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3. A designação como entidade formadora das ITED tem uma validade limitada? É necessário
renovar essa designação?
5. Sou um electricista devidamente inscrito na Direcção Geral de Energia (DGE). O que tenho de
fazer para me inscrever como técnico ITED?
7. Quais as taxas aplicáveis às inscrições dos técnicos ITED, das entidades certificadoras e dos
instaladores-certificadores?
8. Quais os serviços da ANACOM onde poderei efectuar a inscrição como técnico ITED? E o
registo de entidades certificadoras e de instaladores-certificadores?
13.Há alguma tabela de preços estabelecida para pagamento às entidades certificadoras pelos
certificados de conformidade emitidos?
16. Existindo entre nós mais do que um operador da rede fixa e considerando o disposto nos
artigos 8º e 13º do Decreto-Lei n.º 59/2000, de 19 de Abril, há necessidade/obrigação, ou não,
de submeter os projectos de instalação de infra-estruturas de telecomunicações em edifícios à
PT ou a outro operador? Estão os projectos sujeitos a acto de aprovação? Se sim, por quem?
20. Sou proprietário de uma moradia, com infra-estrutura de telecomunicações já instalada, sem
projecto (por estar isenta ao abrigo do anterior regime) e a Câmara Municipal exige-me
certificado de conformidade ITED para poder obter licença de utilização. O que devo fazer?
21. O projecto da infra-estrutura de telecomunicações do meu edifício foi entregue na Câmara
Municipal antes da entrada em vigor do Decreto-Lei nº 59/2000, de 19 de Abril. A Câmara
Municipal exige-me o certificado de conformidade para emissão da licença de utilização. O que
devo fazer?
26. Quais os critérios a aplicar para determinar se há, ou não, conformidade da infra-estrutura de
telecomunicações em edifícios com o projecto, nomeadamente para efeitos do artigo 22º, do
Decreto-Lei n.º 59/2000? NOVO
27. Que equipamentos e materiais podem ser instalados nas ITED? Qual a situação dos
equipamentos já aprovados pela ANACOM?
29. Na utilização de tubos, quais os tipos e os diâmetros que devem ser utilizados nas ITED?
31. Os modelos de fichas técnicas que constam no Manual ITED devem ser totalmente
preenchidos e utilizados em todas as situações?
35. Nas instalações executadas ao abrigo do Manual ITED é necessário fazer a certificação das
redes de cabo coaxial para a distribuição de sinais de TV?
36. Pretendo ensaiar as redes de cablagem em cabo coaxial. Que ensaios tenho de fazer e que
equipamentos devo utilizar?
37. As antenas fazem parte dos sistemas de cablagem para distribuição de sinais sonoros e
televisivos dos tipos A e B?
38. O que devo ter em conta na elaboração de projectos ITED em locais não residenciais, para
uso profissional?
41. O que é que se deve ter em conta na elaboração de projectos ITED para moradias em
banda?
43. Como são tratados os sistemas para uso exclusivo do edifício, como a videoportaria e a
televigilância?
46. Como se faz o sobre-dimensionamento na rede colectiva de cabos com uma distribuição
directa desde o RG-PC às fracções autónomas, por exemplo em cabos UTP de categoria 5?
47. Serão as dimensões mínimas estipuladas para as caixas da coluna montante suficientes
para a montagem de dispositivos de vários operadores, como sejam amplificadores e filtros
condicionadores de acesso?
48. Face ao Manual ITED, podem continuar a ser utilizados os equipamentos e materiais
fabricados ao abrigo das especificações RITA?
49. Com a entrada em vigor do Manual ITED deixa de existir o Bloco Privativo de Assinante
(BPA)?
50. De acordo com o Manual ITED, os cabos a utilizar na ligação à terra de protecção podem ser
de cor verde/ amarelo?
51. Qual o tipo de fechadura que deve ser utilizado nas caixas da rede colectiva de tubagem e
de quem é a responsabilidade pela respectiva colocação?
52. Na distribuição dos sistemas de cablagem nas redes individuais que tipo de topologia deve
ser utilizada?
53. Na distribuição dos sistemas de tubagem nas redes individuais utiliza-se a distribuição em
estrela, tal como para a cablagem?
56. Qual o tipo de cablagem de pares de cobre que deve ser instalado entre a Caixa de Entrada
de Moradia Unifamiliar (CEMU) e o Armário de Telecomunicações Individual (ATI) de uma
moradia unifamiliar?
