EL

ESTRUCTURALISMO
JEAN PIAGET

LA COLECCIÓN ENCICLOPÉDICA MÁS IMPORTANTE DEL MUNDO

 ¿QUÉ SÉ?

El estructuralismo
J e a n Piaget
P r o f e s o r d e la Facultad d e C i e n c i a s de G i n e b r a

El estructuralismo
Titulo original: L e s f r u c f u r a f e m e
Traducción: P u b l i c a c i o n e s C r u z O . , S . A .
c o n l a colaboración e s p e c i a l d e
Claudia A. Loeffier Berg
P r i m e r a edición e n ¿Qué Sé?: 1 9 9 5
Reimpresión, j u l i o d e 1999.
© 1960, Presses Universitaires de France
D . R . © D e l a p r e s e n t e edición
Publicaciones Cruz O., 8.A.
Patriotismo 875-d Mixcoac
México, D . F . C P 0 3 9 1 0
Coedición: Dirección G e n e r a l d e P u b l i c a c i o n e s d e l
Consejo Nacional para la Cultura y las Artes/
Publicaciones Cruz O., S.A.
L a reproducción total o parcial d e e s t a o b r a ,
incluida la portada, p o r cualquier m e d i o ,
e s u n a c t o d e piratería i n t e l e c t u a l
perseguido por la ley penal.
ISBN 968-20-0156-0
I m p r e s o e n México
Introducción y planteamiento de problemas
1 . D e f i n i c i ó n . S e h a d i c h o f r e c u e n t e m e n t e q u e e s difícil c a -
racterizar el estructuralismo, p o r q u e h a a d o p t a d o mijltiples
f o r m a s p a r a p r e s e n t a r u n d e n o m i n a d o r común y p o r q u e l a s
"estructuras" invocadas h a n adquirido significaciones cada
v e z más diferentes. A l c o m p a r a r l os diversos sentidos q u e
h a t o m a d o el e s t r u c t u r a l i s m o e n e l ámbito d e l a s c i e n c i a s
contemporáneas y d e las d i s c u s i o n e s corrientes, p o r d e s -
g r a c i a c a d a v e z más d e m o d a , p a r e c e posible i n t e n t a r u n a
síntesis, c o n l a condición e x p r e s a d e d i s t i n g u i r l o s d o s p r o -
blemas siempre relacionados d e hecho aunque inde-
p e n d i e n t e s e n derecho: el del ideal positivo q u e a b a r c a l a
noción d e e s t r u c t u r a e n l a s c o n q u i s t a s o e s p e r a n z a s d e l a s
diversas variedades d e estructuralismo, y el de las inten-
c i o n e s críticas q u e h a n a c o m p a ñ a d o e l n a c i m i e n t o y d e s a -
rrollo d e c a d a u n a d e e l l a s , e n oposición a l a s t e n d e n c i a s
reinantes e n las diferentes disciplinas.
A l a b a n d o n a r s e a e s t a disociación, s e d e b e r e c o n o c e r
e n t o n c e s q u e existe e f e c t i v a m e n t e u n ideal común d e inte-
ligibilidad, q u e a l c a n z a n o q u e b u s c a n t o d o s l o s "estructu-
r a l i s t a s " , m i e n t r a s q u e s u s i n t e n c i o n e s críticas s o n i n f i n i t a -
m e n t e v a r i a b l e s : p a r a u n o s , c o m o e n matemáticas, e l
e s t r u c t u r a l i s m o s e o p o n e a l a separación d e capítulos h e t e -
rogéneos, e n c o n t r a n d o l a u n i d a d g r a c i a s a i s o m o r f i s m o s ;
p a r a l o s o t r o s , c o m o e n g e n e r a c i o n e s s u c e s i v a s d e lingüis-
t a s , e l e s t r u c t u r a l i s m o s e distanció s o b r e t o d o d e l a s i n v e s -
t i g a c i o n e s diacrónicas q u e t r a t a n fenómenos a i s l a d o s , p a r a
e n c o n t r a r s i s t e m a s d e c o n j u n t o e n función d e l a sincronía;
e n psicología, e l e s t r u c t u r a l i s m o h a c o m b a t i d o más l a s t e n -
