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SELMA SIMÕES DE CASTRO

MICROMORFOLOGIA

DE
BASES PARA
DESCRIÇÃO DE
LÂMINAS DELGADAS SOLOS
2ª Edição
2ª Edi ã

UNICAMP – IG – DGEO
UFG – IESA

CAMPINAS / GOIÂNIA

FEVEREIRO DE 2008
2008 – Selma Simões de Castro – MICROMORFOLOGIA DE SOLOS 2

Figura 1: Modelo hipotético de perfil de solo

Mecanismos Perfil de solo Horizontes Distinção


dominantes

A (Orgânico)
Perdas,
transferências e
Solum
acumulações . . . . .
.
. . .
ligadas às . . . . . . B (Mineral) Solo
pedoturbações . . . . . . .
. . . . . .
. .. . . . . . .

+ + +
+ + C
Neoformações + +
+ + Alterita
+ +
+ + (rocha alterada)
+ +
RA
Pseudomorfoses + +
+ +
+ + +
+ + +
Rocha sã
+ + + + R

(Inspirado em BOCQUIER, 1981)

Quadro 1: Níveis de organização pedológica


(Adaptado de CHAUVEL, 1979)

Sistema Sucessão Constituintes


Nível de Horizonte de Agregado
Paisagem pedológico em vertical de do agregado
organização solo elementar
continuum horizontes elementar

Escala
intrínseca do Megascópica Macroscópica Macroscópica Macroscópica Microscópica Nanoscópica
nível

Ordem de
grandeza
km – hm hm – dam dam – m m – cm cm - μm mm – nm
aproximada
do nível

Unidade de Sistema Sucessão Constituintes


Horizonte de Agregado Compostos
organização pedológico em vertical de do agregado
solo elementar químicos
do nível continuum horizontes elementar

Técnica de
Olho nu ou Microscopia Microscopia
observação Direta a olho nu
lupa óptica eletrônica
do nível
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Figura 2: Esquema dos níveis de organização pedológica

Cobertura pedológica Sistema pedológico Sucessão vertical


A de horizontes
A
1 1

2
3 2 B

3
1

HORIZONTES:
3 1, 2, 3
2 B

MEGAESTRUTURA MACROESTRUTURA

Agregado elementar Horizonte de solo


(Estrutura primária) (Estrutura secundária)

Seção
2

MICROESTRUTURA MACROESTRUTURA

Fundo matricial Cristais associados Cristal unitário


(Argila)

Poros

Esqueleto

Plasma

MICROESTRUTURA NANOESTRUTURA

(Inspirado em BOCQUIER, 1981)


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Quadro 2: Transformação das rochas em alteritas e solos


(Modificado de CHAUVEL, 1979)

Rochas cristalinas
Alteritas Solos (Horizonte B)
endógenas

⇒ Minerais primários
⇒ Minerais primários herdados:
herdados:
ª Esqueleto
ª Esqueleto associado redistribuído
Minerais primários
Constituintes ⇒ Minerais secundários, ⇒ Minerais
(Endógeno e hipógeno)
transformados e/ou secundários,
neoformados: transferidos e
acumulados:
ª Alteroplasma
ª Pedoplasma

⇒ Litoporos e ⇒ Pedoporos e
Macroporos Ausentes (Diáclases)
alguns bioporos bioporos

⇒ Alterotrama:
Trama Litotrama ª Isalterita (Conservado); ⇒ Pedotrama
ª Aloalterita (Não conservado)

Pseudomorfoses, Pedoturbação,
Processos / Magmatismo e
neoformações e agregação e
mecanismos metamorfismos
iluviação pontual horizontação
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Quadro 3: Atributos, unidades de organização e componentes

Atributos Unidades de Organização Componentes

Cristalinidade

Textura Pedalidade Agregados

Estrutura Poros
Fundo matricial Esqueleto
Plasma

Trama
Cutãs
Feições Pedotúbulos
Pedológicas Glébulas
Cristalárias
Excrementos
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Figura 3: Níveis hierárquicos de estrutura morfológica


(Inspirado em BREWER, 1976)

Agregado terciário
Agregado secundário
Fundo matricial
(Poros interagregados)
Feições pedológicas
interagregadas

Agregado secundário
Agregado primário ou
elementar
Fundo matricial
(Poros interagregados)
Feições pedológicas
interagregadas

Agregado primário ou
Estrutura terciária . elementar
Estrutura secundária . Fundo matricial
(Poros intra-agregados,
Estrutura primária ou elementar . esqueleto e
plasma)
Estrutura de base . Feições pedológicas
intra-agregadas
Estruturas plásmicas .
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Figura 4: Esquema de amostragem para perfis de solo


0
Col.
A11
A

A12
E
Profundidade [m]

AB
BA

1
Bt1
BA

Bt2

BW Casc.

BW

2 Latossolo Argissolo (Podzólico)

Figura 5: Esquema de amostragem para feições pedológicas


em bandas onduladas
Distância [m]
2 3 4 5
0

Horizonte A
Profundidade [m]

Horizonte E

Horizonte Bt
1

Mosqueado de
hidromorfia

Banda ondulada
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Figura 6: Coleta de amostras de solo para micromorfologia

6.1 6.2

Foto 6.1: Preparação para retirada da amostra.


Foto 6.2: Amostra retirada em caixa plástica.
Foto 6.3: Amostras de diferentes tamanhos.

6.3

(Fotos: Selma Simões de Castro)

Quadro 4: Exemplo de registro de coleta


Informação geral da
Perfil / horizonte Profundidade (cm) Motivo da coleta Lâmina
amostra

Top. Camélias 1PVA 7 - 14 Estrutura grumosa TC 1.1

Top. Camélias 1PVE 35 - 42 Relíquias do Bt TC 1.2

Top. Camélias 1PVBt 63 - 70 Cerosidade TC 1.3


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Figura 7: Impregnação para micromorfologia

7.1 7.2

7.3 7.4

Foto 7.1: Preparação para impregnação. Foto 7.2: Substituição da água por acetona.
Foto 7.3: Impregnação com gotejador. Foto 7.4: Amostras impregnadas.

