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O GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ Art. 7º - De acordo com a natureza dos cargos, o seu
provimento pode ser em caráter efetivo ou em
Faço saber que a Assembleia Legislativa decretou e comissão.
eu sanciono a seguinte Lei:
O GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ, faço Art. 8º - Os cargos em comissão serão providos, por
saber que a Assembleia Legislativa decretou e eu livre nomeação da autoridade competente, dentre
sanciono e promulgo a seguinte Lei: pessoas que possuam aptidão profissional e reúnam
as condições necessárias à sua investidura,
TÍTULO I conforme se dispuser em regulamento. (Ver
Do Regime Jurídico do Funcionário Constituição Federal art. 37, inciso V).
CAPÍTULO ÚNICO
Dos Princípios Gerais § 1º - A escolha dos ocupantes de cargos em
comissão poderá recair, ou não, em funcionário do
Estado, na forma do regulamento. (Ver Constituição
Federal art. 37, inciso V).
§ 2º - No caso de recair a escolha em servidor de Art. 14 - É fixada em cinquenta (50) anos a idade
entidade da Administração Indireta, ou em máxima para inscrição em concurso público
funcionário não subordinado à autoridade destinado a ingresso nas categorias funcionais
competente para nomear, o ato de nomeação será instituídas de acordo com a Lei Estadual nº. 9.634,
precedido da necessária requisição. de 30 de outubro de 1972, ressalvadas as exceções
§ 3º - A posse em cargo em comissão determina o a seguir indicadas:
concomitante afastamento do funcionário do cargo
efetivo de que for titular, ressalvados os casos de § 2º - Independerá de idade, a inscrição do candidato
comprovada acumulação legal. que seja servidor de Órgãos da Administração
Estadual Direta ou Indireta.
Art. 9º - Os cargos públicos são providos por:
I - nomeação; (Ver art.17) § 3º - Na hipótese do parágrafo anterior, a habilitação
II - promoção; (Ver art.48) no concurso somente produzirá efeito se, no
III - acesso; (Ver Constituição Federal art. 37, inciso momento da posse ou exercício no novo cargo ou
II e Constituição Estadual art. 154, inciso II). emprego, o candidato ainda possuir a qualidade de
IV - transferência; (Ver Constituição Federal art. 37, servidor ativo, vedada a aposentadoria concomitante
inciso II e Constituição Estadual art. 154, inciso II). para elidir a acumulação do cargo.
V - reintegração; (Ver art.52)
VI - aproveitamento; (Ver art.56) Art. 15 - Encerradas as inscrições, legalmente
VII - reversão; (Ver art.60) processadas, para concurso destinado ao provimento
VIII - transposição; de qualquer cargo, não se abrirão novas inscrições
IX - transformação. antes da realização do concurso.
Art. 10 - O ato de provimento deverá indicar a Art. 16 - Ressalvado o caso de expressa condição
existência de vaga, com os elementos capazes de básica para provimento de cargo previsto em
identificá-la. regulamento, independerá de limite de idade a
inscrição, em concurso, de ocupante em cargo
Art. 11 - O disciplinamento normativo das formas de público.
provimento dos cargos públicos referidos nos itens
VIII e IX do art. 9º é objeto de legislação específica. CAPÍTULO III
Da Nomeação
CAPÍTULO II
Do Concurso Art. 17 - A nomeação será feita: (Ver Emenda
Constitucional Federal nº 19, de 4.6.1998).
Art. 12 - Compete a cada Poder e a cada Autarquia
ou órgão auxiliar, autônomo, a iniciativa dos I - em caráter vitalício, nos casos expressamente
concursos para provimento dos cargos vagos. previstos na Constituição;
Art. 13 - A realização dos concursos para provimento II - em caráter efetivo, quando se tratar de nomeação
dos cargos da Administração Direta do Poder para cargo da classe inicial ou singular de
Executivo competirá ao Órgão Central do Sistema de determinada categoria funcional;
Pessoal.
III - em comissão, quando se tratar de cargo que
§ 1º - A execução dos concursos para provimento assim deve ser provido. (Ver Emenda Constitucional
dos cargos da lotação do Tribunal de Contas do Federal nº 19, de 4.6.1998).
Estado, do Conselho de Contas dos Municípios e das
Autarquias receberá a orientação normativa e Parágrafo único - Em caso de impedimento
supervisão técnica do órgão central referido neste temporário do titular do cargo em comissão, a
artigo. autoridade competente nomeará o substituto,
exonerando-o, findo o período da substituição.
§ 2º - O Órgão Central do Sistema de Pessoal
poderá delegar a realização dos concursos aos Art. 18 - Será tornada sem efeito a nomeação
órgãos setoriais e seccionais de pessoal das quando, por ato ou omissão do nomeado, a posse
diversas repartições e entidades, desde que estes não se verificar no prazo para esse fim estabelecido.
apresentem condições técnicas para efetivação das
atividades de recrutamento e seleção,
permanecendo, sempre, o órgão delegante, com a CAPÍTULO IV
responsabilidade pela perfeita execução da atividade Da Posse
delegada.
Art. 19 - Posse é o fato que completa a investidura Art. 22 - No ato da posse será apresentada
em cargo público. declaração, pelo funcionário empossado, dos bens e
valores que constituem o seu patrimônio, nos termos
Parágrafo único - Não haverá posse nos casos de da regulamentação própria. (Regulamentado pelo
promoção, acesso e reintegração. Decreto nº 11.471, de 29.9.1975).
Art. 20 - Só poderá ser empossado em cargo público Art. 23 - Poderá haver posse por procuração, quando
quem satisfizer os seguintes requisitos: se tratar de funcionário ausente do País ou do
I - ser brasileiro; Estado, ou, ainda, em casos especiais, a juízo da
II - ter completado 18 anos de idade; (Ver autoridade competente.
Constituição Estadual - art. 155).
III - estar no gozo dos direitos políticos; Art. 24 - A autoridade de que der posse verificará,
IV - estar quite com as obrigações militares e sob pena de responsabilidade:
eleitorais; I - se foram satisfeitas as condições legais para a
V - ter boa conduta; posse;
VI - gozar saúde, comprovada em inspeção médica, II - se do ato de provimento consta a existência de
na forma legal e regulamentar; vaga, com os elementos capazes de identificá-la;
VII - possuir aptidão para o cargo; III - em caso de acumulação, se pelo órgão
VIII - ter-se habilitado previamente em concurso, competente foi declarada lícita.
exceto nos casos de nomeação para cargo em
comissão ou outra forma de provimento para a qual Art. 25 - A posse ocorrerá no prazo de 30 (trinta) dias
não se exija o concurso; da publicação do ato de provimento no órgão oficial.
IX - ter atendido às condições especiais, prescritas
em lei ou regulamento para determinados cargos ou Parágrafo único - A requerimento do funcionário ou
categorias funcionais. de seu representante legal, a autoridade competente
para dar posse poderá prorrogar o prazo previsto
§ 1º - A prova das condições a que se referem os neste artigo, até o máximo de 60 (sessenta) dias
itens I e II deste artigo não será exigida nos casos de contados do seu término.
transferência, aproveitamento e reversão.
Comentário: O prazo para o nomeado tomar posse
§ 2º - Ninguém poderá ser empossado em cargo é de 30 dias. Caso não tome posse no prazo legal, a
efetivo sem declarar, previamente, que não ocupa nomeação (ato de provimento) é tornada sem efeito.
outro cargo ou exerce função ou emprego público da
União, dos Estados, dos Municípios, do Distrito CAPÍTULO V
Federal, dos Territórios, de Autarquias, empresas Da Fiança
públicas e sociedades de economia mista, ou
apresentar comprovante de exoneração ou dispensa Art. 26 - O funcionário nomeado para cargo cujo
do outro cargo que ocupava, ou da função ou provimento dependa de prestação de fiança não
emprego que exerce, ou, ainda, nos casos de poderá entrar em exercício sem a prévia satisfação
acumulação legal, comprovante de ter sido a mesma dessa exigência.
julgada lícita pelo órgão competente. § 1º - A fiança poderá ser prestada em:
I - dinheiro;
Art. 21 - São competentes para dar posse: II - título da divida pública da União ou do Estado,
I - o Governador do Estado, às autoridades que lhe ações de sociedade de economia mista que o Estado
são diretamente subordinadas; participe como acionista, e
II - os Secretários de Estado, aos dirigentes de III - apólice de seguro-fidelidade funcional, emitida
repartições que lhes são diretamente subordinadas; por instituição oficial ou legalmente autorizada para
III - os dirigentes das Secretarias Administrativas, ou esse fim.
unidades de administração geral equivalente, da
Assembleia Legislativa, do Tribunal de Contas do § 2º - O seguro poderá ser feito pela própria
Estado, e do Conselho de Contas dos Municípios, repartição em que terá exercício o funcionário.
aos seus funcionários, se de outra maneira não
estabelecerem as respectivas leis orgânicas e § 3º - Não se admitirá o levantamento da fiança antes
regimentos internos; de tomada de contas do funcionário.
IV - o Diretor-Geral do órgão central do sistema de § 4º - O responsável por alcance ou desvio de bens
pessoal, aos demais funcionários da Administração do Estado não ficará isento da ação administrativa
Direta; que couber, ainda que o valor da fiança seja superior
V - os dirigentes das Autarquias, aos funcionários ao dano verificado ao patrimônio público.
dessas entidades.
CAPÍTULO VI
Do Estágio Probatório maio de 1974.(incluído o inciso V conforme Lei
15.744/2014)
Art. 27 - Estágio probatório é o triênio de efetivo
exercício no cargo de provimento efetivo, contado do Comentário: O servidor em estagio probatório não
início do exercício funcional, durante o qual é poderá afastar-se do serviço, exceto nas seguintes
observado o atendimento dos requisitos necessários situações previstas no artigo 68: férias; casamento,
à confirmação do servidor nomeado em virtude de até oito dias; luto, até oito dias, por falecimento de
concurso público. (Redação dada pela Lei nº 13.092, cônjuge ou companheiro, parentes, consanguíneos
de 8.1.2001 – D. O. 8.1.2001). (Ver arts. 37, II, 39, § ou afins, até o 2º grau, inclusive madrasta, padrasto
3º e 41 da Constituição Federal). e pais adotivos; IV - luto, até dois dias, por
falecimento de tio e cunhado; V- exercício das
§ 1º - Como condição para aquisição da estabilidade, atribuições de outro cargo estadual de provimento
é obrigatória a avaliação especial de desempenho em comissão, inclusive da Administração Indireta do
por comissão instituída para essa finalidade. Estado; VI - convocação para o Serviço Militar;
(Redação dada pela Lei nº 13.092, de 8.1.2001). licença por acidente no trabalho, agressão não
provocada ou doença profissional; licença à
§ 2º - A avaliação especial de desempenho do funcionária gestante; licença para tratamento de
servidor será realizada: saúde; XV - doença, devidamente comprovada, até
36 dias por ano e não mais de 03 (três) dias por mês
a) extraordinariamente, ainda durante o estágio e XXI - nascimento de filho, até um dia, para fins de
probatório, diante da ocorrência de algum fato dela registro civil.
motivador, sem prejuízo da avaliação ordinária;
b) ordinariamente, logo após o término do estágio § 7º - O servidor em estágio probatório não fará jus a
probatório, devendo a comissão ater-se ascensão funcional. (Acrescentado pela Lei nº
exclusivamente ao desempenho do servidor durante 13.092, de 8.1.2001 – D. O. 8.1.2001).
o período do estágio.
§ 8º - As faltas disciplinares cometidas pelo servidor
§ 3º - Além de outros específicos indicados em lei ou após o decurso do estágio probatório e antes da
regulamento, os requisitos de que trata este artigo conclusão da avaliação especial de desempenho
são os seguintes: serão apuradas por meio de processo administrativo-
I - adaptação do servidor ao trabalho, verificada por disciplinar, precedido de sindicância, esta quando
meio de avaliação da capacidade e qualidade no necessária. (Acrescentado pela Lei nº 13.092, de
desempenho das atribuições do cargo; 8.1.2001 – D. O. 8.1.2001).
II - equilíbrio emocional e capacidade de integração;
III - cumprimento dos deveres e obrigações do § 9º - São independentes as instâncias
servidor público, inclusive com observância da ética administrativas da avaliação especial de
profissional. (Redação dada pela Lei nº 13.092, de desempenho e do processo administrativo-
8.1.2001 – D. O. 8.1.2001). disciplinar, na hipótese do parágrafo anterior, sendo
que resultando exoneração ou demissão do servidor,
§ 4º - O estágio probatório corresponderá a uma em qualquer dos procedimentos, restará prejudicado
complementação do concurso público a que se o que estiver ainda em andamento.
submeteu o servidor, devendo ser obrigatoriamente
acompanhado e supervisionado pelo Chefe Imediato. § 10. Na hipótese de afastamento do servidor em
(Acrescentado pela Lei nº 13.092, de 8.1.2001 – D. estágio probatório para os fins previstos no incisos V,
O. 8.1.2001) VI, VIII, IX, X, XIII, XV, XVI, XVIII e XIX do art. 68,
fica suspenso o estágio probatório durante o período
§ 5º - Durante o estágio probatório, os cursos de de afastamento, retornando o cômputo após retorno
treinamento para formação profissional ou ao exercício efetivo, pelo prazo correspondente ao
aperfeiçoamento do servidor, promovidos afastamento.” (incluído pela Lei 15.744/2014)
gratuitamente pela Administração, serão de
participação obrigatória e o resultado obtido pelo Comentário: O estagio probatório ficará suspenso
servidor será considerado por ocasião da avaliação de acordo com os seguintes incisos do artigo 68
especial de desempenho, tendo a reprovação caráter desta Lei: V - exercício das atribuições de outro
eliminatório. (Acrescentado pela Lei nº 13.092, de cargo estadual de provimento em comissão,
8.1.2001 – D. O. 8.1.2001). inclusive da Administração Indireta do Estado; VI -
convocação para o Serviço Militar; VIII -
§ 6º - Fica vedada qualquer espécie de afastamento desempenho de função eletiva federal, estadual ou
dos servidores em estágio probatório, ressalvados os municipal, observada quanto a esta, a legislação
casos previstos nos incisos I, II, III, IV, V, VI, X, XII, pertinente; IX - exercício das atribuições de cargo ou
XIII, XV e XXI do art. 68 da Lei nº 9.826, de 14 de função de Governo ou direção, por nomeação do
Governador do Estado; X - licença por acidente no CAPÍTULO VII
trabalho, agressão não provocada ou doença Do Exercício
profissional; XIII - licença para tratamento de saúde;
XV - doença, devidamente comprovada, até 36 dias Art. 31 - O início, a interrupção e o reinício do
por ano e não mais de 03 (três) dias por mês; XVI - exercício das atribuições do cargo serão registrados
missão ou estudo noutras partes do território no cadastro individual do funcionário. (Ver art. 67 da
nacional ou no estrangeiro, quando o afastamento Lei nº 12.386, de 9.12.1994 - D. O. 9.12.1994).
houver sido expressamente autorizado pelo
Governador do Estado, ou pelos Chefes dos Art. 32 - Ao dirigente da repartição para onde for
Poderes Legislativo e Judiciário; XVIII - prisão do designado o funcionário compete dar-lhe exercício.
funcionário, absolvido por sentença transitada em
julgado e XIX - prisão administrativa, suspensão Art. 33 - O exercício funcional terá início no prazo de
preventiva, e o período de suspensão, neste último trinta dias, contados da data:
caso, quando o funcionário for reabilitado em I - da publicação oficial do ato, no caso de
processo de revisão. reintegração;
II - da posse, nos demais casos.
§ 11. O servidor em estágio probatório poderá
exercer cargo de provimento em comissão ou função Art. 34 - O funcionário terá exercício na repartição
de direção, chefia ou assessoramento no seu órgão onde for lotado o cargo por ele ocupado, não
ou entidade de origem, com função ou funções podendo dela se afastar, salvo nos casos previstos
similares ao cargo para o qual foi aprovado em em lei ou regulamento.
concurso público, computando-se o tempo para § 1º - O afastamento não se prolongará por mais de
avaliação essencial de desempenho do estágio quatro anos consecutivos, salvo:
probatório.” (incluído pela Lei 15.819 de 27/7/2015) I - quando para exercer as atribuições de cargo ou
função de direção ou de Governo dos Estados, da
Art. 28 - O servidor que durante o estágio probatório União, Distrito Federal, Territórios e Municípios e
não satisfizer qualquer dos requisitos previstos no § respectivas entidades da administração indireta;
3º do artigo anterior, será exonerado, nos casos dos II - quando à disposição da Presidência da
itens I e II, e demitido na hipótese do item III. República;
Parágrafo único - O ato de exoneração ou de III - quando para exercer mandato eletivo, estadual,
demissão do servidor em razão de reprovação na federal ou municipal, observado, quanto a este, o
avaliação especial de desempenho será expedido disposto na legislação especial pertinente;
pela autoridade competente para nomear. (Alterado IV - quando convocado para serviço militar
pela Lei nº 13.092, de 8.1.2001 – D. O. 8.1.2001) obrigatório;
V - quando se tratar de funcionário no gozo de
Art. 29 – O ato administrativo declaratório da licença para acompanhar o cônjuge.
estabilidade do servidor no cargo de provimento § 2º - Preso preventivamente, pronunciado por crime
efetivo, após cumprimento do estágio probatório e comum ou denunciado por crime inafiançável, em
aprovação na avaliação especial de desempenho, processo do qual não haja pronúncia, o funcionário
será expedido do término do período do estágio será afastado do exercício, até sentença passada em
probatório. (Alterado pela Lei nº 13.092, de 8.1.2001 julgado.
– D. O. 8.1.2001). § 3º - O funcionário afastado nos termos do
parágrafo anterior terá direito à percepção do
Comentário: A estabilidade é uma garantia de benefício do auxílio-reclusão, nos termos desta Lei.
permanência no cargo público de provimento (Alterado pelo art.6º da Lei Complementar nº 159 de
efetivo, destinada a garantir maior autonomia e 14.01.2016 – DOE de 18.01.2016)
imparcialidade ao servidor. Contudo, não se trata de
um direito absoluto, uma vez que existem situações Art. 35 - Para os efeitos deste Estatuto, entende-se
em que, mesmo estável, o servidor poderá perder o por lotação a quantidade de cargos, por grupo,
cargo. categoria funcional e classe, fixada em regulamento
como necessária ao desenvolvimento das atividades
das unidades e entidades do Sistema Administrativo
Art. 30 - O funcionário estadual que, sendo estável, Civil do Estado.
tomar posse em outro cargo para cuja confirmação
se exige estágio probatório, será afastado do Art. 36 - Para entrar em exercício, o funcionário é
exercício das atribuições do cargo que ocupava, com obrigado a apresentar ao órgão de pessoal os
suspensão do vínculo funcional nos termos do artigo elementos necessários à atualização de seu cadastro
66, item I, alíneas a, b e c desta lei. individual.
Parágrafo único - Não se aplica o disposto neste CAPÍTULO VIII
artigo aos casos de acumulação lícita. Da Remoção
Art. 42 - Pelo tempo da substituição remunerada, o
Art. 37 - Remoção é o deslocamento do funcionário substituto perceberá o vencimento e a gratificação de
de uma para outra unidade ou entidade do Sistema representação do cargo, ressalvado o caso de
Administrativo, processada de ofício ou a pedido do opção, vedada, porém, a percepção cumulativa de
funcionário, atendidos o interesse público e a vencimento, gratificações e vantagens.
conveniência administrativa.
Art. 39 - Haverá substituição nos casos de Art. 47 - São formas de ascensão funcional:
impedimento legal ou afastamento de titular de cargo I - a promoção; (Ver art. 48).
em comissão. II - o acesso; (Ver Constituição Federal art. 37, inciso
II - Constituição Estadual art. 154, inciso II). (Ver art.
Art. 40 - A substituição será automática ou 49).
dependerá de nomeação. III - a transferência. (Ver art. 50).
§ 1º - A substituição automática é estabelecida em
lei, regulamento, regimento ou manual de serviço, e Art. 48 - A promoção é a elevação do funcionário à
proceder-se-á independentemente de lavratura de classe imediatamente superior àquela em que se
ato. encontra dentro da mesma série de classes na
§ 2º - Quando depender de ato da administração, o categoria funcional a que pertencer.
substituto será nomeado pelo Governador,
Presidente da Assembleia, Presidente do Tribunal de Art. 49 - Acesso é a ascensão do funcionário de
Contas, Presidente do Conselho de Contas dos classe final da série de classes de uma categoria
Municípios, ou dirigente autárquico, conforme o caso. funcional para a classe inicial da série de classes ou
(Ver Emenda Constitucional nº 9, de 16.12.1992 – D. de outra categoria profissional afim.
O. 22.12.1992)
§ 3º - A substituição, nos termos dos parágrafos Art. 50 - Transferência é a passagem do funcionário
anteriores, será gratuita, salvo se exceder de 30 dias, de uma para outra categoria funcional, dentro do
quando então será remunerada por todo o período. mesmo quadro, ou não, e atenderá sempre aos
(Regulamentado pelo Decreto nº 19.168, de 4.3.1988 aspectos da vocação profissional.
- D. O. 7.3.1988) Comentário: A transferência apesar de constar
originariamente na Lei 9.826/74 como forma de
Art. 41 - Em caso de vacância do cargo em comissão passagem do servidor estável de cargo efetivo para
e até seu provimento, poderá ser designado, pela outro de igual denominação, mas pertencente a
autoridade imediatamente superior, um funcionário quadro de pessoal diverso, de órgão ou instituição
para responder pelo expediente. do mesmo Poder. Contudo, foi dada como
Parágrafo único - Ao responsável pelo expediente se inconstitucional pelo STF, por garantir o ingresso em
aplicam as disposições do art. 40, § 3º. carreira distinta da qual o servidor prestou o
concurso público.
funcional, mantido o vencimento do cargo, ou postos
Art. 51 - As formas de ascensão funcional em disponibilidade nos termos do art. 109, parágrafo
obedecerão sempre a critério seletivo, mediante único da Constituição do Estado. (Ver § 3º do art. 41
provas que sejam capazes de verificar a qualificação da Constituição Federal e § 3º do art. 172 da
e aptidão necessárias ao desempenho das Constituição Estadual).
atribuições do novo cargo, conforme se dispuser em § 1º - O aproveitamento dependerá de provas de
regulamento. habilitação, de sanidade e capacidade física
Comentário: Ascensão funcional é a elevação do mediante exames de suficiência e inspeção médica.
funcionário de um cargo para outro de maiores § 2º - Quando o aproveitamento ocorrer em cargo
responsabilidades e atribuições mais complexas, ou cujo vencimento for inferior ao do anteriormente
que exijam maior tempo de preparação profissional, ocupado, o funcionário perceberá a diferença a título
de nível de vencimento mais elevado, ou de de vantagem pessoal, incorporada ao vencimento
atribuições mais compatíveis com as suas aptidões. para fins de progressão horizontal, disponibilidade e
(art.46) aposentadoria.
§ 3º - Não se abrirá concurso público, nem se
preencherá vaga no Sistema Administrativo Estadual
CAPÍTULO XI sem que se verifique, previamente, a inexistência de
Do Reingresso no Sistema Administrativo funcionário a aproveitar, possuidor da necessária
Estadual habilitação.
SEÇÃO I
Da Reintegração Art. 58 - Na ocorrência de vagas nos quadros de
pessoal do Estado o aproveitamento terá
Art. 52 - A reintegração, que decorrerá de decisão precedência sobre as demais formas de provimento,
administrativa ou judicial, é o reingresso do ressalvadas as destinadas à promoção e acesso.
funcionário no serviço administrativo, com Parágrafo único - Havendo mais de um concorrente à
ressarcimento dos vencimentos relativos ao cargo. mesma vaga, preferência pela ordem:
Parágrafo único - A decisão administrativa que I - o de melhor classificação em prova de habilitação;
determinar a reintegração será proferida em recurso II - o de maior tempo de disponibilidade;
ou em virtude de reabilitação funcional determinada III - o de maior tempo de serviço público;
em processo de revisão nos termos deste Estatuto. IV - o de maior prole.
Art. 53 - A reintegração será feita no cargo Art. 59 - Será tornado sem efeito o aproveitamento e
anteriormente ocupado, o qual será restabelecido cassada a disponibilidade do funcionário, se este,
caso tenha sido extinto. cientificado, expressamente, do ato de
aproveitamento, não tomar posse no prazo legal,
Art. 54 - Reintegrado o funcionário, quem lhe houver salvo caso de doença comprovada em inspeção
ocupado o lugar será reconduzido ao cargo médica.
anteriormente ocupado, sem direito a qualquer Parágrafo único - Provada em inspeção médica a
indenização, ou ficará como excedente da lotação. incapacidade definitiva, a disponibilidade será
convertida em aposentadoria, com a sua
Art. 55 - O funcionário reintegrado será submetido à consequente decretação.
inspeção médica e aposentado, se julgado incapaz.
Comentário: A reintegração ocorre quando há
nulidade na demissão do servidor (por exemplo: foi SEÇÃO III
demitido sem o contraditório e a ampla defesa). Se o Da Reversão
cargo não existir mais (for extinto), o servidor ficará
em disponibilidade, até o seu adequado Art. 60 - Reversão é o reingresso no Sistema
aproveitamento. Administrativo do aposentado por invalidez, quando
insubsistentes os motivos da aposentadoria.
VI - convocação para o Serviço Militar; XXI - nascimento de filho, até um dia, para fins de
VII - júri e outros serviços obrigatórios; registro civil. (Ver Constituição Federal, art. 10, inciso
VIII - desempenho de função eletiva federal, estadual II, § 1º dos ADCT).
ou municipal, observada quanto a esta, a legislação
pertinente; § 1º - Para os efeitos deste Estatuto, entende-se por
IX - exercício das atribuições de cargo ou função de acidente de trabalho o evento que cause dano físico
Governo ou direção, por nomeação do Governador ou mental ao funcionário, por efeito ou ocasião do
do Estado; serviço, inclusive no deslocamento para o trabalho
X - licença por acidente no trabalho, agressão não ou deste para o domicílio do funcionário.
provocada ou doença profissional; (Ver §1º, §2º, §3º
e §4º)
§ 2º - Equipara-se a acidente no trabalho a agressão, § 2º. Na contagem do tempo, de que trata este artigo,
quando não provocada, sofrida pelo funcionário no deverá ser observado o seguinte: (Redação dada
serviço ou em razão dele. pela Lei nº 13.578, de 21.1.2005)
§ 3º - Por doença profissional, para os efeitos deste I – não será admitida a contagem em dobro ou em
Estatuto, entende-se aquela peculiar ou inerente ao outras condições especiais;
trabalho exercido, comprovada, em qualquer II – é vedada a contagem de tempo de contribuição,
hipótese, a relação de causa e efeito. quando concomitantes;
§ 4º - Nos casos previstos nos §§ 1º, 2º e 3º deste III – não será contado, por um sistema, o tempo de
artigo, o laudo resultante da inspeção médica deverá contribuição utilizado para a concessão de algum
estabelecer, expressamente, a caracterização do benefício, por outro.
acidente no trabalho da doença profissional.
§ 3º. O tempo de contribuição, a que alude o inciso I
Art. 69. Será computado para efeito de deste artigo, será computado à vista de certidões
disponibilidade e aposentadoria: (Redação dada pela passadas com base em folha de pagamento. (Art. 69
Lei nº 13.578, de 21.1.2005) com nova redação dada pela Lei nº 13.578/2005).
