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Direitos autorais reservados. Permitida reprodução desde que: (i) citada integralmente a fonte de autoria deste material e (ii) não haja fins lucrativos.
2 Laboratório de Eletrônica de RF e Comunicações (v. 1.0) Prof. Alan Petrônio Pinheiro - www.alan.eng.br
Sumário
Prefácio................................................................................................................................ 5
Pré-laboratório..................................................................................................................... 6
Referências......................................................................................................................... 48
Direitos autorais reservados. Permitida reprodução desde que: (i) citada integralmente a fonte de autoria deste material e (ii) não haja
fins lucrativos
Prof. Alan Petrônio Pinheiro - www.alan.eng.br Laboratório de Eletrônica de RF e Comunicações (v. 1.0) 5
Prefácio
Este material assim como suas instruções é destinado à disciplina prática de Circuitos de
Eletrônica Aplicada onde, basicamente, cobre-se vasta parte dos principais circuitos empregados em
telecomunicações operando em faixas de frequência de rádio (9kHz a 300GHz). Desta maneira, esta
disciplina é um espaço prático para que o estudante possa (i) projetar, (ii) prototipar, (iii) analisar,
(iv) depurar e (v) testar circuitos eletrônicos voltadas a esta finalidade.
Até a presente disciplina, o estudante já dever ter cursado ou está cursando as disciplinas básicas
de Eletrônica Analógica e Circuitos Elétricos. Boa parte dos conteúdos destas disciplinas são
novamente estudados aqui porém, com o enfoque do trabalho em frequências maiores e sob uma
ótica mais ‘detalhada’ e ‘minunciosa’. Por isto é indispensável um bom conhecimento nestas áreas
que serão frequentemente resgatadas.
A ideia dos experimentos aqui propostos começa com o uso de simuladores. Por ser uma disciplina
de conteúdo amplo e envolvendo circuitos complexos que exigem um setup de laboratório
relativamente sofisticado (equipamentos e componentes de melhor qualidade) e cuidados adicionais
(pois o trabalho com frequências altas exige muita minúcia, atenção aos detalhes e bastante
empenho), é importante usar recursos computacionais para aprimorar as ideias de circuitos discutidas
em sala de aula e também os valores encontrados em exercícios. O teste de comportamento de
circuitos é também vastamente abordado nestes roteiros. Com isto, a ideia é passar pelas principais
fases de projeto: (i) definição do circuito, dos estágios e cálculos iniciais feitos à mão; (ii) refinamento
do circuito e avaliação de grandezas (corrente, tensão, potência, espectro, etc) por meio de simulares;
(iii) prototipação por protoboard (wire up ou equivalente) e (iv) montagem do protótipo em placa
de circuito impresso. Todas estas etapas são abordadas neste material nesta ordem. O software EDA
(electronic design automation) usado neste material é o MultiSim (como simulador) e o UltiBoard
(para confecção de placas de circuito impresso) que formam uma suíte de aplicativos produzida pela
National Instruments. Estes softwares podem ser baixados gratuitamente (versão estudante) e a
versão usada para produzir este roteiro é a 13.
A ideia das práticas envolvem o aprendizado prático, a consolidação dos conhecimentos teóricos e
o estímulo a prática pela eletrônica, pela experimentação e o pensamentos focado na inovação. Mesmo
embora boa parte dos experimentos sejam de natureza elementar, eles podem ser o início de uma
educação voltada à projetos.
Os principais propósitos dos experimentos que fazem conjunto com este manual e integram as aulas
experimentais de Circuitos de Eletrônica são
(i) dar ao estudante alguma familiaridade com os principais circuitos usados em projetos de
telecomunicações;
(ii) dar subsídios ao projeto e prototipação de circuitos em radio-frequência;
(iii) empregar instrumentos elétricos e procedimentos laboratoriais comuns à prática da
eletrônica em circuitâncias não-triviais.