(Fotos: Selma Simões de Castro)


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Figura 8: Tamanhos de lâminas para micromorfologia


(Foto: Selma Simões de Castro)

8.1

d
e

Foto 8.1: Exemplos de tamanhos de lâminas (mm):


(a) 130 X 200
(b) 90 X 160
(c) 70 X 130
(d) 50 X 70
(e) 30 X 40
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Quadro 5: Comparação entre tipos de microscópio e microssonda


(Adaptado de CHAUVEL, 1979)

Meio de exame Microscopia óptica Microscopia eletrônica

Sistema A transmissão A transmissão A emissão (e varredura)

Equipamento Microscópio óptico Microscópio eletrônico de transmissão Microscópio eletrônico de varredura Microssonda

Canhão eletrônico Canhão eletrônico


Fonte luminosa
(cátodo-ânodo) (cátodo-ânodo)

Feixe de luz Feixe de elétrons Feixe de elétrons

Condensador Lentes Lentes


(dióptricos) eletromagnéticas eletromagnéticas

Objeto de estudo Objeto de estudo Bobina de varredura


Características

Esquema Objetiva Lentes Detectores de


(dióptricos) eletromagnéticas elétrons refletidos
Elétrons I Elétrons II
Cátodo
Imagem Imagem
luminescente e
intermediária intermediária
detector de raios X

Ocular Lentes
Raios X Feixe de raios X
(dióptricos) eletromagnéticas

Imagem final Imagem final Objeto de estudo Objeto de estudo

Aumento Até 1.000X 200 a 300.000X 30 a 140.000X —

Resolução 200 nm 0,3 nm 10 nm 1 μm²

Morfologia externa e interna dos Morfologia externa dos indivíduos Análise de elementos
Aplicação Estudos cristalográficos
indivíduos cristalinos, microdifração, etc. cristalinos (C, N, Mg, Al, Si, Ca, Fe,...)
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Quadro 6: Comparação das microscopias integradas


(Adaptado de FEDOROFF, 1982)
Olho nu
1X 10 X 30 X 100 X 500 X 1.000 X 10.000 X 50.000 X 140.000 X 300.000 X

Aumento
MICROSCOPIA INTEGRADA POR REFLEXÃO
Observações de superfícies naturais e de fissuras

Microscópio Eletrônico de Varredura (M.E.V.)


Lupa Binocular Dificuldade de utilização Não utilizável
Morfologia e cores Morfologia externa dos indivíduos cristalinos
Resolução: 10 nm

Desenvolvimento do microscópio polarizante


(Microquímica, reagentes específicos, fluorescência natural e Exames de suspensões e Análise elementar com TÉCNICAS
artificial, contrastes e interferências de fases, Laser) réplicas no M.E.T. microssonda COMPLEMENTARES

Não utilizável

Microscópio Óptico Polarizante Microscópio Eletrônico de Transmissão (M.E.T.)


Morfologia externa, cores, pleocroísmo, refringência,
birrefringência, figuras de convergência, etc. Morfologia externa e interna de indivíduos cristalinos, microdifração eletrônica, etc.
Resolução: 200 nm Resolução: 0,3 nm

MICROSCOPIA INTEGRADA POR TRANSMISSÃO


Olho nu Observações por transmissão de uma lâmina delgada de espessura constante com superfícies polidas e paralelas

1X 10 X 30 X 100 X 500 X 1.000 X 10.000 X 50.000 X 140.000 X 300.000 X


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Quadro 7: Grau de seleção, dimensão, freqüência e variabilidade


Grau de seleção

Classificação Presença

Perfeitamente selecionado Só uma fração presente

Bem selecionado 5 – 10 % de outras frações presentes

Moderadamente selecionado 10 – 30 % de outras frações presentes

Pobremente selecionado Não há fração dominante

Mal selecionado Grande variedade de frações

Dimensão Freqüência

Classificação Granulometria Classificação Ocorrência

Cascalho 20.000 – 2.000 μm Muito dominante > 70 %

Areia muito grossa 2.000 – 1.000 μm Dominante 50 – 70 %

Areia grossa 1.000 – 500 μm Comum 30 – 50 %

Areia média 500 – 200 μm Freqüente 15 – 30 %

Areia fina 200 – 100 μm Baixa 5 – 15 %

Areia muito fina 100 – 50 μm Muito baixa <5%

Silte 50 – 2 μm

Argila < 2 μm

Variabilidade

Classificação Características

Baixa Diferenças fracas entre indivíduos da mesma classe.

Diferenças moderadas numa característica, ou fracas em muitas


Média
características, entre indivíduos da mesma classe.

Diferenças fortes numa característica, moderadas em várias, ou fracas


Alta
em muitas características, entre indivíduos da mesma classe.
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Quadro 8: Cor, contraste e nitidez


Cor

Classificação Descrição

Designação e código padronizados de


Escala Munsell Munsell Soil Color Charts®

(Exemplo: vermelho-amarelado, 5 YR 5/6)

Outro critério Cor, tonalidade e saturação

Contraste

Classificação Características

Proeminente Indivíduo claramente distinto do entorno pela cor, arranjo,


(forte) birrefringência, ou outra característica morfológica.

Distinto Indivíduo distinto do entorno, mas com certas características


(moderado) morfológicas em comum.

Indivíduo diferindo pouco do entorno pela cor, arranjo,


Fraco
birrefringência, ou outra característica morfológica.

Nitidez

Classificação Características

Nítido Separação evidente ou abrupta entre cor e/ou distribuição.