I – o tempo de contribuição para o Regime Geral de Art. 70. A apuração do tempo de contribuição será
Previdência Social – RGPS, bem como para os feita em anos, meses e dias.
Regimes Próprios de Previdência Social – RPPS; § 1º. O ano corresponderá a 365 (trezentos e
(Redação dada pela Lei nº 13.578, de 21.1.2005) sessenta e cinco) dias e o mês aos 30 (trinta) dias.
II – o período de serviço ativo das Forças Armadas; § 2º. Para o cálculo de qualquer benefício, depois de
(Redação dada pela Lei nº 13.578, de 21.1.2005) apurado o tempo de contribuição, este será
III – o tempo de aposentadoria, desde que ocorra convertido em dias, vedado qualquer forma de
reversão; (Redação dada pela Lei nº 13.578, de arredondamento. (Art. 70 com nova redação dada
21.1.2005) pela Lei nº 13.578/2005).
IV – a licença por motivo de doença em pessoa da
família, conforme previsto no art. 99 desta Lei, desde Art. 71. É vedado:
que haja contribuição. (Redação dada pela Lei nº I – o cômputo de tempo fictício para o cálculo de
13.578, de 21.1.2005) (Ver art.99) benefício previdenciário;
Comentário: Entende-se como tempo de
§ 1º. No caso previsto no inciso IV, o afastamento contribuição fictício todo aquele considerado em lei
superior a 6 (seis) meses obedecerá o previsto no anterior como tempo de serviço, público ou privado,
inciso IV, do art. 66, desta Lei. (Redação dada pela computado para fins de concessão de
Lei nº 13.578, de 21.1.2005) aposentadoria sem que haja, por parte do servidor
Art.66, IV, §1º e §2º - Na hipótese de autorização de ou segurado, cumulativamente, a prestação de
afastamento para o trato de interesses particulares, serviço, e a correspondente contribuição social.
o servidor não fará jus à percepção de vencimentos, II – a concessão de aposentadoria especial, nos
tendo, porém que recolher mensalmente o termos do art. 40, § 4.º da Constituição Federal, até
percentual de 33% (trinta e três por cento) incidente que Lei Complementar Federal discipline a matéria;
sobre o valor de sua última remuneração para fins
de contribuição previdenciária, que será destinada III – a percepção de mais de uma aposentadoria à
ao Sistema Único de Previdência Social dos conta do Sistema Único de Previdência Social dos
Servidores Públicos Civis e Militares, dos Agentes Servidores Públicos Civis e Militares, dos Agentes
Públicos e dos Membros de Poder do Estado do Públicos e dos Membros de Poder do Estado do
Ceará - SUPSEC. Ceará – SUPSEC, ressalvadas as decorrentes dos
§1º. A autorização de afastamento, de que trata o cargos acumuláveis previstos na Constituição
inciso IV deste artigo, poderá ser concedido sem a Federal;
obrigatoriedade do recolhimento mensal da alíquota
de 33% (trinta e três por cento), não sendo, porém, IV – a percepção simultânea de proventos de
o referido tempo computado para obtenção de aposentadoria decorrente de regime próprio de
qualquer benefício previdenciário, inclusive servidor titular de cargo efetivo, com a remuneração
aposentadoria. de cargo, emprego ou função pública, ressalvados os
§2º. Os valores de contribuição, referidos no inciso cargos acumuláveis previstos na Constituição
IV deste artigo, serão reajustados nas mesmas Federal, os eletivos e os cargos em comissão
proporções da remuneração do servidor no declarados em Lei de livre nomeação e exoneração.
respectivo cargo.
§ 1º. Não se considera fictício o tempo definido em
Lei como tempo de contribuição para fins de
concessão de aposentadoria quando tenha havido,
por parte do servidor, a prestação de serviço ou a Art. 75 - O funcionário nomeado em virtude de
correspondente contribuição. concurso público adquire estabilidade depois de
§ 2º. A vedação prevista no inciso IV, não se aplica decorridos dois anos de efetivo exercício. (Ver
aos membros de Poder e aos inativos, servidores e CF/88, art. 41, e ver Lei nº 13.092, de 08.01.2001).
militares que, até 16 de dezembro de 1998, tenham
ingressado novamente no serviço público por Parágrafo único - A estabilidade funcional é
concurso público de provas ou de provas e títulos, e incompatível com o cargo em comissão.
pelas demais formas previstas na Constituição
Federal, sendo-lhes proibida a percepção de mais de Art. 76 - O funcionário perderá o cargo vitalício
uma aposentadoria pelo Sistema Único de somente em virtude de sentença judicial.
Previdência Social dos Servidores Públicos Civis e
Militares, dos Agentes Públicos e dos Membros de CAPÍTULO III
Poder do Estado do Ceará – SUPSEC, exceto se Da Disponibilidade
decorrentes de cargos acumuláveis previstos na
Constituição Federal. Art. 77 - Disponibilidade é o afastamento de exercício
§ 3º. O servidor inativo para ser investido em cargo de funcionário estável em virtude da extinção do
público efetivo não acumulável com aquele que cargo, ou da decretação de sua desnecessidade.
gerou a aposentadoria deverá renunciar aos
proventos dessa. § 1º. Extinto o cargo ou declarada sua
§ 4°. O aposentado pelo Sistema Único de desnecessidade, o servidor estável ficará em
Previdência Social dos Servidores Públicos Civis e disponibilidade, percebendo remuneração
Militares, dos Agentes Públicos e dos Membros de proporcional ao tempo de serviço, não inferior a 20%
Poder do Estado do Ceará – SUPSEC, que estiver (vinte por cento) da última remuneração percebida,
exercendo ou que voltar a exercer atividade sendo por cada dia de contribuição, à razão de:
abrangida por este regime é segurado obrigatório em I – 1/12.775 (um doze mil, setecentos e setenta e
relação a essa atividade, ficando sujeito às cinco avos) da remuneração por cada dia trabalhado,
contribuições, de que trata esta Lei, para fins de se homem; e
custeio da Previdência Social, na qualidade de II – 1/10.950 (um dez mil, novecentos e cinquenta
contribuinte solidário. (Art. 71 com nova redação avos) da remuneração por cada dia trabalhado, se
dada pela Lei nº 13.578/2005). mulher. (§1º, I e II do Art. 77 com nova redação dada
pela Lei nº 13.578/2005).
Art. 72. Observadas as disposições do artigo
anterior, o servidor poderá desaverbar, em qualquer § 2º - A apuração do tempo de serviço será feita em
época, total ou parcialmente, seu tempo de dias, sendo o número de dias convertido em anos,
contribuição, desde que não tenha sido computado considerando-se o ano de 365 (trezentos e sessenta
este tempo para a concessão de qualquer benefício. e cinco) dias, permitido o arredondamento para um
(Nova redação dada pela Lei nº 13.578/2005). ano, na conclusão da conversão, o que exceder a
182 (cento e oitenta e dois) dias. (§ 2º do art. 77 com
nova redação dada pela Lei nº 12.913, de
CAPÍTULO II 17.6.1999).
Da Estabilidade e da Vitaliciedade § 3º - Aplicam-se aos vencimentos da disponibilidade
os mesmos critérios de atualização, estabelecidos
Art. 73 - Estabilidade é o direito que adquire o para os funcionários ativos em geral.
funcionário efetivo de não ser exonerado ou
demitido, senão em virtude de sentença judicial ou CAPÍTULO IV
inquérito administrativo, em que se lhe tenha sido Das Férias
assegurada ampla defesa. (Ver art.41 da CF/88)
Art. 41, da CF/88 - § 1º O servidor público estável só Art. 78 - O funcionário gozará trinta dias
perderá o cargo: I - em virtude de sentença judicial consecutivos, ou não, de férias por ano, de acordo
transitada em julgado; II - mediante processo com a escala organizada pelo dirigente da Unidade
administrativo em que lhe seja assegurada ampla Administrativa, na forma do regulamento. (Ver art. 7º,
defesa. III - mediante procedimento de avaliação inciso XVII da Constituição Federal e art. 167, inciso
periódica de desempenho, na forma de lei VII da Constituição Estadual, bem como Decreto nº
complementar, assegurada ampla defesa. 20.769, de 11.6.1990 - D. O. de 12.6.1990).
§ 1º - Se a escala não tiver sido organizada, ou
houver alteração do exercício funcional, com a
Art. 74 - A estabilidade assegura a permanência do movimentação do funcionário, a este caberá
funcionário no Sistema Administrativo. requerer, ao superior hierárquico, o gozo das férias,
podendo a autoridade, apenas, fixar a oportunidade
do deferimento do pedido, dentro do ano a que se Art. 80, II - Por acidente no trabalho, agressão não
vincular o direito do servidor. provocada e doença profissional; III – por motivo de
§ 2º - O funcionário não poderá gozar, por ano, mais doença em pessoa da família; V – Para serviço militar
de dois períodos de férias. obrigatório e VI – Para acompanhar o cônjuge.
§ 3º - O funcionário terá direito a férias após cada
ano de exercício no Sistema Administrativo.
§ 4º - É vedado levar à conta de férias qualquer falta Art. 85 – (Revogado pela Lei n° 13.578, de 21.1.2005
ao serviço. – D. O. 25.1.2005).
§ 5º - (Revogado o § 5º pelo art. 2º da Lei nº 12.913,
de 17.6.1999 - D. O. de 18.6.1999). Art. 86 - São competentes para licenciar o
funcionário os dirigentes do Sistema Administrativo
Art. 79 - A promoção, o acesso, a transferência e a Estadual, admitida à delegação, na forma do
remoção não interromperão as férias. Regulamento.
Art. 82 - A licença poderá ser determinada ou Art. 90 - Verificada a cura clínica, o funcionário
prorrogada, de ofício ou a pedido. licenciado voltará ao exercício, ainda quando deva
Parágrafo único - O pedido de prorrogação deverá continuar o tratamento, desde que comprovada por
ser apresentado antes de finda à licença, e, se inspeção médica capacidade para a atividade
indeferido, contar-se-á como licença o período funcional.
compreendido entre a data do término e a do
conhecimento oficial do despacho. Art. 91 - Expirado o prazo de licença previsto no
laudo médico, o funcionário será submetido à nova
Art. 83 - A licença gozada dentro de sessenta dias, inspeção, e aposentado, se for julgado inválido.
contados da determinação da anterior será Parágrafo único. Na hipótese prevista neste artigo, o
considerada como prorrogação. tempo necessário para a nova inspeção será
considerado como de prorrogação da licença e, no
Art. 84 - O funcionário não poderá permanecer em caso de invalidez, a inspeção ocorrerá a cada 02
licença por prazo superior a vinte e quatro meses, (dois) anos. (§ único do Art. 91 com nova redação
salvo nos casos dos itens II, III, V e VI do art. 80, dada pela Lei nº 13.578/2005).
deste Estatuto.
Art. 92 - No processamento das licenças para
tratamento de saúde será observado sigilo no que diz
respeito aos laudos médicos. SEÇÃO IV
Da Licença à Gestante
Art. 93 - No curso da licença, o funcionário abster-se-
á de qualquer atividade remunerada, sob pena de Art. 100 – Fica garantida a possibilidade de
interrupção imediata da mesma licença, com perda prorrogação, por mais 60 (sessenta) dias, da licença-
total dos vencimentos, até que reassuma o exercício. maternidade, prevista nos art. 7º, inciso XVIII, e 39,
§3º, da Constituição Federal destinada às servidoras
Art. 94 - O funcionário não poderá recusar a públicas estaduais. (Art. 100 com nova redação dada
inspeção médica determinada pela autoridade pela Lei nº 13.881, de 24.4.2007 – D. O. de
competente, sob pena de suspensão do pagamento 15.5.2007). (Ver Decreto nº 29.652, de 17.2.2009 –
dos vencimentos, até que seja realizado exame. D.O. de 19.02.2009).
Art. 95 - Considerado apto em inspeção médica, o Art.7º, XVIII da CF/88 – Licença à gestante, sem
funcionário reassumirá o exercício imediatamente, prejuízo do emprego e do salário, com a duração de
sob pena de se apurarem como faltas os dias de cento e vinte dias;
ausência. DECRETO Nº 29.652, de 17 de fevereiro de 2009.
DISPÕE SOBRE A RESPONSABILIDADE DO
Art. 96 - No curso da licença poderá o funcionário TESOURO ESTADUAL SOBRE O PAGAMENTO
requerer inspeção médica, caso se julgue em DA PRORROGAÇÃO DA LICENÇA
condições de reassumir o exercício. MATERNIDADE PREVISTA §2º DO ARTIGO 100
DA LEI Nº 9.826, DE 14 DE MAIO DE 1974.
Art. 97 - Serão integrais os vencimentos do
funcionário licenciado para tratamento de saúde.
Parágrafo único. O pagamento dos vencimentos do §1° - A prorrogação de que trata este artigo será
servidor licenciado para tratamento de saúde é assegurada à servidora estadual mediante
mantido por recursos do respectivo órgão de origem. requerimento efetivado até o final do primeiro mês
(Acrescentado pelo art.7º da Lei Complementar após o parto, e concedida imediatamente após a
nº159/16 – DOE 18.01.16). fruição da licença-maternidade de que trata o art. 7º,
inciso XVIII, da Constituição Federal. (NR)
Art. 98 – (revogado pela Lei n° 13.578, de 21.1.2005 § 2° - Durante o período de prorrogação da licença-
– D. O. 25.1.2005). maternidade, a servidora estadual terá direito à sua
SEÇÃO III remuneração integral. (Nova redação dada pelo
Da Licença por Motivo de Doença em Pessoa da art.6º da Lei Complementar nº159/16 – DOE
Família 18.01.16).
§3° - É vedado durante a prorrogação da licença-
Art. 99 – O servidor poderá ser licenciado por motivo maternidade tratada neste artigo o exercício de
de doença na pessoa dos pais, filhos, cônjuge do qualquer atividade remunerada Pela servidora
qual não esteja separado e de companheiro (a), beneficiária, e a criança não poderá ser mantida em
desde que prove ser indispensável a sua assistência creches ou organização similar, sob pena da perda
pessoal e esta não possa ser prestada do direito do benefício e consequente apuração da
simultaneamente com exercício funcional. (Art. 99 responsabilidade funcional.
com nova redação dada pela Lei nº 13.578/2005). § 4º O pagamento dos vencimentos da servidora em
§ 1º - Provar-se-á a doença mediante inspeção licença-maternidade, inclusive no período de
médica realizada conforme as exigências contidas prorrogação, é mantido por recursos do respectivo
neste Estatuto quanto à licença para tratamento de órgão de origem. (Acrescentado pelo art.7º da Lei
saúde. (Ver do art.88 ao art.97) Complementar nº159/16 – DOE 18.01.16).
§ 2º - A necessidade de assistência ao doente, na
forma deste artigo, será comprovada mediante SEÇÃO V
parecer do Serviço de Assistência Social, nos termos Da Licença para Serviço Militar Obrigatório
do Regulamento.
§ 3°. O funcionário licenciado, nos termos desta Art. 101 - O funcionário que for convocado para o
seção, perceberá vencimentos integrais até 06 (seis) serviço militar será licenciado com vencimentos
meses. Após este prazo o servidor obedecerá ao integrais, ressalvado o direito de opção pela
disposto no inciso IV, do art. 66 desta Lei, até o limite retribuição financeira do serviço militar.
de 04 (quatro) anos, devendo retornar a suas § 1º. Ao servidor desincorporado conceder-se-á
atividades funcionais imediatamente ao fim do prazo não excedente a 30 (trinta) dias para que
período. (§3º do Art. 99 com nova redação dada pela reassuma o exercício do cargo, sem perda de
Lei nº 13.578/2005).
vencimentos. (§1º do Art. 101 com nova redação b) for estudar em outro ponto do território nacional ou
dada pela Lei nº 13.578/2005). no estrangeiro; (Nova redação dada pelo art. 110 da
§ 2º. O servidor, de que trata o caput deste artigo, Lei nº 13.578/2005).
contribuirá para o Sistema Único de Previdência c) por motivo de casamento, até o máximo de 8 (oito)
Social dos Servidores Públicos Civis e Militares, dos dias; (Ver art. 68, II).
Agentes Públicos e dos Membros de Poder do d) por motivo de luto até 8 (oito) dias, em decorrência
Estado do Ceará – SUPSEC, mesmo que faça opção de falecimento de cônjuge ou companheiro, parentes
pela retribuição financeira do serviço militar. (§2º do consanguíneos ou afins, até o 2º grau, inclusive
Art. 101 acrescentado pela Lei nº 13.578/2005). madrasta, padrasto e pais adotivos; (Ver art. 68, III).
e) por luto, até 2 (dois) dias, por falecimento de tio e
Art. 102 - O funcionário, Oficial da Reserva não cunhado; (Ver art. 68, IV).
remunerada das Forças Armadas, será licenciado, f) for realizar missão oficial em outro ponto do
com vencimentos integrais, para cumprimento dos território nacional ou no estrangeiro. Acrescentada
estágios previstos pela legislação militar, garantido o pelo art. 110 da Lei nº 13.578/2005).
direito de opção.
II - sem direito à percepção dos vencimentos, quando
SEÇÃO VI se tratar de afastamento para trato de interesses
Da Licença do Funcionário para Acompanhar o particulares; (Ver do art. 115 ao art. 120).
Cônjuge III - com ou sem direito à percepção dos
vencimentos, conforme se dispuser em regulamento,
Art. 103 - O funcionário terá direito a licença sem quando para o exercício das atribuições de cargo,
vencimento, para acompanhar o cônjuge, também função ou emprego em entidades e órgãos estranhos
servidor público, quando, de ofício, for mandado ao Sistema Administrativo Estadual.
servir em outro ponto do Estado, do Território
Nacional, ou no Exterior. (Ver Lei nº 10.738, de § 1º. Nos casos previstos nas alíneas a e b, o
26.10.1982 – D. O. 10.11.1982). servidor só poderá solicitar exoneração após o seu
§ 1º - A licença dependerá do requerimento retorno, desde que trabalhe no mínimo o dobro do
devidamente instruído, admitida à renovação, tempo em que esteve afastado, ou reembolse o
independentemente de reassunção do exercício. montante corrigido monetariamente que o Estado
§ 2º - Finda a causa da licença, o funcionário desembolsou durante seu afastamento.
retornará ao exercício de suas funções, no prazo de § 2º. Os dirigentes do Sistema Administrativo
trinta dias, após o qual sua ausência será Estadual poderão, ainda, autorizar o servidor,
considerada abandono de cargo. ocupante do cargo efetivo ou em comissão, a
§ 3º - Existindo no novo local de residência repartição integrar ou assessorar comissões, grupos de
estadual, o funcionário nela será lotado, enquanto trabalho ou programas, com ou sem afastamento do
durar a sua permanência ali. exercício funcional e sem prejuízo dos vencimentos.
Art. 147 - Os prazos estabelecidos neste Capítulo § 1º. A triagem dos casos apresentados para
são fatais e improrrogáveis, e o pedido de internamento hospitalar e consequente fiscalização e
reconsideração e o recurso, quando cabíveis, controle será realizado por um Grupo de Trabalho,
interrompem a prescrição. cuja composição e atribuições serão determinados
pelo Governo do Estado através do Instituto de
Art. 148 - Ao funcionário ou ao seu representante Previdência do Estado – IPEC, mediante ato próprio.
legalmente constituído é assegurado, para efeito de § 2º. É assegurada assistência médica gratuita ao
recurso ou pedido de reconsideração, o direito de servidor acidentado em serviço ou que tenha
vista ao processo na repartição competente durante contraído doença profissional, através do Estado.
todo o expediente regulamentar, assegurado o livre
§ 3º - VETADO. (Art. 151 e §1º, §2° com novas vencimentos, incorporáveis do cargo efetivo, se a
redações dadas pela Lei nº 13.578/2005). causa for doença grave, incurável ou contagiosa, a
que se refere o artigo 89, ou acidente no trabalho, ou
doença profissional, nos termos do inciso X do artigo
CAPÍTULO II 68; o provento será proporcional ao tempo de
Da Aposentadoria serviço, nos demais casos. (Ver inciso I do art. 40 da
(LEI Nº 10.738, de 26.10.1982 - D. O. 10.11.1982) - Constituição Federal, com a redação dada pela
Art. 1º - São extensivas aos servidores contratados Emenda Constitucional nº 20, de 15.12.1998 – D. O.
da Administração Direta e Indireta, regidos pela U. 16.12.1998).
Consolidação das Leis do Trabalho, contribuintes do
Instituto de Previdência do Estado do Ceará, as § 1º - Somente nos casos de invalidez decorrente de
disposições... Dos Capítulos I e II do Título V da Lei acidente no trabalho ou doença profissional, como
n° 9.826, de 14 de maio de 1974. configurados nos §§ 1º, 2º, 3º e 4º do artigo 68, será
aposentado o ocupante do cargo de provimento em
Art. 152. O servidor será aposentado, conforme as comissão, hipótese em que o respectivo provento
regras estabelecidas no art. 40 da Constituição será integral.
Federal.
§ 2º - O funcionário aposentado em decorrência da
Parágrafo único. A aposentadoria por invalidez será invalidez por acidente em serviço, por moléstia
sempre precedida de licença por período contínuo profissional, ou por doença grave contagiosa ou
não inferior a 24 (vinte e quatro) meses, salvo incurável, especificada em Lei, é considerado como
quando a junta médica declarar a incapacidade em efetivo exercício, assegurando-se lhe
definitiva para o serviço, ou na hipótese prevista no (explicando: assegurando-se a ele ou todos os
art. 68, inciso X. (Art. 152 e §único com novas direitos e vantagens são assegurados) todos os
redações dadas pela Lei nº 13.578/2005). direitos e vantagens atribuídas aos ocupantes de
cargo de igual categoria em atividade, ainda que o
Art. 153. O processo de aposentadoria se inicia: mencionado cargo tenha ou venha a mudar a
denominação de nível de classificação ou padrão de
I - com o requerimento do interessado, no caso de vencimento.
inatividade voluntária; (redação atual dada pela Lei nº 10.932, de 3.10.1984
DOE 15.10.1984).
II - automaticamente, quando o servidor atinge a
idade de 70 (setenta) anos; Art. 155 – (Revogado pelo art. 2º da Lei nº 12.913, de
17.6.1999 - D. O. 18.6.1999).
III- automaticamente, quando o servidor for
considerado inválido, na data fixada em laudo Art. 156. O servidor aposentado compulsoriamente
emitido pela Perícia Médica Oficial do Estado ou na por motivo de idade, ou nos termos do art. 154, terá
ocasião, em que verificadas as demais hipóteses do os seus proventos proporcionais ao tempo de
art. 152, parágrafo único, desta Lei). contribuição. (art.156 com nova redação dada pela
Lei nº 13.578/2005).
Art. 152. O servidor será aposentado, conforme as
regras estabelecidas no art. 40 da Constituição § 1º. A proporcionalidade dos proventos, com base
Federal. no tempo de contribuição, é a fração, cujo
Parágrafo único. A aposentadoria por invalidez será numerador corresponde ao total de dias de
sempre precedida de licença por período contínuo contribuição e o denominador, o tempo de dias
não inferior a 24 (vinte e quatro) meses, salvo necessário à respectiva aposentadoria voluntária
quando a junta médica declarar a incapacidade com proventos integrais. (§1º do art.156 com nova
definitiva para o serviço, ou na hipótese prevista no redação dada pela Lei nº 13.578/2005).
art. 68, inciso X. § 2º. A fração de que trata o parágrafo anterior será
aplicada sobre o valor dos proventos calculados
conforme a média aritmética simples das maiores
§1º - (Revogado pelo art.11 da Lei complementar nº remunerações ou subsídios, observando-se,
92, de 25.01.2011 (D.O. de 27.01.11). previamente, que o valor encontrado não poderá
§2º -(Revogado pelo art.11 da Lei complementar nº exceder à remuneração do servidor no cargo efetivo
92, de 25.01.2011 (D.O. de 27.01.11). em que se der a aposentadoria. (§2º do art.156 com
§3º - (Revogado pelo art.11 da Lei complementar nº nova redação dada pela Lei nº 13.578/2005).
92, de 25.01.2011 (D.O. de 27.01.11).
Art. 157. Os proventos de aposentadoria e as
Art. 154 - O funcionário quando aposentado por pensões serão reajustados na mesma data em que
invalidez terá provento integral, correspondente aos se der o reajuste dos benefícios do regime geral de
previdência social, ressalvadas as aposentadorias III - no caso de se tratar de maior de 14 (quatorze)
concedidas conforme arts. 6.º e 7.º da Emenda anos, se total e permanentemente inválido para o
Constitucional Estadual n.º 56, de 7 de janeiro de trabalho, hipótese em que informará a causa e a
2004. (Art.157 com nova redação dada pela Lei nº espécie de invalidez; (Nova redação dada pelo art.6º
13.578/2005). da Lei Complementar nº159/16 – DOE 18.01.16).
CAPÍTULO III IV - (Revogado pelo art.10º da Lei Complementar
Do Salário-Família nº159/16 – DOE 18.01.16).
Art. 158 - O salário-família é o auxílio pecuniário Art. 166 - A declaração do servidor será prestada a
especial concedido pelo Estado ao funcionário ativo seu chefe imediato que a examinará e, após o seu
e ao aposentado como contribuição ao custeio das visto, a encaminhará ao órgão competente para o
despesas de manutenção de seus dependentes. (Ver processamento e atendimento da concessão.
Decreto nº 20.768, de 11.6.1990 -
D. O. 12.6.1990 e ver Art. 5ºda Lei Complementar Art. 167 - O salário-família será concedido à vista das
nº38, de 31.12 2003 - D. O. 31.12.2003). declarações prestadas, mediante simples despacho
que será comunicado ao órgão incumbido da
Art. 159. O salário-família será pago ao servidor, em elaboração de folhas de pagamento.
quotas, na proporção do respectivo número de filhos §1º - Será concedido ao declarante ativo ou inativo o
ou equiparados, aplicando-se os mesmos prazo de 120 (cento e vinte) dias para o
parâmetros adotados pelo Instituto Nacional do esclarecimento de qualquer dúvida na declaração, o
Seguro Social, quanto à referida prestação que poderá ser feito por meio de quaisquer provas
assistencial, conforme definido em lei. (Nova redação admitidas em direito.
dada pelo art.6º da Lei Complementar nº159/16 – §2º - Não sendo apresentado no prazo o
DOE 18.01.16). esclarecimento de que trata o § 1º, a autoridade
concedente determinará a imediata suspensão do
Art. 160 - (Revogado pelo art.10º da Lei pagamento do salário-família, até que seja satisfeita
Complementar nº159/16 – DOE 18.01.16). a exigência.
Art. 161 - O salário-família será pago, ainda, nos Art. 168 - Verificada, a qualquer tempo, a inexatidão
casos em que o funcionário deixar de perceber das declarações prestadas, será suspensa a
vencimento ou proventos, sem perda do cargo. concessão do salário-família e determinada a
reposição do indevidamente recebido, mediante o
Art. 162 - (Revogado pelo art.10º da Lei desconto mensal de 10% (dez por cento) da
Complementar nº159/16 – DOE 18.01.16). remuneração líquida, em folha de pagamento.
