborado inicialmente por Musitu et ai. (1 981) no âmbito do
seu trabalho `La integración del rechazado escoram', tendo sido aplicado posteriormente em
diversos estudos que seräo referidos no ponto 2.
Durante os anos 70, foram vários os autores que se referiram à inadequaçäo dos
modelos teóricos utilizados nas investigaçöes sobre o autoconceito, às limitaçöes na
qualidade dos instrumentos e às carências metodológicas na obtençäo de resultados
empíricos (Wylie, 1974; WelIs e Marweli, 1976; Shavelson et ai., 1976; Marx e Winne, 1978;
Burns, 1979).
Shavelson e colaboradores (1976) formularam um modelo hierárquico e multifacetado
do autoconceito, definindo-o como a percepçäo que o indivíduo tem de si próprio, baseando-
se directamente nas suas experiências, na relaçäo com os outros e nas atribuiçöes que ele
mesmo faz da sua própria conduta. Neste modelo propöem-se como integrantes do
constructo, componentes emocionais (os mais subjectivos e internos), sociais (relacionados
com o significado que a conduta do indivíduo tem para os outros), físicos (onde têm uma
incidência fundamental as aptidöes e aparência geral do indivíduo) e acadêmicos. Destaca-se,
além disso, a importância que a variável idade tem nos seus componentes.

Shavelson distinguiu entre uma autoestima acadêmica e outra näo acadêmica. Os


componentes emocionais, sociais e físicos constituiriam o grupo näo acadêmico. Os quatro
componentes de Shavelson representariam o nível secundário, considerando «uma possível
representaçäo da organizaçäo hierárquica do autoconceito» (pág. 412). No topo desta
hierarquia encontra-se o autoconceito global. Este constructo dependerá dos componentes'
secundários, os quais, por sua vez, estaräo determinados por outros componentes de ordem
inferior que representaräo competências mais específicas.

Considera-se que säo sete as características fundamentais na definiçäo do constructo.


O autoconceito pode considerar-se como: organizado, multifacetado, hierárquico, estável,
experimental, avaliativo e diferenciável. Cada uma destas características é analisada a seguir.

A grande diversidade de experiências de um indivíduo constitui a fonte de dados em


que ele baseia as suas próprias percepçöes. Para reduzir a complexidade e multiplicidade
destas experiências, estas säo abreviadas em formas mais simples ou categorias (Bruner,
1958). Os sistemas particulares de categorizaçäo adaptados pelo indivíduo säo, de certo
modo, um reflexo da sua cultura em particular. As categorias representam uma maneira de
organizar as próprias experiências e de lhes dar significado. Assim, uma característica do
autoconceito, é estar organizado ou estruturado.

Uma segunda característica do autoconceito é ser multifacetado; as áreas em que este


se pode dividir reflectem o sistema de categorizaçäo adoptado por um indivíduo concreto elou
compartilhado por grupos. Pelo menos na populaçäo de estudantes brancos de classe média,
estudada por Jersild (1952) e Sears (1963), o sistema de categorizaçäo parece incluir áreas
tais como a escola, a aceitaçäo social, os atractivos físicos e as aptidöes. Este sistema de
caracterizaçäo é coincidente com o que serviu de base aos autores para a elaboraçäo da
escala de autoconceito.

Um terceiro traço ou característica é que a estrutura multifacetada do autoconceito


poderia ser hierarquizada (Super, 1963; Brookover et al. 1967). Isto significa que as diferentes
facetas do autoconceito podem organizar-se hierarquicamente, desde as experiências

AFA -Auto-Conceito Forma A

individuais em situaçöes particulares, situadas na base da hierarquia, até ao autoconceito


geral, situado no seu topo. Esta formulaçäo é de alguma maneira similar ao modelo
hierárquico de aptidöes intelectuais delineado pelos psicólogos britânicos (Vernon, 1950). No
topo da hierarquia encontra-se situado o autoconceito geral Ç'g` de Spearman). O
autoconceito geral pode dividir-se em dois componentes: o autoconceito acadêmico e o
autoconceito näo acadêmico (aptidöes verbo-educativas no modelo de Vernon). O
autoconceito acadêmico pode, por sua vez, dividir-se em áreas temáticas (factores de grupos
específicos no modelo de Vernon) e estas em áreas específicas dentro da temática (factores
específicos). O autoconceito näo acadêmico pode subdividir-se em autoconceito social e
autoconceito físico e estes, por sua vez, em facetas mais específicas, de forma semelhante ao
autoconceito acadêmico. Posteriormente Marsh et aL (1988) questionaram o papel e a
definiçäo do autoconceito acadêmico geral, postulando dois autoconceitos primordiais (o
verbal e o matemático). Na escala que apresentaremos considerámos um só factor
acadêmico tal como surgiu nos trabalhos iniciais com pré-adolescentes, a partir de factores
racionais, seguindo o modelo de Shavelson.

Seguindo esta linha de raciocínio na base da hierarquia, a conceptualizaçäo do autoconceito


como situaçäo específica adapta-se à nossa definiçäo. Em situaçöes muito limitadas (tais
como as representadas por experiências de laboratório), as interpretaçöes alternativas da
experiência de uma pessoa vêem-se consideravelmente reduzidas. Entäo, neste nível, a
percepçäo que um observador tem do autoconceito de uma pessoa, poderia coincidir com a
visäo que essa pessoa tem do seu próprio autoconceito. No entanto, a distinçäo entre
autoconceito percebido e autoconceito inferido é importante. A coincidência entre o
observador e o eu diminui à medida que se vai ascendendo na hierarquia do autoconceito.

Uma quarta característica do autoconceito é que o autoconceito geral é "estável". No


entanto, à medida que se desce na hierarquia do autoconceito, este vai dependendo cada vez
mais de situaçöes específicas, tornando-se menos estável. Além disso, as mudanças nos
níveis mais baixos da hierarquia estäo provavelmente atenuadas pelos níveis mais elevados,
tornando o autoconceito mais resistente à mudança (Ludwig e Maehr, 1967; Berin, 1972).
Para modificar o autoconceito geral säo requeridos mudanças em situaçöes específicas pouco
relacionadas com o autoconceito geral. Por exemplo, Ludwig e Maehr (1967) demonstraram
que o êxito ou o fracasso numa prova atlética modificou o autoconceito numa aptidäo física
específica dos sujeitos, mas näo alterou o seu autoconceito geral. Num estudo relativamente
recente (Anshel, Muiler e Owens, 1986), com uma amostra de 15 crianças dos 6 aos 9 anos,
tentou estudar-se a hipótese de que, ainda que um acontecimento afecte especificamente um
dado aspecto do autoconceito, näo afectará os seus outros aspectos, com base na ideia de
que os factores constituintes do autoconceito, säo independentes.

Os sujeitos foram avaliados prévia e posteriormente com uma escala de autoconceito


que media o auto-conhecimento e a autoestima para a maturidade física, a relaçäo com os
pares, o êxito acadêmico, a adaptaçäo escolar e as capacidades desportivas. Pensou-se que
uma experiência positiva através do desenvolvimento de aptidöes no desporto e as relaçöes
entre pares, melhoraria, pelo menos, a área relacionada com capacidades desportivas por
oposiçäo às outras dimensöes. Esta hipótese viu-se confirmada. Só os aspectos do
autoconceito relacionados com o desporto se desenvolveram significativamente depois da
experiência de acampamento. Estes resultados apoiam a investigaçäo prévia no sentido de
que o autoconceito pessoal é situacíonalmente específico (ver também o ponto 2.5 deste
manual).

AFA - Auto-Conceito

Os dados extraídos do estudo de Anshel et aL (1986) indicaram que os factores que


influenciam o autoconceito säo mais específicos numa área do que globalmente. Estas
conclusöes säo consistentes com as de Lane e Muiler (1977) e Murray (1981). No entanto, o
facto de se ter detectado uma mudança positiva embora näo significativa no autoconceito
9JobaJ é contrário às observaçöes de Scheirer e Kraut (1979), que näo encontraram qua)quer
alteraçäo numa investigaçäo com características semelhantes. Estes resultados sugerem que,
para avaliar os efeitos de uma intervençäo sobre o autoconceito, este deve medir-se em áreas
específicas e a medida deve focar-se na mesma área sobre a qual se intervém,
recomendando-se, além disso,, que se avaliem com critérios r@D
autoconceito.

Uma quinta característica do autoconceito é o seu aspecto experimental (Long et ai.,


1968; Sears, 1964). As crianças tendem a näo diferenciar-se do seu meio ambiente. A
diferenciaçäo do eu relativamente ao meio ambiente inicia-se e desenvolve-se à medida que
amadurecem e aprendem. Os autoconceitos das crianças säo globais, näo diferenciados, sem
relaçäo com a situaçäo específica. A medida que as crianças väo construindo conceitos, como
os representados pelas palavras "eu" e "a mim", também constroiem conceitos para
categorizar acontecimentos e situaçöes. As crianças muito pequenas näo säo capazes de
coordenar os diferentes componentes da experiência para os integrar numa rede conceptual
própria. Em diversos momentos do desenvolvimento pode dizer-se que, «à medida que a
criança cresce, as diferentes partes de si própria tornar-se-äo mais importantes para ela e
assim também, as diferentes partes do seu mundo assumiräo uma significaçäo variável»
(Gordon, 1968, pág. 4). Ao aumentar a idade e a experiência (especialmente ao desenvolver o
nível verbal), o autoconceito diferencia-se cada vez mais. A medida que a criança coordena e
integra as partes do seu autoconceito, poderemos falar de um autoconceito mldtifacetado e
estruturado.

Uma sexta característica do autoconceito é o seu carácter avaliativo. O indivíduo näo


desenvolve unicamente uma descriçäo de si mesmo numa situaçäo particular ou classe de
situaçöes, mas também faz avaliaçöes de si próprio nestas situaçöes. As avaliaçöes podem
realizar-se comparando-se com padröes absolutos, tais como o Ideal` a que gostaria chegar e
podem fazer-se comparando-se com padröes relativos tais como `observaçöes" e avaliaçöes
percebidas dos `outros significativos". A dimensäo avalíativa varia em importância e
significado consoante os indivíduos e também consoante as situaçöes. Esta avaliaçäo
diferencial da importância das diferentes dimensöes avaliativas depende provavelmente da
experiência passada do indivíduo numa cultura particular, numa sociedade particular, etc.

Uma sétima característica do autoconceito é ser diferenciável de outros constructos


com os quais está teoricamente relacionado. Por exemplo, o autoconceito é influenciado por
experiências específicas. Por conseguinte, quanto mais intimamente relacionado estiver o
autoconceito com essas situaçöes, maior será a relaçäo. Se alguém se centrasse na parte
acadêmica da hierarquia, poderia supor que: (a) o autoconceito em relaçäo à aptidäo
intelectual deve estar mais intimamente relacionado com o sucesso acadêmico que com a
capacidade para lidar com situaçöes sociais e físicas e, (b) o autoconceito em relaçäo à
aptidäo acadêmica para ciências deve estar mais intimamente relacionado com o sucesso em
ciências do que com o sucesso em inglês (Brookover et ai., 1962). A outra parte da hierarquia
pode ser explorada da mesma forma, podendo também ser explicados as relaçöes entre o
autoconceito e outros constructos.

AFA -Auto-Conceito Forma A

Este é, pois, um modelo multidimensional e hierárquico que pretende solucionar as


limitaçöes teóricas e metodológicas de outros modelos e no qual se insiste na especificidade
do autoconceito, embora reconhecendo um constructo geral. Foi neste modelo que se baseou
a construçäo do presente questionário.

A partir do modelo de Shavelson, outros investigadores desenvolvem modelos


multidimensionais diferentes na forma, ainda que näo no conteúdo, do de Shavelson. Assim
Mclntire e Drummond (1976) defendem um autoconceito multidimensional que inclui
dimensöes como um self geral, um self familiar, um self escolar e um self de motivaçäo.

Posteriormente Harter (1982), embora näo se baseie formalmente no modelo de


Shavelson, elaborou a Escala de Competência Percebida para Crianças (PCS), apoiando sem
ser esse o seu propósito, alguns aspectos deste modelo. Centra-se na percepçäo de auto-
competência em três domínios de aptidöes: social, físico e cognitivo. Em resumo, postulou a
existência de três domínios específicos do self e de um geral.

Já nos anos 80, o modelo de Shavelson - a conceptualizaçäo multidimensional e


hierárquica do autoconceito - foi amplamente investigado e validado por diferentes autores
que o tomaram como ponto de partida. Assim, em 1980, Fleming e Watts confirmaram o
modelo de Shavelson e obtiveram três factores que denominaram: auto-respeito, confiança
social e aptidöes escolares e que demonstraram ser paralelos às dimensöes emocional, social
e acadêmica de Shavelson. Do mesmo modo, numa investigaçäo realizada por Zorich e
Reyriolds (1988) examinou-se a.validade convergente e discriminante de uma medida de
autoconceito social baseada no modelo hierárquico - multifacetado do autoconceito proposto
por Shavelson, Hubner e Stanton (1976). O que estes autores fizeram foi avaliar parte da
teoria do autoconceito de Shavelson, confirmando que uma faceta social pode ser
adequadamente diferenciada do autoconceito geral e do acadêmico.

Em numerosos'estudos foi encontrada evidência da estrutura multidimensional do


autoconceito em adolescentes e pré-adolescentes (Marsh e Smith, 1987). A diferença entre
estas investigaçöes e outras anteriores que näo apoiavam esta evidência, está no tipo de
desígn utilizado. Os instrumentos mais antigos consistiam em itens de auto-avaliaçäo e a
análise factorial utilizada era de tipo exploratório para localizar factores significativos. Os
instrumentos mais recentes, como o que aqui se apresenta, designaram a priori factores
implicitamente baseados no modelo de Shavelson, utilizando-se a análise factorial para
confirmar esses factores.

AFA - Auto-Conceito
2. CARACTERíSTICAS GERAIS

2.1 Ficha técnica

Autor G. Musitu; F. García e M. Gutiérrez

Editora CEGOC-TEA

Proprietária dos direitos


da versäo original TEA Ediciones, S.A.

Administraçäo Individual ou colectiva

Duraçäo entre 8 e 15 minutos

Aplicaçäo Adolescentes

Objectivo Avaliaçäo dos auto-conceitos dos sujeitos em 4 áreas:


acadêmica, social, emocional e familiar.

Normalizaçäo Percentis. Sexo masculino e feminino. 90 e 120 anos de


escolaridade

2.2 Construçäo

O presente questionário, tal como aparece neste manual, foi elaborado a partir de uma
base de itens inicial, em que se tentou recolher o universo de definiçöes do autoconceito. Para
a delimitaçäo do universo de itens foi seleccionada uma amostra de mais de 700 alunos do
segundo ciclo de E.G.13. e B.U.P.', pertencentes a escolas de diferentes níveis sócio-culturais
e provenientes de regiöes rurais e urbanas.
O procedimento consistia em solicitar aos sujeitos que se auto-definissem em dez
frases. A partir das respostas inicialmente obtidas foram eliminados os itens com igual
significado, segundo o critério de sete juizes e aqueles com frequências de resposta mais
baixas, chegando-se a um total de 85 itens.
Os 85 itens foram categorizados independentemente por 12 juizes em quatro áreas-
familiar, escolar, relaçöes sociais e emocional. Os itens atribuídos a mais de uma categoria
foram eliminados, restando finalmente os 36 incluídos nesta prova.
As alternativas de resposta foram três: Sempre, Algumas Vezes e Nunca.
Uma vez obtidos os itens, foi elaborada a folha de respostas e aplicou-se o questionário
a 890 alunos de ambos os sexos - 435 rapazes e 455 raparigas - com idades compreendidas
entre os 12 e os 18 anos - 114 de 12 anos, 198 de 13, 163 de 14, 165 de 15, 153 de 16, 73 de
17 e 24 de 18 - que frequentavam o 61 ano (1 5), o 70 (172), o 80 (279), o 1 O de B. U. P. (1
14), o
21 de B. U. P. (1 74) e o 30. de B. U. P. (1 36) em escolas públicas e privadas da província de
Valência (500 no ensino publico e 390 no ensino privado).
1 O E.G.B. corresponde ao 60, 70 e 80 anos do sistema educativo português, e o B.U.P.
aos 90, 1 00 e 1 1 O anos.

AFA -Auto-Conceito Forma A

2.3 Justificaçäo Estatística

Em primeiro lugar foi aplicada a análise factorial por forma a comprovar a coincidência
entre os factores racionais e os obtidos empiricamente mediante esta técnica estatística.
Utilizou-se o programa BMDP4M extraindo-se os factores mediante o método PFA -factor
principal - e aplicando a rotaçäo DQUART - rotaçäo quartimax directa (Jennrich e Sampson,
1966). Consideraram-se os seguintes critérios: 25 iteracçöes para a extracçäo do factor inicial-
eigenvalue>l para definir o número de factores, 10-4 de limite de tolerância para a matriz de
inversäo, máximo de 50 iteracçöes por rotaçäo e 10-5 como critério de convergência para a
rotaçäo. No Quadro 1 apresentam-se os itens e as suas saturaçöes (foram eliminados os
valores menores de .250) em cada um dos quatro factores extraídos. Esta mesma estrutura
factorial foi obtida nos trabalhos de Gutiérrez (1 989) e García (1 990).

Item Saturaçöes
Factor 1 Factor 2 Factor 3 Factor 4
8. - Faço bem os trabalhos escolares... 0.592
31. - Trabalho muito nas aulas.......... 0.527

20. - Os meus professores consideram-me inteligente e trabalhador (a)........


0.463

14. - Faço bem trabalhos manuais........................................................... 0.454


*19. - Detesto a escola..................................................................... -0.431
10. - Consigo desenhar bem................................................................. 0.408
*11 1. - Sou lento (a) a acabar os trabalhos escolares..................................... -0.336 - -
36. - Sou honesto (a) com os outros e comigo mesmo (a)..................................... 0.315 -
-
32. - Brinco com os (as) meus (minhas) colegas............................................. 0.284 - -
*28. - Esqueço rapidamente o que aprendo.................................................... -0.270 - -
17. - Com frequência ofereço-me como voluntário (a) na escola.............................. 0.259
- - -
29. - Faço amigos com facilidade........................................................... - 0.835 - -
*1. - É difícil para mim manter os (as) amigos (as)........................................ -0.764 -
-
21. - Tenho muitos(as) amigos (as)......................................................... 0.677 - -
22. - Sou um (a) rapaz (rapariga) alegre................................................... 0.502 -
-
16. - Gosto da minha maneira de ser........................................................ 0.361 -
-
*2. - Fico nervoso (a) quando algum professor (a) me chama................................. -
0.727 -
*13. - Fico nervoso (a) quando tenho que falar na aula......................................
0.679 -
*12. - Sou nervoso (a)...................................................................... 0.498 -
*7. - Fico desanimado(a) quando alguma coisa me corre mal..................................
0.413 -
*33. - Tenho meciode algumas coisas......................................................... 0.382
-
*15. - Preocupo-me muito com tudo........................................................... 0.367
-
*6. - Quando me porto mal nas aulas sinto-me desgostoso (a)................................ -
0.363 -
*23. - Sou desajeitado (a) em muitas coisas................................................. - 0.357
-
*9. - Envergonho-me de muitas coisas que faço.............................................. -
0.341 -
*35. - Sou agressivo (a) com os (as) meus (minhas) amigos (as) e familiares................. -
- 0.524
*34. - Aborreço-me se os outros näo fazem o que eu digo..................................... -
- 0.403
*27. - Sou criticado (a) em casa............................................................ - - 0.396
*24. - Gosto de brigas e discussöes......................................................... - - 0.380
*26. - A minha família está decepcionada comigo............................................. - -
0.357
*30. - Perco a paciência facilmente......................................................... - - 0.310
3. - Digo a verdade mesmo que me prejudique............................................... -
-
4. - Tenho boas ideias.................................................................... -
5. - A minha família considera-me uma pessoa importante................................... -
18. - Durmo bem de noite.......... :............................................ -
25. - As pessoas embirram comigo........................................................... -

Quadro 1: Saturaçäo dos itens

Os conteúdos semânticos de itens atribuídos a cada factor coincidem com os factores


definidos mediante a técnica de atribuiçäo racional, excepto os itens 3, 4, 5, 18 e 25, que näo
participam em nenhum factor empírico e participavam nos factores racionais.

Como se pode observar no Quadro 2, o factor principal é o Académico que explica


40% da variância total, seguido pelo Social, Emocional e Familiar.
1o

AFA - Auto-Conceito

Factor Varlância Explicada Proporçäo de variância acumulada

Intervalo de Resultados Intervalo Factonal


Académico 3.6837 0.2791 0.4011
Social 2.7086 0.4844 0.6960
Emocional 1.6549 0.6098 0.8762
Familiar 1.1371 0.6960 1.0000

Quadro 2: Percentagem de Variância explicado por cada um dos factores

No Quadro 3 pode verificar-se como os quatro factores mostram intercorrelaçöes


relativamente baixas (entre 0.086 e 0.246), sendo, entäo, dimensöes ortonormais. A
ortonormalidade relaciona-se com a independência entre as dimensöes, de tal forma que um
sujeito com uma pontuaçäo elevada numa dimensäo näo tem necessariamente que obter uma
pontuaçäo alta nas restantes dimensöes. Säo, portanto, dimensöes relativamente
independentes.

Factores F1 F2 F3 F4 Total
Acadêmico 1.000
Social 0.161 1.000
Emocional 0.086 0.246 1.000
Familiar 0.173 0.165 0.207 1.000

TOTAL 0.650 0.572 1 0.666 , 0.549 , 1.000

Quadro 3: Correlaçäo de Pearson entre os factores

Por outro lado, a ortogonalidade coincide com uma alta correlaçäo com o total da
escala, donde se infere que se tratam de dimensöes de um mesmo constructo.

Correlaçäo entre as duas metades .717


Coeficiente de SPEARMAN - BROWN .863
Coeficiente ALPHA .823
Teste - Releste (três meses) .661
Teste - Releste (seis meses) .597

Quadro 4 : Coeficientes de Consistência Interna e Temporai2

Para avaliar a consistência interna3 dos itens, foram aplicados os seguintes


coeficientes (Quadro 4): o coeficiente splít-half (pares-ímpares), o coeficiente de Spearman-
Brown, baseado na correlaçäo entre itens pares e ímpares supondo que as duas metades säo
estritamente paralelas, e o coeficiente de consistência interna alfa, baseado na fórmula
proposta por Cronbach (1951) e equivalente à fórmula de Kuder-Richardson quando os itens
säo dicotómicos. Os resultados väo no sentido da consistência interna da escala, indicando
que esta está a avaliar um mesmo constructo.

Para a consistência temporal, aplicou-se o questionário a 30 sujeitos da amostra em


dois intervalos de três e de seis meses (teste - resteste). Calculou-se o coeficiente de
correlaçäo de Pearson entre as pontuaçöes totais. Para o primeiro intervalo: r, = .661; para o
segundo intervalo: r2 = .597.

2 Para calcular estes índices eliminaram-se os 5 itens que obtiveram saturaçöes inferiores a .25
em todos os
factores e inverteram-se as respostas obtidas nos itens negativos (marcados com um asterisco no
quadro 1)

3 Os coeficientes de consistência interna foram calculados mediante o modulo TESTAT da


versäo 3.02 do
pacote integrado Systat.

AFA -Auto-Conceito Forma A

2.4 Análises diferenciais

Em funçäo do sexo: Analisam-se em seguida as diferenças entre os quatro factores


do autoconceito em funçäo do sexo aplicando uma ANOVA. O programa estatístico aplicado
foi o módulo MGLH, DATA e STATS da versäo 3.02 do pacote integrado Systat. Os resultados
da análise de variância aparecem no Quadro 5 e pode verificar-se que näo existem diferenças
significativas entre os sexos em nenhum dos quatro factores.

VARIAVEL sc Gi- MC F P
Acadêmico 4.660 1 4.660 0.390 0.532
Social 4.822 1 4.822 0.987 0.321
Emocional 6.382 1 6.382 0.590 0.443
Familiar 4.271 1 4.271 0.939 0.333

Quadro 5: ANOVA em funçäo do sexo

Em funçäo do ano de escolaridade: No quadro 6 apresentam-se os resultados da


análise de variância designando-se como variáveis dependentes os quatro factores de
autoconceito e como independente a variável curso.

VARIAVEL sc GL M F P
Acadêmico 283.214 5 56.643 4.847 <0.001
Social 190.257 5 38.051 8.102 <0.001
Emocional 38.790 5 7.758 0.716 0.612
Familiar 291.495 5 58.299 13.739 <0.001

Quadro 6: ANOVA em funçäo do ano de escolaridade

Aparecem diferenças significativas entre os alunos dos diferentes cursos nas


dimensöes Acadêmico (F = 4.847, p<0.001), Social (F = 8.102, p<0.001) e Familiar (F=13.739,
p<0.001), näo aparecendo significativa a diferença na dimensäo Emocional (F=0.716,
p=0.612) (Validade diferencial).

-No quadro 7 apresenta-se o número de sujeitos de cada ano, assim como a média de
cada grupo nos quatro factores de autoconceito e a amplitude crítica do teste de Tukey
«x=.05) para pares de médias. Näo foi calculado o teste de Tukey para o factor Emocional
porque näo se obtiveram diferenças significativas na análise de variância (Quadro 6).

ANO 60 70 ao Jo 20 30 .05
N 15 172 279 114 174 136
Acadêmico 21.000 19.500 20.781 20.246 20.690 21.228 1.131
Social 8.533 7.773 7.939 6.895 7.167 6.912 0.717
Emocional 19.467 18.308 18.430 18.184 18.080 18.485 -
Familiar 10.200 9.721 9.674 8.895 8.402 8.618 0.682

Quadro 7: Número de sujeitos, médias de cada ano nos factores do autoconceito e amplitude
crítica do teste de Tukey (a =.05)

Nos quadros 7 e 8 pode verificar-se como _Qs alunos do 70 ano têm uma descida no seu
autoconceito acadêmico em relaçäo ao resto da populaçäo, à excepçäo dos alunos do 10 ano
de B.U.P.

12

AFA - Auto-Conceito

ANO 70 80 20 30
60 1.500 0.219 0.754 0,310 -0.228

70 -1.281 -0.746 -1,190, -1.728'


80 0.535 0,091 -0.447

jo -0,444 -0.982

20 -0.538

Quadro 8: Diferenças entre as médias de cada ano no autoconceito Acaclémico

O autoconceito social desce nos alunos de 71 de E.G.13. em relaçäo aos do 60, embora
näo apareçam diferenças significativas de nenhum destes grupos com os alunos do 81 ano.
Os alunos do 11 ano de B.U.P. revelam uma descida no seu autoconceito social no que diz
respeito aos do 61, 70 e 80 de E. G.B., ainda que näo se observem diferenças entre os três
cursos de B.U.P.

ANO 70 80 Jo 20 30
60 0.760 0.594 1.638 1.366 1.621

70 -0.166 0.878' 0.606 0.861'


80 1.044' 0.772' 1.027'

Jo -0.272 -0.017
20 0.255

Quadro 9: Diferenças entre as médias de ano no autoconceito Social

Em relaçäo ao autoconceito familiar, pode observar-se por um lado, uma


horriogeneidade entre os grupos do 60, 70 e 80 anos de E. G. B., e por outro, entre os alunos
dos 10 e 20 anos de B.U.P. Ainda assim, confirma-se uma descida no autoconceito familiar
nestes dois últimos anos (Quadros 7 e 1 O).

ANO 70 80 Jo 20 30
r,0 0.479 0.526 1.305 1.798 1.582
70 0.047 0.826 1.319 1.103
0.779' 11.272' 1.056'
0.493 0.277
20 -0.216

Quadro 1 0: Diferenças entre as médias dos anos no autoconceito Familiar

Dos resultados da análise diferencial conclui-se que näo säo detectadas diferenças
entre os dois sexos em nenhuma das quatro dimensöes do autoconceíto. Relativamente à
evoluçäo do autoconceito ao longo da fase de estudos que compreende a segunda etapa de
E.G.13. e B.U.P., observa-se que o autoconceito emocional näo flutua; a dimensäo acadêmica
diminui nos alunos do 70 ano de E.G.B., que, por outro lado, é onde parece acumular-se o
maior número de repetentes.
As dimensöes familiar e social sofrem uma transformaçäo negativa que os autores
supöem ser temporária e que doíncide com o início dos estudos de B.U.P., momento em que
se däo novos ajustes no sistema familiar e nas relaçöes sociais.

2.5 Autoconceito e outras variáveis

A seguir apresentam-se resultados de investigaçöes realizadas pelos autores com o


presente questionário. Säo também apresentados os resultados obtidos com um outro

a-b: a>b (p<.05)

13

AFA -Auto-Conceito Forma A

questionário de autoconceito - A. F.B. - estruturado em oito dimensöes, quatro das quais estäo
altamente correlacionadas com as quatro dimensöes do A.F.A.. A correlaçäo total das duas
escalas é de .93 (Acadêmico e Desempenho Acadêmico, .89; Emocional e Labilidade
Emocional, .85; Social e Interacçäo com Pares, .88; Familiar e Interacçäo Familiar, .87).
Família

Socializaçäo. Na tese de doutoramento de Gutiérrez (1989) relaciona-se a educaçäo


familiar dos pais (Perris et ai., 1980; Estarelles, 1987; Herrero, Musitu, García e Gomis, 1990)
com o auto-conceito dos filhos. A amostra utilizada era composta por 466 sujeitos de ambos
os sexos, 235 rapazes e 231 raparigas, com idades compreendidas entre os 12 e os 14 anos,
pertencentes a colégios públicos e privados da comunidade Valenciana - 200 de ensino
público e 266 de ensino privado. No quadro 1 1 estäo resumidos os resultados referentes à
relaçäo entre os factores de auto-conceito e a educaçäo familiar dos pais. Aplicou-se a
ANOVA, considerando como variáveis independentes os três grupos de auto-conceito -
divididos segundo a norma de Cureton - e considerando como variáveis dependentes os
factores de Educaçäo Familiar dos pais (validade de critério).

Autoconceito
Educaçäo familiar ACADÉMICO EMOCIONAL SOCIAL
FAMILIAR
F P relaçäo F p relaçäo F P relaçäo F p relaçäo
ApoiO-AFECTO 14.1 <.0011... 1.4 .238 o 10.1 <.0011... 13.3 <.001...

ATRIBUIÇÄO CULPA 4.1 0.015


1.6 .202 o 0.3 .727 o 27.9 <.0011 - -
REJEIÇÄO 5.5 0.04 1.7 .
172 o 1.9 .148 o 21.2 <.0011 ---
PERMISSIVIDADE 4.3 .013 +
3.3 .037 + 6.7 .001 ... 1.0 .361 o
CASTIGO 1.4 .244 o 0.8 .
418 o 0.2 .810 o 14.7 <.0011 ---
PRESSÄO 8.1 <.0011 ... 0.5 .
560 o 3.8 .021 + 1.0 .341 o
Quadro 1 1: Síntese das relaçöes entre os factores de Educaçäo Familiar e os de
Autoconceito

Relaçäo positiva ou negativa MUITO SIGNIFICATIVA (p <.0011)


++: Relaçäo positiva ou negativa ALTAMENTE SIGNIFICATIVA (p <.01)
+; Relaçäo positiva ou negativa com SIGNIFICANCIA MÉDIA (p <.05)
o Relaçäo positiva ou negativa NÄO SIGNIFICATIVA.

