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PATOLOGIA GERAL - DB-301, UNIDADE II, FOP/UNICAMP 1

ÁREAS DE SEMIOLOGIA E PATOLOGIA

EXAME CLÍNICO

Conceitos importantes
1 - Sinais.
Sinal vem do latim “signalis”, que significa manifestação, indício ou vestígio. Os sinais
são manifestações clínicas visíveis e perceptíveis pelo profissional, através de seus sentidos
naturais. Exs.: Mobilidade dental, tumefação na face (abcesso, tumor), úlceras na mucosa bucal
(aftas), mal hálito, etc.

2 - Sintomas.
Sintoma origina-se do grego “sympitien”, que significa acontecer. São manifestações
subjetivas percebidas pelo paciente e relatadas ao profissional. Ex.: dor, náusea, cansaço,
prurido, dormência, etc.

3 - Sintomatologia ou quadro clínico.


Representa um conjunto de sinais e sintomas presentes em uma determinada doença.
Ex.: disfunção temporomandibular.

- Sistemática do Exame Clínico.


O objetivo do exame clínico é a colheita de dados que constituirão a base do
diagnóstico.
Para um bom exame clínico exige-se: apuro dos sentidos, capacidade de observação,
bom senso, critério e discernimento, além do conhecimento básico sobre a doença.

O exame clínico divide-se em :


I - Anamnese ou exame subjetivo.
II - Exame físico ou exame objetivo.

I - Anamnese ou exame subjetivo :


O termo anamnese vem do grego “anamnésis”, que significa recordação, reminiscência
e indica tudo o que se refere à manifestação dos sintomas da doença, desde suas manifestações
prodrômicas (do início da doença) até o momento do exame.

* É importante ao profissional durante a anamnese :


a) o diálogo franco entre examinador e o doente;
b) a disposição para ouvir, deixando o paciente falar a vontade, interrompendo-o
mínimo possível;
c) demonstrar interesse não só pelos problemas do paciente, mas por ele, como pessoa;
d) possuir conhecimento científico, controle emocional, dignidade, bondade, afabilidade
e boas maneiras, a fim de obter um relato completo e poder chegar a um
diagnóstico.

* Técnicas de anamnese
Basicamente são duas as técnicas utilizadas na anamnese:
a) técnica do interrogatório cruzado. O examinador conduz as perguntas: sente dor?
onde? há quanto tempo?, etc. Esta técnica procura identificar os sintomas.
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b) técnica de escuta. O paciente tem a capacidade de relatar com as próprias palavras


suas preocupações pessoais.
Estas duas técnicas não são de todo independentes; freqüentemente se juntam e se
justapõem.

As diversas fases do interrogatório que constitui a anamnese são as seguintes:

1 - Identificação.
A identificação do paciente pode ser realizada tanto pelo profissional, como por pessoal
auxiliar. É recomendado, sempre que possível, que os elementos de identificação sejam
tomados por um auxiliar antes que o paciente entre em contato com o profissional. Tal prática
permite que se tenha uma primeira noção de quem atenderá, facilitando entabular aquela
conversa inicial tão importante para o relacionamento profissional/paciente.

Na identificação, os seguintes elementos devem ser considerados:


a) Nome: o nome completo do paciente, além de permitir o arquivamento do
prontuário, estabelece uma relação afetiva e de confiança do paciente para com o
examinador.
b) Endereço: o endereço completo, inclusive com o telefone, é uma necessidade para
garantir comunicação imediata com o paciente, em casos de complementação de
informações, mudança de horário de consulta, cancelamento ou qualquer outro tipo
de contato urgente.
c) Idade: é importante o conhecimento da idade, pois existem certas doenças que
incidem com maior freqüência em determinadas faixas etárias. Por exemplo, a
ocorrência de cárie dentária é mais freqüente na infância e puberdade, ao passo que
a doença periodontal é característica da idade adulta.
d) Estado Civil: deve ser referido com veracidade o solteiro, o casado, o viúvo, o
desquitado e o divorciado, principalmente no que diz respeito a problemática
psicológica que poderá intervir conforme o estado civil. "Indivíduos de ambos os
sexos, conforme o estado civil", poderão apresentar conflitos emocionais
decorrentes de vida instintiva sexual ou erótica, e também, as decorrentes da vida
intelectual em seus múltiplos aspectos: ideal, vocação, econômico-financeiro,
relação com o meio familiar, social e profissional “Vieira Romeiro, J. - Semiologia
médica ".
e) Sexo : existe predileção de certas doenças por um dos sexos. O sexo feminino é
mais predisposto à ulceração aftosa recorrente e ao hiperparatireoidismo; a
paracocidioidomicose, ao contrário, predomina intensamente no sexo masculino.
f) Cor : há determinadas afecções mais comuns de acordo com a raça. Carcinomas de
pele são mais freqüentes em indivíduos de cor clara. As displasias fibrosas são mais
comuns em negros.
g) Profissão. Certas profissões podem predispor o indivíduo a determinadas doenças.
Assim, os confeiteiros, em virtude da impregnação do ambiente por poeiras
amiláceas, estão sujeitos a surtos de cáries atípicas que se instalam em regiões do
dente relativamente imunes ao processo (cárie de confeiteiro). A queilite actínica e
os carcinomas da pele da face são freqüentes em lavradores, marinheiros e
pescadores, particularmente nos portadores de tez clara.
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h) Procedência : deve ser referida sempre, em razão da existência de zonas endêmicas