(Redação dada pela Lei n° 13.369, de 22.09.2003 –
Art. 163 - O salário-família não servirá de base para D. O. 24.9.2003).
qualquer contribuição, ainda que para fim de Art. 169 - O funcionário e o aposentado são
previdência social. obrigados a comunicar a autoridade concedente,
dentro do prazo de quinze dias, qualquer alteração
Art. 164 - Será suspenso o pagamento do salário- que se verifique na situação dos dependentes, da
família ao funcionário que comprovadamente qual decorra supressão ou redução do salário-
descurar da subsistência e educação dos seus família.
dependentes. Parágrafo único - A não observância desta
§1º - Mediante autorização judicial a pessoa que disposição acarretará as mesmas providências
estiver mantendo os dependentes do funcionário indicadas no artigo anterior.
poderá receber o salário-família enquanto durar a
situação prevista neste artigo. Art. 170 - O salário-família será devido em relação a
§2º - O pagamento voltará a ser feito ao funcionário cada dependente, a partir do mês em que tiver
tão logo comprovado o desaparecimento dos motivos ocorrido o ato ou fato que lhe der origem, deixando
determinantes da suspensão. de ser devido igualmente em relação a cada
dependente no mês seguinte ao ato ou fato que
Art. 165 - Para se habilitar à concessão do salário- determinar a sua supressão.
família o funcionário, o disponível, ou o aposentado
apresentarão uma declaração de dependentes, Art. 171 - O salário-família será pago juntamente com
indicando o cargo que exercer, ou no qual estiver os vencimentos ou proventos, pelos órgãos
aposentado ou em disponibilidade, mencionando em pagadores, independentemente de publicação do ato
relação a cada dependente: de concessão.
I - nome completo, data e local de nascimento,
comprovado por certidão do registro civil;
II - grau de parentesco ou dependência; CAPÍTULO IV
Do Auxílio-Doença Art. 174 - O funcionário público é
administrativamente responsável, perante seus
Art. 172 – (revogado pela Lei n° 13.578, de superiores hierárquicos, pelos ilícitos que cometer.
21.1.2005 – D. O. 25.1.2005).
CAPÍTULO V Art. 175 - Considera-se ilícito administrativo a
Do auxílio-Funeral conduta comissiva ou omissiva, do funcionário, que
importe em violação de dever geral ou especial, ou
Art. 173 - Será concedido auxílio funeral à família do de proibição, fixado neste Estatuto e em sua
funcionário falecido, correspondente a 01 (um) mês legislação complementar, ou que constitua
de seus vencimentos ou proventos, limitado o comportamento incompatível com o decoro funcional
pagamento à quantia de R$ 1.200,00 (um mil e ou social.
duzentos reais). Parágrafo único - O ilícito administrativo é punível,
Parágrafo único - Quando não houver pessoa da independentemente de acarretar resultado
família do funcionário no local do falecimento, o perturbador do serviço estadual.
auxílio-funeral será pago a quem promover o enterro,
mediante comprovação das despesas. Art. 176 - A apuração da responsabilidade funcional
(Redação dada pela Lei nº 12.913, de 17.6.1999 - D. será promovida, de ofício, ou mediante
O. de 18.6.1999 e regulamentado pelo Decreto nº representação, pela autoridade de maior hierarquia
11.630, de 12.12.1975 - D. O. 19.12.1975 e no órgão ou na entidade administrativa em que tiver
posteriormente pelo Decreto nº 20.768, de 11.6.1990 ocorrido a irregularidade. Se tratar de ilícito
- D. O. 12.6.1990). administrativo praticado fora do local de trabalho, a
apuração da responsabilidade será promovida pela
CAPÍTULO VI autoridade de maior hierarquia no órgão ou na
Do auxílio-reclusão entidade a que pertencer o funcionário a quem se
imputar a prática da irregularidade.
Art. 173-A O auxílio-reclusão é devido pelo órgão Parágrafo único - Se se imputar a prática do ilícito a
de origem aos dependentes do servidor de baixa vários funcionários lotados em órgãos diversos do
renda recolhido à prisão e que, nessa condição, não Poder Executivo, a competência para determinar a
esteja recebendo remuneração decorrente do seu apuração da responsabilidade caberá ao Governador
cargo. (Acrescentado pelo art.8º da Lei do Estado.
Complementar nº 159/16 – DOE 18.01.16).
§ 1º Para fins de definição da baixa renda e da Art. 177 - A responsabilidade civil decorre de conduta
qualificação dos dependentes, aplicam-se os funcional, comissiva ou omissiva, dolosa ou culposa,
mesmos parâmetros adotados pelo Instituto Nacional que acarrete prejuízo para o patrimônio do Estado,
do Seguro Social, quanto à referida prestação de suas entidades ou de terceiros.
assistencial. (Acrescentado pelo art.8º da Lei §1º - A indenização de prejuízo causado ao Estado
Complementar nº 159/16 – DOE 18.01.16). ou às suas entidades, no que exceder os limites da
§ 2º O auxílio-reclusão corresponde ao valor da fiança, quando for o caso, será liquidada mediante
remuneração do servidor, observado o limite da prestações mensais descontadas em folha de
baixa renda, sendo devido pelo período máximo de pagamento, não excedentes da décima parte do
12 (doze) meses e, somente, durante o tempo em vencimento, à falta de outros bens que respondam
que estiver recolhido à prisão sob regime fechado ou pelo ressarcimento.
semiaberto, e enquanto for titular desse cargo. §2º - Em caso de prejuízo a terceiro, o funcionário
(Acrescentado pelo art.8º da Lei Complementar nº responderá perante o Estado ou suas entidades,
159/16 – DOE 18.01.16). através de ação regressiva proposta depois de
§ 3º O pagamento do auxílio-reclusão deve estar transitar em julgado a decisão judicial, que houver
fundamentado em certidão de efetivo recolhimento à condenado a Fazenda Pública a indenizar o terceiro
prisão, sendo obrigatória, para a manutenção do prejudicado.
pagamento, a apresentação de declaração de
permanência na condição de presidiário. Art. 178 - A responsabilidade penal abrange os
(Acrescentado pelo art.8º da Lei Complementar crimes e contravenções imputados, por lei, ao
nº159/16 – DOE 18.01.16). funcionário, nesta qualidade.
Art. 191 - São deveres gerais do funcionário: § 1º - Em qualquer dos casos referidos neste artigo,
I - lealdade e respeito às instituições constitucionais o funcionário representará contra a ordem,
e administrativas a que servir; fundamentadamente, à autoridade imediatamente
II - observância das normas constitucionais, legais e superior a que ordenou.
regulamentares; § 2º - Se se tratar de ordem emanada do Presidente
III - obediência às ordens de seus superiores da Assembleia Legislativa, do Chefe do Poder
hierárquicos; Executivo, do Presidente do Tribunal de Contas e do
IV - continência de comportamento, tendo em vista o Presidente do Conselho de Contas dos Municípios, o
decoro funcional e social; funcionário justificará perante essas autoridades a
V - levar, por escrito, ao conhecimento da autoridade escusa da obediência.
superior irregularidades administrativas de que tiver
ciência em razão do cargo que ocupa, ou da função CAPÍTULO III
que exerça; Das proibições
VI - assiduidade;
VII - pontualidade; Art. 193 - Ao funcionário é proibido:
VIII - urbanidade; I - salvo as exceções constitucionais pertinentes,
IX - discrição; acumular cargos, funções e empregos públicos
X - guardar sigilo sobre a documentação e os remunerados, inclusive nas entidades da
assuntos de natureza reservada de que tenha Administração Indireta (autarquias, empresas
conhecimento em razão do cargo que ocupa, ou da públicas e sociedades de economia mista); (Ver art.
função que exerça; 37 inciso XVI e XVII da Constituição Federal, com a
XI - zelar pela economia e conservação do material redação dada pela Emenda Constitucional Federal nº
que lhe for confiado; 19, de 4.6.1998 – D. O. U. 5.6.1998).
XII - atender às notificações para depor ou realizar
perícias ou vistorias, tendo em vista procedimentos
disciplinares; II - referir-se de modo depreciativo às autoridades em
XIII - atender, nos prazos de lei ou regulamentares, qualquer ato funcional que praticar, ressalvado o
as requisições para defesa da Fazenda Pública; direito de crítica doutrinária aos atos e fatos
XIV - atender, nos prazos que lhe forem assinados administrativos, inclusive em trabalho público e
por lei ou regulamento, os requerimentos de assinado;
certidões para defesa de direitos e esclarecimentos III - retirar, modificar ou substituir qualquer
de situações; documento oficial, com o fim de constituir direito ou
XV - providenciar para que esteja sempre em ordem, obrigação, ou de alterar a verdade dos fatos, bem
no assentamento individual, sua declaração de como apresentar documento falso com a mesma
família; finalidade;
XVI - atender, prontamente, e na medida de sua IV - valer-se do exercício funcional para lograr
competência, os pedidos de informação do Poder proveito ilícito para si, ou para outrem;
Legislativo e às requisições do Poder Judiciário; V - promover manifestação de desapreço ou fazer
XVII - cumprir, na medida de sua competência, as circular ou subscrever lista de donativos, no recinto
decisões judiciais ou facilitar-lhes a execução. do trabalho;
VI - coagir ou aliciar subordinados com objetivos Art. 195 - O aposentado compulsoriamente ou por
político-partidários; invalidez não poderá acumular seus proventos com a
VII - participar de diretoria, gerência, administração, ocupação de cargo ou o exercício de função ou
conselho técnico ou administrativo, de empresa ou emprego público.
sociedades mercantis; Parágrafo único - Não se compreendem na proibição
VIII - pleitear, como procurador ou intermediário, de acumular nem estão sujeitos a quaisquer limites:
junto aos órgãos e entidades estaduais, salvo I - a percepção conjunta de pensões civis e militares;
quando se tratar de percepção de vencimentos, II - a percepção de pensões com vencimento ou
proventos ou vantagens de parente consanguíneo ou salário;
afim, até o segundo grau civil; III - a percepção de pensões com vencimentos de
IX - praticar a usura; disponibilidade e proventos de aposentadoria e
X - receber propinas, vantagens ou comissões pela reforma;
prática de atos de oficio; IV - a percepção de proventos, quando resultantes
XI - revelar fato de natureza sigilosa, de que tenha de cargos legalmente acumuláveis.
ciência em razão do cargo ou função, salvo quando
se tratar de depoimento em processo judicial, policial CAPÍTULO IV
ou administrativo; Das sanções disciplinares e seus efeitos
XII - cometer a outrem, salvo os casos previstos em
lei ou ato administrativo, o desempenho de sua Art. 196 - As sanções aplicáveis ao funcionário são
atividade funcional; as seguintes:
XIII - entreter-se, nos locais e horas de trabalho, com I - repreensão; (Ver art.197).
atividades estranhas às relacionadas com as suas Aplicar-se-á a repreensão, sempre por escrito, ao
atribuições, causando prejuízos a estas; funcionário que, em caráter primário, a juízo da
XIV - deixar de comparecer ao trabalho sem causa autoridade competente, cometer falta leve, não
justificada; cominável, por este Estatuto, com outro tipo de
XV - ser comerciante; sanção. (art.197)
XVI - contratar com o Estado, ou suas entidades,
salvo os casos de prestação de serviços técnicos ou II - suspensão; (Ver art.198).
científicos, inclusive os de magistério em caráter III - multa; (Ver art.198, §único).
eventual; IV - demissão; (Ver art.199 e art.200).
XVII - empregar bens do Estado e de suas entidades V - cassação de disponibilidade; (Ver art.204).
em serviço particular; VI - cassação de aposentadoria. (Ver art.204).
XVIII - atender pessoas estranhas ao serviço, no Art. 197 - Aplicar-se-á a repreensão, sempre por
local de trabalho, para o trato de assuntos escrito, ao funcionário que, em caráter primário, a
particulares; juízo da autoridade competente, cometer falta leve,
XIX - retirar bens de órgãos ou entidades estaduais, não cominável, por este Estatuto, com outro tipo de
salvo quando autorizado pelo superior hierárquico e sanção.
desde que para atender a interesse público.
Art. 198 - Aplicar-se-á a suspensão, através de ato
Parágrafo único - Excluem-se da proibição do item escrito, por prazo não superior a 90 (noventa) dias,
XVI os contratos de cláusulas uniformes e os de nos casos de reincidência de falta leve, e nos de
emprego, em geral, quando, no último caso, não ilícito grave, salvo a expressa cominação, por lei, de
configurarem acumulação ilícita. outro tipo de sanção.
Parágrafo único - Por conveniência do serviço, a
Art. 194 - É ressalvado ao funcionário o direito de suspensão poderá ser convertida em multa, na base
acumular cargo, funções e empregos remunerados, de 50% (cinquenta por cento) por dia de vencimento,
nos casos excepcionais da Constituição Federal. obrigado, neste caso, o funcionário a permanecer em
exercício.
§1º - Verificada, em inquérito administrativo,
acumulação proibida e provada a boa-fé, o Art. 199 - A demissão será obrigatoriamente aplicada
funcionário optará por um dos cargos, funções ou nos seguintes casos:
empregos, não ficando obrigado a restituir o que
houver percebido durante o período da acumulação I - crime contra a administração pública;
vedada.
§2º - Provada a má-fé, o funcionário perderá os II - crime comum praticado em detrimento de dever
cargos, funções ou empregos acumulados inerente à função pública ou ao cargo público,
ilicitamente devolvendo ao Estado o que houver quando de natureza grave, a critério da autoridade
percebido no período da acumulação. competente;
III - abandono de cargo; (Ver §1º).
IV - incontinência pública e escandalosa e prática de Parágrafo único - Salvo reabilitação obtida em
jogos proibidos; processo disciplinar de revisão, o funcionário
V - insubordinação grave em serviço; demitido com a nota a que se refere este artigo não
Comentário: A insubordinação está ligada ao poderá reingressar nos quadros funcionais do Estado
descumprimento de ordens pessoais diretas para ou de suas entidades, a qualquer título.
serviço específico. Não se confunde com ordens
gerais. Caracteriza a insubordinação do servidor o Art. 201 - Ao ato que cominar sanção, precederá
não cumprimento dos serviços a que lhe foram sempre procedimento disciplinar, assegurada ao
confiados naquele dia. funcionário indiciado ampla defesa, nos termos deste
VI - ofensa física ou moral em serviço contra Estatuto, sob pena de nulidade da cominação
funcionário ou terceiros; imposta. (Ver art. 5º, inciso LV da Constituição
VII - aplicação irregular dos dinheiros públicos, que Federal).
resultem em lesão para o Erário Estadual ou
dilapidação do seu patrimônio; Parágrafo único - As sanções referidas nos itens II e
VIII - quebra do dever de sigilo funcional; VI do artigo 196 serão cominadas por escrito e
IX - corrupção passiva, nos termos da lei penal; fundamentalmente, pena de nulidade.
Comentário: O crime de corrupção passiva está Art.196, II – suspensão e VI - cassação de
especificado no artigo 317 do Código Penal, e se aposentadoria.
configura quando o agente público (político, por
exemplo) solicita ou aceita alguma espécie de Art. 202 - São competentes para aplicação das
benefício (dinheiro ou bens) em troca da realização sanções disciplinares:
de serviços relacionados com a sua função pública, I - os Chefes dos Poderes Legislativo e Executivo,
com o objetivo de favorecer diretamente os em qualquer caso, e privativamente, nos casos de
interesses do corruptor. demissão e cassação de aposentadoria ou
disponibilidade, salvo se se tratar de punição de
X - falta de atendimento ao requisito do estágio funcionário autárquico;
probatório estabelecido no art. 27, § 1º, item III; II - os dirigentes superiores das autarquias, em
Art. 27 - Estágio probatório é o triênio de efetivo qualquer caso, e, privativamente, nos casos de
exercício no cargo de provimento efetivo, contado do demissão e cassação, da aposentadoria ou
início do exercício funcional, durante o qual é disponibilidade;
observado o atendimento dos requisitos necessários III - os Secretários de Estado e demais dirigentes de
à confirmação do servidor nomeado em virtude de órgãos subordinados ou auxiliares, em todos os
concurso público. casos, salvo os referidos nos itens I e II;
XI – desídia funcional; IV - os chefes de unidades administrativas em geral,
Comentário: É desempenhar as atividades nos casos de repreensão, suspensão até 30 (trinta)
profissionais com preguiça, ter atrasos frequentes, dias e multa correspondente.
ter muitas faltas injustificadas e desinteresse pela
função. É agir com negligência, desleixo, Art. 203 - Além da pena judicial que couber, serão
desatenção, relaxamento e má vontade. considerados como de suspensão os dias em que o
funcionário, notificado deixar de atender à
XII - descumprimento de dever especial inerente a convocação para prestação de serviços estatais
cargo em comissão. compulsórios, salvo motivo justificado.
§ 1° - Considera-se abandono de cargo a deliberada
ausência ao serviço, sem justa causa, por trinta (30) Art. 204 - Será cassada a aposentadoria ou
dias consecutivos ou 60 (sessenta) dias, disponibilidade se ficar provado, em inquérito
interpoladamente, durante 12 (doze) meses. administrativo, que o aposentado ou disponível:
§ 2º - Entender-se-á por ausência ao serviço com I - praticou, quando no exercício funcional, ilícito
justa causa não só a autorizada por lei, regulamento punível com demissão;
ou outro ato administrativo, como a que assim for II - aceitou cargo ou função que, legalmente, não
considerada após comprovação em inquérito ou poderia ocupar, ou exercer, provada a má-fé;
justificação administrativa, esta última requerida ao III - não assumiu o disponível, no prazo legal, o lugar
superior hierárquico pelo funcionário interessado, funcional em que foi aproveitado, salvo motivo de
valendo a justificação, nos termos deste parágrafo, força maior;
apenas para fins disciplinares. IV - perdeu a nacionalidade brasileira.
Art. 200 - Tendo em vista a gravidade do ilícito, a Parágrafo único - A cassação da aposentadoria ou
demissão poderá ser aplicada com a nota "a bem do disponibilidade extingue o vínculo do aposentado ou
serviço público", a qual constará sempre nos casos do disponível com o Estado ou suas entidades
de demissão referidos nos itens I e VII do artigo 199. autárquicas.
Art. 205 - A suspensão preventiva será ordenada qualquer caso, permitida a delegação de
pela autoridade que determinar a abertura do competência:
inquérito administrativo, se, no transcurso deste, a I - do Governador, em qualquer caso;
entender indispensável, nos termos do § 1º deste II - dos Secretários de Estado, dos dirigentes
artigo. autárquicos e dos Presidentes da Assembleia
§ 1º - A suspensão preventiva não ultrapassará o Legislativa, Tribunal de Contas e do Conselho de
prazo de 90 (noventa) dias e somente será Contas dos Municípios, em suas respectivas áreas
determinada quando o afastamento do funcionário for funcionais.
necessário, para que, como indiciado, não venha a
influir na apuração de sua responsabilidade. § 1º - Abrir-se-á, também, sindicância para apuração
§ 2º - Suspenso preventivamente, o funcionário terá, das aptidões do funcionário, no estágio probatório,
entretanto, direito: para fins de demissão ou exoneração, quando for o
I - a computar o tempo de serviço relativo ao período caso, assegurada ao indiciado ampla defesa, nos
de suspensão para todos os efeitos legais; termos dos artigos estatutários que disciplinam o
II - a computar o tempo de serviço para todos os fins inquérito administrativo, reduzidos os prazos neles
de lei, relativo ao período que ultrapassar o prazo da estabelecidos, à metade.
suspensão preventiva; § 2º - Aberta a sindicância, suspende-se a fluência
III - a perceber os vencimentos relativos ao período do período do estágio probatório.
de suspensão, se reconhecida a sua inocência no § 3º - A sindicância será realizada por funcionário
inquérito administrativo; estável, designado pela autoridade que determinar a
IV - a perceber as gratificações por tempo de serviço sua abertura.
já prestado e o salário-família. § 4º - A sindicância precede o inquérito
administrativo, quando for o caso, sendo-lhe anexada
Art. 206 - Os Chefes dos Poderes Legislativo, como peça informativa e preliminar.
Executivo e Judiciário, os Presidentes do Tribunal de § 5º - A sindicância será realizada no prazo máximo
Contas e do Conselho de Contas dos Municípios, os de 15 (quinze) dias, prorrogável por igual período, a
Secretários de Estado e os dirigentes das Autarquias pedido do sindicante, e a critério da autoridade que
poderão ordenar a prisão administrativa do determinou a sua abertura.
funcionário responsável direto pelos dinheiros e § 6º - Havendo ostensividade ou indícios fortes de
valores públicos, ou pelos bens que se encontrarem autoria do ilícito administrativo, o sindicante indiciará
sob a guarda do Estado ou de suas Autarquias, no o funcionário, abrindo-lhe o prazo de 3 (três) dias
caso de alcance ou omissão no recolhimento ou na para defesa prévia. A seguir, com o seu relatório,
entrega a quem de direito nos prazos e na forma da encaminhará o processo de sindicância à autoridade
lei. que determinou a sua abertura.
§ 1º - Recolhida aos cofres públicos a importância § 7º - O sindicante poderá ser assessorado por
desviada, a autoridade que ordenou a prisão técnicos, de preferência pertencentes aos quadros
revogará imediatamente o ato gerador da custódia. funcionais, devendo todos os atos da sindicância
§ 2º - A autoridade que ordenar a prisão, que não serem reduzidos a termo por secretário designado
poderá ultrapassar a 90 (noventa) dias, comunicará pelo sindicante, dentre os funcionários do órgão a
imediatamente o fato à autoridade judiciária que pertencer.
competente e providenciará a abertura e realização § 8º - Ultimada a sindicância, não apurada a
urgente do processo de tomada de contas. responsabilidade administrativa, ou o
descumprimento dos requisitos do estágio probatório,
Art. 207 - A prisão, a que se refere o artigo anterior, o processo será arquivado, fixada a responsabilidade
será cumprida em local especial. funcional, a autoridade que determinou a sindicância
encaminhará os respectivos autos para a Comissão
Art. 208 - Aplica-se à prisão administrativa o disposto Permanente de Inquérito Administrativo, que
no § 2º do art. 205 deste Estatuto. funcionará:
I - no Poder Executivo, na Governadoria, nas
CAPÍTULO V Secretarias de Estado, órgãos desconcentrados e
Da Sindicância nas autarquias;
II - no Poder Legislativo, na Diretoria Geral;
Art. 209 - A sindicância é o procedimento sumário III - no Tribunal de Contas e no Conselho de Contas
através do qual o Estado ou suas autarquias reúnem dos Municípios.
elementos informativos para determinar a verdade
em torno de possíveis irregularidades que possam CAPÍTULO VI
configurar, ou não, ilícitos administrativos, aberta Do Inquérito Administrativo
pela autoridade de maior hierarquia, no órgão em
que ocorreu a irregularidade, ressalvadas em
Art. 210 - O inquérito administrativo é o procedimento Art. 216 - A falta de notificação do indiciado ou de
através do qual os órgãos e as autarquias do Estado seu defensor, para todas as fases do inquérito,
apuram a responsabilidade disciplinar do funcionário. determinará a nulidade do procedimento.
Parágrafo único - São competentes para instaurar o
inquérito: Art. 217 - Encerrada a fase probatória, o indiciado
I - o Governador, em qualquer caso; será notificado para apresentar, por seu defensor, no
II - os Secretários de Estado, os dirigentes das prazo de 10 (dez) dias, suas razões finais de defesa.
Autarquias e os Presidentes da Assembleia
Legislativa, do Tribunal de Contas e do Conselho de Art. 218 - Apresentadas as razões finais de defesa, a
Contas dos Municípios, em suas áreas funcionais, Comissão encaminhará os autos do inquérito, com
permitida a delegação de competência. relatório circunstanciado e conclusivo, à autoridade
competente para o seu julgamento.
Art. 211 - O inquérito administrativo será realizado
por Comissões Permanentes, instituídas por atos do Art. 219 - Sob pena de nulidade, as reuniões e as
Governador, do Presidente da Assembleia diligências realizadas pela Comissão de Inquérito
Legislativa, do Presidente do Tribunal de Contas, do serão consignadas em atas.
Presidente do Conselho de Contas dos Municípios,
dos dirigentes das Autarquias e dos órgãos Art. 220 - Da decisão de autoridade julgadora cabe
desconcentrados, permitida a delegação de poder, recurso no prazo de 10 (dez) dias, com efeito
no caso do Governador, ao Secretário de suspensivo, para a autoridade hierárquica
Administração. imediatamente superior, ou para a que for indicada
Art. 212 - As Comissões Permanentes de Inquérito em regulamento ou regimento.
Administrativo compor-se-ão de três membros, todos Parágrafo único - Das decisões dos Secretários de
funcionários estáveis do Estado ou de suas Estado e do Presidente do Conselho de Contas dos
autarquias, presidida pelo servidor que for designado Municípios caberá recurso, com efeito suspensivo,
pela autoridade competente, que colocará à no prazo deste artigo, para o Governador. Das
disposição das Comissões o pessoal necessário ao decisões do Presidente da Assembleia Legislativa e
desenvolvimento de seus trabalhos, inclusive os de do Tribunal de Contas caberá recurso, com os efeitos
secretário e assessoramento. deste parágrafo, para o Plenário da Assembleia e do
Tribunal, respectivamente.
Art. 213 - Instaurado o inquérito administrativo, a
autoridade encaminhará seu ato para a Comissão de Art. 221- O inquérito administrativo será concluído
Inquérito que for competente, tendo em vista o local no prazo máximo de 90 (noventa) dias, podendo ser
da ocorrência da irregularidade verificada, ou a prorrogado por igual período, a pedido da Comissão,
vinculação funcional do servidor a quem se pretende ou a requerimento do indiciado, dirigido à autoridade
imputar a responsabilidade administrativa. que determinou o procedimento.
Art. 222 - Em qualquer fase do inquérito será
Art. 214 - Abertos os trabalhos do inquérito, o permitida a intervenção do indiciado, por si, ou por
Presidente da Comissão mandará citar o funcionário seu defensor.
acusado, para que, como indiciado, acompanhe, na
forma do estabelecido neste Estatuto, todo o Art. 223 - Havendo mais de um indiciado e
procedimento, requerendo o que for do interesse da diversidade de sanções caberá o julgamento à
defesa. autoridade competente para imposição da sanção
Parágrafo único - A citação será pessoal, mediante mais grave. Neste caso, os prazos assinados aos
protocolo, devendo o servidor dele encarregado indiciados correrão em comum.
consignar, por escrito, a recusa do funcionário em
recebê-la. Em caso de não ser encontrado o Art. 224- O funcionário só poderá ser exonerado,
funcionário, estando ele em lugar incerto e não estando respondendo a inquérito administrativo,
sabido, a citação far-se-á por edital, publicado no depois de julgado este com a declaração de sua
Diário Oficial do Estado, com prazo de 15 (quinze) inocência.
dias, depois do que, não comparecendo o citado,
ser-lhe-á designado defensor, nos termos do art. Art. 225 - Recebidos os autos do inquérito, a
184, item III e § 1º do art. 185. autoridade julgadora proferirá sua decisão no prazo
improrrogável de 20 (vinte) dias.
Art. 215 - Citado, o indiciado poderá requerer suas
provas no prazo de 05 (cinco) dias, podendo renovar Art. 226 - Declarada a nulidade do inquérito, no todo
o pedido, no curso do inquérito, se necessário para ou em parte, por falta do cumprimento de
demonstração de fatos novos. formalidade essencial, inclusive o reconhecimento de
direito de defesa, novo procedimento será aberto.