Claro Zona de transição menor que 60 μm entre cor e/ou distribuição.

Difuso Zona de transição maior que 60 μm entre cor e/ou distribuição.


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Figura 9: Classes de forma segundo a razão entre eixos


ortogonais
(Modificado de ZINGG, 1935 e BREWER, 1964)

Placóide ou oblata: Equidimensional ou


compacta:
Duas dimensões de
mesma magnitude e a Três dimensões com a mesma
terceira bem mais curta magnitude
———————— = ——

(Placas, lâminas, lentes, (Grumos, glóbulos, cilindros


a
b

pastilhas, etc.) curtos, poliedros, blocos, etc.)


Eixo intermediário

Eixo mais longo

Triaxial: Alongada ou prolata:

Três dimensões bem Duas dimensões de


diferenciadas entre si mesma magnitude e a
terceira bem mais longa

(Prismas, ripas, elipsóides, (Agulhas, bastões,


vermículos, etc.) colunas, fibras, etc.)

Eixo mais curto c


0 ———————— = —— 1
Eixo intermediário b

a Õ Prisma triaxial:

Eixos a, b, c diferentes
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Figura 10: Formas típicas agrupadas por classe de forma


(Inspirado em BULLOCK et al, 1985)

Placas Pastilhas Blocos Grumos e glóbulos

Lâminas Lentes Poliedros Cilindros curtos

Ripas Elipsóides Colunas Bastões

Prismas Vermículos Fibras Agulhas


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Quadro 9: Graus de arredondamento


(Simplificado de BULLOCK et al, 1985)

Forma Classificação Características

Angular Facetas com vértices agudos

Subangular Facetas com vértices arredondados

Subarredondado Curvas intercaladas a facetas

Arredondado Curvaturas não concordantes

Bem arredondado Curvaturas concordantes

Figura 11: Rugosidade superficial


(Inspirado em BULLOCK et al, 1985)

Geral:

Rugosa Ondulada Alisada

Detalhada:

Serrilhada Crenulada

Mamilada Palmada Digitada


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Figura 12: Tipos de distribuição


(* a partir de BREWER, 1964 e ** a partir de STOOPS & JONGERIUS, 1975)

Distribuição de base*

Aleatória Agrupada Concêntrica

Radial Linear Bandada

Distribuição referida*

Não referida Perpendicular Paralela

Oblíqua Cutânica Subcutânica

Distribuição relativa**

Mônica

Enáulica Gefúrica Quitônica

Fechada Aberta

Porfírica
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Quadro 10: Graus e tipos de orientação

Orientação Orientação Orientação


de base referida relativa

Classificação Característica Classificação Classificação

Forte > 60 % * Paralela Paralela

Moderada 60 – 40 % * Perpendicular Perpendicular

Fraca 40 – 20 % * Oblíqua Oblíqua

Não orientada < 20 % * Curvada Curvada

* % de indivíduos orientados Não referida Não relacionada

Figura 13: Graus de desenvolvimento dos agregados


(Adaptado de BULLOCK et al., 1985)

Fortemente desenvolvido Moderadamente desenvolvido Fracamente desenvolvido

Figura 14: Graus de acomodação dos agregados


(Adaptado de BREWER, 1964)

Acomodado Parcialmente acomodado Não acomodado


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Quadro 11: Classes de tamanho dos agregados


(Simplificado de LEMOS & SANTOS, 1996)

Classe \ forma Prismática Em blocos Laminar Arredondada

Muito grande > 100 mm > 50 mm > 10 mm > 10 mm

Grande 50 – 100 mm 20 – 50 mm 5 – 10 mm 5 – 10 mm

Média 20 – 50 mm 10 – 20 mm 2 – 5 mm 2 – 5 mm

Pequena 10 – 20 mm 5 – 10 mm 1 – 2 mm 1 – 2 mm

Muito pequena < 10 mm < 5 mm < 1 mm < 1 mm

Quadro 12: Correspondência entre classificações de tramas

Autor Propostas de nomenclatura para classificação de tramas

KUBIENA (1938) – Aglomerática Intertêxtica Clamidomórfica Porfiropéctica

BREWER (1964) Granular Aglomeroplásmica Intertêxtica – Porfirosquélica

STOOPS &
Mônica Enáulica Gefúrica Quitônica Porfírica
JONGERIUS (1975)

ESWARAN &
1 – – Intertêxtica Dermática –
BAÑOS (1976)

1
As classificações aglutínica, congélica e reticúlica não encontram correspondência com as dos outros
autores.
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Figura 15: Exemplos de fotomicrografias de tramas (sob PPL)


(Fotos: Selma Simões de Castro)

15.1 15.2
Fotos 15.1 e 15.2:
Trama mônica,
com pequenas zonas
quito-gefúricas.

15.3 Foto 15.3: 15.4


Trama enáulica
(aumento 40X).

Foto 15.4:
Trama enáulica forte
(aumento 2,5X).

15.5 Foto 15.5: 15.6


Trama gefúrica.

Foto 15.6:
Trama gefúrica.

15.7 Foto 15.7: 15.8


Trama quitônica,
com pequenas
zonas gefúricas.

Foto 15.8:
Trama porfírica
compactada.

15.9 Foto 15.9: 15.10


Trama porfírica.

Foto 15.10:
Trama porfírica,
com fissura
separando os
agregados
(aumento 30X).
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Figura 16: Exemplos de fotomicrografias de tramas


transicionais e detalhes (sob PPL)
(Fotos: Selma Simões de Castro)

16.1 16.2
Foto 16.1:
Trama gefúrica,
transicionando
para mônica.
Foto 16.2:
Trama gefúrica
(aumento 30X).

Foto 16.3:
16.3 Trama porfírica com 16.4
fissuras e cavidades,
transicionando
para gefúrica
(aumento 30X).
Foto 16.4:
Ponte de plasma
da foto 16.2 em detalhe
(aumento 250X).

