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SAÚDE MENTAL

Saúde Mental e Estresse no Trabalho

Profa. Carolina Riente

Psicologia Aplicada às Organizações


Estresse
Aspectos Introdutórios
 Stress significando “aflição” e “adversidade” datam do
século XIV;

 No século XVII, o vocábulo, que tem origem no latim,


passou a ser utilizado em inglês para designar
“opressão, desconforto, adversidade”;

 Até meados do século passado: embasamento


fisiológico.

 A partir da década de 1970: enfoque aos aspectos


psicológicos.
Estresse
Aspectos Introdutórios

 O estresse aparece associado aos limites e às


demandas impostas, em geral por fatores externos;

 Para Couto, (1987: p. 95) o stress origina-se na


“relação desproporcional entre as exigências
psíquicas do ambiente em que a pessoa vive e a
estrutura psíquica do indivíduo”

 Organização Mundial de Saúde: “epidemia global”;
EXIGÊNCIAS
RELAÇÃO = 1,0
ESTRUTURA

(Couto, 1987)
Estresse de Monotonia X Estresse de
Sobrecarga

• Estresse de Sobrecarga: quando a estrutura psíquica


do indivíduo se torna incapaz de suportar as
exigências psíquicas do meio, o desempenho da
pessoa cai

• Estresse de Monotonia: o indivíduo dotado de uma


certa estrutura psíquica, adaptada para uma certa
dose de desafios, vive poucas exigências psíquicas

(COUTO, 1987, p.27)


Estresse
Aspectos Introdutórios

Três categorias de estresse potencial:

• Ambiental,
• Organizacional
• Individual
Estresse
Fatores Ambientais e Organizacionais

 Ambientais: incertezas no âmbito econômico,


político e tecnológico, principalmente oriundos de
mudanças nos ciclos dos negócios;

 Organizacionais: pressões para evitar erros e


atingir metas e prazos. Podem ser categorizados
segundo demandas, classificadas por em:

• demandas de tarefas,
• demandas de papéis,
• demandas interpessoais.
Robbins (2007; p.440-441)
Estresse
Fatores Organizacionais
 Demandas de tarefas:
conjunto de características físicas, condições de trabalho
e qualificações esperadas para a realização do cargo;

 Demandas de papéis:
pressão sofrida pelo trabalhador em função do papel que
ele desempenha na organização. Couto (1987, p.99)
aponta para a “responsabilidade excessiva versus a
capacidade do executante”;

 Demandas interpessoais:
aquelas relacionadas ao relacionamento com os demais
membros da organização.
Estresse
Fatores Individuais
 Problemas pessoais no âmbito familiar, econômico,
em relacionamentos pessoais, as diferenças
individuais e características de personalidade do
indivíduo;

 Estes fatores irão influenciar diretamente a


percepção do indivíduo da realidade, do contexto no
qual está inserido e, conseqüentemente, na
formação de quadros de estresse.
Estresse
Modelo de Origem – Couto (1987)

Agentes
contexto estressantes
no trabalho
Stress

vulnerabilidade
Estresse
Correntes Teóricas
 Biológica
• Alarme,
• Resistência
• Exaustão / Burnout
 Psicológica

 Sociológica
O Inventário de Sintomas de
Stress de Lipp (ISSL)
FASE DE ALARME
Modelo quadrifásico
de Lipp (1996)

FASE DE RESISTÊNCIA

FASE DE QUASE-EXAUSTÃO

FASE DE EXAUSTÃO
Estresse
Corrente Biológica - Fases

Fase de Alarme:
• resposta de adrenalina diante de ameaças;
• a fase de alarme é desencadeada quando o
indivíduo percebe alguma ameaça à sua
integridade, de forma consciente ou inconsciente,
e que demande adaptação;
• mecanismo fisiológico da fase de alarme:
adrenalina
 Tensão: estado em que o organismo encontra-se
preparado para agir, fisiológica e psicologicamente.
ISSL – Aplicação
Marque com um X os sintomas que tem
experimentado nas últimas 24 horas:

( ) Mãos e pés frios


( ) Boca seca
( ) Nó no estômago
( ) Aumento de sudorese (muito suor, suadeira)
( ) Tensão muscular
( ) Aperto na mandíbula / Ranger os dentes
( ) Diarréia passageira
( ) Insônia (dificuldade para dormir)
( ) Taquicardia (batedeira no peito)
( ) Hiperventilação (respirar ofegante, rápido)
( ) Hipertensão arterial súbita e passageira (pressão alta)
( ) Mudança de apetite (muito ou pouco)

