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CONCEITO
Minifúndio
Latifúndio
CARACTERÍSTICAS
Forma de intervenção do Estado na propriedade
Especificidade
Transitoriedade
Atrelamento a uma Política Agrária eficiente
Natureza Constitucional
Redimensionamento das áreas mínimas e máximas da
terra (entre 1 e 600 módulos),
MÉTODOS DE REFORMA AGRÁRIA
Método Coletivista
Método Privatista
COMPETÊNCIA
MST E ESBULHO POSSESSÓRIO
FORMAS DE DISTRIBUIÇÃO DE TERRAS RURAIS
Títulos de domínio
Concessão de uso
Concessão de direito real de uso (CDRU)
BENEFICIÁRIOS DA REFORMA AGRÁRIA
Ordem de preferência
Proibidos de se beneficiar
Deveres dos Beneficiários
OCUPAÇÃO DE LOTE SEM AUTORIZAÇÃO DO INCRA
Concurso não se faz para passar, mas até passar. Porrada na preguiça! A fila anda e a catraca seleciona. É nóis, playboy!!!
É a reorganização da estrutura fundiária com o objetivo de promover a distribuição mais justa
das terras.
Considera-se reforma agrária o conjunto de medidas que visem a promover melhor distribuição
da terra, mediante a modificação do regime de sua posse e de seu uso, a fim de atender ao princípio de
justiça social e de aumento da produtividade.1
Visa evitar o subaproveitamento da terra pela existência de latifúndios e minifúndios. Na prática,
a reforma agrária proporciona2:
1
http://blogardireito.blogspot.com.br/2014/03/02-direito-agrario-reforma-agraria.html
2
http://www.incra.gov.br/reforma_agraria
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imóvel rural de área e possibilidades inferiores às da propriedade familiar3 (Lei nº 4.504/64, art.
4º, IV).
Em razão de sua pequena área, torna inviável o progresso pleno de seus proprietários, devendo
ser gradualmente extinto.
OBS.: Qual é a diferença entre módulo rural e módulo fiscal?
Módulo rural Módulo fiscal
MINIFÚNDIO
é calculado para cada imóvel é estabelecido para cada
rural em separado, e sua área município, e procura refletir a
reflete o tipo de exploração área mediana dos Módulos
predominante no imóvel rural, Rurais dos imóveis rurais do
segundo sua região de município.
localização.
b) de área igual ou superior a 1 módulo até 600 módulos que seja mantido improdutivo ou
subaproveitado, mesmo que voltados para fins especulativos. (artigo 4º, V do Estatuto da Terra).
LATIFÚNDIO
OBS.: na categoria “latifúndio” podem existir tanto terras produtivas quanto
improdutivas.
OBS.2: A área do terreno não é o único fator de caracterização da terra como
“latifúndio”, pois também é levado em consideração o nível de aproveitamento da terra.
Ex.: um pequeno imóvel de dois módulos rurais e que seja improdutivo pode ser
considerado como latifúndio.
3
Lei nº 4.504/64 Art. 4º Para os efeitos desta Lei, definem-se:
II - "Propriedade Familiar", o imóvel rural que, direta e pessoalmente explorado pelo agricultor e sua família, lhes absorva toda a força de trabalho,
garantindo-lhes a subsistência e o progresso social e econômico, com área máxima fixada para cada região e tipo de exploração, e eventualmente trabalho com a
ajuda de terceiros;
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Módulo Fiscal:
Corresponde à àrea mínima necessária a uma propriedade rural para que sua exploração seja economicamente viável.
Ele reflete a média dos módulos rurais do município.
O tamanho do módulo fiscal para cada município está fixado através de Instruções especiais (IE) expedidas pelo INCRA.