Comunicaçäo. Com o objectivo de determinar a relaçäo da comunicaçäo familiar e o


auto-conceito do filho, aplicou-se a uma amostra de 564 alunos de E.G.B., de ambos os sexos
e com idades compreendidas entre os 1 1 e os 16 anos, o questionário de comunicaçäo
familiar (C.F. 88 - García, 1987; García, Gracia e Musitu, 1988; Musitu e García, 1989 a,b,c) e
a escala de auto-conceito A.F.B. (Musitu, Buelga, García e Berjano, 1990). O procedimento
seguido para conseguir este objectivo foi o seguinte: em primeiro lugar agruparam-se os
sujeitos seguindo o critério de máxima semelhança nos seus padröes de comunicaçäo
paterno-filial co ' m os membros do seu próprio grupo e máxima diferença em relaçäo aos
restantes grupos, aplicando a técnica de clusterizaçäo K-means. Uma vez obtidos estes
grupos elimina-se o grupo intermédio e analisam-se as diferenças nos factores do
questionário de auto-conceito, entre o grupo Comunicaçäo Familiar Alto e o Baixo, mediante a
análise discriminante.
No quadro 12 pode verificar-se que existem diferenças no auto-conceito das crianças
com núcleos familiares com baixa e alta comunicaçäo familiar. Os pertencentes a famílias com
menos comunicaçäo têm menor Interac äo familiar, mais Labilidade Emocional, menor


Interacçäo com Pares, e menor Sucesso Acadêmico (validade de critério).

14

AFA - Auto-Conceito

A partir dos resultados em auto-conceito prevê-se o nível de comunicaçäo familiar em


63% dos casos de comunicaçäo alta e em 69% dos de comunicaçäo baixa (Quadro 13)
(Validade preditiva).

VARIAVEL Correlaçäo F p Alta Baixa


Interacçäo Familiar 0.828 39.788 <0.001 21.000 8.000
Labilidade Emocional 0.452 11.860 <Offil 11.000 7.000
Interacçäo com Pares 0.450 11.743 <0,001 12.000 7.000
Desempenho Acadêmico 0.510 15.099 <0.001 18.000 15.000

Quadro 12 : Resultados da análise discriminante entre os grupos de comunicaçäo familiar Alta e


Baixa
Nota. - Lamba de Wilks = 0.850; F = 9.519; GL = 3,324; P = 0.00;
CHI-quadrado = 52.926; GL = 3; P = 0.00; Correlaçäo Canónica = 0.387

Atribuídos
Alta Baixa TOTAL
Alta 63.00 37.00 100.00
Baixa 30.77 69.23 100.00
TOTAL 52.87 47.13 100.00

Quadro 13: Prextisöes da funçäo discriminante

Num segundo trabalho, Musitu et al. (1990) analisaram, com a mesma amostra, a
relaçäo entre o auto-conceito (AFB) e a comunicaçäo familiar (C. F. 88) mas incluindo no
desenho os efeitos do contexto sócio-familiar. Pretendia-se por um lado, analisar em dois
âmbitos sócio-familiares diferentes, a influência da comunicaçäo paterno-filial no auto-conceito
do filho e por outro, verificar se com níveis de interacçäo paterno-filiais equivalentes existiam
diferenças no auto-conceito em funçäo do contexto familiar. O contexto sócio-familiar
operacionalizou-se consoante a zona de residência do sujeito em duas categorias: zona näo
marginalizada e zona marginalizada, tendo em conta o facto de terem realizado os seus
estudos em Centros de Educaçäo Normalizada ou em Centros de Acçäo Educativa Singular,
sendo que estes últimos estäo situados em zonas com graves problemas de marginalizaräo
social.

Aplicou-se uma ANOVA obtendo para cada âmbito sócio-familiar diferenças


significativas no auto-conceito em funçäo do nível de interacçäo. Näo se encontraram, no
entanto, diferenças significativas segundo o âmbito sócio-familiar do sujeito, no auto-conceito
nos níveis de interacçäo altos e baixos (Quadro 14).

Os resultados confirmam a ideia de que näo há diferenças entre os auto conceitos dos
indivíduos em funçäo do seu meio sócio-cultural quando a comunicaçäo familiar tem níveis
altos ou baixos (excepto no self físico). Contudo, nos níveis de comunicaçäo intermédios, os
sujeitos que habitam em zonas marginalizadas revelam um mais baixo autoconceito familiar,
emocional e social. Näo há diferenças entre os grupos no autoconceito acadêmico. Este efeito
diferencial amortiza-se, tal como anteriormente foi mencionado, quando o nível de
comunicaçäo é alto, uma vez que näo surgem diferenças entre os dois grupos. Quando o
nível de comunicaçäo é baixo, o clima sócio familiar näo parece afectar diferencialmente os
sujeitos de zonas marginalizadas, que apresentam um perfil relativo ao autoconceito muito
similar ao grupo da zona normalizada. Dos resultados gerais infere-se que os níveis de
comunicaçäo altos e baixos têm consequências similares nos auto- conceitos dos filhos
independentemente da sua zona de procedência. Neste sentido, a literatura científica sugere
que as interacçöes paterno-filiais altas proporcionam aos membros o apoio emocional
necessádo para o desenvolvimento do autoconceito (Livosky e Dusek, 1985). Observou-se
também que as interacçöes negativas geram a procura de grupos de apoio fora do sistema
familiar (Hortaçsu, 1989). Este facto poderia explicar que, para um mesmo nível de

15

"É"

AFA -Auto-Conceito Forma A


comunicaçäo, independentemente dos meios socio-familiares serem distintos, näo se
obtenham diferenças significativas no auto-conceito e que seja a comunicaçäo familiar a
variável relacionada com estes efeitos. (Validade de conteúdo).

Comunicaçäo Familiar

baixa média alta F p Tukey


(05)*

Area de educaçäo Normalizada

n 113 146 67 326


Interacçäo Familiar 13.009c 11.856b 10.836a 12.241 <0.001 0.927
Labilidade Emocional 10.230a 9.849 n.s. 9.836b 4.289 0.016 0.596
Interacçäo com Pares 7.558b 6.925a 6.896a 6.684 0.001 0.480
Desempenho Acadêmico 14.504b 13.767b 13.313a 4.520 0.012 0.863

Area de Acçäo Educativa Singular

n 114 87 37 238
Interacçäo Familiar 12.772b 11.092a 10.297a 14.913 <0.001 1.044
Labilidade Emodonal 10.307 10.414 9.676 1.987 0.139 -
Interacçäo com Pares 7.605 7.172 7.054 2.820 0.062 -
Desempenho Acadêmico 14.71 1 b 13.920 n.! 13.568a 4.221 0.016 0.914
F p F p F p
N 227 233 104
Interacçäo Familiar 0.291 0.590 4.509 0.035 1.408 0.238
Labilidade Emocional 0.087 0.768 4.883 0.028 0.613 0.435
Interacçäo com Pares 0.055 0.814 1.538 0.216 0.230 0.633
Desempenho Acadêmico 0.330 0.566 0.189 0.664 0.259 0.612

Quadro 14: Resultados da ANOVA


a-b: a>b (p<.05); a-b-c: a>b>c (p<.05); n.s. (p<.05)
Dentro de cada zona, o efeito dos níveis de comunicaçäo no desenvolvimento do auto-
conceito é distinto: na zona näo marginalizada encontram-se diferenças significativas em
funçäo dos níveis de intercâmbio paterno-filiais nos factores de interacçäo familiares,
labilidade emocional, interacçäo com pares, desempenho acadêmico, de tal forma que as
auto-percepçöes mais positivas nestes factores correspondem aos níveis de interacçäo mais
positivos e as mais negativas aos níveis de interacçäo menos positivos. Nestes factores, o
grupo intermédio tem também uma auto-percepçäo mais positiva que o grupo com uma
comunicaçäo pobre e menor que o grupo com uma maior comunicaçäo. Contudo a auto-
percepçäo da sua interacçäo com os pares e do seu self físico é similar à do grupo com altos
níveis de comunicaçäo e também semelhante em desempenho acadêmico ao grupo com
comunicaçäo pobre.
Esta relaçäo entre interacçäo paterno-filial e factores do autoconceito também se
verificou no meio socio-familiar marginal obtendo-se diferenças significativas nos factores de
interacçäo familiar, integraräo escolar e desempenho acadêmico. No grupo de comunicaçäo
intermédio näo se obtêm diferenças significativas em nenhum destes factores relativamente
aos grupos de comunicaçäo com níveis de interacçäo baixos e altos excepto em interacçäo
familiar onde se observa que têm uma maior auto-percepçäo que o grupo de baixa
comunicaçäo. As diferenças entre os níveis de interacçäo nestes factores surgiram nos dois
grupos de comunicaçäo extremos: alto e baixo. Também näo se encontram diferenças

16

AFA - Auto-Conceito

significativas entre os sujeitos deste grupo marginal ' nos factores labilidade emocional e
interacçäo com pares. Estes resultados parecem sugerir que neste meio sócio-familiar o nível
de comunicaçä ' o familiar näo influi diferencialmente, com particular relevância para o
desenvolvimento do indivíduo. Na literatura científica assinalou-se que apesar da família
exercer uma poderosa influência no desenvolvimento do indivíduo, os jovens com um clima
familiar negativo procuram no grupo de pares ou em outros adultos, uma fonte de bem-estar
que lhes proporcione apoio emocional, valores, crenças e atitudes (Pipp et ai., 1984; Hortaçsu,
1989). Neste sentido, e tendo em conta que na adolescência o significado e intensidade das
relaçöes com os amigos - os pares - se incrementam à medida que diminui a dos pais (Noller
& Bage, 1985; Moore, 1987) aqueles podem influir em maior medida nas autopercepçöes do
adolescente acerca da sua própria identidade e valia pessoal do que a família.

Infere-se destes resultados que os processos de interacçäo paterno-filiais incidem num


maior número de factores do autoconceito nos sujeitos com um processo escolar normalizado.
Neste sentido säo numerosas as investigaçöes que relacionam a interacçäo familiar com a
capacidade de adaptaçäo aos diferentes âmbitos de competência social (Nelson, 1984; Musitu
et ai., 1985, 1988; Estarelles, 1987).

Conduta pró-social

Na tese de doutoramento de Gutiérrez (1989) relacionou-se o Autoconceito com a


Conduta Pró-social operacionalizada a partir de um questionário de 70 itens e seis factores
(Quadro 15) elaborado pelos autores. No quadro 15 apresenta-se uma síntese dos
resultados obtidos mediante a aplicaçäo da ANOVA designando como variáveis
dependentes os seis factores de Conduta Pró-social e como variável independente os três
grupos de auto-conceito divididos mediante a técnica de Cureton.

Auto-conceito
Conduta Pró-social ACADÉM/CO EMOCIONAL SOCIA FAMILIAR

F P relaçäo F p relaçäo F p relaçäo F P relaçäo


AJUDA QUOTIDIANA 2.5 .078 o 0.1 .875 o 1.1 .343 o 3.5 .30 +
AJUDA EXCEPCIONAL 3.3 .037 + 0.8 .429 o 2.2 .104 o 2.1 .114 o

DEFESA ECOLóGICA 6.5 .001... 0.4 .617 o 0.4 .651 o 4.4 .012 +

AJUDA A NECESSITADOS 2.9 .054 o 0.7 .213 o 0.7 .483 o 1.4 .238 o
RESOLUÇÄO DE CONFLITOS 4.5 .010 ++ 2.4 .798 o 2.4 .087 o 4.3 .013 +
FILANTROPISMO 4.3 .014 + 0.7 .018 + 2.6 .496 o 2.6 .075 o

Relaçäo positiva ou negativa com SIGNIFICANCIA MUITO ALTA (p <.001)


++: - Relaçäo positiva ou negativa com SIGNIFICANCIA ALTA (p <.01)
+; Relaçäo positiva ou negativa com SIGNIFICANCIA MÉDIA (p <.05)
0: Relaçäo positiva ou negativa NÄO SIGNIFICATIVA.

Consumo de Drogas

Pons et al.(`1990) e Berjano, García, Gracia e Musitu (1991) conduziram um trabalho


em que relacionaram o auto-conceito (A1F13) com o consumo de drogas numa populaçäo de
564 alunoslas do segundo ciclo do EG13. Os factores do auto-conceito foram designados
como variáveis dependentes numa análise de variâncía levada a efeito com a finalidade de
conhecer as diferenças significativas no auto-conceito, em funçäo do consumo de drogas
(Quadro 16). Os resultados confirmam o facto de os alunos consumidores terem um auto-

17

AFA -Auto-Conceito Forma A

conceito significativamente mais negativo que os näo consumidores (Berjano, 1988).


(Validade diferencial e de conteúdo).

Auto-conceito

Consumo de INTERACÇÄO FAMILIAR LABILIDADE INTERACÇÄO PARES


SUCESSO A CADÉMICO
drogas EMOCIONAL

F p relaçäo F p relaçäo F p relaçäo F p relaçäo


Tabaco 15.0 <0.001 --- 0.4 0.481 o 6.3 0.012 - 7.4 0.007
Cerveja 12.2 <0.001 --- 0.2 0.593 o 0.9 0.323 o 7.3 0.007
Vinho 7.1 0.008 ... 0.1 0.665 o 0.7 0.403 o 5.2 0.022
Destilados 13.2 <0.001 --- 0.1 0.913 o 1.2 0.300 o 12.2 0.001 ---
Inaláveis 13.2 <0.001 --- 0.0 0.897 o 0.0 0.791 o 3.4 0.062 o
Cannabis 31.1 <0.001 --- 3.6 0.057 o 0.6 0.415 o 5.3 0.022
Relaçäo positiva ou negativa com SIGNIFICANCIA MUITO ALTA (ps.001)
++: - Relaçäo positiva ou negativa com SIGNIFICANCIA ALTA (p <.01)
+; Relaçäo positiva ou negativa com SIGNIFICANCIA MÉDIA (p <.05)
0. Relaçäo positiva ou negativa NÄO SIGNIFICATIVA.

Escola
Integraräo escolar. Gutiérrez (1989) encontrou relaçöes entre a Integraräo Escolar
dos alunos - avaliada pelos professores mediante uma escala de sete itens e dez
alternativas - e o auto-conceito. As mais importantes relacionavam integraräo escolar com a
dimensäo acadêmica da escala AFA (Validade concorrente).

Auto-conceito
Integraräo Escolar ACADÉMICO EMOCIONAL SOCIAL FAMILIAR

F p relaçäo F p relaçäo F p relaçäo F p relaçäo

Aceitaçäo por colegas 5.9 .003 ++ 0.6 .547 o 1.1 .342 o 1.6 .200 o

Adaptaçäo ao ambiente 17.6 <.001 ... 1.4 .230 o 2.9 .054 o 3.1 .043
escolar

Conduta na sala 14.8 <.001 ... 0.2 .814 o 3.3 .035 + 7.4 <.001...

Cooperaçäo com o 25.2 <.001 ... 0.1 .852 o 0.1 .880 o 1.3 .274 o
pirofessor

Cooperaçäo com colegas 13.4 <.0011 ... 0.2 .790 o 0.7 .477 o 3.6 .028 +

Coop. Activi. fora da sala 12.9 <.001 ... 0.0 .962 o 1.5 .225 o 1.2 .299 o

Coop. Pais-escola 6.1 <.001 ... 12.8 .057 O 0.2 .758 O 3.1 .042 +

Relaçäo positiva ou negativa com SIGNIFICANCIA MUITO ALTA (p <.001)


++: Relaçäo positiva ou negativa com SIGNIFICANCIA ALTA (p <.01)
+; Relaçäo positiva ou negativa com SIGNIFICANCIA MÉDIA (p <.05)
0: Relaçäo positiva ou negativa NÄO SIGNIFICATIVA.

No quadro 17 podem observar-se os resultados deste trabalho, obtidos com


ANOVAS designando como variável independente três grupos de auto-conceito (definidos
mediante a técnica de Cureton) e como dependente cada um dos factores de Integraräo
Escolar.
Numa investigaçäo prévia (Gutiérrez e Musitu, 1985) verificou-se que a dimensäo
acadêmica era a que mais se relacionava com as variáveis de integraräo escolar e também
com a capacidade e eficácia no estudo. Estes resultados conferem maior peso e significado

18

AFA - Auto-Conceito

à validade de conteúdo. Shavelson e Bolus (1982) consideram que o rendimento acadêmico


se correlaciona mais intensamente com a autoestima acadêmica. Neste mesmo estudo
verificou-se que a dimensäo social se relaciona significativamente com a aceitaçäo dos
companheiros e a adaptaçäo social e uma ausência total de relaçäo com aquelas variáveis
de conteúdo acadêmico, o que corrobora os postulados do modelo de Shavelson. A
avaliaçäo das variáveis de integraräo escolar, nos seus diversos aspectos, foi efectuada
mediante informaçöes do professor-tutor da criança.

Shrauger et ai. (1979), baseando-se na perspectiva do interaccionismo simbólico,


reviram 50 investigaçöes que comparavam auto-percepçöes com descriçöes realizadas por
outros e concluíram que näo existe acordo consistente entre as auto-percepçöes dos
sujeitos e a forma como estes säo percebidos pelos outros.

A convergência que observámos entre a auto-avaliaçäo das crianças e a avaliaçäo


dos professores em algumas destas dimensöes explica-se pelo facto de que as duas partes
estäo a avaliar as mesmas características específicas. Os professores observam os
estudantes durante largos períodos de tempo e em diferentes contextos; relacionam-se com
uma ampla variedade de alunos, pelo que têm uma vasta base de comparaçäo e, além
disso, estäo habituados a discriminar entre múltiplos estudantes. Portanto, para além de
estarem supostamente muito mais capacitados para avaliarem essas variáveis que muitos
dos observadores utilizados em alguns dos estudos citados por Shrauger, os professores
como «outros significativos» particularmente importantes, podem exercer um impacto nas
auto-percepçöes dos pré-adolescentes, o que parece contribuir para que o acordo entre
estas duas medidas seja elevado.

Reprovaçöes. Com uma amostra de 424 sujeitos de ambos os sexos, com idades
compreendidas entre os 14 e os 18 anos que realizavam no ano lectivo 1988189 estudos
secundários em escolas privadas e públicas, Soto et ai. (1990) analisaram, mediante a
técnica ANOVA, as diferenças em autoconceito em alunos repetentes (um ou mais anos
repetidos) e alunos näo repetentes (Quadro 18), encontrando diferenças significativas entre
os dois grupos na dimensäo Desempenho Acadêmico. (Validade concorrente e
discriminante).

Autoconceito

Consumo de drogas INTERACÇÄO LABILIDADE INTERACÇÄO SUCESSO


FAMILIAR EMOCIONAL PARES ACADÉMICO
F P relaçäo F P relaçäoF P relaçäo F P relaçäo1

Anos repetidos 1 1.7 0.211 o 0.5 0.582 O 0.4 0.610 O 3.0 0.049

+; Relaçäo positiva ou negativa com SIGNIFICANCIA MÉDIA (p <.05)


0: Relaçäo positiva ou negativa NÄO SIGNIFICATIVA.

Intervençäo sobre o Autoconceito,

Num trabalho com um desigin experimental pré-teste - pós-teste - teste diferido com

grupo controlo e experimental, analisou-se a eficácia de um treino de,aptidöes sociais para

reduzir o número de rejeiçöes dos pares na turma e incrementar o autoconceito. A amostra


era composta por 108 rapazes e raparigas distribuídos em dois grupos: o experimental com
60 sujeitos (55,56% da amostra) e o controlo com 48 sujeitos (44,44%). Os sujeitos
estavam divididos em três grupos em funçäo do teste sociométrico: 37 (34,26%) líderes (L),

19

MA

AFA -Auto-Conceito Forma A

33 (30,56%) bem adaptados (BA) e 38 (35,19%) rejeitados (R). Juntaram-se os grupos bem
adaptados e rejeitados num só e analisaram-se as diferenças no autoconceito. Os
resultados estäo sintetizados no quadro 19 (García, 1991).
Obtiveram-se resultados semelhantes numa investigaçäo anterior (Musitu, 1983) em
que, através de um programa de intervençäo ecológico em que participavam pais,
professores e pares, conseguiu incrementar-se o autoconceito nos jovens rejeitados,
essencialmente o autoconceito social e o acadêmico. Conseguiu-se também uma maior
integraräo dos jovens na aula.

Autoconceito

Integraräo ACADÉMICO EMOCIONAL SOCIAL FAMILIAR


Social
Rejeitados vs. adaptados

F P relaçäo F P relaçäo F p relaçäo F P Relaçäo


rejeit. Adap. rejeit Adap. rejeit. Adap. rejeit. Adap.
PRÉ-TESTE 12.8 0.001 ... 0.0 0.846 o 4.5 0.035 + 5.5 0.021 +
32.54 36.90 - - 24.24 25.78 25.18 27.66
PóS-TESTE 4.3 0.041 + 2.6 0.109 o 5.3 0.024 + 25.7 <0.001 ...
34.17 37.23 - - 24.67 26.67 23.35 29.16
TESTE 3.2 0.074 o 0.5 0.460 o 3.9 0.050 o 6.6 0.012 +
DIFERIDO - - - - - - 25.18 27.89

Rejeitados do grupo experimental vs. do grupo de controlo

F p relaçäo F
P relaçäo F P relaçäo F p Relaçäo
rejeit. Adap. rejeit
Adap. rejeit. Adap. rejeit. Adap.

PRÉ-TESTE 0.5 0.471 o


0.7 0.415 o 0.8 0,382 o
33.20 31.77
24.70 23.70 24.45 26.06
PóS-TESTE 3.4 0.079 o
14.2 0.001 ... 0.5 0,491, o
35.89 31.10
28.17 22.00 23.94 22.30
TESTE 0.0 0.921 o
1.6 0.213 o 0.7 0,397 o
DIFERIDO 33.88 34.10
25.50 23.30 24.55 26.30
Comparaçäo estabilidade em rejeitados grupo experimental e
controlo
F P relaçäo F p
relaçäo pFrelaçäo F p Relaçäo
rejeit. Adap. rejeit
Adap.rejeit. Adap.rejeit.Adap.

CONTROLO 0.6 0.581 o


0.6 0.573o2.10,144o
EXPERIMENTAL 1.2 0.295 o
3.8 0.028+0.10,944o

Pré
PósDiferido
Tukey (.05) = 3.160 24.7
28.225.5
b
an.s.3
Relaçäo positiva ou negativa com SIGNIFICANCIA MUITO ALTA (p <.001)
++: - Relaçäo positiva ou negativa com SIGNIFICANCIA ALTA (p <.01)
+; Relaçäo positiva ou negativa com SIGNIFICANCIA MÉDIA (p <.05)
0: Relaçäo positiva ou negativa NÄO SIGNIFICATIVA.

20

AFA - Auto-Conceíto

3. ADAPTAÇÄO PORTUGUESA

3.1 Traduçäo

Numa primeira fase, o instrumento foi traduzido separadamente por 4 psicólogos,


tendo havido o cuidado de adequar os itens à língua portuguesa e aos níveis de
escolaridade dos sujeitos a que se destina o teste, mantendo os itens o mais próximo
possível da versäo original. Em seguida, foi solicitado a um psicólogo espanhol que retro-
traduzisse os itens do questionário, tendo-se procedido às respectivas correcçöes. Obteve-
se assim uma primeira versäo experimental, que foi aplicada a 1 1 O sujeitos do 90 e 121 ano
(Quadro 20), para verificar se existiam dificuldades na compreensäo das instruçöes ou dos
itens.

TI Ano lZI Ano Total


Rapazes 34 12 46 11

ar' a@s 30 1 34 64
ota 1 46

2W _@M

Quadro 20: Caracterizaçäo da amostra experimental

Na sequência das dúvidas levantadas pelos sujeitos, na situaçäo de pré-teste, foram


introduzidos algumas alteraçöes na formulaçäo dos itens, nomeadamente nos números 14 e
25. O item 14 "Trabalho muito bem com as mäos" foi reformulado para `Executo bem
trabalhos manuais`. O item 25 "As pessoas tomam-me de ponta" passou para `As pessoas
embirram comigo`.

3.2 Aplicaçäo para derivaçäo de normas

3.2.1 Caracterizaçäo da amostra

Para adaptaçäo deste questionário procedeu-se à sua aplicaçäo a 1218 jovens do 90


e 121 anos que frequentavam escolas públicas da área da Grande Lisboa. Destes foram
eliminados 175 protocolos, obtendo-se uma amostra final de 1043 jovens. Nos quadros 21
e 22 apresenta-se a caracterizaçäo da amostra em termos de escolaridade, sexo e idade.

911 Ano 120 Ano Total

a azes 259 212 471


a ar' as 296 276 572
Total 555 488 1043

Quadro 21. Caracterizaçäo da amostra de estandardizaçäo por anos de escolaridade e sexo.

Média Mínimo Máximo


90 ano 14.4 1 3 20
120 ano 17.5 16 22

Quadro 22. Caracterizaçäo da amostra de estandardizaçäo por anos de escolaridade e


por idade.

4 Foram eliminados todos os protocolos em que os sujeitos deram respostas múltiplas a um


mesmo item ou
näo responderam à totalidade dos itens.

21
LV

AFA -Auto-Conceito Forma A

3.3 Comparaçäo de médias

No quadro 23, säo apresentadas algumas estatísticas descritivas referentes à


amostra total, nomeadamente a média, a mediana, os valores mínimo e máximo e o desvio-
padräo.

Variável Média Mediana Mínimo Máximo Desvio Padräo


Escala A 23.96 24 16 32 2.37
Escala S 13.04 13 5 15 1.82
Escala E 17.86 18 12 25 2.27
Escala F 15.01 15 6 18 1.88
Total 69.87 70 43 84 5.3

Quadro 23: Média, mediana, mínimo, máximo e desvio padräo da amostra por escala (n=1043).

Para comparar as médias entre sexos e níveis de escolaridade, avaliou-se a


normalidade da distribuiçäo dos resultados obtidos pela amostra nas diferentes escalas,
seguindo dois métodos:
1. análise da distribuiçäo de frequências (Quadros 24 e 27).
2. teste de normalidade (K-S test, Lilhefors Probabilities) (Quadro 29).
Verificou-se, assim, que os dados seguem uma distribuiçäo Normal. Apenas na
escala S se verifica uma ligeira inflaçäo dos resultados, o que parece indicar que os jovens
desta faixa etária têm um auto conceito social elevado. Este facto poderá estar relacionado
com uma tarefa de desenvolvimento muito relevante nesta idade que se traduz na
integraräo e identificaçäo com os seus pares através de grupos de amigos.

Categoria Freq Freq. % %


Acum. acum.
16<= x <17 1 1 .096 .096
17<= x <18 4 5 .384 .480 Categoria Freq Freq. % %
18<= x <19 4 9 .384 .863 Acum. Acum.
19<= x <2O 18 27 1.726 2.589 5<= x <6 2 2 .192 .192
20<= x <21 45 72 4.314 6.903 6<= x <7 2 4 .192 .384
21 <= x <22 76 148 7.287 14.190 7<=! x <8 5 9 .479 .863
22<= x <23 141 289 13.519 27.708 8<= x <9 13 22 1.246 2.109
23<= x <24 161 450 15.436 43.145 9<= x <1O 21 43 2.013 4.123
24<= x <25 159 609 15.244 58.389 1 0<= x <1 1 58 101 5.561 9.684
25<= x <26 165 774 15.820 74.209 1 1 <= x <1 2 102 203 9.779 19.463
26<= x <27 126 900 12.081 86.289 12<= x <13 149 352 14.286 33.749
27<= x <28 74 974 7.095 93.385 13<= x <14 181 533 17.354 51.103
28<= x <29 38 1012 3.643 97.028 14<= x <15 238 771 22.819 73.921
29<= x <3O 21 1033 2.013 99.041 15<= x <16 272 1043 26.079 100.000
30<= x <31 8 1041 .767 99.808 Faltam 0 1043 0.00001 100.000
31 <= x <32 1 1042 .096 99.904

32<= x <33 1 1043 .096 100.000 Quadro 25: Quadro de frequências para a escala S
Faltam O 1043 1 0.000 1 100.000

Quadro 24: Quadro de frequências para a escala A

22
AFA - Auto-Conceito

Categoria Freq. Freq. % %


Acum. Acum.
12<= x <13 6 6 .575 .575
13<= x <14 21 27 2.013 2.589
114<= x <115 36 63 3.452 6.040
115<= x <16 92 155 8.821 14.861 Categorias Freq. % %
16<= X <17 136 291 13.040 27-.900 Freg. Acum. Acum.

17<= x <18 181472 17.354 45.254 43<= x <44 1 1 .


095877 .0959
18<= x <19 169641 16.203 61.457 44<= x <45 o 1
0.000000 .0959
119<= x <2O 163804 15.628 77.085 45<= x <46 o 1
0.000000 .0959
20<= x <21 108912 10.355 87.440 46<= x <47 o 1
0.000000 .0959
211<= x <22 74986 7.095 94.535 47<= x <48 o 1
0.000000 .0959
22<= x <23 311017 2.972 97.507 48<= x <49 o 1
0.000000 .0959
23<= x <24 201037 1.918 99.425 49--- x <5O o 1
0.000000 .0959
24--- x <25 31040 .288 99.712 50<= x <51 2 3 .191755
.2876
1 25<= x <26 1 3l 1043 1 .288 1 100.000 1 51 <= x <52 o 3
0.000000 .2876
Faltam 1 01 1043 1 0.000 1 100.000 1 52<= x <53 o 3
0.000000 .2876
Quadro 26: Quadro de frequências para a escala E 53<= x <54 2 5 .
191755 .4794
54<= x <55 1 6 .095877 .5753
Categoria Freq Freq. % % Acum. 55<= x <56 1 7 .
095877 .6711
Acum. 56<= x <57 5 12 .479386 1.1505

6<= x <7 1 1 .096 .096 57<= x <58 7 19 .671141 1.8217


7<= x <8 0 1 0.00 .096 58<= x <59 8 27 .767018 2.5887
8<= x <9 3 4 .287 .384 59<= x <6O 8 35 .767018 3.3557
9<= X <1O 5 9 .479 863 60<= x <611 8 43 .767018 4.1227
1 0<= x <1 1 14 23 1.342 2.205 61 <= x <62 22 65 2.109300 6.2320
1 1 <= x <1 2 22 45 2.109 4.315 62<= x <63 24 89 2.301055 8.5331
12<= x <13 62 107 5.944 10.259 63<= x <64 39 128 3.739214 12.2723
13<= x <14 99 206 9.491 19.750 64<= x <65 43 171 4.122723 16.3950
114<= x <15 152 358 - 14.573 34.324 65<= x <66 38 209 3.643337 20.0384
15<= x <16 209 567 20.038 54.362 66<= x <67 56 265 5.369128 25.4075
16<= x <17 243 810 23.298 77.660 67<= x <68 52 317 4.985618 30.3931
17<= x <18 176 986 16.874 94.535 68--- x <69 67 384 6.423778 36.8169
18<= x <19 57 1043 5.465 100.000 69--- x <7O 69 453 6.615532 43.4324

---r----T`100.000 70<= x <711 88 541 8.437200 51.8696


Faltam 1 O1 1043 0.000 71 <= x <72 72 613 6.903164 58.7728

Quadro 27: Quadro de frequêneias para a escala F 72<= x <73 85 698 8.149569 66.9223
73<= x <74 86 784 8.245446 75.1678

variável N Desvio Máxirno p 74<= x <75 74 858


7.094919 82.2627
Escala A 1043* -09* p<.01* 75<= x <76 50
908 4.793864 87.0566
Escala S 1043* .19* p<.01* 76<= x <77 41 949
3.930968 90.9875
Escala E 1043* .10* p<.011* 77<= x <78 29
978 2.780441 93.7680
Escala F 1043* -16* p<.01* 78<= x <79 17 995
1.629914 95.3979
Total 1043* -08* p<.01* 79<= x <8O 20 1015
1.917546 97.3154
Quadro 29: K-S Test, Lilliefors Probabilities (estäo assinalados 80<= x <81
14 1029 1.342282 98.6577
os valores significativos) 81 <= x <82 7 1036
-671141 99.3289
82<= x <83 3 1039 .
287632 99.6165
83<= x <84 3 1042 .
287632 99.9041
84<= x <85 1 1043 .
095877 100.000
0
Faltam 0 1043 1 0.000000
1100.000
0

Quadro 28: Quadro de frequências para a escala Total

Comparaçäo entre anos de escolaridade

Comparando as médias dos resultados obtidos pelos sujeitos do 911 e 120 anos
(Quadro 30) verifica-se a existência de diferenças significativas entre os grupos para as
escalas A (p=0.00031), S (p=0.000108), F (p=0.002716) e Total (p=0.000720), sendo todas
as diferenças favoráveis ao 91 ano. Assim pode dizer-se que os jovens do 91 ano têm um

23

AFA -Auto-Conceito Forma A

autoconceito acadêmico, social e familiar mais elevado que os jovens do 121 ano. O seu
autoconceito global é também superior ao do grupo do 121 ano.
Variável Média 91 ano Média 121 ano Valor de t gi p
Escala A 24.21 * 32.68* 3.62* 1041 .00*
Escala S 13.25* 12.81 * 3.89* 1041 .00*
Escala E 17.76 17.96 -1.40 1041 .16
Escala F 15.18* 14.83' 3.00* 1041 .00
Total 70.40* 69.28* 3.39* 1041 .00

Quadro 30: Comparaçäo de médias entre o 91 e 121 anos de escolaridade, utilizando o Teste t
para amostras independentes
*diferenças significativas a p<0.001.