dencias "atomistas" q u e buscaban reducir las totalidades a
asociaciones entre elementos previos; en las discusiones
 Las estructuras matemáticas y lógicas

5 . L a noción d e g r u p o . E s i m p o s i b l e d e d i c a r s e a u n a e x p o -
sición crítica d e l e s t r u c t u r a l i s m o s i n c o m e n z a r p o r e l e x a -
m e n d e l a s e s t r u c t u r a s matemáticas; e s t o p o r r a z o n e s n o
s o l a m e n t e lógicas, s i n o v i n c u l a d a s también c o n l a h i s t o r i a
m i s m a de las ideas. S i las influencias formativas q u e pu-
d i e r o n i n t e r v e n i r e n l o s c o m i e n z o s d e l a s e s t r u c t u r a s lin-
güísticas y psicológicas n o e r a n d e n a t u r a l e z a matemática
( S a u s s u r e s e inspiró e n l a c i e n c i a e c o n ó m i c a , e n s u d o c t r i -
n a s o b r e l o s e q u i l i b r i o s sincrónicos y l o s g e s t a l t i s t a s e n l a
física), e l m a e s t r o a c t u a l d e l a antropología s o c i a l y c u l t u r a l ,
Lévi-Strauss, p o r c o n t r a r i o , e x t r a j o d i r e c t a m e n t e s u s m o d e -
los e s t r u c t u r a l e s d e l álgebra g e n e r a l . >:
P o r o t r a p a r t e , s i s e a c e p t a l a definición d e l a s e s t r u c t u -
ras p r e s e n t a d a e n § 1 , parece incontestable q u e la más
vieja estructura conocida y estudiada c o m o tal h a sido de
"grupo", descubierta por Galois y q u e poco a poco conquis-
tó l a s matemáticas d e l s i g l o x i x . U n g r u p o e s u n c o n j u n t o
d e e l e m e n t o s ( p o r e j e m p l o l o s números e n t e r o s p o s i t i v o s y
n e g a t i v o s ) r e u n i d o s p o r u n a operación d e composición ( p o r
ejemplo la s u m a ) q u e , aplicada a esos elementos, vuelve
a dar u n elemento del conjunto; existe u n elemento neu-
tro ( e n el ejemplo escogido, el cero) q u e , c o m p u e s t o c o n
o t r o , n o l o m o d i f i c a (aquí n - i - 0 = 0 - i - n = n ) , y e x i s t e s o b r e
t o d o u n a operación i n v e r s a ( e n e s t e c a s o l a r e s t a ) q u e ,
c o m p u e s t a c o n l a operación d i r e c t a , d a e l e l e m e n t o n e u t r o
( + n - n = - n -(- n = 0 ) ; e n f i n , l a s c o m p o s i c i o n e s s o n a s o -
c i a t i v a s ( a q u í [n + m] + \ n + [n\ I ] ) .
C o m o f u n d a m e n t o d e l álgebra, l a e s t r u c t u r a d e g r u p o r e -
sultó s e r d e u n a g e n e r a l i d a d y f e c u n d i d a d e x t r a o r d i n a r i a s .
S e l a e n c u e n t r a e n casi t o d o s l o s ámbitos d e l a s matemáti-

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c a s y e n lógica; h a a d q u i r i d o u n a i m p o r t a n c i a f u n d a m e n t a l
e n física y e s p r o b a b l e q u e e n biología l o s e a u n día t a m -
bién. E s i m p o r t a n t e e n t o n c e s p r o c u r a r c o m p r e n d e r l a s r a -
z o n e s d e e s t e éxito p o r q u e , a l p o d e r s e r c o n s i d e r a d o c o m o
un prototipo d e las "estructuras", y en c a m p o s e n los q u e
todo lo q u es e avanza debe s e rdemostrado, el grupo sumi-
n i s t r a l a s más sólidas r a z o n e s d e e s p e r a n z a e n e i f u t u r o
d e l e s t r u c t u r a l i s m o , c u a n d o éste r e v i s t e f o r m a s p r e c i s a s .
