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Filosofia e Teoria do Direito

Filosofia do Direito I

SÍNTESE DA DISCIPLINA
Rafael Faria Basile
Sumário

1. As origens do pensamento Filosófico ......................................................................... 3


1.1 Os pré-socráticos .................................................................................................. 3
1.1.1 A physis como tema fundamental da filosofia .......................................... 3
1.1.2 Pitágoras e o Pitagorismo ........................................................................ 3
1.1.3 O debate entre Eleatas e Milesianos ........................................................ 3
1.2 Sócrates e os Sofistas ......................................................................................... 4
1.2.1 A concentração da filosofia em Atenas .................................................... 4
1.6.1.3 A política como eixdo de sustentação da filosofia .................................... 4
1.6.1.3 Diálogos e o método socrático e sua influência histórica ......................... 4

2. Platão: discípulo de Sócrates ....................................................................................... 6


2.1 Platão e a Tentativa de Superação do debate entre eleatas e milesianos............ 6
2.1.1 A república e o conceito de justiça em Platão .......................................... 5
2.1.2 Aristóteles e a influência platônica ........................................................... 5
3. Aristóteles e o zoon politikon ............................................ Erro! Indicador não definido.
3.1 A resposta aristotélica ao proioblema fundamental do pensamento de Platão ..... 3
3.1.1 A Ética a Nicômaco e o conceito aristotélico de justiça ............................ 5

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UNIDADE I – AS ORIGENS DO PENSAMENTO FILOSÓFICO

Temas fundamentais da Filosofia

- Pré-socráticos: a arché  physis (ex.: Tales, Pitágoras, Heráclito, Parmênides, Zenão)

- Humanismo e período clássico: política e retórica (Ex.: Sofistas, Sócrates, Platão, Aristó-
teles)

- Helenismo: a felicidade entendida como autarquia na vida privada, atingida por meio da
ataraxia (Ex.: Epicuro, Zenão, Pirron)

- Pitágoras e o Pitagorismo
• O número (arithmos) e a natureza do mundo
• Toda a realidade pode ser explicada por intermédido do dualismo: par/ímpar;
limitado;ilimitado

- Os milesianos
• Defendiam que o fundameno de todas as coisas está no obscuro, aquilo que se
oculta à nossa realidade;
• O rio: permanência aparente e mudança real
• “Tudo muda e nada permanece como está”  devir (entendido como conflito de
contrários)
• Nada pode ser compreendido sem seu oposto
• Segundo os milesianos, a imobilidade é uma ilusão e todas as coisas estão em
permanente mudança

- Os eleatas
• “É preciso dizer do ser, que ele é, e do não-ser, que ele não é”
• O ser não pode se originar do nada
• O ser não pode ser transformar no nada
• O fundamento de todas as coisas é a Existência  eternidade  perfeição 
imobilidade
• Ilusão do movimento, visto que apenas podemos explicar o imobilismo das coisas
• Imobilismo do ser e possibilidade de se pensa-lo.

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UNIDADE II - SÓCRATES E OS SOFISTAS
• Em comum com os sofistas: preocupações antropológicas (X cosmológicas)
• Crítica ao relativismo dos sofistas
• Trasímaco e Protágoras
• “Conhece-te a ti mesmo”  “Só sei que nada sei”
• Método: maiêutica, ironia, diálogo e aporias  O problema da definição
• Enkrateia (governo de si)  alma (psyché) bem governada (o homem é sua alma)
• Ética  Conhecimento

Seu principal discípulo Platão (328 a.c. – 348 a.c.), na obra Apologia de Sócrates
relata de que modo seu mestre foi conduzido à condenação: beber cicuta, um veneno que
proporciona uma morte tranquila e sem dor.
O relato feito por Platão se divide em três momentos. No primeiro, Sócrates exami-
na e refuta as acusações lançadas contra si:

"Não tenho outra ocupação senão a de vos persuadir a todos, tanto


velhos como novos, de que cuideis menos de vossos corpos e de
vossos bens do que da perfeição de vossas almas, e a vos dizer que
a virtude não provém da riqueza, mas sim que é a virtude que traz a
riqueza ou qualquer outra coisa útil aos homens, quer na vida públi-
ca quer na vida privada. Se, dizendo isso, eu estou a corromper a
juventude, tanto pior; mas, se alguém afirmar que digo outra coisa,
mente".