ou epidêmicas de determinadas moléstias como a doença de Chagas, pênfigo vulgar
etc.

2 - Queixa principal.
Representa o motivo fundamental que levou o paciente à consulta e pode ser
representada pela presença de indícios de anormalidade (um ou mais sinais e/ou sintomas),
evolução não satisfatória de algum tratamento realizado que leva o paciente a procurar outro
profissional ou, ainda, uma simples consulta de rotina sem sintomatologia presente.
Sempre que possível o relato da queixa deve ser registrado com as próprias palavras do
paciente, desde que razoavelmente inteligíveis e não excessivamente prolixas.

3 - História da doença atual (H.D.A).


É a parte mais importante da anamnese, e a mais difícil da propedêutica que o dentista
aprende e aperfeiçoa durante toda a sua vida profissional.
A H.D.A. resulta no histórico completo e detalhado de queixa apresentada em toda sua
evolução temporal e sintomatológica. Abrange a doença desde o seu estado prodrômico, até o
momento do exame. Os sintomas referidos sobre o problema principal (queixa) devem ser
examinados, e algumas perguntas são quase sistemáticas, na grande maioria dos casos, e não
podem ser omitidas pelo examinador. Assim temos :
- tempo de evolução do processo, isto é, quando se iniciou a sintomatologia;
- como eram no início os sinais e/ou sintomas;
- ocorreram episódios de exacerbação ou remissão do quadro clínico;
- recorde-se de algum fato que possa estar ligado ao aparecimento da doença;
- no caso de lesões assintomáticas, como era quando percebeu sua
existência em relação ao estado atual.
São estes alguns exemplos de perguntas bastante comuns que se fazem aos pacientes.

4 - História buco-dental
Deve investigar todo antecedente estomatológico do paciente, compondo um completo
histórico das ocorrências buco-dentárias.

Nesta fase do exame clínico, é importante saber :


- freqüência de visitas ao dentista;
- experiências passadas, durante e depois da aplicação da anestesia local e de
extrações dentais;
- tratamentos realizados anteriormente - protéticos , periodontais,
endodônticos, etc.;
- hábitos e dores na região da ATM :
a) apertamento dos dentes;
b) briquismo;
c) mordedura de lábio, mucosa jugal ou língua;
d) projeção lingual;
e) respiração bucal;
f) dificuldade em abrir a boca extensamente;
g) movimentos alterados;
h) sons articulares.
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5 - História médica.
Visa à obtenção de informações detalhadas sobre todas as doenças de caráter sistêmico
que acometeram o paciente desde o nascimento até a data atual.

A importância desta etapa da anamnese se resume nos seguintes tópicos:


a- Assegura que o tratamento dental não prejudique o estado geral do paciente nem
seu bem estar;
b -Averigua presença de alguma doença de ordem geral do paciente, ou fato do
mesmo estar tomando algum medicamento destinado ao seu tratamento e que
poderá prejudicar o correto atendimento odontológico;
c - Auxilia no diagnóstico de uma doença ignorada que exija um tratamento especial;
d - Representa um documento legal que pode ser útil em casos de reclamação judicial
por incompetência profissional.

*Obs.: As perguntas que serão dirigidas ao paciente constam na ficha clínica.


Verifique :

6 - Antecedentes familiares.
Têm por objetivo a obtenção de informações sobre o estado de saúde, principalmente,
de pais, irmãos, avós, esposa (o) e filhos, na busca de uma eventual doença herdada ou com
tendência familiar. Esta fase da anamnese é importante frente à suspeita de diabetes, doença
cardiovascular, tuberculose, distúrbios hemorrágicos, doenças alérgicas e nervosas.