Comparaçäo entre sexos

A comparaçäo entre as médias dos resultados obtidos por rapazes e raparigas


(Quadro 31) revela diferenças significativas nas escalas A (p=0.0057), E (p=0.000) e F
(p=0.000063), sendo uma diferença favorável ao sexo feminino nas escalas A e F e
favorável ao sexo masculino na escala E. Pode, pois, dizer-se que o sexo feminino tem um
auto conceito acadêmico e familiar mais elevado em média que o sexo masculino. De igual
modo, os rapazes apresentam um auto conceito emocional mais elevado em média que as
raparigas.

Variável Média sexo F Média sexo M Valor de t 91 p


Escala A 24.14* 23.74* 2.77* 1041 .01*
Escala S 13.06 13.03 .23 1041 .82
Escala E 17.52* 18.26* -5.27* 1041 .00*
Escala F 15.22* 14.76* 4.02* 1041 .00*
Total 69.95 69.78 .50 1041 .62

Quadro 31: Comparaçäo de médias entre o sexo masculino o sexo feminino, utilizando o
Teste t para amostras independentes
diferenças significativas a p<0.01.

3.4 Correlaçöes

As intercorrelaçöes, tal como se mostra no quadro 32, entre as escalas säo


relativamente baixas, o que seria de esperar, uma vez que se supöe existirem quatro
factores independentes. A correlaçäo de cada uma das escalas com o total é elevada, o que
indicia a existência de um constructo global subjacente à prova.

V Escala A Escala S Escala E Escala F


Escala A
Escala S .33'
Escala E .10* .23*
Escala F .22* .32* .10*
Total .681 .70' .581 --60,

Quadro 32: Matriz de correlaçöes (Pearson r) entre as escalas e das escalas com o resultado total.
* diferenças significativas a p<.05)

3.5 Análise dos itens e precisäo

A análise do quadro 33 permite verificar que a maioria dos itens se correlaciona acima de
0.20 com o total da escala e que a sua omissäo faria baixar o valor do coeficiente alfa de
Cronbach. As excepçöes mais relevantes r'elacionam-se com o item 6 da escala E `Quando
me porto mal nas aulas, sinto-me desgostoso(a)" e o item 15 da escala E "Preocupo-me
muito com tudo", ambos com uma correlaçäo quase nula com o total da escala. Contudo, a
análise dos itens em relaçäo ao total da subescala a que pertencem apresenta resultados

24

AFA - Auto-Conceito

mais satisfatórios (Quadros 33). Neste caso, praticamente todos os itens se correlacionam
com o total da sua escala com valores acima de .20. A excepçäo mais significativa respeita
ao item 23: "Sou desajeitado (a) em muitas coisas" da escala E.

Média se item for Var. se item for dp se item for Correlaçäo Correlaçäo Alfa se item
for

apagado apagado apagado item - total item-total da apagado


subescala
4.99
ITEM 1 76.01 24.86 .31 .30 .58
ITEM 2 76.52 25.32 5.03 .27 .39 .58
ITEM 3 76.87 27.24 5.22 -.11 - .62
ITEM 4 76.77 27.32 5.23 -14 .61
ITEM 5 77.23 28.15 5.31 -.25 - 63
ITEM 6 76.61 26.27 5.12 .02 .24 .61
ITEM 7 77.11 25.76 5.08 .14 .24 .59
ITEM 8 76.48 26.08 5.11 .16 .28 .59
ITEM 9 76.32 25.07 5.01 .27 .24 .58
ITEM 10 76.76 25.43 5.04 .15 .21 .59
ITEM 1 1 76.34 25.12 5.01 25 .23 .58
ITEM 12 76.60 24.55 4.96 .33 .32 .58
ITEM 13 76.50 24.28 4.93 .34 .38 .57
ITEM 14 76.39 25.81 5@08 14 .21 .60
ITEM 15 76.98 26.80 5.18 -.04 .14 .61
ITEM 16 76.04 24.84 4.98 .32 .38 .58
ITEM 17 76.89 25.50 5.05 .17 .27 .59
ITEM 18 77.21 28.25 5.31 -.28 - .63
ITEM 19 76.36 25.54 5.05 .16 .21 .59
ITEM 20 76.56 25.92 5.09 .16 .26 .59
ITEM 21 75.94 24.43 4.94 .41 .54 .57
ITEM 22 75.98 24.80 4.98 .35 .42 .58
ITEM 23 76.48 25.58 5.06 .21 .06 .59
ITEM 24 75.86 26.13 5.11 .10 .26 .60
ITEM 25 76.28 25.14 5.01 .27 - .58
ITEM 26 75.93 25.22 5.02 .26 1 .33 .58
ITEM 27 76.22 25.00 5.00 .25 .29 .58
ITEM 28 76.37 25.41 5.04 .22 .26 .59
ITEM 29 76.10 24.54 4.95 .33 .47 .57
ITEM 30 76.52 24.97 5.00 .24 .23 .58
ITEM 31 76.74 27.83 5@28 -.23 -Al 62
ITEM 32 76.02 25.38 5.04 .22 1 .20 .59
ITEM 33 76.63 27.51 1 5.24 -17 -.29 .62
ITEM 34 76.27 25.45 5.04 .19 .25 .59
ITEM 35 75.93 2.5 1 A G.02 00 AU .58
ITEM 36 75.99 25.48 5.05 .21 .19 .59

Quadro 33: Análise de itens. Média =78.62, Desvio padräo =5. 1 9, N válido 1043, Alfa de
Cronbach: 0.60, Média da correlaçäo inter-
itens: .038

3.6 Análise factorial

Realizou-se uma análise factorial sobre os itens para verificar se na amostra portuguesa
seriam encontrados os mesmos quatro factores que na amostra espanhola e se esses
factores corresponderiam aos factores teóricos postulados. A matriz foi depois rodada,
recorrendo a uma rotaçäo varímax normalizada. Como se pode ver no quadro 34,
encontraram-se 4 factores que, no seu conjunto, explicam 29.54% da variância dos
resultados. No quadro 35 apresentam-se os itens e respectivas saturaçöes nos quatro
factores encontrados, näo sendo considerados os valores inferiores a .250.

Verifica-se que, apesar de ter o mesmo número de factores, a estrutura encontrada


näo corresponde totalmente à referida no manual espanhol, havendo itens que näo säo
saturados em nenhum destes factores (9 e 23) e que o eram na referida amostra.

25

AFA -Auto-Conceito Forma A

Pelo conteúdo semântico dos itens, é possível reconhecer nos factores as 4 escalas
do instrumento. Assim, os factores 3 e 4 seräo, respectivamente, o factor Acadêmico e
Familiar enquanto os factores 1 e 2 säo constituídos por itens com um conteúdo,
respectivamente, mais Social e Emocional.

Factores Variäncia explicado % total da variância Variância explicado % acumulada da


acumulada variáncia
1 4.34 12.07 4.34 12.07
2 2.61 7.26 6.96 19.33
3 1.97 5.46 8.92 24.79
4 1.71 4.76 10.64 29.54

Quadro 34: Variância explicado pelos factores

Item
Saturaçöes

Factor 1 Factor 2 Factor 3 Factor 4


29. - Faço amigos com
facilidade......................................................................................................................................
........... 0.646
21. - Tenho muitos(as) amigos
(as)...............................................................................................................................................
0.628
22. - Sou um (a) rapaz (rapariga)
alegre.........................................................................................................................................
0.575
32. - Brinco com os (as) meus (minhas)
colegas...................................................................................................................................
0.509
16. - Gosto da minha maneira de
ser..............................................................................................................................................
0.492
14. - Faço bem trabalhos
manuais.........................................................................................................................................
........ 0.394
36. - Sou honesto (a) com os outros e comigo mesmo (a)
0.388
10. - Consigo desenhar bem
0.366
2. - Fico nervoso (a) quando algum professor (a) me chama
- 0.721
13. - Fico nervoso (a) quando tenho que falar na aula
0.586
12. - Sou nervoso (a)
0.565
33. - Tenho medo de algumas coisas
-0.463
7. - Fico desanimado(a) quando alguma coisa me corre mal
0.421
15. - Preocupo-me muito com tudo
0.366
3. - Digo a verdade mesmo que me prejudique
0.344
6. - Quando me porto mal nas aulas sinto-me desgostoso (a)
- -0.344
4. - Tenho boas ideias -
-0.297
20. - Os meus professores consideram-me inteligente e trabalhador (a)
- - 0.625 -
31. - Trabalho muito nas aulas -
-0.613 -
8. - Faço bem os trabalhos escolares
- 0.572 -
28. - Esqueço rapidamente o que aprendo
- 0.522 -
19. - Detesto a escola -
0.465 -
11. - Sou lento (a) a acabar os trabalhos escolares
- 0.435 -
17. - Com frequência ofereço-me como voluntário (a) na escola
- 0.414 -
35. - Sou agressivo (a) com os (as) meus (minhas) amigos (as) e familiares.
- - 0.556
27. - Sou criticado (a) em casa -
- 0.501
26. - A minha família está decepcionada comigo
- - 0.481
25. - As pessoas embirram comigo
- - 0.481
24. - Gosto de brigas e discussöes
- - 0.459
34. - Aborreço-me se os outros näo fazem o que eu digo
- - 0.425
30. - Perco a paciência facilmente
- - 0.396
1. - É difícil para mim manter os (as) amigos (as)
- - 0.311
18. - Durmo bem de noite -
- -0.349
5. - A minha família considera-me uma pessoa importante
- - -0.339
9. - Envergonho-me de muitas coisas que faço
-
23. - Sou desajeitado (a) em muitas coisas

Quadro 35: Saturaçäo dos itens depois de rotaçäo varimax normalizada

Foi também realizada uma rotaçäo varimax da matriz, encontrando-se a mesma estrutura
em 4 factores, sendo o 1 correspondente à escala Social, o 2 à escala Emocional, o 3 à
escala Acadêmico e o 4 à escala Familiar. Analisou-se, em seguida, a saturaçäo de cada
item no factor correspondente à sua subescala. Praticamente todos os itens têm a
saturaçäo máxima no factor que seria de esperar. Os resultados säo apresentados no
Quadro 36. As únicas excepçöes säo os itens 10, 14, 32 e 36, todos da escala A. Os itens
10 e 14, respectivamente, "Consigo desenhar bem` e Taço bem trabalhos manuais" têm a
saturaçäo mais elevada na escala Social, enquanto os itens 32 e 36, respectivamente
"Brinco com os (as) meus (minhas) colegas` e ".Sou honesto (a) com os outros e comigo
mesmo (a)" têm a saturaçäo mais alta na escala Social. Este resultado é compreensível

26

AFA - Auto-Conceito

tendo em conta o conteúdo semântico dos itens e pode, ainda, ser relacionado com a alta
correlaçäo encontrada entre as escalas S e A.

ITEM Factor 1 Factor 2 Factor 3 Factor 4


1 .355
16 .523
21 .693
22 .614
29 .662
2 .579
6 .405
7 .418
9 .400
12 .592
13 .599
16 .354
23 .181
33 -.452
8 .569
10 .217
11 .423
14 .174
17 .441
19 .484
20 .613
28 .513
31 -.641
32 .130
36 .225
24 .505
26 .475
27 .428
30 .379
34
1 35

Quadro 36. Saturaçäo dos'itens depois de rotaçäo varimax, no factor correspondente à


subescala a que pertencem

27

AFA -Auto-Conceito Forma A

4. NORMAS DE APLICAÇÄO

4.1 Instruçöes gerais

Devem ter-se em conta as normas de todo o exame psicológico. A aplicaçäo realizar-se-á


quando os sujeitos näo estiverem cansados, procurando que näo sejam interrompidos.
ò O local deve reunir condiçöes suficientes de dimensäo, temperatura, iluminaçäo e
ventilaçäo.
ò Os sujeitos situar-se-äo de forma a que possam trabalhar com independência.
ò É conveniente aplicar a prova quando os sujeitos näo estejam cansados -
preferencialmente nas primeiras horas de aulas e aplicar-se-á numa única sessäo.
Durante o desenvolvimento da aplicaçäo, o examinador deve estar presente para
solucionar as possíveis dúvidas que possam surgir, embora näo seja conveniente
proporcionar informaçäo acessória sobre os itens para näo comprometer a
homogeneidade da sua apresentaçäo.
Uma vez iniciada a prova, se surgir alguma dúvida é conveniente resolvê-la
individualmente para näo distrair a atençäo dos restantes.
É conveniente reunir, antes do exame, todo o material necessário para a aplicaçäo e
colocá-lo num lugar acessível ao aplicador.
O tempo de aplicaçäo deve ser suficientemente extenso para completar a prova, dar as
instruçöes e resolver as dúvidas que possam surgir antes de começar o trabalho
efectivo.
O examinador permanecerá na sala todo o tempo que dure a aplicaçäo. Terá à sua
disposiçäo o manual e um exemplar do questionário para mostrar.
Se näo se aplicaram antes outras provas, é conveniente dar aos sujeitos uma breve
explicaçäo do motivo por que se efectua o exame, insistindo no interesse que tem para
eles prestar a maior atençäo possível à sua realizaçäo. Procurar-se-á criar um clima de
aceitaçäo pondo em relevo a importância, para eles próprios, da sinceridade nas
respostas. Deste modo estabelecer-se-á o- ambiente adequado para trabalhar com
tranquilidade e com o máximo rendimento.
ò O examinador deve estar familiarizado com as instruçöes de aplicaçäo, assim como
com o conteúdo do questionário e do material a utilizar.
ò Procurar-se-á evitar que algum sujeito comece a responder antes de se dar o sinal de
início e insistir-se-á para que todos os esclarecimentos se tirem em voz alta, antes do
examinador dar o sinal para começar.
ò Quando os sujeitos estiverem a anotar as suas respostas, observar-se-á discretamente
se o fazem no lugar e da forma convenientes; se assim näo acontecer, dar-se-äo as
indicaçöes oportunas.

4.2 Instruçöes específicas

Quando todos tiverem ocupado o seu lugar para realizar a prova, distribuir-se-äo os
lápis e a folha de resposta, deixando a frente para cima, e indicar-se-á:

`Preencham com letra legível os dados que constam na parte superior da folha que
vos entreguei.- escola, nome, apelidos, idade, ano e turma.

28

enquanto que, se consideras que N ou UA


Lembra-te:

AFA - Auto-Conceito

Enquanto os sujeitos väo respondendo aos dados de identificaçäo comprovar-se-à que


todos preencheram correctamente o cabeçalho, evitando que fiquem folhas de resposta
sem identificar.
Quando todos acabarem de preencher, dir-se-á:

`Agora vamos lêr as instruçöes; eu vou fazê-lo em voz alta enquanto vocês o fazem
silenciosamente.

Depois lê-se:

Neste questionário näo existem respostas correctas ou incorrectas, NÄO É UM


EXAME. Apenas queremos conhecer a tua opiniäo. Pedimos-te por isso que leias
atentamente as perguntas antes de responder.
Na continuaçäo encontrarás uma série de frases. Lê cada uma delas com atençäo e
marca com uma bola a resposta que consideras mais apropriada.
A forma de responder é a mesma que no exemplo que está assinalado:
Se na pergunta Sou simpático a tua forma habitual de ser é SEMPRE ou QUASE
SEMPRE simpático tens que assinalar o número 1.
Se consideras que ALGUMAS VEZES és simpático, entäo tens que assinalar o 2;
CA o es, entäo irás assinalar o 3.

1. Signifíca que acontece SEMPRE


2. Signifíca que acontece ALGUMAS VEZES
3. Significa que NUNCA acontece

Procurem responder a todas as perguntas. Se näo perceberam alguma coisa,


podemos esclarecer agora. '
Pensem nas vossas respostas, mas procurem trabalhar depressa.
Se se enganarem depois de ter feito o círculo, podem rectificar anulando a resposta
incorrecta com uma cruz e rodeando de novo a correcta.
«Podem voltar a folha e começar a responden>

Se surgem dúvidas, estas devem ser esclarecidos e quando todos souberem em que
consiste a tarefa indica-se-lhes que podem começar.
Näo há tempo limite para a aplicaçäo. Os sujeitos precisam de 8 a 15 minutos para
completar o questionário. Uma vez que tenham acabado recolhe-se o material e verifica-se
se está completo, dando por terminada a aplicaçäo.

4.3 Material para a aplicaçäo

Além do manual (com as bases teóricas, descriçäo, normas de aplicaçäo e cotaçäo,


fundamentos estatísticos e interpretaçäo dos resultados), é necessário o seguinte material:

Folha de respostas
Grelha de cotaçäo
Material auxiliar: lápis e borracha

29

AFA -Auto-Conceito Forma A


S. COTAÇÄO E PONTUAÇÄO

5.1 Pontuaçöes directas

Comprovar-se-á em primeiro lugar, se o sujeito deu mais de uma resposta em algum


dos itens, e nesse caso traçar-se-á um risco vermelho horizontal anulando esse item.
Seguidamente colocar-se-á a grelha de cotaçäo transparente procurando que as
linhas do rectângulo do primeiro factor coincidam com as do exemplar.
Assinala-se 1, 2 ou 3 pontos consoante a resposta apareça através do círculo, do
quadrado ou do triângulo na grelha de correcçäo. A soma dos pontos constitui a pontuaçäo
directa do factor A que se anota na casa correspondente que figura na parte inferior da folha
sob as siglas PD.
Deslizando a chave para a esquerda corrigem-se da mesma maneira os outros três
factores. O total (T) obtém-se somando as pontuaçöes directas dos quatro factores.

5.2 Percentis

Para estimar o percentil correspondente a cada pontuaçäo directa têm que se


consultar as Tabelas 1, 2, 3 , 4, 5 e 6 onde figuram as pontuaçöes directas e os percentis
correspondentes.
Tendo sido encontradas diferenças entre as médias dos resultados obtidos pelo 90 e
120 anos e entre as médias do resultados obtidos por ambos os sexos, säo apresentadas
tabelas de normas para estes seis grupos:

Tabela 1 -. estudantes 91 ano, ambos os sexos


Tabela 2: estudantes 120 ano, ambos os sexos
Tabela 3: estudantes do 90 ano, sexo feminino
Tabela 4: estudantes do 90 ano, sexo masculino
Tabela 5-. estudantes 120 ano, sexo feminino
Tabela 6: estudantes 120 ano, sexo masculino

30

AFA - Auto-Conceito

6. TABELAS DE NORMAS
90 ANO
AMBOS OS SEXOS

PC Acadêmico Social Emocional Familiar TOTAL PC


1 0-18 0-8 0-13 0-10 0-57 1
2 19 9 - 11 58 2
3 20 - - - 59 3
4 - 10 14 12 60-61 4
5 - - - - 62 5
10 21 11 15 13 63 10
11 - - - - 64 11
15 22 - - - 65 15
20 - 12 16 14 66 20
25 - - - - 67 25
30 23 13 17 - 68 30
35 - - - 15 69 35
37 - - - 37
40 24 70 40
45 - - - 45
50 - 14 18 - 71 50
55 25 - - 16 72 55
60 - - - - 60
65 19 73 65
68 - - - 68
70 26 - - - 70
75 - 15 - 17 74 75
80 - - 20 - 75 80
85 27 - 76 85
90 - 21 - 77 90
95 28 - 18 78 95
96 - 22 - 79 96
97 - - 97
98 - - 80 98
99 - - 23 - 81 99
N 555 555 555 555 555 N
Média 24.21 13.25 17.76 15.17 70.40 Média
Desvio- 2.44 1.76 2.29 1.85 5.30 Desvio-
padräo padräo

Tabela 1: Pontuaçbes directas e percentis para estudantes 90 ano, ambos os sexos


31

'Ik@

AFA -Auto-Conceito Forma A

120 ANO
AMBOS OS SEXOS

PC Académico Social Emocional Familiar TOTAL PC


1 0-19 0-8 0-13 0-9 0-56 1
2 - - - 10 57 2
3 20 9 14 11 59 3
4 - - - - 60 4
5 - 10 15 - 61 5
10 21 - - 12 62 10
11 - - - - 63 11
15 - 11 16 13 64 15
20 22 - - - 65 20
25 - 12 - 14 66 25
30 - - 17 - 67 30
35 23 - 68 35
37 - - - - 37
40 13 - 15 - 40
45 - - 18 - 69 45
50 24 - 70 50
55 - - - - 55
60 - 14 - 16 71 60
65 25 - 19 - 72 65
68 - - - 68
70 70
75 73 75
80 - 15 20 - - 80
85 26 - -- 17 74 85
90 27 21 - 75-76 90
95 - 2 - 77-78 95
96 28 23- 18 79 96
97 - - - - 97
98 - 80 98
99 29-30 - - - - 99
N 488 488 488 488 -488 N
Média 23.68 12.81 17.96 14.83 69.28 Média
Desvio- 2.26 1.87 2.24 1.90 5.32 Desvio-
padräo _padräo

Tabela 2: Pontuaçöes directas e percentis para estudantes 1211 ano, ambos os sexos

32

AFA - Auto-Conceito

90 ANO
SEXO FEMININO

PC Acadêmico Social Emocional Familiar TOTAL PC


1 0-19 0-8 0-13 0-11 0-58 1
2 20 9 - 12 59 2
3 - - - 60-61 3
4 - 10 - 62 4
5 21 - 14 - - 5
10 22 11 15 13 63-64 10
11 - - - 14 65 11
15 - - - 66 15
20 - 12 16 - 67 20
25 23 - - 15 68 25
30 - 13 - - - 30
35 - - 17 69 35
37 24 - 70 37
40 - - - 40
45 - 14 71 45
50 25 - - - 50
55 - 18 72 55
60 - 73 60
65 - - - - - 65
68 26 15 19 16-17 - 68
70 - - - - 74 70
75 - 75
80 - - 75 80
85 27 20 76 85
90 - - - 77 90
95 28-29 21 18 78-79 95
96 - 22 - - 96
97 - - 80 97-
98 - 23 - 81 98
99 30 - - - 82 99
N 296 296 296 296 296 N
Média 24.49 13.37 17.56 15.54 70.96 Média
Desvio- 2.36 1.75 2.27 1.63 5.04 Desvio-
padräo - padräo

Tabela 3: Pontuaçöes directas e percentis para estudantes do 911 ano, sexo feminino

33

Ela

AFA -Auto-Conceito Forma A

go ANO
SEXO MASCULINO

PC Académico Social Emocional Familiar TOTAL PC


1 0-18 0-7 0-13 0-8 0-55 1
2 19 8 14 9-10 57 2
3 - 9 - - 58 3
4 - .10 11 59-60 4
5 20 - - - - 5
10 - 11 15 12 61-63 10
11 21 - - 13 - 11
15 - - 16 - 64 15
20 22 12 -- - 65 20
25 - - - 14 66 25
30 23 13 17 - 67 30
35 - - - 68 35
37 - - 37
40 - - 15 69 40
45 24 - 18 - 70 45
50 - 14 - - 50
55 - - -- 71 55
60 25 19 - 72 60
65 - - 16 - 65
68 73 68
70 - 70
75 26 - 20 74 75
80 - 15 - - - 80
85 - - - 17 75 85
90 27 21 - 76 90
95 28 22 18 77-78 95
96 - - - 96
97 - 79 97
98 29 - - 98
99 - - 23 - 80 99
N 259 259 259 259 259 N
Média 23.88 13.11 18.00 14.76 69.75 Média
Desvio- 2.48 1.76 2.30 1.99 5.54 Desvio-
padräo padräo

Tabela 4: Pontuaçöes directas e percentis para estudantes do 91 ano, sexo masculino

34
AFA - Auto-Conceito

120 ANO

SEXO FEMININO

PC Académico Social Emocional Familiar TOTAL PC

1 0-19 0-8 0-13 0-9 0-56 1


2 - - - 10 57 2
3 20 9 14 11 58 3
4 - - - - 59 4
5 - - - 12 60 5
10 21 10 15 - 61-62 10
11 11
15 22 11 - 13 63 15
20 - - 16_ - 64 20
25 - - 14 65 25
30 - 12 - - 66 30
35 23 - 17 67 35
37 - - - 37
40 - - 15 68 40
45 24 13 - 69 45
50 - - - - 50
55 - 18 - 70 55
60 - 14 - 16 71 60
65 25 - - - 72 65
68 - 19 - 68
70 - - - 70
75 - - - 73 75
80 - 15 17 - 80
85 26 - - - 74 85
90 27 20 75 90
95 28 21 - 76-77 95
96 - - - 18 - 96
97 - - 22 - 78-79 97
98 29 - - 80 98
99 30 - 23 - - 99
N 276 276 276 276 276 N
Média 23.77 12.72 17.49 14.88 68.86 Média
Desvio- 2.29 1.91 2.09 1.90 5.42 Desvio-
padräo padräo
Tabela 5: Pontuaçöes directas e percentis para estudantes do 120 ano, sexo feminino

AFA -Auto-Conceito Forma A

120 ANO
SEXO MASCULINO

PC Académico Social Emocional Familiar TOTAL PC


1 0-19 0-7 0-14 0-10 0-56_ 1
2 - 8-9 - 57 2
3 - 1.5 - 58-60 3
4 20 - - 1.1 61 4
5 - 10 - - 5
10 21 1.1 16 1.2 62-63 10
11 11
15 - - - 1.3 64-65 15
20 22 12 1.7 - 66 20
25 - - - 14 67 25
30 - - - 68 30
35 23 - 18 - 35
37 13 - - 69 37
40 - 15 - 40
45 - - 70 45
50 - - - 50
55 24 - 19 71 55
60 - 14 - - - 60
65 - - - 16 72 65
68 25 20 - - 68
70 - - - - 70
75 - - - - 73 75
80 26 1.5 21 - 74 80
85 - - - 17 - 85
90 - 22 - 75-76 90
95 27 23 77-79 95
96 - - - - 96
97 28 18 - 97
98 - - - 80 98
99 - - 24 - 81 99
N 212 212 212 212 212 N
Média 23.6 12.93 18.58 14.76 69.82 Média
Desvio- 2.22 1.83 2.29 1.90 5.15 Desvio-
padräo 1 padräo

Tabela 6: Pontua~ directas e percentis para estudantes do 12<1 ano, sexo masculino

36

AFA - Auto-Conceito

7. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

Anshel, M.H.; Mulier, D. & Owens, V.L. (1986). Effect of a sports camp experience on the
multidimensional seif-concept of boys. ~ceptual and motor sUls, 63, 363-366.

Bem, D.J. (1972). Seif-perception theory. In L. Berlkowitz (Ed). Advances in Experimental


Social Psychology, vol. 6. New York: Academic.

Berjano, E. (1988). Análisis psicosociológico dei consumo de drogas en el contexto escolar:


mecanismos de prevención. Tese Doutoramento. Dir. Gonzalo Musitu,José Maria Peiró.
Facultad de Psicologia: Universitat de Valencia.

Berjano, E.; García, F.; Gracia, E. y Musitu, G. (1991). Autoconcepto, personalidad y


consumo de drogas entre alumnos en proceso de escolarización normalizada y alumnos de
educación especial. IAM Investigació, n1 18. Valencia: Institució Valenciana d'Estudis 1
Investigació.

Brookover, W.13.; Erikson, E.L., & Joiner, L.M. (1967). SeIf-concept of ability and school
achievment, 111. Cooperative Research Project, nO 2831. East Lansing: Michigan State
University.

Brookover, W.B., Paterson, K, & Thomas, S. (1962). Seif-concept of ability and school
achievement. U.S.O.E. Cooperative Research Project, n1 845. East Lansing: Michigan State
University.

Bruner, J.S. (1958). Social Psychology and perception. In E.E. Maccoby, T.M. Newcomb &
E. L. Hartley (Eds). Readings in Social Psychology. New York: Holt, Rineheart, & Winston

Burns, R.B. (1979). The seif-concept. London: Longman.

Cronbach, L.J. (1951). Coefficíent alpiha and the internal structure of test. Psychometrika, 16,
297-334.

Estarelles, R. (1987). Clima familiar y autoconcepto en Ia adolescência. Tese


Doutoramento. Dir. Gonzalo Musitu, Antonio Clemente. Facultad de Psicologia: Universitat
de Valencia.

Fleming, J.S. & Watts, M.A. (1980). The dimensionality of seif-esteem: some results for a
college sample. Journal of Personality and Social Psychology, 39, 921-929.

García, F. (1987). Relaciones paterno-filiales: niveles de intercâmbio. Tese Licenciatura. Dir.


Gonzalo Musitu. Facultad de Psicologia: Universitat de Valencia.

García Bacete, F. (1 990). Los nitios com dificultadas de aprendízaje: los padres e los
eguales como coterapeutas. Tese Doutoramento. Dir. Gonzalo Musitu. Facultad de
Psicologia: Universitat de Valencia.

García, F. (1991). La integración escolar dei nifio con problemas de socialización.Tese


Doutoramento. Dir. Gonzalo Musitu. Facultad de Psicologia: Universitat de Valencia.

37

AFA -Auto-Conceito Forma A

García, F; Gracia, E. y Musitu, G. (1988) Diferencias en los tópicos de comunicación entre


padres e hijos, según Ia Dirección de Ia Comunicación y Ias variabies Sexo, Edad y Status.
Cuadernos de Consulta Psicológica, 4, 31-41.

Gordon, C. & Gergen, K. J. (1 968). The self in social action, vol. . 1. New York: Wiley.

Gutiérrez, M. (1 989). lnteracción familiar, autoconcepto y conducta prosocíal. Tese


Doutoramento. Dir. Gonzalo Musitu, Antonio Clemente. Facultad de Psicologia: Universitat
de Valencia.

Gutiérrez, M. & Musitu, G. (1985). Disciplina familiar, autoestima y rendimento escolar


Premio Nacional García Villegas. Boletín AEOEP. Madrid.
Harter, S. (1982). The perceived competence scale for children. Child development, 53, 87-
97.

Herrero, J.; Musitu, G.; García, F. y Gomis, M. (1990). Las práctícas educativas de los
padres en Ia adolescência. 111 Congreso de Psicologia Social. Santiago de Compostela.

Hortaçsu, N. (1 989). Targets; of communication during adolescence. Joumal of Adolescence,


12, 253-263.

Jenrich, R.I., & Sampson, P.F. (1966). Rotation for simple loading. Psychometfika, 31, 313-
323.

Jersild, A.T. (1 952). In search of se/f. New York: Bureau of Publications, Teacher's College:
Columbia University.

Lane, J. & Muiler, D. (1977). The effect of altering seif-descriptive behavíor on seif-concept
and ciassroom behavior. Joumal of Psychology, 97, 115-125.

Livosky, V.G. & Dusek, J.B. (1985). Perceptions of child rearing and seif-concept
development during the early adolescent years. Joumal of Youth and Adolescence, 14, 373-
387.

Long, B., Ziller, R.C. & Henderson, E.H. (1968). Developmental changes in the seif-concept
during adolescence. School Revíew, 76, 210-230.

Ludwig, D.J. & Maehr, M.L. (1967). Changes in seif-concept and stated behavioral
preferences. Child Development, 38, 453-467.

Marsh, H.W., & Richards, G.E. (1988). Tennessee SeIf-Concept Scale: reliability, internam
structure and construct validity. Journal of Personality and Social Psychology, 55 (4), 612-
624.

