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Buda

Sidharta Gautama, chamado também de Sakiamuni, e depois Buda, que era seu título,
nasceu por volta de 563 a.C, na Índia, em Lumbini, no pequeno principado de
Kapilavastu, sendo filho de rei de Sakia, Sudhodana e de rainha Maya, de modo que sua
mãe o concebeu de forma milagrosa, Sidharta adentrando em seu ventre pelo Espírito
Santo, anunciado por uma estrela que do horizonte alcançou a Terra, que se manifestou
sobre uma forma de elefante branco. Nesse momento que Bodhisattva entrou no corpo de
sua mãe, ela uns poucos dias depois falece. Seu pai lhe deu educação elevada e estaria
sendo formado para ser líder político, além de guerreiro, e por ser muito sábio, lhe ficou o
apelido de Sakiamuni, o sábio de Sakia. Mas ele além de estudar e ficar cada vez mais
sozinho, aproveitou para se dedicar a meditação. Passou a maior parte do seu tempo
protegido pelo pai, o afastando dos males do mundo, e em contraste com uma vida difícil
na Índia da época. Ficaria ele destinado a casamento, tendo três esposas e com uma
tendo um filho, o qual seria seu futuro discípulo. Sidharta então foi rico e bem casado,
além de jovem, mas em algum momento abandona tudo e chega a buscar um caminho do
meio. Assim, em um passeio na cidade teve o choque de descobrir sobre a velhice,
miséria e morte nesta. Mas ele não era experiente nas questões espirituais, e mesmo se
juntando com cinco ascetas, após jejuns, passa a voltar a comer e depois em seis anos
em total solidão, meditando. Escolhe a sombra de uma figueira para meditação, por mais
de 40 dias, e por lá sofreu a tentação de Mara, um demônio da paixão, que o atacava com
raios e tempestades, e assim foi derrotada por ele, no cansaço. Vive uma vida de
andarilho em busca de questões existenciais. Foi deste modo reconhecido em iluminação,
a qual teve às margens do rio Ganges, e encontrou muitos seguidores e por mais de 40
anos pregou sua doutrina por todas as regiões da Índia. Dos seus ensinos, dentre outros,
estão as Quatro Verdades e as Oito Trilhas, e ensina que tudo que somos é resultado do
que pensamos. Os monges budistas são tão pacíficos e valorizadores da vida, que
poupam a vida até de insetos, e ensinam que o ódio não termina com o ódio, mas com o
amor. Mas para nosso entendimento filosófico, resta lembrar que seu pensamento é sim
filosófico, chegando a estar em livros de história da filosofia. Segundo Padovani1: “O
budismo nega a realidade do eu e do não-eu, dissolvendo ambos os elementos
fenomênicos; não o ser é real, mas o ato. Esse ato determina a nossa personalidade
empírica mediante o desejo e a vontade de viver. (…) A respeito do Absoluto, o budismo é
agnóstico, pois, nada se pode saber em torno dele”. Também os místicos posteriores o

1 PADOVANI, Umberto e CATAGNOLA, Luís. História da Filosofia. p. 88


tem como importante, ainda mais pelas práticas e ensinos. Mesmo Crowley 2, em seu
Liber Aleph fala: “a raiz de sua inteira doutrina era a que não existe um Atman, ou Alma,
como os homens traduzem mal significando uma Substância incapaz de mudança (…) E
seu caminho de verdade era análise, tornada possível por uma grande intenção da mente
em direção a si mesma ...”. Em verdade não há bem um Deus em sua doutrina, a não ser
daquele que esteja para nascer de si em nirvana. Então o caminho era para atingir
Dharma. Logo, ele fez questão de divulgar que não era Deus, mas servia de exemplo
para outras pessoas. Buda por fim faleceu em Mallas, Kushinagar, Índia, por volta de 483
a.C., e dizem que teria morrido com uma forte diarreia.

2 CROWLEY, Aleister. Liber Aleph. p. 79.

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