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Apesar do tamanho e do peso que possuem, estes lagartos se locomovem com certa
rapidez no solo. As patas do dragão-de-komodo apresentam cinco garras grandes que
aparentemente são adaptadas para auxiliar a destrinchar carniças de animais, seu
principal alimento, e a cavar o solo, uma vez que esta espécie costuma se abrigar em
tocas subterrâneas. É um predador de topo de cadeia alimentare, portanto, não possui
outros animais acima desta espécie na pirâmide alimentar. São lagartos que podem viver
em média por 30 anos.
Dragão de Komodo. Foto: Anna Kucherova / Shutterstock.com
O período reprodutivo desta espécie de lagarto geralmente ocorre entre maio e agosto e
envolvem lutas de machos por fêmeas e comportamentos de cortejo, como por exemplo,
os machos podem esfregar seu rosto nas fêmeas e passar a língua no dorso das mesmas.
Este e outros comportamentos adotados durante a época reprodutiva fazem parte do
ritual de acasalamento destas espécies de lagartos. Ao contrário da maioria das espécies
de lagartos, onde a poligamia é a estratégia reprodutiva mais utilizada, os dragões-de-
Komodo podem ser monogâmicos, ou seja, o macho permanece com a mesma parceira
sexual durante toda a vida. As fêmeas são ovíparas e depositam em média ninhadas de
30 ovos por estação reprodutiva preferencialmente em ninhos abandonados
de Megapodius reinwardt (ave da família Megapodiidae) e são incubados
aproximadamente por oito meses antes de eclodirem. As fêmeas desta espécie também
podem se reproduzir sem terem sido fecundadas por um macho, através
de partenogênese. Apesar de não ser um evento comum, alguns cientistas sugerem que a
partenogênese é uma estratégia reprodutiva que permite que as fêmeas sozinhas
colonizem novos nichos ecológicos em ambientes isolados como, por exemplo, novas
ilhas.
Referências Bibliográficas:
Fry, B. G., et al. 2009. A central role for venom in predation by Varanus komodoensis
(Komodo dragon) and the extinct giant Veranus (Megalania) priscus. Proceedings of the
National Academy of Sciences 22(106): 8969–8974.
Pianka, E. R. & D. R. King, eds. 2004. Varanoid Lizards of the World. Indiana
University Press, 599 p.