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Pré-laboratório
Espera-se que ao ingressar nesta disciplina o estudante tenha um bom conhecimento de como
operar os principais equipamentos de um laboratório de eletrônica (fonte, osciloscópio, multímetro,
gerador de sinais e afins). Porém, por melhor que seja este conhecimento, sempre há margem para
novos aprendizados de operação destes importantes instrumentos já que: (i) eles oferecem vários
recursos mais ‘sofisticados’ que geralmente não são abordados em disciplinas básicas e (ii) até o
presente momento, o efeito de grandes frequências era desprezado e por isto muitas simplificações
eram até então feitas mas agora não podem mais. Neste último caso é importante começar a entender
alguns detalhes de operação destes instrumentos que podem interferir nas medidas e nas condições
de trabalho. Por isto, antes de dar início às práticas laboratoriais, o estudante é obrigado1 a estudar
os seguintes matérias de acordo com as instruções abaixo:
Depois de ler cautelosamente os documentos citados, espera-se que o estudante esteja mais
familiarizado com as ideias abordadas por estes (importantes) manuais. Em caso de dúvidas, o
estudante deve procurar o docente durante seu horário semanal de atendimento para sanar suas
dúvidas ou até mesmo proceder com testes nestes instrumentos. Ainda, as aulas práticas devem
consolidar os conhecimentos adquiridos pela leitura proposta.
Caso o docente perceba que o estudante não tenha os conhecimentos mínimos, ele irá solicitar
ao estudante a leitura deste material que deve ser feita. Em caso de descumprimento, o estudante
estará desautorizado a usar o laboratório (para as atividades desta disciplina) até que demonstre
conhecimento mínimo sobre os temas abordados. Aproveite as oportunidades para crescer!
1
Sim, a palavra obrigado(a) foi corretamente posta aqui! Mesmo embora nossa carta magna não tenha nenhum artigo que
defina esta obrigação, o estudante deve entender que é uma obrigação moral empenhar-se ao máximo naquilo que lhe é
pedido pois (i) irá trabalhar com equipamentos caros que - se incorretamente manipulados por falta de instrução - podem
causar prejuízo à Instituição e (ii) muito esforço (dos professores, técnicos, do povo que paga esta Universidade, etc) tem
sido dispendido para que possam usufruir da melhor qualidade possível de ensino.
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Consideração preliminar
Antes que se mencione o(s) principal(is) objetivo(s) desta prática, faz-se importante destacar desde
seu início que não é intenção deste material (e disciplina!) ensinar MultiSim2, mas sim apenas aplicá-lo
como ferramenta para o aprendizado dos circuitos de telecomunicações e RF. Naturalmente que algumas
ferramentas (mais avançadas ou adequadas ao uso em RF) serão abordadas.
1 - Objetivos da prática
O objetivo desta prática é entender o comportamento de circuitos ressonantes utilizados para
sintonizar determinada faixa de frequência. Para isto usamos o MultiSim para exibir os diferentes
comportamentos de diferentes circuitos com diferentes parâmetros de modo a entender como estes circuitos
e estes parâmetros influenciam na sintonização.
2
Espera-se que o estudante já deve ter aprendido o MultiSim (ou outro programa equivalente) em outras disciplinas. Se
isto não aconteceu, aproveite para testar seu poder de autodidata para aprender a usar o referido programa. O professor
disponibiliza em sua página uma apostila básica para aprendizagem do MultiSim.
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(a) (b)
Figura 1 – (a) Circuito ressonante para ser simulado. (b) Imagem produzida pelo instrumento “Network analyzer”.
1 - Objetivos da prática
O objetivo desta prática é trabalhar, por simulação e montagem, com filtros passa-baixa, passa-
alta e passa-bandas usando componentes RLC (passivos).
A partir do circuito da Figura 1, faça: utilizando o Network Analyzer, esboce a curva de frequência do
filtro. Esta parte 1 tem apenas o propósito de lhe dar alguma familiaridade com o uso do MiltiSim para
análise de filtros. As demais partes focam no projeto e estimativa dos valores.
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Depois que montar o circuito, tente descobrir a frequência de corte utilizando o gerador de sinais e o
osciloscópio (que deverá mostrar a relação entre sinal de entrada x sinal de saída).
Prática 3: osciladores
Prof. Alan Petrônio Pinheiro
Faculdade de Engenharia Elétrica
Curso de Engenharia Eletrônica e de Telecomunicações (campus Patos de Minas)
1 - Objetivos da prática
O objetivo desta prática é simular (e montar) um oscilador usando componentes discretos.
(a) (b)
Figura 1 – (a) Oscilador de deslocamento de fase. (b) Instrumentos que devem ser conectados ao circuito
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Prática 4: misturadores
Prof. Alan Petrônio Pinheiro
Faculdade de Engenharia Elétrica
Curso de Engenharia Eletrônica e de Telecomunicações (campus Patos de Minas)
1 - Objetivos da prática
O objetivo desta prática é simular o processo de mixagem (ou mistura) para ilustrar como o
fenômeno de não linearidade pode ajudar no deslocamento de espectro.
