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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA – UEPB – CAMPUS VIII

CENTRO DE CIÊNCIAS, TECNOLOGIA E SAÚDE – CCTS


DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
COMPONENTE CURRICULAR: INTRODUÇÃO À SOCIOLOGIA

DOCENTE: EDSON PEIXOTO DE VASCONCELLOS NETO

DUPLA: BARBARÁH MARIA DA SILVA MONTENEGRO


LUCAS ADEMAR ARRUDA FERNANDES DE LIMA

AS CONSEQUÊNCIAS DA MODERNIDADE – ANTHONY GIDDENS


RESUMO DO CAPÍTULO I

ARARUNA
2018
AS CONSEQUÊNCIAS DA MODERNIDADE – ANTHONY GIDDENS

CAPÍTULO I
As Descontinuidades da Modernidade; Segurança e Perigo; Confiança e Risco;
Sociologia e Modernidade; Modernidade, Tempo e Espaço; Desencaixe
Confiança; A Reflexividade da Modernidade; Modernidade ou Pós-
Modernidade?

INTRODUÇÃO

A abordagem de Giddens no livro “As Consequências da Modernidade”


destaca uma análise institucional da modernidade com ênfases cultural e
epistemológica, tentando trazer uma definição do que seria modernidade:
“modernidade refere-se a estilo, costume de vida ou organização social que
emergiram na Europa a partir do século XVII e que ulteriormente se tornaram
mais ou menos mundiais em sua influencia.” Nessa perspectiva podemos então
assimilar que nos encontramos em uma nova época.
Dentro dessa ideia, Giddens desenvolve suas concepções em torno do
que ele chama de uma interpretação descontinuísta do desenvolvimento social
moderno, que compreende que as instituições sociais modernas são, em
alguns aspectos, diferentes de outros tipos da ordem tradicional.

AS DESCONTINUIDADES DA MODERNIDADE
Para Giddens, os modos de vida gerados pela modernidade tem nos
causado o afastamento dos tipos tradicionais de ordem social de maneira, que
não há precedentes. Graças à radicalização dessas transformações, há uma
limitação de nosso conhecimento de períodos anteriores para interpretá-las. As
descontinuidades que tem levado ao afastamento das instituições modernas
das tradicionais tem por características: o ritmo da mudança; o escopo da
mudança que vem através de ondas sociais e penetram virtualmente todo
mundo; a natureza interna das instituições modernas.
SEGURANÇA E PERIGO, CONFIANÇA E RISCO.

Giddens compreende que a modernidade é um fenômeno de dois


gumes. A modernidade criou a oportunidade dos seres humanos desfrutarem
de uma vida confortável e segura e este aspecto de oportunidade sempre foi
enfatizado pelos fundadores clássicos da sociologia como Durkheim, Max
Weber e Marx, e, contudo essa ideia de vida confortável e segura gerou efeitos
indesejáveis como: O trabalho industrial moderno; os totalitarismos e entre
outras consequências desse passo. O mundo moderno é cheio de perigos, e
esses perigos tem contribuído para a perca da crença no progresso e
consequentemente para a dissolução de narrativas da história.

SOCIOLOGIA E MODERNIDADE.

Giddens destaca no livro que pode-se encontrar na sociologia três


concepções que impedem a realização de uma análise correta das instituições
modernas:
O diagnóstico institucional da modernidade: Giddens entende que essas
caracterizações da modernidade não podem ser compreendidas como
mutuamente excludentes, pois a modernidade, no âmbito das instituições, seria
multidimensional.

A sociedade: deve-se ter reservas à noção de sociedade utilizada


ordinariamente pelo pensamento sociológico. Primeiro, porque os autores que
vêem a sociologia como o estudo das sociedades levam em consideração
apenas as sociedades modernas e, entendidas desta forma, as sociedades
seriam simplesmente estados nação. Segundo, porque, frequentemente,
entende-se que o principal objetivo da sociologia seria soluciona o problema da
ordem, compreendida aqui como a forca que mantém a integração do sistema
em face das divisões de interesses. Para Giddens, o problema da ordem não
deve ser enfocado dessa maneira, mas como um problema de distanciamento
tempo-espaço, pois as sociedades modernas “são também entrelaçadas com
conexões que perpassam o sistema sociopolítico do Estado e a ordem cultural
da „nação‟” e apresentam um distanciamento de tempo-espaço muito maior que
o das mais desenvolvidas civilizações agrárias.
Conexões entre conhecimento sociológico e as características da
modernidade: em várias formas de pensamento, a sociologia tem sido
encarada como a ciência produtora de conhecimento sobre a vida social
moderna, que pode ser empregado a serviço da previsão e do controle.
Giddens compreende que essas concepções são insuficientes porque uma
visão de reflexividade extremamente simples. Para ele, “o conhecimento
sociológico espirala dentro e fora do universo da vida social, reconstituindo
tanto este universo como a si mesmo como uma parte integral deste processo”.
Complementa afirmando que “este é um modelo de reflexividade, mas não um
modelo em que há uma sucessão paralela entre a acumulação de
conhecimento sociológico, por um lado, e o controle firmemente mais extensivo
do desenvolvimento social, por outro”.

