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A ortografia é a parte da gramática que trata da escrita correta das palavras.

Orto = do grego orto: certo, correto.


grafia = do grego grapho: grafia, escrita

Letra e Alfabeto
Nosso alfabeto hoje é composto oficialmente por 26 letras (grafemas).

ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ
As letras K, W e Y são empregadas apenas em alguns casos específicos, “ó” só:

- Em nomes próprios estrangeiros ou em derivados aportuguesados:


 Wagner
 Franklin
 Sheyla (que é? Vai dizer que nunca viu esse?)
 Charlys (esse também... registrado e tudo mais... normal)
 Kelly e Kely
Entre outros.

- Em algumas abreviações de símbolos de unidades internacionais


 K = potássio
 W = oeste
 w = watt
 Kg = quilograma*
 Km = quilômetro*
* A entrada recente das letras K, W e Y no alfabeto português não fez com que essas palavras
mudassem sua ortografia. A regra diz respeito apenas às suas respectivas abreviações.

Notações léxicas
Notações léxicas são os sinais gráficos que precisamos usar, obviamente na escrita, para
representar alguns sons da fala, os fonemas (Para entender melhor sobre os fonemas, vá à
aba ‘Fonética e Fonologia’ e acesse ‘Fonema’). O uso das tais notações torna-se necessário,
principalmente (há ressalvas… saiba) pelo fato de as 26 letras “nuas” do nosso alfabeto
não serem suficientes para representar todos os fonemas que somos capazes de produzir, por
isso, precisamos de "vesti-las". Há também o fator lexical, a formação lexical. Acompanhemos
a explicação para um melhor esclarecimento.

São notações oficiais da língua portuguesa:

Acento agudo (´) – usado para indicar a pronúncia aberta de uma vogal e para indicar a
tonicidade da sílaba em que essa estiver (Sempre!).

Ex.: café [ka’fé] = /é/ vogal anterior tônica aberta oral; /fé/ sílaba tônica

Acento circunflexo (^)


– usado para indicar que a vogal deve ser pronunciada de maneira
mais fechada e também para indicar SEMPRE a tonicidade da sílaba em que essa estiver.

Ex.: tônica [‘tõnika] = /õ/ vogal posterior tônica fechada nasal; /tõ/ sílaba tônica

Acento grave (`)– o acento grave, na língua portuguesa, claro, vem sobre a
vogal ‘a’e apenas para indicar a ocorrência de crase. Não sabe o que é crase? Uh... calma aí...
espera um pouquinho que já veremos. É um caso à parte, sabe...? Putz! Juro que essa não foi
intencional.

Ex.: Fui à bienal do livro logo que acabei de escrever esta matéria. (fato)

A pronúncia nos casos de crase nunca muda: a vogal /a/ será sempre uma vogal anterior
aberta oral.

Ah, por favor, pedido de amigo agora: não confunda a direção do acento: pra sua esquerda
ACENTO GRAVE, pra sua direita ACENTO AGUDO. Sinto um aperto no coração quando leio
frases escritas desta maneira: “fui á bienal num domingo”. Lembre-se: o acento que indica
crase é canhoto… (sei lá! Macetes mnemônicos talvez funcionem. :P)

Til(~) – Vem apenas sobre a vogal /a/ e sobre a vogal /o/; indicando que essas vogais
devem ser pronunciadas com uma ressonância nas fossas nasais; são nasalizadas.

Ex.: pão [‘pãw] = /ã/ vogal posterior tônica NASAL

Obs.: a sílaba que tiver uma vogal o ou a nasalizada sob um til sempre será a tônica:
coração - notação - caminhão

Só não será em duas situações:

1- quando houver outro acento na palavra (´) (^), pois estes prevalecem sempre e
anulam a possível tonicidade do til:
ímã – órfão.

2- quando a palavra que tiver a sílaba nasalizada estiver num grau alterado:
coraçãozinho - caminhãozinho
Trema (¨) -
Sinto muito... esses já não mais existem na língua portuguesa.
Aparecem agora só em nomes estrangeiros. Puxa vida, eu gostava muito de
usar os tremas.

Cedilha (͵) – por favor, meu caro, de uma vez por todas: não se diz “cê cedilha”; diz-se cê
cedilhado!
A cedilha é o “rabinho” que aparece no grafema “C” quando este vem antes de /a/ /o/ e /u/ e
tem som de “s” /s/.