Art. 227 - No caso do artigo anterior e no de funcionário cartão de identidade, dele devendo
esgotamento do prazo para a conclusão do inquérito, constar o retrato, a impressão digital, a filiação, a
o indiciado, se tiver sido afastado de seu cargo, data de nascimento e a qualificação funcional do
retornará ao seu exercício funcional. identificado.
Parágrafo único - Será recolhido o cartão do
CAPÍTULO VII funcionário que for exonerado, demitido ou
Da Revisão aposentado.
Art. 228 - A qualquer tempo poderá ser requerida a Art. 235 - Salvo disposição expressa em contrário, os
revisão do procedimento administrativo de que prazos previstos neste Estatuto somente correrão
resultou sanção disciplinar, quando se aduzam fatos nos dias úteis, excluindo-se o dia inicial.
ou circunstâncias que possam justificar a inocência
do requerente, mencionados ou não no procedimento Art. 236 - Nos dias úteis, só por determinação dos
original. Chefes dos Poderes Executivo e Legislativo poderão
Parágrafo único - Tratando-se de funcionário falecido deixar de funcionar os órgãos e entidades estaduais.
ou desaparecido, a revisão poderá ser requerida pelo
cônjuge, companheiro, descendente, ascendente Art. 237 - É assegurado aos funcionários o direito de
colateral consanguíneo até o 2º grau civil. se agruparem em associação de classe, sem caráter
sindical ou político-partidário.
Art. 229 - Processar-se-á a revisão em apenso ao Parágrafo único - Essas Associações, que deverão
processo original. ter personalidade jurídica de direito privado,
Parágrafo único - Não constitui fundamento para a representarão os que integrarem o seu quadro social
revisão a simples alegação de injustiça da sanção. perante as autoridades administrativas, em matéria
de interesse da coletividade funcional.
Art. 230 - O requerimento devidamente instruído será
dirigido à autoridade que aplicou a sanção, ou àquela Art. 238 - O dia 28 de outubro será consagrado ao
que a tiver confirmado, em grau de recurso. funcionário público estadual e comemorado,
Parágrafo único - Para processar a revisão, a oficialmente, na forma do que for disposto em
autoridade que receber o requerimento nomeará uma Regulamento. (Regulamentado pelo Decreto nº
comissão composta de três funcionários efetivos, de 11.472, de 29.9.1975 – D. O. 2.10.1975 ).
categoria igual ou superior à do requerente.
Art. 239 - Ressalvadas as exceções constantes de
Art. 231 - Na inicial, o requerente pedirá dia e hora disposição expressa em lei, bem como os casos de
para inquirição das testemunhas que arrolar. acumulação lícita, o funcionário não poderá receber,
Parágrafo único - Será considerada informante a mensalmente, importância total superior a noventa
testemunha que, residindo fora da sede onde por cento da percebida pelos Secretários de Estado.
funcionar a comissão, prestar depoimento por (redação alterada pelo art. 25 da Lei nº 10.416, de
escrito. 8.9.1980 - D. O. 8.9.1980).
§ 1º - Ficam excluídas do limite deste artigo:
Art. 232 - Concluído o encargo da comissão, no I - a gratificação representação;
prazo de 60 (sessenta) dias, prorrogável por trinta II - salário-família;
(30) dias, nos casos de força maior, será o processo, III - progressão horizontal;
com o respectivo relatório, encaminhado à IV- diárias e ajuda de custo;
autoridade competente para o julgamento. V - gratificação pela participação em órgão de
Parágrafo único - O prazo para julgamento será de deliberação coletiva;
20 (vinte) dias, prorrogável por igual período, no caso VI - gratificação de exercício;
de serem determinadas novas diligências. VII - gratificação por prestação de serviço
extraordinário.
Art. 233 - Das decisões proferidas em procedimento
de revisão cabe recurso, na forma do art. 220. § 2º - O funcionário não perceberá, a qualquer título,
importância mensal superior à recebida pelo
Governador do Estado, não se computando,
TÍTULO VII entretanto, no cálculo, diárias, ajudas de custo,
Das Disposições Finais gratificação por serviço ou estudo fora do Estado e a
CAPÍTULO ÚNICO progressão horizontal.
Das Disposições Gerais e Transitórias
Art. 240 - É vedado pôr o funcionário à disposição de
Art. 234 - O órgão central do sistema de pessoal do entidade de direito privado, estranha no Sistema
Poder Executivo e os assemelhados do Poder Administrativo, salvo em caso de convênio, ou para
Legislativo e entidades autárquicas fornecerão ao
exercer função considerada pelo sistema de Constituição Federal de 1967, com a redação dada
relevante interesse social. pelo art. 194 da Emenda Constitucional nº 1, de 17
de outubro de 1969, desde que sujeitos ao regime do
Art. 241 - São isentos de qualquer tributo ou Estatuto anterior, quando da aquisição da
emolumentos os requerimentos, certidões e outros estabilidade.
papéis que interessem ao funcionário público ou a Parágrafo único - Com a estabilidade, as funções de
aposentado, nessas qualidades. caráter eventual dos servidores em geral passam a
ser de natureza permanente, caracterizando-se como
Art. 242 - Nenhum tributo estadual incidirá sobre os cargo, devendo como tal, serem consideradas, para
vencimentos, proventos ou qualquer vantagem do todos os efeitos.
funcionário ou do aposentado, nem sobre os atos ou
títulos referentes à sua vida funcional. Art. 248 - O funcionário que esteja com o seu vínculo
funcional suspenso, ou no gozo de licença, poderá
Art. 243 - As normas do regime disciplinar previstas ser, a qualquer tempo, citado para se defender em
neste Estatuto, salvo as de natureza adjetiva, não se procedimento disciplinar, ou notificado para nele
aplicam aos casos pendentes. prestar depoimento, ou realizar ou se submeter a
Art. 244 - O afastamento do funcionário ocupante de provas de natureza pericial, salvo manifesta
cargo de chefia, direção, fiscalização ou impossibilidade por motivo de doença, justificada
arrecadação, para disputar mandato eletivo, dar-se-á perante o sindicante ou Comissão Permanente de
nos termos da legislação eleitoral pertinente. Inquérito.
Parágrafo único - Durante o afastamento de que trata
este artigo o funcionário não perceberá os Art. 249 - São considerados concursos públicos,
vencimentos ou vantagens do cargo que gerando todos os efeitos que lhe são atinentes, os
momentaneamente detinha ou de que for ocupante exames de provas de habilitação ou seleção
efetivo, exceto o salário-família, considerando-se o realizados para a admissão de candidatos a funções
afastamento como autorização para o trato de das extintas TNM e que se revestiram das
interesses particulares. características essenciais dos concursos públicos,
consideradas, como tais, a acessibilidade a todos os
Art. 245 - Ao ex-combatente da Força do Exército, da brasileiros, o caráter competitivo e eliminatório e
Expedicionária Brasileira, da Força Aérea Brasileira, ampla divulgação.
da Marinha de Guerra e da Marinha Mercante do Parágrafo único - A declaração de equivalência será
Brasil, que tenha participado efetivamente de feita pelo órgão central do sistema de pessoal,
operações bélicas na segunda Guerra Mundial, e mediante provocação do interessado.
cuja situação se encontra definida na Lei Federal nº
5.315, de 12 de setembro de 1967, são assegurados Art. 250 - Reduzida a capacidade do funcionário para
os seguintes direitos: (Ver art. 53 dos ADCT da o exercício das atribuições do cargo que ocupa,
Constituição Federal e art. 20 dos ADCT da comprovada através de perícia médica oficial, será
Constituição Estadual). ele readaptado, mediante transferência, em cargo de
I - estabilidade, se funcionário público; atribuições compatíveis com o seu novo estado
II - aproveitamento no serviço público, sem a psíquico ou somático.
exigência do disposto no art. 106, § 1º da Parágrafo único - A readaptação obedecerá ao
Constituição do Estado; (art. 20, inciso I da disposto nos arts. 50 e 51 deste Estatuto.
Constituição Estadual).
III - aposentadoria com proventos integrais aos 25 Art. 251 – É permitida a consignação facultativa em
(vinte e cinco) anos de serviço efetivo, se funcionário folha de pagamento inerente à remuneração,
público da Administração direta ou autárquica; subsídios, proventos. (Redação dada pela Lei n°
IV - benefício do Instituto de Previdência; 13.369, de 22 .9.2003 – D. O. 24.9.2003).
V - promoção após interstício legal, e se houver § 1º - A soma das consignações facultativas não
vaga; excederá de 40% (quarenta por cento) da
VI - assistência médica, hospitalar e educacional, se remuneração, subsídios e proventos, deduzidas as
carente de recurso. consignações obrigatórias. (Redação dada pela Lei
n° 13.369, de 22 .9.2003 – D. O. 24.9.2003).
Art. 246 - As atuais funções gratificadas passam à § 2º - Serão computados, para efeito do cálculo
categoria de cargos em comissão, convertendo-se previsto neste artigo, o vencimento-base, as
automaticamente os valores das gratificações em vantagens fixas e as de caráter pessoal. (Redação
gratificações de representação, mantida a simbologia dada pela Lei n° 13.369, de 22.9.2003 – D. O.
vigente até definição regulamentar. 24.9.2003).
§ 3º - Não se aplica o disposto neste artigo aos
Art. 247 - Aplica-se o regime desta lei aos ocupantes exclusivamente de cargo de provimento
estabilizados nos termos do § 2º do Art. 177 da em comissão, bem como aos contratados por tempo
determinado, de que trata o inciso XIV do art. 154 da 19 de novembro de 1959; a Lei nº 7.999, de 11 de
Constituição do Estado do Ceará. (Redação dada maio de 1965; a Lei nº 8.384, de 10 de janeiro de
pela Lei n° 13.369, de 22 .9.2003 – D. O. 24.9.2003). 1966; a Lei nº 9.226, de 27 de novembro de 1968; a
Lei nº 9.260, de 12 de dezembro de 1968, no que diz
Art. 252 - A partir de 1º. de janeiro de 1974, todas as respeito ao funcionário autárquico; a Lei nº 9.381, de
gratificações adicionais por tempo de serviço 27 de julho de 1970; a Lei nº 9.443, de 9 de março
percebidas pelos funcionários deverão ser de 1971 e a Lei nº 9.496, de 19 julho de 1971.
convertidas na progressão horizontal prevista no
Capítulo X, Seção I, do Titulo II, deste Estatuto. PALÁCIO DO GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ,
em Fortaleza, 14 de maio de 1974.
Art. 253 - O Estado, na forma que dispuser Decreto __________________________________________
do Governador do Estado, poderá assegurar bolsa __________________________________________
de estudo ao funcionário, como incentivo à sua __________________________________________
profissionalização, em cursos não regulares de
formação, treinamento, aperfeiçoamento e de
especialização profissionais, mantidos por entidades
oficiais ou particulares, de reconhecida e notória
idoneidade.
Parágrafo único - O Decreto a que se refere este
artigo poderá dispor sobre a concessão de bolsas de
estudo para funcionários em cursos de extensão
universitária e de pós-graduação.
Art. 5º A estrutura remuneratória dos Agentes Art. 6º Fica concedido, a partir de 1º de setembro de
Penitenciários, integrantes da Carreira de Segurança 2008, Abono aos Agentes Penitenciários na forma do
Penitenciária, é composta pelo vencimento base anexo IV, da presente Lei, valor este absorvido na
constante do anexo III, da Gratificação de Atividades composição da remuneração, decorrente
Especiais e de Risco – GAER, prevista no art. 7º e da redenominação da Carreira de Segurança
Adicional Noturno previsto no art. 8º, todos desta Lei. Penitenciária.
§1º Além das parcelas previstas no caput deste §1º O disposto no caput deste artigo aplica-se aos
artigo, o Agente Penitenciário integrante da Carreira aposentados e aos pensionistas.
de Segurança Penitenciária, poderá receber §2º O abono previsto neste artigo não poderá ser
vantagem pessoal, sendo esta compreendida como o considerado ou computado para fins de concessão
valor já incorporado à remuneração do Agente ou de cálculos de vantagens financeiras de qualquer
decorrente do exercício de cargo em comissão e a natureza, cessando integralmente os pagamentos a
Gratificação por Adicional de Tempo de Serviço para esse título quando da implementação da
aqueles que já tinham implementado as condições tabela vencimental que trata o anexo III.
para tanto quando da edição da Lei nº 12.913, de 18
de junho de 1999. Art. 7º Fica instituída a Gratificação de Atividades
§2º Poderá ainda o Agente Penitenciário integrante Especiais e de Risco – GAER, devida aos servidores
da Carreira de Segurança Penitenciária perceber em atividades ocupantes dos cargos/funções de
complemento, este entendido como a parte Agente Penitenciário, integrantes da carreira de
percebida pelo agente que ultrapasse os valores Segurança Penitenciária, no percentual de passa a
decorrentes da presente Lei, percebida no mês ser devida nos percentuais de 70% (setenta por
anterior ao da publicação desta norma, excluídas a cento), sobre o vencimento básico, a partir de
vantagem pessoal e a gratificação por adicional de fevereiro de 2017, 80% (oitenta por cento) a partir de
tempo de serviço. janeiro de 2018, e 100% (cem por cento) a partir de
Art.5º-A. Fica instituído o Abono Especial por Reforço novembro de 2018, incidente, exclusivamente, sobre
Operacional ao Agente Penitenciário que, em caráter o vencimento base, em razão do efetivo exercício
das funções específicas de segurança, internas e Aqui, a Lei nº 13.095/01 extinguiu a Gratificação
externas, nos estabelecimentos prisionais do Estado. Especial de Localização Carcerária, o Abono
(Nova redação dada pela Lei n.º 15.154, de 09.05.12) Provisório e o Acréscimo de 40% (quarenta por
Comentário: O art. 1º da Lei nº 16.102/16 alterou o cento) sobre o vencimento base.
percentual da Gratificação de Atividades Especiais e
de Risco – GAER, para 70% (setenta por cento), Art. 11. A gratificação que trata o art. 7º desta Lei é
sobre o vencimento básico, a partir de fevereiro de incompatível com a percepção de qualquer
2017, 80% (oitenta por cento) a partir de janeiro de gratificação pela prestação de serviços
2018, e 100% (cem por cento) a partir de novembro extraordinários, com exceção dos serviços eventuais
de 2018. a que estiverem inscritos voluntariamente os agentes
§ 1° A GAER prevista no caput é devida aos penitenciários designados eventualmente pela
integrantes da carreira prevista no art. 1º desta Lei, Secretaria da Justiça e Cidadania, a título de Reforço
como compensação do acréscimo da jornada, Operacional, na forma do art. 5º- A desta Lei. (Nova
quando no efetivo exercício sob regime de plantão redação dada pela Lei n.º 16.063/16)
de 12 (doze) horas de trabalho, com revezamento no Art.5º-A. Fica instituído o Abono Especial por
período diurno e noturno, perfazendo uma carga Reforço Operacional ao Agente Penitenciário que,
horária semanal de 48 (quarenta e oito) horas. em caráter voluntário, participar de serviço para o
§ 2º Os servidores ocupantes dos cargos/funções de qual seja designado eventualmente, nos termos
Agentes Penitenciários quando no exercício de desta Lei e do respectivo regulamento.
cargos comissionados nas unidades prisionais, na § 1º O Abono Especial por Reforço Operacional é de
Coordenadoria do Sistema Penal, cujas atribuições natureza voluntária e a operação de reforço
sejam de natureza penitenciária, ou, ainda, na Célula operacional deverá ser planejada pela Secretaria da
de Inteligência Penitenciária, vinculada ao Gabinete Justiça e Cidadania, utilizando-se no máximo 50%
da Secretaria da Justiça e Cidadania, farão jus a (cinquenta por cento) do efetivo de Agentes
GAER. (Nova redação dada pela Lei n.º 14.966, de Penitenciários ativos, conforme a natureza do
13.07.11) trabalho de segurança penitenciária a ser
desenvolvido nos termos do anexo único desta Lei.
Art. 8° É devido aos servidores ocupantes dos § 2º O abono de que trata este artigo não será
cargos/funções de Agente Penitenciário o adicional incorporado aos vencimentos para nenhum efeito,
por trabalho noturno nas seguintes condições: inclusive previdenciário, bem como não será
§ 1° O adicional por trabalho noturno é devido ao considerado para cálculo de quaisquer vantagens
servidor cujo trabalho seja executado entre 22 (vinte pecuniárias.
e duas horas) de um dia às 5 (cinco) horas do dia § 3º O abono Especial por Reforço Operacional será
seguinte; limitado à execução de, no máximo, 60 (sessenta)
§ 2° A hora de trabalho noturno será computada horas de reforços operacionais por mês, além da
como de 52 (cinquenta e dois) minutos e 30 (trinta) jornada normal de trabalho do Agente Penitenciário.
segundos;
§ 3° O trabalho noturno será remunerado com um Art. 12. A Gratificação de que trata o art. 7° desta Lei,
acréscimo de 25% (vinte e cinco por cento) sobre o será incorporada aos proventos de aposentadoria,
valor da hora diurno. desde que o servidor tenha contribuído por pelo
menos 60 (sessenta) meses ininterruptos para
Art. 9º A Gratificação pela execução de trabalho em o Sistema Único de Previdência Social dos
condições especiais, inclusive com risco de vida ou Servidores Públicos Civis e Militares, dos Agentes
de saúde, prevista no inciso VI, do art. 132, da Lei nº Públicos e dos Membros de Poder do Estado do
9.826, de 14 de maio de 1974, e no parágrafo único, Ceará – SUPSEC. (Nova redação dada pela Lei n.º
art. 1º, da Lei nº 9.598, de 28 de junho de 1972, e no 15.154, de 09.05.12)
art. 7° da Lei n° 9.788, de 4 de dezembro de 1973, é
incompatível com a percepção das gratificações §1° Para os servidores que implementarem as regras
previstas nesta Lei, sendo vedado o seu pagamento dos arts. 3° e 6° da Emenda Constitucional Federal
aos integrantes da carreira redenominada por esta n° 41, de 19 de dezembro de 2003, ou do art. 3°, da
Lei. Emenda Constitucional Federal n° 47, de 5 de julho
de 2005, e cujo período de percepção por ocasião do
Art. 10. Fica extinta e cessa seu pagamento em pedido de aposentadoria seja menor do que 60
relação aos integrantes da carreira de Segurança (sessenta) meses, será observada a média aritmética
Penitenciária a Gratificação Especial de Localização do período de percepção, multiplicado pela fração
Carcerária, o Abono Provisório e o Acréscimo de cujo numerador será o número correspondente ao
40% (quarenta por cento) sobre o vencimento base, total de meses trabalhados e o denominador será
previstos no art. 1º e seus parágrafos, no art. 2º e sempre o numeral 60 (sessenta).
parágrafo único, e art. 3º, da Lei nº 13.095, de 12 de §2° O disposto neste artigo não se aplica para os
janeiro de 2001. servidores que se aposentarem pelas regras
previstas no art.40 da Constituição Federal, com a
redação dada pela Emenda Constitucional Federal n° SITUAÇÃO ATUAL SITUAÇÃO NOVA
41, de 19 de dezembro de 2003, nos termos da 13 1
Legislação Federal. 14 2
15 3
Art. 13. Ficam mantidas as regras instituídas no 16 4
Capítulo IV, da Lei n° 12.386, de 9 de dezembro de 17 5
1994, referente à ascensão funcional do servidor 18 6
ocupante do cargo/função de Agente Penitenciário, 19 7
conforme a estrutura e composição constante no 20 8
anexo I, sem prejuízo do interstício em curso. 21 9
Parágrafo único. Os critérios específicos e os 22 10
procedimentos para aplicação do princípio do mérito
23 11
e/ou da antiguidade para a efetivação da progressão
24 12
e da promoção são os definidos no Decreto n°
- 13
22.793, de 1° de outubro de 1993, até que sejam
definidos novos critérios. - 14
- 15
Art. 14. As despesas decorrentes desta Lei correrão - 16
por conta de dotação orçamentária da Secretaria da - 17
Justiça e Cidadania - SEJUS, podendo ser - 18
suplementada, em caso de necessidade. (Nova - 19
redação dada pela Lei n.º16.063/16) - 20
Art. 15. Esta Lei entra em vigor na data de sua ANEXO III
publicação. A QUE SE REFERE À LEI Nº 14.582, DE 21 DE
Art. 16. Ficam revogadas as disposições em DEZEMBRO DE 2009.
contrário. TABELA VENCIMENTAL DA CARREIRA
PALÁCIO IRACEMA, DO GOVERNO DO ESTADO SEGURANÇA PENITENCIÁRIA
DO CEARÁ, em Fortaleza, 21 de dezembro de 2009. 40 HORAS
Cid Ferreira Gomes REFERÊNCIA VALOR EM R$
GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ. 1 1.158,60
2 1.216,53
3 1.277,35
4 1.341,22
5 1.408,28
ANEXO I A QUE SE REFERE À LEI Nº 14.582 DE 6 1.478,69
21 DEZEMBRO DE 2009 ESTRUTURA DA 7 1.552,63
CARREIRA SEGURANÇA PENITENCIÁRIA. 8 1.630,26
Qualif 9 1.711,77
icaçã 10 1.797,36
o 11 1.887,23
Categ Cargo
Grupo exigid 12 1.981,59
oria /
ocupac Carrei Referê a 13 2.080,68
funcio Funçã
ional ra ncia para 14 2.184,71
nal o
ingre 15 2.293,95
sso 16 2.408,65
Ativida Segur Agent Curso 17 2.529,08
Apoio
des de ança e de 18 2.655,53
admin
apoio Penit Penit 1 a 20 nível 19 2.788,31
istrativ
admini enciár enciár médi 20 2.927,72
o
strativo ia io o
ANEXO IV
A QUE SE REFERE À LEI Nº 14.582, DE 21 DE
ANEXO II DEZEMBRO DE 2009.
A QUE SE REFERE À LEI Nº 14.582 DE 21 DE VALORES CORRESPONDENTES AO ABONO DO
DEZEMBRO DE 2009. AGENTE PENITENCIÁRIO
POSICIONAMENTO DOS CARGOS/FUNÇÕES DE
AGENTE PENITENCIÁRIO REFERÊNCIA VALOR EM R$
13 44,03 DISPÕE SOBRE O AUMENTO PROVISÓRIO DO
14 46,23 PERCENTUAL MÁXIMO DO EFETIVO DE
15 48,55 AGENTES PENITENCIÁRIOS QUE PODE SER
16 50,97 EMPREGADO PARA ATIVIDADES DE REFORÇO
17 53,52 OPERACIONAL, NOS TERMOS DA LEI N.º 14.582,
18 56,20 DE 21 DE DEZEMBRO DE 2009, COM REDAÇÃO
19 59,00 DADA PELA LEI N.º 16.063, DE 7 DE JULHO DE
20 61,96 2016.
21 65,05
22 68,31 O GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ.
23 71,72 Faço saber que a Assembleia Legislativa decretou e
eu sanciono a seguinte Lei:
24 75,31
Art. 1º Fica alterado para 75% (setenta e cinco por
cento) o percentual máximo de utilização do efetivo
*ANEXO
de agentes penitenciários do Estado para os fins do
A QUE SE REFERE O ART.5º-A DA LEI Nº 14.582,
disposto no art. 5º- A, da Lei n.º 14.582, de 21 de
DE 21 DE DEZEMBRO DE 2009.
dezembro de 2009, com redação dada pela Lei n.º
16.063, de 7 de julho de 2016, mediante a percepção
FUNÇÃO VALOR POR HORA
de Abono Especial por Reforço Operacional.
Agente Penitenciário R$ 20,00
* (Anexo dado pela Lei N.º 16.063, de 07.07.16) Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua
publicação, sendo que a alteração de que trata o art.
1º surtirá efeitos pelo prazo de 2 (dois) anos,
Lei Estadual nº 16.102/16 - (DOE 06.09.16) contados da publicação, período necessário à
DISPÕE SOBRE A GRATIFICAÇÃO DE contratação pelo Estado, por concurso público, de
ATIVIDADES ESPECIAIS E DE RISCO – GAER, novos agentes penitenciários.
PREVISTA NA LEI N.º 14.582, DE 21 DE
DEZEMBRO DE 2009. Art. 3º Revogam-se as disposições em contrário.
O GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ. PAÇO DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO
Faço saber que a Assembleia Legislativa decretou e ESTADO DO CEARÁ, em Fortaleza, 13 de outubro
eu sanciono a seguinte Lei: de 2016.
Art. 1º A Gratificação de Atividades Especiais e de Camilo Sobreira de Santana
Risco – GAER, de que trata o art. 7º, da Lei n.º GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ
14.582, de 21 de dezembro de 2009, a que fazem jus
os servidores ocupantes de cargo ou função de PORTARIA nº 723/2014 - (DOE 21.08.14)
Agente Penitenciário, integrantes da carreira de Normatiza e disciplina o procedimento de revista
Segurança Penitenciária, passa a ser devida nos a ser adotado para visitantes, internos,
percentuais de 70% (setenta por cento), sobre o servidores e autoridades que ingressem nas
vencimento básico, a partir de fevereiro de 2017, unidades prisionais do Estado do Ceará,
80% (oitenta por cento) a partir de janeiro de 2018, e submetidos à administração da Secretaria da
100% (cem por cento) a partir de novembro de 2018. Justiça e Cidadania do Estado do Ceará.
Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua A SECRETÁRIA DA JUSTIÇA E CIDADANIA DO
publicação, observadas as datas de implantação ESTADO DO CEARÁ, no uso de suas atribuições
previstas no art. 1º. legais e regimentais, que lhe são conferidas pelo
art.82, Lei nº 13.875, de 07 de fevereiro de 2007 e
Art. 3º Ficam revogadas as disposições em contrário. com fundamento no Decreto nº18.590, de 13 de
março de 1987;
PALÁCIO DA ABOLIÇÃO, DO GOVERNO DO CONSIDERANDO que a dignidade da pessoa
ESTADO DO CEARÁ, em Fortaleza, 06 de setembro humana é princípio fundamental do Estado
de 2016. Democrático de Direito, instituído no art.1º, III da
Constituição Federal;
Camilo Sobreira de Santana CONSIDERANDO o disposto no art.5º, inciso X, ab
GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ initio, da Constituição Federal, que estabelece serem
invioláveis a intimidade e a honra das pessoas;
CONSIDERANDO a necessidade de coibir qualquer
Lei Estadual nº 16.120/16 - (DOE 14.10.16) forma de tratamento desumano ou degradante,
expressamente vedado no art.5º, III da Constituição §3º. Considera-se revista manual toda inspeção
Federal; realizada mediante contato físico da mão do agente
CONSIDERANDO a necessidade de manter a público competente sobre a roupa da pessoa
integridade física e moral dos internos, visitantes, revistada, sendo vedados o desnudamento total ou
servidores e autoridades que visitem ou exerçam parcial, o toque em partes íntimas, o uso de
suas funções no sistema penitenciário do Estado do espelhos, o uso de cães farejadores, bem como a
Ceará; introdução de quaisquer objetos nas cavidades
CONSIDERANDO que o art.74 da Lei 7210 corporais da pessoa revistada.
determina que o departamento penitenciário local §4º. A retirada de calçados, casacos, jaquetas e
deve supervisionar e coordenar o funcionamento dos similares, bem como de acessórios, não caracteriza
estabelecimentos penais que possuir; desnudamento.