L a p r i m e r a d e e s t a s r a z o n e s e s l a f o r m a lógico-matemá-
tica d e l a abstracción, d e l a c u a l p r o c e d e e l g r u p o y q u e e x -
plica la generalidad d e s u s utilizaciones. C u a n d o u n a pro-
p i e d a d e s d e s c u b i e r t a p o r abstracción a p a r t i r d e i o s
objetos mismos, n o s informa ciertamente sobre esos obje-
tos, p e r o e n t r e más g e n e r a l e s la p r o p i e d a d más c o r r e el
riesgo d e s e r pobre y poco utilizable porque e s aplicable a
t o d o . A l c o n t r a r i o , l o p r o p i o d e l a abstracción reflexionante
q u e c a r a c t e r i z a al p e n s a m i e n t o lógico-matemático e s q u e
se extrae n o d e los objetos, sino d e las acciones q u e pue-
den ejercerse sobre ellos y, e s e n c i a l m e n t e , d e las coordi-
n a c i o n e s más g e n e r a l e s c o n e s a s a c c i o n e s , tales c o m o l a
d e r e u n i r , o r d e n a r , c o r r e l a c i o n a r , etcétera. A h o r a b i e n , s o n
precisamente esas coordinaciones generales las q u e u n o
v u e l v e a e n c o n t r a r e n e l g r u p o , s o b r e t o d o , a) l a p o s i b i l i d a d
d e u n r e t o r n o a l p u n t o d e p a r t i d a (operación i n v e r s a d e l
g r u p o ) , y b) l a p o s i b i l i d a d d e a l c a n z a r u n m i s m o o b j e t i v o
por diferentes c a m i n o s sin q u e el punto d e llegada s e a m o -
dificado p o r el itinerario recorrido (asociatividad del grupo).
En cuanto a la naturaleza de las composiciones (reunio-
n e s , etcétera), p u e d e s e r i n d e p e n d i e n t e d e l o r d e n ( g r u p o s
conmutativos) o tratar sobre un orden necesario.
Luego d e lo anterior, la estructura del grupo e s e n con-
secuencia u n instrumento d e coherencia q u e incluye s u
p r o p i a lógica, d a d o s u r e g l a j e i n t e r n o o autorregulación. E n
efecto, p o r s u ejercicio m i s m o , establece tres d e l o s princi-
pios f u n d a m e n t a l e s del racionalismo: el d e n o contradic-
ción, q u e está e n c a r n a d o e n l a r e v e r s i b i l i d a d d e l a s t r a n s -
f o r m a c i o n e s ; e l d e i d e n t i d a d , q u e está a s e g u r a d o p o r l a
p e r m a n e n c i a d e l e l e m e n t o n e u t r o , y p o r último e s e p r i n c i -
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pió s o b r e e l q u e s e i n s i s t e m e n o s p e r o q u e e s i g u a l m e n t e
e s e n c i a l , según el cual el p u n t o d e l l e g a d a p e r m a n e c e in-
dependiente del camino recorrido. Por ejemplo, el conjunto
de desplazamientos en el espacio forma un grupo (puesto
q u e d o s d e s p l a z a m i e n t o s s u c e s i v o s s o n aún u n d e s p l a -
zamiento, y a que un desplazamiento puede ser anulado
p o r e l d e s p l a z a m i e n t o i n v e r s o o " r e t o r n o " , etcétera). A h o r a
bien, la asociabilidad del grupo d e desplazamientos q u e
c o r r e s p o n d e a l a c o n d u c t a d e "desvíos" e s e n e s t e a s p e c t o
fundamental para la coherencia del espacio, puesto q u e si
los puntos d e llegada fueran constantemente modificados
p o r l o s c a m i n o s r e c o r r i d o s , y a n o habría e s p a c i o s i n o u n
f l u i d o p e r p e t u o c o m p a r a b l e a l río d e H e r á c l i t o .
El grupo e s además u n i n s t r u m e n t o esencial d e trans-
formaciones, pero d e transformaciones racionales q u e n o
modifican todo a la vez, y de las q u e cada u n a e s solidaria
d e u n a i n v a r i a n t e ; así, e l d e s p l a z a m i e n t o d e u n s ó l i d o e n e l
e s p a c i o n o r m a l d e j a i n t a c t a s s u s d i m e n s i o n e s , y l a división
d e u n t o d o e n f r a c c i o n e s d e j a i n v a r i a n t e l a s u m a t o t a l , etcé-
t e r a . L a e s t r u c t u r a d e l g r u p o b a s t a p a r a d e n u n c i a r e l carác-
t e r a r t i f i c i a l d e l a antítesis e n l a q u e E . M e y e r s o n f u n d a b a
s u epistemología, según l a c u a l t o d a modificación sería
i r r a c i o n a l y sólo l a i d e n t i d a d caracterizaría l a razón.