Foto 16.5:
16.5 16.6
Trama pórfiro-enáulica,
com microagregados
em formação
(aumento 150X).

Foto 16.6:
Trama quito-enáulica.

Quadro 18: Organização funcional entre esqueleto e plasma


Grupo Tipo Característica Trama correspondente

Disjunção Empilhamento Grãos justapostos Mônica ou enáulica

Associação Pontes e películas de plasma Gefúrica ou quitônica


Conjunção
Cimentação Grãos aprisionados na massa plásmica Porfírica
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Quadro 13: Classificação dimensional de poros


(Adaptado de BREWER, 1976)

Classificação Sub-classificação Dimensão Observação

Grosseiros > 5000 μm

Olho nu
Médios 2000 – 5000 μm
Macroporos
Finos 1000 – 2000 μm

Microscopia óptica
Muito finos 75 – 1000 μm

Mesoporos 30 – 75 μm

Ultramicroscopia
Microporos 5 – 30 μm

Ultramicroporos 0,1 – 5 μm

Criptoporos < 0,1 μm

Quadro 14: Critérios de distinção entre canais e poros planares


(Conforme BULLOCK et al, 1985)

Característica Canais Poros planares

Quase constante no comprimento e sem terminação Variando no comprimento e com


Largura
diferenciada. terminação aguda.

Revestimento Pode ter igual espessura nos dois lados. Diferentes espessuras nos dois lados.

Compactação Pode ocorrer no material adjacente. Não ocorre no material adjacente.

Paredes opostas Não se encaixam. Perfeitamente encaixáveis.

Mudanças de direção Terminadas sem faces angulares. Marcadas por ângulos nítidos.

Mais freqüentemente a curta distância, devido a


Visibilidade A longa distância.
mudança de direção em relação ao plano da lâmina.

Quadro 15: Classes de alisamento das paredes de poros


Classe Característica das paredes Origem

Ortoporos Não adensadas ou alisadas. Arranjo estatístico do esqueleto e do plasma.

Metaporos Adensadas ou polidas. Movimentações mecânicas ou biológicas.


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Figura 17: Classificação morfológica de poros


(A partir de BREWER, 1964 e 1976, in Chauvel, 1979))

FORMAS PRINCIPAIS

Intergranulares (de empilhamento)

Poros

Esqueleto
Simples Complexos

Cavidades
Separações
plásmicas

Agregados

Orto Meta

Vesículas Canais Câmaras (alvéolos)

Planares (fissuras)

Juntas Oblíquos Rachaduras


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Quadro 16: Classes genéticas de poros


Classe Origem

Litoporos Herança da textura petrográfica da rocha.

Pedoporos Processos pedogenéticos.

Bioporos Ação biológica da flora e da fauna.

Quadro 17: Características genético-evolutivas do esqueleto


Morfológicas

Tipo Característica

Idiomorfo Mineral delimitado por suas faces cristalinas.

Hipidiomorfo Mineral parcialmente delimitado por suas faces cristalinas.

Alotriomorfo Mineral cujas faces cristalinas não puderam se desenvolver.

Pseudomorfo Mineral cujas formas cristalinas são as de outro mineral, do qual deriva por epigenia.

Katamorfo Mineral cujas formas resultam da corrosão.

Arredondado,
subarredondado, Mineral cujas formas são devidas a fenômenos de alteração e/ou transporte.
subanguloso

Morfoscópicas

Tipo Característica

Fragmentado ou Mineral apresenta descontinuidade abrupta de forma, associada à erosão e transporte


quebrado ou a esforços e tensões.

Mineral apresenta marcas de batidas na superfície, geralmente associadas à ação


Picotado
eólica.

Rugoso Mineral apresenta superfície rugosa, podendo estar associada a diversas origens.

Mineral apresenta superfície polida, geralmente associada à ação eólica ou hídrica,


Polido
sobretudo fluvial.

Mineral apresenta-se carcomido por corrosão ou dissolução, formando pequenas


Cariado
cavidades.

Ferruginizado Mineral apresenta deposição de óxidos e hidróxidos de ferro na superfície.


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Quadro 19: Modos de associação dos minerais de argila


Comportamento
Nível — N1 N2 N3 N4
físico-hídrico

Associações de
Estrutura Unidades Unidades Associações de
Lamelas unidades —
cristalina monocristalinas policristalinas domínios
policristalinas

Cristalitos
Caulinita
e = 15 – 25 nm — — — Mais dispersável
e = 0,7 nm
20 a 30 lamelas
Constituinte

Cristalitos
Esmectita Redes
e = 1 – 15 nm Tactóides — Mais deformável
e = 1,4 nm Contínua
1 a 10 lamelas

Cristalitos Domínios
Ilita
e = 5 – 8 nm Microdomínios Descontínua Conj. de domínios Mais estável (rígida)
e = 1 nm
5 a 8 lamelas 15 – 25 μm

e = Espessura __________ Realidade independente __________ Principais organizações detectáveis

Figura 18: Esquema das estruturas cristalinas argilosas

Caulinita Esmectita Ilita


Lamela Lamela Lamela

Cristalito Cristalito Cristalito

N1

Tactóide Microdomínio

N2

Rede Domínio

N3

Conjunto de domínios

N4
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Quadro 20: Propriedades ópticas das estruturas plásmicas


Grau de Estrutura
Isotropia / anisotropia Orientação / extinção
cristalinidade plásmica

Manchada descontínua Assépica

Microcristais Anisotropia de conjunto Estriada descontínua Sépica

Depósitos
Forte e contínua
cutânicos

Macrocristais Anisotropia / isotropia individual Forte e completa Crística

Fraca ondulante e incompleta Undúlica

Por opacidade
Aparente Isótica
Amorfos Isotropia de conjunto Por compressão

Sistema cúbico
Verdadeira Isotrópica
Amorfa

Quadro 21: Tipos genéticos mais comuns de plasma


(Modificado de BOCQUIER, 1981)

Orientação / Estrutura Horizonte


Processo Tipo genético
extinção plásmica típico

Neoformação e transformação dos minerais primários C


Manchada Assépica Alteroplasma
em argila, não associadas aos hidróxidos de Fe e Mn. (alterita)

Contrações mecânicas internas por regime hídrico


B
Estriada Sépica cíclico, crescimento cristalino ou atividade biológica. Pedoplasma
(pedoturbado)
Contrações mecânicas externas por compactação.