CONSIDERANDO o disposto no art.3º da Lei §5º. A revista manual será realizada por servidor
10.792/2003, que determina que todos que queiram habilitado e sempre do mesmo sexo da pessoa
ter acesso aos estabelecimentos penais devem se revistada.
submeter aos aparelhos detectores de metais, §6º. A revista pessoal em crianças ou adolescentes
independentemente de cargo ou função pública; deve garantir o respeito ao princípio da proteção
CONSIDERANDO as Portarias 314/2011 e 692/2013 integral da criança e do adolescente, sendo vedada
da secretaria da Justiça e Cidadania do Estado do sua realização sem a presença e o acompanhamento
Ceará, que tratam do acesso de autoridades e de um responsável legal.
visitantes ao sistema penitenciário local; §7º. Os membros do Poder Judiciário e das funções
CONSIDERANDO o disposto no art.146 e parágrafos essenciais à Justiça se submeterão somente à
do Regimento Geral dos Estabelecimentos Prisionais revista eletrônica e mecânica.
do Estado do Ceará; §8º. O preso deverá ser revistado antes e depois do
CONSIDERANDO a necessidade de prevenir crimes contato com visitante.
no sistema penitenciário, impedindo a entrada de
objetos que possam ser utilizados para tão nefasta Art. 2º. A realização de revista manual ocorrerá nas
finalidade, resguardando a segurança de toda a seguintes hipóteses:
sociedade: I – o estado de saúde impeça que a pessoa a ser
RESOLVE, normatizar e sistematizar o procedimento revistada se submeta a determinados equipamentos
de revista a ser adotado para visitantes, internos, de revista eletrônica;
servidores, profissionais e autoridades que II – quando não existir equipamento eletrônico ou
ingressem nas unidades prisionais do Estado do este não estiver funcionando;
Ceará, submetidos à administração da Secretaria da III – após a realização da revista eletrônica, subsistir
Justiça e Cidadania do Estado do Ceará: fundada suspeita de porte ou posse de objetos,
produtos ou substâncias, cuja entrada seja proibida.
Art. 1º. A revista pessoal (eletrônica, mecânica ou
manual) a qual devem se submeter todos que §1º. Os casos previstos no inciso I deverão ser
queiram ter acesso a um estabelecimento penal para comprovados mediante laudo médico, expedido em
manter contato com pessoa presa ou ainda para até 60 (sessenta) dias antes da visita, exceto quando
prestar serviços, ainda que exerçam qualquer cargo atestar enfermidade permanente.
ou função pública, necessária à segurança de
estabelecimentos penais, será realizada com Art.3º. Esta portaria entra em vigor em quarenta e
respeito à dignidade humana, sendo vedada cinco dias a partir de sua publicação.
qualquer forma de desnudamento, tratamento
desumano ou degradante. SECRETARIA DA JUSTIÇA E CIDADANIA, em
§1º. A revista pessoal deverá ocorrer mediante uso Fortaleza, 13 de agosto de 2014.
de equipamentos eletrônicos detectores de metais, Paulo Roberto Bentes Vasconcelos
bodyscanners (scanner corporal), aparelhos de SECRETÁRIO ADJUNTO DA JUSTIÇA E
raio-X ou similares, ou ainda manualmente, CIDADANIA
preservando-se a integridade física, psicológica e
moral da pessoa revistada.
§2º. Onde houver bodyscanner obrigatoriamente este PORTARIA nº 1220/2014 -(DOE 16.12.14)
será o meio utilizado para a revista eletrônica. (REGIMENTO GERAL DOS ESTABELECIMENTOS
Comentário: Com os body scanners, o tempo de PRISIONAIS DO ESTADO DO CEARÁ)
vistoria será reduzido de 12 minutos para apenas 10
segundos. O equipamento permite identificar objetos A SECRETÁRIA DA JUSTIÇA E CIDADANIA DO
ilícitos que possam ser colocados nas roupas ou no ESTADO DO CEARÁ, no uso de suas atribuições
corpo das visitas, tais como armas, drogas, legais que lhe são conferidas pelo art.44, da Lei nº
aparelhos de telefone celular e chips de telefone. 13.875, de 07 de fevereiro de 2007 e tendo em vista
o que consta do Processo do Sistema de Protocolo Art.2º - O Sistema Penitenciário do Estado do Ceará
Único nº5251265/2013; tem como finalidade a vigilância, custódia e
assistência aos presos e às pessoas sujeitas a
CONSIDERANDO a necessidade de revisar o medidas de segurança, assegurando-lhes a
Regimento Geral dos Estabelecimentos Prisionais do preservação da integridade física e moral, a
Estado do Ceará, conforme determina a Portaria promoção de medidas de integração e reintegração
Nº0240/2010, que regulamenta as ações sócio-educativas, conjugadas ao trabalho produtivo.
desenvolvidas no âmbito do Sistema Penitenciário
cearense, para o pleno desempenho das atividades §1º - Configura-se, ainda, como finalidade do sistema
das Unidades Prisionais, adequando-se as diretrizes penitenciário estadual, a fiscalização e assistência ao
estabelecidas na Lei de Execuções Penais; egresso, garantindo lhes a promoção de medidas de
CONSIDERANDO o trabalho realizado pela integração e reintegração sócio-educativas.
Comissão Especial criada para análise e
proposituras das alterações revisionais, bem como Art. 3º - O Sistema Penitenciário, pelas suas
as considerações trazidas pelos novos equipamentos características especiais, fundamenta-se na
e setores da SEJUS, e a observações oriundas da hierarquia funcional, disciplina e, sobretudo, na
contribuição de vários segmentos da sociedade, defesa dos direitos e garantias individuais da pessoa
humana, organizado em Coordenadoria do Sistema
RESOLVE: Penal - COSIPE, vinculado ao Poder Executivo como
Órgão de Administração da Execução Penal.
Art.1º Aprovar a revisão do Regimento Geral dos
Estabelecimentos Prisionais do Estado do Ceará, na Art. 4º - A Coordenadoria do Sistema Penal é órgão
forma do Anexo que integra a presente Portaria. subordinado diretamente ao Secretário da Justiça e
Cidadania do Estado do Ceará, organizada em
Art.2º Este Regimento entrara em vigor na data da carreira, com ingresso de seus integrantes na classe
publicação desta Portaria. inicial, mediante Concurso Público de provas e
títulos, chefiada pelo Coordenador Geral, nomeado
SECRETARIA DA JUSTIÇA E CIDADANIA, em pelo Governador do Estado do Ceará,
Fortaleza (CE), aos 10 de dezembro de 2014. preferencialmente entre os membros da Instituição.
Parágrafo único - A nomeação do Coordenador do
Mariana Lobo Botelho Albuquerque SECRETÁRIA Sistema Penal deverá obedecer aos mesmos
DA JUSTIÇA E CIDADANIA Registre-se e publique- critérios previstos para a dos Diretores das Unidades
se. Prisionais, constantes do artigo 75 da Lei 7.210/84
(Lei de Execuções Penais).
ANEXO Art. 5º - A Coordenadoria de Inclusão Social do
Preso e do Egresso é órgão subordinado diretamente
REGIMENTO GERAL DOS ESTABELECIMENTOS ao Secretário da Justiça e Cidadania do Estado do
PRISIONAIS DO ESTADO DO CEARÁ Ceará, tendo como missão promover a inclusão
social do preso e do egresso, através do Núcleo
TÍTULO I Educacional e de Capacitação Profissionalizante –
DO SISTEMA PENITENCIÁRIO NECAP, do Núcleo de Empreendedorismo e
Economia Solidária – NEES, do Núcleo de Arte e
Art.1º - O Sistema Penitenciário do Estado do Ceará Eventos – NAE e do Núcleo de Gestão de Assistidos
adota os princípios contidos nas Regras Mínimas e Egressos.
para Tratamento dos Reclusos e Recomendações
pertinentes, formuladas pela Organização das TÍTULO II
Nações Unidas -ONU- e respeita as diretrizes fixadas DOS ESTABELECIMENTOS PRISIONAIS
pela Lei 7.210/84 (Lei de Execuções Penais),
alterações legislativas posteriores e nas Art. 6º - O Sistema Penitenciário do Estado do Ceará
Recomendações Básicas para uma programação é constituído pelas seguintes Unidades:
prisional editadas pelo Ministério da Justiça. I - Centro de Triagem e Observação Criminológica;
A Lei de Execução Penal, Lei nº 7.210, de 11 de
julho de 1984, trata do direito do reeducando II – Unidades Prisionais e Casas de Privação
(condenado e internado) nas penitenciárias Provisória de Liberdade;
brasileiras e da sua reintegração à sociedade.
Obs: A Lei de Execução Penal será vista com mais III – Penitenciárias;
detalhes na disciplina de Legislação Especial –
Professor Souza) IV - Colônias Agrícolas, Industriais ou Similares;
V - Complexo Hospitalar (Hospital Geral e Sanatório posteriormente, às Comissões Técnicas de
Penal e Hospital de Custódia e Tratamento Classificação das unidades de recebimento.
Psiquiátrico);
Art. 10 - As Penitenciárias destinam-se aos
VI - Casas do Albergado; condenados ao cumprimento da pena de reclusão,
VII - Cadeias Públicas. em regime fechado, caracterizando se pelas
seguintes condições:
§1º – Os estabelecimentos prisionais buscarão não I - Segurança externa, através de muralha, com
exceder a sua capacidade populacional máxima passadiço e guaritas de responsabilidade dos
projetada. Agentes Penitenciários do quadro efetivo da
§2º - A fim de garantir que o aprisionamento ocorra Secretaria da Justiça e Cidadania.
em estabelecimento próximo ao contato familiar, II - Segurança interna realizada por equipe de
deverá ser priorizada a construção de unidades Agentes Penitenciários do quadro efetivo da
prisionais regionais. Secretaria da Justiça e Cidadania que preserve os
direitos do preso mantenha a Segurança, a ordem e
Art. 7º - Os estabelecimentos prisionais destinam-se a disciplina da Unidade;
ao condenado, ao submetido à medida de III - Acomodação do preso preferencialmente em cela
segurança, ao preso provisório e ao egresso. individual;
Art. 39 - O preso que adentrar pela primeira vez na Art. 43 - A transferência provisória ou definitiva do
Unidade cumprirá um período inicial considerado de preso de uma unidade prisional para outra, por
adaptação e observação, nunca superior a 60 ordem judicial, dar-se-á nas seguintes circunstâncias:
(sessenta) dias, durante o qual será observado seu I - por sentença de progressão ou regressão de
comportamento no Centro de Triagem e Observação regime;
Criminológica e posteriormente, pela Comissão II - para apresentação judicial dentro e fora da
Técnica de Classificação da unidade recebedora. Comarca;
III - para tratamento psiquiátrico, desde que haja
Art. 40 - Nos (10) dez primeiros dias do estágio de indicação médica;
adaptação o preso não poderá receber visitas de IV - em qualquer circunstância, mais adequada ao
familiares e amigos, podendo somente receber seu cumprimento da sentença, em outro Estado da
advogado ou Defensor Público. Federação, a juízo da autoridade judiciária
Art. 41 - Durante o período de adaptação o preso competente.
será classificado quanto ao grau de periculosidade,
comportamento e antecedentes. SEÇÃO II
Por interesse técnico-administrativo da
CAPÍTULO II administração penitenciária
DA TRANSFERÊNCIA
Art. 44 – O preso será transferido por interesse
Art. 42 - A transferência do preso de uma unidade técnico-administrativo da administração penitenciária
prisional para outra, dar-se-á, nas seguintes nas seguintes circunstâncias:
condições:
I - por ordem judicial;
I - por solicitação do diretor da unidade, conforme IV- manifestação do diretor da unidade prisional,
indicação da Comissão Técnica de Classificação e sobre a conveniência ou não da transferência.
demais áreas de avaliação;
II - no caso de doença, que exija tratamento Art. 47 - Quando ocorrer transferência temporária de
hospitalar do preso, quando a unidade prisional não presos entre as unidades prisionais deverá haver
dispuser de infraestrutura adequada, devendo a acompanhamento de informações referentes à
solicitação ser feita pela autoridade médica, ratificada disciplina, saúde, execução da pena e visitas dos
pelo diretor da unidade; mesmos, a fim de orientar procedimento na unidade
III - por interesse da Administração, com vistas à de destino.
preservação da segurança e disciplina. §1º - No caso de remoção definitiva, além das
IV - para preservação da segurança pessoal do providências do caput deste artigo, o preso deverá
interno; ser acompanhado de seu prontuário e pertences
V - a preservação de condições pessoais favoráveis pessoais.
à individualização da execução penal;
VI - a preservação de laços afetivos entre o Seção IV
condenado e seus parentes; Por determinação do Secretário da justiça e
VII - para o exercício de atividades educacionais e/ou Cidadania, mediante Relatório de Inteligência
laborativas. Prisional
Art. 54 - As recompensas têm em vista o bom Art. 62 - Todos os presos da Unidade Prisional serão
comportamento reconhecido em favor do preso cientificados das normas disciplinares, no momento
sentenciado ou do preso provisório, de sua de seu ingresso na mesma.
colaboração com a disciplina e de sua dedicação ao
trabalho. Art. 63 - As normas deste Regimento serão aplicadas
aos presos, quer dentro do estabelecimento prisional
Art. 55 - São recompensas: e sua extensão, quer quando estiverem em trânsito
I - o elogio; ou em execução de serviço externo.
II - a concessão de regalias.
Capítulo II
Art. 56 - Será considerado para efeito de elogio a DA DISCIPLINA
prática de ato de excepcional relevância humanitária
ou do interesse do bem comum, por portaria do
Art. 64 - A ordem e a disciplina serão mantidas com grave de mesma espécie, até o limite de um sexto da
firmeza, sem constrangimento, sem impor maiores pena aplicada;
restrições que as necessárias para manter a II - recolhimento em cela individual;
segurança e a boa organização da vida em comum, III - visitas semanais de duas pessoas, sem contar os
visando o retorno satisfatório do preso a sociedade. filhos menores de quatorze anos, com duração de
Parágrafo único - A disciplina, a hierarquia, a duas horas;
fraternidade e a civilidade são requisitos importantes IV - o preso terá direito à saída da cela por duas
para o aprimoramento físico, mental e espiritual na horas diárias para banho de sol.
busca da construção de um futuro melhor para o
preso. §1º - O regime disciplinar diferenciado também
Art. 65 - Os atos de indisciplina serão passíveis das poderá abrigar presos provisórios ou condenados
seguintes penalidades: que apresentem alto risco para a ordem e a
I - advertência verbal; segurança do Presídio ou da sociedade.
II - repreensão; §2º - Estará igualmente sujeito ao regime disciplinar
III - suspensão ou restrição de regalias; diferenciado o preso provisório ou condenado sob o
IV - suspensão ou restrição de direitos, observadas qual recaiam fundadas suspeitas de envolvimento ou
as condições previstas no incisos XIII e XIV do artigo participação, a qualquer título, em organizações
50 do presente regimento; criminosas, quadrilha ou bando.
V - isolamento em local adequado; §3º - A inclusão de preso no regime disciplinar
VI - inclusão no regime disciplinar diferenciado, diferenciado deverá ser requerida, apos deliberação
mediante decisão fundamentada do juízo da comissão disciplinar, por meio de parecer
competente. circunstanciado, pelo Diretor da Unidade ao Juízo
competente, sendo imprescindível a decisão
§1º - Advertência verbal é a punição de caráter fundamentada da autoridade judiciária para a
educativo, aplicado às infrações de natureza leve, e imposição de tal sanção.
se couber as de natureza média;
§2º - Repreensão é a sanção disciplinar na forma Art. 69 - A suspensão e restrição de regalias poderão
escrita, revestida de maior rigor no aspecto ser aplicadas isoladas ou cumulativamente, na
educativo, aplicável em casos de infração de prática de faltas de qualquer natureza.
natureza média, bem como os reincidentes de
natureza leve. Art. 70 - Pune-se a tentativa com a sanção
correspondente à falta consumada.
Art. 66 - Às faltas leves e médias, poderão ser
aplicadas as sanções previstas nos incisos I, II, III do Capítulo III
artigo anterior. DAS FALTAS DISCIPLINARES
I - advertência verbal, II – repreensão e III -
suspensão ou restrição de regalias. Art. 71 - As faltas disciplinares segundo sua natureza
classificam se em:
Art. 67 - Às faltas graves, aplicam-se as sanções I - leves;
previstas nos incisos IV e V do artigo 65 deste II - médias;
Regimento Geral, não podendo qualquer delas III - graves.
exceder a 30 (trinta) dias. As faltas disciplinares classificam-se em leves,
médias e graves. (LEP - Art. 49.)
§1º - O isolamento será sempre comunicado ao Juízo
da Execução. Parágrafo único - O disposto neste capítulo aplica-se,
§2º - A autoridade administrativa poderá decretar o no que couber, ao preso provisório.
isolamento preventivo do faltoso pelo prazo máximo
de 10 (dez) dias, no interesse da disciplina e da SEÇÃO I
averiguação do fato. DAS FALTAS DISCIPLINARES DE NATUREZA
§3º - O tempo de isolamento preventivo será LEVE
computado no período de cumprimento da sanção
disciplinar. Art. 72 - Considera-se falta disciplinar de natureza
leve:
Art. 68 - Aplica-se o Regime Disciplinar Diferenciado, I - manusear equipamento de trabalho sem
na hipótese de falta grave consistente na prática de autorização ou sem conhecimento do encarregado,
crime doloso que ocasione subversão da ordem ou mesmo a pretexto de reparos ou limpeza;
disciplina interna, e tem as seguintes características: II - adentrar em cela ou alojamento alheio, sem
I - duração máxima de trezentos e sessenta dias, autorização;
sem prejuízo de repetição da sanção por nova falta III - desatenção em sala de aula ou no trabalho;
IV - permutar, penhorar ou dar em garantia objetos Estabelecimento Penal no caso de saídas
de sua propriedade a outro preso sem prévia temporárias autorizadas;
comunicação da direção da unidade respectiva; VI - envolver, indevidamente, o nome de outrem para
V - utilizar-se de bens de propriedade do Estado, de se esquivar de responsabilidade;
forma diversa para a qual recebeu; VII - portar-se de modo indisciplinado ou
VI - executar, sem autorização, o trabalho de outrem; inconveniente quando das revistas e conferências
VII - responder por outrem às chamadas nominais;
regulamentares; VIII - promover ou concorrer para a discórdia e
VIII - ter posse de papéis, documentos, objetos ou desarmonia entre os internados, ou cultivar
valores não cedidos e não autorizados pela Unidade inimizades entre os mesmos;
Prisional; IX - portar-se de modo inconveniente, provocando
IX - descuidar da higiene pessoal; outros internos através de brincadeiras de cunho
X - estar indevidamente trajado; pernicioso ou sarcástico;
XI - proceder de forma grosseira ou discutir com X - apresentar, sem fundamento ou em termos
outro preso; desrespeitosos, representação ou petição;
XII - usar material de serviço para finalidade diversa XI - recriminar ou desconsiderar ato legal de agente
da qual foi prevista; da administração da unidade respectiva;
XIII - deixar de frequentar, sem justificativa, as aulas XII - deixar de realizar a faxina do xadrez,
do curso em que esteja matriculado; alojamento, banheiro ou corredores, cuja atribuição
XIV - sujar pisos, paredes ou danificar objetos que lhe esteja a cargo, ou fazê-lo com desídia;
devam ser conservados; XIII - transitar pelos corredores dos alojamentos ou
XV - portar ou manter na cela ou alojamento, material das celas despido ou em trajes sumários;
de jogos não permitidos; XIV - deixar de fazer uso do uniforme sem
XVI - remeter correspondência, sem registro regular autorização;
pelo setor competente; XV - fazer qualquer tipo de adaptação nas
XVII - desobedecer aos horários regulamentares; instalações elétricas ou hidráulicas da Unidade, sem
XVIII - descumprir as prescrições médicas; a devida autorização;
XIX - lavar ou secar roupa em locais não permitidos; XVI - concorrer para que não seja dado cumprimento
XX - fazer refeições em local e horário não a qualquer ordem legal, tarefa ou serviço, bem como,
permitidos; concorrer para que seja retardada a sua execução;
XXI - conversar através de janelas, guichê da cela ou XVII - interferir na administração ou execução de
de setor de trabalho ou em local não apropriado; qualquer tarefa sem estar para isto autorizado;
XXII - mostrar displicência no cumprimento do sinal XVIII - simular doença para esquivar-se do
convencional de recolhimento ou formação; cumprimento de qualquer dever ou ordem legal
XXIII - fumar em local ou horário não permitido. recebida;
XXIV - proferir palavras de baixo calão ou faltar com XIX - introduzir, transportar, guardar, fabricar, possuir
preceitos de educação; bebidas alcoólicas ou qualquer outra substância que
XXV - dirigir-se, referir-se ou responder a qualquer cause efeitos similares aos do álcool, ou mesmo
pessoa de modo desrespeitoso; ingerir tais substâncias, ou concorrer,
XXVI - tocar instrumentos musicais fora dos locais e inequivocamente, para que outrem o faça;
horários permitidos pela autoridade competente XX - introduzir, guardar ou possuir remédios, sem a
devida autorização da Direção da Unidade;
SEÇÃO II XXI - solicitar ou receber de qualquer pessoa,
DAS FALTAS DE NATUREZA MÉDIA vantagem ilícita pecuniária ou em espécie;
XXII - praticar atos de comércio de qualquer
Art. 73 - Considera-se falta disciplinar de natureza natureza, sem a devida autorização, com outros
média: internos, funcionários ou civis;
I - utilizar-se do anonimato para fins ilícitos ou XXIII - manusear equipamento ou material de
causando embaraços à administração; trabalho sem autorização ou sem conhecimento da
II - provocar direta ou indiretamente alarmes administração, mesmo a pretexto de reparos ou
injustificados; limpeza;
III - deixar, sem justo motivo, de responder às XXIV - apropriar-se ou apossar-se, sem autorização,
revistas ou reuniões em horários pré-estabelecidos, de material alheio;
ou aquelas para as quais ocasionalmente for XXV - destruir dolosamente, extraviar, desviar ou
determinado; ocultar objetos sob sua responsabilidade, fornecidos
IV - atrasar-se o interno do regime aberto e pela administração;
semiaberto, para o pernoite; XXVI - fabricar qualquer objeto ou equipamento sem
V - atrasar-se, sem justo motivo, o interno do regime a devida autorização, ou concorrer para que outrem
semiaberto quando do seu retomo ao incorra na mesma conduta;
XXVII - utilizar material, próprio ou do Estado, para V - descumprir, no regime aberto, as condições
finalidade diversa para a qual foi prevista, causando impostas;
ou não prejuízos ao erário; VI - desobedecer ao servidor ou desrespeitar a
XXVIII - portar, confeccionar, receber, ter qualquer pessoa com quem deva relacionar-se;
indevidamente, em qualquer lugar do VII - não executar o trabalho, as tarefas ou as ordens
Estabelecimento Penal, objetos passíveis de recebidas;
utilização em fuga; VIII - descumprir, injustificadamente, o condenado à
XXIX - permanecer o interno, em dias de visitação, pena restritiva de direitos, a restrição imposta, ou
na área destinada à circulação de pessoas, sem que retardar o cumprimento;
para isto esteja autorizado ou acompanhado de seus IX - introduzir, receber, vender, fornecer, ainda que
visitantes, exceto para responder à chamada nominal gratuitamente, fazer uso, ter em depósito,
ou efetuar suas refeições; transportar, trazer consigo, guardar ou emprestar
XXX - permitir o interno que seus visitantes, sem telefone celular ou aparelho de comunicação com o
autorização de autoridade competente, ingressem meio exterior, seus componentes ou acessórios;
nos alojamentos ou celas ou acessem local não
permitido; SEÇÃO IV
XXXI - comportar-se, quando em companhia de sua DAS ATENUANTES E DAS AGRAVANTES
esposa, companheira ou diante de outros visitantes,
de forma desrespeitosa; Art. 75 - São circunstâncias atenuantes na aplicação
XXXII - tomar parte em jogos proibidos ou em aposta das penalidades disciplinares:
ilícitas; I - primariedade em falta disciplinar;
XXXIII - permanecer em alojamento diferente do seu, II - natureza e circunstância do fato;
sem a devida autorização da Administração ou o III - bons antecedentes prisionais;
consentimento de integrante do local; IV - imputabilidade relativa atestada por autoridade
XXXIV - transitar indevidamente por locais não médica competente;
permitidos ou em desacordo com o respectivo V - confessar, espontaneamente a autoria da falta
estágio em que se encontra; ignorada ou imputada a outrem;
XXXV - comunicar-se, de qualquer forma, com VI - ressarcimento dos danos materiais.
internos em regime de isolamento celular ou entregar
aos mesmos quaisquer objetos sem autorização da Art. 76 - São circunstâncias agravantes, na aplicação
administração; das referidas penalidades:
XXXVI - promover barulho no interior do alojamento, I - reincidência em falta disciplinar;
celas ou seus corredores, durante o repouso noturno, II - prática de falta disciplinar durante o prazo de
ou ainda, a qualquer hora, fazê-lo de forma a reabilitação de conduta por sanção anterior;
perturbar a ordem reinante;
XXXVII - disseminar boato que possa perturbar a SEÇÃO V
ordem ou a disciplina, caso não chegue a constituir DAS MEDIDAS CAUTELARES
crime;
XXXVIII - dificultar a vigilância ou prejudicar o serviço Art. 77 - O diretor da Unidade Prisional poderá
da guarda em qualquer dependência da Unidade; determinar, por ato motivado, como medida cautelar,
XXXIX - praticar autolesão com finalidade de obter o isolamento do preso, por período não superior a 10
regalias; (dez) dias, quando:
XL - praticar fato previsto como crime culposo ou I - pesem contra o preso informações, devidamente
contravenção, independentemente da ação penal; comprovadas, de que estaria preste a cometer
XLI - usar de ardil para auferir benefícios, induzindo a infração disciplinar de natureza grave;
erro qualquer pessoa; II - pesem contra o preso, informações devidamente
XLII - favorecer a prostituição ou a promiscuidade de comprovadas, de que estaria ameaçada sua
parentes e demais visitantes. integridade física;
III - a requerimento do preso, que expressará a
SEÇÃO III necessidade de ser submetido a isolamento cautelar,
DAS FALTAS DE NATUREZA GRAVE como medida de segurança pessoal.
Art. 74 - Comete falta disciplinar de natureza grave o Parágrafo Único - Em caso de necessidade, o prazo
preso que: estabelecido no caput deste artigo poderá, a pedido
I - incitar ou participar de movimento para subverter a da direção da unidade respectiva, ser prorrogado por
ordem ou a disciplina; igual período pela autoridade judiciária competente.
II - fugir;
III - possuir, indevidamente, instrumento capaz de TÍTULO VIII
ofender a integridade física de outrem; DO PROCEDIMENTO DISCIPLINAR, DA SANÇÃO
IV - provocar acidente de trabalho; E DA REABILITAÇÃO
Capítulo I registrado na ata respectiva, que será assinada por
DO PROCEDIMENTO DISCIPLINAR E DA todos os presentes.
