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EXERCÍCIOS DE EPIDEMIOLOGIA

1. Num estudo, uma das variáveis estudadas foi a idade, e que apresentou a seguinte distribuição: 23, 14,
15, 24, 24, 22, 21, 20, 19, 19, 21, 22, 21, 23, 34, 22, 17, 13, 25, 24, 25, 27, 26, 26, 15, 15, 17, 19, 20,
21. Em vista dos dados obtidos, me informe: qual é a média, qual é a moda, qual é a mediana, qual é o
quartil superior e o quartil inferior?

Resposta:
634
Média = 30 = 21,133 anos

Moda= 21 anos – 4 Ocorrências


21+21
Mediana = 2
= 21 anos

Quartil superior=posição 7,8 =24 anos


Quartil inferior =posição 22,5=17 anos

2. Em 01/07/1980, existiam 2.000 casos de tuberculose em tratamento, em um dado município. Sabendo-


se que sua população na época era de 1.176.935 habitantes, estabeleça o número de casos de
tuberculose em relação à população. Trata-se de prevalência ou incidência? Por que?

Resposta:
2000
1.176.935
∙ 100.000 = 16,9 Casos por 100.000 habitantes.

Trata-se de prevalência pois o número de casos apresentados mostra um estado, ou seja, mostra o
número de pessoas que estão doentes. Para ser incidência deveria ser o número de pessoas que
ficaram doentes, este último tem relação com o passar do tempo.
3. No ano de 1992 foram identificados mais 473 casos novos de hanseníase (lepra) e de 285 casos novos
de tuberculose, nos serviços de saúde no Distrito Federal. No final daquele ano, um total de 2.563
(sendo 1000 homens e 1563 mulheres) estavam em tratamento para hanseníase e 899 ( sendo 560
homens) estavam em tratamento para tuberculose (já excluídos os curados e os mortos). Neste ano 76
vieram a óbito por causa da tuberculose (50% de homem). Também houve neste ano 142 mortes (sendo
102 homens) por causa da Aids. Tomando-se estes dados para os devidos cálculos e admitindo-se uma
população de 1.532.829 habitantes, sendo que 52,22% pertencem ao sexo feminino, calcule as
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respectivas taxas de incidência e prevalência, e os coeficientes de mortalidade e de letalidade, quando


couber. Obs. para todos os cálculos, fazer geral e por sexo. Quais as conclusões que você chega?

Resposta:

Óbitos
Casos
Doenças Homens Mulheres Total
novos Homens Mulheres Total

Hanseníase 473 1000 1563 2563 * * *


Tuberculose 285 560 339 899 38 38 76
Aids * * * * 102 40 142

População total 1.532.829


Mulheres 52,22% 80044,3
Homens 47,78% 732.385,7

𝐶𝑎𝑠𝑜𝑠 𝑛𝑜𝑣𝑜𝑠
Incidência total =𝑃𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 ∙ 100.000
473
 Incidência hanseníase= ∙ 100.000 =3casos por 100.000 habitantes
1.532.829
285
 Incidência tuberculose= ∙ 1.00.000=1,8, casos por 100.000 habitantes
1.532.829
𝐶𝑎𝑠𝑜𝑠 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑖𝑠
Prevalência total= 𝑃𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 ∙ 100.000
2563
 Prevalência total hanseníase=1.532.829 ∙ 100.000=167,2 casos por 100.000 habitantes
899
 Prevalência total tuberculose= ∙ 100.000=58 casos por 100.000 habitantes
1.532.829
𝐶𝑎𝑠𝑜𝑠 𝑝𝑎𝑟𝑐𝑖𝑎𝑖𝑠
Prevalência parcial (por sexo) = 𝑃𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜 𝑝𝑎𝑟𝑐𝑖𝑎𝑖𝑠 ∙ 100.000