57. Na instalação do RG-PC devo preencher totalmente os dez pares de cada uma das réguas?
59. A tabela 15 do ponto 4.5.5 do Manual ITED considera que uma fracção autónoma, em
termos de ligação subterrânea às redes públicas de telecomunicações, é equivalente a uma
moradia unifamiliar?
60. Considerando que tenho uma fábrica constituída por uma única fracção autónoma, devo
adoptar uma CEMU como ponto de entrada de telecomunicações no exterior do edifício?
61. Nas ligações da tomada eléctrica que se encontra dentro do Armário de Telecomunicações
Individual (ATI) ao quadro eléctrico do edifício, posso aproveitar para ligar a terra da tomada ao
barramento de terras do próprio ATI?
62. Os projectistas ITED são obrigados a enviarem à ANACOM uma cópia dos termos de
responsabilidade dos projectos executados. O que devo fazer?
1. O que é o ITED?
R.: Se o tipo de formação pretendida for formação habilitante que permita a inscrição de
electricistas na ANACOM como técnicos ITED, estão aptos a ministrar cursos o Instituto do
Emprego e Formação Profissional (IEFP) ou entidades designadas pela ANACOM para o efeito.
No caso de ser pretendida formação para aperfeiçoamento tecnológico, estes cursos poderão
ser ministrados por qualquer entidade que os candidatos considerem conveniente.
3. A designação como entidade formadora das ITED tem uma validade limitada? É
necessário renovar essa designação?
R.: O conceito de técnico ITED abrange os projectistas (que elaboram o projecto técnico de
instalação) e os instaladores (que efectuam a instalação e a conservação das infra-estruturas de
telecomunicações em edifícios). Para obter a respectiva inscrição é necessário preencher um
dos formulários destinados à inscrição de pessoas individuais ou pessoas colectivas,
disponíveis nos serviços de atendimento ao público da ANACOM, o qual, acompanhado dos
documentos indicados nos artigos 9º, 10º e 18º, respectivamente, todos do Decreto-Lei n.º
59/2000, de 19 de Abril, deverá ser enviado a esta Autoridade.
As condições a verificar para que a inscrição seja válida encontram-se definidas nos referidos
artigos 9º, 10º e 18º do mesmo diploma.
7. Quais as taxas aplicáveis às inscrições dos técnicos ITED, das entidades certificadoras
e dos instaladores-certificadores?
R.: Estas taxas foram definidas, em cumprimento do disposto no artigo 45º do Decreto-Lei n.º
59/2000, pelo Despacho do MES n.º 13 877/2000, de 15 de Junho de 2000.
8. Quais os serviços da ANACOM onde poderei efectuar a inscrição como técnico ITED? E
o registo de entidades certificadoras e de instaladores-certificadores?
R.: A inscrição e o registo em causa podem ser efectuados nos serviços de atendimento ao
público da ANACOM, todos os dias úteis, das 9h00 às 16h00:
LISBOA PORTO
Av. José Malhoa, 12 Rua Direita do Viso, 59
1099-017 LISBOA 4250-198 PORTO
Tel.: 21 7211000 Tel.: 22 6198000
L. Verde: 800 20 6665 Fax: 22 6198001
Fax: 21 7211001
MADEIRA AÇORES
Rua Vale das Neves, 19 Rua dos Valados - Relva
9050-332 FUNCHAL 9500-652 RELVA - AÇORES
Tel.: 291 790200 Tel.: 296 302040
Fax: 291 790201 Fax: 296 302041
Poderá dirigir-se directamente aos Serviços acima referidos ou enviar toda a documentação por
via postal.
R.: As inscrições são válidas por um período de 3 anos findo o qual deve ser manifestado à
ANACOM o interesse na sua renovação com a antecedência de 30 dias. O não cumprimento
implica caducidade da inscrição (artigos 10º, n.ºs 2 e 3, e 18º, n.ºs 2 a 4, respectivamente, do
Decreto-Lei n.º 59/2000).
O pedido de renovação deverá ser acompanhado de cheque ou vale postal, no valor da taxa em
vigor prevista no Despacho do MES n.º 13 877/2000, de 15 de Junho de 2000, emitido a favor da
ANACOM, que posteriormente enviará o respectivo recibo.
R.: Por escrito. A alteração de morada pode dar, ou não, lugar à emissão de novo cartão de
inscrição.
