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Experimento 3 - Determinação do Coeficiente de Restituição
2-Introdução 4
3-Objetivos 4
4.1 - Materiais e instrumentos utilizados 5
4.2 - Cuidados experimentais 6
4.3 - Métodos e Procedimentos experimentais 7
4.3.1- Arranjo experimental 7
4.3.2. Mensurando/procedimento 8
4.3.3. Grandezas de influência 9
4.3.4. Determinação do coeficiente de restituição da bola de pebolim 10
6 - Projeto 16
6.1 - Introdução 16
6.2 - Metodologia 16
7 - Conclusão 20
8 - Referências 21
9 - Apêndice 22
9.1 - Cálculo do desvio padrão 22
9.2 - Cálculo do desvio padrão da média 22
9.3 - Cálculo de incertezas para os valores de 22
9.4 - Questões 23
1 - Resumo
O objetivo da aquisição dos dados foi para o cálculo do coeficiente de restituição (ε) de
duas esferas: uma bola de pebolim e uma bola de ping pong. Foram soltas as bolas
(separadamente) para obtenção da altura e tempo entre impactos que cada uma realizava,
atendo-se às diversas incertezas dos instrumentos, cálculos estatísticos (ou seja, incertezas do
tipo A e B) e ajustamento do sistema (base de granito, tubo de cilindro guia, sistema
microfone-osciloscópio preparado corretamente, ...) durante a medição.
O experimento foi dividido em duas partes. Inicialmente, foi captado o som dos impactos
(e um barulho inicial para coincidir com a soltura da bola) por meio de um sistema de
microfone-osciloscópio. A primeira parte do experimento, foi feita com a bola de pebolim; e,
tendo as relações de tempo, altura e quicada, foi possível calcular o valor do coeficiente de
restituição εpebolim=(0,74 ± 0,03). A segunda parte, foi feita com a bola de ping pong, e foi
mensurado o valor εpinggraf=(0,90 ± 0,03). Não se pode esquecer que a grandeza ‘g’ (gravidade)
considerada para o cálculo em todas as partes foi obtida no experimento 2 - utilizando um
pêndulo com bola maciça na sua extremidade livre e um cronômetro “comum”. Sendo ela
mensurada como g= 9,95±0,04 m/s².
Além disso, foi feito também a coleta de dados para o cálculo do coeficiente de
restituição da bola de ping-pong mas por meio de um aplicativo de smartphone chamado “Lexis
Audio Editor”, que, assim como o sistema proposto pelo experimento, captava o áudio das
quicadas. Tendo todas as informações necessárias, foi calculado o coeficiente de restituição de
εpingcel=(0,85 ± 0,06).
2-Introdução
Ao jogar uma pequena bola de ferro sobre uma superfície de borracha, nota-se que a
maior parte da energia cinética da bola é absorvida pela superfície de borracha; entretanto, se
lançar-se a mesma bola em uma superfície mais rígida como o chão de concreto, observa-se
que a bola retorna ao ar após a colisão com uma velocidade maior , atingindo alturas maiores
do que no primeiro caso.
Esse fenômeno ocorre quando materiais entram em contato, como por exemplo em uma
colisão. Há troca de energia entre os objetos em contato e pode ser calculado o coeficiente de
restituição .
Este parâmetro está relacionado à velocidade em que os objetos colidem e a velocidade
logo depois do contato entre os objetos. E pode ser interpretado como a taxa de energia
absorvida por um dos objetos durante a colisão. A pesquisa deste fenômeno é importante para
o estudo da resistência física dos materiais, assim como a taxa de amortecimento.
Os métodos de análise são diversos e podendo ser realizado com equipamentos
sofistícados como osciloscópio, microfones de eletreto e amplificadores, ou mesmo com
instrumentos básicos do dia a dia, como aplicativos visuais e sonoros de smartphones.
Neste experimento, foi analisado o coeficiente de restituição pela colisão entre algumas
bolas de diferentes materiais e uma superfície rígida de granito, utilizando-se de equipamentos
sofisticados e instrumentos básicos.
3-Objetivos
O Diagrama de Ishikawa é uma ferramenta gráfica que permite uma melhor análise para
identificar as possíveis “causas” para um “problema” que está em questão. O Diagrama foi
originalmente proposto pelo engenheiro químico Kaoru Ishikawa, no ano de 1943, e foi
aperfeiçoado nos anos seguintes. Na sua estrutura, podem ser evidenciados as possíveis
causas do problema, de cada setor envolvido do sistema analisado. Como pode ser observado
logo abaixo (no exemplo ilustrativo), seu nome alternativo é dado pois assemelha uma espinha
de peixe durante a análise.