Marsh, H.W., & Smith, I.D. (1987). Cross-NationaI Study of the structure and levei of
multidimensional self-concepts: An application of confirmatory factor analysis. Australian
joumal of Psychology, 39 (1), 61-77-

38
EMIN

AFA - Auto-Conceito

Marsh, H. W., Byrne, B.M. & Shavelson, R.J. (1988). A multifaceted academic seIf-concept:
its hierarchical structure and its relation to academic achievement. Joumal of Educational
Psychology, 80 (3), 366-380.

Marx, R.W., & Winnie, P.H. (1978). Construct interpretations of three seif-concept
inventories. American Educational Research Joumal, 15, 99-108.

McIntire, W., & Drummond, (1976). Thestructure of seif-concept in second and fourth grade
children. Educational and Psychological Measurement, 36, 529-536.

Moore, D. (1987). Parent-adolescent separation: the construction of aduithood by late


adolescents. Developmental Psychology, 23, 298-307.

Murray, M. (1981). The self-esteem of winners and losers. In LX. Bunker & R.J. Rotelia
(Eds). Sport Psychology,, psychological considerations in maxímízíng sport performance.
Charlottesville, University of Virginia Press.

Musitu, G. (1!981). La integracion dei rechazado, escolar. Madrid: INCIE, MEC.

Musitu, G. (1 983). La integracion dei rechazado, escolar. Ofíentacíón para Ia educación y e/


empleo. Valencia: ICE, pp. 407-428.

Musitu, G.; y García, F. (1989a). Elaboraciôn de un instrumento para evaluar Ia


comunicaciôn padres-hijos. Comunicaçäo apresentada em XIV Escola de Estiu dei Pais
Valencia. Valencia, Julho de 1989.

Musitu, G.; y García, F. (1989b).Análisis de Ia consístencia intema dei cuestionarío de


comunicaciôn padres-híjos (C.F.). Comunicaçäo apresentada en Ia 11 Conferencia Espaäola
de Biometría. Segovia, 20-23 de Setembro de 1989.

Musitu, G.; y García, F. (1 989c). Análisis de Ia incidência de Ia comunicaciôn padres-h@os en


Ia personalidad de los híjos. Comunicaçäo apresentada em XIV Escola de Estiu dei Pais
Valencia. Valencia, Julho de 1989.

Musitu, G.; Buelga, S.; García, F. & Berjano, E. (1990). Relaciones entre Ia comunicación
familiar y el autoconcepto. VIII Congreso Nacional de Psicologia. Barcelona.

Musitu, G.; Buelga, S.; García, F; Berjano, E. ; Pons, J. & Veiga, F. (1990). Influencia dei
clima socio-familiar en los niveles de interacción paterno-filiales y en Ia personalidad de los
hijos. 111 Congreso de Psicologia Social. Santiago de Compostela.
Musitu, G. Román, J. M.;& Gracia, E. (1 988). Família y Educación. Barcelona: Labor.

Nelson, G. (1984). The relationship between dimensio ns of classroom and family


environments and the seif-con cept, satisfaction and achievement of grade 7 and 8 students.
Joumal of Comm. Psychology, 12, 276-287.

Noller, P. & Bage, S. (1985). Parent-adolescent communication. Joumal of Adolescent, 8,


145-157.

39

AFA -Auto-Conceito Forma A

Perris, C.; Jacobson,L.; Lindström, H.; Von Knorring, L. & Perris, H. (1980). Development of
a new inventora for assessing memories of parental rearing behavior. Acte Psychiatríc
Scandin, 61, 265-274.

Pipp, S. Shaver, P.; Jenning, S.; Lambrou, S. & Fisher, KM. (1984). 'Adolescents'theories
about the developrnent of their relationship with parents. Joumal of Personality and Social
Psychology, 46,991-1001.

Pons, J.; Berjano, E.; Musitu, G.; García, F. & Lila, M. (1990). Autoconcepto y consumo de
drogas. 11 Congreso dei Colegio Oficial de Psicólogos. Valencia.

Scheirer, M.A. & Krasut, R.E. (1979). Increasing educacional achievement via seif-concept
change. Review of Educational Research, 49, 131-149.

Sears, P.S. (1963). Seif-concept in the service of educacional goals. Joumal of Instructional
Improvement, 6, 3-12.

Sears, P.S., & Sherman, V. (1964). In pursuit of selfLesteem. Belmont, California:


Wadsworth.

Shavelson, R.J.; & Bolus, R. (1982). Female identity developrnent and seif-reflection in late
adolescence. Adolescence, vol. XX1V, 94, 381-392.

Shrauger, J.S., & Schoeneman, T.J. (1979). Symbolic interactionist view of seIf-concept:
through the looking glass darkiy. Psychological Builetín, 86.

Soto, M.; Escartí, A.; Musitu, G., & García, F. (1990). La influencia dei autoconcepto en el
funcionamento psicosocial dei adolescente. Psicologia y Educación. Ed. 11 Congreso dei
Colegio Oficial de Psicólogos, Madrid, 137-142.
Super, D.E. (1963). Toward making seif-concept theory operational. In D.E. Super, J.P.
Jordan, N. Maitlin, & Starishevsky (Eds). Career development: seif-concept theory. New
York: College Entrance Examination Board.

Vernon, P. E. (1 950). The structure of human abilities. London: Methuen.

Welis, L.E., & Marweli, G. (1976). Seif-esteem: its conceptualízation and measurement.
Beverly Hilis: Sage.

Wylie, R.C. (1974). The seíf-concept. Lincoin: University Nebraska Press.

Zorich, S., & Reynoids, W. M. (1 988). Convergent and discriminam validation of a measure of
social seif-concept. Joumal of Personality Assessment, 52 (3), 441-453.

40

AFA
Autoconceito Forma A

Nome completo..................................................................................................... Sexo:...........


Escola:.......................................................................................................................................
Data de nascimento:.... 1.... 1.... Idade:............ Ano:........... Turma:............

Neste questionário näo existem respostas correctas ou incorrectas, NÄO É UM


EXAME, Apenas queremos conhecer a tua opiniäo. Pedimos-te por isso que leias
atentamente as perguntas antes de responder.

A seguir encontrarás uma série de frases. Lê cada uma delas com atençäo e
assinala com uma cruz a resposta que consideras mais apropriada.

1. Significa que acontece SEMPRE.

2. Significa que acontece ALGUMAS VEZES.

3. Significa que NUNCA acontece.


Exemplo:

Na pergunta: Se marcas: Tu respondes:

Sou simpático (a) X 2 3 Sou sempre simpático (a).


1 X 3 Algumas vezes sou simpático (a).
1 2 Nunca sou simpático (a).

Autor: G. Musitu; F. García e M. Gutiárrez


Copyright 1991 @ by TEA-Ediciones
Copyright 1996C by CEGOC-TEA para a adaptaçäo portuguesa. Ediçäo CEGOC-TEA: R. Padre
Antônio Vieira, 3 - 10 1070 LISBOA
Proibida a reproduçäo total ou parcial. Todos os direitos reservados. 18 ediçäo: 1997

ESTE EXEMPLAR ESTA IMPRESSO EM TINTA AZUL E NEGRA. SE TE


APRESENTAREM UM EXEMPLAR APENAS A NEGRO É
UMA REPRODUÇÄO ILEGAL. NÄO A UTILIZES.
RESPEITA OS DIREITOS DE AUTOR E APOIA A INVESTIGAÇÄO EM
PSICOLOGIA

SEMPRE ALGUMAS NUNCA

VEZES
1. É difícil para mim manter os (as) amigos (as).......................... 1 2 3
2. Fico nervoso (a) quando algum professor (a) me chama................... 1 2 3
3. Digo a verdade mesmo que me prejudique................................. 1 2 3
4. Tenho boas ideias...................................................... 1 2 3
5. A minha família considera-me uma pessoa importante..................... 1 2 3
6, Quando me porto mal nas aulas sinto-me desgostoso (a).................. 1 2 3
7, Fico desanimado (a) quando alguma coisa me corre mal................... 1 2 3
8. Faço bem os trabalhos escolares........................................ 1 2 3
9. Envergonho-me de muitas coisas que faço................................ 1 2 3
10, Consigo desenhar bem................................................... 1 2 3
11. Sou lento (a) a acabar os trabalhos escolares.......................... 1 2 3
12. Sou nervoso (a)........................................................ 1 2 3
13. Fico nervoso (a) quando tenho que falar na aula........................ 1 2 3
14. Executo bem trabalhos manuais.......................................... 1 2 3
15. Preocupo-me muito com tudo............................................. 1 2 3
16. Gosto da minha maneira de ser.......................................... 1 2 3
17, Com frequência ofereço-me como voluntário (a) na escola................ 1 2 3
18. Durmo bem de noite..................................................... 1 2 3
19. Detesto a escola....................................................... 1 2 3
20. Os meus professores consideram-me inteligente e trabalhador (a)........ 1 2 3
21. Tenho muitos (as) amigos (as).......................................... 1 2 3
22. Sou um (a) rapaz (rapariga) alegre..................................... 1 2 3
23. Sou desajeitado (a) em muitas coisas................................... 1 2 3
24. Gosto de brigas e discussöes........................................... 1 2 3
25. As pessoas embirram comigo............................................. 1 2 3
26. A minha família está decepcionada comigo............................... 1 2 3
27, Sou criticado (a) em casa.............................................. 1 2 3
28. Esqueço rapidamente o que aprendo...................................... 1 2 3
29. Faço amigos com facilidade............................................. 1 2 3
30. Perco a paciência facilmente........................................... 1 2 3
31. Trabalho muito nas aulas............................................... 1 2 3
32. Brinco com os (as) meus (minhas) colegas............................... 1 2 3
33, Tenho medo de algumas coisas........................................... 1 2 3
34. Aborreço-me se os outros näo fazem o que eu digo....................... 1 2 3
35. Sou agressivo (a) com os (as) meus (minhas) amigos (as) e familiares... 1 2 3
36. Sou honesto (a) com os outros e comigo mesmo (a)....................... 1 2 3

Por favor, näo escrevas nada neste quadro. PD PC


A
s
E
F
T
Princípios específicos

APPORT
ASSOCIAÇÄO DOS PSICOLOGOS PORTUGUESES

S ETICOS

NOTA: Documento elaborado pela Comissäo de Ética e Deontologia da APPORT-


Paulo P. P. Machado (coordenador), Rui Abrunhosa Gonçalves, José Bernardo Keating,
Teresa McIntyre, Luís Miguel Neto, E Fernando Pocinho.
PREAMBULO

=ODUÇÄO
Todas as disciplinas têm um controlo mais ou menos autónomo sobre os requisitos de entrada
na profissäo, exigências de treino, desenvolvimento do conhecimento, normas, métodos e
práticas, fazend-o apenas no contexto de um contrato com a sociedade em que se insere. Este
contrato social é baseado em atitudes de respeito mútuo e confiança. A sociedade permite e
apoia a autonomia da profissäo em troca de um compromisso da profissäo de fazer tudo o que
estiver ao seu alcance para se assegurar que todos os seus membros têm um comportamento
eticamente correcto no exercício da sua profissäo e que, principalmente, colocaräo os interesses
da sociedade e do público acima dos interesses do grupo profissional e dos seus membros.

O trabalho do psicólogo envolve a possibilidade de influenciar profundamente os outros, quer


no sentido DOS-;tivo quer no negativo, o que constitui uma grande responsabilidade social para
o
psocólogo. O carácter profundamente humano e social do trabalho do psicólogo exige, assim,
uma consciência das questöes éticas que possam surgir no exercício da sua actividade
profissional.

A Associaçäo dos Psicólogos Portugueses reconhece a responsabilidade de ajudar a assegurar


um comportamento e atitudes éticas por parte dos psicólogos. Esta responsabilidade traduz-se:
na articulaçäo de princípios éticos, valores e normas; na difusäo desses princípios através do
treino formal e educacional; no desenvolvimento de métodos que ajudem os psicólogos a
monitorar o seu comportamento e atitudes; no lidar com as queixas de violaçöes dos princípios
éticos; e, no tomar as medidas correctivas quanulo apropriado.

O presente código articula princípios éticos, valores e normas para guiar todos os membros da
Associaçäo dos Psicólogos Portugueses, quer sejam investigadores ou profissionais, actuando
em qualquer campo da actividade profissional da psicologia tal como, por exemplo:
investigaçäo, serviço directo, ensino, administraçäo, supervisäo, consultora, revisäo de artigos
ou projectos, actividade editorial, peritagem, ou outro.

Estrutura e desenvolvimento do código

Princípios específicos 2

Estrutura: O Código apresenta quatro princípios básicos à serem considerados num processo
de tomada de decisäo ética: 1) Competência; 2) Responsabilidade; 3) Respeito pelos direitos e,
dignidade humanas; e, 4) Integridade. Seguidamente säo apresentados princípios específicos,
derivados destes princípios básicos e divididos por nove secçöes: 1) Responsabilidade; 2)
Competência; 3) Respeito pelos outros; 4) Confidencialidade; 5)Avaliaçäo e intervençäo; 6)
Afirmaçöes públicas; 7) Relaçöes profissionais; 8) Investigaçäo; e,.9) Responsabilidades éticas

Desenvolvimento: Os quatro princípios básicos representam aqueles princípios éticos mais


consistentemente utilizados para resolver os dilemas éticos encontrados pelos psicólogos na
prática da sua profissäo e foram derivados da Carta Ética Europeia dos Psicólogos. Os
princípios específicos, foram derivados dos códigos de ética de diferentes profissöes e dos
códigos de associaçöes internacionais congéneres, literatura especializada, bem como nas
respostas obtidas através de consulta aos membros da Associaçäo dos Psicólogos Portugueses.

¨ Processo de Tomada de Decisäo Ética

O processo de tomada de decisäo ética deve estar subjacente a todas as decisöes profissionais
dos psicólogos. Nos casos em que näo existam directrizes ou princípios claros, os problemas
éticos, principalmente aqueles em que existe conflito entre os princípios éticos, näo säo de fácil
resoluçäo e podem requerer uma deliberaçäo demorada.

Os passos a seguir orientam o processo de tomada de decisäo ética:


1. Identificaçäo das questöes eticamente relevantes.
2. Desenvolvimento de cursos de acçäo alternativos.
3. Avaliaçäo, dentro dos limites razoáveis, dos riscos e benefícios, a curto, médio e longo
prazo, dos cursos de acçäo alternativos para cada um dos indivíduos e grupos
envolvidos ou potencialmente afectados (ex., cliente, família do cliente, empregados,
instituiçäo empregadora, alunos, participantes de investigaçäo, colegas, a profissäo, a
comunidade, a sociedade e o próprio).
4. Escolha e implementaçäo do curso de acçäo após uma aplicaçäo conscienciosa dos
valores, princípios e directrizes existentes.
5. Avaliaçäo dos resultados do curso de acçäo adoptado nos indivíduos e grupos afectados
em termos dos princípios éticos relevantes.
6. Assuni. ir a responsabilidade pelas consequências da acçäo, incluindo a correcçäo das
consequências negativas, se existirem ou reinício do processo de tomada de decisäo ética
se a questäo ética näo está resolvida.

É esperado que os psicólogos envolvidos em processos de tomada de decisäo ética difícil


consultem colegas elou estruturas da Associaçäo, quando estes puderam ajudar com
conhecimento ou objectividade no processo de tomada de decisäo ética.

Todos os princípios devem ser tomados em consideraçäo no processo de tomada de decisäo


ética. No entanto, exístei-n situaçöes em que os princípios éticos poderäo estar em conflito e
näo setá possível dar igual peso a todos eles.

A complexidade do processo de tomada de decisäo ética näo pennite uma hierarquizaçäo rigida
dos princípios éticos. Muitas vezes, este processo de tomada de decisäo envolve o ponderar ds
interesses do in-livíduo(s) ou grupo(s), da sociedade e da profissäo. Por exemplo, quando o
bem estar individual parece estar em conflito rom o benefício da sociedade, será desejável
encontrar urri modo de beneficiar a sociedade que näo viole o respeito e a responsabilidade para
com as pessoas singulares.

Nestas circunstâncias, é esperado que os psicólogos iniciem um processo de tomada de decisäo


ética primariamente baseado num esforço de aplicaçäo dos princípios deste código e
suficientemente explícito para ser submetido ao escrutínio público.

Princípios específicos 3

Em alguns casos, a resoluçäo pode depender da consciência pessoal. No entanto, espera-se


que as decisöes de consciência pessoal resultem de um processo de tomada de decisäo baseado
num grupo coerente de princípios que possam ser sujeitos a escrutínio.

Se o psicólogo pode demonstrar que todo o esforço razoável foi feito para aplicar os princípios
do Código e a resoluçäo do conflito teve de depender da consciência pessoal, entäo considera-
se que esse psicólogo cumpriu este Código.

OBJECTIVOS DO CóDIGO

Este código tem como objectivos:


a) guiar os psicólogos na sua conduta, pensamento, planeamento e resoluçäo de dilemas éticos;
ou seja, advoga a prática de uma ética reactiva e proactiva.
b) proteger os utentes e sueitos dessa actividade, indivíduo(s) ou grupo(s), de danos potenciais
decorrentes do exercício da mesma
c) preservar a manutençäo da confiança pública na prática e ciência profissional.
d) servir como base para o desenvolvimento de códigos de conduta e directrizes mais
específicas. Por exemplo, o Código pode servir como quadro de referência ético para o
desenvolvimento das normas e directrizes específicas das várias especialidades da psicologia.
Algum.deste trabalho já foi realizado no âmbito da APPORT (ex. Princípios deontológicos no
uso dos testes e na avaliaçäo psicológica).
e) assistir ao julgamento de queixas em relaçäo a psicólogos. Um organismo responsável será
necessário para investigar as alegaçöes, julgar se o comportamento em causa é aceitável e

determinar que procedimento correetivo aplicar. Na determinaçäo dos procedimentos


correctivos a aplicar este organismo deverá julgar, também, se o indivíduo se envolveu num
processo consciente de tomada de decisäo ética ou se foi negligente ou conscientemente ignorou
os princípios éticos. A articulaçäo do processo de tomada de decisäo ética contida neste c,5digo
fornece ajuda para realizar tal julgamento.

Este código tem como objectivo guiar e regular, apenas, aquelas actividades que os psicólogos
realizam pelo facto de serem psicólogos. Näo existe nenhuma intençäo de regular as
actividades dos psicólogos fora deste contexto.

O comportamento pessoal toma-se preocupaçäo da profissäo, apenas se fôr de tal nazureza que
comprometa a confiança do público na profissäo ou levante questöes acerca da capacidade do
psicólogo de desempenhar responsavelmente as suas actividades profissionais.
RELAÇÄO DO CODIGO COM A LEI

No âmbito da sua actividade profissional os psicólogos cumprem as leis vigentes e encorajam o


desenvolvimento de políticas legais e sociais que servem os interesses e direitos dos utentes e
do público. Se as responsabilidades éticas do psicólogo diferera das exigências legais, os
psicólogos manifestam o seu compromisso para com o código de ética e tomam as medidas
necessárias para resolver a questäo de maneira responsável. Isto inclui - 1) se o código de ética
estabelece uma norma de conduta mais elevada do que é exigido pela lei, os psicólogos devem
seguir as indicaçöes do código, 2) se näo existem normas definidas numa ái-ea de actividade
elou nem a lei nem os princípios de ética conseguem ajudar a resolver o conflito, os psicólogos
exercem um juizo cuidadoso, tendo em consideraçäo outrass directrizes profissionais, a sua
consciência. assim como consulta com colegas, e 3) cada psicólogo suplementa, mas näo viola,
os princípios de ética com base nos princípios vindos dos seus valores, cultura e experiência
pessoal, sem- pre coas. o fim de proteg@,-r o bem estar daqueles que, servem.
DEFINIÇÄO DE TERMOS

Para efeitos deste Código:


a) "Psicólogola` significa qualquer pessoa que é Membro, Membro-Estudante, da
Associaçäo dos Psicólogos Portugueses, ou membro de qualquer organizaçäo de

Princípios específicos 4

profissionais de psicologia que adopte este código. (Advertência: Legislaçäo, presente


ou futura, pode restringir a utilizaçäo legal do termo "Psicólogo". Tais restriçöes devem
ser respeitadas.).
b) `Clientelutente" significa a pessoa, família ou grupo (incluindo organizaçöes ou a
comunidades) que recebem serviço de uni psicólogo.
C) 'Outros` significa indivíduos ou grupos com quem os psicólogos contactem no curso do
seu trabalho. Pode incluir mas näo está limitado a: participantes em investigaçäo,
clientes que procuram ajuda para questöes pessoais, familiares, organizacionais ou
comunitárias, estudantes, supervisionados, empregados, colegas, empregadores,
terceiros e membros do público em geral.
d) "Consentimento informado" significa que a pessoa tem capacidade de consentir, foi
informada apropriadamente quanto à natureza da relaçäo profissional, expressou o
consentimento livremente e este foi devidamente documentado.
e) "Discriminaçäo injusta` significa actividades que säo prejudiciais ou promovem
preconceitos relativos a pessoas por causa da sua cultura, nacionalidade, etnicidade, cor,
raça, religiäo, sexo, estado civil, orientaçäo sexual, capacidades físicas e intelectuais,
idade, estatuto socio-económico, e/ou outras preferências ou características pessoais,
condiçäo ou estatuto.
f) "Assédio sexual' inclui qualquer ou ambas de: (1) O uso do poder ou autoridade numa
tentativa de coagir outra pessoa a participar ou tolerar actividade sexual. Estas
utilizaçöes incluem ameaças explícitas ou implícitas de reprimenda por recusa ou
promessa de recompensa por aceitaçäo; (2) Envolver-se em comentários, anedotas,
gestos, ou toques deliberados e/ou repetidos de orientaçäo sexual, se estes
comportamentos säo ofensivos e indesejados, criam um ambiente de trabalho ofensivo,
hostil e intimidatório ou podem ser prejudiciais para o recipiente.
g) A `actividade profissional de psicologia" refere-se aos métodos, científicos e aplicados e
aos procedimentos utilizados pelos psicólogoslas para realizarem o seu trabalho em
relaçäo à sociedade, membros do público, estudantes, e outros.

RESPONSABILIDADE INDIVIDUAL DO PSICóLOGO/A

A responsabilidade pela acçäo ética dos psicólogos decorre da integridade pessoal de cada
psicólogo e depende de seu compromisso de se comportar täo eticamente quanto possível em
cada situaçäo. A qualidade de membro da Associaçäo dos Psicólogos Portugueses, uma
associaçäo profissional e científica, compromete os seus membros a: '
1 . Aderir ao Código de Ética dos Psicólogos adoptado pela Associaçäo
2. Avaliar e discutir, regularmente, com os colegas questöes éticas com qve se depara no
exercício da sua actividade profissional;
3. Näo ignorar acçöes eticamente questionáveis de colegas, tomando as medidas éticas
apropriadas.
4. Considerar seriamente as preocupaçöes de outros acerca das acçöes eticamente
questionáveis do próprio.
5. Cooperar com os organismos da Associaçäo relacionados com quest töes e conduta @tica.
6. Levar à atençäo da Comissäo questöes éticas que requerem clarificaçäo ou
desenvolvimento de novas directrizes.

REVISÄO
De modo a manter a relevância e actualidade deste Código, o mesmo será -revisto Nla APPORT
dentro de 3 anos ou quando for considerado necessário. Todos os psicólogos säo convidados a
enviar os seus comentários e sugestöes, a qualquer momento, parra a Comissäo. Este convite é
extensivo aos membros de outras associaçöes, profissöes e público em geral-

PRINCIPIOS GERAIS

Princípios específicos 5

Competência: Os psicólogos mantêm elevados padröes de competência no seu trabalho e


reconhecem os limites das suas competências particulares. Apenas fornecem os serviços e
utilizam as técnicas para os quais se encontram qualificados através de educaçäo, treino formal
elou prática. Reconhecem a necessidade de formaçäo contínua, mantendo assim actualizadas as
suas competências.

Responsabilidade Os psicólogos reconhecem as suas responsabilidades profissionais para


com a comunidade e sociedade. Pesam as consequências das suas actividades profissionais em
termos do utente, da profissäo e da sociedade. Os psicólogos mantêm elevados padröes de
conduta, clarificam os seus papeis, obrigaçöes profissionais e assumem a responsabilidade
apropriada pelo seu comportamento, nomeadamente pela escolha, aplicaçäo e consequências
das estratégias, métodos e técnicas que utilizem. Os psicólogos reconhecem a sua
responsabilidade científica utilizando, desenvolvendo e divulgando o conhecimento psicológico
de modo a contribuir para o bem estar humano.

Respeito pelos Direitos e Dignidade Humanas: Os psicólogos respeitam e promovem


os direitos fundamentais das pessoas, a sua liberdade, dignidade, privacidade, autonomia e bem
estar psicológico. Os psicólogos tomam as medidas necessárias para evitar prejudicar aqueles
com quem interagem profissionalmente e para minimizar danos quando eles sejam previsíveis e
inevitáveis.

Integridade: Os psicólogos promovem a integridade na ciência, ensino e prática da


psicologia. Nestas actividades os psicólogos säo honestos, justos e mantêm o respeito pelos
outros.

PRINCIPIOS ESPECIFICOS

I. RESPONSABILIDADE

Os psicólogoslas
Estäo conscientes das suas responsabilidades profissionais para com a comunidade e sociedade
e säo responsáveis pelas consequências do seu trabalho assegurando-se, na medida do
possível, que os seus serviços näo säo utilizados para ofender, explorar ou oprimir qualquer
indivíduo.

Esp£,çIficamente
relaçäo profissional 1. Tomam responsabilidade individual pelo seu trabalho, estando ao
mesmo tempo conscientes de que säo representantes da sua
profissäo perante o utente e o público em geral.

Princípios específicos 6

2. Clarificam no ínicio da prestaçäo de serviços e na medida do


possível, a natureza da relaçäo profissional, nomeadamente o seu
papel, a natureza do pedido, as partes envolvidas e o uso provável
dos serviços prestados ou informaçäo obtida.

conseqüências 3. Esforçam-se por prever, na medida do possível, as implicaçöes


das seus serviços no sentido de prevenir ou minimizar eventuais
danos.
4. Se sabem do abuso ou utilizaçäo incorrecta do seu trabalho,
tomam as medidas necessárias à sua correcçäo ou minimizaçäo.

II. COMPETENCIA

Os 12sieólo&Q@Las
Baseiam-se no conhecimento derivado da profissäo e ciência psicológica quando fazem juízos
ou estäo envolvidos em actividades de ordem científica ou profissional, fazendo um esforço
contínuo de actualizaräo desse mesmo conhecimento. Têm em consideraçäo as limitaçöes
impostas pela sua educaçäo, treino formal elou prática, com respeito às tarefas que se propöem
realizar.

Especificamente
competência 1. Esforçam-se por manter padröes elevados de qualidade no seu
trabalho.
2. Estäo conscientes das competências específicas exigidas para
trabalhar com grupos de pessoas com características próprias, como
idade, sexo, etnia, religiäo e orientaçäo sexual, entre outras.

manutençäo da
competência 3. Mantêm-se informados dos desenvolvimentos científicos e
profissionais das suas áreas de trabalho e reconhecem a necessidade
de formaçäo especializada.

limites da competência 4. Avaliam a natureza e extensäo da sua actividade, científica e


profissional, à luz da sua competência. Se avaliam a sua
competência como insuficiente para lidar com uma tarefa,
encaminham-na para outro ou recorrem a supervisäo, tomando a
responsabilidade de, na medida do possível, encontrar soluçöes
alternativas.
S. Quando utilizam -métodos, instrumentos e técnicas inovadoras,
que ainda estäo sob processo de avaliaçäo ou que ainda näo
dominam perfeitamente, tomam precauçöes especiais com vista a
proteger outros envolvidos.
6. Reconhecem que os seus problemas ou conflitos pessoais podem
interferir com a sua competência profissional, procurando em tais
casos ajuda profissional o mais cedo possível.

III. RE, SPEITO PELOS OUTROS

Os psicólogQ5£W
Mostram respeito pela iniegridadc pessoal dos indivíduos com quem trabalham e tomam
cuidado para protege&- os d17"-itos individuais à privacidade, confidencialdade, auto-
determinaçäo e autonomia. Näo tiram vantagem da relaçäo profissional para obter ganhos
ínjustificados ou näo-razoáveís.
1. A participaçäo dos clientes na relaçäo é voluntária. O princípio da
participaçäo voluntária pode, com consideraçäo da legislaçäo
relevante, ser posto em causa (ex., no trabalho com crianças,

Esp@,-çifIcamente
respeito pelo cHente

abuso de poder

näo discriminaçäo

relaçöes múltiplas

honorários

finaâzaçäo

Princípios específicos 7

pacientes com perturbaçöes mentais severas, deficientes profundos,


ou em situaçöes agudas), mas a enfâse é, ainda, posta na natureza
colaborativa da relaçäo.
2. Informam os clientes, o maiscedo possível e de um modo
compreensível, sobre a natureza e curso previsível da actividade
psicológica, honorários, confidencialidade e fins da mesma, de
modo a que estes decidam se querem ou näo participar
(consentimento informado).
3. Quando prestam serviço a clientes que estäo sujeitos a
procedimentos mandatários ou estäo a ser tratados por
consentimento de outros, os psicólogos clarificam o seu papel e
avaliam os benefícios da intervençäo para o cliente,
independentemente do envolvimento de terceiros.

4. Näo tentam levar os clientes a revelar algo contra a sua vontade


ou produzir material que näo seja necessário para a situaçäo de
tratamento.
5. Näo realizam avaliaçöes ou intervençöes desnecessárias.
6. Säo sensíveis às diferenças de poder, reais ou atribuídas, entre
eles e os outros e näo os exploram ou enganam durante ou depois
das suas relaçöes profissionais.
7. Näo participam em actividades cujo objectivo seja, através de
métodos coercivos, forW alguém a revelar informaçäo. a confessar'
ou a modificar a sua convicçäo filosófica, política, religiosa ou ética.
8. Mantêm-se conscientes das suas necessidades, atitudes, opiniöes
e do seu papel nas relaçöes, näo fazendo mau uso do seu poder e
posiçäo para se aproveitarem da dependência e confiança do utente.
9. Têm cuidado para näo criar expectativas falsas acerca da relaçäo
profissional ou dos benefícios dos serviços psicológicos para o
utente.
10. Näo tomam partido da sua posiçäo para obter emprego ou
clientes se com isso puserem em causa os direitos do
cliente/instituíçäo ou a confiança na profissäo

1 1. Näo discriminam injustamente e tentam eliminar o efeito de


preconceitos no seu trabalho e säo extremamente cautelosos face ao
uso de conceitos que degeneram facilmente em etiquetas ou rótulos
depreciativos e díscriminatórios.
12. Näo praticam assédio sexual.

13. Näo se envolvem em intimidades sexuais com clientes.


14. Näo aceitam como clientes pessoas com quem tenham tido
intimidade sexual-
15. Evitam relaçöes profissionais com um cliente quando existe uma
relaçäo näo-profissional que potencialmente interfira com esta.

16. Acordam previamente os termos financeiros para todas as


actividades psicológicas.
17. Em caso de limitaçöes financeiras do utente e quando é possível
obter assistência psicológica gratuita ou de custo reduzido de fontes
públicas, informain os clientes dessa possibilidade.
18. Consideram cuidadosamente as possíveis consequências de
aceitar ofertas, serviços ou outras remuneraçöes näo monetárias dos
clientes, em termos da relaçäo profissional e da profissäo.

19. Näo abandonam os clientes mas ponderam e preparam o


processo de finalizaräo cuidadosamente ou referem para outra
pessoa competente, sempre que possível com a colaboraçäo destes.

Espç&,ificamente
&scussa,äo da
confidencialidade

Princípios específicos 8

20. A responsabilidade dos psicólogos continua até aquele


para
quem o caso foi referido se responsabilize pelo mesmo.

IV. CONFI1DENCIALIDADE

Os psicólogos/as
Respeitam, na prática da sua actividade profissional e dentro dos limites impostos pela
legislaçäo em vigor (sigilo profissional) ou a seguir mencionados, a confidencialidade do que
lhes é transmitido, ou aquilo que venham a saber acerca da vida privada dos clientes, incluindo
a existência da própria relaçäo profissional.