R.: Basta que nos escreva, solicitando o seu envio e indicando o seu n.º de técnico.
R.: Não existe nenhuma tabela de preços, devendo o valor ser indicado pelas entidades
certificadoras.
R.: Existe um modelo do certificado de conformidade aprovado pela ANACOM (de acordo
com o indicado no n.º 3 do artigo 27º do Decreto-Lei n.º 59/2000, de 19 de Abril).
R.: O Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de Dezembro, que aprovou o novo regime jurídico da
urbanização e da edificação, remete a indicação dos elementos instrutores dos pedidos de
realização de operações urbanísticas para a Portaria n.º 1110/2001, de 19 de Setembro.
Assim, esta Portaria abrange os elementos que devem instruir os pedidos de informação prévia,
de licenciamento e de autorização referentes a todos os tipos de operações urbanísticas,
contendo, no respectivo Anexo I, o modelo do termo de responsabilidade.
16. Existindo entre nós mais do que um operador da rede fixa e considerando o disposto
nos artigos 8º e 13º do Decreto-Lei n.º 59/2000, de 19 de Abril, há necessidade/obrigação,
ou não, de submeter os projectos de instalação de infra-estruturas de telecomunicações
em edifícios à PT ou a outro operador? Estão os projectos sujeitos a acto de aprovação?
Se sim, por quem?
Neste ponto, o actual regime segue o anterior, dado que já ao abrigo do Decreto- Lei n.º 445/91,
de 20 de Novembro, na redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei n.º 250/94, de 15 de
Outubro, os projectos das especialidades a entregar nas câmaras municipais integravam o
"projecto de instalações telefónicas e de telecomunicações" (conforme alínea g), do artigo 3º, da
Portaria n.º 1115-B/94, de 15 de Dezembro). Neste ponto, o Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de
Dezembro, que contém o regime da urbanização e da edificação, ora em vigor, na redacção que
lhe foi dada pelo Decreto-Lei n.º 177/2001, de 4 de Junho, não alterou o regime fixado, ao
prever que apenas haverá lugar a consulta das entidades que "nos termos da lei, devam emitir
parecer, autorização ou aprovação sobre os projectos das especialidades(...)".
Tal certificação tem como objectivo permitir a ligação das infra-estruturas de telecomunicações
em edifícios às redes públicas de telecomunicações, extrapolando nessa medida o âmbito do
processo de licenciamento municipal.
R.: Entraram em vigor a 1 de Julho de 2004 diversos instrumentos relacionados com o ITED:
R.: Quando um dono de obra pretende obter uma licença de construção, dirige-se à Câmara
Municipal e entrega os projectos de especialidades, entre os quais o de telecomunicações. Este
projecto é acompanhado por um termo de responsabilidade do projectista, no qual declara que o
mesmo cumpre as normas técnicas aplicáveis, dispensando qualquer aprovação do projecto, nos
termos do artigo 8º do Decreto-Lei n.º 59/2000, de 19 de Abril.
Acresce que esta interpretação é a que mais salvaguarda, até, a posição das Câmaras
Municipais pois, uma vez que a emissão da licença de utilização nem sempre é precedida de
vistoria camarária, haverá o risco de indicar um edifício como apto para utilização que pode nem
sequer ter a infra-estrutura instalada ou que a tenha sem estar de acordo com as normas
aplicáveis e, consequentemente, não utilizável.
Ainda que algumas Câmaras Municipais estejam a solicitar apreciação prévia, entende-se que tal
não será aconselhável pois trata-se de uma forma de poder, até, transferir responsabilidade do
projectista para quem o aprecia, o que não está previsto legalmente e poderá colocar sérios
problemas no futuro.
Por outro lado, esta apreciação traduz custos acrescidos para a infra-estrutura, os quais são
desnecessários.
Quanto às entidades certificadoras, o regime legal do ITED não reconhece competências para
aprovação ou validação prévia de projectos.
R.: Aos projectos de instalação telefónica que tenham sido entregues nos serviços camarários
ou remetidos à concessionária do serviço publico até à data de entrada em vigor do Decreto-Lei
nº 59/2000, de 19 de Abril, aplica-se o anterior regime de aprovação do projecto, consagrado no
Decreto-Lei nº 146/87, de 24 de Março (nos termos da disposição transitória prevista no artigo
52º do Decreto-Lei nº 59/2000, de 19 de Abril).