São vários os circuitos que podem implementar a ideia de mixagem. A Figura 2 ilustra algum deles.
Observa-se que o princípio básico é “somar” dois sinais (LO e RF) e depois passa-los por um dispositivo
não-linear que deverá produzir várias frequências deslocadas em seu espectro. As simulações abaixo
ilustram este processo.
produzidor pelas fontes V1 (ou RF) e V3 (ou LO) são ‘somados’ e passam por um dispositivo não-linear:
o diodo D1.
Figura 3 – Ilustração do processo de translado de espectros usando mixers. Observe o espectro produzido logo na carga de 1kΩ.
Ao ligar o circuito tanque ao circuito (conforme mostra a Figura 4), observa-se que ele assume a
função de filtrar algumas das frequências produzidas pelo diodo e deixar passar outras. Naturalmente que
poderia ser usado outro tipo de filtro (como os filtros passivos explicados anteriormente). Contudo, o uso
de um tanque com um capacitor variável pode mostrar este processo de seleção da frequência desejada em
tempo real com simulação conforme será tratado mais a frente neste roteiro.
Figura 4 – Ligação de um circuito tanque para filtrar parte das frequências espúrias produzidas pelo processo de mixagem.
1 - Objetivos da prática
O objetivo desta prática é mostrar, através de simulação, a importância do casamento de
impedância para a máxima transferência de potência de um sinal.
Figura 1 – Sinal elétrico em condutor que não sofreu reflexão (esquerda) e sinal em condutor que recebe reflexão de sinal (direita).
fonte (valor positivo indica uma reatância indutiva e valor negativo indica uma reatância capacitiva). Uma
reatância de -50jΩ para a frequência de 1kHz equivale a uma capacitância de 3,18uF. Para entender este
processo, faça:
1) Monte o circuito da Figura 2. Observe que a carga foi simulada por um resistor e capacitor
variáveis. No caso da Figura 2, os valores designados produzem uma potência de
aproximadamente 418mW.
2) Segundo a teoria, para haver casamento de impedância (e garantir a máxima transferência
de potência), Rs=*RL (o asterisco indica complexo conjugado). Para isto, ajuste os valores
de resistência para 50% (ou seja, 50Ω) e o capacitor para 31 ou 32% (para valer 3,18uF que
é o valor de capacitância que corresponde a -50j que anula a impedância de +50j do indutor
de 8mH). Quando você fizer isto, observe que será conseguida a potência de 497.022mW.
3) Agora, varie a vontade os valores de capacitância e resistência da carga e veja se nestas
variações você conseguirá algum valor maior do que 497.022mW. Se a teoria estiver correta,
em nenhuma outra configuração você poderá ultrapassar o valor de 498.022mW por mais
que você tente.
Figura 2 – Circuito com wattímetro usado para ilustrar o casamento de impedância e a máxima transferência de potência. Observe
que foi escolhido uma carga RL com capacitor e resistor variável para demostrar quando se consegue a máxima transferência de
potência para a carga.
3
Este método de usar a própria trilha como antena será visto em outras disciplinas e é conhecida como “micro fitas” ou
micro strips. Por possuírem resistências e impedâncias específicas (que dependem das dimensões das trilhas), elas também
podem ser usadas como filtros passivos também.
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(a) (b)
Figura 3 – (a) Figura ilustrativa de um módulo de recepção de dados wireless. (b) Circuito equivalente da antena até a entrada
do chip que processa os sinais (sem casamento de impedância).
Uma análise do exemplo 4.7 (pagina 90) do livro (Bowick, 2007) revela a solução proposta a partir
da carta de Smith. Nota-se que deseja transformar a impedância de RL=100-25jΩ em 25+15jΩ e, para isto,
a carta mostra o que deve ser adicionado em termos de indutor e capacitor para que a resistência vista
passe de 100-25jΩ para 25+15jΩ e assim se concretize o casamento de impedância. O resultado mostra que
este casamento é conseguido quando se usa um indutor L4 de 159nH e um capacitor C8 de 38.7pF. A
partir disto, faça:
4
Neste sentido, entende-se por sensibilidade a menor potência de sinal possível que chega ao receptor e este
ainda é capaz de processar.
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