MODERNIDADE, TEMPO E ESPAÇO.

Giddens ressalta que todas as culturas pré modernas tinham sua


maneira de medir o tempo, apesar disso, esse forma de calcular o tempo
sempre esteve vinculada a tempo e lugar, a determinação da hora do dia
sempre esteve ligada a outros fatores sócio espaciais Ele atribui à descoberta o
relógio mecânico o fator crucial para a separação entre o tempo e o espaço. A
descoberta dessa inovação coincidiu com a expansão da modernidade e trouxe
como consequências a padronização do tempo através das regiões.
O afastamento entre tempo e espaço para Giddens é crucial para o
movimento da modernidade por várias razões: ela proporciona os mecanismos
de engrenagem para aquele traço distintivo da vida social moderna, a
organização racionalizada. As organizações modernas, para Giddens,
apresentam uma capacidade de conectar o local e o global que seriam
impensáveis nas sociedades tradicionais; A historicidade radical que
caracteriza a modernidade depende de inserções no tempo e no espaço que
não eram acessíveis às sociedades pré-modernas.

DESENCAIXE.

Giddens conceitua desencaixe como o “„deslocamento‟ das relações


sociais de contextos locais de interação e sua reestruturação através de
extensões indefinidas de tempo-espaço”. Ele ressalta a existência de dois tipos
de mecanismos presentes nas sociedades modernas: Fichas simbólicas, que
seria os meios de intercâmbio que podem ser circulados sem ter em vistas as
características específicas dos indivíduos ou grupos que lidam com eles em
qualquer conjuntura particular. Para exemplificar, ele usa essas fichas
simbólicas com o dinheiro, denominado por Marx como “prostituta universal” o
dinheiro é o meio de trocas que substitui os bens de serviços por um padrão
universal. Outro mecanismo que ele destaca é o sistema perito, são
conceituados como “sistemas de excelência técnica ou competência
profissional que organizam grandes áreas do ambiente material e social em
que vivemos hoje”.

CONFIANÇA.

Giddens entende por confiança que ela geralmente é um estado mais


contínuo do que sua teoria implica, ele tenta conceituar confiança através das
objeções abaixo:

1. A confiança estaria relacionada à ausência de tempo e espaço: não haveria


necessidade de se confiar em alguém ou num sistema cujas atividades ou
procedimentos fossem plenamente conhecidos e compreendidos;
2. A confiança está vinculada não ao risco, mas à contingência: a confiança
resulta da credibilidade em face de conseqüências contingentes, não
importando se esses resultados decorram das ações humanas ou das
operações de sistemas;
3. A confiança não se confunde com a fé na credibilidade de uma pessoa ou de
um sistema; ela deriva dessa fé. Seria uma espécie de elo que liga fé e crença.
4. Quando se fala em confiança em sistemas peritos ou em fichas simbólicas,
não nos referimos à fé na probidade moral dos outros, mas na fé na correção
de princípios dos quais se é ignorante;
5. Por isso, confiança seria a “crença na credibilidade de uma pessoa ou
sistema, tendo em vista um dado conjunto de resultados ou eventos, em que
essa crença expressa uma fé na probidade ou amor de um outro, ou na
correção de princípios abstratos”.
A REFLEXIVIDADE DA MODERNIDADE.

Apesar da reflexividade ser uma característica de toda ação humana,


para Giddens “ela é introduzida na própria base da reprodução do sistema, de
forma que o pensamento e a ação estão constantemente retratados em si”.
Dessa forma, a reflexividade consistiria no fato de que as praticas
sociais são constantemente examinadas e reformadas à luz de informação
renovada sobre estas próprias praticas, alterando constitutivamente seu
caráter. Neste sentido, destaca que em todas as culturas, as práticas sociais
são modificadas por conta de descobertas sucessivas que passam a informa-
las, mas somente na era moderna, a revisão da convenção é radicalizada para
se aplicar a todos os aspetos da vida humana, inclusive à intervenção
tecnológica no mundo material.

MODERNIDADE OU PÓS-MODERNIDADE?

Giddens inicia o tópico distinguindo pós- modernidade e pós-


modernismo, enfatizando que este último termo é mais apropriado para se
referir a estilos ou movimentos na literatura, artes plásticas e arquitetura. Já
quando nos referimos que estamos caminhando para a pós modernidade, isto
significa estamos saindo das instituições da modernidade rumo a um novo e
diferente tipo de ordem social. Além disso, o termo assume outros significados:
que nada pode ser conhecido com alguma certeza; que a história é destituída
de teleologia e que nenhuma versão do progresso pode ser plausivelmente
defendida. Que uma nova agenda social e política surgiram com a crescente
projeção das questões ambientais e de novos movimentos sociais.
REFERÊNCIAS

Giddens, Anthony. As consequências da modernidade /Anthony Giddens;


tradução de Raul Fiker. – São Paulo: Editora UNESP, 1991. -(Biblioteca
básica).

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