Ex.: dançou comendo paçoca e açúcar (que beleza...)

Apóstrofo (') – (apóstrofo, não ‘apóstrofe’ ou ‘apóstolo’) esse indica a supressão de um


fonema, geralmente uma vogal. Bechara tem muito a dizer sobre o apóstrofo; se quiser saber
mais, fala comigo. Os exemplos abaixo são os básicos.

Ex.: mãe-d’água – pau-d’arco – galinha-d’angola

Hífen (-) – vai me desculpar, mas esse também merece um capítulo específico. A matéria já
tá enorme; se eu for explicar alguma coisa de hifenização vai ficar uma coisa terrível. Falarei
sobre logo mais.

A letra H

Muito bem... a letra H é bem interessante. Sabia que inicialmente a letra H não era considerada
uma consoante? Pois é, pois é, pois é... ainda hoje há controvérsias.

Essa letra permanece, por razões etimológicas, no início e no fim de algumas palavras.

hoje, haver, habitat, homem etc.

No meio dos vocábulos, o H aparece compondo os dígrafos ch, lh e nh.

achar, chave, malha, tamanho etc.

Se não houver esses dígrafos e se a etimologia não der razões para o emprego, o H não
deverá ser usado.

O H não deve ser usado no fim de substantivos e nem no fim de vocábulos que o uso
consagrou sem a tal letra (BECHARA, 2005, p. 94).

O antigo ph de pharmácia é substituído por f: farmácia; filosofia.

O antigo ch de cherubim e de christão é substituído por qu antes de e ou i e por c antes das


outras letras: querubim; cristão.

O substantivo próprio BAHIA tem H devido à tradição etimológica.

Algumas interjeições também usam. Ah! Uh! Oh! Hem!


Acerca das CONSOANTES MUDAS e do uso de SC

Muitas palavras, por sofrerem processo metaplasmático, perderam algumas consoantes que
ficaram mudas. Sim... elas foram eliminadas por não serem mais pronunciadas considerando-
se a atuação do eixo das variações diacrônicas.

Deixemos bem claro que as formas escritas são constantemente influenciadas pela fala. A
escrita tem um importante papel para a evolução linguística e cumpre sua
função paralelamente com o processo dialetal; as palavras escritas sofrem metamorfose
também.

Vejamos algumas das principais palavras apresentadas nas gramáticas:

Forma atual Forma antiga

asma asthma
assinatura assignatura
ciência scientia
diretor director
ginásio gymnasio
inibir inhibir
inovação innovação
ofício officio
ótimo optimo
salmo psalmo

Esse fenômeno é constante nas línguas. Isso continua a acontecer com o nosso Português.
Daqui a algum tempo, será possível registrar outras mudanças bruscas nas formas escritas de
novas palavras; afinal, o Português mostra-se uma língua muito flexível e tolerante quando o
assunto é forma escrita. Isso faz com que essas reformas escritas ainda estejam presentes na
linha de evolução linguística portuguesa. É a ação distintiva idiomática atuando diretamente na
língua falada e indiretamente na língua escrita... (~.~)

Obs.: em palavras como nascer, descer, exceção entre outras, ainda são usados o s e o x.
Essas palavras, ao que tudo indica, mostram-se recentes se comparadas com as outras e
carregaram por muito tempo a sombra da pronúncia consonantal. Hoje essas consoantes já
estão completamente mudas.

Aqui vão algumas palavras que apresentam o som consonantal candidato ao ingresso no grupo
das consoantes mudas; hoje são aceitas as duas formas de cada palavra:

característico / caraterístico
conectivo / conetivo
contacto / contato
sumptuoso / suntuoso
tacto / tato
tecto / teto

O USO DE SC

Fácil também.

O antigo s inicial some em casos como cena, ciência, cientista, cintilar etc.

Nas palavras derivadas do grupo que perdeu o s inicial, obviamente, não


há s: contracenar, encenação etc.

Nas palavras derivadas já incorporadas à língua com o s inicial, o s continua; formando,


portanto, consciência, imprescindível, prescindir, rescisão etc.
Muito bem!

Espero ter levantado as questões necessárias ao estudo.

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