Procedimentos:
5 - Resultados e Discussão
Para a altura, foi utilizado o auxílio de uma gravação em s low motion (em vídeo) e o
tubo com medidas de altura (como mostrado na figura 3), de modo em que, a cada momento
em que a bola alcançava sua velocidade final nula, foi coletada sua altura em relação ao centro
de massa da bola.
O valor de “t0” calculado foi de 0,32 ± 0,002 , utilizando a fórmula acima e considerando
as incertezas já propagadas.
Como explicitado anteriormente, a grandeza ‘g’ considerada para o cálculo foi obtida no
experimento 2, utilizando um pêndulo com bola maciça na sua extremidade livre e um
cronômetro “comum”. Após calculado, o “t0“ teórico foi usado na equação (2) para obtenção dos
valores de ‘ε’.
Δt n= 2 t0 εn (2)
Tabela 3 - Coeficiente de restituição da bola de pebolim:
Medição
εn
(scope)
ε1 ε2 ε3
Média 0,74
Incerteza 0,03
Dessa forma, foi possível calcular o coeficiente de restituição da bola de pebolim em
contato com uma superfície de granito, resultando no valor:
Tendo em vista que o coeficiente de restituição varia 0 < ε < 1 , o resultado obtido pode
ser considerado satisfatório para a bola de pebolim, uma vez que é notável uma variação de
altura significante entre as colisões com a base de granito.
Com o auxílio do programa ‘LabFit’ e dos dados coletados anteriormente, foi obtido o
gráfico 1, que descreve a equação Δt n = 2t0 εn , onde 2t0= A, e ε = B:
Com o gráfico foi possível obter o coeficiente de restituição da relação entre a bola de
ping pong (material sintético) e a base de granito e sua incerteza:
ε = (0, 90 ± 0, 03)
Sabendo que o coeficiente de restituição varia 0 < ε < 1 , tem-se que tal coeficiente é
alto para a bola de ping pong, o que é coerente, uma vez que a bola de ping pong teve uma
baixa variação de altura entre as colisões com a base de granito.
6 - Projeto
t0=
√
2H (1)
g
Como explicitado anteriormente, a grandeza ‘g’ considerada para o cálculo foi obtida no
experimento 2, utilizando um pêndulo com bola maciça na sua extremidade livre e um
cronômetro “comum”. Após calculado, o “t0“ teórico foi usado na equação (2) para obtenção dos
valores de ‘ε’.
Medição
εn
(scope)
ε1 ε2 ε3
Média 0,85
Incerteza 0,06
Sabendo que o coeficiente de restituição varia 0 < ε < 1 , temos que o coeficiente de
restituição da bola de ping pong é alto, ε = (0, 85 ± 0, 06) , o que é coerente com o resultado
esperado, uma vez que a bola de ping pong teve uma baixa variação de altura entre as
colisões com a base de granito, como foi apresentado na Tabela 5.
Comparando o resultado do coeficiente de restituição encontrado pelo aplicativo com o
resultado calculado pelo método gráfico utilizando o osciloscópio, nota-se uma pequena
variação de aproximadamente 5,5%, o que provavelmente foi ocasionado pela maior exatidão
do aplicativo em relação ao osciloscópio, devido à baixa resolução. Portanto, pode-se concluir
que o uso do aplicativo foi viável para a determinação do coeficiente de restituição.
7 - Conclusão
Analisando todo os dados obtidos nos itens anteriores, pode-se concluir que os
métodos aplicados para a medição do coeficiente de restituição foram aceitáveis e que os
resultados obtidos foram compatíveis.Também foi possível concluir que a metodologia de bater
o estilete sobre o granito, para demarcar o tempo de abandono da bola, foi apropriada para a
medição de t0. Comparando o valor de t0 obtidos por cálculos teóricos e experimentalmente,
percebeu-se que o valor foi aproximadamente o mesmo, t0=(0,32 ± 0,02)s.
Para esse experimento, a utilização de equipamentos laboratoriais como microfones de
eletreto, amplificadores e osciloscópio foi adequada ao experimento, assim como aparelhos
mais simples, como o aplicativo para celular, também foram viáveis para a medição do
mensurando, como foi apresentado no projeto.
Considerando, primeiramente, apenas os experimentos que utilizaram o osciloscópio,
verificou-se uma maior precisão nos valores do coeficiente de restituição calculados, devido à
maior resolução do equipamento. No caso do celular, a precisão foi menor, devido à baixa
resolução da captação do som pelo aplicativo Lexis Audio Editor.O valor calculado para o
coeficiente de restituição da bola de pebolim em contato com a superfície de granito foi
εpebolim=(0,74 ± 0,03). Para a bola de ping pong, o valor do coeficiente de restituição para a
superfície de granito, pelo método gráfico e utilizando o celular, respectivamente, foram de
εpinggraf=(0,90 ± 0,03) e εpingcel=(0,85 ± 0,06); valores compatíveis para um mesmo mensurando.