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CARACTERÍSTICAS
FORMA DE INTERVENÇÃO
Entre os principais instrumentos da reforma agrária estão a desapropriação e a
DO ESTADO NA
tributação;
PROPRIEDADE
Cada país adotará um método ou modelo de Reforma Agrária que se adapte melhor às
ESPECIFICIDADE
suas peculiaridades;
A distribuição de terras deve ser implementada em conjunto com medidas que garantam
o cumprimento da função social da propriedade, por exemplo:
ATRELAMENTO A UMA
Concessão de linhas de crédito,
POLÍTICA AGRÁRIA
EFICIENTE
Acesso a equipamentos,
Subsídios governamentais,
etc.
A Reforma Agrária lança suas raízes no texto constitucional, que consagrou como
NATUREZA objetivo fundamental a justiça social (artigo 3º, I), além de erigir tal valor como vetor de
CONSTITUCIONAL observância da ordem econômica (artigo 170), da ordem social (artigo 193) e tratar
profundamente da função social da propriedade.
REDIMENSIONAMENTO
DAS ÁREAS MÍNIMAS E
MÁXIMAS DA TERRA Contribui para a extinção do minifúndio e do latifúndio.
(ENTRE 1 E 600
MÓDULOS),
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A doutrina registra dois métodos de realização da reforma agrária, variáveis à medida em que
prevaleça esta ou aquela visão ideológica.
Apregoado pela CF/88, na perspectiva deste método, se admite a redistribuição da terra, sobre a
qual se confere propriedade privada, segundo uma orientação de que os bens existem para satisfação do
MÉTODO
homem (“a terra pertence a quem a explora), não constituindo a propriedade um direito absoluto, já que
PRIVATISTA
o seu exercício em prol do bem comum é condição de sua manutenção.
É próprio do sistema capitalista.
A competência para a desapropriação para fins de reforma agrária é exclusiva da União e foi
delegada ao INCRA.
5
Cria o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), extingue o Instituto Brasileiro de Reforma Agrária, o Instituto Nacional de
Desenvolvimento Agrário e o Grupo Executivo da Reforma Agrária e dá outras providências.
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As Superintendências Regionais (SR) são órgãos descentralizados responsáveis pela coordenação e execução das ações do Incra nos estados.
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“Concessão de uso pode ser definida como uma modalidade de contrato administrativo,
submetido ao regime jurídico de direito público, firmado por órgão ou entidade da Administração
Pública, cujo objetivo é o uso privativo de bem público.”
CONCESSÃO DE USO OBS.: “A concessão de uso apresenta natureza jurídica obrigacional, não tem
caráter precário – como a autorização de uso e a permissão de uso –, pode ser
onerosa ou gratuita e deve ser precedida de licitação, excetuadas as hipóteses legais
que admitem contratação direta.”7
7
https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/115/edicao-1/concessao-de-uso
8
https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/16/edicao-1/concessao-de-direito-real-de-uso
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ambientais essenciais para sua reprodução física e cultural, por meio de concessão
de direito real de uso. É o que está posto no art. 6º, § 3º, da citada lei
§ 3o O Poder Público poderá, com base em condicionantes
socioambientais definidas em regulamento, regularizar posses de
comunidades locais sobre as áreas por elas tradicionalmente ocupadas ou
utilizadas, que sejam imprescindíveis à conservação dos recursos
ambientais essenciais para sua reprodução física e cultural, por meio de
concessão de direito real de uso ou outra forma admitida em lei,
dispensada licitação.
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PROIBIDOS DE SE BENEFICIAR
Lei nº 8.629/93 Art. 20. Não poderá ser selecionado como beneficiário dos projetos de
assentamento a que se refere esta Lei quem: (Redação dada pela Lei nº 13.465, de 2017)
I - for ocupante de cargo, emprego ou função pública remunerada; (Incluído pela Lei nº
13.465, de 2017)
III - for proprietário rural , exceto o desapropriado do imóvel e o agricultor cuja propriedade
seja insuficiente para o sustento próprio e o de sua família; (Incluído pela Lei nº 13.465, de 2017)
V - for menor de dezoito anos não emancipado na forma da lei civil; ou (Incluído pela Lei nº
13.465, de 2017)
VI - auferir renda familiar proveniente de atividade não agrária superior a três salários
mínimos mensais ou superior a um salário mínimo per capita. (Incluído pela Lei nº 13.465,
de 2017)
§ 1o As disposições constantes dos incisos I, II, III, IV e VI do caput deste artigo aplicam-
se aos cônjuges e conviventes, inclusive em regime de união estável, exceto em relação ao
cônjuge que, em caso de separação judicial ou de fato, não tenha sido beneficiado pelos programas
de que trata o inciso II do caput deste artigo.
