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Universidade CEUMA

Turma: 301116 Sala: 203 Turno: Vesp.


Curso: Ciências Contábeis Disciplina: Teoria Geral da Administração
Equipe: Keyson CPD: 92934, Thayanne CPD: 91027, Paula CPD: 59606

Teoria da Contingencia.
A Teoria da Contingencia enfatiza que não há nada de absoluto nas organizações ou na
teoria administrativa. Tudo é relativo. Tudo depende. Surgiu a partir de várias pesquisas
feitas para verificar os modelos de estruturas organizacionais mais eficazes em determinados
tipos de empresas. Essas pesquisas foram contingentes no sentido em que procuraram
compreender e explicar o modo como as empresas funcionavam em diferentes condições que
variam de acordo com o ambiente ou contexto que a empresa escolheu como seu domínio de
operação. As contingências externas podem ser consideradas oportunidades e imperativos ou
restrições e ameaças que influenciam a estrutura e os processos internos da organização.
Pesquisa de Chandler sobre estratégia e estrutura realizou uma investigação histórica
sobre as mudanças estruturais de quatro grandes empresas norte-americanas – a DuPont, a
General Motors, a Standard Oil Co. de New Jersey e a Sears Roebuck & Co. – relacionando-
as com a estratégia de negócios para demonstrar como a estrutura dessas empresas foi sendo
continuamente adaptada e ajustada à sua estratégia.
A estratégia define a estrutura organizacional. Diferentes espécies de estruturas
organizacionais foram necessárias para tocar diferentes estratégias e enfrentar diferentes
ambientes. Assim, diferentes ambientes levam as empresas a adotar novas estratégias, e as
novas estratégias exigem diferentes estruturas organizacionais. Uma coisa leva à outra. Para
Chandler, as grandes organizações passaram por um processo histórico que envolveu quatro
fases.
1. Acumulação de recursos: as empresas preferiam ampliar suas instalações de produção a
organizar uma rede de distribuição.
2. Racionalização do uso dos recursos: As empresas verticalmente integradas tornaram-se
grandes e precisavam ser organizadas, pois acumularam mais recursos (instalações e pessoal)
do que necessário.
3. Continuação do crescimento: Como a velha estrutura funcional criada na fase anterior
não estava ajustada para essa diversificação, a nova estratégia de diversificar provocou o
surgimento de departamentos de pesquisa e desenvolvimento (P&D), engenharia de produto
e desenho industrial.
4. Racionalização do uso de recursos em expansão: a ênfase se concentra na estratégia
mercadológica para abranger novas linhas de produtos e novos mercados.
Tom Burns e G. M. Stalker, dois sociólogos, pesquisaram indústrias inglesas para
verificar a relação entre práticas administrativas e ambiente externo dessas indústrias.
Encontraram diferentes procedimentos administrativos nas indústrias e as classificaram em
dois tipos: organizações “mecanísticas” e “orgânicas”.

1. As organizações mecanísticas apresentam as seguintes características:


a. Estrutura burocrática baseada em uma minuciosa divisão do trabalho.
b. Cargos ocupados por especialistas com atribuições claramente definidas.
c. Decisões centralizadas e concentradas na cúpula da empresa.
d. Hierarquia rígida de autoridade baseada no comando único.
e. Sistema rígido de controle: a informação sobe por meio de filtros e as decisões descem por
meio de uma sucessão de amplificadores.
f. Predomínio da interação vertical entre superior e subordinado.
g. Amplitude de controle administrativo mais estreita.
h. Ênfase nas regras e procedimentos formais.
i. Ênfase nos princípios universais da Teoria Clássica.
2. As organizações orgânicas apresentam as seguintes características:
a. Estruturas organizacionais flexíveis com pouca divisão de trabalho.
b. Cargos continuamente modificados e redefinidos por meio da interação com outras
pessoas que participam da tarefa.
c. Decisões descentralizadas e delegadas aos níveis inferiores.
d. Tarefas executadas por meio do conhecimento que as pessoas têm da empresa como um
todo.
e. Hierarquia flexível, com predomínio da interação lateral sobre a vertical.
f. Maior amplitude de controle administrativo.
g. Maior confiabilidade nas comunicações informais.
h. Ênfase nos princípios de relacionamento humano da Teoria das Relações Humanas.
A conclusão de Burns e Stalker é que a forma mecanística de organização é apropriada
para condições ambientais estáveis, enquanto a forma orgânica é apropriada para condições
ambientais de mudança e inovação. Para ambos, parece haver um imperativo ambiental: é o
ambiente que determina a estrutura e o funcionamento das organizações.
Lawrence e Lorsch fizeram uma pesquisa sobre o defrontamento entre organização e
ambiente, que provocou o aparecimento da Teoria da Contingência. O nome Teoria da
Contingência derivou dessa pesquisa.
Todas as organizações apresentam características de diferenciação e integração.
1. Diferenciação: a organização é dividida em subsistemas ou departamentos, cada qual
desempenhando uma tarefa especializada para um contexto ambiental também especializado.
2. Integração: refere-se ao processo oposto à diferenciação e é gerado por pressões vindas
do ambiente da organização no sentido de obter unidade de esforços e coordenação entre os
vários departamentos.
Em função dos resultados da pesquisa, os autores formularam a Teoria da
Contingência: não existe uma única maneira melhor de organizar; ao contrário, as
organizações precisam ser sistematicamente ajustadas às condições ambientais. A Teoria da
Contingência apresenta os seguintes aspectos básicos:
1. A organização é de natureza sistêmica, isto é, ela é um sistema aberto.
2. As características organizacionais apresentam uma interação entre si e com o ambiente.
Isso explica a íntima relação entre as variáveis externas (como a certeza e a estabilidade do
ambiente) e as características da organização (diferenciação e integração organizacionais).
3. As características ambientais funcionam como variáveis independentes, enquanto as
características organizacionais são variáveis dependentes.
Acerca do Relativismo na administração, em suma, a Teoria da Contingência explica
que não há nada de absoluto nos princípios gerais de administração. Os aspectos universais e
normativos devem ser substituídos pelo critério de ajuste constante entre cada organização e
o seu ambiente e tecnologia.
Joan Woodward, socióloga industrial, organizou uma pesquisa para avaliar se a prática
dos princípios de administração propostos pelas teorias administrativas se correlacionavam
com o êxito do negócio.
As conclusões de Woodward são as seguintes:
1. O desenho organizacional é afetado pela tecnologia usada pela organização.
2. Há uma forte correlação entre estrutura organizacional e previsibilidade das técnicas de
produção.
3. As empresas com operações estáveis necessitam de estruturas diferentes das organizações
com tecnologia mutável.
4. Sempre há o predomínio de alguma função na empresa.
Em resumo, para Woodward há um imperativo tecnológico: a tecnologia adotada pela
empresa determina a sua estrutura e o comportamento organizacional.
Essas quatro pesquisas - de Chandler, de Burns e Stalker, de Lawrence e Lorsch e de
Woodward - revelam aspectos da dependência da organização em relação ao seu ambiente e
à tecnologia adotada. As características da organização não dependem dela própria, mas das
circunstâncias ambientais e da tecnologia que ela utiliza. Daí, a Teoria da Contingência que
mostra que as características da organização são variáveis dependentes e contingentes em
relação ao ambiente e à tecnologia. Isso explica a importância do estudo do ambiente e da
tecnologia.