Forte e Depósitos Bt
Depósitos e contrações por dessecamento. Cutaniplasma
contínua cutânicos (argílico)

Mascarada Concentrações plásmicas associadas aos hidróxidos B


Isótica Glebuliplasma
ou nula de Fe e Mn. (nodular)
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Quadro 22: Orientação de base do plasma

Grau de orientação

Classificação Característica Descrição

Forte > 60 % * Agregados plásmicos não observáveis; birrefringência contínua do plasma.

Moderada 60 – 40 % * Agregados plásmicos com limites indistintos; extinção manchada incompleta.

Fraca 40 – 20 % * Birrefringência fraca; extinção ondulante.

Não resolvível < 20 % * Agregados plásmicos muito pequenos; extinção manchada.

Não orientada — Plasma isotrópico.

Indeterminada — Plasma isotrópico por opacidade.

* % de indivíduos orientados (anisotropia aparente)

Natureza da orientação

Classificação Característica Descrição

Agregados plásmicos visíveis, mas dispostos em domínios de 5 a 15 μm ao


Manchada
acaso; iluminação cintilante.

Agregados plásmicos visíveis, dispostos em linhas ou curvas; iluminação por


Estriada
estrias alternadas (separações plásmicas).

Agregados plásmicos não observáveis, com extinção de conjunto ou em


Contínua
linhas; iluminação contínua.

Figura 19: Orientação referida do plasma

parede de fenda parede de poro superfície de grão

Poro Esqueleto Plasma Separações


plásmicas
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Figura 20: Orientação relativa do plasma


(A partir de BREWER, 1964)

Assépica

Argilassépica

Silassépica

Sépica

Insépica

Mossépica

Vossépica

Esquelssépica

Massépica

Omnissépica

Bimassépica

Trimassépica

Poro Esqueleto Plasma Domínio Separações


plásmicas
2008 – Selma Simões de Castro – MICROMORFOLOGIA DE SOLOS 30

Figura 21: Tramas birrefringentes do plasma


(A partir de BULLOCK et al, 1985)

Poroestriada

Granoestriada

Monoestriada

Paralela

Reticulada

Cruzada

Circular

Concêntrica

Crescente

Uniestrial

Poro Material grosseiro Material fino Zona birrefringente


(esqueleto) (plasma)
2008 – Selma Simões de Castro – MICROMORFOLOGIA DE SOLOS 31

Figura 22: Gêneros de feições pedológicas


(A partir de BULLOCK et al, 1985)

1. Texturais 2. De depleção 3. Cristalinas

4. Amorfas ou 5. De trama 6. De excrementos


criptocristalinas

Poro Material grosseiro Material fino Material fino Cristais Amorfos


(areia) (silte) (plasma) distinguíveis
2008 – Selma Simões de Castro – MICROMORFOLOGIA DE SOLOS 32

Quadro 23: Classificação de feições pedológicas (a)


(A partir de BULLOCK et al, 1985)

Relações com superfícies Grupos Tipos

Típicos

Crescentes

De capeamento
Cutãs,
hipocutãs e De ligação
quasicutãs
Pendentes

De agregados, poros e grãos Micropans

Crostas

Completos
Densos
Incompletos
Preeenchimentos
Contínuos
Soltos
Descontínuos

Cristais e
crescimento intercristalino

Típicos

Concêntricos

Nucléicos

Geódicos

Septáricos

Nódulos Digitados
Não relacionadas
Disjuntivos

Pseudomórficos

Halos

Ameboidais

Compostos

Simples

Intercalações Serrilhadas

Intercaladas
2008 – Selma Simões de Castro – MICROMORFOLOGIA DE SOLOS 33

Quadro 24: Classificação de feições pedológicas (b)


(A partir de BREWER, 1964)

Grupos Tipos

De agregados

Canais

De poros Planares
Cutãs

Normais

Simples
De grãos
Englobados (integrados)

Neocutãs
Subcutãs
Quasicutãs

Granotúbulos

Agrotúbulos
Pedotúbulos
Estriotúbulos

Isotúbulos

Nódulos

Concreções

Simples
Pédodos
Glébulas Compostos

Septárias

Halos

Pápulas

Tubulares

Cavitárias
Cristalárias
Foliares

Intercalares (dispersas)

Excrementos
2008 – Selma Simões de Castro – MICROMORFOLOGIA DE SOLOS 34

Figura 23: Tipos de cutãs segundo sua natureza (a)


(A partir de BREWER, 1964)

de agregados de poros

de grãos

livres englobados

Agregado Poro Esqueleto Plasma Cutã


2008 – Selma Simões de Castro – MICROMORFOLOGIA DE SOLOS 35

Figura 24: Tipos de cutã segundo sua natureza (b)


(A partir de BULLOCK et al, 1985)

típico crescente

de capeamento de ligação pendente

micropan crosta

Agregado Poro Material grosseiro Material fino Cutã


(esqueleto) (plasma)
2008 – Selma Simões de Castro – MICROMORFOLOGIA DE SOLOS 36

Quadro 25: Classes texturais de cutãs


(A partir de BULLOCK et al, 1985)

Classificação Descrição

Argila límpida
Argila uniforme sem inclusões de micropartículas.
(fina)

Argila turva
Argila contendo micropartículas acima de 3 μm de diâmetro.
(grossa e fina)

Argila impura Argila contendo numerosas partículas com dimensões de silte fino.