SANÇÃO DISCIPLINAR
Art. 85 - Caso seja o detento considerado culpado
Art. 78 - Cometida a infração, o preso será conduzido pela transgressão disciplinar a ele imputada, adotará
ao setor de disciplina, para o registro da ocorrência, o Conselho Disciplinar uma das seguintes medidas:
que conterá nome e matrícula dos servidores que I - Tratando-se de faltas de natureza leve ou média,
dela tiveram conhecimento, os dados capazes de remeterá os autos respectivos ao Diretor do
identificar as pessoas ou coisas envolvidas, local e Estabelecimento que aplicará a sanção
hora da mesma, rol de testemunhas, a descrição correspondente, no prazo de 02 (dois) dias;
clara, concisa e precisa do fato, bem como as II - Tratando-se de falta grave a aplicação de sanção
alegações do faltoso, quando presente, ao ser será de competência do Conselho Disciplinar, por ato
interpelado pelo(s) signatário(s) das razões da de seu presidente, no mesmo prazo acima citado.
transgressão, sem tecer comentários ou opiniões
pessoais, e outras circunstâncias. Art. 86 - Em sendo o preso julgado inocente das
§1º - A ocorrência será comunicada imediatamente imputações que lhe foram feitas, serão os autos
ao diretor da unidade prisional, para que, no prazo de respectivos encaminhados ao Diretor do
03 (três) dias, contados da constatação ou Estabelecimento, a fim de que seja por este
conhecimento do fato, seja iniciado o procedimento determinado seu imediato arquivamento.
disciplinar.
Art. 79 - O conselho disciplinar realizará as Art. 87 - Concluído o julgamento respectivo será
diligencias indispensáveis a precisa elucidação do dada ciência ao preso envolvido e ao seu defensor.
fato, inclusive solicitação de perícia técnica, quando
necessário, para formar seus elementos de Art. 88 - O preso poderá solicitar pessoalmente, ou
convicção. através de seu patrono, reconsideração do ato
punitivo, no prazo de 08 (oito) dias úteis, contados a
Art. 80 - Será propiciado ao detento submetido a partir da data em que a decisão lhe haja sido
julgamento pelo Conselho Disciplinar, o mais amplo comunicada, nas seguintes hipóteses:
direito de defesa, seja por Defensor Público ou por I - quando não tiver sido unânime a decisão do
Advogado constituído ou nomeado para o ato. Conselho Disciplinar;
(Alterado pela portaria Nº 225/2015 de 06/04/2015) II - quando a decisão do Conselho Disciplinar tiver
§1º - Caso não possua advogado constituído ou não sido manifestamente contrária às provas existentes
saiba declinar os dados necessários para a intimação nos autos respectivos;
do mesmo, na data da audiência de instrução e III - quando a sanção aplicada estiver em desacordo
julgamento, o faltoso será assistido pelo Defensor com a Lei.
Publico lotado na Unidade Prisional respectiva.
§2º - Caso não haja Defensor Público lotado na Parágrafo único - o pedido será dirigido à autoridade
Unidade Prisional respectiva, deverá ser intimado que aplicar a sanção disciplinar.
para o ato o Defensor Público lotado na Vara de
Execuções Criminais com jurisdição sobre a referida Art. 89 - O pedido de reconsideração, uma vez
Unidade. apreciado pela autoridade competente, deverá ser
despachado no prazo de 08 (oito) dias de seu
Art. 81 - Ao preso será dado conhecimento prévio da recebimento, dele não cabendo recurso
acusação. administrativo.
Art. 82 - O Conselho Disciplinar ouvirá, no mesmo Art. 90 - Após tornar-se definitivo o ato punitivo, o
ato, primeiramente o ofendido e testemunhas, se Diretor da unidade prisional determinará as seguintes
houverem, e por último o preso, de tudo lavrando-se providências:
o termo respectivo. I - ciência ao preso envolvido e ao seu defensor;
II - registro em ficha disciplinar;
Art. 83 - Concluídas as oitivas necessárias, ato III - encaminhamento de cópia da sindicância ao Juiz
contínuo, será facultado à Defesa, manifestação oral, das Execuções e Corregedor dos Presídios e ao
que será tomada por termo, pelo tempo de 15 Conselho Penitenciário do Estado do Ceará;
(quinze) minutos. IV - comunicação à autoridade policial competente,
quando o fato constituir ilícito penal;
Art. 84 - Finda a instrução, passa-se imediatamente V - arquivamento em prontuário penitenciário.
ao julgamento acerca da culpabilidade ou inocência
do faltoso, bem como acerca da natureza da falta Art. 91 - Durante todo o período de cumprimento de
disciplinar a ele imputada, o que deverá ser sua pena, o preso poderá pedir a revisão da punição
sofrida, desde que comprove o surgimento de fato
novo, não apreciado por ocasião do anterior Art. 97 - O preso em regime fechado terá os
julgamento. seguintes prazos para reabilitação da conduta, a
partir do cumprimento da sanção disciplinar:
Art. 92 - A execução da sanção disciplinar será I- De 01 (um) mês para as faltas de natureza leve;
suspensa quando desaconselhada pela unidade de II- De 03 (três) meses para falta de natureza média;
saúde do Estabelecimento Prisional. III- De 06 (seis) meses para falta de natureza grave.
Parágrafo único - Uma vez cessada a causa que
motivou a suspensão, a execução será iniciada ou Art. 98 - O preso em regime semiaberto terá os
terá prosseguimento. seguintes prazos para reabilitação da conduta, a
partir da data do cumprimento da sanção disciplinar:
Capítulo II I - de 30 (trinta) dias para falta de natureza leve;
DA CLASSIFICAÇÃO DA CONDUTA E DA II- 60 (sessenta) dias para falta de natureza média;
REABILITAÇÃO
Parágrafo único - a infração disciplinar de natureza
Art. 93 - A classificação do preso far-se-á pela grave implicará na proposta, feita pelo diretor da
Comissão Técnica de Classificação, consoante o unidade ao juízo competente, de regressão do
rendimento apurado através do cumprimento da regime.
pena e mérito prisional.
Art. 99 - O preso em regime aberto terá os prazos
Art. 94 - A conduta disciplinar do preso em regime para reabilitação da conduta, de acordo com o
fechado classificar-se-á em: previsto no artigo anterior.
I - excelente, quando no prazo mínimo de 01 (um)
ano não tiver sido cometida infração disciplinar de Art. 100 - O cometimento da falta disciplinar de
natureza grave ou média, ou não tiver reincidido na qualquer natureza, durante o período de reabilitação
prática de infração disciplinar de natureza leve; acarretará a imediata anulação do tempo de
II - boa, quando no prazo mínimo de 06 (seis) meses, reabilitação até então cumprido.
não tiver cometido infração disciplinar de natureza Parágrafo único - Com a prática de nova falta
grave ou média; disciplinar, exigir-se- á novo tempo para reabilitação
III - regular, quando for cometida infração disciplinar que deverá ser somado ao tempo estabelecido para
de natureza média nos últimos 30 (trinta) dias, ou falta anterior.
grave, nos últimos 03 (três) meses;
IV - má, quando for cometida infração disciplinar de TÍTULO IX
natureza grave ou reincidida falta de natureza média, DA ASSISTÊNCIA AO PRESO
durante o período de reabilitação. Capítulo I
DA ASSISTÊNCIA
Art. 95 - O preso em regime semiaberto terá a sua
conduta disciplinar classificada em: Art. 101 - É dever do Estado dar ao preso assistência
I - excelente, quando não tiver cometido infração material, à saúde, jurídica, educacional, social e
disciplinar de natureza grave ou média, ou não tiver religiosa, objetivando prevenir o crime e recuperar o
reincidido na prática de infração disciplinar de preso, para que possa retornar ao convívio social
natureza leve, pelo prazo de 06 (seis) meses; satisfatoriamente.
II - boa, quando não tiver cometido infração
disciplinar de natureza grave ou média pelo prazo de SEÇÃO I
03 (três) meses; DA ASSISTÊNCIA MATERIAL
III - regular, quando cometer infração disciplinar de
natureza média ou reincidir na prática de infração Art. 102 - A assistência material consistirá no
disciplinar de natureza leve, nos últimos 30 (trinta) fornecimento de alimentação suficiente, balanceada,
dias; vestuário e instalações higiênicas. Parágrafo Único -
IV - má, quando cometer infração de natureza grave A Coordenadoria do Sistema Penal destinará, em
ou reincidir em infração de natureza média, durante o cada uma de suas unidades prisionais, instalações e
período de reabilitação. serviços adequados à sua natureza e finalidade, para
o atendimento da sua população de internos.
Art. 96 - No caso do preso ser oriundo de outra
Unidade Prisional, poderá ser levada em SEÇÃO II
consideração para a classificação de seu DA ASSISTÊNCIA À SAÚDE
comportamento a conduta mantida pelo mesmo no
estabelecimento de origem. Art. 103 - A assistência à saúde será de caráter
preventivo e curativo, compreendendo o atendimento
médico, odontológico, psicológico, farmacêutico e
assistência social, obedecidas as diretrizes
estipuladas no Plano Estadual de Saúde no Sistema
Penitenciário e pelas Portarias Interministeriais do Art. 110 - Aos presos que declarem não possuir
Ministério da Saúde e Ministério da Justiça. advogado constituído, será prestada assistência
§1º - É facultado ao preso contratar profissional jurídica por meio de Defensor Público do Estado,
médico e odontológico de sua confiança e às suas lotado na unidade respectiva, em Núcleo
expensas, que prestará o atendimento em data e Especializado da Defensoria Pública ou no Juízo das
hora a serem marcadas pela Unidade de Saúde do Execuções Criminais sob cuja jurisdição esta se
Estabelecimento Prisional. encontre.
Art. 104 - Havendo necessidade de encaminhamento Art. 111 - Ao Defensor Público responsável pela
do preso ao Sistema de Saúde Pública, a Unidade respectiva, compete:
autorização será expedida pelo Diretor do I - manter o preso informado de sua situação jurídico
Estabelecimento, ou seu representante legal, penal;
comunicando-se de imediato ao Juízo da Execução II - requerer e acompanhar os benefícios penais
Penal. incidentes na execução, aos quais seu assistido fizer
jus;
Art. 105 - Todas as Unidades Prisionais com mais de III - manter contato com o Juízo das Execuções,
100 (cem) presos deverão obedecer à padronização Tribunais, Conselho Penitenciário e Direção do
física, técnica e equipe profissional estabelecida para Estabelecimento, no sentido de velar pela situação
atendimento de saúde nos termos do Plano Estadual do preso;
de Saúde no Sistema Penitenciário. IV - providenciar o recebimento de qualquer benefício
§1º - Nas demais Unidades, não sendo possível extrapenal a que o preso tiver direito;
obedecer à mencionada padronização, as ações e V- providenciar para que os prazos prisionais não
serviços de saúde serão realizadas por profissionais sejam ultrapassados, requerendo o que for de direito.
da Secretaria de Saúde do Município onde se achem VI - Organizar e manter estatísticas de atendimento
localizadas, garantindo-se no interior da Unidade dos presos sob seu patrocínio;
uma estrutura mínima para tal atendimento, contando VII - Requerer, junto aos demais órgãos da estrutura
com a presença permanente de um profissional de organizacional da Unidade Penitenciária, qualquer
saúde. ação ou benefício necessário ao bem estar dos
§2º - Será assegurado acompanhamento médico presos sob seu patrocínio, bem como de seus
especial à mulher, principalmente no pré-natal e no familiares;
pós-parto, extensivo ao recém-nascido. VIII - Patrocinar a defesa dos presos assistidos pela
Defensoria Pública perante o Conselho Disciplinar;
Art. 106 - O preso terá asseguradas as medidas de IX – Promover a ação civil pública e todas as
higiene e conservação da saúde, durante todo o espécies de ações capazes de propiciar a adequada
tempo de seu recolhimento, bem como constantes tutela dos direitos difusos, coletivos ou individuais
palestras de esclarecimentos e prevenção. homogêneos dos presos.
X – Difundir, no ambiente prisional, a educação e
Art. 107 - Caberá à Chefia da Unidade de Saúde da conscientização dos direitos humanos, da cidadania
Instituição Prisional respectiva comunicar a (o) e do ordenamento jurídico.
Diretor(a) sobre casos de moléstias contagiosas, XI - Realizar outras atividades dentro de sua área de
promovendo as medidas necessárias para evitar a competência.
disseminação e contágio, propondo as vacinações
dos internos e dos funcionários quando julgar SEÇÃO IV
necessário. DA ASSISTÊNCIA EDUCACIONAL E
QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL
Art. 108 - Caberá ao Conselho da Comunidade local
acompanhar o cumprimento do Plano Estadual de Art. 112 - A assistência educacional compreenderá a
Saúde no Sistema Penitenciário. instrução escolar, englobando o ensino fundamental
e médio, bem como a formação profissional do
SEÇÃO III preso.
DA ASSISTÊNCIA JURÍDICA Parágrafo Único - A Sejus poderá firmar termo de
cooperação com entidade pública ou particular para
Art. 109 - Aos presos é assegurada assistência a promoção de educação superior aos internos.
jurídica integral desde sua inserção no Sistema
Prisional, prestada por advogado constituído ou pela Art. 113 - Quando do ingresso a Unidade Prisional,
Defensoria Pública Estadual; será feita a pesquisa referente à formação escolar,
Parágrafo único - Em todos os estabelecimentos na fase de triagem.
penais, haverá local apropriado destinado ao Art. 114 - O ensino fundamental e médio será
atendimento pelo Defensor Público. obrigatório, integrando-se no sistema escolar público,
a ser ministrado pela Secretaria de Educação do §2º - Durante o cumprimento de sanção disciplinar,
Estado. poderão ser retirados os livros pertencentes à
biblioteca, que se encontrarem na posse do infrator.
Parágrafo Único - Somente serão dispensados do §3º - Quando das saídas sob quaisquer modalidades,
ensino fundamental, os presos que preencherem os o preso deverá devolver os livros sob seu poder.
seguintes requisitos:
I - apresentação do Certificado de Conclusão de SEÇÃO V
ensino fundamental, médio ou superior; DA ASSISTÊNCIA SOCIAL
II - incapacidade devidamente comprovada e
atestada por responsável. Art. 121 - A assistência social tem por finalidade o
amparo ao preso e à sua família, visando prepará-lo
Art. 115 - As atividades educacionais podem ser para o retorno à liberdade, e será exercida por
objeto de ação integrada e conveniada com outras profissional habilitado.
entidades públicas, mistas e particulares, que se Parágrafo único - É facultado o auxílio de entidades
disponham a instalar escolas, oficinas públicas ou privadas nas tarefas de atendimento
profissionalizantes na Unidade Prisional com social.
aprovação do Projeto pela Coordenadoria do Art. 122 - Incumbe ao serviço de Assistência Social,
Sistema Penal. entre outras atribuições:
I - Fornecer o diagnóstico Social do interno;
Art. 116 - O ensino educacional será feito por II - Prestar Assistência Social ao interno e à sua
profissionais da educação utilizando serviço de família;
monitores aptos e treinados, com materiais III - Prestar assistência ao interno em caso de
oferecidos pelo Poder Público. hospitalização ou transferência da Unidade por
motivo de saúde;
Art. 117 - Os presos que tiverem frequência e IV - Entrar em contato com a família do interno para
aprovação de acordo com as normas estabelecidas realização de entrevistas ou para esclarecimento;
pelo art.126 e §§da Lei de Execução Penal, terão V - Promover, quando necessário, o registro civil do
direito à remição de pena, após análise e avaliação interno e de seus filhos, expedição de documento de
pelo juízo da execução penal competente. identidade e carteira profissional;
VI - Proceder aos encaminhamentos à rede de
Art. 118 - O ensino profissionalizante poderá ser assistência social, de saúde e educação;
ministrado em nível de iniciação ou de VII - Integrar a equipe de Saúde nos termos do Plano
aperfeiçoamento técnico, atendendo-se as Estadual de Saúde no Sistema Penitenciário;
características da população urbana e rural, segundo VIII – Facilitar o acesso da comunicação entre preso,
aptidões individuais e demanda do mercado. instituição e família;
IX – Fomentar debates e ações que reafirmem a real
Art. 119 - A Unidade prisional disporá de uma função social da pena entre os servidores do sistema
biblioteca para uso geral dos presos, que será penal;
provida de livros instrutivos, recreativos e didáticos, X – Buscar junto às redes sociais de apoio,
jornais, revistas e outros periódicos e o acesso ao benefícios que possam resgatar a cidadania dos
preso dar-se-á: presos e presas, egressos e familiares;
I - para uso na própria biblioteca; e XI – Integrar a Comissão Técnica de Classificação;
II - para uso na própria cela, mediante autorização da XII - Realizar outras atividades dentro de sua área de
direção da unidade. competência.
Art. 133 – A Rádio Livre, radiadora com estúdio na Art. 136 - O aparelho de uso coletivo deverá ser
Sejus e transmissão para todas as unidades franqueado aos presos, através de programação
prisionais por meio de equipamentos técnicos de institucional previamente divulgada, nos seguintes
caixas de som, será responsável pela transmissão de locais:
programação voltada para os internos, de cunho I - em sala de aula, para fins didáticos e
cultural, educacional, informativo, esportivo, social, socioculturais;
religioso e de entretenimento, operada por II - em ambientes coletivos, em horários
profissional de comunicação, promovendo, ainda, a estabelecidos formalmente, sem prejuízo das
interação entre os internos e seus familiares, bem atividades de trabalho, escola, esportes e outras
como aproximando a comunidade carcerária e a prioridades.
administração penitenciária.
Parágrafo único - O controle do aparelho e da
Art. 134 - O uso do aparelho de rádio difusão poderá programação compete à área de segurança e
ser permitido, mediante autorização por escrito disciplina.
expedida pela Direção da Unidade Prisional,
observadas as peculiaridades de cada Art. 137 - Não se permitirá mais de um aparelho de
estabelecimento e comprovada a propriedade do televisão em cada cela, independente da quantidade
mesmo por documento idôneo, nos locais onde não de presos.
houver transmissão da rádio livre.
§1º - É permitido ao interessado adquirir seu Art. 138 - O uso dos meios de comunicação
aparelho, com recursos de pecúlio ou de seus permitidos por este Regimento Geral poderá ser
visitantes. suspenso ou restringido por ato devidamente
§2º - O aparelho deverá ser de porte pequeno, a motivado, ficando seu restabelecimento a critério da
critério da unidade prisional, que deverá atentar para direção da unidade.
a facilitação de sua revista.
§3º - O aparelho de rádio será registrado em livro Capítulo III
próprio, a cargo da Direção da Unidade, devendo DAS VISITAS
constar desse registro todos os dados que
possibilitem sua perfeita identificação e controle. Art. 139 - As visitas ao preso se classificam sob duas
§4º - O aparelho de rádio não identificado será categorias: as comuns e as conjugais (chamadas
apreendido pelos agentes da área de segurança e visitas íntimas).
disciplina, que procederá às averiguações de sua
origem, sem prejuízo da sanção disciplinar. SEÇÃO I
§5º - O portador do rádio deverá utilizá-lo em sua DAS VISITAS COMUNS
própria cela em volume compatível com a
tranquilidade dos demais presos, permitido o uso de Art. 140 - Os (as) presos (as) poderão receber visitas
fone de ouvido. de cônjuges, companheiras (os) ou parentes, em
§6º - A Administração não se responsabilizará pelo dias determinados, desde que registrado no rol de
mau uso, extravio ou desaparecimento do aparelho, visitas do Estabelecimento Prisional e devidamente
nem por danos causados pelo usuário ou por outro autorizadas pela direção, e se darão na forma
preso. especificada na Portaria Nº692/2013 da Sejus, ou
§7º - Caso haja necessidade de conserto do outra portaria que venha a substituí-la, expedida pelo
aparelho, o mesmo será feito com recurso próprio do mesmo órgão.
preso ou de seus visitantes. Parágrafo único – O cadastramento no rol de visitas
será lavrado no prazo de até 10 (dez) dias da
apresentação dos documentos elencados na referida devendo coincidir com o dia destinado às visitas
portaria, devendo as hipóteses de indeferimento íntimas.
serem devidamente motivadas. §1º - A critério da Coordenação do Sistema Penal ou
da Direção da Unidade Prisional, poderá ser
Art. 141 - As visitas serão limitadas ao número de 02 suspensa ou reduzida a visita em caso de risco
(dois) visitantes por dia de visita, a fim de iminente à segurança e disciplina.
proporcionar adequadas condições de revista, §2º - Em caso excepcional, a administração poderá
preservando as condições de segurança na Unidade autorizar visita extraordinária, devendo fixar o tempo
Prisional. Quanto à visitação de filhos e netos de sua duração.
menores de idade, no dia destinado a essas visitas, §3º - O preso recolhido ao pavilhão hospitalar ou
não há limite de quantidade. enfermaria e impossibilitado de se locomover, ou em
§1º - Os cadastros de visita deverão ser tratamento psiquiátrico, poderá receber visita no
preferencialmente biométricos, sendo renovados a próprio local, a critério da autoridade médica.
cada 02 (dois) anos e acompanharão o preso em
caso de mudança de unidade. Art. 146 - Antes e depois das visitas os presos
§2º - Em não havendo cônjuge, companheira (o), poderão ser submetidos à revista.
ascendentes e descendentes de primeiro ou segundo §1º - Os visitantes deverão ser revistados antes de
grau e colaterais de primeiro grau ou parentes adentrarem na unidade.
habilitados para a visita, poderá o(a) preso(a) §2º - A revista pessoal (eletrônica, mecânica ou
cadastrar até 02 (dois) amigos (as). manual) será realizada com respeito à dignidade
humana, sendo vedada qualquer forma de
Art. 142 - A entrada de menores nas unidades desnudamento, tratamento desumano ou
prisionais só será permitida aos filhos e netos do(a) degradante.
preso(a), acompanhados pelo responsável legal e, §3º - A revista pessoal deverá ocorrer mediante uso
na falta deste, por aquele que for designado para sua de equipamentos eletrônicos detectores de metais,
guarda e responsabilidade, pela autoridade judicial bodyscanners, aparelhos de raio-X ou similares, ou
competente, devendo apresentar carteira de ainda manualmente, preservando-se a integridade
identidade ou certidão de nascimento. física, psicológica e moral da pessoa revistada.
§1º - A entrada do (a) companheiro(a) menor de §4º - Onde houver bodyscanners obrigatoriamente
idade se dará mediante autorização do juízo das este será o meio utilizado para a revista eletrônica.
execuções, salvo se já possuírem prole em comum, §5º - Considera-se revista manual toda inspeção
quando deverá ser apresentada certidão de realizada mediante contato físico da mão do agente
nascimento do(s) filho(s). público competente sobre a roupa da pessoa
revistada, sendo vedados o desnudamento total ou
Art. 143 - Não será permitida a visita à pessoa que: parcial, o toque nas partes íntimas, o uso de
I - não esteja autorizado pela direção; espelhos, o uso de cães farejadores, bem como a
II - não apresente documento de identificação; introdução de quaisquer objetos nas cavidades
III - apresentar sintomas de embriagues ou conduta corporais da pessoa revistada.
alterada que levem a presunção de consumo de §6º - A retirada de calçados, casacos, jaquetas e
drogas e/ou entorpecentes; similares, bem como de acessórios, não caracteriza
IV - estiver com gesso, curativos ou ataduras; desnudamento.
V - chegar na Unidade Prisional no dia e hora, não §7º - A revista manual será realizada por servidor
estabelecido para visita; habilitado e sempre do mesmo sexo da pessoa
VI - do sexo masculino que estiver trajando bermuda, revistada.
calção e/ou camiseta sem mangas; §8º - A revista pessoal em crianças ou adolescentes
VII - do sexo feminino que estiverem trajando deve garantir o respeito ao princípio da proteção
minissaias, mini blusas, roupas excessivamente integral da criança e do adolescente, sendo vedada
curtas, decotadas e transparentes; sua realização sem a presença e o acompanhamento
de um responsável legal.
Art. 144 - Cartas, bilhetes ou qualquer outro meio de §9º - A realização de revista manual ocorrerá nas
comunicação escrita, deverão ser entregues aos seguintes hipóteses:
plantonistas da revista ou ao chefe de equipe que I – o estado de saúde impeça que a pessoa a ser
fará o encaminhamento ao preso. revistada se submeta a determinados equipamentos
de revista eletrônica, mediante comprovação de
Art. 145 - As visitas comuns deverão ocorrer laudo médico expedido em até sessenta dias antes
preferencialmente, as quartas-feiras e/ou domingos da visita, exceto quando atestar enfermidade
das 08:00 horas às 16:00 horas, encerrando se o permanente;
acesso ao interior da Unidade Prisional às 14:00 II – quando não existir equipamento eletrônico ou
horas, em período não superior a 08 (oito) horas, não este não estiver funcionando;
III – após a realização da revista eletrônica, subsistir recuperação do cadastro, por decisão da Direção da
fundada suspeita de porte ou posse de objetos, Unidade, ouvidos os Setores de Segurança e
produtos ou substâncias, cuja entrada seja proibida. Disciplina e de Serviço Social, a partir de 6 (seis)
meses após a prática do ato.
Art. 147 - Os valores e objetos considerados
inadequados, encontrados em poder do visitante, Art. 153 - O preso que cometer falta disciplinar média
serão guardados em local apropriado e restituídos ao ou grave poderá ter restringido ou suspenso o direito
término da visita. a visita por até 30 (trinta) dias.
Parágrafo Único - Caso a posse constitua delito
penal deverão ser tomadas às providências legais SEÇÃO II
cabíveis. DA VISITA ÍNTIMA
Art. 148 - As pessoas idosas, gestantes e deficientes Art. 154 - A visita íntima constitui um direito e tem por
físicos, terão prioridade nos procedimentos adotados finalidade fortalecer as relações afetivas e familiares,
para a realização da visita. devendo ser requerida pelo preso interessado ao
Diretor da Unidade.