Aqui, Sócrates, em sua defesa, deixa claro o sentido do famoso adágio que afirma
“apenas sei que nada sei”:

Considerai bem a razão por que digo isso: estou para demonstra-
vos de onde nasceu a calúnia. Em verdade, ouvindo isso, pensei:
que queria dizer o deus e qual é o sentido de suas palavras obscu-
ras? Sei bem que não sou sábio, nem muito nem pouco: o que quer
dizer, pois, afirmando que sou o mais sábio? Certo não mente, não é
possível. E fiquei por muito tempo em dúvida sobre o que pudesse
dizer; depois de grande fadiga resolvi buscar a significação do se-
guinte modo: Fui a um daqueles detentores da sabedoria, com a in-

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tenção de refutar, por meio dele, sem dúvida, o oráculo, e, com tais
provas, opor-lhe a minha resposta: Este é mais sábio que eu, en-
quanto tu dizias que eu sou o mais sábio. Examinando esse tal: –
não importa o nome, mas era, cidadãos atenienses, um dos políti-
cos, este de quem eu experimentava essa impressão. – e falando
com ele, afigurou-se-me que esse homem parecia sábio a muitos
outros e principalmente a si mesmo, mas não era sábio. Procurei
demonstrar-lhe que ele parecia sábio sem o ser. Daí me veio o ódio
dele e de muitos dos presentes. Então, pus-me a considerar, de mim
para mim, que eu sou mais sábio do que esse homem, pois que, ao
contrário, nenhum de nós sabe nada de belo e bom, mas aquele
homem acredita saber alguma coisa, sem sabê-la, enquanto eu, co-
mo não si nada, também estou certo de não saber. Parece, pois, que
eu seja mais sábio do que ele, nisso – ainda que seja pouca coisa:
não acredito saber aquilo que não sei. Depois desse, fui a outro da-
queles que possuem ainda mais sabedoria que esse, e me pareceu
que todos são a mesma coisa. Daí veio o ódio também deste e de
muitos outros. (Os pensadores, Sórcrates. 4ª ed. São Paulo, Nova
Cultural)

No segundo momento, Sócrates dialoga com Meleto, seu acusador, questionando


o sentido da imputação de que corrompia a juventude; aqui, o acusador se torna, surpre-
endentemente, pois impõe a Sócrates ter corrompido aquilo que o próprio Meleto sequer
sabia definir ao certo.

Em nenhum momento de sua defesa — segundo o relato pla-


tônico — Sócrates apela para a bajulação ou tenta captar a mi-
sericórdia daqueles que o julgavam. Sua linguagem é serena
— linguagem de quem fala em nome da própria consciência e
não reconhece em si mesmo nenhuma culpa. Chega a justificar
o tom de sua autodefesa: "Parece-me não ser justo rogar ao ju-
iz e fazer-se absolver por meio de súplicas; é preciso esclare-
cê-lo e convencê-lo". Embora a demonstração pública da in-
consistência dos argumentos de seus acusadores e embora a
tranqüila e reiterada declaração de inocência — e talvez justa-
mente por mais essas manifestações de altaneira independên-
cia de espírito —, Sócrates foi condenado. Mesmo para uma

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democracia como a ateniense, ele era uma ameaça e um es-
cândalo: a encarnação, para a mentalidade vulgar, do "escân-
dalo filosófico" que, ali mesmo em Atenas, acarretara a perse-
guição de Anaxágoras de Clazômena, que se viu obrigado a
fugir. Como era de praxe, após o veredicto da condenação,
Sócrates foi convidado a fixar sua pena. Meleto havia pedido
para o acusado a pena de morte. Mas seria fácil para Sócrates
salvar-se: bastava propor outra penalidade, por exemplo pagar
uma multa, como chegaram a lhe sugerir os amigos. Afinal, fo-
ra difícil obter um veredicto de culpabilidade: havia sido conde-
nado por uma margem de apenas sessenta votos. Qualquer
pena moderada que ele mesmo propusesse seria certamente
acatada com alívio por aquela assembléia constrangida por
condenar um cidadão que, apesar de suas excentricidades e
de suas atitudes muitas vezes irreverentes e incômodas, apre-
sentava aspectos de indiscutível valor. Afinal, era aquele o Só-
crates que não se havia deixado corromper pelos tiranos, ini-
migos da democracia, e que lutara bravamente na guerra por
sua cidade e por seu povo. Bastava que declarasse estar dis-
posto a pagar algumas moedas — e todos sairiam dali satisfei-
tos consigo mesmos, por terem cumprido o "dever" de punir um
cidadão suspeito de atividades nocivas à cidade, e mais con-
tentes ainda por se sentirem magnânimos, ao permitirem que
continuasse vivendo.

Assim, Sócrates marca profundamente a história do Ocidente não apenas por


haver pautado seu esforço filosófico por uma concepção metodológica que se torna
estruturalmente relevante, mas por deixar importante herança aos filósofos que seguiram
sua tradição.