Argila e silte Constitui-se de partículas com dimensões de argila e silte em proporções variadas, podendo ser
(argila siltosa ou silte argiloso) dividida em subclasses.

Silte
Constitui-se de partículas com dimensões de silte fino, podendo ser dividida em subclasses.
(fino, médio ou grosso)

Areia
Constitui-se de partículas com dimensões de grãos de areia, podendo ser dividida em subclasses.
(fina, média ou grossa)

Mal selecionada Constitui-se de partículas com dimensões de argila, silte e areia em proporções variadas.

Quadro 26: Freqüência de feições texturais


(Segundo BULLOCK et al, 1985)

Classificação Ocorrência

Muito abundante > 20 %

Abundante 10 – 20 %

Numerosa 5 – 10 %

Ocasional 2–5%

Rara <5%
2008 – Selma Simões de Castro – MICROMORFOLOGIA DE SOLOS 37

Figura 25: Distribuição relativa de cutãs por justaposição


(A partir de BULLOCK et al, 1985)

paralela levemente cruzada

moderadamente cruzada fortemente cruzada não relacionada

Poro Material grosseiro Material fino Cutãs Cutãs


(esqueleto) (plasma)

Figura 27: Orientação de base de feições texturais (laminação)


(A partir de BULLOCK et al, 1985)

paralela convoluta cruzada


2008 – Selma Simões de Castro – MICROMORFOLOGIA DE SOLOS 38

Figura 26: Extinções típicas em cutãs argilosos


(A partir de BULLOCK et al, 1985)

nítida difusa ausente

Poro Material grosseiro Material fino Cutãs Extinção


(esqueleto) (plasma)

Quadro 27: Tipos genéticos de cutãs


(A partir de BREWER, 1964)

Tipos Iluviação Difusão Tensão ou contração

Concentrações Concentrações
Feições Concentrações plásmicas Separações plásmicas
plásmicas plásmicas

Natureza dos Materiais capazes de se


Suspensões Soluções Soluções
materiais reorientar

Contraste Forte Forte Forte Médio a fraco

Nitidez Nítidos Nítidos Preferencialmente difusos Preferencialmente difusos

Associados aos Associados aos Poros de tamanho e forma Fissuras ou superfícies dos
Distribuição
poros condutores poros condutores variados grãos

Indeterminada ou
Indeterminada ou Estriada, associada a um
Forte e contínua específica dos
Orientação específica dos cristais plasma subcutânico
ou estriada cristais
reconhecíveis estriado
reconhecíveis
2008 – Selma Simões de Castro – MICROMORFOLOGIA DE SOLOS 39

Figura 28: Aspectos da laminação de cutãs


(A partir de BULLOCK et al, 1985)

microlaminado (argila)

típico

laminado (silte)

de capeamento

acamado

crosta

acamado composto

crescente

Agregado Poro Material grosseiro Material fino Cutã


(esqueleto) (plasma)
2008 – Selma Simões de Castro – MICROMORFOLOGIA DE SOLOS 40

Figura 29: Exemplos de fotomicrografias de cutãs (a)


(Sob PPL)
(Fotos: Selma Simões de Castro)

Foto 29.1:
29.1 Ferriargilãs envolvendo 29.2
fundo matricial residual
(ver foto da capa).
Foto 29.2:
Ferriargilãs de iluviação,
com segregações pós-deposicionais
de Fe e microfissuração.

Foto 29.3:
29.3 29.4
Ferriargilãs de cavidade,
em fundo matricial
porfírico cristalizado.
Foto 29.4:
Ferriargilãs aprisionados
em fundo matricial
porfírico instabilizado.

Foto 29.5:
29.5 Ferriargilãs de capeamento 29.6
de ligação, associados
a pontes de eluviação
(minibandamento).
Foto 29.6:
Ferrãs de poro,
sobre ferriargilãs iluviais,
por segregação pós-deposicional.

Foto 29.7:
29.7 Neoferrãs. 29.8
Foto 29.8:
Ferriargilãs e ferras alternados.
Microlaminação por segregação
pós-deposicional.
Micronodulações férricas
pós-deposicionais
bem individualizadas.
2008 – Selma Simões de Castro – MICROMORFOLOGIA DE SOLOS 41

Figura 30: Exemplos de fotomicrografias de cutãs (b)


(Sob PPL ou XPL)
(Fotos: Selma Simões de Castro)

Foto 30.1:
30.1 Ferriargilãs com 30.2
fissuração pós-deposicional
(PPL).
Foto 30.2:
Ferriargilãs com
leve segregação de Fe e
fissuração pós-deposicional
(PPL).

30.3 30.4
Fotos 30.3 e 30.4:
Ferriargilãs com
leve segregação de Fe e
fissuração pós-deposicional
(PPL e XPL).

Foto 30.5:
30.5 Cutãs de estresse 30.6
dominantes, com
padrão reticulado (XPL).
Foto 30.6:
Ferriargilãs com
extinção cruzada, por
preenchimento total de
poro secionado (XPL).
2008 – Selma Simões de Castro – MICROMORFOLOGIA DE SOLOS 42

Figura 31: Hipocutãs e quasicutãs comparados a cutãs


(A partir de BULLOCK et al, 1985)

cutãs hipocutãs quasicutãs


de poro
de grão

externo externo
de agregado

externo externo

interno interno

Agregado Poro Material grosseiro Material fino Cutã Hipocutã /


(esqueleto) (plasma) Quasicutã
2008 – Selma Simões de Castro – MICROMORFOLOGIA DE SOLOS 43

Figura 32: Tipos de preenchimento (pedotúbulos)


(A partir de BULLOCK et al, 1985)

denso completo denso incompleto solto contínuo solto descontínuo

Poro Material grosseiro Material fino Preenchimento Preenchimento


(esqueleto) (plasma) denso solto

Figura 33: Tipos de pedotúbulos


(A partir de BREWER, 1964)

granotúbulos agrotúbulos isotúbulos estriotúbulos

Poro Esqueleto Plasma Plasma de Nódulo


preenchimento
2008 – Selma Simões de Castro – MICROMORFOLOGIA DE SOLOS 44

Figura 34: Exemplos de fotomicrografias de pedotúbulos


(Sob PPL)
(Fotos: Selma Simões de Castro)

34.1 Foto 34.1: 34.2


Seção longitudinal de
agrotúbulo em
latossolo roxo.
Foto 34.2:
Seção transversal de
agrotúbulo, com restos
de córtex radicular.