Art. 149 - O visitante que estiver com maquiagem, Parágrafo Único - A orientação sexual dos internos e
peruca e outros complementos que possam dificultar dos visitantes deverá ser respeitada, não devendo
a sua identificação ou revista, poderá ser impedido haver qualquer tipo de discriminação.
de ter acesso à unidade prisional, como medida de
segurança. Art. 155 - A visita íntima poderá ser suspensa ou
restringida pelo prazo de 30 (trinta) dias por falta
Art. 150 - Roupas íntimas, agasalhos e material disciplinar média ou grave cometida pelo
higiênico não fornecidos pelo Sistema Prisional, bem reeducando, bem como por atos do(a)
como, bens de consumo, perecíveis ou não, companheiro(a) que causar problemas de ordem
permitidos e trazidos pelos visitantes nos dias moral ou de risco para a segurança ou disciplina.
regulamentares de visita, serão entregues no setor
da revista, para que seja realizado um minucioso Art. 156 - Os serviços de Saúde e de Assistência
exame na presença do portador, após o que será Social do Sistema Penitenciário deverão planejar um
permitida a entrada no estabelecimento. programa preventivo para a população prisional, nos
§1º - A Coordenadoria do Sistema Penal deverá aspectos sanitário e social, respectivamente, sendo
formular anualmente relação dos bens de consumo, assegurada a distribuição gratuita de preservativos
perecíveis ou não, que poderão ser admitidos no ao preso, quando da realização da visita íntima.
interior das unidades, da qual se dará ampla Parágrafo único - O serviço de Saúde e a Comissão
publicidade; Técnica de Classificação de cada unidade prisional
§2º - As visitas não poderão ingressar nas unidades desenvolverão os programas propostos.
prisionais levando qualquer pertence que não seja Art. 157 - Ao preso será facultado receber para visita
autorizado pela administração, devendo ser vedados íntima cônjuge ou companheiro(a) ou pessoa
apenas aqueles que atentem contra a segurança e designada pelo mesmo, comprovadas as seguintes
disciplina do estabelecimento. condições:
I - se cônjuge, comprovar-se-á com a competente
Art. 151 - As visitas comuns serão realizadas em Certidão de Casamento;
local próprio, em condições dignas e que possibilitem II - se companheiro(a), comprovar-se-á com o
a vigilância pelo corpo de segurança. Registro de Nascimento dos filhos em nome de
Parágrafo único – As unidades prisionais disporão de ambos ou declaração de união estável assinada por
espaços lúdicos para acolher filhos e netos de presos duas testemunhas, com firma reconhecida;
(as) por ocasião das visitas. III - nos demais casos, mediante declaração
expressa do(a) preso(a), com a apresentação dos
Art. 152 - O visitante, familiar ou não, poderá ter seu documentos exigidos para as visitas comuns, e
ingresso suspenso pelo prazo de até 60 (sessenta) avaliação do Serviço Social.
dias, por decisão motivada da direção da unidade,
quando: §1º - o preso poderá receber a visita íntima de menor
I - da visita resulte qualquer fato danoso à segurança de 18 (dezoito) anos, quando:
e disciplina da unidade, que envolva o visitante ou o a) legalmente casados;
preso; b) nos demais casos, mediante autorização do juízo
II - houver aplicação de sanção disciplinar das execuções, salvo se já possuírem prole em
suspendendo o direito a receber visita; comum, quando deverá ser apresentada certidão de
Parágrafo Único - O visitante, familiar ou não, terá nascimento do(s) filho(s);
seu cadastro cancelado se praticar qualquer ato c) houver prova de emancipação civil do(a) visitante.
tipificado como crime doloso, sendo possível a
§2º - Somente será autorizado o registro de um(a) Art. 164 - Conforme o disposto no artigo 126 da Lei
visitante, ficando vedadas as substituições, salvo se de Execução Penal, o detento poderá remir parte do
ocorrer separação ou divórcio, no decurso do tempo de condenação, à razão de um dia de pena
cumprimento de pena, obedecido o prazo mínimo de por três trabalhados.
6 (seis) meses, com investigação do Serviço Social e §1º - Também se considera, para efeitos de remição,
decisão da Direção da Unidade Prisional. a frequência regular aos cursos de Ensino
Fundamental, Médio e Profissionalizante, bem como
Art.158 - Comprovadas as relações previstas nos a produção intelectual e produção de artesanato.
artigos anteriores, para a concessão de visita íntima, §2º - Deverá existir uma ficha de frequência, a qual
deverão ainda as partes: registrará os dias trabalhados, devendo ser assinada
a) Apresentar atestado de aptidão, do ponto de vista diariamente pelo preso(a) e rubricada no final do mês
de saúde, através de exames laboratoriais tanto para pela autoridade administrativa competente.
o(a) preso(a) como para o(a) companheiro(a); §3º - A contagem do tempo de remição se dará na
b) Submeter-se aos exames periódicos, a critério das forma do art.126 da Lei de Execução Penal.
respectivas unidades. §4º - Para fins de cumulação dos casos de remição,
as horas diárias de trabalho e de estudo serão
Art. 159 - A periodicidade da visita exclusivamente definidas de forma a se compatibilizarem.
íntima será mensal, obedecidos os critérios §5º - O preso impossibilitado, por acidente, de
estabelecidos neste Regimento Geral. prosseguir no trabalho ou nos estudos continuará a
beneficiar-se com a remição.
Art. 160 - O controle da visita íntima, relativamente §6º - O condenado que cumpre pena em regime
às condições de acesso, trânsito interno e segurança aberto ou semiaberto e o que usufrui liberdade
do(a) preso(a) e de seu cônjuge ou companheiro(a), condicional poderão remir, pela frequência a curso
compete aos integrantes da área de segurança e de ensino regular ou de educação profissional, parte
disciplina. do tempo de execução da pena ou do período de
prova.
Art. 161 - A visita deverá submeter-se às normas de §7º - O disposto neste artigo aplica-se às hipóteses
segurança do estabelecimento. de prisão cautelar.
§2º - A jornada de trabalho não poderá ser inferior a Art. 169 - Compete à unidade prisional propiciar
06 (seis) nem superior a 08 (oito) horas, com condições de aprendizado aos presos sem
descanso aos domingos e feriados, salvo exceções experiência profissional na área solicitada.
legais.
Art. 170 - Para a prestação do trabalho interno, dar- Art. 177 - Quanto aos valores do trabalho do preso,
se-á sempre preferência aos presos que tenham seu pecúlio e deduções previdenciárias, observar-se-
índice superior de aproveitamento e maior tempo de á o disposto na Portaria 217/2014 da Sejus.
cumprimento de pena.
Art. 178 - Toda importância em dinheiro que for
Capítulo II apreendida indevidamente com o reeducando e cuja
DO TRABALHO EXTERNO procedência não for esclarecida reverterá ao Estado,
por processo administrativo em que se obedeça ao
Art. 171 - O trabalho externo, executado fora dos devido processo legal.
limites do estabelecimento, será admissível aos Parágrafo Único - Se a origem e propriedade forem
presos em regime fechado, quando obedecidas às legítimas, a importância será depositada no pecúlio
condições legais, e aos presos em cumprimento de reserva do reeducando, sem prejuízo das sanções
pena em regime semiaberto e aberto. disciplinares previstas.
Art. 26. Revogam-se as disposições em contrário. Art.3º São atribuições institucionais da Controladoria
Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança
Cid Ferreira Gomes Pública e Sistema Penitenciário do Estado do Ceará:
GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ I - exercer as funções de orientação, controle,
acompanhamento, investigação, auditoria,
processamento e punição disciplinares das
CONTEÚDO EXTRA atividades desenvolvidas pelos servidores
integrantes do grupo de atividade de polícia
LEI COMPLEMENTAR Nº 098, DE 13 DE JUNHO judiciária, policiais militares, bombeiros militares e
DE 2011(Alterada pela Lei Complementar nº 104, agentes penitenciários, sem prejuízo das atribuições
de 06 de Dezembro de 2011. Publicada no Diário institucionais destes órgãos, previstas em lei;
Oficial do Estado nº 239, Fortaleza, 16 de II - aplicar e acompanhar o cumprimento de punições
Dezembro de 2011.) disciplinares;
Dispõe sobre a criação da Controladoria Geral de III - realizar correições, inspeções, vistorias e
Disciplina dos órgãos de Segurança Pública e auditorias administrativas, visando à verificação da
Sistema Penitenciário, Acrescenta dispositivo à regularidade e eficácia dos serviços, e a proposição
Lei nº 13.875, de 7 de Fevereiro de 2007 e dá de medidas, bem como a sugestão de providências
outras providências. necessárias ao seu aprimoramento;
IV - instaurar, proceder e acompanhar, de ofício ou
O GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ. Faço por determinação do Governador do Estado, os
saber que a Assembleia Legislativa decretou e eu processos administrativos disciplinares, civis ou
sanciono a seguinte Lei Complementar: militares para apuração de responsabilidades;
V - requisitar a instauração e acompanhar as
Art.1º Fica criada, no âmbito da Administração Direta sindicâncias para a apuração de fatos ou
do Poder Executivo Estadual, a Controladoria Geral transgressões disciplinares praticadas por servidores
de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e integrantes do grupo de atividade de polícia
Sistema Penitenciário do Estado do Ceará, com judiciária, policiais militares, bombeiros militares,
autonomia administrativa e financeira, com a servidores da Perícia Forense, e agentes
competência para realizar, requisitar e avocar penitenciários;
sindicâncias e processos administrativos para apurar VI - avocar quaisquer processos administrativos
a responsabilidade disciplinar dos servidores disciplinares, sindicâncias civis e militares, para
integrantes do grupo de atividade de polícia serem apurados e processados pela Controladoria
judiciária, policiais militares, bombeiros militares e Geral de Disciplina;
agentes penitenciários, visando o incremento da VII - requisitar diretamente aos órgãos da Secretaria
transparência da gestão governamental, o combate à de Segurança Pública e de Defesa Social e da
corrupção e ao abuso no exercício da atividade Secretaria de Justiça e Cidadania toda e qualquer
policial ou de segurança penitenciaria, buscando informação ou documentação necessária ao
uma maior eficiência dos serviços policiais e de desempenho de suas atividades de orientação,
segurança penitenciária, prestados à sociedade. controle, acompanhamento, investigação, auditoria,
processamento e punição disciplinares;
Parágrafo único. A Controladoria Geral de Disciplina VIII - criar grupos de trabalho ou comissões, de
poderá avocar qualquer processo administrativo caráter transitório, para atuar em projetos e
disciplinar ou sindicância, ainda em andamento, programas específicos, podendo contar com a
passando a conduzi-los a partir da fase em que se participação de outros órgãos e entidades da
encontram. Administração Pública Estadual, Federal e Municipal;
(Nova redação dada pelo art. 1º da Lei
Art.2º Os trabalhos da Controladoria Geral de Complementar nº 104/11).
Disciplina serão executados por meio de atividades IX - acessar diretamente quaisquer bancos de dados
preventivas, educativas, de auditorias funcionais dos integrantes da Secretaria da
administrativas, inspeções in loco, correições, Segurança Pública e Defesa Social e da Secretaria
sindicâncias, processos administrativos disciplinares de Justiça e Cidadania;
civis e militares em que deverá ser assegurado o X - encaminhar à Procuradoria Geral de Justiça do
direito de ampla defesa, visando sempre à melhoria e Estado cópia dos procedimentos e/ou processos cuja
o aperfeiçoamento da disciplina, a regularidade e conduta apurada, também constitua ou apresente
eficácia dos serviços prestados à população, o indícios de ilícitos penais e/ou improbidade
respeito ao cidadão, às normas e regulamentos, aos administrativa, e a Procuradoria Geral do Estado
direitos humanos, ao combate a desvios de condutas
todos que recomendem medida judicial e/ou I - o controle, o acompanhamento, a investigação, a
ressarcimento ao erário; auditoria, o processamento e a punição disciplinar
XI - receber sugestões, reclamações, representações das atividades desenvolvidas pelos policiais civis,
e denúncias, em desfavor dos servidores integrantes policiais militares, bombeiros militares e agentes
do grupo de atividade de polícia judiciária, policiais penitenciários;
militares, bombeiros militares, servidores da Perícia II - dirigir, definir, planejar, controlar, orientar e
Forense, e agentes penitenciários, com vistas ao estabelecer as políticas, as diretrizes e as normas de
esclarecimento dos fatos e a responsabilização dos organização interna, bem como as atividades
seus autores; desenvolvidas pelo Órgão;
XII - ter acesso a qualquer banco de dados de III - assessorar o Governador do Estado nos
caráter público no âmbito do Poder Executivo do assuntos de sua competência, elaborando pareceres
Estado, bem como aos locais que guardem e estudos ou propondo normas, medidas e diretrizes,
pertinência com suas atribuições; inclusive medidas de caráter
XIII - manter contato constante com os vários órgãos administrativo/disciplinar;
do Estado, estimulando-os a atuar em permanente IV - fixar a interpretação dos atos normativos
sintonia com as atribuições da Controladoria Geral disciplinares de sua competência, editando
de Disciplina e apoiar os órgãos de controle externo recomendações a serem uniformemente seguidas
no exercício de suas missões institucionais, inclusive pelos Órgãos e entidades subordinados à Secretaria
firmando convênios e parcerias; da Segurança Pública e Defesa Social e à Secretaria
XIV - participar e colaborar com a Academia Estadual de Justiça e Cidadania;
de Segurança Pública – AESP, na elaboração de V - unificar a jurisprudência administrativa/disciplinar
planos de capacitação, bem como na promoção de de sua competência, garantindo a correta aplicação
cursos de formação, aperfeiçoamento e das leis, prevenindo e dirimindo as eventuais
especialização relacionados com as atividades controvérsias entre os órgãos subordinados à
desenvolvidas pelo Órgão; Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social e à
XV - auxiliar os órgãos estaduais nas atividades de Secretaria de Justiça e Cidadania;
investigação social dos candidatos aprovados em VI - editar enunciados de súmula
concurso público para provimento de cargos; administrativa/disciplinar de sua competência,
XVI - expedir recomendações e provimentos de resultantes de jurisprudência iterativa dos Tribunais e
caráter correicional. das manifestações da Procuradoria Geral do Estado;
VII - dispor sobre o Regimento Interno da
§1º Para cumprimento de suas atribuições, a Controladoria Geral de Disciplina, a ser aprovado por
Controladoria Geral de Disciplina poderá requisitar, Decreto do Chefe do Poder Executivo;
no âmbito do Poder Executivo, documentos públicos VIII - processar as sindicâncias e processos
necessários à elucidação e/ou constatação de fatos administrativos disciplinares civis e militares
objeto de apuração ou investigação, sendo avocados pela Controladoria Geral de Disciplina e
assinalados prazos não inferiores a 5 (cinco) dias aplicar quaisquer penalidades, salvo as de demissão;
para a prestação de informações, requisição de IX - ratificar ou anular decisões de sindicâncias e de
documentos públicos e realização de diligências. processos administrativos disciplinares de sua
§2º O descumprimento do disposto no parágrafo competência, ressalvadas as proferidas pelo
anterior ensejará a apuração da responsabilidade do Governador do Estado;
infrator e, em sendo o caso de improbidade X - convocar quaisquer servidores públicos estaduais
administrativa, comunicação ao Ministério Público. para prestarem informações e esclarecimentos, no
§3º Quando se tratar de documentos de caráter exercício de sua competência, configurando infração
sigiloso, reservado ou confidencial, será anunciado disciplinar o não comparecimento;
com estas classificações, devendo ser rigorosamente XI - requisitar servidores dos órgãos estaduais, para
observadas às normas legais, sob pena de o desempenho das atividades da Controladoria Geral
responsabilidade de quem os violar. de Disciplina sendo-lhes assegurados todos os
direitos e vantagens a que fazem jus no órgão ou
Art.4º Fica criado o Cargo de Controlador Geral de entidade de origem, inclusive a promoção;
Disciplina, de provimento em comissão, equiparado a XII - representar pela instauração de inquérito policial
Secretário de Estado, de livre nomeação e civil ou militar visando à apuração de ilícitos,
exoneração pelo Governador do Estado, escolhido acompanhando a documentação que dispuser;
dentre profissionais bacharéis em Direito, de conduta XIII - expedir provimentos correcionais ou de cunho
ilibada, sem vínculo funcional com os órgãos que recomendatórios;
compõem a Secretaria da Segurança Pública e XIV - integrar o Conselho de Segurança Pública
Defesa Social e a Secretaria de Justiça e Cidadania. previsto na Constituição do Estado do Ceará;
XV - instaurar o Conselho de Disciplina e o Conselho
Art.5º São atribuições do Controlador Geral de de Justificação, de acordo com o art.77 da Lei
Disciplina: nº13.407, de 21 de novembro de 2003;
XVI - editar e praticar os atos normativos inerentes
às suas atribuições, bem como exercer outras §1º Os relatórios finais dos processos administrativos
atribuições correlatas ou que lhe venham a ser disciplinares serão decididos pelo Controlador-Geral
atribuídas, ou as delegadas pelo Governador do de Disciplina, antes do envio para publicação ou, se
Estado, além das atribuições previstas nos arts. 82 e for o caso, do envio ao Governador do Estado, para
84 da Lei nº13.875, de 7 de fevereiro de 2007. decisão que seja de competência legal; podendo
XVII – constituir comissões formadas por um militar e este determinar quaisquer outras providências que
um servidor civil estável para apurarem, em sede de se fizerem necessárias à regularidade do processo e
sindicância, fatos que envolvam, nas mesmas decisão.
circunstâncias, servidores civis e militares estaduais; §2º Nos processos administrativos disciplinares em
(Nova redação dada pelo art. 2º da Lei que a pena seja a de demissão, após decididos pelo
Complementar nº 104/11). Controlador-Geral de Disciplina e, antes do envio ao
XVIII – delegar a apuração de transgressões Governador do Estado, deverá ser encaminhado
disciplinares. (Nova redação dada pelo art. 2º da Lei para a Procuradoria Geral do Estado, com o fito de
Complementar nº 104/11). atestar a regularidade do procedimento. (Nova
redação dada pelo art. 3º da Lei Complementar nº
Art.6º Fica criado o Cargo de Controlador Geral 104/11).
Adjunto de Disciplina, de provimento em comissão,
de livre nomeação e exoneração pelo Governador do Art.12. Fica autorizada a criação, por ato do
Estado, escolhido dentre Bacharéis em Direito, de Controlador-Geral de Disciplina, de Conselhos
reputação ilibada, sendo o substituto do Controlador Militares Permanentes de Justificação, compostos,
Geral em suas ausências e impedimentos, com cada um, por 3 (três) Oficiais, sejam Militares e
atribuições previstas na forma dos arts.83 e 84 da Lei Bombeiros Militares Estaduais, ou das Forças
13.875, de 7 de fevereiro de 2007. Armadas, dos quais, um Oficial Superior, recaindo
sobre o mais antigo a presidência da comissão outro
Art.7º Fica criado o Cargo de Secretário Executivo de atuará como interrogante e o último como relator e
Disciplina, de provimento em comissão, de livre escrivão. (Nova redação dada pelo art. 4º da Lei
nomeação e exoneração pelo Governador do Estado. Complementar nº 104/11).
Os Conselhos Militares Permanentes de Justificação,
Art.8º A estrutura organizacional da Controladoria dirigido a apuração dos desvios de conduta dos
Geral de Disciplina será definida em Decreto do oficiais são compostos, cada um, por 03 (três)
Chefe do Poder Executivo. oficiais, militares e/ou bombeiros militares estaduais,
ou das Forças armadas, dos quais um deverá ser
Art.9º O Controlador Geral de Disciplina, atendendo oficial superior, recaindo sobre o mais antigo a
solicitação do Controlador Geral Adjunto e/ou dos presidência.
Coordenadores de Disciplina, poderá, em caráter Art.13. Fica autorizada a criação, por ato do
especial, designar integrantes das Comissões Controlador Geral de Disciplina, de Conselhos
Permanentes Civil ou Militar, para comporem Militares Permanente de Disciplina, compostos, cada
Comissão de Processos Administrativos, Conselhos um, por 3 (três) Oficiais, sejam Militares e Bombeiros
de Disciplina e/ou Justificação. Militares Estaduais, ou das Forças Armadas, dos
quais, um Oficial Intermediário, recaindo sobre o
Art.10. O Controlador Geral de Disciplina poderá mais antigo a presidência da Comissão, outro atuará
solicitar ao Governador do Estado a cessão de como interrogante e o último como relator e escrivão.
Oficiais das Forças Armadas, Oficiais de outras
Polícias Militares Estaduais, Procuradores de Estado, Parágrafo único. Quando a apuração dos fatos
Membros da Carreira da Advocacia Geral da União, praticados por policiais militares e bombeiros
Delegados da Polícia Federal ou outros Servidores militares estaduais revelar conexão, sobretudo
Estaduais, Municipais e Federais, para comporem envolvendo praças estáveis e não estáveis, a
Comissão de Processo Administrativo Disciplinar, competência para apuração será do Conselho de
Conselhos de Disciplina e/ou Justificação. Disciplina previsto no caput deste artigo.
Art.11. Ficam criadas Comissões Civis Permanentes Art.14. Fica criada, no âmbito da Controladoria Geral
de Processos Disciplinares, compostas por 3 (três) de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e
membros, que serão indicados mediante ato do Sistema Penitenciário do Estado do Ceará o Grupo
Controlador Geral de Disciplina, ou a quem por Tático de Atividade Correicional – GTAC, com as
delegação couber, dentre Delegados de Polícia ou seguintes competências:
Servidores Públicos Estáveis, sendo: I - realizar atividades de fiscalização operacional,
I - um presidente; bem como outras necessárias investigações;
II - um secretário;
III - um membro.
II - realizar correições preventivas e repressivas, por agentes penitenciários que estejam submetidos à
meio de inspeções em instalações, viaturas e sindicância ou processo administrativo disciplinar,
unidades; por prática de ato incompatível com a função pública,
III - apurar condutas atribuídas a servidores civis, no caso de clamor público ou quando necessário á
militares e bombeiros militares estaduais de que trata garantia da ordem pública, à instrução regular da
esta Lei Complementar, inclusive, a observância dos sindicância ou do processo administrativo disciplinar
aspectos relativos à jornada de trabalho, área de e à viabilização da correta aplicação de sanção
atuação, apresentação pessoal, postura e disciplinar.
compostura, bem como a legalidade de suas ações; §1º O afastamento de que trata o caput deste artigo é
IV - observar a utilização regular e adequada de bens ato discricionário, atendendo à sugestão
e equipamentos, especialmente de proteção a fundamentada do Secretário da Segurança Pública e
defesa, armamento e munição; Defesa Social e do Secretário de Justiça e
V - exercer outras atribuições que lhe forem Cidadania, do Controlador Geral Adjunto, dos
delegadas pelo Controlador Geral. Coordenadores de Disciplina Militar e Civil e dos
Presidentes de Comissão.
Art.15. Os policiais civis, militares e bombeiros §2º O afastamento das funções implicará na
militares estaduais e outros servidores que suspensão do pagamento das vantagens financeiras
desempenhem suas atividades na Controladora de natureza eventual, e das prerrogativas funcionais
Geral de Disciplina, inclusive os presidentes, dos servidores integrantes do grupo de atividade de
membros e secretários das Comissões Civis polícia judiciária, policiais militares, bombeiros
Permanentes e dos Conselhos de Disciplina e de militares e agentes penitenciários, podendo perdurar
Justificação, terão seu desempenho e produtividade a suspensão por até 120 (cento e vinte) dias,
avaliados mensalmente e consolidado anualmente, prorrogável uma única vez, por igual período.
com base nos seguintes critérios sem prejuízo de §3º Os servidores dos Órgãos vinculados à
outros estabelecidos em regulamento: Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social e
I - assiduidade, urbanidade, pontualidade e os agentes penitenciários afastados de suas funções,
produtividade; ficarão à disposição da unidade de Recursos
II - correção formal e jurídica dos processos Humanos a que estiverem vinculados, que deverá
administrativos e sindicâncias; reter a identificação funcional, distintivo, arma,
III - cumprimento dos prazos processuais algema ou qualquer outro instrumento funcional que
administrativos; esteja em posse do servidor, e remeter à
IV - cumprimento dos planos de metas e das tarefas Controladoria Geral de Disciplina cópia do ato de
determinadas pelo Controlador Geral. retenção, por meio digital, e relatório de sua
frequência.
Art.16. Cabe ao Controlador Geral de Disciplina, ao §4º Os processos administrativos disciplinares em
Secretário da Justiça e Cidadania, ao Secretario da que haja suspensão tramitarão em regime de
Segurança Pública e Defesa Social e aos prioridade nas respectivas Comissões e Conselhos.
Comandantes Gerais da Polícia Militar e do Corpo de §5º Findo o prazo do afastamento sem a conclusão
Bombeiros Militar, respectivamente, a informação do do processo administrativo, os servidores
oficial ou da praça a ser submetido a Conselho de mencionados nos parágrafos anteriores retornarão
Justificação e de Disciplina, acompanhada da às atividades meramente administrativas, com
documentação necessária. restrição ao uso e porte de arma, até decisão do
mérito disciplinar, devendo o referido setor
Art.17. Cabe ao Controlador Geral de Disciplina, ao competente remeter à Controladoria Geral de
Secretário da Justiça e Cidadania, ao Secretário da Disciplina relatório de frequência e sumário de
Segurança Pública e Defesa Social e quando for o atividades por estes desenvolvidas, por meio digital.
caso, ao Delegado Geral da Polícia Civil, ao Perito §6º O período de afastamento das funções será
Geral da Perícia Forense do Estado do Ceará e ao computado, para todos os efeitos legais, como de
Diretor da Academia Estadual de Segurança Pública, efetivo exercício, salvo para fins de promoção, seja
respectivamente, a informação do servidor a ser por merecimento ou por antiguidade.
submetido a sindicância ou a processo administrativo §7º Na hipótese de decisão de mérito favorável ao
disciplinar, acompanhada da documentação servidor, cessarão, após a publicação, as restrições
necessária. impostas, sendo o tempo de suspensão computado
retroativamente para fim de promoção por
Art.18. Compete ao Governador do Estado e ao merecimento e antiguidade.
Controlador Geral, sem prejuízo das demais §8º A autoridade que determinar a instauração ou
autoridades legalmente competentes, afastar presidir processo administrativo disciplinar, bem
preventivamente das funções os servidores como as Comissões e Conselhos, poderão, a
integrantes do grupo de atividade de polícia qualquer tempo, propor, de forma fundamentada, ao
judiciária, policiais militares, bombeiros militares e
Controlador Geral a aplicação de afastamento II – exerçam atividades em escalas de serviços em
preventivo ou cessação de seus efeitos. revezamento, e os que na mesma condição estejam
sujeitos a permanentes acionamentos de urgência.
§2º As gratificações de que trata este artigo serão
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS concedidas por ato do Controlador-Geral de
Disciplina, não sendo essas acumuláveis entre si.
Art.19. Os policiais civis e os militares e os (Nova redação dada pelo art. 6º da Lei
bombeiros militares estaduais requisitados para Complementar nº 104/11).
servir na Controladoria Geral de Disciplina serão
considerados, para todos os efeitos, como no Art.22. Ficam criados 46 (quarenta e seis) Cargos de
exercício regular de suas funções de natureza Direção e Assessoramento Superior, sendo 7 (sete)
policial civil, policial militar ou bombeiro militar. símbolo DNS-2, 23 (vinte e três) símbolo DNS-3, 13
(treze) símbolo DAS-1, 1 (um) símbolo DAS-2 e 2
Art.20. Fica o Chefe do Poder Executivo autorizado a (dois) símbolo DAS-3.
instituir o Conselho de Disciplina e Correição dos Parágrafo único. Os Cargos a que se refere o caput
Órgãos de Segurança Pública e Sistema deste artigo serão consolidados por Decreto no
Penitenciário do Estado do Ceará, cuja composição e quadro de Cargos de Direção e Assessoramento
atribuições constarão de Decreto do Chefe do Poder Superior da Administração Direta e Indireta.
Executivo.
Parágrafo único. Será assegurado aos Membros Art.23. Fica autorizada a instituição de estágio
integrantes do Conselho previsto no caput deste acadêmico no âmbito da Controladoria Geral de
artigo, o pagamento de verba indenizatória, por Disciplina para estudantes do curso de graduação
presença em sessão, equivalente a R$2.000,00 (dois em Direito, Administração, Gestão Pública,
mil reais), ficando o pagamento limitado ao máximo Sociologia, Psicologia, Informática, dentre outros,
de 2 (duas) sessões mensais. conforme decreto regulamentador.
Art.21. Fica instituída a Gratificação por Atividade Art.24. Fica criada a Delegacia de Assuntos Internos,
Disciplinar e Correição - GADC, não cumulativa, vinculada administrativamente à Superintendência da
devida pelo exercício: Polícia Civil e, funcionalmente à Controladoria Geral
I - das atribuições de Presidente e Membro de de Disciplina, cujas competências serão definidas em
Comissões Permanentes ou Especiais de Processos Decreto.