 Homens
1000
 Prevalência parcial por sexo hanseníase=732.385,7 ∙ 100.000=136 casos por 100.000 habitantes
560
 Prevalência parcial por sexo tuberculose=732.385,7 ∙ 100.000=76 casos por 100.000 habitantes
 Mulheres
1563
 Prevalência parcial por sexo hanseníase=800.443,3 ∙ 100.000=195 casos por 100.000 habitantes
339
 Prevalência parcial por sexo tuberculose=800.443,3 ∙ 100.000=42 casos por 100.000 habitantes
𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 ó𝑏𝑖𝑡𝑜𝑠
Natalidade total=𝑃𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑑𝑜𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠
76
 Natalidade total tuberculose=899=0,0845= 8,45%

𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 Ó𝑏𝑖𝑡𝑜𝑠 𝑝𝑎𝑟𝑐𝑖𝑎𝑙


Natalidade parcial (por sexo) = 𝑃𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜 𝑝𝑎𝑟𝑐𝑖𝑎𝑙

 Homens
3
38
 Natalidade parcial tuberculose= =0,0678= 6,78%
560
 Mulheres
38
 Natalidade parcial tuberculose=339=0,1129= 11,21%

𝐶𝑎𝑠𝑜𝑠 𝑛𝑜𝑣𝑜𝑠
Crescimento percentual do número de doenças=
𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑡𝑎𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑠𝑜𝑠 𝑑𝑎 𝑑𝑜𝑒𝑛ç𝑎

 Hanseníase
473
2563
=18,45%
 Tuberculose
285
 899
=31,70 %
𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑜𝑏𝑖𝑡𝑜𝑠
Taxa de mortalidade total=
𝑃𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
142
 Mortalidade total AIDS =1532829 ∙ 100.000=9,26 mortes para cada 100.000 habitantes
𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑜𝑏𝑖𝑡𝑜𝑠
Taxa de mortalidade parcial= 𝑃𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙

 Homens
40
 Mortalidade parcial AIDS= ∙ 100.000=5,0 mortes para cada 100.000 habitantes
800.443
 Mulheres
102
 Mortalidade parcial AIDS=732.285 ∙ 100.000=13,93 mortes para cada 100.000 habitantes

Com os dados fornecidos e os cálculos realizados podemos concluir que houve aumento de 18,45%
de casos para hanseníase e aumento de 31,70% de casos de Tuberculose. Pode se notar que a
incidência de hanseníase é maior que a de tuberculose e isso se mantem para a prevalência destas
doenças para 1.000 habitantes. Nos homens a prevalência maior ocorre na tuberculose e nas mulheres
na hanseníase, entretanto a taxa de mortalidade é maior entre as mulheres. Para a AIDS nota-se que o
número de óbitos é maior entre os homens. Alguns dados não podem ser avaliados por não se conhecer
o número de doentes, número de novos casos e óbitos.

4. Em um Estado industrial da Índia, apresenta a seguinte distribuição de acidentes de trânsito, por faixa
etária. Calcule: a) as taxas de mortalidade; b) as taxas de letalidade, ambas: geral e por gênero.

Faixa População População Vítimas de Óbitos nos Taxa de Taxa de


Etária Masculina Feminina acidentes de acidentes de Mortalidade letalidade
trânsito trânsito

01 a 09 565808 607985 1235 656


10 a 19 626835 662036 5698 779
20 a 29 581590 583586 45689 3589
30 a 39 568189 541456 9658 1289
40 a 49 425776 403501 35362 1200

Resposta:
𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑜𝑏𝑖𝑡𝑜𝑠
Taxa de mortalidade=
𝑃𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
4

𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑜𝑏𝑖𝑡𝑜𝑠
Taxa de letalidade=
𝑃𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜 𝑣𝑖𝑡𝑖𝑚𝑎 𝑑𝑒 𝑎𝑐𝑖𝑑𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠

Vítimas de Óbitos nos


Faixa População População Taxa de Taxa de
Total acidentes acidentes
Etária Masculina Feminina Mortalidade letalidade
de trânsito de trânsito

01 a 09 565808 607985 1173793 1235 656 0,00055887 0,531174089


10 a 19 626835 662036 1288871 5698 779 0,0006044 0,136714637
20 a 29 581590 583586 1165176 45689 3589 0,00308022 0,078552825
30 a 39 568189 541456 1109645 9658 1289 0,00116163 0,133464485
40 a 49 425776 403501 829277 35362 1200 0,00144704 0,033934732
Não é possível calcular as taxas de mortalidade e letalidade por sexo devido ao fato de os números de
vítimas de transito e de óbitos não estarem discriminadas por sexo.