7 - Hábitos.
O conhecimento de hábitos adquiridos pelo paciente, freqüentemente, se constitui em
elemento chave para elaborar o diagnóstico e fundamentar o prognóstico.
Hábitos nocivos, como tabaco, ingestão de bebidas alcoólicas e drogas, devem ser
minuciosamente determinados quanto ao tipo, tempo de uso, quantidade, variações ou
interrupções.

II - Exame físico ou exame objetivo :


Geralmente sucede a anamnese e objetiva a pesquisa de sinais presentes. No exame
físico, utiliza-se fundamentalmente os sentidos naturais do profissional na exploração dos
sinais.

A - As manobras clássicas são : inspeção, palpação, percussão, auscultação e o olfato.

1) Inspeção - é a avaliação visual sistemática do paciente submetido ao exame. O


examinador utiliza-se da inspeção a cada momento em que olha o seu paciente, observando os
traços anatômicos, fisiológicos e psíquicos.
Todas as características observadas e que se constituem em alterações da normalidade
devem ser minuciosamente descritas no prontuário do paciente, tais como: localização precisa,
dimensão, forma, cor, relações com estruturas normais, aspectos da superfície, etc.
Sobre a inspeção, costuma-se dizer: “Não basta olhar, há que se ver, não basta ver, há
que se analisar, não basta analisar, há que se compreender, não só uma parte, mas o todo”.
2) Palpação.
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A palpação deve abranger todas as estruturas extra e intra-bucais sob a responsabilidade


do C.D. e, inclusive as mais afastadas que possam apresentar alterações tributárias ou não dos
tecidos bucais. Ela nos fornece informações a respeito da consistência, limites, sensibilidade,
textura superficial, infiltração, pulsação, flutuação, mobilidade e temperatura das lesões. No
exame dos dentes se utiliza da chamada palpação indireta através de sonda exploradora.
De forma geral, as estruturas moles são examinadas pelo que se denominam de
palpação bidigital, digital e dígito-palmar.

2.1 - Exame das cadeias linfáticas da face e pescoço.


As mais importantes cadeias linfáticas da cabeça são as seguintes:
a) Parotídea, localizada na região anterior e inferior da orelha. É subdividida em nódulos
pré-auriculares e infra-auriculares. Recebe drenagem das partes moles da região do
couro cabeludo, face, parótida, conjuntivo, canto lateral do olho e lábio superior.
b) Submandibular, sob a borda inferior interna da mandíbula. É dividida em nódulos pré-
glandulares e intra-glandulares. Recebe drenagem de glândulas submandibulares,
bochecha, gengiva, parte da mucosa bucal, partes laterais do nariz, do lábio superior
e inferior, partes médias das pálpebras e bordas antero-laterais da língua.
c) Submentoniano, abaixo e atrás do mento. Recebe drenagem do lábio inferior, parte
anterior da gengiva e da mandíbula e é pouco comum serem envolvidos por
metástases de tumores. Os linfonodos localizados na linha média da mandíbula, logo
abaixo do queixo entre os ligamentos dos músculos digástricos anteriores, drenam
também a parte anterior da língua e do assoalho da boca.
d) Espinal acessória, segue o curso dos nervos espinais acessórios. Ela é dividida em
nódulos superiores, médios e inferiores. Recebe drenagem da nasofaringe, parte do
couro cabeludo, porção posterior do pescoço, pele da região e o grupo de gânglios
superiores da cadeia jugular.
e) Júgulo-carotídea, segue o curso da veia jugular e da artéria carótida, situando-se à
frente e atrás do músculo esternocleidomastoideo. Os nódulos superiores e inferiores
profundos encontram-se ao longo do trajeto da artéria carótida e veia jugular interna,
situando-se atrás do músculo esternocleidomastoideo. Está dividida em: superior
que drena parte posterior do pescoço, região occipital, partes do ouvido externo,
amígdalas, língua, mucosa bucal, palato, nasofaringe, laringe e parte superior do
esôfago; média, que drena a laringe e porções inferiores da faringe, e inferior, que
drena a tireóide, porção cervical do esôfago e algumas áreas abaixo da clavícula.

2.2 - Estudo clínico das linfadenopatias.