Administrativos Disciplinares Civis e de Conselhos Parágrafo único. Os integrantes do Grupo
Militares, no valor de RS 2.000,00 (dois mil reais); Ocupacional Atividade Polícia Judiciária, lotados e
II - das atribuições de Presidentes de Sindicância, no em exercício na Delegacia de Assuntos Internos,
valor de R$1.200,00 (um mil e duzentos reais); prevista no caput deste artigo, gozarão de todas as
III – das atividades desenvolvidas no GTAC, no valor prerrogativas e atribuições previstas em Lei.
de R$2.000,00 (dois mil reais) para oficiais,
delegados e peritos; Art.25. A Controladoria Geral de Disciplina, na forma
IV – das atividades desenvolvidas no GTAC, no valor do art.8º desta Lei, poderá constituir de acordo com a
de R$1.200,00 (um mil e duzentos reais) para as necessidade de cobertura e expansão, unidades
praças, policiais civis e servidores civis; avançadas, temporárias ou permanentes, para
V – das atividades desenvolvidas na Coordenação atender demandas ordinárias ou excepcionais, sem
de Inteligência, no valor de R$1.200,00 (um mil e prejuízo das ações de fiscalização e correições
duzentos reais) para as praças, policiais civis e disciplinares realizadas por meio do GTAC.
servidores civis;
Art.26. Fica extinta a Corregedoria Geral dos Órgãos
§1º As gratificações previstas nos itens III e IV do de Segurança Pública e Defesa Social, integrante da
caput deste artigo serão concedidas exclusivamente estrutura organizacional da Secretaria de Segurança
aos servidores lotados e em exercício no Grupo Pública e Defesa da Cidadania, prevista no art.5º,
Tático de Atividades Correicionais e na incisos e parágrafos, da Lei nº12.691, de 16 de maio
Coordenadoria de Inteligência da Controladoria Geral de 1997.
de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e §1º A Corregedoria Geral dos Órgãos de Segurança
Sistema Penitenciário, que exerçam atividades Pública e Defesa Social somente será desativada
típicas de inteligência ou contribuam diretamente após a entrega e transferência de todos os feitos, em
para a atividade-fim e preencham os seguintes tramitação e os já arquivados, para a Controladoria
requisitos: Geral de Disciplina.
I – exerçam atividades que necessitem estar de §2º Os Conselhos de Justificação, de Disciplina e
sobreaviso, em razão da necessidade do exercício Processos Administrativos Disciplinares em trâmite
permanente de atividades especializadas; nas corporações militares, na Secretaria da Justiça e
Cidadania – SEJUS, e na Procuradoria Geral do
Estado deverão continuar até sua conclusão, poderá, determinar diligências ou outras providências
oportunidade em que, juntamente com os já necessárias a adequada instrução, sem possibilidade
arquivados nos últimos 5 (cinco) anos, deverão ser de recurso, poderá ainda, motivadamente, agravar a
enviados para a Controladoria Geral de Disciplina penalidade proposta, abrandá-la ou isentar o servidor
para as providencias que couber, salvo os avocados de responsabilidade.
pela Controladoria Geral de Disciplina. (Nova §6º Verificada a ocorrência de vício insanável, o
redação dada pelo art. 7º da Lei Complementar nº Controlador-Geral de Disciplina ou o Governador
104/11). declarará a sua nulidade, total ou parcial, e ordenará,
no mesmo ato, a constituição de outra comissão para
§3º Fica autorizada a transferência para a instauração do novo processo. (Nova redação dada
Controladoria Geral de Disciplina, dos bens pelo art. 9º da Lei Complementar nº 104/11).
patrimoniais, móveis, equipamentos, instalações,
arquivos, projetos, documentos e serviços existentes Art.29. A competência atribuída à Procuradoria
na Corregedoria Geral, integrante da estrutura Geral do Estado, de acordo com o art.28. da Lei
organizacional da Secretaria de Segurança Pública e Complementar nº58, de 31 de março de 2006, não se
Defesa Social. aplica aos servidores públicos submetidos
disciplinarmente à competência da Corregedoria
Art.27. Os servidores estaduais designados para Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança
servirem na Controladoria Geral de Disciplina Pública e Sistema Penitenciário do Estado do Ceará.
deverão ter, no mínimo, os seguintes requisitos:
I - ser, preferencialmente, Bacharel em Direito, em Art.30. Caberá recurso no prazo de 10 (dez) dias,
Administração ou Gestão Pública; dirigido ao Conselho de Disciplina e Correição, das
II - se militar ou policial civil, possuir, decisões proferidas pelo Controlador-Geral de
preferencialmente, no mínimo 3 (três) anos de Disciplina decorrentes das apurações realizadas nas
serviço operacional prestado na respectiva Sindicâncias, pelos Conselhos de Justificação,
Instituição; Conselhos de Disciplina e pelas Comissões de
III - não estar respondendo a qualquer processo Processos Administrativos Disciplinares.
administrativo disciplinar, Conselho de Justificação Parágrafo único. Das decisões definitivas tomadas
ou de Disciplina; no âmbito da Controladoria Geral de Disciplina,
IV - possuir conduta ilibada; somente poderá discordar o Governador do Estado.
V - não estar denunciado ou respondendo a qualquer (Nova redação dada pelo art. 10 da Lei
processo criminal; Complementar nº 104/11).
VI - não haver sido punido, nos últimos 6 (seis) anos,
com pena de custódia disciplinar ou suspensão Art.31. Fica acrescido à Lei nº13.875, de 7 de
superior a 30 (trinta) dias. fevereiro de 2007, o item 5. do inciso I do art.6º, da
seguinte forma:
Art.28. As Comissões, Conselhos e os Processos “Art.6º...I -...5. Controladoria Geral de Disciplina dos
Administrativos Disciplinares seguirão o rito Órgãos de Segurança Pública e Sistema
estabelecido nas respectivas leis. As Comissões, Penitenciário.” (NR).
Conselhos, sindicâncias e os Processos
Administrativos Disciplinares seguirão o rito Art.32. Esta Lei entra em vigor na data de sua
estabelecido nas respectivas leis. (Nova redação publicação.
dada pelo art. 8º da Lei Complementar nº 104/11). Art.33. Revogam-se as disposições em contrário.
8. Conforme disposição do art. 173, inciso da Lei 12. Aplica-se o regime jurídico de que trata o
Estadual nº 9.926, de 14 de maio de 1974, o estatuto a todos os servidores do poder
número de meses de vencimento ou provento Legislativo Estadual.
concedido como auxílio funeral à família do
funcionário falecido, mesmo que aposentado, 13. Levando em conta os conceitos do Estatuto
corresponde a: defina cargo público:
21. Poderá haver posse por procuração: 26. O exercício funcional terá início no prazo de
trinta dias, contados da data da publicação
a) quando se tratar de funcionário presente no oficial do ato, no caso de reintegração ou da
País ou no Estado. posse, nos demais casos.
b) sempre a juízo da autoridade competente. 27. Para os efeitos deste Estatuto, entende-se
por lotação a quantidade de cargos, por grupo,
c) Em qualquer caso. categoria funcional e classe, fixada em
regulamento como necessária ao
d) quando se tratar de funcionário ausente do desenvolvimento das atividades das unidades e
País ou do Estado, ou, ainda, em casos entidades do Sistema Administrativo Civil do
especiais, a juízo da autoridade competente. Estado.
31. Haverá substituição nos casos de desde que, no ato de provimento, seja
impedimento legal ou afastamento de titular de mencionada esta circunstância.
cargo em comissão. A substituição será apenas
automática. d) Ocorre na hipótese do não atendimento do
prazo para início de exercício, e na hipótese do
32. Pelo tempo da substituição remunerada, o não cumprimento dos requisitos do estágio, nos
substituto perceberá o vencimento e a termos do estatuto.
gratificação de representação do cargo, podendo
receber a percepção cumulativa de vencimento, 40. Tempo de serviço, para os efeitos deste
gratificações e vantagens. Estatuto, compreende o período de efetivo
exercício das atribuições de cargo ou emprego
33. Ascensão funcional é a elevação do público.
funcionário de um cargo para outro de maiores
responsabilidades e atribuições mais complexas, 41. Sobre afastamentos e não prejuízo ao tempo
ou que exijam maior tempo de preparação de serviço, marque o item incorreto:
profissional, de nível de vencimento mais
elevado, ou de atribuições mais compatíveis com a) casamento, até oito dias;
as suas aptidões.
b) luto, até oito dias, por falecimento de cônjuge
34. A promoção é a elevação do funcionário à ou companheiro, parentes, consanguíneos ou
classe imediatamente superior àquela em que se afins, até o 2º grau, inclusive madrasta, padrasto
encontra dentro da mesma série de classes na e pais adotivos.
categoria funcional a que pertencer.
c) luto, até dois dias, por falecimento de tio e
35. Decorre de decisão administrativa ou judicial, cunhado.
a reintegração é o reingresso do funcionário no
serviço administrativo, com ressarcimento dos d) decorrente de período de trânsito, de viagem
vencimentos relativos ao cargo. do funcionário que mudar de sede, contado da
data do desligamento e até o máximo de 30 dias.
36. Aproveitamento é o retorno ao exercício do
cargo do funcionário aposentado. e) prisão do funcionário, absolvido por sentença
transitada em julgado.
37. Será tornado sem efeito o aproveitamento e
cassada a disponibilidade do funcionário, se 42. Estabilidade é o direito que adquire o
este, cientificado, expressamente, do ato de funcionário efetivo de não ser exonerado ou
aproveitamento, não tomar posse no prazo legal, demitido, senão em virtude de sentença judicial
mesmo em caso de doença comprovada em ou inquérito administrativo, não sendo
inspeção médica. assegurada a ampla defesa.
c) Ocorre a pedido quando se tratar de posse em a) O funcionário gozará trinta dias consecutivos,
outro cargo ou emprego da União, do Estado, do ou não, de férias por ano, de acordo com sua
Município, do Distrito Federal, dos Territórios, de necessidade.
Autarquia, de Empresas Públicas ou de
Sociedade de Economia Mista, ressalvados os b) O funcionário poderá gozar, por ano, mais de
casos de substituição, cargo de Governo ou de dois períodos de férias.
direção, cargo em comissão e acumulação legal
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c) O funcionário terá direito a férias após cada proporcionais, ressalvado o direito de opção pela
ano de exercício no Sistema Administrativo. retribuição financeira do serviço militar.
d) É permitido levar à conta de férias qualquer 55. Para acompanhar o cônjuge, também
falta ao serviço. servidor público, o funcionário terá direito a
licença sem vencimento quando, de ofício, o
46. A licença não dependente de inspeção cônjuge for mandado servir em outro ponto do
médica, mas terá a duração que for indicada no Estado, do Território Nacional, ou no Exterior.
respectivo laudo. Findo esse prazo, o paciente
será submetido então a inspeção, devendo o 56. Poderá ser autorizado o afastamento, até
laudo concluir pela volta do funcionário ao quatro horas diárias, ao funcionário que
exercício, pela prorrogação da licença ou, se for frequente curso regular de 1º e 2º graus ou de
o caso, pela aposentadoria. ensino superior. Sendo que a autorização poderá
dispor que a redução do horário dar-se-á por
47. A licença poderá ser determinada ou prorrogação do início ou antecipação do término
prorrogada, de ofício ou a pedido. do expediente, diário, conforme considerar mais
conveniente ao estudante e aos interesses da
48. Verificada a cura clínica, o funcionário repartição.
licenciado voltará ao exercício, ainda quando
deva continuar o tratamento, desde que 57. O Estatuto dos Funcionários Públicos Civis
comprovada por inspeção médica capacidade do Estado do Ceará − Lei no 9.826, de 14 de
para a atividade funcional. maio de 1974 − em sua redação vigente,
prescreve que:
49. O funcionário deve abster-se-á de qualquer
atividade remunerada durante a licença, sob A. a posse em cargo público é ato
pena de interrupção imediata da mesma licença, personalíssimo, não se admitindo a posse por
com perda total dos vencimentos, até que procuração.
reassuma o exercício. B. somente após o término do estágio
probatório dar-se- á a avaliação especial de
50. Serão proporcionais os vencimentos do desempenho do servidor público, resultando na
funcionário licenciado para tratamento de saúde. sua confirmação ou exoneração.
C. preso preventivamente, pronunciado por
51. O servidor poderá ser licenciado por motivo crime comum ou denunciado por crime
de doença na pessoa dos pais, filhos, cônjuge do inafiançável, em processo em que não haja
qual não esteja separado e de companheiro(a), pronúncia, o servidor será afastado do exercício
desde que prove ser indispensável a sua de seu cargo até trânsito em julgado da decisão
assistência pessoal, mesmo que esta possa ser do juízo criminal.
prestada simultaneamente com exercício D. acesso é a elevação do funcionário à
funcional. classe imediatamente superior àquela em que se
encontra dentro da mesma série de classes na
52. Para a licença a gestante, a prorrogação de categoria funcional a que pertencer.
prazo será assegurada à servidora estadual E. em caso de afastamento para o trato de
mediante requerimento efetivado até o final do interesses particulares e caso deseje o cômputo
primeiro mês após o parto, e concedida do tempo para fins de aposentadoria, o servidor
imediatamente após a fruição da licença- deverá recolher mensalmente ao regime próprio
maternidade. de previdência dos servidores públicos
contribuição no valor de 11% (onze por cento) de
53. É vedado durante a prorrogação da licença- sua última remuneração.
maternidade tratada neste artigo o exercício de
qualquer atividade remunerada Pela servidora 58. Após três anos de efetivo exercício e mesmo
beneficiária, e a criança não poderá ser mantida antes da declaração de aquisição de estabilidade
em creches ou organização similar, sob pena da no cargo de provimento efetivo, o servidor
perda do direito do benefício e consequente poderá obter autorização de afastamento para
apuração da responsabilidade funcional. tratar de interesses particulares, por um período
não superior a quatro anos e sem percepção de
54. O funcionário que for convocado para o remuneração.
serviço militar será licenciado com vencimentos
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GABARITO:
1.d 2.b 3.d 4.a 5.a 6.d 7.c 8.a 9.a 10.c 11.C 12.E 13.c 14.C 15.C
16.E 17.C 18.E 19.C 20.E 21.d 22.a 23.C 24.C 25.E 26.C 27.C 28.E 29.C 30.C
31.E 32.E 33.C 34.C 35.C 36.E 37.C 38.C 39.c 40.E 41.d 42.C 43.C 44.E 45.c
46.E 47.C 48.C 49.C 50.E 51.E 52.C 53.C 54.E 55.C 56.E 57.c 58.E 59.C 60. E
funcionário falecido, mesmo que aposentado, Está correta, de cima para baixo, a sequência:
corresponde a A) V, V, F, F, V.
A) um. B) F, F, V, V, F.
B) dois. C) F, V, V, F, V.
C) três. D) V, F, F, V, F.
D) seis.
Comentários: LETRA A.
Comentários: LETRA A, conforme Art.173 da V. Art. 68, II do Estatuto dos Funcionários
Lei 9926/74. - Será concedido auxílio funeral à Públicos Civis do Ceará.
família do funcionário falecido, V.
correspondente a 01 (um) mês de seus F. Art. 75 - O funcionário nomeado em virtude
vencimentos ou proventos, limitado o de concurso público adquire estabilidade
pagamento à quantia de R$ 1.200,00 (um mil e depois de decorridos dois anos de efetivo
duzentos reais). exercício. (Ver CF/88, art. 41, e ver Lei nº
Parágrafo único - Quando não houver pessoa 13.092, de 08.01.2001).
da família do funcionário no local do F. Art. 19 - Posse é o fato que completa a
falecimento, o auxílio-funeral será pago a investidura em cargo público.
quem promover o enterro, mediante V.
comprovação das despesas.
I - doloso, quando o agente quis o resultado ou Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do
assumiu o risco de produzi-lo; tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a
Comentário: O crime doloso, também punição por crime culposo, se previsto em lei.
chamado de crime ou dano comissivo ou
intencional, é aquele em que o agente prevê o Descriminantes putativas
resultado lesivo de sua conduta e, mesmo assim, § 1º - É isento de pena quem, por erro
leva-a adiante, ocasionando o resultado. plenamente justificado pelas circunstâncias,
supõe situação de fato que, se existisse, tornaria
a ação legítima. Não há isenção de pena quando
o erro deriva de culpa e o fato é punível como
Crime culposo crime culposo.
II - culposo, quando o agente deu causa ao
resultado por imprudência, negligência ou Erro determinado por terceiro
imperícia. § 2º - Responde pelo crime o terceiro que
Comentário: Culpa Inconsciente ou Pré- determina o erro.
Consciente: é uma conduta voluntária, sem
intenção de produzir o resultado ilícito, porém, Erro sobre a pessoa
previsível, que poderia ser evitado. A conduta § 3º - O erro quanto à pessoa contra a qual o
deve ser resultado de negligência, imperícia ou crime é praticado não isenta de pena. Não se
imprudência. consideram, neste caso, as condições ou
qualidades da vítima, senão as da pessoa contra
Exemplos: quem o agente queria praticar o crime.
Exclusão de ilicitude
Parágrafo único - Salvo os casos expressos em Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o
lei, ninguém pode ser punido por fato previsto fato:
como crime, senão quando o pratica
dolosamente. I - em estado de necessidade;
lei, penal ou extrapenal, mesmo que cause detenção, em regime semiaberto, ou aberto,
lesão à bem jurídico de terceiro. Ex.: a salvo necessidade de transferência a regime
execução de pena de morte feita pelo fechado.
carrasco; a morte do inimigo no campo de
batalha produzida pelo soldado em tempo § 1º - Considera-se:
de Guerra. a) regime fechado a execução da pena em
estabelecimento de segurança máxima ou
média;
b) regime semiaberto a execução da pena em
Excesso punível colônia agrícola, industrial ou estabelecimento
Parágrafo único - O agente, em qualquer das similar;
hipóteses deste artigo, responderá pelo excesso c) regime aberto a execução da pena em casa
doloso ou culposo. de albergado ou estabelecimento adequado.
Pagamento da multa
Art. 50 - A multa deve ser paga dentro de 10
(dez) dias depois de transitada em julgado a
sentença. A requerimento do condenado e
conforme as circunstâncias, o juiz pode permitir
que o pagamento se realize em parcelas
mensais.
§ 1º - A cobrança da multa pode efetuar-se
mediante desconto no vencimento ou salário do
condenado quando:
a) aplicada isoladamente;
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Aborto provocado pela gestante ou com seu Lesão corporal de natureza grave
consentimento § 1º Se resulta:
Art. 124 - Provocar aborto em si mesma ou I - Incapacidade para as ocupações habituais,
consentir que outrem lhe provoque: por mais de trinta dias;
Pena - detenção, de um a três anos. II - perigo de vida;
III - debilidade permanente de membro, sentido
Aborto provocado por terceiro sem o ou função;
consentimento da gestante IV - aceleração de parto:
Art. 125 - Provocar aborto, sem o consentimento Pena - reclusão, de um a cinco anos.
da gestante:
Pena - reclusão, de três a dez anos. Lesão corporal de natureza gravíssima
Concussão
Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta
ou indiretamente, ainda que fora da função ou
antes de assumi-la, mas em razão dela,
vantagem indevida:
Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa.
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se valer das facilidades que a sua condição Art. 326 - Devassar o sigilo de proposta de
de funcionário público lhe proporciona concorrência pública, ou proporcionar a terceiro
o ensejo de devassá-lo:
Pena - Detenção, de três meses a um ano, e
Violência arbitrária multa.
Art. 322 - Praticar violência, no exercício de
função ou a pretexto de exercê-la: Obs: devassar= violar o que está selado.
Pena - detenção, de seis meses a três anos,
além da pena correspondente à violência.
Funcionário público
Abandono de função Definição de funcionário público
Art. 323 - Abandonar cargo público, fora dos Art. 327 - Considera-se funcionário público,
casos permitidos em lei: para os efeitos penais, quem, embora
Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou transitoriamente ou sem remuneração, exerce
multa. cargo, emprego ou função pública.
§ 1º - Se do fato resulta prejuízo público:
Pena - detenção, de três meses a um ano, e Pessoas equiparadas a funcionário público
multa. § 1º - Equipara-se a funcionário público quem
§ 2º - Se o fato ocorre em lugar compreendido exerce cargo, emprego ou função em entidade
na faixa de fronteira: paraestatal, e quem trabalha para empresa
Pena - detenção, de um a três anos, e multa. prestadora de serviço contratada ou conveniada
para a execução de atividade típica da
Exercício funcional ilegalmente antecipado Administração Pública.
ou prolongado
Aumento de pena
Art. 324 - Entrar no exercício de função pública § 2º - A pena será aumentada da terça parte
antes de satisfeitas as exigências legais, ou quando os autores dos crimes previstos neste
continuar a exercê-la, sem autorização, depois Capítulo forem ocupantes de cargos em
de saber oficialmente que foi exonerado, comissão ou de função de direção ou
removido, substituído ou suspenso: assessoramento de órgão da administração
Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou direta, sociedade de economia mista, empresa
multa. pública ou fundação instituída pelo poder
público.
Violação de sigilo funcional
Art. 325 - Revelar fato de que tem ciência em
razão do cargo e que deva permanecer em CONCEITO DE FUNCIONÁRIO PÚBLICO
segredo, ou facilitar-lhe a revelação: PARA FINS PENAIS
Funcionário público – Quem exerce cargo,
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou
emprego ou função pública, ainda que
multa, se o fato não constitui crime mais grave. transitoriamente ou sem remuneração.
§ 1o Nas mesmas penas deste artigo incorre Funcionário público por equiparação - Quem
quem: exerce cargo, emprego ou função em entidade
I – permite ou facilita, mediante atribuição, paraestatal, e quem trabalha para empresa
fornecimento e empréstimo de senha ou prestadora de serviço contratada ou conveniada
qualquer outra forma, o acesso de pessoas não para a execução de atividade típica da
autorizadas a sistemas de informações ou Administração Pública (ainda que
banco de dados da Administração Pública; transitoriamente ou sem remuneração)
II – se utiliza, indevidamente, do acesso restrito. Causa de aumento de pena – Aplicada
§ 2o Se da ação ou omissão resulta dano à àqueles que ocuparem cargos em comissão ou
Administração Pública ou a outrem: função de direção ou assessoramento de órgão
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e da administração direta, sociedade de economia
mista, empresa pública ou fundação instituída
multa.
pelo poder público (aumento de 1/3)
Violação do sigilo de proposta de
concorrência
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QUESTÕES COM GABARITO
GABARITO
01. C 02. A 03. D 04. B 05. C 06. C 07.
D 08. C 09. D 10. D 11. A 12. B
13. B 14. D 15. B 16. A 17. C 18. B 19.
A 20. A 21. A 22. B 23. D 24. C
25. A 26. C 27. B 28. C 29. C 30. A 31.
A 32. C 33. C 34. B 35. D 36. A
37. B 38. D 39. C 40. B
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b) prevaricação.
b) Se o crime é cometido por agente
público.
c) condescendência criminosa.
c) Se o crime é cometido contra criança,
d) advocacia administrativa. gestante, portador de deficiência, adolescente
Comentário: Letra D - Advocacia ou maior de sessenta anos.
administrativa
d) Se o crime é cometido mediante
Art. 321 CPB - Patrocinar, direta ou sequestro.
indiretamente, interesse privado perante a
administração pública, valendo-se da qualidade Comentário: Letra A
de funcionário: Pena - detenção, de um a três
Art. 1º § 4º da Lei 9455/97. Aumenta-se a pena
meses, ou multa. Parágrafo único - Se o
de um sexto até um terço:
interesse é ilegítimo: Pena - detenção, de três
meses a um ano, além da multa. I - se o crime é cometido por agente público;
---------------------------------------------------------------- II – se o crime é cometido contra criança,
gestante, portador de deficiência, adolescente
2- Nos termos do art. 42, do Código Penal
ou maior de 60 (sessenta) anos;
Brasileiro, computam-se, na pena privativa de
liberdade e na medida de segurança, o tempo III - se o crime é cometido mediante seqüestro.
de prisão provisória no Brasil ou no estrangeiro.
----------------------------------------------------------------
Tal determinação legal é denominada
4- Nos termos do Decreto Federal Nº 5.123 de
a) remissão. 01 de julho de 2004, para se adquirir legalmente
uma arma de fogo de uso permitido, dentre
b) detração. outras exigências, é necessário que a idade do
adquirente seja, no mínimo,
c) sursis penal.
a) 18 anos.
d) sursis processual.
b) 21 anos.
Comentário: Letra B Detração
Detração. Art. 42 CPB - Computam-se, na pena c) 25 anos.
privativa de liberdade e na medida de
segurança, o tempo de prisão provisória, no d) 30 anos.
Brasil ou no estrangeiro, o de prisão
Comentário: Letra C
administrativa e o de internação em qualquer
dos estabelecimentos referidos no artigo Art. 12. Estatuto do Desarmamento. Para
anterior. adquirir arma de fogo de uso permitido o
interessado deverá:
----------------------------------------------------------------
I - declarar efetiva necessidade;
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II - ter, no mínimo, vinte e cinco anos; 6- Conforme preceitua o Parágrafo Único do art.
41 da Lei 7.210/84 (Lei de Execução Penal -
III - apresentar original e cópia, ou cópia
LEP), dentre os direitos contidos nas opções
autenticada, de documento de identificação
abaixo, o único que poderá ser suspenso ou
pessoal;
restringido mediante ato motivado do diretor do
IV - comprovar, em seu pedido de aquisição do estabelecimento penal é o(a)
Certificado de Registro de Arma de Fogo e
periodicamente, a idoneidade e a inexistência a) chamamento nominal.
de inquérito policial ou processo criminal, por
meio de certidões de antecedentes criminais da b) visita do cônjuge, da companheira, de
Justiça Federal, Estadual, Militar e Eleitoral, que parentes e amigos em dias determinados.
poderão ser fornecidas por meio eletrônico;
V - apresentar documento comprobatório de c) audiência especial com o diretor do
ocupação lícita e de residência certa; estabelecimento.
d) trinta. a) I e II apenas.
d) um ano.
Comentário: Letra B.
Art. 83. §2. 7210/84. Os estabelecimentos
penais destinados a M serão dotados de
berçário, onde as condenadas possam cuidar
de seus filhos, inclusive amamentá-los, no
mínimo, até 6 meses de idade.
----------------------------------------------------------------
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Meus amigos e minhas amigas, futuro(a)s Agentes Penitenciários, chegamos ao final do nosso humilde
trabalho. Solicitamos a compreensão de todo(a)s caso seja verificado algum erro de digitação/conteúdo, para
que seja feita a comunicação e as devidas correções. Estou muito feliz por tê-lo (a)s como aluno(a)s e espero
reencontrá-lo(a)s brevemente já como Agentes Penitenciários efetivado(a)s. Muito Obrigado pela confiança e
amizade. DEUS NO COMANDO SEMPRE!!!!!!!!
Professor Dantas é policial militar, graduado em Direito pela Unifor, pós graduando em direito penal pela mesma instituição,
professor dos Cursos de Formação Profissional da Academia Estadual de Segurança Pública (AESP), professor de diversos
cursos preparatórios para concursos em Fortaleza e no interior do Estado.