Portanto, pôde-se concluir que o valor medido para o mensurando foi compatível com
os dados obtidos empiricamente, como a altura máxima atingida após cada impacto com a
base de granito.
8 - Referências
1. Roteiro da parte experimental
Disponível em:
<https://docs.google.com/viewer?a=v&pid=sites&srcid=ZGVmYXVsdGRvbWFpbnxlc3RvMDE3
MTd8Z3g6MWY0MGMyN2ZmZjNlM2NiNA > Acesso em: 15.Nov. 2017
7. Tabelas com valores para coeficiente de restituição de diferentes materiais
ROBORTELA, AVELINO e EDSON. Coeficiente de Restituição em Colisões (e).
TCFisicaNet. Disponível em:
<www.apice.coop.br/fisicanet/TabelasConstantes/Coeficientesderestituicao.htm
>. Acesso em: 19.Nov.2017.
9 - Apêndice
Σ(t m −t i )²
σ t=
√ (n−1)
Σ(t m −t i )²
σ t=
√ n(n−1)
Tem-se a equação 1, na qual as fontes de incerteza são o valor de g e H:
t0=
√
2H (1)
g
E a equação 2, na qual as fontes de incerteza para o valor de ε são o valor de tn e o
valor de t0 calculado acima:
Δt n= 2 t0 εn (2)
√
n ΔT n
ε= 2T o
∂ε ∂ε
σ T n² + ( ∂T
( ∂T n )². o )²
σ ε² B = σ T o²
σ ε² = σ ε² A+ σ ε² B
1) Como você espera que variem as medidas de t0 (tempo de queda até o primeiro impacto),
obtidas para diversas bolas? Em teoria, estes valores deveriam ser diferentes? Comente.
2) Comente sobre as principais fontes de incertezas nos procedimentos de medição do
coeficiente de restituição.
As principais fontes de incertezas foram a paralaxe do operador (na altura inicial dos
abandonos da bola e no reflexo para o início do tempo pelo osciloscópio) e a incerteza
instrumental do osciloscópio. Porém a incerteza instrumental do osciloscópio foi muito menor
do que a paralaxe do operador, portanto foi viável o considerar apenas a paralaxe como
incerteza.
3) Faça uma tabela comparativa dos valores de coeficiente de restituição obtidos através dos
diferentes métodos utilizados. Avalie se, com as incertezas estimadas, os métodos utilizados
são compatíveis. Utilize o conceito de erro normalizado (Enorm) para esta comparação:
| ε −ε |
E norm = | 1 2 2 2 || (14)
|
| √ 1 2|
u −u
Tabela 7 - Coeficientes de restituição para diferentes materiais de acordo com o
método utilizado:
Materiais
Tabela 8 - Valores para Enorm de acordo com o método e material:
Materiais
Osciloscópio 1,67
Enorm =
------------
Gráfico 1
Enorm = ------------
A partir desses dados, é possível perceber que os resultados obtidos para a bola de
ping pong são compatíveis com os valores presentes na literatura. Entretanto, o coeficiente de
restituição da bola de pebolim não condiz com as grandezas literárias.
4) Comente o efeito da base de granito no ensaio. Ela afeta os resultados? Sua massa
afeta os resultados?
A base de granito é fundamental para tal medida, pois o coeficiente de restituição que
foi calculado é o coeficiente de restituição entre a bola e a base de granito, logo ele afeta os
resultados, porém não é sua massa que os afeta, e sim o seu material.
Como avaliado na questão 3, os valores obtidos para a bola de ping pong são
condizentes com a teoria, algo que não foi observado para a bola de pebolim. Entretanto, estes
cálculos não consideram incertezas para os valores literários (pois estas não foram fornecidas),
assim como outras dificuldades que possam ter sido encontradas durante a execução do
experimento.
Vale ressaltar, também, que apesar de o erro normalizado para a bola de ping pong
valer 1 (algo não previsto pela teoria), este valor aproxima-se de 1 pela esquerda. Esta
peculiaridade se dá pelo arredondamento do coeficiente obtido graficamente (de 0,8987 para
0,90), pela falta de incertezas presentes na literatura e pela coincidência nos valores de
incerteza e diferença entre o valor teórico e o encontrado, ambos sendo iguais a 0,03.
Logo, embora os cálculos para erro normalizado indiquem que há incoerência nos
resultados, é possível afirmar que os coeficientes calculados estão de acordo com os valores
teóricos.