34.3 Foto 34.3: 34.4


Seção transversal de
agrotúbulo elipsoidal,
produzido por cupins.
Foto 34.4:
Seção transversal de
isotúbulo.

Quadro 28: Formas externas de glébulas


(A partir de BREWER, 1964, 1976)

Tipo Aparência

Amigdaloidal Amêndoa

Foliada Folhas ou hastes

Botriodal Agregação de esferas

Convoluta Contorno com curvas lisas

Elipsoidal Elipses lisas

Lenticular Lentes lisas

Lamelar Lâminas superpostas

Mamilada Saliências e reentrâncias arredondadas

Reniforme Forma de rim

Tuberosa Raiz rugosa

Esférica Esfera

Irregular Sem forma definida


2008 – Selma Simões de Castro – MICROMORFOLOGIA DE SOLOS 45

Figura 35: Formas externas de nódulos (glébulas)


(A partir de BULLOCK et al, 1985)

ameboidal digitada disjuntiva agregada

Poro Material grosseiro Material fino Glébula Glébula


(esqueleto) (plasma) (densa) (pouco densa)

Figura 36: Tipos de glébulas


(A partir de BREWER, 1964)

nódulo concreção septária

pédodo halo glebular pápula

Poro Esqueleto Plasma Glébula Glébula Glébula


2008 – Selma Simões de Castro – MICROMORFOLOGIA DE SOLOS 46

Figura 37: Tipos de nódulos (glébulas)


(A partir de BULLOCK et al, 1985)

típico concêntrico concêntrico cruzado

nucléico geóidico septárico

halo pseudomórfico

sobre material sobre fragmento


intemperizado de vegetação

Poro Material grosseiro Material fino Nódulo Nódulo Nódulo


(esqueleto) (plasma) (glébula) (glébula) (glébula)
2008 – Selma Simões de Castro – MICROMORFOLOGIA DE SOLOS 47

Figura 38: Exemplos de fotomicrografias de glébulas


(Sob PPL)
(Fotos: Selma Simões de Castro)

Foto 38.1: 38.2


38.1
Concreção ferruginosa,
com núcleo porfírico e esqueleto
relativamente preservado.
Foto 38.2:
Concreção ferruginosa,
no interior de fundo
matricial ferruginoso.

38.3 Foto 38.3: 38.4


Micronódulo ferruginoso,
em horizonte arenoso residual.

Foto 38.4:
Nódulo ferruginoso
típico.

Foto 38.5:
38.5 Fragmento de concreção 38.6
ferruginosa, no interior do
fundo matricial.
Foto 38.6:
Pápula (fragmento de ferriargilã),
ainda aderido ao esqueleto,
mas em estrutura instável.
2008 – Selma Simões de Castro – MICROMORFOLOGIA DE SOLOS 48

Anexo 1: Avaliação visual de porcentagens de constituintes


(Extraído de BULLOCK et al, 1985, a partir de FITZPATRICK, 1980)

Abundância de objetos negros como porcentagem do campo visual, com diversos


tamanhos de partículas, podendo ser grãos, agregados ou outros. Abundâncias acima
de 50 % são estimadas a partir das áreas claras do campo complementar.
2008 – Selma Simões de Castro – MICROMORFOLOGIA DE SOLOS 49

Anexo 2: Correspondência da escala Munsell em português


(Extraído de Lemos & Santos, SBCS, 1996)

Inglês Português

Black Preto

Bluish gray Cinzento-azulado

Brown Bruno

Brownish yellow Amarelo-brunado

Dark bluish grey Cinzento-azulado-escuro

Dark brown Bruno-escuro

Dark gray Cinzento-escuro

Dark grayish brown Bruno-acinzentado-escuro

Dark greenish gray Cinzento-esverdeado-escuro

Dark olive Oliva-escuro

Dark olive gray Cinzento-oliváceo-escuro

Dark red Vermelho-escuro

Dark reddish brown Bruno-avermelhado-escuro

Dark reddish gray Cinzento-avermelhado-escuro

Dark yellowish brown Bruno-amarelado-escuro

Dusky red Vermelho-escuro-acinzentado

Gray Cinzento

Grayish brown Bruno-acinzentado

Grayish green Verde-acinzentado

Greenish gray Cinzento-esverdeado

Light bluish gray Cinzento-azulado-claro

Light brown Bruno-claro

Light brownish gray Cinzento-brunado-claro

Light gray Cinzento-claro

Light greenish gray Cinzento-esverdeado-claro

Light olive brown Bruno-oliváceo claro

Light olive gray Cinzento-oliváceo-claro

Light red Vermelho-claro

Light reddish brown Bruno-avermelhado-claro

Light yellowish brown Bruno-amarelado-claro


2008 – Selma Simões de Castro – MICROMORFOLOGIA DE SOLOS 50

(Continuação do anexo 2)

