Documentos de Académico
Documentos de Profesional
Documentos de Cultura
“A Ceia do Senhor é um encontro terreno com o Cristo celeste”, diziam os puritanos. Nisso
concordaram com o ensinamento de João Calvino (1509-1564)2. John Knox (c. 1505–1572), o elo
entre Calvino e o Puritanismo Britânico 3, escreveu que assim como Cristo disse “ele mesmo foi o
pão vivo, com o qual nossas almas são alimentadas para a vida eterna”, assim Cristo, “ao
apresentar o pão e o vinho para comer e beber, ele nos confirma e nos sela sua promessa e
comunhão... e nos representa e torna claro para os nossos sentidos os seus dons celestes; e também
nos dá a si mesmo, para ser recebido com fé, e não com a boca, nem ainda por transfusão de
substância. Mas assim, através da virtude [poder] do Espírito Santo, que nós, sendo alimentados
com sua carne e revigorados com seu sangue, possamos ser renovados tanto para a verdadeira
piedade quanto para a imortalidade”4.
Então, “recebemos Jesus Cristo espiritualmente” na Ceia do Senhor5.
Stephen Charnock (1628–1680) disse sobre a Ceia: “Há nesta ação mais comunhão com
Deus… do que em qualquer outro ato religioso… Não estamos tão perto de uma comunhão com
uma pessoa, seja pedindo algo que queremos, ou devolvendo-lhe graças por um favor recebido,
como temos por sentar com ele à sua mesa, participando do mesmo pão e da mesma taça 6.” Ele
explicou: “Cristo é realmente apresentado a nós, e a fé realmente leva encerra-se com ele,
hospeda-o na alma, faz dele um morador interno; e a alma tem comunhão espiritual com ele em
sua vida e morte, como se realmente comêssemos sua carne e bebêssemos seu sangue, apresentado
a nós nos elementos7.”
John Willison (1680–1750) escreveu que ao participar da Ceia devemos exercitar uma
lembrança de Cristo que é cheia de reverência, luto de coração partido pelos nossos pecados, ódio
contra os nossos pecados, gratidão e confiança em Cristo pela justificação completa de nossos
pecados. Ele escreveu: “Nossos corações devem até queimar com afeição a ele, quando nos
lembramos dos grandes dilúvios de ira que atingem a alma de Cristo e, no entanto, não puderam
afogar seu amor por nós.8” É fácil entender por que os puritanos, que tinham uma visão tão elevada
da Ceia do Senhor, atribuíam tanto valor à compreensão do sacramento bíblico e à prática espiritual.
1 Título original: The Puritans on the Lord’s Supper. Postado em três pastes por Joel Beeke em 16 de Fev de 2018 no site
http://www.meetthepuritans.com/blog
2 For primary sources on Calvin’s sacramental views: Treatises on the Sacraments, Catechism of the Church of Geneva, Forms of Prayer, and
Confessions of Faith, trans. Henry Beveridge (Grand Rapids: Reformation Heritage Books, 2002), 119–122, 163–579; Institutes of the Christian
Religion, ed. John T. McNeill, trans. Ford Lewis Battles (Philadelphia: Westminster Press, 1960), 4.14, 17–18.
3 On Knox’s role in transmitting the Genevan eucharistic liturgy to English Puritanism, see Stephen Mayor, The Lord’s Supper in Early English
Dissent(London: Epworth Press, 1972), 1–12.
4 John Knox, “A Summary, According to the Holy Scriptures, of the Sacrament of the Lord’s Supper,” in The Works of John Knox, ed. David
Laing (Edinburgh: The Bannatyne Club, 1854), 3:73.
5 Knox, “A Summary… of the Sacrament of the Lord’s Supper,” in Works, 3:75.
6 Stephen Charnock, “A Discourse of the End of the Lord’s Supper,” The Complete Works of Stephen Charnock (1865; repr., Edinburgh: Banner of
Truth Trust, 1983), 4:407.
7 Charnock, “The End of the Lord’s Supper,” in Works, 4:408.
8 John Willison, “A Sacramental Catechism,” in The Whole Works of the Reverend and Learned Mr John Willison (Edinburgh: J. Moir, 1798),
2:88–89.
Esta série abordará duas preocupações que estavam no coração dos puritanos quanto ao
tratamento da Ceia do Senhor: questões doutrinárias sobre seu significado e questões pastorais
sobre sua participação.