A linfonodulite é uma inflamação e/ou infecção de um linfonodo e, geralmente, aparece
em decorrência dos mesmos processos localizados em regiões drenadas pelos gânglios
alterados. Pode ser dividida em aguda ou crônica, solitária ou múltipla, regional ou
disseminada e específica ou inespecífica.
Um linfonodo considerado normal tem o tamanho aproximado de uma ervilha, é indolor
à palpação, liso, móvel e de consistência macia.
Um nódulo inflamado ou infectado costuma apresentar-se aumentado de volume, pouco
ou intensamente doloroso à palpação ou com a própria movimentação da cabeça ou pescoço do
paciente, liso, temperatura aumentada e móvel. Nos processos crônicos, estes sinais e sintomas
costumam aparecer atenuados e ocasionalmente, gerar o que é denominado de hiperplasia
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linfóide benigna com persistência do aumento do volume, mas, em muitos casos, assintomática.
Em condições agudas, eventualmente, o gânglio pode necrosar e supurar. Em contrapartida, os
nódulos metastáticos se apresentam aumentados de volume, indolores na maioria dos casos,
com superfície irregular, bastante duros à palpação e geralmente fixos, em decorrência da
proliferação das células tumorais, romper sua cápsula e se fixar às estruturas próximas. No
entanto, é de extrema importância lembrar que, inicialmente, todo gânglio metastático passa
por um processo semelhante ao que ocorre na vigência de uma inflamação crônica ou aguda e
que apenas em estádios posteriores apresenta as características citadas.
As lesões específicas que ocorrem no interior dos linfonodos são causadas
principalmente por tuberculose, histoplasmose, sarcoidose e mononucleose infecciosa. Esta
última atinge com mais freqüência os nódulos do pescoço.

3- Percussão. É uma manobra clínica comumente utilizada em Medicina mas de uso


restrito em Estomatologia. É um teste simples, aplicado principalmente no diagnóstico de
odontalgias. Normalmente utiliza-se o cabo de um espelho dental batendo-o contra a coroa de
um dente, em direção de seu longo eixo.

4- Auscultação. Da mesma forma que a percussão, é pouco usada em Estomatologia.


No entanto, vem sendo cada vez mais valorizada sua utilização na ausculta de estalidos da
A.T.M., principalmente quando se ampliam esses sons por meio de um estetoscópio. A
auscultação é um recurso indispensável quando se mede a pressão arterial do paciente.

5- Olfato. O odor exalado por determinadas lesões, bem como o hálito do paciente,
podem ser de valor semiológico. Assim, pacientes portadores de pênfigo foliáceo, apesar de
não apresentarem lesões bucais, exalam odor característico de “ninho de rato”; tumores
malignos avançados conferem ao paciente um hálito putrefato significativo.

ALTERAÇÕES DO DESENVOLVIMENTO E VARIAÇÕES DA NORMALIDADE

Toro Palatino e Mandibular


Características gerais. São formações ósseas nodulares, sésseis na linha média do palato. A
etiologia é desconhecida, havendo provavelmente influências genéticas familiais. Algumas raças
como a dos índios americanos e esquimós têm incidência muito maior que outras populações. São
mais freqüentes a partir da terceira década de vida.
O toro palatino aparece como uma protuberância na linha média do palato podendo ser
uni ou multilocular. O toro mandibular é geralmente bilateral e se localiza na porção lingual.
Tratamento. A lesão não precisa ser removida a não ser em casos onde se deseja colocar prótese
total ou parcial sobre a estrutura.

Língua Fissurada
Características gerais. Esta malformação se manifesta por numerosos pequenos sulcos na
superfície dorsal que se irradiam de um sulco central na linha média da língua.
Tratamento. A língua fissura é geralmente congênita e não necessita de tratamento.
Língua Pilosa
Características gerais. É causada por uma hipertrofia das papilas filiformes da língua. A cor pode
variar desde castanho até negro devido a impregnação de pigmentos externos como, tabaco,
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alimentos e medicamentos. A etiologia não é conhecida, sendo sugerido que fungos, deficiência
alimentar e antibioticoterapia podem provocar esta condição.
Tratamento: Não existe tratamento específico. A escovação da língua pode ajudar a eliminar
restos alimentares e pigmentos que se acumulam por entre as papilas, além de ajudar na
descamação da queratina.

Anquiloglossia (Língua presa)


Características gerais. Ocorre devido a fusão da língua e o assoalho bucal causada pela formação
deficiente do freio lingual, que pode ser curto ou inserido na ponta da língua. Devido a restrição do
movimento da língua estes pacientes apresentam deficiência na fala.
Tratamento. A maioria dos casos é tratado através de corte no freio.

Língua Geográfica (glossite migratória benigna)


Características gerais. É uma alteração de etiologia desconhecida, que se caracteriza pela
presença de áreas despapiladas avermelhadas na língua, que variam em poucas horas. Pode
também ocorrer na mucosa do lábio e bochecha, sendo chamada de mucosa geográfica. É comum a
ocorrência concomitante de língua fissurada. O paciente pode sentir sintomatologia de queimação e
ardência ao comer alimentos ácidos ou apimentados.
Tratamento. Não existe tratamento específico. Deve-se apenas esclarecer o paciente quanto a
benignidade desta alteração.