Inglês Português

Olive Oliva

Olive brown Bruno-oliváceo

Olive gray Cinzento-oliváceo

Olive yellow Amarelo-oliváceo

Pale brown Bruno-claro-acinzentado

Pale green Verde-claro-acinzentado

Pale olive Oliva-claro-acinzentado

Pale red Vermelho-claro-acinzentado

Pale yellow Amarelo-claro-acinzentado

Pink Rosado

Pinkish gray Cinzento-rosado

Pinkish white Branco-rosado

Red Vermelho

Reddish black Preto-avermelhado

Reddish brown Bruno-avermelhado

Reddish gray Cinzento-avermelhado

Reddish yellow Amarelo-avermelhado

Strong brown Bruno-forte

Very dark brown Bruno muito escuro

Very dark gray Cinzento muito escuro

Very dark grayish brown Bruno-acinzentado muito escuro

Very dusk red Vermelho muito escuro-acinzentado

Very pale brown Bruno muito claro-acinzentado

Weak red Vermelho-acinzentado

White Branco

Yellow Amarelo

Yellowish brown Bruno-amarelado

Yellowish red Vermelho-amarelado


2008 – Selma Simões de Castro – MICROMORFOLOGIA DE SOLOS 51

Anexo 3: Grau de arredondamento, esfericidade e rugosidade


(Modificado de BULLOCK et al, 1985, a partir de PETTIJOHN, 1957)

Alongada

Rugosidade superficial
Subalongada
Esfericidade

Alisada
Subesférica

Esférica

Alongada

Rugosidade superficial
Subalongada
Esfericidade

Ondulada
Subesférica

Esférica

Alongada Rugosidade superficial

Subalongada
Esfericidade

Rugosa

Subesférica

Esférica
Bem arredondada

Arredondada

Subangular

Angular
Subarredondada

Grau de arredondamento
2008 – Selma Simões de Castro – MICROMORFOLOGIA DE SOLOS 52

Anexo 4: Diagrama triangular de classes texturais


(Extraído de LEMOS & SANTOS, SBCS, 1996, modificado de EUA, 1959, 1993)

Correspondência de classes texturais entre as designações do Soil


Survey Manual (EUA) e da Sociedade Brasileira de Ciência do Solo:

Clay Muito argilosa (acima de 60 % argila)


Clay Argila
Sand clay Argiloarenosa
Silty clay Argilosiltosa
Clay loam Franco-argilosa
Silty clay loam Franco argilossiltosa
Sandy clay loam Franco argiloarenosa
Loam Franca
Silt loam Franco siltosa
Sandy loam Franco-arenosa
Silt Silte
Loamy sandy Areia-franca
Sandy Areia
2008 – Selma Simões de Castro – MICROMORFOLOGIA DE SOLOS 53

Anexo 5: Principais tipos de microestrutura


(Traduzido e adaptado de BULLOCK et al, 1985)

Tipo de estrutura Descrição

Grãos quase inteiramente de fração areia; pouco ou nenhum material fino nos espaços intergranulares; grãos
Grãos simples
igualmente soltos ou se tocando apenas parcialmente.

Grãos com pontes Grãos quase inteiramente de fração areia, unidos por pontes de material fino, geralmente argila.

Grãos com películas Grãos quase inteiramente de fração areia, a maioria deles revestida por material fino.

Microagregados
Grãos quase inteiramente de fração areia, entre os quais há microagregados de material fino.
intergranulares

Poros vesiculares Grãos quase inteiramente de fração areia; há numerosas vesículas em acréscimo aos poros dos aglomerados
intergranulares elementares comuns.

Canais Grãos quase inteiramente de fração areia, em meio aos quais há um sistema de canais, em acréscimo aos
intergranulares poros dos aglomerados elementares comuns.

Grãos quase inteiramente de fração areia, a maioria dos quais coligados, de modo que o padrão dos poros
Grãos compactos
apresenta-se dominantemente intergranular fechado.

Nenhum agregado separado. Massa fragmentada por dispersão, mas com cavidades não interconectadas;
Cavitária
canais e câmaras ocasionais.

Esponjosa Agregados esparsos ou nenhum. Muitos poros fortemente interconectados.

Com canais Nenhum agregado separado; os poros dominantes são canais.

Com câmaras Nenhum agregado separado; os poros dominantes são câmaras.

Vesicular Nenhum agregado separado; os poros dominantes são vesículas.

Agregados mais ou menos arredondados, com faces rugosas e não ajustadas entre si. Interior dos agregados
Grumosa
pode ser composto de pequenos grânulos mais ou menos unidos.

Grânulos separados dentro de um pacote poroso, e não ajustados entre si (arredondados). Contêm poucos
Granular
poros ou unidades menores reconhecíveis no seu interior.

Agregados separados por poros planares nítidos, em todos ou na maioria dos lados. Cavidades e pequenos
Blocos subangulares canais ocorrem freqüentemente dentro dos agregados, os quais podem conter grupos de grumos parcialmente
unidos. Faces dos agregados bem acomodadas.

Agregados separados por poucos poros, compondo um intrincado sistema de fendas e fissuras; possuem
Blocos angulares
arestas angulares normalmente acomodadas entre si.

Pilhas de agregados em geral alongadas horizontalmente e separadas por poros planares. Poros interiores
Laminar
irregulares.

(Vista apenas em seções delgadas “mamute”). O material sólido é dividido em prismas separados por poros
Prismática
planares verticalmente alinhados. Faces dos prismas acomodados entre si.

Poucos agregados que, quando presentes, são completamente separados; poros planares muito
Fissurada
interconectados.

Agregados não completamente separados. Material denso, exceto pela presença de poucos poros planares e
Fendida
canais ocasionais.

Maciça Agregados não separados e poucos poros que, quando presentes, são bem visíveis.

Complexa Mistura de dois ou mais tipos de estrutura. Termos combinados podem ser usados para caracterizá-la.
2008 – Selma Simões de Castro – MICROMORFOLOGIA DE SOLOS 54

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