Hoje não é apreciado que os puritanos foram herdeiros dos debates da Reforma concernentes
à Ceia do Senhor. “Do ponto de vista moderno, as controvérsias eucarísticas do século XVI
parecem anticristãs”, escreve Thomas J. Davis. Ele disse: “O que se encontra é que a teologia
eucarística não era simplesmente sobre o ritual da igreja, mas sim sobre quem é Deus, como Deus
opera, como a humanidade é salva, onde Deus pode ser encontrado.9”
A Ceia do Senhor tornou-se o ponto focal dos debates doutrinários durante a Reforma.
Martinho Lutero (1483-1546) levou as igrejas da Reforma para longe da missa romana como um
contínuo sacrifício sacerdotal em que, pelo milagre da transubstanciação, a carne e o sangue de
Cristo são oferecidos novamente como sacrifício expiatório10. Para ter certeza, algumas das revoltas
protestantes contra a missa surgiram de abusos reconhecidos até mesmo pela Igreja Católica
Romana. Um erudito católico romano lamenta “a comercialização do sacrifício sagrado” pelo qual
as missas eram vendidas por padres gananciosos que prometiam a libertação do purgatório, e saúde
e prosperidade nesta vida11. No entanto, a divisão mais significativa entre a Igreja da Inglaterra e o
Papado nessa questão estava nas diferenças doutrinárias, e não nos abusos práticos 12. O reformador
inglês Thomas Cranmer (1489-1556), junto com Nicholas Ridley (c. 1500-1555) e John Bradford
(1510-1555), selaram sua oposição doutrinal à missa romana com suas próprias mortes durante as
perseguições marianas13. Durante o reinado de Isabel I (1558–1603), os Trinta e Nove Artigos da
Igreja da Inglaterra, ratificados em 1571, codificaram para as gerações subsequentes a rejeição
inglesa dos ensinamentos papistas sobre a Eucaristia (artigos 28–31)14.
Na época dos puritanos, as diferenças teológicas haviam se fortalecido entre os reformados e
os luteranos, apesar dos esforços de Calvino e Beza 15. Lutero ensinou que o corpo e o sangue de
Cristo estavam tão unidos aos elementos que eram local e fisicamente presentes e comidos com a
boca. Em contraste, Calvino ensinou que pela fé, os participantes da Ceia elevam seus “corações e
mentes ao alto, onde Jesus Cristo está, na glória de seu Pai, e de onde nós o procuramos para
9 Thomas J. Davis, This Is My Body: The Presence of Christ in Reformation Thought (Grand Rapids: Baker Academic, 2008), 13–14.
10 Transubstantiation is the doctrine that the elements of the Eucharist are physically transformed into the actual body and blood of Christ through a
change of substance though not in appearance. It was affirmed as church dogma by the Fourth Lateran Council (1215) and again, contra the
Reformers, at the Council of Trent (1551).
11 Francis Clark, S.J., Eucharistic Sacrifice and the Reformation, 2nd ed. (1967; repr., Devon: Augustine Publishing, 1981), 59. See Timothy
George,Theology of the Reformers (Nashville: Broadman, 1988), 146.
12 Clark, Eucharistic Sacrifice and the Reformation, 64.
13 For the writings of British Reformers against the Papist view of the Supper, see “A Defense of the True and Catholic Doctrine of the Sacrament
of the Body and Blood of Our Saviour Christ,” in The Remains of Thomas Cranmer (Oxford: Oxford University Press, 1833), 2:275–463;
Nicholas Ridley, A Brief Declaration of the Lord’s Supper (London: Seeley and Co., 1895); John Bradford, “Sermon on the Lord’s Supper,”
in The Writings of John Bradford (1848–1853; repr., Edinburgh: Banner of Truth Trust, 1979), 1:82–110; Thomas Becon, “The Displaying of the
Popish Mass,” in Prayers and Other Pieces (Cambridge: Cambridge University Press, 1844), 251–86; Knox, “A Vindication of the Doctrine that
the Sacrifice of the Mass Is Idolatry,” in Works, 3:29–70.