Macroglossia
Características gerais. É um aumento de tamanho da língua, podendo provocar deslocamento dos
dentes e má oclusão devido a pressão dos músculos. Ocorre freqüentemente associada a algumas
doenças genéticas como a Síndrome de Down e hipotireoidismo congênito, além de aparecer como
conseqüência de processos neoplásicos como hemangioma, linfangioma e neurofibromatose.
Tratamento. Não existe tratamento específico para esta alteração. Em alguns casos emprega-se a
redução cirúrgica para diminuir a massa tecidual.

Glossite Rombóide Mediana


Características gerais. Área despapilada com superfície plana ou irregular na porção central
do terço posterior do dorso da língua. Considerada uma anomalia de desenvolvimento
provavelmente devida a incapacidade do tubérculo impar retrair-se antes da fusão das metades
laterais da língua. Atualmente aceita-se que na maior parte dos casos a despapilação ocorre
associada à candidose.
Tratamento. Antifúngicos, nos casos onde a despapilação ocorre associada à candidose.

Varizes linguais
Características gerais. São veias dilatadas e tortuosas nas porções ventral e lateral da língua.
As varizes podem também aparecer em outras porções da mucosa bucal como o lábio e
bochecha. São aspectos comuns em pessoas idosas.
Tratamento. Não necessita de tratamento.
Grânulos de Fordyce
Características gerais. São glândulas sebáceas ectópicas, histologicamente idênticas às
presentes na pele. Aparecem como pápulas amareladas, bilaterais, simétricas na mucosa jugal e
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lábio, ocasionalmente são vistas nas outras partes da mucosa bucal. Ocorrem em cerca de 80%
da população.
Tratamento. Não necessitam de tratamento.

Amígdala lingual
Características gerais. As amígdalas linguais são um dos maiores agregados linfóides da
boca, localizadas na borda lateral posterior da língua. Estas estruturas inflamam com certa
freqüência, aumentando de tamanho e tornando-se clinicamente perceptíveis.
Tratamento. Em algumas ocasiões as amígdalas linguais inflamadas podem ser confundidas
com um carcinoma em estágio inicial. Em caso de dúvida deve ser feita biópsia.

Pigmentação Melânica Racial


Características gerais. Comum na gengiva, lábios, bochecha e palato de indivíduos de pele
escura. Nos lábios, áreas de pigmentação melânica são comuns em indivíduos caucasianos e de
raça amarela.
Tratamento. Em alguns casos a remoção é feita por razões estéticas ou para confirmação do
diagnóstico.
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EXAME CLINICO E VARIAÇÕES DA NORMALIDADE - OBJETIVOS

01. Conceituar sinal, sintoma e sintomatologia.


02. Conceituar anamnese e exame físico.
03. Descrever técnica de anamnese.
04. Explicar as diversas fases da anamnese:
a. identificação;
b. queixa principal;
c. história da doença atual;
d. história buco-dental;
e. história médica;
f. hábitos; descrevendo a atuação do C.D. em cada uma delas, citando exemplos.
05. Descrever exame físico.
06. Explicar as diversas fases do exame físico:
a. inspeção;
b. palpação;
c. percussão;
d. auscultação;
e. olfato; descrevendo a atuação do C.D. em cada uma delas, citando exemplos.
07. Descrever as cadeias linfáticas da face e pescoço demonstrando conhecimento no exame de
palpação ganglionar.
08. Descrever toro palatino e mandibular, demonstrando conhecimentos das características
clínicas e tratamento.
09. Descrever língua fissurada, demonstrando conhecimentos das características clínicas e
tratamento.
10. Descrever língua pilosa, demonstrando conhecimentos das características clínicas e
tratamento.
11. Descrever anquiloglossia, demonstrando conhecimentos das características clínicas e
tratamento.
12. Descrever língua geográfica, demonstrando conhecimentos das características clínicas e
tratamento.
13. Descrever macroglossia, demonstrando conhecimentos das características clínicas e
tratamento.
14. Descrever glossite rombóide mediana, demonstrando conhecimentos das características
clínicas e tratamento.
15. Descrever varizes linguais, demonstrando conhecimentos das características clínicas e
tratamento.
16. Descrever grânulos de Fordyce, demonstrando conhecimentos das características clínicas e
tratamento.
17. Descrever amígdala lingual, demonstrando conhecimentos das características clínicas e
tratamento.
18. Descrever pigmentação melânica racial, demonstrando conhecimentos das características
clínicas e tratamento.

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