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UNIDADE II – PLATÃO: DISCIPULO DE SÓCRATES

“Cerca de 387 a.C. Platão funda em Atenas a Academia, sua própria


escola de investigação científica e filosófica. O acontecimento é da
máxima importância para a história do pensamento ocidental. Platão
torna-se o primeiro dirigente de uma instituição permanente, voltada
para a pesquisa original e concebida como conjugação de esforços
de um grupo que vê no conhecimento algo vivo e dinâmico e não um
corpo de doutrinas a serem simplesmente resguardadas e transmiti-
das. O que se sabe das atividades da Academia, bem como a obra
escrita de Platão e as notícias sobre seu ensinamento oral, testemu-
nham sobre essa concepção da atividade intelectual: antes de tudo
busca a inquietação, reformulação permanente e multiplicação das
vias de abordagem dos problemas, a filosofia sendo fundamental-
mente filosofar — esforço para pensar mais profunda e claramente.”
(Os pensadores, Sórcrates. 4ª ed. São Paulo, Nova Cultural)

• Platão e a tentativa de conciliar a polêmica entre eleatas e milesianos: a segunda


navegação, foi a característica fundamental de sua filosofia eis que pretendeu
explicar que tanto eleatas quanto milesianos estavam certos, mas diziam respeito a
duas realidades/ordens diversas da existência do universo.
• Para tanto, Platão pretendeu demonstrar que o mundo (realidade) é divido em um
mundo chamado “Mundo das Idéias” e um chamado “Mundo dos Sentidos”
• A doutrina das ideias de Platão também o levou a pensar uma esrutura social
estratificada, segundo a qua a cidade bem governada era composta por raças: raça
de ouro, raça de prata, raça de bronze e de ferro;
• Dentro de sua teoria, a justiça consistia em dar a cada um aquilo que lhe era
devido;
• Platão desenvolve, também, a doutrina das virtudes, segundo a qual Virtudes
cardeais: sabedoria, fortaleza (coragem), temperança e justiça
• Portanto, para Platão a Justiça era concebida como cada um fazer aquilo que lhe
compete (exercer sua virtude)

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UNIDADE IV – ARISTÓTELES E O ZOON POLITIKON

• O pensamento de Aristóteles se inicia com uma tentativa de resgatar a cosmologia


pré-socrática, pensando a realidade como dividida a partir das 4 raízes (fogo, ar,
terra e água) no mundo sublunar (mundo da imperfeição);
• Assim, Aristóteles pensou a existência de uma substância que fosse a explicação
de todas as coisas, nomeada pelo mesmo como “Éter”, que atuava no mundo
supra-lunar (mundo da perfeição) e explicava a ordenação do universo;
• A cosmologia aristotélica passa, assim, a pretender a demonstraçõa de que todas
as coisas tem um “Lugar natural”, é dizer, as coisas tendem a algo de certo modo
demonstrado na existência do universo.
• Porém, como aluno e crítico de Platão, Aristóteles começa a criticar a realidade
dividida, afirmando que Matéria e forma constituem uma única realidade (sínolo)
hilemorfismo
• Assim, a explicação da realidade não estaria no mundo dividido pensado por
Platão, mas no fato de que ”O ser passa da potência (dynamis) ao ato (energheia)”,
e esta passagem da potência ao ato que seria a explicação de toda a realidade:
techné e psyché
• Considerando que a explicação da realidade está na passagem do ato à potência
(atualização) o procedimento que viabiliza tal estrutura da realidade faz incider a
existência das quatro causas (causa material, causa formal, causa eficiente e
causa final);
• Aristóteles entendia que a causa final (aquilo a que todas as coisas tendem) é o
bem, corroborando sua dotrina de que todas as coisas tem um lugar natural;
• Portanto, Aristóteles afirmava que “O ser humano (anthropos) é por natureza um
animal político”, no sentido de que o lugar natural do ser humano é a polis, não
vista como local, mas sim como atividade que ali era desenvolvida;
• Segundo Aristóteles, “Só é ser humano aquele que pode participar da polis”
• Se o bem é aquilo a que cada coisa tente, e tendo o homem seu lugar natural na
polis, portanto a eudaimonia (realização plena da vida) é a única via de acesso da
qualidade de “humano” do homem;

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• Aristóteles desenvolve, assim, sua doutrina das virtudes para corroborar o fato de
que O bem específico do homem, e sua felicidade, está na alma racional, ou seja,
na política e na filosofia;
• Assim, apenas por intermédio do hábito (hexis), poderia o homem exercitar suas
virtudes;
• Segundo Aristóteles, as virtudes eram assim classificadas:
- Virtudes dianoéticas (da razão)  sophia (sapiência: conhecer o universal) e
phronesis (prudência, discernimento do particular): parte racional da alma;
- Virtude morais (ou do caráter) são um meio termo entre dois vícios: parte
sensitiva da alma;

• Nesse cenário, a Justiça se torna, segundo Aristóteles, a mais importante de todas,


visto que dela as outras dependem, e por ser uma virtude política por excelência, o
homem apenas encontra justificativa para sua vida no correto exercício da virtude
da Justiça:

Justo legal Legalidade eqüidade


(convencional)

Justiça
Distributiva Mérito
(Política) (proporcionalidade/
igualdade geométrica)
Igualdade refere-se ao governo

Justo natural Corretiva


(Igualdade
Aritmética)
Refere-se à troca de bens

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