C o m o combinación i n d i s o c i a b l e d e l a transformación y d e
l a conservación, e l g r u p o e s e n t o n c e s u n i n s t r u m e n t o i n -
c o m p a r a b l e d e c o n s t r u c t i v i d a d , n o sólo p o r q u e e s u n s i s t e -
m a d e transformaciones, sino incluso, y sobre todo, porque
éstas d e a l g u n a m a n e r a p u e d e n e s t a r d o s i f i c a d a s p o r l a d i -
ferenciación d e u n g r u p o e n s u s s u b g r u p o s y p o r l o s p a s o s
p o s i b l e s d e u n o d e éstos a l o s o t r o s . Así, e l g r u p o d e l o s
d e s p l a z a m i e n t o s deja invariantes, además d e las d i m e n -
siones d e la figura desplazada (porlo tanto las distancias),
s u s ángulos, s u s p a r a l e l a s , s u s r e c t a s , etcétera. S e p u e d e
entonces hacer variar las dimensiones, pero conservando
t o d o el resto, y s e o b t i e n e u n g r u p o más g e n e r a l c u y o gru-
po d e desplazamientos deviene un subgrupo: el de las s i -
militudes, q u e permite agrandar u n afigura sin modificar s u
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f o r m a S e p u e d e después m o d i f i c a r l o s ángulos, p e r o c o n -
s e r v a n d o l a s p a r a l e l a s y l a s r e c t a s , etcétera; s e o b t i e n e a s i
u n g r u p o a u n más g e n e r a l d e l q u e el d e l a s similitudes d e -
v i e n e u n s u b g r u p o : e l d e l a g e o m e t r í a "afín", q u e i n t e r v i e -
ne por ejemplo, transformando u n r o m b o e n otro. S e conti-
nuará m o d i f i c a n d o l a s p a r a l e l a s p e r o s e conservarán l a s
rectas: l l e g a m o s e n t o n c e s al g r u p o "proyectivo" (perspecti-
v a s , etcétera), d e l c u a l l o s p r e c e d e n t e s s e c o n v i e r t e n e n
s u b g r u p o s i n c o r p o r a d o s . P o r último, s e p u e d e c o n s e r v a r
sólo l a s r e c t a s , y c o n s i d e r a r f i g u r a s d e a l g u n a m a n e r a
elásticas, m a n t e n i e n d o l a s c o r r e s p o n d e n c i a s biunívocas y
b i c o n t i n u a s e n t r e s u s p u n t o s ; ése será e l g r u p o más g e n e -
ral o g r u p o d e l a s " h o m e o m o r f i a s " p r o p i o p a r a l a topología.
Así, l a s d i f e r e n t e s g e o m e t r í a s — q u e p a r e c e n c o n s t i t u i r e l
m o d e l o d e d e s c r i p c i o n e s estáticas, p u r a m e n t e f i g u r a t i v a s y
r e p a r t i d a s e n capítulos d e s u n i d o s — , a l u t i l i z a r l a e s t r u c t u r a
d e g r u p o , y a n o f o r m a n más q u e u n a v a s t a construcción
cuyas transformaciones permiten, p o r el e n c a j o n a m i e n t o
de los subgrupos, pasar de u n a subestructura a otra (sin
hiablar d e l a métrica g e n e r a l q u e s e p u e d e a p o y a r s o b r e l a
topología p a r a d e r i v a r d e ahí l a s métricas p a r t i c u l a r e s , n o
e u c l i d i a n a s o e u c l i d i a n a s , y r e g r e s a r así a l g r u p o d e l o s
d e s p l a z a m i e n t o s ) . E s t e c a m b i o radical d e u n a geometría fi-
gurativa a u n s i s t e m a total d e t r a n s f o r m a c i o n e s F. Klein p u -
d o e x p o n e r l o e n s u f a m o s o Programa de Eriangen, u n p r i -
m e r e j e m p l o d e lo que, gracias a la estructura d e grupo, s e
puede llamar u n a victoria positiva del estructuralismo.