Este certificado de conformidade deverá ser emitido tendo por base o projecto e as
especificações técnicas aplicáveis na altura, ou seja, as especificações, prescrições e instruções
técnicas RITA.
Para que se comprove a aplicação deste regime, dado não haver projecto, deverá ser admitida a
recepção da declaração a que se referia o nº 2 do artigo 3º do Decreto-Lei nº 146/87, de 24 de
Março, ou a data de licença de construção, se anteriores à data de entrada em vigor do Decreto-
Lei nº 59/2000, de 19 de Abril.
Nestes termos, deverá ser consultada uma entidade certificadora ITED, de modo a proceder à
certificação nos termos indicados.
R.: Aos projectos de instalação telefónica que tenham sido entregues nos serviços camarários
ou remetidos à concessionária do serviço publico até à data de entrada em vigor do Decreto-Lei
nº 59/2000, de 19 de Abril, aplica-se o anterior regime de aprovação do projecto, consagrado no
Decreto-Lei nº 146/87, de 24 de Março (nos termos da disposição transitória prevista no artigo
52º do Decreto-Lei nº 59/2000, de 19 de Abril).
Este certificado deverá ser emitido tendo por base o projecto e as especificações técnicas
aplicáveis na altura, ou seja, as especificações, prescrições e instruções técnicas RITA.
R.: De acordo com o regime de aprovação do novo manual ITED e respectivo regime transitório,
foi possível entregar, até 31 de Dezembro de 2004, projectos de telecomunicações na Câmara
Municipal, de acordo com as especificações, prescrições e instruções técnicas RITA.
R.: De acordo com o novo manual ITED e respectivo período transitório, a infra-estrutura ficará
condicionada à emissão de certificado de conformidade ITED. Contudo, as prescrições técnicas
aplicáveis são as ITED, logo o projecto não é válido e terá de ser alterado para se adequar às
novas prescrições, bem como à futura infra-estrutura.
R.: O projecto indicado foi entregue na Câmara Municipal antes do final do período transitório
estabelecido no novo manual ITED, pelo que poderia ser efectuado ao abrigo das
especificações, prescrições e instruções técnicas RITA.
26. Quais os critérios a aplicar para determinar se há, ou não, conformidade da infra-
estrutura de telecomunicações em edifícios com o projecto, nomeadamente para efeitos
do artigo 22º, do Decreto-Lei n.º 59/2000?
R.: Em primeiro lugar, importa referir que poderá não haver conformidade da infra-estrutura com
o projecto mesmo que não haja violação das prescrições e instruções técnicas.
Caso não se entendesse desta forma, seria admissível que uma infra-estrutura fosse totalmente
distinta do previsto no projecto, o que não é possível.
A infra-estrutura tem de respeitar a funcionalidade prevista no projecto, caso contrário não estará
em conformidade com o mesmo.
Será, porém, admissível uma mudança pontual na infra-estrutura, que mantenha a estrutura
funcional prevista no projecto.
O Manual ITED estabelece, no ponto 4.1, que uma das finalidades do projecto é definir a
arquitectura de rede. Considerando que se define arquitectura de rede como sendo "forma de
estruturação de uma rede de telecomunicações, incluindo nomeadamente os vários níveis
funcionais, as interfaces e os protocolos utilizados para garantir a comunicação entre os diversos
pontos e a transferência fiável de informação", entende-se que a funcionalidade de um projecto
ITED é a definição das arquitecturas das redes de cabos e tubagem que constam neste.
Assim, sempre que exista alteração das referidas arquitecturas de rede, existirá alteração à
funcionalidade e, consequentemente, a necessidade de uma alteração ao projecto.
Não será admissível uma mudança na infra-estrutura que altere essa estrutura funcional.
Exemplo 1: Num edifício em que se pretende instalar elevadores, o instalador efectua uma
alteração para permitir a comunicação dos elevadores. Ainda que tal possa ser considerada uma
mais valia para o edifício e para a infra-estrutura, a funcionalidade inicial do projecto foi
adulterada. Há violação do projecto, logo seria necessária uma alteração ao mesmo.
A seguir são enumeradas, de forma não exaustiva, outras situações de alterações das
instalações em relação ao projecto que não comprometem as funcionalidades deste:
27. Que equipamentos e materiais podem ser instalados nas ITED? Qual a situação dos
equipamentos já aprovados pela ANACOM?