5. Uma investigação realizada em banco de sangue de um hospital chegou aos seguintes


resultados: entre 8.000 pessoas que receberam transfusão sanguínea, acompanhada durante um ano,
15 pessoas contraíram HIV. No grupo controle, de 10.000 pessoas que não receberam transfusão,
acompanhadas igualmente pelo mesmo período, 18 pessoas contraíram HIV. Arme uma tabela 2X2 com
os resultados. Pergunta-se: este caso é um estudo de coorte ou de caso controle? Porque? Qual o risco
de uma pessoa contrair HIV, tendo recebido transfusão de sangue? E o risco de ter HIV sem ter feito
transfusão de sangue? Qual é o risco relativo?
Resposta:

𝐶𝑎𝑠𝑜𝑠 𝑛𝑜𝑣𝑜𝑠
Incidência = ∙ 1.000
𝑃𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙

Receberam Contraíram Não


Total Incidência
transfusão HIV contraíram HIV
Sim 15 7985 8000 1,875
Não 18 9982 10000 1,800
Total 33 17967 18000

Este é um estudo de coorte porque parte-se do acontecimento de contaminação de pessoas por


meio de transfusão de sangue, ou seja, é prospectivo e verifica ao longo do tempo a contaminação das
pessoas pelo fator de risco, transfusão de sangue.
O risco de uma pessoa contrair HIV tendo recebido transfusão de sangue é de 1,875 casos para
1000 transfusões
5

O risco de uma pessoa contrair HIV sem ter recebido transfusão de sangue é 1,8 casos para
1000 transfusões.
𝐼𝑛𝑐𝑖𝑑ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑒𝑠𝑡𝑢𝑑𝑜 1,875
RR =𝐼𝑛𝑐𝑖𝑑ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑜𝑙𝑒= 1,8
= 1,042

O risco de uma pessoa contrair HIV realizando uma transfusão de sangue é 1,042 vezes maior
que uma pessoa que não realizou transfusão.

6. Em um hospital universitário foi feito um estudo para verificar a associação entre o consumo de cigarro
e o câncer de pulmão. Foram incluídos na investigação, 600 pacientes do sexo masculino com
diagnóstico comprovado de câncer de pulmão; desses, pelo histórico, 70 eram casos de tabagismo
crônico. Entre 500 controles, que não fumavam, 62 foram tiveram câncer de pulmão, pelos mesmos
critérios de diagnóstico usados no grupo de casos. Arme uma tabela 2X2. Pergunta-se: Este é um caso
tipo coorte ou caso controle? Qual o risco de ser tabagista e vir a ter câncer de pulmão? Este grupo
controle foi montado de maneira correta? Há viés neste grupo controle? Como deve ser este grupo
controle?
Resposta:
Câncer
Fumante Total
Sim Não
Sim 70 62 132
Não 530 438 968
Total 600 500 1100

70 ∙ 438
𝑂𝑅 = = 0,933
530 ∙ 62
Trata-se de um caso do tipo caso e controle. O risco de ser tabagista e vir a ter câncer de pulmão
é 0,93 vezes menor comparado com os não fumantes. O grupo de controle não foi montado de maneira.
Existe viés no grupo controle pois os dados da maneira como estão não demonstram a realidade.
Considerando-se que avalia-se a relação entre consumo de cigarro e câncer de pulmão deve-se usar
para o grupo controle pessoas não fumantes para que se possa verificar a incidência de câncer neste
grupo e comparar-se com o grupo fumante