§ 2o A vedação de que trata o inciso I do caput deste artigo não se aplica ao candidato que
preste serviços de interesse comunitário à comunidade rural ou à vizinhança da área objeto do projeto
de assentamento , desde que o exercício do cargo, do emprego ou da função pública seja compatível
com a exploração da parcela pelo indivíduo ou pelo núcleo familiar beneficiado.
§ 3o São considerados serviços de interesse comunitário, para os fins desta Lei, as atividades
prestadas nas áreas de saúde, educação, transporte, assistência social e agrária.
§ 4o Não perderá a condição de beneficiário aquele que passe a se enquadrar nos incisos I,
III, IV e VI do caput deste artigo, desde que a atividade assumida seja compatível com a
exploração da parcela pelo indivíduo ou pelo núcleo familiar beneficiado.
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Segundo Flavia Trentini: “Importante observar que, diferentemente dos contratos típicos
já existentes (parceria e arrendamento), o contrato de integração não regula relações que têm
como objeto central a cessão do imóvel rural, mas, sim, a matéria-prima, ou seja, as atividades
que implicam o desenvolvimento de um ciclo biológico animal ou vegetal a suprir a demanda
agroindustrial. Verifica-se claramente a consolidação jurídica da empresa agrária, que, neste caso,
passa a ser integrante do agronegócio, ou seja, está envolvida com outra empresa responsável
pelo processamento, distribuição e consumo dos produtos agropecuários in natura ou
industrializados.”11
9
Produtor integrado ou integrado: produtor agrossilvipastoril, pessoa física ou jurídica, que, individualmente ou de forma associativa, com ou sem a
cooperação laboral de empregados, se vincula ao integrador por meio de contrato de integração vertical, recebendo bens ou serviços para a produção e para o
fornecimento de matéria-prima, bens intermediários ou bens de consumo final;
10
Integrador: pessoa física ou jurídica que se vincula ao produtor integrado por meio de contrato de integração vertical, fornecendo bens, insumos e
serviços e recebendo matéria-prima, bens intermediários ou bens de consumo final utilizados no processo industrial ou comercial;
11
https://www.conjur.com.br/2017-nov-10/direito-agronegocio-contrato-integracao-contrato-tipico-agrario
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I - ocupação e exploração da parcela pelo interessado há, no mínimo, um ano, contado a partir
de 22 de dezembro de 2016; (Incluído pela Lei nº 13.465, de 2017)
III - observância pelo interessado dos requisitos de elegibilidade para ser beneficiário da
reforma agrária; e (Incluído pela Lei nº 13.465, de 2017)
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§ 3o Caso a capacidade do projeto de assentamento não atenda todos os candidatos selecionados, será elaborada lista dos candidatos excedentes,
com prazo de validade de dois anos, a qual será observada de forma prioritária quando houver substituição dos beneficiários originários dos lotes, nas hipóteses
de desistência, abandono ou reintegração de posse. (Incluído pela Lei nº 13.465, de 2017)
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§ 2o Na implantação do projeto de assentamento, será celebrado com o beneficiário do programa de reforma agrária contrato de concessão de uso,
gratuito, inegociável, de forma individual ou coletiva, que conterá cláusulas resolutivas, estipulando-se os direitos e as obrigações da entidade concedente e dos
concessionários, assegurando-se a estes o direito de adquirir título de domínio ou a CDRU nos termos desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 13.001, de 2014)