6. L a s estructuras m a d r e s . P e r o la victoria aludida e s ape-
n a s parcial, y lo propio d e lo q u e s e h a podido llamar la e s -
c u e l a e s t r u c t u r a l i s t a e n matemáticas — e s decir l a d e l o s
B o u r b a k i — h a sido tratar d e s u b o r d i n a r t o d a s l a s matemá-
ticas a la idea d e estructura.
L a s matemáticas clásicas e s t a b a n f o r m a d a s p o r u n c o n -
j u n t o d e capítulos heterogéneos: álgebra, teoría d e l o s nú-
m e r o s , analítica, geometría, cálculo d e p r o b a b i l i d a d e s , e t -
cétera, t r a t a n d o c a d a u n o s o b r e u n área d e l i m i t a d a y s o b r e
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o b j e t o s o " s e r e s " d e f i n i d o s p o r s u s p r o p i e d a d e s intrínsecas.
El h e c h o d e q u e la estructura d e grupo h a y a podido apli-
c a r s e a l o s e l e m e n t o s más d i v e r s o s y n o sólo a l a s o p e r a -
ciones algebraicas, condujo a los Bourbaki a generalizar la
investigación d e l a s e s t r u c t u r a s según u n p r i n c i p i o análogo
d e abstracción. S i u n o l l a m a " e l e m e n t o s " a o b j e t o s y a a b s -
traídos t a l e s c o m o l o s números, l o s d e s p l a z a m i e n t o s , l a s
p r o y e c c i o n e s , etcétera ( y s e c o n s t a t a q u e h a y y a r e s u l t a -
d o s d e o p e r a c i o n e s así c o m o o p e r a c i o n e s e n sí m i s m a s ) ,
el g r u p o n o está c a r a c t e r i z a d o p o r l a n a t u r a l e z a d e e s o s
e l e m e n t o s , p e r o l o s s o b r e p a s a p o r u n a n u e v a abstracción
de grado superior q u e consiste en separar ciertas transfor-
maciones comunes a las q u e u n o puede someter cualquier
tipo d e e l e m e n t o s . A s i m i s m o , e l método B o u r b a k i h a c o n -
s i s t i d o — m e d i a n t e u n p r o c e d i m i e n t o d e elaboración d e i s o -
m o r f i s m o s — e n r e p a r a r l a s e s t r u c t u r a s más g e n e r a l e s a
las q u e p u e d e n s o m e t e r s e e l e m e n t o s matemáticos d e t o -
d a s l a s v a r i e d a d e s , c u a l q u i e r a q u e s e a el ámbito d e l c u a l
s e les t o m e prestados, y haciendo entera y total abstrac-
ción d e s u s n a t u r a l e z a s p a r t i c u l a r e s .
P o r lo tanto, el punto d e partida d e s e m e j a n t e e m p r e s a
h a c o n s i s t i d o e n u n a s u e r t e d e inducción, p u e s t o q u e n i e l
número ni la f o r m a d e l a s estructuras f u n d a m e n t a l e s bus-
c a d a s , f u e r a n d e d u c i d o s a priori. E s t e m é t o d o l o c o n d u j o a l
d e s c u b r i m i e n t o d e tres "estructuras m a d r e s " , e s decir,
fuentes d e todas las otras, pero juzgadas irreductibles e n -
tre ellas ( s i e n d o e s t e número d e tres el r e s u l t a d o d e u n
análisis r e g r e s i v o y n o d e u n a construcción apriorística).