14 Philip Schaff, The Creeds of Christendom (1931; repr., Grand Rapids: Baker Books, 1998), 505–507.
15 E. Brooks Holifield, The Covenant Sealed (New Haven: Yale University Press, 1974), 4–26; Richard A. Muller, “Calvin on Sacramental
Presence, in the Shadow of Marburg and Zurich,” Lutheran Quarterly 23 (2009): 147–67. Jill Raitt, The Eucharistic Theology of Theodore
Beza: Development of Reformed Doctrine, AAR Studies in Religion, no. 4 (Chambersburg, Pa.: American Academy of Religion, 1972), 2–7.
nossa redenção” para serem feitos participantes do corpo e sangue de Cristo de uma maneira
espiritual, mas mesmo assim real16. Isso destaca a diferença entre Calvino e os puritanos. Há pouca
ênfase da participação celestial nos Puritanos. Em vez de elevar nossos corações a Cristo e
participar de Cristo nas alturas, os puritanos enfatizaram, como Thomas Cranmer, que Cristo chega
até nós no sacramento por Sua Palavra e Espírito, oferecendo-se como nossa comida e bebida
espirituais.
Os ensinamentos de Lutero foram influentes na reforma inglesa17. No entanto, Robert Barnes
(c. 1495-1540) parecia ser o único reformador inglês que adotou uma visão luterana da Ceia do
Senhor18. Nos séculos XVI e XVII, os escritos de Lutero continuaram a ser traduzidos para o inglês,
mas principalmente sobre o assunto da consolação espiritual através da justificação pela fé,
particularmente em seu comentário sobre Gálatas19. Sua visão da Ceia parecia ter tido pouco
impacto sobre os puritanos, que afirmavam a doutrina reformada da presença espiritual real,
enquanto rejeitavam a ideia papista de uma presença física ou corporal.
Os puritanos se opunham tanto às posições papistas quanto luteranas de que Cristo estava
fisicamente presente nos elementos da Ceia do Senhor 20. E. Brooks Holifield escreve: “Em sua
oposição à doutrina luterana e papista, os puritanos não eram ambíguos 21.” Por outro lado, os
puritanos não seguiram Zwínglio ou os anabatistas ao enfatizarem menos os sacramentos físicos 22.
Enquanto alguns puritanos tinham algumas tendências zwinglianas 23, a maioria dos puritanos
pertencia a um grupo mais calvinista. William Perkins (1558–1602) disse: “Mantemos o caminho
do meio, nem doamos muito nem pouco aos sacramentos”24.
16 See “The Manner of Celebrating the Lord’s Supper,” in Calvin’s Treatises on the Sacraments, 119–22. John Knox agreed with Calvin, teaching
that “as the only way to dispose our souls to receive nourishment, relief, and quickening of his substance, let us lift up our minds by faith above
all things worldly and sensible, and thereby enter into heaven, that we may find and receive Christ, where he dwelleth undoubtedly, very God
and very man, in the incomprehensible glory of his Father” (Charles W. Baird, Presbyterian Liturgies: Historical Sketches [repr., Eugene, Ore.:
Wipf & Stock, 2006], 123–24).
17 See Carl R. Trueman, Luther’s Legacy: Salvation and English Reformers, 1525–1556 (Oxford: Clarendon Press, 1994).
18 Carl. R. Trueman and Carrie Euler, “The Reception of Martin Luther in Sixteenth- and Seventeenth-Century England,” in The Reception of the
Continental Reformation in Britain, ed. Polly Ha and Patrick Collinson, Proceedings of the British Academy, 164 (Oxford: Oxford University
Press, 2010), 65–67.
19 Trueman and Euler, “The Reception of Martin Luther,” in The Reception of the Continental Reformation, 68–76.
20 See Perkins, “A Golden Chaine,” in Works, 1:75–76; Thomas Watson, The Lord’s Supper (Edinburgh: Banner of Truth Trust, 2004), 17–19;
Edward Reynolds, “Meditations on the Holy Sacrament,” The Whole Works of the Right Rev. Edward Reynolds (1826; repr., Morgan, Pa.: Soli
Deo Gloria, 1999), 3:68–72.
21 Holifield, The Covenant Sealed, 59.
22 Ulrich Zwingli, Writings (Allison Park, Pa: Pickwick Publications, 1984), 1: 92–127; 2:127–45, 187–369. For a recent appreciative survey, see
Bruce A. Ware, “The Meaning of the Lord’s Supper in the Theology of Ulrich Zwingli (1484–1531),” in The Lord’s Supper: Remembering and
Proclaiming Christ until He Comes, ed. Thomas R. Schreiner and Matthew R. Crawford (Nashville: B&H Publishing Group, 2010), 229–47.