7. Em uma visita de uma equipe do Saúde da Família, com duração de um mês no Riacho Fundo II, todas
as crianças, menores de 5 anos, foram examinadas. Entre os resultados obtidos estão os seguintes: de
105 crianças com exames positivos para verminose, 36 eram desnutridas, enquanto em outras 100
crianças com exame negativo para verminose, 21 foram consideradas desnutridas. Arme uma tabela
2X2. Pergunta-se qual o tipo de estudo? Porque? Qual a chance de uma criança desnutrida estar com
verme no Riacho Fundo II quando comparada com a nutrida?
Resposta:
6

Trata-se de um estudo do tipo transversal pois verifica-se se existe relação entre verminose e
desnutrição.
Desnutrição
Verminose Total Prevalência
Sim Não
Sim 36 69 105 34,28571429
Não 21 79 100 21
Total 57 148 205

𝐼𝑛𝑐𝑖𝑑ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑒𝑠𝑡𝑢𝑑𝑜 34,286


RR =𝐼𝑛𝑐𝑖𝑑ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑜𝑙𝑒= 21
= 162

A chance de uma criança com vermes ser desnutrida é 1,62 vezes maior que uma criança
saudável.

8. Uma investigação foi realizada para verificar a eficácia de uma nova vacina contra o sarampo. Foram
selecionados um mil crianças com alto risco de contrair a doença, e que os pais concordaram que os
filhos participassem da pesquisa. Eles foram aleatorizados para constituir o grupo experimental e o de
controle, cada um com 500 indivíduos. Ao final da investigação foram confirmados 6 casos de sarampo
no grupo experimental e de 5 no de controle. Arme uma tabela 2X2. Pergunta-se: Qual o tipo de estudo
e porquê? Qual o risco de uma pessoa contrair sarampo se vacinada com a nova vacina? E com a
velha? Qual é a eficiência da nova vacina?
Resposta:

Trata-se de um estudo clinico experimental devido ao fato dos grupos terem sido randomizados.

Vacina Doença Taxa de


Total
Nova Sim Não prevalência %
Sim 6 494 500 1,2
Não 5 495 500 1
Total 11 989 1000 1,1

1,2
Risco nova vacina= 1 = 1,2 vezes maior com a nova vacina
1
Risco vacina velha= 1,2 = 0,83 vezes menor com a vacina velha

𝐼𝑛𝑐𝑖𝑑ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑛𝑜𝑠 𝑛ã𝑜 𝑣𝑎𝑐𝑖𝑛𝑎𝑑𝑜𝑠−𝐼𝑛𝑐𝑖𝑑ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑛𝑜𝑠 𝑣𝑎𝑐𝑖𝑛𝑎𝑑𝑜𝑠 1−1,2


Eficácia da vacina nova = 𝐼𝑛𝑐𝑖𝑑ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑛𝑜𝑠 𝑛ã𝑜 𝑣𝑎𝑐𝑖𝑛𝑎𝑑𝑜𝑠
∙ 100 = 1
∙ 100 = −20%

A eficácia da nova vacina é 20% menor que a eficácia da vacina velha.


9. Um total de 30 crianças recém nascidas, portadoras de deficiências físicas foram examinadas e suas
mães interrogadas com respeito ao uso do medicamento talidomida: 19 relataram que usaram este
medicamento até 2 anos antes do nascimento das crianças. Entre as crianças sadias, nascidas sem
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evidência de mal formação, foram selecionadas 1.232 para o grupo controle: 16 mães afirmaram que
utilizaram talidomida até 2 anos antes do nascimento das crianças. Arme uma tabela 2X2. Pergunta-se:
Qual o tipo de estudo? E qual o risco da talidomida para a criança?
Resposta:

O tipo de estudo realizado é do tipo transversal

Deficiência
Talidomida Total Prevalência
Sim Não
Sim 19 16 35 54,28571429
Não 11 1216 1227 0,896495518
Total 30 1232 1262