Existen, e n primer lugar, las "estructuras algebraicas", c u y o
prototipo e s el grupo, pero entendido c o n todos s u s deriva-
d o s ( " a n i l l o s " , " c u e r p o s " , etcétera). Están c a r a c t e r i z a d a s
por la presencia de operaciones directas e inversas, e n el
s e n t i d o d e u n a r e v e r s i b i l i d a d p o r negación (si T e s l a o p e -
ración y T - 1 s u i n v e r s a , e n t o n c e s T - ' ' • T = 0 ) . S e p u e d e n
distinguir e n seguida las "estructuras d e orden", q u e tratan
d e l a s r e l a c i o n e s y c u y o prototipo e s la "red" o "armazón"
(latticé), e s d e c i r , u n a e s t r u c t u r a d e u n a g e n e r a l i d a d c o m -
parable a la del grupo, pero q u e h a sido e s t u d i a d a más re-
21
c i e n t e m e n t e ( p o r D e d e k i n d , B i r k h o f f , etcétera). L a r e d u n e
s u s e l e m e n t o s por m e d i o d e las relaciones "sucede" o "pre-
cede", d o s elementos q u e implican siempre u n a "terminal
superior" más pequeña (lo más c e r c a n o a l o s s u c e s o r e s o
supremum) y u n a " t e r m i n a l i n f e r i o r " m á s g r a n d e ( l o m á s
e l e v a d o d e l o s p r e d e c e s o r e s o infimum). S e a p l i c a c o m o e l
g r u p o a u n número c o n s i d e r a b l e d e c a s o s ( p o r e j e m p l o al
"conjunto d e partes" d e u n conjunto, o "simplejo",^ o a u n gru-
p o y s u s s u b g r u p o s , etcétera). S u f o r m a g e n e r a l d e r e v e r -
s i b i l i d a d y a n o e s l a inversión, s i n o l a r e c i p r o c i d a d : " A • B
p r e c e d e a A -r B " , t r a n s f o r m a d o e n " A + B s u c e d e a A • B "
p o r p e r m u t a c i ó n d e l o s ( + ) y d e l o s (•), a s í c o m o d e l a s r e l a -
c i o n e s " p r e c e d e " y " s u c e d e " . P o r último, l a s t e r c e r a s e s -
t r u c t u r a s m a d r e s s o n d e n a t u r a l e z a topológica, f u n d a d a s
s o b r e l a s n o c i o n e s d e v e c i n d a d , d e c o n t i n u i d a d y d e límite.
U n a v e z q u e estas estructuras fundamentales h a n sido
distinguidas y caracterizadas, las demás s e obtienen p o r
d o s p r o c e s o s : o p o r combinación, s o m e t i e n d o u n c o n j u n t o
de elementos a d o s estructuras a la v e z (porejemplo, la to-
pología a l g e b r a i c a ) , o p o r diferenciación, e s decir, i m p o -
niendo a x i o m a s limitativos q u e definan las subestructuras
( p o r e j e m p l o , l o s g r u p o s geométricos q u e d e r i v a n c o m o
subgrupos sucesivamente encajonados del grupo de las
h o m e o m o r f i a s topológicas, i n t r o d u c i e n d o l a conservación
d e l a s r e c t a s , l u e g o d e l a s p a r a l e l a s , l u e g o d e l o s ángulos,
etcétera).^ S e p u e d e p a s a r también d e e s t r u c t u r a s f u e r t e s
a " e s t r u c t u r a s más débiles", p o r e j e m p l o u n s e m i g r u p o q u e
e s asociativo pero q u e n o tiene e l e m e n t o s n e u t r o s ni inver-
s o s (los números n a t u r a l e s > 0 ) .
Para relacionar estos diferentes aspectos unos c o n
o t r o s y p a r a a y u d a r a p r e c i s a r lo q u e podría s e r u n a s i g n i f i -
cación g e n e r a l d e l a s e s t r u c t u r a s , e s i n t e r e s a n t e p r e g u n t a r -
1 E n u n conjunto E formado d e n partes, el conjunto d e partes P(E) e s aquel
q u e s e o b t i e n e t o m a n d o e s t a s p a r t e s d e 1 e n 1 , 2 e n 2 , etcétera, c o m p r e n d i d o e l
c o n j u n t o vacío 0 y el c o n j u n t o E m i s m o , P ( E ) t i e n e e n t o n c e s 2 " e l e m e n t o s .
2 V é a s e supra, § 5.
22
s e si l o s f u n d a m e n t o s d e e s t a "arquitectura d e l a s matemá-
t i c a s " ( l a expresión e s d e l o s B o u r b a k i ) p r e s e n t a n u n carác-
t e r " n a t u r a l " o s i sólo p u e d e n s i t u a r s e e n e l t e r r e n o f o r m a l
d e l o s a x i o m a s . T o m a r e m o s aquí e l término " n a t u r a l " e n e l
m i s m o s e n t i d o e n el q u e s e p u e d e h a b l a r d e "números n a -
turales" para designar los enteros positivos q u e fueron
c o n s t r u i d o s a n t e s q u e l a s matemáticas l o s u t i l i z a r a n , y
c o n s t r u i d o s m e d i a n t e o p e r a c i o n e s extraídas d e l a acción
c o t i d i a n a , t a l e s c o m o l a c o r r e s p o n d e n c i a biunívoca utiliza-
da p o r las sociedades primitivas e n el intercambio d e u n o
c o n t r a u n o o p o r e l niño q u e j u e g a , m i l e n i o s a n t e s q u e
C a n t o r los utilizara para constituir el primer cardinal transfi-
nito.