23 See the discussion in Holifield, The Covenant Sealed, 59.
24 Perkins, “A Reformed Catholicke,” in Works, 1:611.
25 “Westminster Confession of Faith” (29.6), in Westminster Confession of Faith (1994; repr., Glasgow: Free Presbyterian Publications, 2003),
117–18.
perdoar os pecados e conferir graça espiritual ... Nenhuma parte da religião cristã foi tão vilmente
contaminada e abusada por miseráveis profanos, como esta ação pura e santa, e instituição de
nosso Salvador: testemunha o pavoroso monstro papista da transubstanciação e sua massa
idólatra.26” Jonathan Edwards (1703–1758) explicou: “O fim do sacramento não é que possamos
comer a carne e beber o sangue de Cristo sem uma metáfora. E se nós deveríamos sugerir algo tão
horrível e monstruoso como os papistas fazem em sua doutrina de transubstanciação, isso traria
algum benefício para nós?27”
Perkins disse que os sinais da Ceia não mudam com relação à sua “substância”, mas ao
serem separados “de um uso comum a um uso sagrado” 28. Ele refutou a doutrina da
transubstanciação com esses argumentos29:
(1) Como O corpo de Cristo poderia literalmente ser comido antes de ser crucificado? Seus
discípulos comeram o pão na primeira instituição da Ceia.
(2) O pão é dividido em partes, mas todo comunicante recebe todo o corpo de Cristo.
(3) O pão é a “comunhão” do corpo de Cristo (1 Coríntios 10:16) e, portanto, não é o próprio
corpo.
(4) Se isto fosse verdadeiramente o corpo de Cristo, esse corpo não seria feito apenas da
substância de Maria, mas também "do pão de padeiro"?
(5) Com o tempo, os restos do pão irão mofar e as sobras do vinho azedarão, provando que
retêm sua substância como alimento.
(6) A transubstanciação derruba a analogia entre um signo e o que ele representa, substituindo
o signo pela realidade.
A transubstanciação transforma o pão em um ídolo, disse Perkins, acrescentando: “Por este
meio, o pão é exaltado acima de homens e anjos, e é recebido na unidade da Segunda Pessoa” da
Trindade. Perkins disse que isso é evidente em como os papistas tratam o pão depois da ceia:
“Portanto, o hospedeiro (como é chamado) ou o pão na caixa, transportado em procissão e
adorado, não é nada mais que um deus de trigo ou pão e um ídolo, não inferior ao bezerro de
Aarão.30” Por essa razão, os puritanos objetaram à prática anglicana de se ajoelhar para receber a
Ceia, dizendo que isso implicava a adoração supersticiosa do pão e do cálice31.
26 John Owen, “Two Short Catechisms,” in The Works of John Owen, ed. William Goold (repr., Edinburgh: Banner of Truth Trust, 1991), 1:490–91.
27 Jonathan Edwards, Sermons on the Lord’s Supper (Orlando, Fla.: The Northampton Press, 2007), 5.
28 Perkins, “A Golden Chaine,” in Works, 1:71.
29 Perkins, “A Golden Chaine,” in Works, 1:76. For further Protestant polemics against the Mass published in English, see Alexander
Cooke, Worke, More Worke, and a Little More Worke for a Mass-Priest (London: Jones, 1628); David de Rodon, The Funeral of the Mass, or,
The Mass Dead and Buried without hope of Resurrection, trans. out of French (London: T. H. for Andrew Clark, 1677); Owen, “A Vindication of
the Animadversions on ‘Fiat Lux,’” in Works, 14:411–26; William Payne, The Three Grand Corruptions of the Eucharist in the Church of
Rome (London: for Brabazon Ayler, 1688); and three sermons: Edward Lawrence, “There Is No Transubstantiation in the Lord’s Supper”;
Richard Steele, “The Right of Every Believer to the Blessed Cup in the Lord’s Supper”; and Thomas Wadsworth, “Christ Crucified the Only
Proper Gospel-Sacrifice,” in Puritan Sermons, 1659–1689 (repr., Wheaton: Richard Owen Roberts, 1981), 6:453–529.