𝐼𝑛𝑐𝑖𝑑ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑒𝑠𝑡𝑢𝑑𝑜 54,29


RR =𝐼𝑛𝑐𝑖𝑑ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑜𝑙𝑒=0,896 = 60,55

A chance de uma criança desenvolver deficiência após o uso de talidomida é 60,55 vezes maior
que uma criança que não foi exposta ao medicamento.
10. Uma investigação foi realizada pela comparação de estatística de alguns países, relacionados abaixo,
sendo encontrada correlação positivamente, estatisticamente significativa, entre o montante de cigarros,
per capita, vendido a população e o coeficiente de mortalidade por doenças cardiovasculares. Pergunta-
se: qual o tipo de estudo? Quais as conclusões que podemos chegar?

Coeficiente de mortalidade
Consumo per capita de /mil por doenças
Países
cigarro cardiovasculares

Chile 11250 32
Brasil 3800 28
Austrália 4200 21
Resposta:

Trata-se de um estudo ecológico por ter sido realizado com populações diferentes em um determinado
intervalo de tempo.
As conclusões que podemos chegar é de que somente o número de cigarros per capita não é
suficiente para explicar o número doenças cardiovasculares. Tal observação se deve pelo fato de na Austrália
existir um consumo maior que no Brasil e mesmo assim possuir uma taxa de doenças cardiovasculares
menor.
11. As crianças nascidas no ano de 1982, nos hospitais da cidade de Pelotas-RS, cidade à época com 250
mil habitantes e onde praticamente todos os partos são hospitalares (99%), foram identificadas e
examinadas anualmente – desde o seu nascimento, até os sete anos, sempre próximo a data de seu
8

aniversário. Num grupo de 620 crianças que nasceram na zona urbana, as mesmas apresentaram as
seguintes características: 67 crianças tiveram um histórico de desnutrição nestes últimos sete anos; 09
crianças nasceram com má formação congênita; 28 crianças apresentaram QI acima da média,
enquanto que 280 crianças da zona rural apresentaram as seguintes características: 18 crianças tiveram
um histórico de desnutrição nestes últimos sete anos; 5 crianças nasceram com má formação congênita;
11 crianças apresentaram QI acima da média. Pergunta-se Qual o tipo de estudo? Porque? Quais as
correlações possíveis? E os riscos envolvidos?
Resposta:
Má Q.I. Acima da
Local Desnutrição Padrão Total
formação média
Zona
67 9 28 516 620
urbana
Zona rural 18 5 11 246 280
Total 85 14 39 762 900

Trata-se de um estudo do tipo coorte por acompanhar a doença por um longo período.

Desnutrição
Local Total Prevalência
Sim Não
Zona urbana 67 553 620 108,0645161
Zona rural 18 262 280 64,28571429
Total 85 815 900

Pela tabela 2x2 de desnutrição nota-se que existe maior prevalência de desnutrição na zona
urbana.
O risco relativo é de 1,68 vezes maior de uma criança possuir desnutrição na zona urbana que
na zona rural.

Má formação
Local Total Prevalência
Sim Não
Zona urbana 9 611 620 14,51612903
Zona rural 5 275 280 17,85714286
Total 14 886 900
Pela tabela 2x2 de má formação nota-se que existe maior prevalência da mesma na zona rural.
O risco relativo é de 1,23 vezes maior de uma criança possuir má formação na zona rural que na
zona urbana.
Q.I. Acima da média
Local Total Prevalência
Sim Não
Zona urbana 28 592 620 45,16129032
Zona rural 11 269 280 39,28571429
9

Total 39 861 900

Pela tabela 2x2 de Q.I acima da média nota-se que existe maior prevalência da mesma na zona urbana.
O risco relativo é de 1,149 vezes maior de uma criança possuir Q.I. acima da média na zona
urbana que na zona rural.
A relação entre os três temas abordados em cada tabela não pode ser feita por que não foram
discriminados os dados relacionados entre si, de maneira mais simples não se sabe qual os números
de crianças com Q.I. acima da média possuem desnutrição ou má formação.