R.: A demonstração de conformidade dos materiais a utilizar nas ITED com os requisitos
aplicáveis é da responsabilidade dos seus fabricantes, representantes ou importadores. A
ANACOM cessou a actividade de aprovação de materiais RITA.
Toda a informação respeitante aos materiais deverá estar à disposição da ANACOM, por um
período não inferior a 10 anos após a colocação no mercado do último material em causa. Os
instaladores deverão utilizar os equipamentos e materiais que estejam de acordo com as
especificações técnicas mínimas constantes do Manual ITED e com os requisitos aplicáveis
previstos no Decreto-Lei n.º 59/2000, de 19 de Abril, nomeadamente no seu artigo 40º. Os
esclarecimentos necessários quanto às características dos equipamentos e materiais deverão
ser obtidos junto dos fabricantes, seus representantes ou responsáveis pela colocação do
produto no mercado.
A tubagem a utilizar poderá ser constituída por condutas (tubos e calhas) e caminhos de cabos
(coretes, esteiras, caleiras e galerias). Os tubos e as calhas são constituídos por material não
metálico, embora se considere a existência de divisores metálicos no caso das calhas, tal como
definido no ponto 5.3.4.2 (ver tabela 18, do Manual ITED). Os caminhos de cabos podem ser
metálicos ou não metálicos. A utilização de esteiras metálicas é permitida desde que se garanta
o sigilo e a segurança das telecomunicações.
29. Na utilização de tubos, quais os tipos e os diâmetros que devem ser utilizados nas
ITED?
R.: A utilização de tubos tem colocado alguns problemas junto dos projectistas, instaladores e
entidades certificadoras, devido, principalmente, à escolha dos diâmetros a aplicar. O Manual
ITED refere sempre diâmetros internos, considerados úteis e calculados através das fórmulas
constantes do referido regulamento. A situação anómala decorre do facto da referência a
diâmetros internos coincidir com a referência comercial dos tubos. A obrigatoriedade do diâmetro
mínimo dos tubos das ITED ser Ø20mm, implica, na prática, a instalação de tubos com um
diâmetro comercial de Ø25.
O projectista ITED deverá fazer os cálculos dos tubos baseando-se nas fórmulas 1 e 2 do ponto
4.5.2 do Manual ITED. Com base nos diâmetros úteis calculados, o projectista ITED deverá
indicar no projecto não esses diâmetros, mas sim o diâmetro comercial do tubo que deve
ser aplicado.
O projectista tem de ter especial atenção na escolha das caixas onde a tubagem se interliga.
Recomenda-se sempre a consulta dos fabricantes de forma a escolher as caixas convenientes,
sublinhando-se o facto de a indústria portuguesa já começar a estar adaptada a esta situação.
Nas redes individuais, a mesma tubagem pode suportar os três tipos de tecnologia de transporte
de informação: par de cobre, cabo coaxial e fibra óptica. Esse facto faz com que, muitas vezes,
as caixas de aparelhagem sirvam de caixas de passagem, pelo que se recomenda a utilização
recorrente de caixas de aparelhagem de fundo superior ao especificado para as I1
(especificação ICP 25.03.40.007, 2ª edição).
Nas seguintes tabelas, são caracterizados todos os elementos necessários à escolha dos tubos
a aplicar nas ITED: locais de instalação; tipos de tubos; adaptação ao local; e diâmetros internos
e diâmetros comerciais.
Locais de instalação
Local de
Descrição
instalação
Enterrado Abaixo da superfície do solo
Laje Lajes de betão armado, aligeiradas ou madeira
Instalação embebida em paredes de tijolo, Itong,
Parede
alvenaria ou gaiola
Saliente Instalação saliente, ou exterior às paredes ou tectos
Esteira Esteiras plásticas ou metálicas
Corete Ocos de construção, verticais ou horizontais
Tipos de tubos
Designação Esmagamento/
Tipo Resistência Abrev.
corrente Choque
750 Newton / 2
Média VD-M
Rígido Joule
VD
isolante 1250 Newton / 6
Forte VD-F
Joule
750 Newton / 2 ERM/
Média
Joule Isogris-M
ERM/Isogris
1250 Newton / 6 ERM/
Forte
Maleável Joule Isogris-F
isolante 750 Newton / 2
Média MC-M
Corrugado ou Joule
anelado (MC) 1250 Newton / 6
Forte MC-F
Joule
Observações:
- Todos os tubos referidos têm obrigatoriamente de possuir o interior liso, tal
como regulamentado no Manual ITED.