A h o r a bien, e s sorprendente constatar q u e las primeras
o p e r a c i o n e s c o n i a s q u e s e a y u d a a l niño e n s u d e s a r r o l l o ,
y q u e derivan directamente de las coordinaciones gene-
rales d e s u s acciones sobre los objetos, pueden precisa-
m e n t e r e p a r t i r s e e n t r e s g r a n d e s categorías, según s u r e -
v e r s i b i l i d a d p r o c e d a p o r inversión, a l a m a n e r a d e l a s
estructuras algebraicas ( e n el c a s o particular: estructuras
d e clasificación y d e números), o p o r r e c i p r o c i d a d , c o m o e n
las estructuras d e orden ( e n el caso particular: seriaciones,
c o r r e s p o n d e n c i a s s e r i a l e s , etcétera) o q u e , e n l u g a r d e f u n -
darse sobre los parecidos y las diferencias, las reunio-
nes procedan por leyes de vecindad, de continuidad y d e
f r o n t e r a s , lo q u e c o n s t i t u y e e s t r u c t u r a s topológicas e l e -
m e n t a l e s ( q u e s o n , d e s d e e l p u n t o d e v i s t a psicogenético,
a n t e r i o r e s a l a s e s t r u c t u r a s métricas y p r o y e c t i v a s , c o n t r a -
r i a m e n t e a l a evolución histórica d e l a geometría, p e r o c o n -
f o r m e a l o r d e n d e filiación t e ó r i c a ) .
E s t o s h e c h o s parecen entonces indicar q u e las estructu-
ras m a d r e s d e los Bourbaki corresponden, bajo u n a f o r m a
naturalmente m u y elemental — s i n o rudimentaria—, y bas-
t a n t e a l e j a d a d e l a g e n e r a l i d a d y d e l a formalización q u e
e l l a s r e v i s t e n e n e i p l a n teórico, a c o o r d i n a c i o n e s n e c e s a -
rias p a r a el f u n c i o n a m i e n t o d e t o d a inteligencia d e s d e l o s
e s t a d i o s b a s t a n t e p r i m i t i v o s d e s u f o r m a c i ó n . N o s e r í a difí-
23
cil, e n e f e c t o , m o s t r a r q u e l a s p r i m e r a s o p e r a c i o n e s q u e s e
a c a b a n d e poner e n tela d e juicio proceden d e h e c h o d e
las coordinaciones sensoriomotrices m i s m a s cuyas accio-
n e s i n s t r u m e n t a l e s , e n el bebé d e l h o m b r e c o m o e n el
chimpancé, c o m p r e n d e n y a s e g u r a m e n t e "estructuras".^
Pero antes d e extraer lo q u e estas constataciones signi-
f i c a n d e s d e e l p u n t o d e v i s t a lógico, r e c o r d e m o s q u e e l
e s t r u c t u r a l i s m o d e l o s B o u r b a k i está e n vías d e t r a n s f o r -
m a c i ó n b a j o l a i n f l u e n c i a d e u n a c o r r i e n t e q u e e s útil s e ñ a -
lar, p u e s t o q u e p e r m i t e percibir e l m o d o d e d e s c u b r i m i e n -
to, c u a n d o n o d e formación, d e l a s n u e v a s e s t r u c t u r a s . S e
t r a t a d e l a invención d e l a s "categorías" ( M a c L a n e , E i l e n -
b e r g , etcétera), e s d e c i r , d e u n a c l a s e d e e l e m e n t o s , c o m -
prendidas las funciones q u e ellos implican, y por lo tanto
acompañados d e m o r f i s m o s . E n e f e c t o , e n s u acepción a c -
t u a l , u n a función e s l a "aplicación" d e u n c o n j u n t o s o b r e
o t r o o s o b r e sí m i s m o , y c o n d u c e así a l a construcción d e
isomorfismos o d e "morfismos" bajo todas s u s formas. In-
sistiendo sobre las funciones, basta c o n decir q u e las cate-
gorías y a n o están o r i e n t a d a s s o b r e l a s e s t r u c t u r a s m a -
dres, sino sobre los procedimientos m i s m o s d e la puesta
e n relación q u e p e r m i t i e r o n e x t r a e r i a s , l o q u e l l e v a a c o n s i -
derar la nueva estructura como derivada, n o los "seres" a
los q u e h a n llegado las operaciones precedentes, sino d e
estas operaciones mismas como procesos formadores.