12. Uma pesquisa domiciliar foi realizada com o intuito de se obter um diagnóstico das condições de saúde
e saneamento, no Brasil na década de 80. Numa cidade do nordeste, de cada 1000 crianças que
nasciam, 36 morriam antes de completar um ano de vida sendo que nas áreas sem saneamento básico
(70%), este número era de 42 por 1000 e nas áreas com saneamento (30%), este coeficiente era de 22
por mil. Numa cidade do estado de São Paulo, de cada 1000 crianças que nasciam, 28 morriam antes
de completar um ano de vida sendo que nas áreas sem saneamento básico (50%), este número era de
33 por mil e nas áreas com saneamento (50%), este coeficiente era de 23 por mil. Pergunta-se: Qual o
tipo de estudo? Quais as conclusões possíveis?
Resposta:

Saneamento Local da cidade


básico Nordeste São Paulo
22/1000 23/1000
Sim habitantes habitantes
42/1000 33/1000
Não habitantes habitantes
Total 36 28

Saneamento Local da cidade


básico Nordeste São Paulo
Sim 2,20% 2,30%
Não 4,20% 3,30%
Total 36 28

Trata-se de um estudo de ecológico, Podemos concluir pelos dados que a presença de


saneamento básico reduz o índice de natalidade de crianças de até um ano de vida e que os índices
nos locais onde existe saneamento são similares. Entretanto pode-se notar também que na falta de
saneamento os mesmos índices diferem entre si o que pode mostrar que outros fatores podem
influenciar no número de óbitos como por exemplo melhor ou pior acesso a saúde pública.
10

13. Uma investigação foi realizada para verificar a associação entre diarreia e desidratação. Crianças
atendidas em um hospital, com diarreia foram colocadas em categorias em função da presença no início
do episódio de determinados sinais e sintomas. Após dez anos de acompanhamento dos prontuários
verificou-se que: no grupo de 3.500 crianças que apresentaram diarreia, com sinais de sangue nas fezes:
500 ficaram desidratadas; no grupo de 4.002 crianças que apresentaram diarreia, com sintomatologia
de vômito anterior: 1.300 ficaram desidratadas. Arme uma tabela 2X2. Pergunta-se: Qual o tipo de
estudo? Porque? Quais os riscos envolvidos? O que é pior para uma criança ter sangue nas vezes ou
vomitar?
Resposta:

Trata-se de um estudo coorte pois temos dois grupos bem definidos que foram criados e
acompanhados por um longo período de tempo.
Desidratação
Diarreia Total Prevalência
Sim Não
Com sangue 500 3000 3500 142,8571429
Vómito 1300 2702 4002 324,8375812
Total 1800 5702 7502

142,857
Risco de diarreia com sangue= = 0,41 vezes menor que que diarreia com vómito
342,836
324,836
Risco de diarreia com vómito= 142,857 = 2,27 vezes maior que diarreia com sangue

Com os dados apresentados podemos concluir que é muito mais perigoso para uma criança
diarreia com vómito que diarreia com sangue.

14. Em uma fábrica o risco de acidente é de 4 casos por mil funcionários/ano, sendo que na área
administrativa o risco é de 0,2 casos por mil funcionários/ano e na área de produção o índice é de
4,42/mil. Sendo que se separarmos os funcionários da área de produção, que receberam treinamento
para utilização das máquinas, e os que não receberam, os índices são respectivamente 1,3 caso/mil e
11

4,7 casos por mil. Pergunta-se, se a fábrica possui 8423 funcionários, quantos funcionários a empresa
tem na área de produção, na área de administração e quantos foram treinados e quantos não foram
treinados?
Resposta:

Devemos considerar que na fábrica apresentada existem somente os cargos apresentados,


para isso devemos descobrir o número total de acidentes:
4 para 1000 funcionários
W para 8423 funcionários
W= 33,692 acidentes.