- Deverá considerar-se a utilização de tubos livres de halogéneo.
Adaptação ao local
Local de instalação Tipos de tubo a aplicar
Enterrado VD-F, ERM/Isogris-F, MC-F
Laje VD-F, ERM/Isogris-F, MC-F
Parede VD-M, ERM/Isogris-M, MC-M
Saliente - zona de acesso privativo VD-M
Saliente - zona de acesso público VD-F
Esteira VD-M, ERM/Isogris-M, MC-M
Corete VD-M, ERM/Isogris-M, MC-M
Diâmetros internos e diâmetros comerciais
Ø Interno requerido VD ERM/Isogris
MC aplicável
(mm) aplicável aplicável
20 25 25 25
25 32 32 32
32 40 40 40
40 50 50 50
50 63 - 63
63 75 - 75
75 90 - 90
90 110 - 110
110 - - 125
125 - - 160
160 - - 200
Observação: Os diâmetros dos tubos a aplicar são sempre considerados
mínimos.
R.: Nos edifícios com projecto e instalação ITED, tem sido prática, entre os instaladores, a
aplicação de tubagem com diâmetros comerciais, considerados externos, iguais aos que
constam do projecto como sendo internos.
O Manual ITED é muito explícito no que diz respeito ao diâmetro da tubagem, considerando-a
sempre uma referência interna. O problema reside na coincidência dos diâmetros internos, assim
referidos, com as referências comerciais de tubagem, que se considera externa, o que, por
vezes, tem implicado dificuldades de interpretação junto dos técnicos.
A adopção desta última referência faz com que o diâmetro útil da tubagem não esteja de acordo
com o estabelecido no Manual ITED.
- Admitir a emissão de certificados de conformidade ITED, nas infra-estruturas onde foi instalada
uma tubagem de diâmetros comerciais iguais aos estabelecidos como internos no Manual ITED;
31. Os modelos de fichas técnicas que constam no Manual ITED devem ser totalmente
preenchidos e utilizados em todas as situações?
R.: Os modelos apresentados funcionam como um exemplo, devendo ser adaptados ao tipo de
instalação em causa, podendo ser alterados ou complementados com outras informações que o
projectista considere relevantes. Os modelos apresentados no Manual ITED pretendem
transmitir informações simplificadas, de modo a facilitar a compreensão do projecto. Essas
informações poderão ser transmitidas de outras formas que o projectista julgue mais
conveniente, levando a que algumas fichas técnicas possam ser eliminadas do projecto técnico.
R.: O Armário de Telecomunicações Individual (ATI) é um dispositivo que faz parte da rede
individual de tubagens, instalado na fracção autónoma, constituído por uma caixa e pelos
equipamentos (activos e passivos) instalados no seu interior. O ATI será disponibilizado no
mercado como uma solução completa, sendo apenas necessário proceder à sua instalação.
R.: Os ATI estão a ser desenvolvidos pela ANACOM em conjunto com a indústria portuguesa.
Existem 6 fabricantes com ATI desenvolvidos, alguns deles já a ser vendidos ao público.
35. Nas instalações executadas ao abrigo do Manual ITED é necessário fazer a certificação
das redes de cabo coaxial para a distribuição de sinais de TV?
R.: Sim, o ITED contempla todas as cablagens de telecomunicações do edifício, sejam elas em
par de cobre, cabo coaxial ou fibra óptica. Para todas é necessária a certificação.
36. Pretendo ensaiar as redes de cablagem em cabo coaxial. Que ensaios tenho de fazer e
que equipamentos devo utilizar?
R.: O único ensaio obrigatório para as redes coaxiais dos edifícios é o ensaio do nível de sinal
nas tomadas de cliente, o qual, na prática, se recomenda que esteja situado entre 61 e 66
dBµ V. Para o Nível de Qualidade 2a das ITED, o nível de sinal deve ser medido nas
frequências piloto de 85 e 750 MHz. Para o nível de qualidade 2b, as frequências piloto são de
85, 750, 1000 e 2150 MHz. Admite-se uma certa tolerância nestas frequências piloto, na ordem
dos 10%.
Relativamente ao equipamento a utilizar, este deverá estar adaptado às frequências que são
injectadas no sistema de cablagem coaxial.