1. Discutem com os clientes, no início da relaçäo profissional,


a
natureza e âmbito da confidencialidade e os usos da infonnaçäo
gerada através dos serviços que prestam. Esta discussäo deve ser
retomada sempre que novas situaçöes o exijam.

divulgaçäo de infonnaçäo 2. Podem divulgar informaçäo confidencial com o consentimento


apropriado do cliente ou do seu representante legal.
3. Podem näo manter a confidencialidade se isso provocar risco
de
danos para o cliente ou outros, mas a informaçäo apenas deve ser
transmitida àqueles que possam iniciar acçöes adequadas para a
situaçäo espwífica.
4. Quando säo in- embros de uma equipa podem, com o
consentimento dos clientes, fornecer informaçäo acerca destes a
outros elementos da equipa, se isto fôr do interesse do cliente.
5. Näo inquerem acerca dos clientes sem o seu consentimento, e
recolhem apenas a informaçäo necessária.
6. Quando recebem supervisäo ou consultadoria relativamente a
um
cliente só divulgam a informaçäo estritamente necessária para atingir
os objectivos da consulta e evitam que nomes e informaçäo
ideritificatória seja divulgado.
7. Quando utilizam informaçöes acerca de clientes em aulas,
Iblicaçöes ou outros meios públicos, asseguram-se de que o
pu 1
consentimento foi obtido e de que o material transmitido é
suficientemente anónimo.

registos 8. Mantêm a confidencialidade na criaçäo, armazenamento,


transferência e destruiçäo de qualquer tipo de registos sob o seu
controlo protegendo-os do acesso, presente e, futuro, de pessoas näo
autorizadas.
9. Quando documentam o seu trabalho, estes documentos
contêm
apenas a informaçäo e as afirmaçöes necessárias.
10. O consentimento escrito de clientes ou participantes em
investigaçäo é obrigatório quando se trate de gravaçäo audio, video,
fotografia ou filme. Para visualizaçäo, difusäo, ou outra utililizaçäo
deste material, é necessário consentimento adicional, em que seja
evidente aonde, quando, quem e em que forma o material vai ser
utilizado. Informaçäo acerca de quanto tempo o niaterial será
guardado deve -ser incluída.
1 1. Se os clientes ou participantes em investigaçäo retirarem o seu
consentimento o mate@al será imediatamente destruido.
12. Informam, quando necessário, outros e empregadores acerca
das
regras de confidencialidade que säo aplicáveis aos psicólogos.

V. AVALIAÇÄO E INI :WENÇÄO

Princípios específicos 9

Os psicólogoslas
Só avaliam ou intervêm no contexto de uma relaçäo profissional definida. Planeiam a avaliaçäo
e intervençäo psicológicas com base num problema bem formulado e depois de considerar os
métodos apropriados e procedimentos alternativos. Seleccionam eles próprios os métodos e/ou
participam activamente nas decisöes da equipa responsável pela escolha. Neste contexto,
aspiram a formular as suas afirmaçöes, de modo adequados aos seus interlocutores e de forma a
que näo possam ser mal entendidas ou utilizadas.

Esp@-,çifJIcamente
competência

comunicaçäo de
resultados

uso dos instrumentos

1. Quando avaliam, os psicólogoslas analisam, interpretam e retiram


as conclusöes, näo deixando essas tarefas para outros. As
afirmaçöes deixam claras as certezas do psicólogos nos métodos que
lhes servem de base.
2. Quando a avaliaçäo pretendida näo é possível deixam claro este
facto junto de todas as partes envolvidas.
3. Só se pronunciam ou fazem julgamentos quando obtêm
informaçäo acerca do cliente em primeira mäo ou estäo familiarizados
com a situaçäo do mesmo. Esta restriçäo näo se aplica aos casos de
supervisäo ou consultadoria.
4. Quando reportam resultados de avaliaçäo, apenas fornecem a
informaçäo que é relevante para o assunto em causa e demonstram
grande cuidado ao utilizar conceitos relacionados com normalidade e,
patologia.

5. Após terminar uma avaliaçäo os psicólogos informam os clientes,


sempre que possível e de um modo compreensível, acerca das suas
opiniöes ou conteúdo de qualquer afirmaçäo. Excepçöes podem ser
feitas se outro além do cliente é o comprador dos serviços, com o
entendimento de que o cliente o sabe ou consentiu.

6. Tomam precauçöes para que instrumentos e técnicas psicológicas


näo sejam descritas em público de modo que possa pe-turbar a sua
utilidade.
7. Se utilizam rrétodos de avaliaçäo e interpretaçäo de testes
computorizados, asseguram-se da fidelidade do "software" e da
validade do procedimento de interpretaçäo.

VI. AFIRMAÇOES PUBLICAS

Os psicólogoslas
Quando fazem afirmaçöes na sua qualidade de psicólogos estäo conscientes que o público
também os vê, como representantes da sua profissäo. Procuram ser objectivos e precisos, näo
fazendo afirmaçöes públicas que sejam falsas, enganadoras ou fraudulentas, quer pelo que
sugerem ou omitem.

EspL!x:,ificamente
informaçäo profissional

1. Informam acerca da actividade profissional do psicólogo de modo


a que seja evitado dano ou incompreeensäo em relaçäo à profissäo.
2. Ao anunciar a disponibilidade de serviços, fornecem apenas
informaçäo acerca do nome, endereço, número de telefone, grau
acadêmico, título profissional, especialidade e horas de atendimento.
O anúncio näo deve ter o carácter de publicidade ou conter
prome&s" de resultados específicos.

representaçäoprofissional 3. Só utilizam os títulos a que têm direito por educaçäo formal,


autorizaçäo -Jou estatuto.

Princípios específicos 10

4. Evitam que as afirinaçöes públicas pareçam publicidade pessoal.


S. Se participam em colunas de aconselhamento e similares,
fornecem apenas conselhos em termos gerais.

autoria 6. Publicam em seu nome apenas o trabalho que é inteiramente seu


ou para o qual tenham feito contribuiçöes substanciais.
7. Näo publicam trabalho, que näo considerem de qualidade
suficiente, apenas por razöes pessoais ou económicas.
8. Näo suprimem ou evitam a publicaçäo de críticas ao seu trabalho.

VII. RELAÇöES PROFISSIONAIS

Os psiçólogoslas
Respeitam as relaçöes profissionais, a competência específica, deveres e responsabilidade de
colegas e outros profissionais. No tratamento dos clientes estäo conscientes se podem utilizar,
para bem do cliente, a competência, técnica e recursos administrativos de outros grupos
profissionais. Däo sempre informaçäo a outros profissionais acerca das riornias éticas e outras
regras regulamentando o trabalho dos psicólogos.
Espç,çificamente

colaboraçäo

concorrência

abuso do título

1. Prestam, quando solicitados, toda a colaboraçäo necessária aos


seus colegas.
2. Tomam acessíveis aos colegas os métodos psicológicos, técnicas
¨ descobertas, salvaguardando os direitos de autor.

3. Se säo consultados por clientes que já têm uma relaçäo


profissional com outro psicólogo ou com outro profissional,
acordam com o cliente que a pessoa envolvida deve ser contactada e
informada do facto antes de a relaçäo com o cliente poder ser
estabelecido.
4. O consentimento dos clientes é obtido antes que o psicólogo
contacto. outros proffissionais que anteriormente tiveram uma relaçäo
profissional com o cliente.
5. Näo realizam actividades de captaçäo de casos de outros
profissionais e näo se aproveitam do facto de trabalharem numa
instituiçäo pública para desviar casos para a sua prática privada.
6. Näo julgam, nem criticam os colegas e outros profissionais de
forma irresponsável e näo fundamentada.

7. Säo íntegros nas suas relaçöes com outros profissionais,


nomeadamente em situaçöes de competiçäo profissional.
8. Näo participam. em actividades em que parece provável que as
suas competências possam ser usadas para fins dúbios por outros,
nem emprestam o seu nome a pessoas que exercera actividades
próprias da psicologia sem as qualificaçöes próprias necessárias,
denunciando os casos de abuso do título profissional de
Psicólogola.
VIR. INVESTIGAÇÄO

Os 12sicólQp-oslas
Tentam esclarecer as questöes e problemas das ILreas que säo objecto da sua investigaçäo de
modo a tornar disponível conhecimento que contribua para a melhoria das condiçêes e
qualidade de vida das pessoas, planeando e executando as suas investigaçöes com respeito pelo
bem-estar e dignidade dos participantes-

Espç@Qifiçarnente
planeanwnto

uso de animais

1. Se houver dúvida em relaçäo ao facto de uma investigaçäo


satisfazer os requesitos éticos da actividade dos psicólogos, o
investigador envolve-se num processo de tomada de decisäo ética
consultando colegas elou estruturas da Associaçäo.
2. Antes de um projecto de investigaçäo ser iniciado, é tomado em
consideraçäo o possível risco de efeito negativo nas pessoas ou
grupos, quer da recolha de dados quer dos resultados do estudo.
3. O risco de efeitos negativos deve ser considerado em relaçäo ao
potencial do projecto de investigaçäo de criar conhecimento que
contribua para a melhoria das condiçöes ou qualidade de vida das
pessoas. O risco de efeitos negativos näo intencionais causado pela
participaçäo num projecto deve, na medida do possível, ser avaliado
e reduzida ao mínimo.
4. Quando se espera que a investigaçäo provoque reacçöes nos
participantes, que necessitem de seguimento, o investigador
especificará no planeamento da experiência de que modo este
seguimento terá lugar.

dos objectivos, método e efeitos esperados da investigaçäo e ainda


qualquer outro aspecto que possa influenciar a sua decisäo de
participar. 1
6. Se clientes entrarem em projectos de investigaçäo e forem sujeitos
a algo que näo constitui uma parte necessária dos serviços
profissionais ao cliente, deve ser obtido consentimento informado
adicional, enfatizando especificamente que os clientes podem
recusar-se a participar.
7. Ao obter consentimento informado para a participaçäo em
projectos de investigaçäo, os investigadores säo particularmente
cuidadosos se os participantes estäo numa posiçäo de dependência
para com eles.
8. Se um participante em investigaçäo é menor ou está sob custódia
legal, o consentimento informado é obtido junto do representante
legal mas considerando sempre a dignidade e bem-estar da pessoa
afectada.
9. Os participantes na investigaçäo säo previamente informados de
que podem interromper, a qualquer momento, a sua participaçäo no
projecto e das formas de o fazer.

10. Toda a informaçäo acerca dos indivíduos é registada,


armazenada, tratada e difundida no respeito absoluto pela privacidade
dos indivíduos participantes no projecto.
1 1. Clarificam o significado dos resultados da investigaçäo junto dos
participantes e público, de modo a que estes näo sejam mal
interpretados.
12. Se possível, informam os participantes no projecto de
investigaçäo e outras pessoas ou instituiçöes envolvidas dos
resultados do estudo. No entanto, os possíveis efeitos negativos
desta informaçäo devem ser ponderados.

13. Na investigaçäo com animais certificam-se de que estes näo säo


submetidos a sofrimento desnecessário.

consentinwnto informado 5. Os participantes devem, na medida do possível, ser informados

Princípios específicos 1

utiUzaçnao dos dados


IX. RESPONSABILIDADES ÉTICAS

Os psicólo~

Princípios específicos 12

Têm a resp ,pnsabilidade de conhecer e divulgar a ideia base e as diferentes di


sposiçöes do
Código de Ética e das directrizes específicas.

EspQçIficamente
1. Familiarizam-se com Código de Ética e outras directrizes
aplicando-os no exercício da sua actividade profissional.
2. Quando tomam conhecimento que um colega quebrou o
Código
de Ética, tentam em primeiro lugar corrigir a situaçäo em cooperaçäo
com o colega. Se nisto näo forem bem sucedidos, informam o
colega que tencionam apresentar queixa à Comissäo de Ética,
formalizando a queixa caso esta informaçäo näo corrija a situaçäo..
3. Se as exigências da organizaçäo em que trabalham entram em
conflito com Código de Ética explicitam os seus compromissos
éticos e tentam resolver o conflito de modo a salvaguar ao máximo
os princípios do código.
4, Se têm poder para alterar políticas organizacionais, tentam
influenciar a organizaçäo a actuar de acordo com os princípios
éticos.

Número 243
~A
SÉRIE
Esia 1.' sare do Diário
da República é zonsiltuída
pelas partes A e B
S UM:A R I O

Nfinistério da Saúde

Decreto-Lei n.I 414/91:

Visa. definir o regime legal da carreira dos técnicos su-


periores de. saúde dos serviços e estabelecimentos do
Ministério da Saúde e da Santa.Casa da Misericórdia

de .....................

5448

5448 DIARIO DA REPúBLICA - I SÉRIE-A N. 11 243 - 22-10-199i

MINISTÉRIO DA SAúDE

Decreto-Lei ri.0 414191

de 22 de Outubro

O progresso das ciências e das tecnologias da saúde


implica, cada vez mais, uma actividade multidiscipli-
nar integrada que envolve profissionais com diferentes
formaçöes curriculares, específicas e diferenciadas.
Considerando esta realidade, surge a necessidade de
recorrer a técnicos de formaçäo universitária e alta-
mente qualifícados, nos quais se incluem os técnicos
superiores de saúde, enquadrados numa carreira criada
pelo Decreto Regularrientar ri.' 29/81, de 24 de Junho,
e cujas origens remontam às carreiras farmacêutica e
de técnico superior de laboratório, previstas no Decreto-
-Lei ri.' 414/71, de 27 de Setembro.
Ao-contrário, porém, do que tem acontecido com
outros grupos profissionais do âmbito da saúde, aquela
carreira tem permanecido sem significativas alteraçöes
ao longo destes anos, cumprindo até realçar que as cor-
respondentes funçöes têm sofrido de alguma indefini-
çäo geradora de perturbaçöes ao bom funcionamento
dos serviços.
O presente diploma reformula o regime legal da car-
reira dos técnicos superiores de saúde e enquadra-se no
objectivo prioritário do Governo de modernizaçäo da
Administraçäo Pública, através de um projecto de de-
senvolvimento e valorizaçäo dos seus profissionais com
vista à melhoria da rentabilidade e qualidade dos ser-
viços a prestar.
A medida legisIstiva é ditada pela necessidade de do-
tar a carreira de um modelo mais dinâmico e exigente.
adequado a uma nova forma de perspectivar e conce'
ber a organizaçäo e funcionamento dos estabelecimen-
tos de saúde e enquadrando estes profissionais, a par
de outros técnicos de saúde, pelo reconhecimento da
sua epecificidade e autonomia funcionais, num corpo
especial de funcionários, a retribuir por escala indiciá-
ria própria.
F@ssa escala é concebida em articulaçäo com a escala
indiciária geral e estruturada em moldes semelhantes,
em obediência aos princípios gerais sobre remuneraçöes,
estabelecidos no Decreto-Lei ri.' 184/89, de 2 de Junho.
Importa ainda referir que foram ouvidas as associa-
çöes sindicais representativas dos técnicos superiores de
saúde.
Assim:
Ao abrigo do disposto no ri.' 1 da base xxxí da Lei
ri.' 48/90, de 24 de Agosto, e nos termos da alínea a)
do ri." 1 do artigo 201.' da Constituiçäo, o Governo
decreta o seguinte:

CAPíTULO 1

Objecto, âmbito e disposiçöes gerais

Artigo 1.'

Objecto e imbito

O presente diploma tem por objectivo a definiçäo do


regime legal da carreira dos técnicos superiores de saúde
dos serviços e estabelecimentos dependentes do Minis-
tério da Saúde e da Santa Casa da Misericórdia de
Lisboa.

Artigo 2.'

Natureza e objectivo da carreira

1 - A carreira dos técnicos superiores de saúde é


uma carreira profissional reservada aos que, possuindo
licenciatura e formaçäo profissional adequadas, tenham
qualificaçäo técnica para exercer funçöes nas áreas de
engenharia sanitária, farmácia, física hospitalar, gené-
tica, laboratório, medicina nuclear e radiaçöes ionizan-
tes, nutriçäo e veterinária, nos serviços e organismos
referidos no artigo 1.1
2 - A carreira dos técnicos superiores de saúde,
dada a natureza e especifícidade das funçöes, constitui
um corpo especial submetido ao regime do presente
decreto-lei.

CAPíTULO II

Estrutura da carreira

SECÇÄO I

lrWesso e acesso

Artigo 3.1

6-trutura da carreira

1 A carreira dos @écnicos superiores de saúde


desenvolve-se pelas categorias de assistente, assistente
principal, assessor e assessor superior, às quais corres-
pondem funçöes da mesma natureza e, respectivamente,
de crescente complexidade e responsabilidade, pressu-
pondo a posse de um grau como título de habilitaçäo
profissional.
2 - Categoria é a posiçäo que o técnico superior de
saúde ocupa no ämbito da carreira, de acordo com a
qualificaçäo profissional e diferenciaçäo das furicöes.

Artigo 4.1

Ingresso

O ingresso na carreira de técnicos superiores de saúde


faz-se pela categoria de assistente, mediante concurso
documental, de entre os profissionais habilitados com
o grau de especialista.

Artigo 5.'
Grau de especialista

1 - O ingresso na carreira está condicionado à posse


de habilitaçäo profissional que confere o grau de es-
pecialista.
2 - A posse do grau referido no número anterior
näo confere, por si só, vincularäo à funçäo pública.
3 - O grau é obtido mediante processo de forma-
çäo pré-carreira.
4 - O mesmo grau poderá ainda ser atribuído aos
indivíduos possuidores de curso de especializaçäo ou de
pós-licenciatura adequados, que sejam reconhecidos
como equivalentes àquela formaçäo mediante portaria
dos Ministros da Saúde e das Finanças.

.V. ` 243 - 22-10-1991 DIARIO DA REPúBLICA - 1 SERIE-A 5449


Artiao 6.11
Habilitaçu'o profissional

1 - A habilitaçäo profissional a que se refere c, ar-


tigo 5.1 visa a profíssionalizaçäo e a especializaçäo para
o exercício das actividades profissionais dos técnicos su-
periores de saúde, em termos de autonomia e diferen-
ciaçäo técnica.
2 - A habilitaçäo referida no ri.' 1 obtém-se me-
diante um estágio de especialidade couti uma duraçäo
variável de do;s a quatro anos a especificar para cada
um cios ramos previsZos no artigo 9.', nos termos do
ri.' 6 deste artigo.
3 - O recrutamento dos estagiários faz-se em fun-
çäo das necessidades previlsionais dos serviços, e das ca-
pacidades formativas disponíveis em serviços de saúde
oficiais de reconhecida idoneidade, mediante concurso
de âmbito nacional autorizado pelo Ministro da Saúde.
4 - Os concursos a que se refere o número anterior
säo abertos para cada um dos ramos de actividade re-
feridos no artigo 9.', com exigência, como requisito
habilitacional, das licenciaturas correspondentes enume-
racias no mesmo artigo.
5 - Por portaria conjunta dos Ministros da Saúde
e das Finanças seräo reguladas as seguintes matérias re-
lativas a estáaio:

a) Processo de concurso de admissäo aos estágios;


b) Normas sobre reconhecimento de ídoqeidade de
serviços de saúde para efeitos de estágios;
c) Orgarrizaçäo dos estágios;
d) Regime jurídico de frequência dos estágios;
e) Processo de avaliaçäo final dos estagiários.

6 - Os programas do estágio e a respectiva dura-


çäo, por ramo de actividade, seräo definidos por por-
taria do Ministro da Saúde, corri- base em,eszudos efec-
cuados por comissöes especializadas.
7 - O estágio de especialidade é frequentado no re-
gime 4e contrato administrativo de provimento ou,
sendo o estagiário já funcionário, em regime de corris-
säo de serviço extraordinária.
8 - O regime de horário de trabalho dos estagiários
é o de trinta e cinco horas semanais, das quais pelo
menos seis, e nos ramos que o justifiquem, seräo efec-
tuadas em serviço de urgência, desde que este vigore
no estabelecimento.
9 - Os estagiários têm a remuneraçäo estabelecido
no mapa anexo, sem prejuízo de opçäo pela correspon-
dente ao lugar de origem, nas situaçöes de comissäo
de serviço extraordinária.
10 - Após a publicitaçäo dos resultados relativos ao
aproveitamento no estágio, o contrato administrativo

o.
de provimento ou a comissäo de serviço extraordiná-
ria consideram-se automaticamente renovados até ao
provimento, por concurso, em lugar da carreira, com
o limite máximo de um ano a contar do dia 1 do mês
-seguinte ao da referida publicitaçäo.
1 1 - O tempo de serviço prestado durante o período
de renovaçäo previsto no número anterior conta para
todos os efeitos legais, com excepçäo dos remunerató-
rios, na categoria de assistente, desde que àquele pe-
ríodo se siga o provimento nesta categoria.

Artigo 7.'

Acesso

1 - O acesso à categoria de assistente principal


efectua-se mediante concurso de avaliaçäo curricular,
de entre os assistentes com pelo menos três anos de
bom e efectivG serviço na categoria.
2 - O acesso à categoria de assessor efectua-se me-
diante concurso de provas de conhecimento e de ava-
liaçäo curricular, de entre os assistentes principais com
pelo menos quatro anos de bom e efectivo serviço.
3 - O acesso à categoria de assessor superior
efectua-se mediante discussäo público de um trabalho
no âmbito da respectiva área técnico-científica e que
se relacione corri a natureza do cargo a prover, a que
poderäo candidatar-se os assessores com pelo menos
três anos de bom e efectivo serviço na categoria.
4 - O programa das provas de conhecimento refe-
ridas no ri.' 2 deverá ser aprovado por despacho do
iMinístro da Saúde.

Artigo 8.'

Promoçäo e progressäo na carreira

1 - A mudança de escaläo rernuneratório depende


da permanência de três anos no escaläo imediatamente
inferior.
2 - A promoçäo a categoria superior faz-se para o
1.1 escaläo da estrutura remuneratória dessa categoria
ou para o escaläo a que correponda índice superior
mais aproximado, se o técnico superior de saúde já vier
auferindo remuneraçäo igual ou superior à daquele es-
caläo.

SECÇÄO 11

Rarnos de actMdade

Artigo 9.'

Enumeraç@o

1 - A carreira dos técnicos superiores de saúde


desenvolve-se por ramos de actividade que a seguir se
indicam juntamente com as correspondentes licencia-
turas adequadas:

Ramo de engenharia sanitária:

Licenciaturas em Engenharia do Ambiente,


Engenharia Civil, Engenharia Química e
ramo de Engenharia Sanitária da licencia-
tura em Engenharia do Ambiente;

Ramo de farmácia:

Licenciaturas em Farmácia, Ciências Farma-


cêuticas e as antigas licenciaturas em Ciên-
cias Farmacêuticas (ramo A e opçäo A);

Ramo de física hospitalar:

Licenciaturas em Física, Físico-Químicas e En-


genharia Física;

Ramo de genética:

Licenciaturas em Biologia, Bioquímica, Ciên-


cias Farmacêuticas, Farmácia e Química;

DIARIO DA REPUBLICA - 1 SÉRIE-A

Ramo de laboratório:

Licenciaturas em Biologia, Bioquímica, Ciên-


cias Farmacêuticas, Farmácia, Química e as
antigas licenciaturas em Ciências Farmacéu-
o
tícas (opçäo C ou ramo C';

Ramo laboratorial de niedicina nuclear e radiaçöes


ionizantes:

Licenciatura s em Biologia, Ciências Farmacèu-


ticas., Ciências Físico-Químicas, Engenharia
Electrotécnica, Engenharia Quimica, Farmá-
cia, Física e Química;

Ramo de nutriçäo:

Licenciatura em Ciências de Nutriçäo;

Ramo de veterinária:

Licenciatura em Medicina Veterinária.

2 - Os ramos reflectem a diferenciaçäo e qualifica-


çäo profissionais, sem prejuízo da intercomplernenta-
ridade de formaçäe e da devida cooperaçäo profis-
sional.
3 - Por portaria conjunra dos Ministros da Saúde
e das Finanças podem incluir-se no àmbito da carreira
prevista neste diploma outros ramos de actividade.
4 - O elenco das licenciaturas previstas no n.' 1
deste artigo pode ser alterado por portaria do -Minis-
tro da Saúde.

SUBSFCÇÄO 1

Ramo de engenharia sanitária

Artigo 10.1

Perfil profissional

O engenheiro sanitarista é um profissional habilitado


cem o grau de especialista para aplicar os princípios
da engenharia à prevençäo, ao controlo e à gestäo dos
factores ambientais que afectam a saúde e o bem-estar
físico, mental e social do homem, bem como aos tra-
balhos e processos envolvidos na melhoria de qualidade
do ambiente.

Artigo 1 1.1

Funçöes das cat . egurias do rarno de engenharia sanitária

1 - Ao engenheiro sanitarista assistente e assistente


principal säo atribuídas as seguintes funçöes, tendo em
conta os níveis de complexidade e responsabilidade em
que se desenvolvem:

a) Fazer a apreciaçäo de condiçöes ambientais e


a identificaçäo dos factores de risco, que nos
domínios da água, ar, so[ e habitaçäo condi-
cionam os estados de saúde da comunidade, em
colaboraçäo com outros profissionais de saúde,
quando necessário;
b) Emitir pareceres sanitários;
c) Realizar inquéritos sanitários e outros estudos
no domínio do ambiente;
d) Realizar inspecçöes e vistorias sanitárias;

iV.' 243 - 22-10-199i


e) Cooperar na elaboraçäo de regulamentos sani-
tarios e posturas municipais;
J) Dar apoio técnico na formaçäo do pessoal téc-
nico sanitário;
g) Participar em júris de concursos e de avaliaçäo.

2 - Ao engenheiro sanitarista assessor säo atribuí-


das, além de todas as funçöes do assistente e do assis-
tente principal, as seguintes:

a) Organizar e coordenar programas de monitori-


zuçäo e vigilância dos factor-es arribientais com
incidência na saúde humana;
b) Planeai as actividades constantes dos proara-
rras aprovados para o sector, coordená-las e
avaliá-las;
c) Participar no planeamento, coordenaçäo e ava-
liaçäo de programas de saúde ambiental;
a) Promover e colaborar com outros organismos
oficiais no estabelecimento de indicadores e nor-
mas de qualidade relativas aos factores ai-ribíen-
tais com incidência na saúde humana e na ela-
boraçäo de diplomas técnico-normativos no
domínio da saúde ambiental, quer a nível na-
cional quer internacional;
e) Elaboraçäo de metodologias apropriadas à ava-
liaçäo da exequibilidade e do rendimento dos
programas de controlo e das medidas tomadas
com vista à protecçäo da saúde e do bem-estar
do homem;

J) Cooperar em programas de investigaçäo;


g) Participar nas acçöes de formaçäo de e'ngenhei-
ros sanitaristas;
h) Todas as funçöes atribuídas ao assessor supe-
rior caso es-,e näo exista ou, nas suas falias e
impedimentos, quando para tal designado.

3 - Ao engenheiro sanitarista assessor superior säo


atribuídas, para além das funçöes de assistente, assis-
tente principal e assessor, as seguintes:

a) Participar na definiçäo das políticas de saúde


ambiental nos diversos niveis nacional ou re-
gional;
b) Planear, coordenar e avaliar programas de
saúde ambientam;
c) Promover e participar na estruturaçäo, actua-
lizaçäo e organizaçäo dos serviços ou núcleos;
d) Participar no planeamento de programas de
saúde ambíental levados a efeito por organis-
mos oficiais, empresas públicas ou privadas;
e) Emitir pareceres técnico-científicos no âmbito
da saúde ambiental;
J) Promover e participar na formaçäo complemen-
tar de engenheiros sanitaristas;

g) Coordenar e avaliar os técnicos superiores de


saúde do ramo respectivo integrados na corres-
pondente unidade de acçäo;
h) Integrar comissöes especializadas.

4 - Aos engenheiros sanitaristas, quando integrados


em serviços de âmbito regional, compete ainda:

a) Participar na definiçäo da política de saúde


nesse nível regional;
ti) Elaborar o plano de acçäo anual e o relatório
de actividades;
c) A avaliaçäo periódica da eficiência e eficácia
dos serviços.

,V. o 243 - 22-10-1991

5 - Ao engenheiro sanitarista que tiver a responsa-


bilidade de um serviço compete, em especial:

a) Elaborar os programas e relatórios de activida-


des do serviço;
b) Coordenar todas as actividades de gestäo cien-
tífica e técnica, de formaçäo e administrativa
do serviço;
c) Avaliar a eficácia e eficiência dos serviços, pro-
movendo a sul reorganizaçäo e actualizaräo
sempre que necessário.

SUBSECÇÄO 11

Ramo de farmácia
Artigo 12.'

Perfil profissional do farmacêutico

1 O técnico superior de saúde farmacêutico é o


profissional habilitado com o grau de especialista res-
ponsável pela problemática do medicamento, assegu-
rando a prestaçäo de assistência. medicamentosa ao
doente, desenvolvendo para o efeito actividades cie ca-
rácter técnico e científico relacionadas com a terapèu-
tica e sua eficácia, a utilizaçäo do medicamento e suas
implicaçöes no doente, a informaçäo e educaçäo sani-
tária.
2 - Nos estabelecimentos com serviços farmacêuti-
cos, a direcçäo destes é confiada a técnico superior de
saúde farmacêutico.
3 - O farmacêutico deve aprofundar o seu perfil
profissional orientando-se para o exercício em áreas
profissionais específicas.
4 - Säo desde já reconhecidas as seguintes áreas
profissionais específicas:

a) Farmácia hospitalar;
b) Farmacoterapia.

5 = Pdde@räo ser reconhecidas outras áreas profissio-


nais específicas, por portaria do Ministro da Saúde.

Artigo 13.'

Funçöes das categorias do ramo de farmácia

1 - Ao técnico superior de saúde farmacêutico as-


sistente e assistente pâncipal säo atribuídas as seguin-
tes funçöes, tendo em conta os níveis de complexidade
e responsabilidade em que se desenvolvem:

a) A responsabilidade técnica das aquisiçöes de


medicamentos e produtos farmacêuticos, da sua
qualidade e correcta conservaçäo;
b) O estabelecimento de sistemas eficazes e segu-
ros de distribuiçäo e administraçäo de medica-
Mentos;
c) A produçäo de fórmulas magistrais necessárias
ou convenientes para o hospital ou instituiçäo,
bem como a análise e controlo correspondentes;
d) A formulaçäo e controlo, em secçäo especiali-
zada, de misturas intravenenosas para nutriçäo
parenteral;
e) O desenvolvimento de actividades de farmácia
clínica, relacionadas com a terapêutica medíca-
mentosa, a elaboraçäo do perfil farinacotera-

DIARIO DA REPúBLICA

1 SÉRIE-A 5451

pèutico do doente, os estudos de farmacociné-


tica e monitorizaçäo de medicamentos, as ac-
çöes de farmacovigilância e, ainda, estudos so-
bre formulaçäo, qualidade e estabilidade dos
inedicarnentos;
A integraräo em comissöes clínicas e técnico-
-científicas que têm em vista a disciplina e ra-
cionalizaç"-;o de terapêutica medicamentosa, a
melhoria assistencial e a salvaguarda da saúde
pública;

<-) O cumprimento das exigências legais 3obre me-


dicarrientos, estupefacientes e psicotrópicos;

k) O estudo estatístico do consurno de medica-


mentos;

I) A colaboraçäo em acçöes de investigaçäo clí-


nica corri medicamentos;
J) A colaboraçäo em programas de ensino de for-
macäo contínua e de valorizaçäo profissional a
nível farmacêutico e de outros técnicos de
saúde;
k) A colaboraçäo na área da sua competência em
actividades conducentes à programaçäo da
saúde e ertucacäo sanitária, hábitos de higiene,
correcta alimentaçäo, perigos de automedica-
çäo, acompanhamento de cioentes de alto risco,
doenças crónicas e reacçöes adversas;
oAssegurar todas as urgências medicamentosas;

M) O apoio técnico aos profissionais de saúde, ser-


viços ou departamentos;

n) A participaçäo em júris de concursos e de ava-


liaçäo.