( ) Aumento súbito de motivação


( ) Entusiasmo súbito
( ) Vontade súbita de iniciar novos projetos
Estresse
Corrente Biológica - Fases
 Fase de Resistência:
• ocorre se a exposição continuada ao estressor é
compatível com a adaptação;
• uma vez dissipada, ou superada a ameaça, o corpo
tende a voltar ao equilíbrio;
• esta etapa é contrária à fase de alarme cuja fisiologia
característica irá desaparecer na medida em que o
organismo se adapte ao desarranjo causado pelo
estressor.
 Pode terminar quando a fonte de pressão é eliminada e
os sintomas desaparecem ou quando o organismo perde
a batalha para os agentes estressores, configurando o
quadro de estresse.
ISSL – Aplicação
Marque com um X os sintomas que tem
experimentado na última semana:

( ) Problemas com a memória


( ) Mal-estar generalizado, sem causa específica
( ) Formigamento das extremidades (dedos, pés e mãos)
( ) Sensação de desgaste físico constante
( ) Mudança de apetite (muito ou pouco)
( ) Aparecimento de problemas dermatológicos (problemas de pele)
( ) Hipertensão arterial (pressão alta)
( ) Cansaço constante
( ) Aparecimento de úlcera (problema de estômago, tipo forte queimação)
( ) Tontura / Sensação de estar flutuando

( ) Sensibilidade emotiva excessiva (estar muito nervoso, além do normal)


( ) Dúvida quanto a si próprio
( ) Pensar constantemente em um só assunto
( ) Irritabilidade excessiva
( ) Diminuição da libido (sem vontade de sexo)
Estresse
Corrente Biológica - Fases
 Fase de Exaustão:
• os sinais de alarme reaparecem e agora são
irreversíveis

 Burnout
• “queimar até o fim”;
• o indivíduo encontra-se além de seus limites físicos e
emocionais;
• Sintomas: uma exaustão avassaladora, sensações de
ceticismo e desligamento do trabalho e, por fim, uma
sensação de ineficácia e falta de realização;
• principais causas: a sobrecarga de trabalho e o
conflito pessoal no trabalho.
ISSL – Aplicação
Marque com um X os sintomas que tem
experimentado no último mês:

( ) Diarréia freqüente
( ) Dificuldades sexuais
( ) Insônia (dificuldade para dormir)
( ) Náusea (enjôos)
( ) Tiques
( ) Hipertensão arterial continuada (pressão alta)
( ) Problemas dermatológicos prolongados (problemas de pele)
( ) Mudança extrema de apetite (muito ou pouco)
( ) Excesso de gases
( ) Tontura freqüente
( ) Úlcera (problema de estômago, tipo forte queimação)
( ) Enfarte
ISSL – Aplicação
Marque com um X os sintomas que tem
experimentado no último mês:

( ) Impossibilidade de trabalhar
( ) Pesadelos
( ) Sensação de incompetência em todas as áreas
( ) Vontade de fugir de tudo
( ) Apatia, depressão ou raiva prolongada
( ) Cansaço excessivo
( ) Pensar / falar constantemente um só assunto
( ) Irritabilidade sem causa aparente
( ) Angústia / ansiedade diária
( ) Hipersensibilidade emotiva
( ) Perda do senso de humor
Estresse
Corrente Biológica - Fases
Burnout

• deve-se, em grande parte, à natureza do trabalho


e não às características do funcionário individual
• o grau de compatibilidade ou incompatibilidade
entre o indivíduo e seu trabalho será determinante
para o desenvolvimento ou não do burnout.
• não é apenas um problema das pessoas, mas de
seu ambiente de trabalho e no contexto social em
que vivem.

(MASLACH, 2005, p.39).


Estresse Agudo X Estresse
Crônico

• Estresse Agudo: quando tem duração


determinada (até duas semanas );

• Estresse Crônico: se o estado de


inadaptação perdurar, podendo acarretar
danos maiores à saúde dos indivíduos.