30 Perkins, “The Idolatrie of the last times,” Works, 1:680. For “bread-god” the original text says “breaden god.”
31 Prefeito, A Ceia do Senhor em Early English Dissent , 18-19, 50-51. Veja Willison, "Um Catecismo Sacramental", emWorks , 2:80.
Perkins estava disposto a reconhecer que a Ceia era um sacrifício de louvor pela morte de
Cristo na cruz e a apresentação de nós mesmos como sacrifícios vivos em resposta às Suas
misericórdias, acompanhados do sacrifício de esmolas dadas aos pobres (Heb. 13: 15– 16; Rom. 12:
1). Na Ceia, o sacrifício de Cristo é sacramentalmente presente nos símbolos e mentalmente
presente na lembrança dos comunicantes32.
Perkins rejeitou a noção de que o ministro serve como um sacerdote que oferece um real
sacrifício corporal de Cristo pelo perdão dos pecados, pois os puritanos reconheceram “somente a
oferta de oblação de Cristo na cruz uma vez oferecida”33. Ele apresentou os seguintes argumentos34:
1. O Espírito Santo diz nas Escrituras que "Cristo se ofereceu apenas uma vez" (Hb 9:15, 26;
10:10). A resposta papista de que isso se aplica a um sacrifício sangrento, mas não ao
sacrifício incruento da massa, não explica o ensinamento de que sem sangue não há
remissão de pecados (Hb 9:22). Essa distinção não é baseada nas Escrituras e, portanto, "é
apenas uma falsificação do cérebro do homem".
2. A oferta da substância de Cristo no sacrifício da missa deve continuar ou se repetir, o que
implica que a obra de Cristo na cruz estava incompleta (Hb 10: 1-3). Mas Cristo disse da
Sua obra: “Está consumado” (João 19:30).
3. Cristo nos ordenou a participar da Ceia em lembrança (Lucas 22:19), o que significa que
olhamos para trás para algo feito no passado, não algo acontecendo agora.
4. As Escrituras ensinam que Cristo não entregou seu sacerdócio para outro, mas continua
nele para sempre (Hb 7: 24-25). Sacerdotes humanos, se de fato oferecessem sacrifícios,
estariam tomando o lugar de Cristo como o único Sacerdote.
5. Se o sacerdote realmente oferece o corpo e o sangue de Cristo a Deus, esse sacerdote se
torna um mediador entre Deus e Cristo. É um absurdo para meros homens mediarem por
Cristo.
6. Os pais da igreja antiga e medieval disseram que o sacrifício de nossa adoração e o nosso
comer de Cristo são espirituais, não o consumo de sangue humano.
P: O que Deus requer de nós em nossa dependência dele, para que ele seja glorificado em nós, e nós sejamos
aceitos por ele?
R: Que nós o cultuemos em e pelos caminhos que Ele mesmo designou.
P: Como, então, essas formas e meios de cultuar a Deus são conhecidos por nós?
46 Thomas Doolittle, A Treatise Concerning the Lord’s Supper (Morgan, Pa.: Soli Deo Gloria Publications, 1998), 146.
47 Holifield, The Covenant Sealed, 54.
48 Holifield, The Covenant Sealed, 54, emphasis added.
49 Holifield, The Covenant Sealed, 61.
50 Jonathan Edwards, Select Works of Jonathan Edwards (London: Banner of Truth Trust, 1965), 391.
51 Willison, “A Sacramental Catechism,” in Works, 2:42.
52 Owen, “A Brief Instruction in the Worship of God,” in Woks, 15:447, 449–50, 462. See also William Ames, A Fresh Svit against Human
Ceremonies in God’s Worship (1633); George Gillespie, A Dispute against the English Popish Ceremonies Obtruded on the Church of
Scotland (1637; repr., Dallas, Tx.: Naphtali Press, 1993).
R: Somente na palavra escrita, que contém uma completa e perfeita revelação da vontade de Deus a respeito de
seu culto e todos assuntos concernentes a ele.
P: O que é principalmente para ser observado por nós na maneira da celebração do culto a Deus e a
observação das instituições e ordenanças do evangelho?
R: Que observemos e façamos tudo o que o Senhor Cristo nos mandou observar, da maneira que ele prescreveu;
e que não acrescentamos nada à observação [observância] deles que seja de invenção ou nomeação humana.