Questões sobre Teoria Contingencial

1. (ESAF / DNIT / 2013) Teoria da administração que enfatiza que não há nada de absoluto
nas organizações ou nas teorias administrativas. “Tudo depende de...”. Tal abordagem
explica que existe uma relação funcional entre as condições do ambiente e as técnicas
administrativas apropriadas para o alcance eficaz dos objetivos da organização. Assim, pode-
se afirmar que condições e situações diferentes exigem técnicas diferentes de administrar.
Essas afirmativas pertencem à:

a) Abordagem Sistêmica da Administração.


b) Abordagem Comportamental da Administração.
c) Abordagem Estruturalista da Administração.
d) Abordagem Neoclássica da Administração.
e) Abordagem Contingencial da Administração

Comentário:
A teoria para a qual "tudo depende" é a Teoria Contingencial. Para ela, a forma de
administrar a organização dependerá das contingencias Impostas pelo ambiente onde a
organização se insere.

2. (ESAF/MPOG/APO/2010) O estudo da evolução do pensamento administrativo permite


concluir, acertadamente, que:

a) as Teorias Científica e das Relações Humanas são abordagens de sistemas abertos.


b) a Teoria das Relações Humanas despreza os objetivos organizacionais.
c) a Teoria da Contingência enfatiza a importância da tecnologia e do ambiente.
d) as Teorias Estruturalista e dos Sistemas refletem uma abordagem prescritiva e normativa.
e) a Teoria Comportamental concebe o funcionário como um 'homem social'.

Comentário:
A única alternativa que apresenta uma informação correta é a alternativa C. As outras
alternativas incorrem nos seguintes erros:

A) São abordagens de sistema fechado.


B) A teoria das relações humanas não despreza os objetivos da organização.
D) As teorias Estruturalista e dos Sistemas refletem uma abordagem explicativa e descritiva.
E) A teoria comportamental fala em “homem administrativo”
3. (FGV/SAD-PE/Analista de Gestão Administrativa/2009) De acordo com a Teoria das
Contingências, há dois tipos de sistemas organizacionais: mecanicistas e orgânicos. A esse
respeito, analise as afirmativas a seguir:

I. A rigidez é uma característica dos sistemas mecanicistas.


II. A previsibilidade é uma característica dos sistemas orgânicos.
III. O ambiente estável é uma característica dos sistemas orgânicos.

Assinale:
A) se somente a afirmativa I estiver correta.
B) se somente a afirmativa II estiver correta.
C) se somente a afirmativa III estiver correta.
D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
E) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.

Comentário:
Vamos analisar cada um dos itens:
I. A rigidez é uma característica dos sistemas mecanicistas. Certo. Sistemas mecanicistas são
rígidos e sistemas orgânicos são flexíveis.
II. A previsibilidade é uma característica dos sistemas orgânicos. Errado. Os sistemas
mecanicistas é que seriam previsíveis, enquanto os orgânicos seriam imprevisíveis.
III. O ambiente estável é uma característica dos sistemas orgânicos. Errado. Ambientes
estáveis são os que se relacionam com os sistemas mecanicistas. Os sistemas orgânicos
encontram-se em ambientes instáveis.
Assim, apenas o item I está correto.

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