2 - Ao técnico superior de saúde farmacêutico as-


sessor säo atribuídas, além de todas as funçöes do as-
sistente e do assistente principal:

a) A emissäo de pareceres técnico-científicos;


b) A participaçäo na elaboraçäo, planeamento e
coordenaçäo dos programas do serviço;
c) A colaboraçäo na formaçäo profissional com-
plementar dos técnicos superiores de saúde do
ramo farmacêutico;
d) Todas as funçöes atribuídas ao assessor supe-
rior caso este näo exista ou, nas suas faltas e
impedimentos, quando para tal for designado.

3 - Ao técnico superior de saúde farmacêutico as-


sessor superior, além das funçöes do assistente, do as-
sistente principal e do assessor, compete:

cr) A participaçäo na definiçäo da política de saúde


no âmbito da sua área ao nível regional ou na-
cional;
b) O planeamento e coordenaçäo dos programas
dos serviços farmacêuticos de cuidados de saúde
primários e diferenciados;

c)
d) A avaliaçäo da eficácia e eficiência dos serviços;
A participaçäo na estruturaçäo e organizaçäo
dos serviços;
e) A elaboraçäo do plano anual e do relatório de
actividades;

J) A planificaçäo, coordenaçäo, orientaçäo e ava-


liaçäo das actividades dos esta~os de pré-
-licenciatura e de formaçäo profissional;

g) A participaçäo na%rmaçäo profissional com-


plementar dos técnicos superiores de saúde do
ramo -de farmácia;

5452 DIARIO DA REPúBLICA - I SÉRIE-A N. o 243 - 22-10-1991

h) A coordenaçäo e avaliaçäo dos técnicos supe-


riores de saúde do ramo farmacêutico, integra-
dos na correspondente unidade de acçäo.

SUBSECÇÄO 111

Ramo de física hospitalar

Artigo i4.'

Perfil profissional do físico hospilals'r

1 - O físico hospitalar é o profissional habilitado


com o grau de especialista responsável pela aplicaçäo
dos métodos da física à respectiva área das ciências mé-
dicas em que trabalha, assegurando a colaboraçäo na
parte da física e engenharia médicas com os outros es-
pecialistas médicos, corni)etindo-lhe em cada área o pia-
neamento das aplicaçöes, o parecer técnico para aqui-
sicäo e manutençäo do equipamento, a realizaçäo dos
actos físicos, a assessoria iécnico-científica e de inves-
tigaçäo, o planeamento e a organizaçäo das instalaçöes
nos seus aspectos técnicos, a supervisäo das condiçöes
de segurança, funcionamento do equipamento e apli-
caçäo, de forma a evitar danos a doentes, pessoal e
público em geral, de acordo com as normas vigentes
a nível nacional e internacional, e ainda a colaboraçäo
e parecer técnico na elaboraçäo, revisäo e actualizaräo
dessas mesmas normas.
2 - O físico hospitalar deve aprofundar o seu per-
Fil profissional orientando-se para o exercício em áreas
profissionais específicas.
3 - Säo desde já reconhecidas as seguintes áreas
profissionais específicas:

a) Medicina nuclear;
b) Radiologia;
c) Radioterapia.

4 - Poderäo posteriormente ser reconhecidas outras


áreas profissionais específicas por portaria do Minis-
tro da Saúde.

Anigo 15.0

Funçöes das categorias do rarno de física hospitalar

1 - Ao físico hospitalar assistente e assistente prin-


cipal säo atribuídas as seguintes funçöes, tendo em
conta os níveis de complexidade e responsabilidade em
que se desenvolvem:

a) O planeamento dos protocolos de aplicaçäo das


radiaçöes (fontes externas ou internas) e respon-
sabilidade pelas medidas físicas envolvidas, con-
trolo de qualidade e optimizaçäo das aplicaçöes
clínicas;
b) A dosimetria básica e calibraräo de todas as
fontes de radiaçöes, assim como a calibraräo
de todo o equipamento utilizado em dosimetria
e sua optimizaçäo;
c) O processamento dos dados obtidos nas dife-
rentes aplicaçöes e optimizaçäo desta informa-
çäo através de métodos matemáticos ade-
quados;
d) O cálculo das doses «absorvidas» aplicadas ao
doente, quer a partir das fontes de radiaçäo,
quer por administraçäo de agentes radioactivos,
e melhorar as condiçöes de forma a reduzi-Ias
quanto possível;

e) O estudo do equipamento antes e durante a sua


instalaçäo e preparaçäo das normas de expio-
raçäo e de controlo de qualidade desse equipa-
mento, assim como das @ontes radioactivas uti-
lizadas;
1) Assegurar o controle das instalaçöes relativa-
mente às normas de protecçäo contra as radia-
çöes;
g) A responsabilidade pela recepçäo, manipulaçäo,
armazenarnento e transporte dos radionúciidos
ou fontes radioactivas na5 Instituiçöes em que
estäo inseridos;
h) A participaç-50 em júris de concursos e de ava-
liaçäo.

2 - Ao físico hospitalar assessor säo atribuídas,


além de todas as funçöes do assistente e do assistente
principal:

a) A coordenaçäo de protocolos de actividades


científicas, técnicas e pedagógicas, distinguindo
nestas últimas o treino dos internos e restante
pessoal relativamente às normas de protecçäo
contra as radiaçöes nos respectivos departa-
mentos;

b) O descri, penho das funçöes de «oficial das ra-


diaçöes» do departamento;

c) O planeamento das instalaçöes relativamente ás


normas de proteccao conira as radiaçöes;

d)
e) A assessoria técni'c'a em matérias da sua área;
A participaçäo em comissöes ou reuniöes téc-
nicas corri funçöes normativas dentro da sua
área;
J) Todas as funçöes atribuídas ao assessor supe-
rior caso este näo exista ou, nas s@_,as faltas ou
impedimentos, quando para tal des;gnado.

3 - Ao físico hospitalar assessor superior säo atri-


buídas, para além das funçöes do assistente, do assis-
tente principal e do assessor:

a) A coordenaçäo e avaliaçäo dos técnicos supe-


riores de saúde do ramo de física hospitalar,
integrados na correspond ' ente unidade de acçäo;

b) A colaboraçäo no estudo, organizaçäo, progra-


maçäo e execuçäo de política de saúde nacio-
nal ou regional de acordo com as competências
técnicas e hierárquicas;
c) A avaliaçäo periódica da eficácia e eficiência
dos respectivos servicos;-
d) A elaboraçäo do plano anual e do relatório de
actividades;
e) A participaçäo na formaçäo profissional com-
plementar dos técnicos superiores de saúde do
ramo de física hospitalar.

SUBSECÇAO IV

Ramo de genética

Artigo 16.'
Perfil profissional do técnico superior de genética
1 - O técnico superior de saúde, ramo de genética,
é o profissional habilitado com o grau de especialista
para desenvolver funçöes científicas e tecrucas em arcas

N. ` 243 - 22-10-1991

orientadas para o estudo e compreensäo da etiologia


das doenças, sua prevençäo e diagóstico no âmbito da
genética humana.
O técnico superior de saúde de genética deve
aprofundar o seu perfil profissional orientando-se para
o exercício em áreas profissionais específicas.
3 - É desde já reconhecida a seguinte área profis-
síonal específica:

Genética humana.

4 - Poderäo ser reconhecidas outras áreas prof,ssio-


nais específicas por porTaria do iMinistro da Saúde.

ArtiQo 17.'

Funçöes das categorias do ramo de genética

1 - Ao técnico superior de saúde assistente e assis-


tente principal säo atribuídas as seguintes funçöes, de
acordo com os níveis de complexidade e responsabili-
dade em que se desenvolvem:

a) A execuçäo de técnicas laboratoriais de ciroge-


nética, bioquímica e genética molecular;
b) O aperfeiçoamento de técnicas existentes e in-
troduçäo de novas técnicas no domínio da ge-
nética humana;
c) A orientaçäo e formaçäo do pessoal atístrito
aos respectivos serviços;
a@ O estudo teórico e prático de métodos de anä-
lise taboratorial, sua valida4o e, se necessário,
execuçäo de técnicas altamente diferenciadas;
e) A avaliaçäo e interpretaçäo de resultados e seu
controlo de qualidade;
J) A participaçäo na selecçäo de reagentes e equi-
pamentos;
og) A integraräo em equipas de serviço de urgên-
cia conjuntamente com 'os outros'profissionais
de saúde do seu departamento ou serviço,
quando este regime se pratique;
h)' A responsabilidade por sectores ou unidades de
ser-viço;
i) A cooperaçäo em protocolos de investigaçäo;
J) A participaçäo em programas de investigaçäo
científica relacionados com a sua área profis-
sional;
k) A participaçäo em júris de concursos e de ava-
liaçäo.

2 - Ao técnico superior de saúde assessor säo atri-


buídas, além de todas as funçöes do assistente e do as-
sistente principal:

a) A selecçäo, concepçäo, adaptaçäo e se neces-


sário a execuçäo de novas metodologias em fase
de experimentaçäo;
ti) O controlo global da qualidade e interpretaçäo
de resultados;
c O controlo e, se necessário, a execuçäo de me-
todologias que envolvam elevado grau de res-
ponsabilidade e qualificaçäo técnico-cientíFica
ou que impliquem manipulaçöes de alto risco;
d) O desenvolvimento e coordenaçäo de protoco-
los de estudo;
e) A participaçäo no plano de elaboraçäo dos pro-
gramas de serviço:

DIARIO DA REPúBLICA I SÉRIE-A

@0453

A participaçäo nas acçöes de formaçäo do pes-


soal, de estagiários e de internos de especiali-
dade;
g) A selecçäo e elaboraçäo de metodologias neces-
sárias a monitorizaçäo de factores susceptíveis
de alterar a saúde individual ou colectiva. eri
colaboraçäo com outros profissiortais da saúde;
h) A promoçäo no estabelecimento de indicado-
res e normas de qualidade dos diversos parà-
metros com interesse na saúde, bem corno P co-
]abonaçäo com outros organismos ofliciais nesta
matéria e na elaboraçäo-'de diplomas técni@.o-
-normativos no domínio da sa,-',d.- pública a ní-
vel nacional - internacional;
i) A elaboraçäo de metodologias apropriadas à
avaliaçäo da eficácia das medidas tomadas, in-
cluindo inquériros e outros trabalhos de campo;
1) A selecçäo de reagentes e equipamentos;
k) Todas as funçöes atribuídas ao assessor supe-
rior caso este näo exista ou, nas suas faltas e
impedimentos, quando para tal designado.

3 - Ao técnico superior de saúde assessoi superior


säo atribuídas, além das funçöes do assistente, do as-
sistente principal e do assessor:

a) A participaçäo na estruturaçäo e organizaçäo


dos servíços;
b) A elaboraçäo e coordenaçäo de programas de
protocolos de actividades' científica e técnica;
c) A emissäo de pareceres técnico-científ-icos;
d) A participaçäo na formaçäo profissional com-
elementar dos técnicos superiores de saúde, do,
ramo de genética;
e) A planificaçäo, coordenaçäo, orientaçäo e ava-
liaçäo dos estágios de pré-ficenciatura e de for-
maçäo profissional;
J) A participaçäo na definiçäo da política da
saúde, no âmbito da sua área, a nível regional
ou nacional;
g) A integraräo em comissöes especializadas;
h) A coordenaçäo e avaliaçäo dos técnicos supe-
riores de saúde do ramo de genética, integra-
dos na correspondente unidade de acçäo. = '

4- Ao técnico superior de saúde de genética que


tiver a responsabilidade de um serviço compete, em és-
pecial:

a) A elaboraçäo do programa de actividades do


serviço;
b) A coordenaçäo de todas as actividades de ges-
täo técnica, científica, de formaçäo e adminis-
trativa;
c) A avaliaçäo da eficácia e eficiência dos servi-
ços, promovendo a sua reorganizaçäo e actua-
fizaçäo sempre que necessário;
d) A elaboraçäo do relatório de actividades.

SUBSECÇÄO V
Ramo de laboratório

Artigo 18.'

Perfil profissional

1 - O técnico superior de saúde do ramo de labo-


ratório é o profissional habilitado-com o grau de és-

5454 DIARIO DA REPúBLICA - I -SÉRIE-A N. O 243 - 22-10-199i

pecialista, para desenvolver funçöes técnicas e científí-


cas em áreas orientadas näo só para o estudo e com-
preerisdo da etiologia das doenças, sua prevençäo; diag-
nóstico e controlo terapêutica, mas também para o
estudo de diversos factores que afectam o bem-estar fí-
sico e social do homem.
2 - O técnico superior de saúde do -amo de labo-
ratório deve aprofupdar o seu perfil profissional
orientando-se para o exercício em áreas profissionais
específicas.
3 - Säo desde já reconhecidas as seguintes áreas
profissionais específicas:

a) Bioquimica;
b) Comprovaçäo de medicamentos;
c) Endocrinología;
d) C,-nética;
e) Hematologia;
J) Higiene no trabalho e ambiente;
g) Imunologia;
h) Microbiologia (virologia, bacteriologia);
I) Nutriçäo e higiene alimentar;
1) Parasitologia/micologia;
k) Patologia morfológica;
1) Química das águas.

4 - Poderäo ser reconhecidas outras áreas profissio-


nais específicas por portaria do Ministro da Saúde.

Artigo 19.1

Funçöes das categorias do ramo de laboratório

1 - Ao técnico superior de saúde assistente e assis-


tente principal säo atribuídas as seguintes funçöes, de
acordo com os níveis de complexidade e responsabili-
dade em que se desenvolvem:

a) O estudo teórico e prático de métodos de ariä-


lise laboratorial, sua 'Validaçäc@ e se necessário
execuçäo de técnicas altamente diferenciadas;
b) A avaliaçäo e Interpretaçäo de resultados e seu
controlo de qualidade;
c) A participaçäo na selecçäo de reagentes e equi-
pamentos;
d) A integraräo em equipas de ser-viço de urgên-
cia, conjuntamente com os outros profissionais
de saúde do seu departamento, ou serviço,
quando este regime se pratique;
e) A responsabilizaräo por sectores ou unidades
de serviço;
A cooperaçäo em protocolos de estudo e inves-
tígaçäo;
g) A participaçäo em programas de investigaçäo
científica relacionados com a sua área profis-
sional;
h) A participaçäo em júris de concursos e de ava-
fiaçäo.

2 - Ao técnico superior de saúde assessor säo atri-


buídas, além de todas as funçöes do assistente e do as-
sistente principal:

a) A selecçäo, concepçäo, adaptaçäo e se neces-


sário a execuçäo de novas metodologias em fase
de experimentaçäo;
b) O controlo global de qualidade e interpretaçäo
de resultados;

c) O controlo e, se necessário, a execuçäo de me-


todologias que envolvam elevado grau de res-
ponsabilidade e qualificaçäo técnico-científica
ou que impliquem manipulaçöes de alto risco;
d) O desenvolvimento e coordenaçäo de protoco-
los de estudo;
e) A participaçäo no planeamento e elaboraçäo
dos programas do serviço;
A participaçäo nas acçöes de formaçäo do pes-
soal, de estagiários e de internos de especiali-
dade;
A selecçäo e elaboraçäo de metodologias neces-

91
sárias à monitorizacäo de factores susceptíveis
de alterar a saúde individual ou colectiva, em
colaboraçäo com outros profissionais da saúde;
h) A promoçäo no estabelecimento de indicado-
res e normas de qualidade dos diversos para--
metros com interesse na saúde, bem como a co-
laboraçäo com outros organismos oficiais nesta
matéria, e na elaboraçäo de diplomas técnico-
-normativos no domínio da saúde pública a ní-
vel nacional c internacional;
I) A elaboraç@o de metodologias apropriadas à
avaliaçäo da eficiência das medidas tomadas,
incluindo inquéritos e outros trabalhos de
campo;
A selecçäo de reagentes e equipamentos;
k) Todas as funçöes atribuídas ao assessor supe-
rior caso este näo exista ou, nas suas faltas e
impedimentos, quando para tal designado.

3 - Ao técnico superior de saúde ass@@s,-or superior


säo atribuídas, além das funçöes do assistente, do as-
sisterite principal e do assessor:

a) A participaçäo na estruturaçäo e organizaçäo


dos serviços;
b) A elaboraçäo e coordenaçäo de programas de
protocolos de actividades científica e técnica;
c)
d) A emissäo de pareceres técnico-científicos;
A participaçäo na formaçäo profissional com-
elementar dos técnicos superiores de saúde do
ramo laboratorial;
e) A planificaçäo e coordenaçäo das actividades
dos estágios de pré-ficericiatura e de especiali-
dade;
J) A participaçäo na definiçäo da política de
saúde, no âmbito da sua área, a nível regional

C7
ou nacional;

9)
h) A integraräo em comissöes especializadas;
A coordenaçäo e avaliaçäo dos técnicos supe-
riores de saúde do ramo laboratorial íntegra-
dos na correspondente unidade de acçäo.

4 - Ao técnico superior de saúde que tiver a res-


ponsabilidade de um serviço compete, em especial:

a) A elaboraçäo do programa de actividades do


serviço;
b) A coordenaçäo de todas as actividades de ges-
täo técnica, científica, de formaçäo e adminis-
trativa;
c) A avaliaçäo da eficácia e eficiência do serviço,
promovendo a sua reorganizaçäo e actualizaräo
sempre que necessário;
d) A elaboraçäo do relatório de actividades.

.V. 243 - 22-1 0-; 991 DIÄRIO DA REPúBLICA - 1 SÉRIE-A 5455

SUBSECÇÄO VI

Ramo de nutricäo

Arti-o 20.'

Perfil profissional

O nutricionista é o profissional habilitado com


o grau de especialista que desenvolve funçöes científi-
cas e técnicas de planeamento, controlo e avaliaçäo da
alimentaçäo racional.
2 - O Putricionista deve aprofundar o seu oerfil
profissional orientando-se para o exercício em à reas
profissionais específicas.
3 - É desde já reconhecida a seguinte área profis-
sional específica:

Nutriçäo humana.

4 - Poderäo ser reconhecidas outras áreas profissio-


nais específicas por portaria do Ministro dá Saúde.

ArtiL7o 21.'

Funcöes das c2te-orias do ramo de nuiriçäo


1 - Ao técnico superior de saúde assistente e assis-
tente principal säo atribuídas as seguintes funçöes,

:I
tendo em conta os níveis de complexidade e de respon-
sabilidade em que se desenvolvem:

a) A avaliaçäo do estado de rititriçäo de uma dada


comunidade, em especial nas . áreas escolar e
ocupacional;
b) O estudo dos desequilíbrios alimentares gera-
dores de doença na comunidade ou em grupos
populacionais determinados e a promoçäo e
correcçäo dos erros detectados;
A participaçäo em programas de educaçäo para
a saúde e, em geral, de'saúde pública, no do-
minio da educaçäo alimentar;
d) O aconselhamento nutricional, individual ou co-
lectivo;
e) A intervençäo no domínio da terapêutica die-
tética, quando solicitada.

2 - Ao técnico superior de saúde assessor säo atri-


buídas, além de todas as funçöes do assistente e do as-
sistente principal:

a) A participaçäo na elaboraçäo de programas de


educaçäo para a saúde em geral e, em parti-
cular, da saúde pública, no domínio da educa-
çao alimentar;
b) A participaçäo em reuniöes científicas e em ac-
çöes de formaçäo e investigaçäo da área respec-
tiva;
c) As funçöes atribuídas ao assessor superior caso
este näo exista ou, nas suas faltas e impedimen-
tos, quando para tal designado.

3 - Ao técnico superior de saúde assessor superior


säo atribuídas, para além das funçöes do assistente, do
assistente principal e do assessor:

a) A participaçäo na estruturaçäo e organizaçäo


dos serviços;
b) A elaboraçäo e coordenaçäo de programas de
protocolos de actividades cienífica e técnica;
c) A emissäo de pareceres técnico-científicos;
d) A participaçäo na definiçäo da política de saúde
alimentar a nível regional ou nacional;
e) A avaliaçäo e coordenaçäo dos técnicos supe-
riores de saúde do ramo de nutriçäo integra-
dos na correspondente unidade de acçäo.

SUBSECÇÄO VII

Ramo laboratorial de medicina nuclear e radiaçöes ionizantes

Artigo 22.'

Perfil profissional do Técnico superior de saúde


de medicina nuclear e radiaçöes ionizantes

1 - O técnico superior de saúde deste ramo é o pro-


fissional habilitado com o grau de especialista que,
dada a sua preparaçäo acadêmica e formaçäo comple-
mentar nas diferentes áreas englobadas pela medicina
nuclear, se responsabiliza pelo suporte técnico-científico
dessas áreas colaborando com os outros especialistas
médicos.
2 - O técnico superior de saúde deste ramo da car-
reira deve aprofundar o seu perfil profissional
orientando-se para o exercício nas áreas profissionais
específicas.
3 - Säo desde já reconhecidas as se-guintes áreas
profissionais específicas:

a) Biologia;
b) Engenharia;
c) Física;
d) Radiofarmácia;
e) Radioquímica.

Poderäo ser reconhecidas outras áreas profissio-


nais específicas por portaria do Ministro da Saúde.

Artigo 23.o

Funçöes das categorias do ramo laboratorial de medicina


nuclear e radiaçöes ionizantes

1 - Ao técnico superior de saúde assistente e assis-


tente principal säo atribuídas as seguintes funçöes, de
acordo com os níveis de complexidade e de responsa-
bilidade em que se desenvolvem:

a) O planeamento, na sua área específica, dos pro-


tocolos de aplicaçäo dos radionúclidos quer no
diagnóstico quer na terapêutica, assegurando o
controlo de qualidade e optimizaçäo;
b) A colaboraçäo na calibraräo de todo o equi-
pamento utilizado e das fontes radioactivas, as-
sim como a optimizaçäo das condiçöes técni-
cas de trabalho;
c) A preparaçäo e controlo da qualidade dos ra-
diofármacos nos aspectos do controlo físico,
físico-químico, químico, radioquímico, bioló-
gico e farmacológico, bem como a preparaçäo
e cálculo de doses químicas e radioquímicas a
administrar ao doente;

d) A responsabilidade pela recepçäo, administra-


çäo, manipulaçäo e armazenamento dos rádio-
núclidos nos departamentos em que trabalham;

e) O processamento dos dados obtidos nas dife-


rentes aplicaçöes e optimizaçäo desta informa-
çäo através de métodos matemáticos ade
quados;

5456 DIARIO D,4 REPúBLICA SÉRIE-,1 N. o 243 - 22-10-1991

1) Os doscame-itos in vítro com recurso a produ-


tos marcados com radionticlidos;
A participaçäo em júris de concursos e de ava-
liaçäo.

Ao técnico superior de sa,-',de assessor säo atri-


buidas, além de todas as funçöes do assistente e do as-
sis[ente principal:

a) A coordenaçäo de programas e protocolos de


actividades científicas, técnicas e pedagógicas;

c, o .
b) A assessoria Técnica em matérias da sua irea
técnico-científica;

c) A participaç-@ci em comissöes ou reuniöes téc-


nicas com funcöes normaUvas dentro da sua
área;

d) A colaboraçäo no planeamento das instalaçöes


de trabalho', apresentando as exigências técni-
cas inerentes à sua área de actividade;

e) O estudo do equipamento necessário à sua ac-


tividade antes e durante a sua instalaçäo, as-
sim como a preparaçäo das normas de expio-
racäo e controlo de qualidade do mesmo;

J) Todas as funçöes atribuídas ao assessor supe-


rior caso este näo exista ou, nas suas faltas e
impedimentos, quando para tal designado.

3 - Ao técnico superior de saúde assessor superior


säo atribuídas, para além das funçöes do assistente, do
assistente principal e do assessor:

u) A coordenaçäo e avaliaçäo dos técnicos supe-


riores de saúde do ramo de medicina nuclear
e radiaçöes ionizantes integrados na correspon-
dente unidade de acçäo;

b) A participaçäo na definiçäo da política de


saúde, no âmbito da sua área, ao nível re-io-
nal ou nacional;

c) A avaliaçäo periódica da eficiência e eficácia


dos respectivos serviços;

A elaboraçäo do plano anual e do relatório de


actividades.-

SUBSECÇÄO VIII

Ramo de veterinária

Artigo 24.1

Perfil- profissional

1 - O médico veterinário é um profissional habili-


tado com o grau de especialista para desenvolver fun-
çöes científicas e técnicas em áreas orientadas para o
estudo e compreensäo da alimentaçäo racional, higiene
e nutriçäo, bem como para a medicina e cirurgia ex-
perimental.

2 - O médico veterinário deve aprofundar o seu per-


fil profissional orientafido-se para o exercício em arcas
profissionais específicas.

3 - Säo desde já reconhecidas as seguintes áreas


profissionais específicas:

a) Alimentaçäo e nutriçäo;
b) Medicina, cirurgia experimental e bioteria.

4 = Poderäo ser reconhecidas outras áreas profissio-


nais específicas por portaria do Ministro da Saúde.

Artigo 25.'

Funçöes das categoFias do ramo de medicina veterinária

1 - Ao técnico superior de saúde assistente e assis-


tente principal säo atribuídas as seguintes funçöes, de
acordo com os níveis de complexidade e de responsa-
bilidade em que se desenvolvem:

a) Assegurar o controlo higiénico-sanitário e qua-


litativo dos géneros de origem animal destina-
dos ao consumo do pessoal hospitalar e
doentes;
b) Promover a conservaçäo dos géneros perecíveis
e näo perecíveis nas melhores condiçöes de se-
gurança e higiene;

c) Participar nas comissöes de escolha dos alimen-


tos destinados ao consumo hospitalar;
d) Elaborar especificaçöes de alimentos e de dieta,
tendo em vista o estabelecimento das respecti-
vas normas qualitativas;
e) Supervisionar e, se necessário, preceder à co-
lheiia de amostras dos alimentos e das dietas
terapêuticas para análise química e bacterioló-
gica;
J) O estudo teórico e prático de métodos de aná-
lise laboratorial dos alimentos e dietas terapêu-
ticas, sua validaçäo e, se necessário, sua exe-
cuçäo;

1<1,) Avaliacäo e interpretaçäo dos resultados e seu


controi . o de qualidade;

h) Participar em programas de investigaçäo rela-


cionados corri a sua área profissional;

i) Colaborar com os'serviços clínicos hospitalares


nas fases de investigaçäo animal, no que en-
volve a sua capacidade técnico-cient . ífic.-..

nadamente no planeamento, supervisäo e mon-


tagem do biotério.

2 - Ao técnico superior de saúde assessor säo atri-


buídas, além de todas as funçöes do assistente e do as-
sistente principal:

a) A selecçäo, concepçäo, adaptaçäo e, se neces-


sário, a execuçäo de novas metodologias;

b) O controlo global de qualidade e interpretaçäo


dos resultados;

c) O controlo e, se necessário, a execuçäo de me-


todologias que envolvam elevado grau de res-
ponsabilidade e qualificaçäo técnico-científica
ou que impliquem manipulaçöes de alto risco;

d) A participaçäo nas acçöes de formaçäo do pes-


soal e estagiários;

e) A selecçäo e elaboraçäo de metodologias neces-


sárias à monitorizaçäo de factores susceptíveis
de alterar a saúde no que rcspeita à higiene e
nutriçäo individual ou colectiva em colabora-
çäo com outros profissionais de saúde;

J) A promoçäo do estabelecimento de indicado-


res e normas de qualidade dos diversos parà-
metros com interesse na saúde nutricional, bem
como a colaboraçäo com outros organismos
oficiais nesta matéria, e na elaboraçäo de di-
plomas técnico-normativos no domínio da
saúde pública a nível nacional e internacional;

g) A elaboraçäo de metodologias apropriadas à


avaliaçäo da eficiência das medidas tomadas,

iV. ` 243 - 22-10-1991 DIARIO DA REPúBLICA - I SÉRIE-A 5457

incluindo inquéritos alimentares e outros traba-


lhos de camp(?;
h) A selecçäo de reagentes e equipamento;
i) Todas as funçöes atribuídas ao assessor supe-
rior caso este näo exista ou, nas suas faltas e
impedimentos, quando para tal designado.

3 - Ao técnico superior de saúde assessor superior


säo atribuídas, para além das funçöes do assistenLe, do
assistente principal e do assessor:

a) A participaçäo na estruturacdo e organizaçäo


dos serviços;
b) A elaboraçäo e coordenaçäo de programas de
protocolos de actividade científica 'e -écnica;
c) a emissäo de pareceres técnico-científicos;
d) A participaçäo na definiçäo da política de saúde
alimentar ao nível regional ou nacional;
e) A integracao em comissöes especializadas;
J) A coordenaçäo e avaliaçäo dos técnicos supe-
riores de saúde do ramo'de medicina veteriná-
ria, integrados na correspondente unidade de
acçäo;
Or'lentar serviços de medicina e cirurgia expe-
rimental e prestar colaboraçäo ---écnico-científica
especializada, necessária à recuperaçäo dos ani-
mais utilizados.

SECÇÄO III

Funçöes dirigentes

Artigo 26.'

Criaçäo de cargos dirigentes

1 Sempre que nos serviços ou estabelecimentos


onde säo exercidos funçöes de qualquer dos ramos da
presente carreira se desenvolvam actividades com sufi-
ciente identidade orgânica e abrangendo um número
signiíicativo de efectivos de pessoal, deveräo ser cria-
dos lugares de director de serviços e chefe de divisäo,
por portaria conjunta dos Ministros da Saúde e das Fi-
nanças.
2 - Para efeitos à número anterior säo desde já
considerados com suficiente identidade or,-ànica:

a) Os serviços de engenharia sanitária;


b) Os serviços farmacêuticos;
c) Os serviços de veterinária;
d) Os laboratórios de saúde pública.

Artigo 27.'

Recrutamento

O recrutamento para os lugares de director de servi-


ços ou chefe de divisäo, referidos no artigo anterior,
é feito de entre os técnicos superiores de saúde do ramo
respectivo, de acordo com as seguintes regras:

a) O chefe de divisäo, de entre assessores superio-


res ou assessores, ou ainda assistentes princi-
pais corri pelo menos seis anos de experiência
profissional em categorias inseridos na carreira;
b) O director de 'serviços, de entre assessores su-
periores, ou de entre assessores com pelo me-
nos oito anos de experiência profissional em ca-
tegorias inseridos na carreira.

CAPíTULO 111

Exercício de funÇöes e formaçäo permanente

Artigo 23.0

E.,%ercício prc,,Issional

1 - A incegraÇáo na carreira determina o exercício


das correspoiláentes funçöes, nos termos do presente
diploma.
2 - O técnico superioF de saúde exe@ce a sua activi-
dade com plena responsabilidade profissional, através
do correcto exercício das punçöes assumidas, coopera
com outros profissionais cuja acçäo seja complemen-
tar da sua e participa nas equipas de tiabalho para o
e,eito constituídas.

Artigo 29.'

Re-imes e modalidades de horário de trabalho

1 - As modalidades de horário de trabalho dos téc-


nicos superiores de saúde säo as seguintes:

a) Tempo completo;
b) Horário acrescido.

2 - O trabalho em regime de tempo parcial pode ser


prestado nas situaçöes e nos termos previstos na lei Qe_
ral aplicável à fu-ncäo pública.
3 - Em funçäo das condiçöes e necessidades do re-
aular e eficiente funcionamento dos serviços, poderäo ser
delimitados períodos de prestaçäo de trabalho em servi-
cos de urgência, até ao limite máximo de doze horas se-
manais, bc,-r, como ser adaptadas modalidades de horá-
rio de trabalho previstas na lei geral aplicável à funçäo
pública, designadamente horários desfasados, de acordo
com regras a definir por despacho do Ministro da Saúde.
4 - As modalidades de tempo completo e de horá-
rio acrescido corresponde a prestaçäo de trinta e cinco
horas e de suarenta e duas horas de trabalho normal

n
por semana, respectivamente.
5 - A modalidade de horário acrescido só pode ser
adoptada quando seja indispensável para assegurar o

. =

regular e eficiente funcionamento dos serviços e esta


dependente de autorizaçäo do Ministro da Saúde me-
diante proposta devidamente fundamentada do estabe-
lecimento interessado e anuència do respectivo técnico
superior de saúde.
6 - Os técnicos superiores de saúde que exerçam
funçöes em condiçöes que envolvam excepcional risco
usufruiräo de direitos especiais quanto às condiçöes de
prestaçäo de trabalho, em termos a definir por
decreto-lei.
7 - Aos técnicos superiores de saúde no exercício de
funçöes dirigentes ou com idade superior a 50 anos po-
derá ser concedida, a seu pedido, dispensa de presta-
çäo de serviço de urgência.