(COUTO, 1987, p.17)


Mais propensos para o
ESTRESSE
 Responsabilidades acima dos limites;
 Tensos;
 Inseguros
 Emocionalmente instáveis;
 Resistência sistemática a mudanças;
 Peso do sistema - incapacidade de
manter a autoridade sobre a própria vida
 Não enfrenta conflitos;
 Estilo de Vida “A”
Menos propensos para o ESTRESSE

 Conhece e respeita limites;


 Calmos
 Confiantes, seguros de si;
 Emocionalmente estáveis;
 Aceitação naturalmente das mudanças
 Enfrenta conflitos
 Estilo de Vida “Não A”
Diferenças Individuais e
Estresse
As pessoas reagem diferentemente à
presença de estímulos semelhantes.

Isso explica porque muitas pessoas


sentem-se incapazes de lidar com
pequenas mudanças em suas vidas e
outras não.
As condições de trabalho podem causar, acelerar o curso
ou desencadear os sintomas de problemas de saúde.”

Lennart Levi, 2005


DESAFIOS DE VALORIZAÇÃO DA VIDA
A exploração excessiva do recurso
http://penut.net/images/links/donkey.jpg
Consequências do estresse
para as organizações

 Deterioração do Clima Organizacional


 Desmotivação
 Baixo nível de Comprometimento
 Reflexos no absenteísmo/turnover
 Aumento de acidentes do trabalho
 Lideranças autoritárias
 Queda na produtividade/qualidade
Estresse
Ações de reação

• Importância da boa comunicação;


• Boa alimentação;
• Consultas médicas periódicas;
• Trabalho em comunidade: exercício da cidadania;
• Administração do tempo;
• Apoio social.
Referências
BOWDITCH, James L. BUONO, Anthony F. Elementos do comportamento
organizacional. São Paulo: Pioneira, 1992.
COUTO, Hudson de Araújo. Stress e qualidade de vida dos executivos. Rio de
Janeiro: COP, 1987
FRANÇA, A.C.L. Qualidade de Vida no Trabalho – práticas e conceitos na sociedade pós-
industrial. São Paulo Atlas, 2ª. Edição.
GLINA, Débora M.R. & ROCHA, Lys E. Fatores de Estresse no Trabalho de
Operadores Centrais de Atendimento Telefônico de um Banco em São Paulo. Belo
Horizonte, MG: Revista Brasileira de Medicina do trabalho. Vol. 1, n 1, p. 31-39,
2003.
GREENBERG, Jerrold S. Administração do Estresse. São Paulo: Manole, 2002.
GOLDBERG, Philip. A saúde dos executives. Como identificar sinais de perigo
para a saúde e levar a melhor contra o estresse. Rio de Janeiro: Guanabara, 1986.
http://www.ismabrasil.com.br/
LIPP, Marilda E. N. Pesquisa sobre stress no Brasil: Saúde, ocupação e grupos de
risco. Campinas, SP: Papirus, 1996.
Referências
MASLACH, Cristina. Entendendo o burnout. In ROSSI, Ana Maria, PERREWÉ, Pamela L., SAUTER,
Steven L. Stress e qualidade de vida no trabalho: perspectivas atuais da saúde ocupacional. São
Paulo: Atlas, 2005.
NELSON, Debra L., SIMMONS, Bret L. Eustresse e esperança no trabalho: mapeando a jornada. In
ROSSI, Ana Maria, PERREWÉ, Pamela L., SAUTER, Steven L. Stress e qualidade de vida no
trabalho: perspectivas atuais da saúde ocupacional. São Paulo: Atlas, 2005.
ROBBINS, S. Comportamento organizacional. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.
ROSCH, Paul J. O Comportamento tipo “A” propenso a problemas coronários, stress no trabalho e
doença cardíaca. In ROSSI, Ana Maria, PERREWÉ, Pamela L., SAUTER, Steven L. Stress e
qualidade de vida no trabalho: perspectivas atuais da saúde ocupacional. São Paulo: Atlas, 2005.
ROSSI, Ana Maria. Estressores ocupacionais e diferenças de gênero. In ROSSI, Ana Maria,
PERREWÉ, Pamela L., SAUTER, Steven L. Stress e qualidade de vida no trabalho: perspectivas
atuais da saúde ocupacional. São Paulo: Atlas, 2005.
ZILLE, Luciano Pereira. Novas perspectivas para a abordagem do estresse ocupacional em
gerentes: estudo em organizações brasileiras de setores diversos. Belo Horizonte: CEPEAD/UFMG,
2005 (Tese de Doutorado em Administração).

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