Tome-se como exemplo o Nível de Qualidade 2a: a aparelhagem de teste e medida terá de estar
adaptada às frequências piloto de 85 e 750 MHz, não sendo necessário cobrir a banda de
frequências até 1 GHz.
37. As antenas fazem parte dos sistemas de cablagem para distribuição de sinais sonoros
e televisivos dos tipos A e B?
38. O que devo ter em conta na elaboração de projectos ITED em locais não residenciais,
para uso profissional?
R.: Os locais não residenciais, para uso profissional, são projectados como se se tratasse de um
edifício para uso residencial, no que respeita a redes colectivas e de entradas no edifício. No
projecto da rede individual, deverão ser tidas em conta as necessidades do cliente e os fins a
que o edifício se destina, podendo optar-se pela execução, ou não, das redes em cabo coaxial
para a distribuição de sinais sonoros e televisivos (CATV, MATV) a partir do Armário de
Telecomunicações Individual (ATI) . Essas mesmas redes são obrigatoriamente executadas em
termos de tubagem. Deverá também ser ponderada a instalação de um maior número de
tomadas por posto de trabalho ou por cada 10 m2.
R.: Este tipo de infra-estruturas estão excluídas do âmbito do Decreto-Lei n.º 59/2000, de 19
de Abril. No entanto, cada edifício constituinte da urbanização ou loteamento é alvo de
certificação, sendo excluídas as infra-estruturas de telecomunicações para além das fronteiras
do ITED, definidas no Manual respectivo.
R.: Existe o Manual ITED para os edifícios constituintes da urbanização ou loteamento. Não
existem prescrições e especificações técnicas para as infra-estruturas de telecomunicações para
além das fronteiras do ITED, definidas no Manual respectivo.
41. O que é que se deve ter em conta na elaboração de projectos ITED para moradias em
banda?
R.: As moradias em banda poderão, em alguns casos, ser consideradas como edifícios com
mais de uma fracção autónoma, com partes individuais e colectivas, construídos na horizontal.
As ITED são executadas como se se tratasse de um edifício desenvolvido na vertical e com as
mesmas características.
43. Como são tratados os sistemas para uso exclusivo do edifício, como a videoportaria e
a televigilância?
R.: Os sistemas para uso exclusivo do edifício, como a videoportaria e a televigilância, são redes
privativas do edifício e, como tal, a cablagem destinada a estes serviços deverá ocupar uma rede
de tubagem específica.
R.: Existem duas entradas consideradas obrigatórias: a Passagem Aérea de Topo (PAT) e a
Entrada Subterrânea (ES). A PAT tem de ser executada em todos os edifícios,
independentemente de terem ou não antenas. A ES é executada abaixo do nível do solo,
recomendando-se a sua ligação às câmaras de visita de operadores.
Não. A entrada aérea surge ao nível do piso térreo do edifício, sendo a sua construção
considerada opcional e não recomendada. No caso de existir ela deve ser executada com 2
tubos de diâmetro interno igual ou superior a 25mm, tal como consta dos quadros de
dimensionamento do Anexo 3 do Manual ITED. Se a entrada aérea existir só pode ser utilizada
se não houver a possibilidade de utilização da entrada subterrânea.
R.: Uma vez que não existem derivações no percurso intermédio entre o RG-PC e as fracções, o
sobre-dimensionamento deverá ser garantido no secundário do RG-PC, através da colocação de
um maior número de dispositivos de derivação, bem como o sobre-dimensionamento da
respectiva tubagem.
R.: As dimensões mínimas para as caixas da coluna montante são as da C1, sendo estas um
exemplo de caixas que podem ser instaladas. O Manual ITED aponta para o sobre-
dimensionamento das caixas, quando se preveja o uso de amplificadores ou outros dispositivos
nas colunas montantes.
48. Face ao Manual ITED, podem continuar a ser utilizados os equipamentos e materiais
fabricados ao abrigo das especificações RITA?
R.: Sim. Devem ser utilizados equipamentos e materiais que satisfaçam os requisitos mínimos
constantes no Manual ITED, onde se incluem os materiais ao abrigo das especificações RITA.
49. Com a entrada em vigor do Manual ITED deixa de existir o Bloco Privativo de
Assinante (BPA)?
R.: O Manual ITED não prevê a existência deste dispositivo. A colocação deste tipo de
dispositivos para o ensaio da linha por parte do operador é da responsabilidade do mesmo,
podendo ser colocados no primário do RG-PC (Repartidor Geral de Par de Cobre) ou, em
alternativa, no equipamento terminal.
