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Baratta, em seu livro: Criminologia crítica do Direito Penal, nos chama atenção para a
imagem criada sobre a criminalidade nos meios de comunicação, que induzem
alarmes sociais manipuladas por forças políticas conservadores que protagonizavam
campanhas eleitorais de “lei e ordem”, à exemplo, podemos citar o Deputado Federal
Jair Bolsonaro, que incita publicamente a repressão violenta como meio de se atingir
a ordem.
Como já demonstra a história, o negro não teve ainda uma integração à sociedade de
classes no Brasil, e as consequências desse processo inacabado se refletem no alto
índice de marginalização, de abandono da escolaridade e na admissão de uma vida
amoral dos negros. Não por acaso, as penitenciárias do país têm, em sua maioria,
uma população negra, pobre e masculina; e a sua família, também negra e pobre,
termina por se sujeitar a várias humilhações deixadas pela herança imoral desses
homens e mulheres encarcerados. De acordo com o Levantamento nacional de
informações penitenciarias de junho de 2014, o número de negros no sistema prisional
brasileiro é de 67% e o que mais assusta é a proporção de pessoas negras presas:
dois em cada três presos são negros.