Artigo 30.'

Efeitos da modalidade de horário acrescido

1 - A modalidade de horário acrescido confere o di-


reito a um acréscimo salarial de 25 Olo sobre a remune-
raçäo base, o qual é tomado em consideraçäo, nos ter-
mos da lei geral aplicável à funçäo pública, no cálculo
do pagamento dos subsídios de férias e de Natal.

5458 DIARIO DA REPúBLICA - I SÉRIE-A N. o 243 - 22-10-1991

2 - A modalidade referida no número anterior con-


fere o direito a um aumento de 25 17o no tempo de ser-
viço para efeitos de aposentaräo, e o correspondente
acréscimo salariai será considerado na Fixaçäo da pen-
säo de aposentaräo, nos termos do correspondente es-
tatuto.

Artieo 31.'

Cess-soo e suspensäo da modalidade de horário ucrescido

A modalidade de horário acrescido cessará nas


seguintes situaçöes:

a) Quando cessarem as necessidades do serviço


que determinaram a sua aplicaçäo;
b) Quando houver inoffificaçäo da situaçäo fun-
cional do técnico superior de saúde;
c) Quando o funcionário o requerer, com a ante-
cedência de seis meses, prazo que pode ser dis-
pensado em circunstâncias excepcionais;
d) Por deficiente cumprimento pelo funcionário
das suas obrigaçöes, devidamente comprovado.
2 - O regime a que se refere o presente artigo fica
suspenso durante a frequência de cursos ou outras ac-
tividades de formaçäo.
3 - Salvo nos casos de faltas por -maternidade e de
férias, as remuneraçöes suplementares previstas no ri.' 1
do artigo 30.1 só säo devidas em situaçäo de presta-
çäo efectiva de trabalho.

Artigo 32.'

Formaçäo permanente

1 formaçäo permanente do técnico superior de


saúde deve ser contínua, planeada e programada.
2 - O técnico superior de saúde tem direito, em ter-
mos a regulamentar mediante portaria conjunta dos Mi-
nistros da Saúde e das Finanças:

a) A formaçäo complementar com vista à niaior


Diferenciaçäo técnica e especializaçäo na área
técnico-científica do ramo em que exerce a sua
actividades

b) A cicios de estudos especiais com vista ao aper-


feiçoamento em áreas específicas de actividade.

3 - Aos técnicos superiores de saúde detentores de


catecorias inseridos nas áreas de recrutamento previs-
tas no artigo 27.1 seräo facultados cursos ou seminá-
rios vocacionados para o exercício de funçöes diri-
gentes.

CAPíTULO III

Disposiçöes finais e transitórias

Artigo 33.1

Remuneraçäo

As remuneraçöes dos técnicos superiores de saúde säo


fixadas com base no horário normal de trabalho de
trinta e cinco horas semanais e constam do mapa anexo
ao presente diploma, sendo o valor do índice 100 fi-
xado por portaria conjunta do Primeiro-Ministro e do
Ministro das Finanças.

Artigo 34."

Transiçäo do pessoal

1 - Os actuais técnicos superiores de saúde transi-


tam para as novas categorias previstas no presente di-
ploma de acordo com as seguintes regras:

a) Os técnicos superiores de 2.' classe posiciona-


dos nos LI, 2.1 e 3.1 escalöes transitam para
o 1.o escaiäo da categoria de assistente;
b) Os técnicos superiores de 2.' classe posiciona-
dos nos 4.' e 5.1 escalöes transitam para o 3.1
escaläo da categoria de assistente;
c) Os técnicos superiores de 2.' classe aprovados
em concursos ainda válidos transitam para o
4.' escaläo da categoria de assistente;

d) Os técnicos superiores de 1.' classe posiciona-


dos nos l.', 2.' e 3." escalöes transitam para
o 1.' escaläo da Categoria de assistente prin-
cipal;
e) Os técnicos superiores de 1.' classe posiciona-
dos nos 4.', 5.1 e 6.1 escalöes transitam para
o 3.' escaläo da categoria de assistente prin-
cipal;
J) Os técnicos superiores de 1.' classe aprovados
em concursos ainda válidos transitam para o
4.' escaläo da categoria de assistente principal;
Os técnicos superiores principais transitam para
o 5.' escaläo da cate,@--oria de assistente prin-
cipal;
h) Os técnicos superiores principais aprovados em
concurso ainda válidos transitam para o 2.' es-
caläo da categoria de assessor;
I) Os assessores posicionados no 1.c escaläo tran-
sitam para o 2.' escaläo da categor:a de as-
sessor;
J) Os assessores posicionados no 2.' escaläo tran-
sitam para o 3.' escaläo da categoria de as-
sessor;
k) Os assessores posicionados no 3.1 escaläo tran-
sitam para o 4.' escaläo da categoria de as-
sessor;
Os assessores aprovados em concursos ainda vá-
lidos transitam para o 1.' escaläo da categoria

de assessor superior;

m) Os assessores principais transitaria para o 2.' es-


caläo da categoria de assessor superior.

2 - Aos actuais técnicos superiores de saúde que,


por força da aplicaçäo das regras definidas no ri.' 1,
tenham transitado para a categoria de assessor é fa-
cultado o acesso à categoria de assessor superior me-
diante concurso de avaliaçäo curricular.
3 - O pessoal que se encontre provido em lugares
das carreiras técnica superior ou técnica de regime ge-
ral que, sendo possuidor de licenciatura em Ciências
da Nutriçäo, se encontre no exercício efectivo de fun-
çöes próprias do ramo de nutriçäo transita para a car-
reira de técnico superior de saúde do correspondente
ramo, sendo integrado na categoria de assistente, em
escaläo a que corresponda remuneraçäo igual à atife-
rida, ou à imediatamente superior, se näo houver cor-
respondência.
4 - O tempo de serviço a considerar para efeitos de
progressäo nas categorias resultantes da aplicaçäo das re-
gras de transiçäo constantes deste artigo será contado a
partir da data da entrada em vigor do presente diplorna.

V. 243 - 22-10-1991 DIARIO DA REPúBLICA - 1 SÉRIE-A 5459

Artigo 35.1

Salvaguarda de situaçöes especiais

Os estágios em curso à data da entrada em vigor


deste diploma continuam a reger-se pelo regulamento
o
aprovado pela Portaria ri.' 605/84, de 16 de Agosto,
com as alteraçöes introduzidos pela Portaria
ri.' 552/88, de 16 de Agosto, sendo a remuneraçäo dos
estagiários a correspondente ao índice 85.
. 22 - Durante um período transitório de três anos,
Cortado da data de entrada em vi-or do present di-
.. e
ploma, os estagiários aprovados nos estagies referidos
no ri.' 1 poderäo candidatar-se a concursos de provi-
mento em lu-ares de assistente.
?

3 - De identica faculdade gozam os indivíduos já


habilitados com está-io e os titulares de equiparaçäo
ao estágio concedida ao abrigo do ri.' 14,1 do regula-
mente aprovado pela Portaria ri.' 605/84- de 16 de
Agosto, na nova redacçäo que lhe foi dada pelo ri.0 4.0
da Portaria n.O 552/88, de 16 de Agosto, desde que
concedida em processo iniciado antes da entrada em
Vigor do presente decreto-lei.

Artigo 36.'

Concursos pendentes

'Mantèm-se em vigor os concursos publicitados à data


do início de vigência deste dip!oma, sendo os candida-
tos neles aprovados nomeados nas correspondentes ca-
tegoorias de acordo com as regras de transiçäo previs-
tas no artigo 34.11

Artigo 37.1

Formalidades da transiçäo

A transiçäo para as categorias e escalöes nos termos


do artigo 34.1 é feita por lista nominativa aprovada
pelo órgäo dirigente máximo do serviço ou estabeleci-
mento e publicado no Diário da República, produzindo
efeitos remuneratórios a partir de 1 do mês seguinte
ao da entrada em vigor do presente diploma.

Artigo 38.1

Quadros de pessoal

Os serviços e estabelecimentos promoveräo a


alteraçäo dos seus quadros ou mapas de pessoal, de

forma a adequámos ao presente diploma, näo podendo


daquela alteraçäo resultar aumento global de lugares
actualmente existentes.
2 - O número de lu-ares a prever para as cate20-
o
rias de assistente e de assistente principal serí estabe-
Ilecido conjuntamente.

Artigo 39.'

Legislaç5o Subsidiária

Em tudo o que näo esteja expressamente previsto no


presente diploma aplica-se o disposto no Decrero-Lei
ri.' 353-A/89, de 16 de Outubro, e demais leaislack
em vi-or para a funcäo pública.

Artigo 40."

Legislaç:io revogada

Sem prejuízo do disposto no artigo 35.', é revogado


¨ Decreto Reeulamentar n.' 29/81, de 24 de Junho,
¨ toda a legislaçäo complementar.

Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 21


de Agosto de 1991. - Anibal Antônio Cavaco
Silva - Luik iWiguel Couceiro Pi.@arro Belel-a - Jorge
Augusto Pires - JGsé AIbino da Silva Peneda.

Promulgado em 3 de Outubro de 1991.

Publique-se.

¨ Presidente da República, 'VIARIO SOARES.

Referendado em 7 de Outubro de 1991.

¨ Primeiro-t'vlínistro, Anibal Antônio Cavaco Silva.

MAPA ANEXO

Técnicos superiores de saúde

categorias 1 2 3 4 5 6

Assessor supeTior.,........... 185 195 205 215 - -


Assessor...................... 150 160 165 175 185 -
Assistente principal.......... 125 1 130 135 145 155 -
Assistente.................... 10 115 120 125 130 t35
Estagiário (3.' e 4.o anos)... 95 - - -
Estagiário (1.' e 2.' anos)... 85

DIARIO DA REPúBLICA 1 SERIE-R N. 207 7-9.199,1

J- 22 (te -no exercício autónomo e iccnicztncntc diferen.


, imIo. ---, -írca ProfissíOnal correspondente a determinado ramo, com
elev.idoç nívek (te cicsCrrirenho.
7. . 0 esiAlcin de Asminte. também, objectivos de pre.
imo:4o c de clcçcnvolviniento do sentido de responsabilidade. do ci-
r@@iw (te iniciativa. de lçi(o-apcrfeiçoamen(o e de actualizaräo pcr-

CAPfTULO 11

Processo de coiici;rsn e normRs sobre reconhecimento


dt, idoncidRde de serviços de saúde pgrR efeltos de
emAgio.

SECÇÄO 1

Procem de co~

3.*

Princípios gerah;

O pfoçcç.,to dc concurso de admissäo ao estágio da carreira de (éc.


,siso< superiores de saúde obedece aos seguintes principiou

a) Igualdade de condiçöes e oportunidades para todos os can-


diditm;
h) Dí"iIiinçäo atempada dos métodos de Defecçäo e do sistema
de classiFicaçio final a utilizar:
c) Aplicaçäo de métodos e critérios objectivos de av*lisiçio;
(i) NeuirnJidade da composiçäo do júri;
r) Direito de recurso.

4.*

Constituiç§o e composiçIlo do júri


1 -- Do despacho do Mínistro da Saúde que autorizar a aberturii
tio concurso cc.-is!ará obrigatoriamente A constituiçäo do respectivo
j%'Irí.
2 - A coniposiçäo do júri poderá ser alterada, por motivos pon-
deroços e devidamente fundamentados, até à data do início da apli-
caçao dos métodos de selecçäo.
3 - O júri é composto por um presidente e,dois vogai@ efectivo3,
tini dos qunis será designido subscit "u(o'do presidente nas suas W.
C--ls c inipedimencos.
,c -- Serio também designados dois vogais suplentes pári as situa-
çóes de falia ou impedimento dos vogais efectivos.
@ - O jarra sé:I consti(ti(clo exclusivamente por péssoal da @2rreIr&
de técnicos skiperiores de saúde pertencente ao tilimo . para cujo ést'í.;
gío for aberto o concurso.
li, - Em caso de impossibilidade devidamente justificado, poderáo
ser d"ignados para (azar parte do júri técnicos superiores de saúde
;enumerado., eni ranio di(crente daquele.

Funcionsinten(o e competência do júri

O jiliri só pode funcionar quando estiverem presentes todos


Oç 5c111x membros, devendo as respectivas delíbersiçöes ser tomadas
r@or inalaria.
2 Das reimiöes do júri serAo lavradas actas, nos termos lejais.
.1 O ji'iri é rcspon.,cAvel por todas as operaçö<3 do concur3o.
4 - O júrí poderá exigir aos candidatos a apresentaçäo de
comprovaiivos de factos por eles referidos que PO3SAm
tclcvar para a apreciaçäo do seu mérito.

Abertura e pa@JlcI(*0<s, dó 'C.0);I.ácurso

1 A ab"tttra do concurso. e respectiva publicitário, é *utori-


7'dn Por despacho do Ministro da Saúde, mediante proposta do De.
Pnrirtinento de Recursos Humanos da Saúde.
2 - O processo de concurso inicia-se com a publicaçäo do rei.
r>mivn aviso de abertura na 2.' série d Didrito da Repdbticcr.
. .1 - ^ alicriurn do concurso é, cambém,obrigatoriamente publi.
citada através de órgäo de comunicaçäo s@>dssI de expansäo nacio.
1,11. por intíticio dtndn conta da publicaçäo do aviso referido no
nútilefli, anterior.

7.`
CONICilido do fiviso de aheritirm do enn<.>tr-f.

Do aviso de AbcrturA, do concurso devem çtnisint

a) O ramo a que se destina o estálio;

h) Q número, de estagiários a Admitir,

c,, A composiçAo do JOri;


d) Os r*quisiios de admiä.,;Ao,
C) A rorivin e o prazo Para apresentaçäo dAs Cindidilillak. ri,
menios que devein constar cio< req%terimeriwç cir
e enumerAçÄo dos docuincninç

A entidade. com o rcipcctiv<i fatal dr@c <r1 :q"@


sentada a candidatura'.
A espe-cificaçäo dos métodos de ;i %jqiiij,.ii@
h) Loca,1 ou locais de "iAlio;
I) Re~eraçio e ouiras condiçöes do es(Agi<i:

1) Menç4o obrigatória da existência de deipAcho <te


Itim,emo c do resuflado da consulta a que w re(erc -i ti.' 1
do *rfto 23.' do Decrete-Lei n.' 247/92. dc 7 de Noveiribi,, :
¨ Mençäo expressa do presente Reittilamenin, do I)ceicin 1 ri
n.' 414/91, de 22 de <)nixibro, e da Poriaril qtic ;Sitiavas:
o programa de "tAgio do ramo parA que é Aberto o concurço.

ApresentaçÄo e praia dir candidofiira,%

i - Os requerimentos de admissAo a conctirço. n<sini crni,, i,,.


documentos que os devem instruir, podem ser enireitties pc.-sonInienle
ou rem,:tidos pelo correio, com Rviso de recepçÄo expç<Jido mé, i,,
termo; do prazo nxado.
2 - A aptegentaçäo dos requerimentos, qualquer que seJa o niodo
por que se efectue, será sempre objecto de relimo, que nicnonna
o respectivo número de ordem, a data, o objecto cio rcqticri[iiciiiii.
o número de documentos juntos e o noirie do rcquerente.
3 - No requerimento será ario(rdo o registo. meninice nictiçic,
do respectivo número e data.
4 - Os candidatos podem exigir recibo comprovaria%,,, <Ia
dos requerimentos, o çual Pode ser passado cin diipli"cf,-, cai cru
fotocópia, para esse rim apresentador.
5 - O prazo para aprescn(açäo de candíclatura- é cie 30 dinç.
amido a partir da data de publicaçÄo no Didrio da Rrj,tUdira (1,,
de abertura do concurso.

9..

Docametitaçäo a apresentar pelos candidoios

Os requerimentos de admissäo ao concurso deveräo ser acoitirn.


nhados doi seguintes documentos, sob per13 de excinsäo:

a) Fotocópia do bilhete de -identidade:


b) Certidäo de licenciatura ou do documento legdiitcttic cel,ii.
Yalente,
C) Documento comprovativo do cumprimento dos dever" rni.
)kares ou de serviço cívico, quando obrigatório:
d) Certificado do registo criminal;
ir) Docurn~o comprovadvo de sanidade física e mental e do
cumprimento das lefs de vacinaçäo obrigatória:

A Currkulum vilas.

10.1

Pritro de validade do enn<-iir.,in

A validade do concurso caduca na data da assinatura do conirmo


administrativo de provimento ou da aceitaçäo da nomeaçäo em co-
missäo de serviço extraordinária relativos a todos os luitares posin.Ç
A concurso.

R*qahitos de s~swilo a concorria

1 - Säo requisitos de admissäo a constarmo:

a)
b) Possuir licenciatura adequada;
Ter cumprido os deveres mílitares ou de serviço ci,tid.,,
quando obrigatório;

c) Näo estar inibido do exercício de runçöec p%ihii"< oil afiar


dito para o exercício de funçöes% na Arca doç t<-criic-n<
riores de saúde;

A Scr física e mentalmente iakidável e ter cumprida -,i,. I.i4


VscinaçÄO obrigAtória.
N.' 207 7-9-1994 DIARIO DA REPOBLICA 1 SÉRIE-R .5309

>ç i-miclitinicis dcveräo retinir o--c requisitos referidos no nú-


n[iteris,r iié in irrino (li> prR7,, fixado para a apresentaçáo das

-:I I to i4 1.11 111 :iç .

EijohnraçAn e publicaçäo da lista de candidatos


1 - T-indo o prazo de apresentaçäo de candidaturas, o júri ela-
liorará, no prazo máximo de 20 dias, a lista dos candidatos admiti-
Jos c c.<cliiídn.,ç do concurso. com indicaçäo sucinta dos motivos de
ricílisAo.

4 !içti rcrcri<li no núnicro Anterior scrA remetida eo serviço


chia promoveu a abertura do concurso. para publicliçäc1 na 2.' série
(to 1)idrin da Ri-ptílifica,

1 - Os candidatos excluídos podem recorrer para o direcior-gerçl


tio Depariamenio de Recursoç Humanos da Saúde no prazo de
10 dias, contado da data da ptiolicaçÄo da lista.
,1 -- A inierposiçäo de recurso näo suspende as operaçks do con-
urso. a.-, quii., prosseituiräo até A fase de.claboraçäo da lista de clas-
uficnÇÄo fir..11. cxClusive.

13.1

Mélodos de selecçÄo

1 -- A selecçäo dos candidatos faz-se mediante avaliaçäo cutricular


c, enircvista profissional de selecçäo.
2 - ^ avaliaçäo ckjrrícuiar tem por objectivo avaliar as aptidöes
profissionais dos candidatos, ponderando-se a nota final da ficencia-
wrn e a formaçäo complementar e experiência de trabalho directa-
nicnic relacionadas com as funçöes do ramo a que respeita o concurso.
@ - A cnirevi-ç(a profissional de selecçäo tem por objectivo de-
terminar e avaliar, numa relaçäo interpessoal e de forma objectiva
e ' sistemática, as capacidades e aptidöes do candidato por compara-
cäo corn o perfil de exigências da funçäo.
4 - /\ aplicaçäo dos métodos de selecçäo deverá ter inicio no prazo
iii.í.xiitio de 15 dias. contado da data da publicaçäo da lista de can-
didatos.
5 - Os candicimos deveräo ser notificados do local. dita e horá-
rio (Ia entrevista profissional de selecçäo corri uma míecedència de
cinco dias il(ei.%. por ofício com aviso de recepçäo.

14.-

Cinssifi"çJin finam dos exft'dIdaloi

1 - Os resultados na aplicaçäo dos métodos de selecçäo seräo clas-


cificades de O a 20 valores.
2 - Na ci;.<sificaçäo final, expressa na escala de O a 20 valores,
"gtiin(e rórmula,

A v #, EPS

<crido: SVrL # 2.3 rC+ 2,3 Er


AV.

em que:

Cr - classificaçäo final-,
A V= avaliaçäo curricular,
Nr1. = nota Final de licenciatura;
FC = formaçäo complementar;
Cr- experiência de trabalho;
FPS - entrevista profissional de selecçäo.

3 - Finda a aplicaçäo dos métodos de selecçäo, o júri procederá,


tio prazo máximo de 15 dias, à classificaçäo e ordenaçäo dos candi-
daios e elaborará acta contendo a Lista de dlassificaçío final e r6-
rectiva fundamentaçäo. .1
4 - Seräo excluídos os candidatos que obtenham urna'tkssífica-
çäo final inferior a 10 valores, considcrando-se como W, por erre.
doridarriento, as classificaçöes inferiores a 9,5 valerei. ,.

5 - Em caso de igualdade de classificaçÄo, compele ao Júri do


concurso'cstabelecer critérios de desempate. .
6 - A acta contendo a lista de classificaçäo final w4 horitolo.
gnda pelo dírector-geral do Departamento de Recursos Humanos da
Siúde, rio prazo máximo de cinco dias.

PubildtaçJin dia lista de tizasilleaç.4o @e*1


homologada 3 acta, a lista de classificaçÄo finei J;@í rcT7@ctida pArà
Plibliczçäo na 2.' série do Didrio da Rept.1h11m no pra2o de cinco
ili.%ç.

Rreu~

nA homologaçäo cabe rectirsn. com erriiii çiiçp<-íiçivn. i ititrp,1


pAra o Ministro da Satide, no pqn7t1 de !(' Chile.

17.1
Fçcnlha dos loc»ii de retive.
1 - Tendo sido vítima-. ti,
[os aprovados teräo direito de escolha <cRietido n o(drwit;,ic, im ii-%
pec(iva de classificaçäo fisnal.
2 - Parik efeitos do ntlmcro anterior e clcc<)rri(lt% o filar# de i-
terposiçäo de recijrços, ou decididos estes, o wrviçn que pinim,vi:,i
n abertura do concurso cnvinrA a cada candidain, relo correio. eniti
aviso de recepçäo, uma lista com os locais de esiigio.
3 - No prazo de ire.,; dia.<, coniado da daia de rcccpç-.in da lisin.
deverá a mesma ser devolvida com indicaç.',) das prioridade do cita.
didato relativameritc n todos os loc-ni- de
4 - No ca." de devoluçäo pelo correio, deve c%ta f.17cr-se t-t,iii
&viso de recepçäo, consicierando-se para efeito de prazo 1 dmi de
expediçAo.
5 - A nÄo devol@içÄo da lista no prazo fiNado con.,;ídc"." falir
de escolha, sendo os candidatos, nesic caso, afectos aos Icicais cIr
estágio sobrantes, depois de efectuada a distribuiçäo <fantasies qiir
exercerarn o direito de escolha.
6 - Findos os prazos de devoluçäo cana. lisia- e <te acc)r<Jj@ <-caia
o estRbelecido nos ni@@ncrn.% ameriores, l`ni--sc-í i afectaçäo cli@,c r:w
didaios aos locais de estágio, elaborindo-.@e, ílir-i c, creiam,. uw., w
laçáo nominal, que, d"ís de homologada pcIn nic:snio (lííizcriic 111-
homologou a lista de classificaçäo final, será publícada na 2.' ç@ri@
do Dídrio da Pepública.
7 - Da homologaçäo referida no ni'irticro an1crii@r cnic reciii---.
a int~ p3ra o Ministro da Saúde, no prazn de cinco (li.-i<.
8 - Decorrido o prazo de interposiçäo de recursos., ou cIccidicIti,c
estes, será elaborada proposta de contraio administrativa d- prnvi.
mento ou de nomeaçäo em comissäo de "rviçn exlraocdiciArii. con.
soante o caso, de acordo com a afectaçäo rixAcin, a -iihmc(er .1 ti".
pacho rninisteriAl.
9 - O dc<pncho a que se refere o ruiincro anterior é rrr,frii@le,
por urgente conveniência de serviço e será cnntttriiciclo i
s que irá fica afecto o estagiário, a qual promoverá a tramitacio
processual subsequente.
SECÇÄO 1 1

No --M t06M rec~c~C de idomidade de s Maços de sacada


pem efeitos de «té9@o

18.11

Requisitos de Idoncid3ide

A idofièidade de serviços de saúde pnra efeito< de r-,ctiait, d<-r@tid,


da verificaçäo cumulativa dos seguiam" requi,iiioç-

a) Existência de, pelo menos, um técnico superior de "tide io-


tegrfido no ramo a que respeita o estágio ou, exceKinnril
mente, de técnico superior de saúde inserido em filmo
apresente maior afinidade funcional com aquece,

b) Existência de infra-estruturas, equipamento c instar< Iéritien--


adequados-.

c) CApacidade forma(iv2 que cubra, rcio incrioç, 70'% do l,fo


grama de estágio.

19.o

Proceixo de reconhecimenin

1 - O reconhecimento da idoneidade raz-.çe por despacho (li, Mi-


nistro da Saúde. hiedian(c proposta. do Depirtamenio de Recio
Humanos da Saúde.
2 - O reconhecimento pode também falar-se rnr dc-pmclies du Mi-
nistro de Saúde. mediante solicitaçári, do ,crrviçti
cantada em adequado processo contendo o, eleniertiri% de iii(titiiii
çío ne, cisários à verificaçäo dos re.,çr>ectiv<),ç reqiii-cito-, rfcvcntl,,
aquela Informaçäo, no caso de se tratar de serviçn em que a
dade rormativa näo cubra a totalidade do piklgrimi de cetAgi-.
co@nplemcn(ada corri a apresentaçäo de acordo cota nuiro irrviço tisi-
gnrnnta, em condlçö" de idoneidade. c, climrrinienin inicrril tfn prf-
grama de "tágio.

DIARIO D,4 REPúBLICA - 1 SÉPIE-A 567 i

Artigo 21.0

Caractensticas
N2 frítura de géneros P_lirnerirícios só säo per-
n,icidas gorduras e óleos comestíveis aue satisfaçam as
exig,-;ncias e disposiçöes legais relativas ao seu fabrico
comercializaçäo:
2 - Por Dortaria conjunta dos Ministros da Agricuí-
tura. da Saúde e do Ambiente e Recursos Naturais se-
,äo estabelecidos as características das gorduras e óleos
combustíveis utilizados na fritura, bem como as regras
a observar na DreDaracäo e fabrico de géneros alimen-
cicios com utiiiza'cäo misses produtos.

AniZo 3.'I

Norma sancionatéris

As infracçöes ao disposto no Dresente diploma e le.


gislaçäo comPiernerizar é aDliCáVel o Decreto-Lei
281184, de 20 de Janeiro, 'designadamente os arti-
Ws 24.' e 58.'

Arti2o 4."

Entrada em vigor

O Dresenic diDiorria entra em vicor no di, irriediaw


ao da su@ publicaçäo.

Visto e aorovado cm Conse-lhc de Ministros de 28


de Julho de 1994. - Joaauitr Fernando No-ueirc -
Antônio Duarre Silva - Adalberto Paulo da Fonsecc
,Vendo - Maric Teresa Pinto Basto Gouveia.

Prornuleado em ',' de Setembrô de 1994.

Publique-se.

¨ Presidente da RCDúbiica, MARIO SOARES.

Referendado em 8 de Setembro de 1994.

¨ Prirneiro-Minis[ro, Anibal Antônio Cavaco Silva.

MIffiSTÉRIO DA SAúDE

Decreto-Lei ri.' 241194


de 22 de Setembro
o Decreto-Le; n.c' 414/91, de 22 de Outubro, refor-
D1U1OU o rezime legal da carreira dos técnicos superio-
res de saúde, mantendo um desenvolvimento por ra-
"`Os consagrados na anterior -composiçäo da carreira,
c0111 exceDcäo do ramo de @ísica hospitalar, que resui-
@t[%de u@n'desmembrarn-.nto do radionuclear. Aquele
aia limitou-se a acolher, nesta matéria, a situaçäo
I`I@tente.

_`@0TltUdo, o melhor conhecimento que hoje se tem


d4.1e@idade, no domínio das actividades desenvolvi-
s diversos estabelecimen-
essidade-de perspectivar
ionais em adequada car-

especificidades próprias daquelas ac-


o uma elevada qualificaçäo científica
as com grande autonomia funcional,
equado o actual enquadramento dos

na carreira técnica -superior do ré-


geral.

Z:-

Assim, ponderada esta situacäo, designadamente em


sede do desajustamento detectado, e valorando positi-
vamente os aspectos que a aproximam dos fundamen-
tos.que ditaram a uniäade da' carreira dos técnicos su-
periores de saúde, näo obstante a diferenciaçäo e
qualificaçäo profissionais reflectidas nos Seus ramos,
consídera-se cenveniente incluir, no âmbito daquela car-
reira, o ramo da psicologia clínica.
A possibilidade de inclusäo de novos ramos de acti-
vidade encontrasse CXDressamente prevista no n.o 3 do
artigo 9.' do Decreto'-Lei ri.' 414/91, de 22 de Outu-
bro, através de portaria conjunta dos Ministros da
Saúde e das Financas. Porém. no caso, Dara além da-
auela inciusäo, pretende-se facultar a transiçäo dos ac-
tuais psicólogos clínicos inseridos na ca.rreira técnica su-
perior cio regime geral, o que näo pode conseguir-se
através de acto meramente regulamentar.
Aproveita-se ainda a oporrunidade para delimitar
com precisäo o âmbito das situaçöes de equiparaçäo
o estágio susceptíveis de beneficiarem do alar

a gamento

do Deríodo transitório fixado no artigo 35.' do


Decreto-Lei n.' 414/91, de 22 de Outubro, e introdu-
zir pequenas alteraçöes ao referido diploma.
Foram ouvidas as associaçöes sindicais representati-
vas dos técnicos superiores de saúde.
Assim:
No desenvolvimento do regime jurídico estabelecido
Dela Lei ri.' 48/90, de 24 Agosto, e nos termos da alí-
rica c) do n.' 1 de artigo 201.' da Constituiçäo, o Go-
verno decrete o seguinte:

Artigo

Ramo de psicologia clínica e perfil profissional

1 - É incluído nos ramos de actividades da carreira


dos técnicos superiores de saúde, previstos no artigo 9.'
do Decreto-Lei ri.' 414/91, de 22 de Outubro, o ramo
de psicologia clínica, ao qual correSDonde a licencia-
tura em Psicologia Clínica.
2 - O psicólogo clínico è o Profissional habilitado
corri o grau de especialista que desenvolve funçöes cien-
típicas e técnicas de avaliaçäo, psicodiagnóstico e tra-
tamento no canivo da saúde.
3 - O psicólogo clínico deve aprofundar o seu per-
fil Drofissional orientando-se para o exercício em áreas
específicas, a reconhecer Dor portaria do Ministro da
Saúde.

.Axtigo

Funçöes diLç c2tegorias do ramo de psicologia clínica

Ao psicólogo clínico assistente e assistente prin-


cipal säo atribuídas as seguintes funçöes no domínio
da saúde, tendo em conta os mveis de complexidade
e responsabilidade em que se desenvolvem:

a) O estudo psicológico de indivíduos e elabora-


çäo de psicodiagnóstico;
b) O estudo psicológico de grupos populacionais
determinados, para fins de prevençäo e trata-
mento;
c) A Darticipaçäo em programas de educaçäo para
a saúde, no domínio específico;
d) O aconselhamento psicológico individual, con-
jugal, familiar ou de grupo;
e)
J) A intervençäo psicológica e psicoterapia;
A responsabilidade pela escolha, administraçäo
e utfflmçäo do equipamento técnico específico
da psicologia:

567Z DIAPJO - DA REPúBLIC,4 - I SER-IE-A N. ` 22

g) A-integraçäo em equipas multídisciplinares de


serviço de urgência, quando tal se- mostrar- con-
-._veniente; --- .1 .. - . '. . ::. , .
h) A;participaçäo eni..teuniöes científicas;,-, -A-
I) A participaçäo em acçöes de formaçäo na:'área@
..:-::--da especialidade e afins;
J) A participaçäo em.programas de investigaçäo
em aspectos relacionados.com.a sua área pro-
fissional; .. .. ?t,
k) A lespensabilizaçäo por-Eectores-ou.unidade
de serviços; s,
¨ A participaçäo em júris de ccricurso e de ava-
fiaçäo.