50. De acordo com o Manual ITED, os cabos a utilizar na ligação à terra de protecção
podem ser de cor verde/ amarelo?
R.: Os cabos a utilizar na ligação à terra de protecção podem ser de cor verde/ amarelo ou
verde/ vermelho. No entanto, nos casos em que possa existir confusão com outros condutores
de terra que não sejam destinados às ITED, será utilizada a cor verde/ vermelho.
51. Qual o tipo de fechadura que deve ser utilizado nas caixas da rede colectiva de
tubagem e de quem é a responsabilidade pela respectiva colocação?
R.: A fechadura que deve ser utilizada é aquela que está referida nas especificações RITA,
disponível no mercado. A responsabilidade da sua colocação é da entidade certificadora na
altura da certificação.
52. Na distribuição dos sistemas de cablagem nas redes individuais que tipo de topologia
deve ser utilizada?
R.: Para a distribuição dos sistemas de cablagem nas redes individuais deve ser utilizada uma
topologia em estrela.
53. Na distribuição dos sistemas de tubagem nas redes individuais utiliza-se a distribuição
em estrela, tal como para a cablagem?
R.: Não. Nas fracções autónomas um mesmo tubo pode conter vários cabos de
telecomunicações, sejam eles em par de cobre ou em cabo coaxial.
R.: À partida, não. Partindo do princípio que a tubagem é enterrada e por uma questão de
segurança e estanquicidade, os tubos interligam directamente a Caixa de Entrada de Moradia
Unifamiliar (CEMU) ao ATI, excepto talvez já dentro da fracção autónoma, onde poderá ser
necessária uma caixa que permita as manobras de enfiamento dos cabos.
R.: Sim. De forma a garantir o sigilo e a segurança das telecomunicações, a cablagem deverá
ser salvaguardada por tubos ou calhas, podendo também circular em esteiras.
56. Qual o tipo de cablagem de pares de cobre que deve ser instalado entre a Caixa de
Entrada de Moradia Unifamiliar (CEMU) e o Armário de Telecomunicações Individual (ATI)
de uma moradia unifamiliar?
57. Na instalação do RG-PC devo preencher totalmente os dez pares de cada uma das
réguas?
R.: No caso de se utilizarem réguas de dez pares, elas devem ser preenchidas apenas com oito
pares de cobre, em que cada conjunto de quatro pares é direccionado a uma fracção autónoma,
facilitando assim os testes e a identificação. Uma boa alternativa é a utilização de réguas de
quatro ou oito pares de cobre.
R.: Como mínimo devem ser direccionados quatro pares de cobre para a zona dos elevadores,
independentemente do seu número. Os quatro pares de cobre podem terminar numa tomada
RJ45 ou numa régua do tipo Dispositivo de Derivação (DD).
59. A tabela 15 do ponto 4.5.5 do Manual ITED considera que uma fracção autónoma, em
termos de ligação subterrânea às redes públicas de telecomunicações, é equivalente a
uma moradia unifamiliar?
R.: Não. No caso de se considerar uma única fracção autónoma não residencial, deverá ser
adoptado o dimensionamento previsto na segunda linha da tabela, ou seja, até oito fracções
autónomas.
60. Considerando que tenho uma fábrica constituída por uma única fracção autónoma,
devo adoptar uma CEMU como ponto de entrada de telecomunicações no exterior do
edifício?
R.: Não. É absolutamente proibido. As terras da parte eléctrica são independentes das terras das
ITED. O único ponto comum situa-se na ligação entre o Barramento Geral das Terras das ITED
(BGT) e o barramento comum de terras da parte eléctrica, onde se vão interligar todos os
sistemas de terras do edifício, de acordo com as normas europeias aplicáveis.
62. Os projectistas ITED são obrigados a enviarem à ANACOM uma cópia dos termos de
responsabilidade dos projectos executados. O que devo fazer?
R.: O Decreto-Lei n.º 59/2000 estabelece no seu artigo 11º, alínea g), a obrigatoriedade de envio
à ANACOM dos termos de responsabilidade dos projectos elaborados. Recomenda-se
vivamente o envio a esta Autoridade, por e-mail, fax ou carta, de uma cópia de todos os termos
de responsabilidade dos projectos elaborados ao abrigo do Manual ITED.