Sabemos que a soma de cada acidente por função é igual a soma total de acidentes na fábrica:
0,2 𝑎𝑐𝑖𝑑𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠 4,42 𝑎𝑐𝑖𝑑𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠
( ∙ 𝑥) + ( ∙ 𝑦) = 33,692 𝑎𝑐𝑖𝑑𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠
1000 𝑓𝑢𝑛𝑐𝑖𝑜𝑛á𝑟𝑖𝑜𝑠 1000 𝑓𝑢𝑛𝑐𝑖𝑜𝑛á𝑟𝑖𝑜𝑠
Sendo x= o número total de funcionários da administração e y= o número total de funcionários
da produção
Da soma do número de funcionários de cada função temos:
𝑥 + 𝑦 = 8423 𝑓𝑢𝑛𝑐𝑖𝑜𝑛á𝑟𝑖𝑜𝑠
Resolvendo o sistema de equações obtemos:
X=838 funcionários da administração
Y=7585 funcionários da produção.
Discriminando os funcionários com e sem treinamento temos:
0,2 𝑎𝑐𝑖𝑑𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠 1,3 𝑎𝑐𝑖𝑑𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠 1,3 𝑎𝑐𝑖𝑑𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠
( ∙ 𝑥) + ( ∙ 𝑧) + ( ∙ 𝑠) = 33,692 𝑎𝑐𝑖𝑑𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠
1000 𝑓𝑢𝑛𝑐𝑖𝑜𝑛á𝑟𝑖𝑜𝑠 1000 𝑓𝑢𝑛𝑐𝑖𝑜𝑛á𝑟𝑖𝑜𝑠 1000 𝑓𝑢𝑛𝑐𝑖𝑜𝑛á𝑟𝑖𝑜𝑠
Sendo x= o número total de funcionários da administração e z= o número de funcionários que
receberam treinamento e s= o número de funcionários que não receberam treinamento
Da soma do número de funcionários de cada função temos:
𝑥 + 𝑧 + 𝑠 = 8423 𝑓𝑢𝑛𝑐𝑖𝑜𝑛á𝑟𝑖𝑜𝑠
Resolvendo o sistema de equações obtemos:
X=838 funcionários da administração
Z=622 funcionários da produção com treinamento
S=6963 funcionários da produção sem treinamento

15. Em uma investigação para aprovação de um novo EPI, para prevenir o PAIR, utilizou-se duas fábricas
de uma mesma empresa, que produzem a mesma coisa com a mesma tecnologia, sendo que numa
utilizou-se o EPI tradicional e na outra o novo EPI. Após um ano de acompanhamento médico por perda
auditiva, teve o seguinte resultado: dos 140 funcionários que utilizaram o EPI “velho” 8 apresentaram
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perda auditiva no período e dos 80 funcionários que utilizaram o “novo” EPI, 5 funcionários tiveram perda
auditiva. Arme uma tabela 2X2. Pergunta-se: Qual o tipo de estudo? Porque? Qual a eficiência do novo
EPI? Quais são as consequências práticas?
Resposta:

Trata-se de um estudo do tipo experimental porque temos a comparação entre duas medidas para
diminuição de um agente causador de doença.
Perda auditiva
EPI Total Incidência
Sim Não
Tradicional 8 132 140 57,14285714
Novo 5 75 80 62,5
Total 13 207 220

𝐼𝑛𝑐𝑖𝑑ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑜 𝐸𝑃𝐼 𝑎𝑛𝑡𝑖𝑔𝑜−𝐼𝑛𝑐𝑖𝑑ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑜 𝐸𝑃𝐼 𝑛𝑜𝑣𝑜 57,14−62,5


Eficiência do novo EPI = 𝐼𝑛𝑐𝑖𝑑ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑜 𝐸𝑃𝐼 𝑎𝑛𝑡𝑖𝑔𝑜
∙ 100 = 57,14
∙ 100 = −9,38%

A eficiência do novo EPI é 9,38% pior que a do EPI tradicional, ná pratica o EPI novo é pior que o original
logo não deve ser substituído.

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