2 - Ao: psicólogo clínico assessor säo atribuídas,


além de todas as funçöes do assistente e do assistente
principal:

a) A participaçäo na elaboraçäo de programas de


educaçäo para a saúde em geral e em particular
nos domínios que envolvem o comportamento
do indivíduo ou do grupo;
b) O planeamento das actividades constantes dos
programas para o sector ou unidade e. sua coor-
denaçäo, execuçäo e avaliaçäo; - -
c) A selecçäo, concepçäo e adaptaçäo de instru-
mentos e de-metodologias de avaliaçäo e de in-
tervençäo psicológica em fase de experimen-
taçäo;,:-,
d) A emissäo de pareceres técnicos e científicos;
e) As funçöes atribuídas ao assessor supeiior, caso
este näo exista, ou nas suas faltas ou impedi-
mentos, quando solicitado.
3 - Ao psicólogo clínico assessor superior säo atri-
buídas, para alem das funçöes do assistente, do assis-
tente principal e do assessor-

a) A participaçäo na estruturaçäo e organizaçäo


dos serviços;
b) A elaboraçäo e coordenaçäo de programas de
protocolos de actividades científicas e técnicas;
c) A elaboraçäo, promoçäo e coordenaçäo de ac-
qöes de formaçäo complementar de psicólogos
e de outros técnicos de saúde;
d) A avaliaçäo e coordenaçäo dos técnicos supe-
riores do ramo da psicologia clínica, integrados
na correspondente unidade de acçäo;
e) A integraräo em comissöes especializadas.

4 - Ao psicólogo clínico que tiver a responsabilidade


de um serviço compete, em especial:

a) A elaboraçäo do programa de acti`dades do

vi
serviço;
b) A coordenaçäo de todas as actividades de ges-
täo, técnicas, científicas e de formaçäo do ser-
viço;
c) A avaliaçäo da.eficácia e eficiência do serviço,
promovendo a sua reorganizaçäo e actualiza-
çäo, sempre que necessário;
d) A elaboraçäo do relatório de actividades.

5 - Ao psicólogo clínico, quando integrado em ser-


Viço de âmbito regional, compete ainda:

a) Elaborar planos de acçäo e relatórios de acti-


vidades;
b) A avaliaçäo periódica da eficiência e eficácia
dos serviços.

Artigo 3.1

Transiçäo do pessoal da área de psicologia dlnic,.

.-1 - O pessoal provido em. lugares da. carreirE,


nica. superior. do regime geral e que, sendo - posí
de licenciatura em Psicologia Clínica, se encoUti
exercício efective de funçöes próprias do ramo:de:
cologia clínica há;pelo menos, três anos, à dali
blicaçäo ---do. presente diploma, comprovado
documento emitido pelo órgäo máximo de ges1
estabelecimento, pode transitam para a carreira'd

rucos superiores de saúde, ramo de Psicologia <


mediante listas de transiçäo homologadas por'
cho ministerial e publicados no Diário da Repti
2 - O pessoal que vier a transitar nos termos d@
mero anterior é posicionado em escaläo a que c(
ponda remuneraçäo igual à auferida ou imediatar
superior, se näo houver coincidência, de acordo
as seguintes regras:

a) Os técnicos superiores de 2.' e 1.' classeS.P


a categoria de assistente;
b) Os técnicos superiores principais para a c;
goria de assistente principal;
c) Os assessores para a categoria de assess
d) Os assessores principais para a categoria de
sessor superior.

3 - A antiguidade nas, novas categorias decorrem


da transiçäo prevista nos n.' 1 e 2, bem como o tem
de serviço a considerar para efeitos de progressäo r
mesmas, é contada a partir da data da entrada em,'
gor do presente diploma.

Artigo 4.'

Acesso.até à categoria de assessor

Aos actuais técnicos superiores de saúde que, por.._


força da aplicaçäo da regra definida na alínea g) do@
n.' 1 do artigo 34.1 do Decreto-Lei n.I 414/91, de 22
de Outubro, tenham transitado para a categoria de
sistente 'principal é facultado o acesso à categoria de :7 :@
assessor mediante concurso de avaliaçäo curricular, sem
prejuízo do tempo de serviço legalmente exigido.

Artigo 5.'
Salvagnarda de situaçöes especiais

1 - Nos dois anos subsequentes à entrada em vig 0r.Z @_II


do presente diploma, os estagiários aprovados nos
tágios referidos no n.' 1 do artigo 35.1 do Decreto
-Lei n.I 414/91, de 22 de Outubro, podem candidata@-)j-',T>@-@.
-se a concursos de provimento em lugares de assistem
2 - O disposto no número anterior é aplicáve '1
titulares de equiparaçäo ao estágio obtido ao abrigo
n..' 14.1 do regulamento aprovado pela Porta
n.' 605/84, de 16 de Agosto, na nova redacçäo que
foi dada pelo n.I 4.' da Portaria n.I 552/88, de-
de Agosto, e-do despacho ministerial n.I 34/86, de 2
de Agosto de 1986, publicado no Diário da República,1
2.' série, de 10 de Setembro de 1986.
3 - Nos casos em que a preparaçäo profissional
levante para efeitos de equiparaçäo ao estágio teve iní-3
cio até à entrada em vigor do presente diploma, Os reni
querimentos -de equiparaçäo devem ser apresentadosi
dentro do prazo de seis meses contado a partir da

:n-,

@@säo daquela preparaçäo, sendo de dois anos o pe-'


dodo transitório durante o qual se poderäo candida-
oncursos para provimento em lugares de assis-
tentei ?s quais se conLam a partir da data em que for

prof r1@d a a decisäo no processo de equiparaçäo.

_i1r.@

Artigo 6.'

o' artigo 13.' do Decreto-Lei n.o 414/91, de 22 de


Qgtubro, passa a tF@r a seguinte redacçäo:-

Artigo 13.'

Funçöes das categorias do ramo do@ farmácig

. ......................................
a)......................................
b)......................................
......................................
d).....................................
e)......................................

......................................
......................................
h)......................................
......................................
......................................
k)......................................
.................. ......... .........
m).....................................
n)......................................
o) A realizaçäo de ac@öes de inspecçäo,
quando integrados em estabelecimentos ou
serviços que detenham competências físca-
lizadoras.

¨ .......................................

a)......................................
b)......................................
C)......................................
d)......................................

3........................................

a)......................................
b)......................................

C)......................................
d)......................................
e)......................................
.................... ...................

9)......................................
......................................

Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 4 de


Agosto de 1994. - Joaquim Fernando Nogueira -
Eduardo de Almeida Catroga - Adalberto Paulo da
Fonseca Mendo - José Bernardo Veloso Falcäo e
Cunha.

Promulgado em 5 de Setembro de 1994.


Publique-se.

¨ Presidente da República, MARIO SOARES.


Referendado em 8 de Setembro de 1994.

¨ Primeiro-Ministro, Anz'bal Antônio Cavaco Silva.

ICA - 1 SÉRIE-A 5673

Decrato-Lei n." 242194

de 22 de Setembro

O Decreto ti.' 12 477, de 12 de Outubro de 1926,


determina no n.I 4 do 'seu artigo 35.1 que os requeri-
mentos à Direcçäo-Geral da Saúde e suas dependências
estäo sujeitos à taxa sanitária de 5$, valor mais tarde
actualizado para 75$, por força do artigo 1.o do
Decretc-Lei n.' 131/82, de 23 de Abril.
Constitui, porem,. preocupaçäo do Governo, implí-
cita no seu Programa e nas Grandes Opçöes do Plaro,
rroder-r=' o funcionamento da Administraçäo Pública
em termos de promover a eficácia e eficiência dos ser-
-ridade do andamento dos proces-

viços e a maior cel,


sos, bem como a sua menor onerosidade.
Torna-se, por isso, conveniente abolir o pagamento
das taxas sanitárias, concretizando, assim, o princípio
da gratuitidade do procedimento administrativo, pre-

vista no artigo 11.' do Codigo do Procedimento Ad-


ministrativo.
Assim:
Nos termos da alínea a) do n.' 1 do artico 201.11 da
Constituiçäo, o Governo decreta o seguinte:
Artigo único. É revogado o n.I 4 do artigo 35.0 do
Decreto ri.' 12 477, de 12 de Outubro de 1926.

Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 4 de


Agosto de 1994. - Joaquim Fernando Nogueira -
Eduardo de Almeida Catroga - Adaffierto Paulo da
Fonseca ivendo.

Promulgado em 5 de Setembro de 1994.

Pubjique-se.

¨ Presidente da República, MARIO SOARES.


Referendado em 8 de Setembro de 1994.

¨ Primeiro-Ministro, Ambal Antônio Cavaco Silva.

REGIÄO AUTóNOMA DA MADEIRA

~13LEIA LEGISLAMA REGIONAL

Decreto Legislativo Regional n.o 26194/M

@~o à Re@@ @~a 6 Madeira do Decreti>Lei rL' 418193,


de 24 de De~ que altera o Unto-Lei n.' 79-A/89, de 13
de Março (~ck de desampregol.

O Decreto-Lei n.' 79-A/89, de 13 de Março, veio


proceder à reformulaçäo global do regime de protec-
çäo no desemprego dos beneficiários do regime geral
de segurança social dos trabalhadores por conta de ou-
trem, vigente nessa época.
Decorridos quatro anos após a sua entrada em vi-
gor, a . progressiva mutaçäo da realidade sócio-
-económica determinou a necessidade de introduzir
ajustamentos ao referido diploma no sentido de o ade-
quar às exigências resultantes da evoluçäo das condi-
çöes do mercado de emprego, tendo surgido neste con-
texto o Decreto-Lei n." 418/93, de 24 de Dezembro.
Tendo em vi@ta as alteraçöes introduzidos por este
último diploma, nomeadamente a redefiniçäo das com
potências dos centros de emprego e dos centros regio-
nais de segurança social, torna-se imperativo adequá-

N. 209 - 9-9-1995 DIARIO DA RE-PúBLICA - 1 SÉRIEr-8 5705

cessário criar os cursos que, para além dos existentes,


poderäo funcionar nas escolas profissionais criadas ao
abrigo daqueles diplomas.
Nestes termos e ao abrigo do disposto nos ri." 1 e
3 do artigo 8.o do Decreto-Lei n.' 70/93, de 10 de
Março-
Manda o Governo, pelos Ministros da Educaçäo e
do Emprego e da Segurança Social, o seguinte:
1,1 É criado nas escolas de artes e ofícios tradicio-
nais o curso de Artesäo de Rendas e Bordados, que
funciona em regime diurno.
2.o Têm acesso ao curso aprovado no número ante-
rior os alunos que reúnam as condiçöes referidas no
artigo 25.' do Decreto-Lei n.' 70/93, de 10 de Março.
3.' A conclusäo com aproveitamento do curso apro-
vado no n.' 1.' confere um diploma de nível 2 de qua-
lificaçäo profissional equivalente ao ensino básico.
4.1 O plano de estudos do curso criado no n.I 1.1
é o constante do mapa anexo à presente portaria e dela
faz parte integrante.

Ministérios da Educaçäo e do Emprego e da Segu-


rança Social.

Assinada em 21 de Agosto de 1995.

A Ministra da Educaçäo, Maria Manueia Dias I-er-


reira Leite. - O Ministro do Emprego e da Segurança
Social, José Bernardo Veloso Falcäo e Cunha.

CURSO AATISA0 CE RENOAS e OOROADOS

IUSCIPLINAS CAFIGAS HORARIAS, WUAJ@

1 2 3 T~I

@711(11,1 (9,1 -oft,-


POATUGUÉS 1001 100 100 300

1~ FS~EIRA
100 100 100 30.

AAtA ce wnOP.AÇAO -
100 100 100 »01

TEMATr_A 120

MIS70RIA DAS AATES E QM_OS IRA=JONN3 ao 40

iNFcnwAr,cA "01
.86 80 'do 240

COMPOSÇA0 ARTISncA 130 1.130 :.1"

ESTUDO 008 UATERIAIS ao 110 110 2.401

ORGANIZAÇÄO O£ EM"ESAS £ GESTÄO DE


M~NG ao - 40 110 .240

CIFON.A3 De PROr.XA0 340 1340 3.40 1020

TOTAL MOWICUI430 1 í210 1210 1210 @&3o'

MINISTÉRIO DA SAUDE

Portaria n.'3 1109195

de 9 de Setembro
èto

O Decr -Lei h. 1 241/94, de 22 -d6.


cluiu nos ramos de actividade dá carreir , à'dos técnicas. z

superiores de saúde, previstos no artigo 9.* do Decreto-


-Lei n.I 414/91, de 22 de Outubro, o ramo de psico-
iogia clínica, ao qual corresponde a licenciatura em Psi-
cologia Clínica.
Alendendo a que a rnaioria das instituiçöes de en-
sino de psicologia em Portugal optou por omitir no res-
pectivo diploma de licenciatura qualquer adjectivaçäo
de especialidade, o que näo retira aos possuidores dos
respectivos cursos a qualificaçäo para um adequado
exercício profissional, torna-se indispensável prever que
a licenciatura em Psicologia possibilite, também, o in-
gresso na citada carreira.
Assim:
Ao abrigo do disposto no n.I 4 do artigo 9.o do
Decreto-Lei n.I 414/91, de 22 de Outubro:
Manda o Governo, pelo Ministro da Saúde, que seja
considerada adequada, para efeitos de ingresso no ramo
de psicologia clínica a que se refere o artigo 1.1 do
Decreto-Lei n.11 241/94, de 22 de Setembro, a licen-
ciatura em Psicologia.
Ministério da Saúde.

Assinada em 17 de Agosto de 1995.

O Ministro da Saúde, Adalberto Paulo da Fonseca


Mendo.

MINISTÉRIO bO EMPREGO E DA SEGURANÇA SOCIAL

Portaria n.o 1110195


de 9 de Setembro

Pela Portaria n.o 780/87, de 8 de Setembro, foi, ao


abrigo do disposto nos n.o' 2 e 3 do artigo 10.0 do
Decreto-Lei ri.' 165/85, de 16 de Maio, aprovado o
6i b@',à CENTAGRO - Centro Proto-
c o )a r. @'e maç'á-o' 'Profissional para o Sector Agro-
-Pecuário.
Nos termos conjugados do ri.1 1 do artigo 19.` do
Decreto-Lei n.' 165/85, de 16 de Maio, c da cláu-
sula xxvii do respectivo protocolo, o CENTAGRO é
extinto por portaria do Ministro do Emprego e da Se-
gurança Social, mediádt6'. foposta de qualquer dos ou-
va da velo conselho de administraçäo do
maçäo Profissional,
äo executiva do Instituto
fissional de 1 de Fevereiro
@äo do CENTAGRO, pro-
provada pelo conselho de
administraçäo do mesmo Instituto em 28 de Abril de
1995.
Neste5 tdín os,l-ao abrigo do disposto no artigo 19.o
do-I)ecreto-'Lei,n.'@ 165/85, de 16 de Maio:
.: Màndä o. Governo, pelo' Ministro do Emprego e da
Segurança Social, que seja extinto o CENTAGRO -
Cent@o Protocolar de Formaçäo Profissional para o
Sector. Agro-Pecuário.

-MituÉtêtIoltid-Emprego e da Segurança Social.

Assin'ada@em 14 de Agosto de '1995.

da Segurança Social,
cretário de Estado do
ssional.

11 024 DMJUO DA REPúBLICA - II SÉRIE N.` 213 - 14-9-1995

Rectificaçáo. - Por tersido publicado com iricuctidäo no DR,


2.', 196, de 25-8-95, a p. 10 234, o aviso da lista de classificaçäo
final do concurso n@' 2, para a Direcçäo de Estradas do Distrito de
Beja, rcctifica-se que onde se 16: -Concurso interno geral de ingres-
so para engenheiro civil estagiários dcvc ;er-se -Concurso interno
geral de ingresso para engenheiro técnico civil estagiáric.»

31-8-95. -A Directora de Serviços de Recursos Humanos, Ma-


ria José Capote Fernandes.

MINISTERIO DA SAUDE
GABINETE DO MINI:STRO
Despacho. Delego Z'o=cretário de Estado da,
Saúde, Dr. José Carlos Lope@s Martins, as miarias oompetèncias näo
dclcgadas'por anteriores despachas de i2aturcza permanente, parco,
período compreendido entre os dias 21 e 28-8-Z.
18-8-95. - O Minis@ro da SaGde@ Adalberto Paulo da. FO"f@c.
Mcndo.

Despacho. - 25195. - A comparticipaçäo a atribuir pelo Ser?


viço Nacional de Saúde aos utentes carcnciados de sacos de oatomu
foi fixada pelo Desp. a.' IM publicado no DP, 2., 159, de 12-7-9(@
Tomando-se ncczssário actualizar a referida oomparticipaçäo, face à
evoluçäo dos respectivos preços de mercado, de@ermino.
1 -A prescriçäo dos sacos e a~rios é da competência do
médico especialista ou do médico de faraflia rcsponsável pelo doento
2 -Os sacos de colostomia o iloostomia &@o comparticipados pelo
Servico Nacional de Súde em 90% do &eu custo, cora o limitam de
4005 . por saco.
3- Os sacos de urosomia säo corriparticipado& pelo Servi'

ço
Nacional de Saúde em 90% do seu custo, c= o limite de 5005 por
cada saco.
4 - Os acessórias para os sacos de o&toffiia úo comparticipados
pelo Serviço Nacional de Saúde em 90% do seu casto. .,w
5 -A corriparticípaçäo referida nos números anteriores destina-
-se aos utentes do Serviço Nacional de Saúde c-poderá ser anual-
mente ajustada atendendo à evoluçäo dos preços dos sacos de
ostornia.
6 -É revogado o Dcsp. 11190, publicado no DR, 2.', 159, de
12-7-90.

21-8-95. -Pelo Ministro da Saúde, o Secretário de Estado da


Saúde, José Carlos Lo pés Martins.

Despacho. - Com a entrada em vigor do Dec.-Lei 241194, de


22-9, foi aditado o ramo da psicologia clínica aos previstos no Dec.-
-Lei 414191, de 22-10, diploma que regulamenta a carreira dos- téc-
nicas superiores de saúde.
Por força do disposto no a." 1 do art. 5.1 do citado diploma, o
ingresso na carreira está coodie;oaado à posse de hzbilit30o profis-
sional que confere o grau de especialista, a qual é obtida através de
formaçäo pré-carreira.
Para este efeito, é necessária a aprovaçäo do programa de estágio
relativo ao ramo da psicologia clínica.
Assim, dcterTnino:
@ constituída uma comísäo para elaboraçäo da proposta de pro--
grama de estágio do ramo da psicologia clínica, integrada pelos se-
guintes membros:

Dr. AJberto Getúlio de Castro, técaioo superior principal da


serviço de psiquiatria do Hospital de Säo Joäo.
Dr. Fernando Edilásio Manias Alves Pocinbo, técoico superi-
or de 1.1 classe do serviço de psiquiatria dos HospiLais da
Universidade de Coimbra.
Dr.' Maria Margarida Peixoto Eira Fornelos, técnica superiora
de 1.' classe do Hospital de D. Estefänia, dos Hospitús Civis
de Lisboa.

17-8-95. -O Ministro da Saúde, A dalbcrto Paulo da Foriscoa,-.


Mendo.

Serviço de Prevençäo e Tratarnento


da Toxicodependéncia

Aviso. - Devidamente homologada por despacho do conscibo, de


administraçäo de 30-8-95 e de acordo com o a.' 33 da secçäo vii da
Port. 833191, de 14-8, a seguir se publica a lista de classificaçäo
final do concurso de provimento de duas vagas para a categori2-.'dc
assistente da especialidade de psiquiatria, da carreira módica basp"-'
talar, do quadro de ~ do Centro de.Atendimento de Toxico-'
dependentes da Cedofeita, aborto por aviso inserto no DR, 2:1_, 302,
de 3í-12-94:

Candidatos classificados: V.10r=


1.9 Maria da Conceiçäo Pearosa Araujo-...-,....... @5,8
2.9 Maria Georgina Esieves Afonso Samico Go6-

çalves............................. 15,7
..........
3.9 Maria Te= Bela Pereira Campos...... i5,7
4.9 José Fernando Santos Almeida....... 15,0
5.9 Lucitida Margarida Pereira Neves... 14,8
6.1 Maria Cristina R"de Yurrita........ 14,1
7.11 Otília de Carvalho José---......... 13,9
'Oliveira

8.1 Mário Aibino Carneiro e Souii,

Correia......................................... . ......... 13,2


9.' Ana Cristina Morais de C&s-tro Femandès..... 12,1

10.1 Maria Clara da Silva Piribo............................ 11,4


11.1 Cassiano Antóaio Guimaräes Pa,:becodos
Saatos.................................................................. 10,7

Aviso. - Devidamente homologada por despacho do conselho ' de


administraçäo de 30-8-95 e de acordo com o.a.' 33 di secçäo w da
P6,ri. '833191, de 14-8, a seguir sc publica a lista de classificaçäo
final do concurso de provimento de duas vagas para i categoria de
assistente da especialidade de pedopsiquiatría, da carreira médica
hospitalar, do quadro de pessoal do C@ntro de Atendimento de
Toxicodepcndentes da Cedofeita, aberto por aviso ia~ ao D& @2.&
5, de 6-1-95:

Candidatos classificados:

1.1 Carios Manuel da Cruz Farate....................... 19


2.1 Raquel Maria Rodrigues Simöes Moreira...... 18,2

Aviso. - Devidamente homologada por despacho do conselho de


administraçäo de 30-8-95 e de acordo com o nf 33 da secçäo'w da.
Port. 833191, de 14-8, a seguir se publica a lista de classificaçäo
final do concurso de provimento de 11 vagas para a categoria de
assistente da especialidade dr- psiquiatria, da carreira médica hospi-
talar, do quadro de pessoal do Centro de Atendimento de Toxico-

dependentes da Cedofeita, aberto por aviso inscrto no supi. ao DR,


2-', 5, de 6-1-95:
Candidatos classificados: VOJ««

José- González Esteves........................................... 19,6


Alcino América da Silva Femandcs................................. 18,7
Ana Maria Ferreira Soares Mendes................................. 18,3
Maria Helena Valente Santos Dias L~.............................. 18,1
Maria Cristina da Costa Brandäo Oliveira......................... 17,3
Carios Jorge Vasques Carvalho Sousa.............................. 17,1
Mariana Gomes Serra de Lernos.................................... 17,0
Margarida Sara Salazar Mendes Moreira............................ 16,7
Olga Maria Gucdos Fortes......................................... 16,6
Teresa Mar-ia Madureira S. Rodrigues............................. 16,3
Maria Georgina Esteves Afonso Samico Gonçalves 15,7
José Fernando Santos Almeida..................................... 15,0
Gustavo Bandeira Neves........................................... lko,'.
13,3
Antônio Maurício M. V. Pccegueiro................................
Maria Teresa Teixcira de A. M. PcAregucíro....................... 12,91,,
Paulo Horta Carreira........................................ 1.11,11,11,11,111 12,5,
Lúcia da Conceiçäo Montciro Ribeiro.............................. 12;3
Ana Crimína Morais de Castro Fernandes........................... 12,1.11
Virgílio da Costa Henriques...................................... 12,0
Maria Clara da Silva Pinho....................................... 11,4
Maria Saramago Godinho do Rosário................................ 11,4
José Manuel M. Amaral Silva...................................... 11,2 -

12-36 D&íRIO DA REpúBLIGA N.<" 119 - 22-5-199-,


MINISTÉRIO DA SAúDE
Portaria ri." 171196
de 22 de Maio
A carreira dos !écnicos superiores de saúde, instituída
pelo Decreto-Lei ri.' 414/9-1-de 22 de Outubro, impös
maiores exj,,ências e responsabilidades no exercício das
- .v

funçoes inerentes aos diversos. ramos de actividade,


reoucrendo ciev2do nível de formaçäo pós-g ,,Taduada
através de estágios pré-carieira conferentes do grau de
especialisca.
O Decreto-6ei ri." 241;94, de 22 de Setembro, com
o aditamento introduzido pela Port@a n.O 1109195, de
9 de Setembro, incluiu o -:imo de psicologia clínica nos
ramos de actividades da =c@ra dos técnicos superiores
de saúde, previstos no artigo 9.1 do citado Decrcto-Lei
n.O 414/91.
As necessidades e os cuidados wds vez mais dile-
renc s dos ser-viç@s @de saúde obrigam a uma esDe-
ciail,Z @cao existente @ecn`t,,riosa dos seus profissionais
Por 'outro íacio> a evoluçäo dos conhecimentos em
saúde mental resulta essencialmente de um trabalho em
equipa. ou de cooperaçäo interdiscipitriar, que exige um
dese , nvolvimenco especializado em cada uma das dis-
ciDlinas intervenientes, o que toma necessário organizar
Z
e regulamentar o csiácio de esoecia1@zaçäo na área de
psicologia clínica que confira uma formaçäo técnico-
-científica, a Dar de uma orácica clínica supervisionada.
Assim, ao abrigo do d@1sposto no ri.' 6 do artigo 6.1
do ' Decreto-Lei ri.' 414191, de 22 de Outubro:
Manda o Governo, pela Ministra da Saúde, o seguinte:
I.,' É aprovado o prograrria, de formaçäo do estágio
do ramo ce psicologia clínica da correra de.técnicos
superiores de saúde, anexo à prescrita portaria e que
aela é parce integrante.
2.11 A ao11c3çäo e desr-,ivoívú-nenio do prograrria com-
pete aos órgäos e agentes responsáveis pela formaçäo
nos estácios, devendo ser assegurada a maior unifor-
midade a nível nacional.

Ministério da Saúde.
Assinada em 22 de Abril de 1996.

A Ministra da Saúde, Maria de Belém Roseira Marfins


Coelho Heririques de Pina.

ASEXO

1 - Ob'ectivos gerais:
l.i - Complementar a %rmaçäo científica e técnica ,
de base das licenciaturas previstas para o ingresso no
ramo de psicoiogia, ci[nica;

Z,
1.2 - Confer& ao estagiário formaçäo esocciaILuda,
teórica e Drática, para o exercício autónomo funcional
e iecnicamence diferenciado na área de psicologia
clínica;
1.3 - Faciliw o desenvolvimento do sentido de res-
ponsabilidade, espírito d: :iniciativa, aperfeiçoamento e
actualizaräo proGssional Permanentes, bem como do
espúito de equipa em geral e em csocciai na sua actua-
çäo técnico-proELssional e científica;'
1.4 - Proporcionar uma ex-Deriència alargado e
suoervisionada de Intervençöes psicoteraoèUticas nos
vá,rios modelos teóricos adaptados nos serviços.
2 - Objectivos específicos:
2.1 - Irriolementàr pro~as de acçäo específicos
(técnicas de'obsci--vaçäo, de entrevista, de psicodiaognós-

tico, psicocerapia individual ou de grupo, projectos de


investigaçäo científica);
2.2 - Identificar, prevenir e tratar problemas psico-
lógicos nos indivíduos c nos grupos;
2.3 - Avaliaçäo psicodiagnóstica de indivíduos e de
grupos;
2.4 - Intervençäo psicoterapéutica individual, conju-
gal, farnüiar e de grupo;
2.5 - Avalia-- a qualidade e eficác:a das interve riçöes
adoc)tadas;
.6 - Colaborar no desenvolvimento de rriciodolo-
crias de investigaçäo na área da saúde e no apericiçca-
Lnento e criaçäo de novos instrumentos de avaliaçäo.
3 - Desenvolvimento do estágio:
3.1 - Conteúdo - o estágio' deverá abranger o
estudo e tratamento psicológico do indivíduo nos seus
diversos cicios de vida. Neste sentido, consideram-sc
obrigatórias as seguintes áreas:

Psicologia e psicopatologia infanfli e juvenil;


Psicologia e psicopatoiogia do acitilto.

Em cada uma destas áreas principais o estagiário


deverá particioar em todas as actividades da equipa que
integra, tal como enunciado nos objectivos especilicos.
Deverá ainda frequentar obrigatoriamente um curso

ceór' ico, orcanizad o para esse fim. Os cursos teóricos


abordaräoös rrandes temas da psicologia clínica numa

pcrsocctiva, evolutiva, tendo como objectivo o aorofun-


damènto teórico da psicopaioiogia e das intervençöes
novos conheci-
psicocerapêuticas e a actualizaräo dos
mentos n@ campo do psicodiagnóstico e da investigaçäo.
A fim de coric)lcmentar a sua formaçäo nas áreas
acima mencionad' as, deve o estagiário frequentar serni-
nárias, cursos, conferencias ou outras acçöes lo=ativns
relacionadas com os seguintes temas:

D.,icolocia do desenvolvimenco c saúde infariz;1-


Psicoíocia e psícopacologia da adolescência;
DcfIciéncia mental e reabilitaçäo:
Toxicodependència;
Saúdo-- familiar e comunitária:
Psicogeriatria;
Epiderniologia e prevençúo:
Neuroqsicologia;
Psicodiagnóstico;
Psicoloaia forense;
Psicofarmacologia;
Modelos e técnicas psicoterapèuticas (modelo corri-
pormmental c cognitivo, modelo sistérnico-
modelo psicodinárnico);
Metodologia da Investigaçäo.

3.2 - Calendarizaçäo do estágio -o estágio organ i -


za-se em três períodos anuais, sendo um ano dedic-('
osicopatoiogia infantil e 'uvenil, oulr.
à psicologia e .
dedicado à psicologia e psicopatologia do adulto e
terceiro ano opcional. Neste último ano de estágin.
formaçäo será 1 evada a cabo através de cursos magistral
scrrunários c conferencias, orientados por especíalisz.-
de reconhecida competência nos domínios da psicologia
clínica c da saúde, paxa além das actividades de consulta
com supervisäo.
O estágio poderá iniciar-se por qualquer um dos
módulos principais. Num e noutro casos, o estágio pode
ser efectuado em serviços de saúde mental ou em outros
scrvicos de saúde de car@z diverso, corno cardiología,
neurologia, pediatria, centros de rcabilitaÇäO, centros

IV." 119 22-5-1996 DLARJO DA PEPúBLIC-1 - f SÉRIE-8 1237

ou serviços de patologias_espccíficas, nunca podendo


ser prejudicada a 1orrna@ao em psicologia e psicopa-
Cologia infantil e juvenil e de adultos,
A formaçäo clínica realizw-se-á nos diversos serviços
sempre supervisionada por um psicólogo clínico com
mais de cinco anos. de pratica, em coordenaçäo com
o director do respectivo serviço ou com o chefe da equipa
que inccgra.
compete à corrussäo de coordenaçäo dos estágios esta
articulaçäo

O estágio deve compreender 50% de prática clínica


suuervisionada (avaliaç:äo e intervençäo) e 50% de for-
maçäo teóricas

O estagiário deverá participarem todas as actividades


desenvolvidas pelo serviço que digam respeito à sua for-
maçäo, rioracadarnente nas reuniöes técnico-cicntíficas
(discussäo de wsos e orientaçäo clínica) com outros
profissionais.
Devera participar ainda em sessöes teórico-práticas
de discussäo, com base no trabalho clínico por si rca-
lizado, para além da pesquisa bibliográfica necessária.
3.3 -- Loc31 do estágio - o estágio terá lugar em ios-
tituiçöes e serriços de reconhecida idoneidade técni-
co-cientTica, a determinar pelo Ministério da Saúde.
3.4 - Duraçäo do @--stágic> - o estági . o tem a duraçäo
de ,rés anos.

También podría gustarte