N o e s e n t o n c e s s i n razón q u e S . P a p e r t v e a e n l a s c a t e -
gorías e l e s f u e r z o d e l matemático p o r c a p t a r l a s o p e r a c i o -
n e s , más q u e "las" matemáticas. Ése e s u n n u e v o e j e m p l o
d e e s a abstracción r e f l e x i o n a n t e q u e e x t r a e s u s u s t a n c i a ,
no d e los objetos, sino d e las acciones ejercidas sobre
ellos ( a u n cuando los objetos anteriores fueran y a el pro-
d u c t o d e t a l abstracción), y e s t o s h e c h o s s o n p r e c i o s o s e n
3 V é a s e infra, c u a r t o c a p í t u l o .
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c u a n t o a l a n a t u r a l e z a y a l m o d o d e construcción d e l a s e s -
tructuras.
7 . L a s e s t r u c t u r a s lógicas. A p r i m e r a v i s t a l a lógica p a r e c e
constituir el terreno privilegiado d e las estructuras, puesto
que trata sobre las formas del conocimiento y n o sobre s u s
c o n t e n i d o s . Más a u n , c u a n d o s e p l a n t e a e l p r o b l e m a ( m a l
v i s t o p o r l o lógicos) d e l a lógica n a t u r a l e n e l s e n t i d o ( i n d i -
c a d o e n § 6 ) d e l o s "números n a t u r a l e s " , u n o s e d a c u e n t a
rápidamente d e q u e l o s c o n t e n i d o s m a n i p u l a d o s p o r l a s
f o r m a s lógicas t i e n e n todavía f o r m a s o r i e n t a d a s e n l a d i -
rección d e a q u e l l a s q u e s o n l o g i c i a b l e s , f o r m a s d e l o s c o n -
tenidos q u e comprenden contenidos menos elaborados,
p e r o q u e t i e n e n d e n u e v o f o r m a s , y así s u c e s i v a m e n t e , p o r
s e r c a d a e l e m e n t o u n contenido para aquel q u e le e s s u p e -
r i o r y u n a f o r m a i n f e r i o r p a r a él.
Sin embargo, si este encajonamiento d e formas y esta
relatividad de las formas y d e los contenidos s o n altamente
i n s t r u c t i v o s p a r a l a teoría d e l e s t r u c t u r a l i s m o , n o i n t e r e s a n
a l a lógica, s a l v o i n d i r e c t a m e n t e e n relación c o n l a s f r o n t e -
r a s d e l a formalización.'* L a lógica simbólica o m a t e m á t i c a
( l a ú n i c a q u e c u e n t a h o y e n día) s e i n s t a l a e n u n p u n t o
cualquiera d e esta m a r c h a ascendente, pero c o n la inten-
ción sistemática d e h a c e r d e e l l a u n c o m i e n z o a b s o l u t o ;
e s t a intención e s r a z o n a b l e p u e s t o q u e e s r e a l i z a b l e g r a -
c i a s a l método axiomático. E n e f e c t o , b a s t a c o n e s c o g e r
c o m o p u n t o d e partida u n cierto número d e n o c i o n e s consi-
d e r a d a s c o m o i n d e f i n i b i e s , e n el s e n t i d o e n q u e servirán
para definir a l a s otras, y proposiciones consideradas c o m o
indemostrables (relativamente al sistema escogido, puesto
q u e s u elección e s libre), q u e servirán p a r a l a d e m o s t r a -
ción. E s n e c e s a r i o q u e e s t a s n o c i o n e s p r i m e r a s y e s t o s
a x i o m a s s e a n s u f i c i e n t e s , c o m p a t i b l e s e n t r e sí y r e d u c i d o s
V é a s e infra. § 8 .
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