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Introdução
Tomando obra biográfica sobre Karl Marx, intitulada “Marx – Vida e Obra”,
escrita por Leandro Konder (1999), este trabalho acadêmico apresenta alguns
aspectos da vida de Karl Marx, como lugar de nascimento, aspectos políticos
referentes à sua cidade natal, sobre seus pais, vida na infância, síntese sobre a
vida acadêmica na universidade, perseguição política, engajamento político-
ideológico, seu casamento e sua morte.
Na pequena cidade de Trèves, no sul da Prússia Renana, região situada
na atual Alemanha, nas fronteiras com a França, em 05 de maio de 1818, nasce
Karl Marx, nove anos depois de Darwin, cinco anos de Kirkegaard, três antes de
Bauderlaire e de Dostoievski, dez antes de Tolstoi. Na ocasião em que Karl Marx
nasceu, Tréves tinha cerca de 12 mil habitantes. De 1798 até 1814, a cidade
tinha pertencido à França e tinha sido a sede da Administração francesa. Em
1815, com a derrota de Napoleão, a Prússia anexou a região do Reno onde se
achava Tréves e essa mudança afetou a situação dos pais de Karl Marx. O pai
de Karl Marx fora um advogado chamado Hirschel Marx. Ainda que fosse filho
de um rabino judeu, Hirschel Marx se afastara da religião judaica e era um livre-
pensador, familiarizado com os livros dos ideólogos da Revolução Francesa, era
simpático às ideias liberais, admirador de Lessing, Voltaire e Russeau. A mãe de
Karl era holandesa e chamava-se Henriette Pressburg, esta, assim como seu
esposo, descendia de rabinos judeus. Henriette, diferentemente de seu marido,
era ocupada às necessidades doméstica e utilitárias do quotidiano, sem
pretensões ou ideais liberais. É o que escreve Konder,
Conforme Konder (1999), meses antes do seu declínio final, sua filha mais
velha, Jenny Longuet, morre em 11 de janeiro de 1883. Este é um novo golpe
sofrido, depois da morte se sua esposa. Então em março de 1883 morre Karl
Marx, o que é transcrito de Konder “O estado de Marx se agravou: uma
inflamação da garganta o impedia de falar e engolir. Teve, então, um abscesso
no pulmão. E veio a falecer em 14 de março de 1883”.
Então, depois de uma rica e intensa trajetória política, acadêmica e
intelectual engajada, Marx deixa um legado imensurável e sua vida encerra-se
aos 65 anos de idade.
Para uma informação que pode cobrir até os anos 1960 sobre as edições
brasileiras de escritos de Marx, Engels e seus seguidores, o texto de referência
é o de Edgard Carone, O marxismo no Brasil: Das origens a 1964. Rio de
Janeiro: Dois Pontos, 1986.
Segundo a obra de Carone (1964), arrolam-se a seguir os principais títulos
produzidos por karl Marx ou em conjunto com Engels disponíveis em português,
editados depois de 1960. Como dito anteriormente, em virtude da complexidade
e dispersão dos escritos de Marx, somada aos limites da não tradução para o
português, segue em ordem não classificatória algumas importantes obras do
pensador ora estudado:
1. Diferença entre as filosofias da natureza em Demócrito e Epicuro.
Lisboa: Presença, 1972.
2. Liberdade de imprensa. Porto Alegre: L&PM, 1999 [seleção de textos
da Gazeta Renana e outros periódicos, escritos entre 1842 e 1861].
3. Para a questão judaica. São Paulo: Expressão Popular, 2009.
4. Crítica da filosofia do direito de Hegel. São Paulo: Boitempo, 2005
[contendo o manuscrito de Kreuznach, de 1843, e o texto publicado
nos Anais Franco-Alemães, em 1844].
5. Manuscritos econômico-filosóficos. São Paulo: Boitempo, 2004.
6. A sagrada família ou crítica da crítica [com F. Engels]. São Paulo:
Boitempo, 2003.
7. A ideologia alemã [com F. Engels]. São Paulo: Boitempo, 2007
[contendo as Teses sobre Feuerbach].
8. Sobre o suicídio. São Paulo: Boitempo, 2006.
9. Miséria da filosofia. São Paulo: Expressão Popular, 2009.
10. Trabalho assalariado e capital. In Marx, K. e Engels, F. Obras
escolhidas em três volumes. Rio de Janeiro: Vitória, vol. I, 1961.
11. Manifesto do partido comunista [com F. Engels]. São Paulo: Cortez,
1998.
12. A burguesia e a contra-revolução. São Paulo: Ensaio, 1987 [textos
da Nova Gazeta Renana, de dezembro
de 1848].
13. As lutas de classes na França (1848-1850). São Paulo: Global, 1986.
14. O dezoito brumário de Luís Bonaparte. In Marx, K. e Engels, F.
Obras escolhidas em três volumes. Rio de Janeiro: Vitória, vol. I, 1961.
15. A Espanha revolucionária. In Marx, K. e Engels, F. A revolução
espanhola. Rio de Janeiro: Leitura, 1966 [contém os oito textos
marxianos publicados no New York Daily Tribune, de julho a setembro
de 1854, mais uma série de textos de Marx e Engels, também referidos
à Espanha, preparados entre 1855 e 1873].
16. Simon Bolívar. São Paulo: Martins Fontes, 2008.
17. Formações econômicas pré-capitalistas. Rio de Janeiro: Paz e
Terra, 1977 [materiais constitutivos dos manuscritos de 1857-1858,
editados pela primeira vez em 1939-1941 sob o título de Gründrisse
der Kritik der Politischen Ökonomie. Rohentwurf. 1857-1858
(Elementos fundamentais para a crítica da economia política.
Rascunhos. 1857-1858)], cuja tradução integral está anunciada pela
Ed. Contraponto (Rio de Janeiro).
18. Para a crítica da economia política. In Marx, K. Manuscritos
econômico-filosóficos e outros textos escolhidos. São Paulo: Abril
Cultural, col. “Os pensadores”, 1974.
19. Senhor Vogt. Lisboa: Iniciativas Editoriais, I-II, 1976.
20. Salário, preço e lucro. In Marx, K. e Engels, F. Obras escolhidas em
três volumes. Rio de Janeiro: Vitória, vol. I, 1961.
21. O capital: Crítica da economia política. Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira, 6 volumes, 1967-1974 [edição dos livros I-II-III d’O capital].
Há ainda outra edição, em tradução diversa: O capital: Crítica da
economia política. São Paulo: Abril Cultural, col. “Os economistas”, 6
volumes, 1983-1985.
22. O capital. Livro I, capítulo VI (inédito). São Paulo: Ciências
Humanas, 1978.
23. Teorias da mais-valia. História crítica do pensamento econômico.
São Paulo: DIFEL, 3 volumes, 1980-1985 [edição do livro IV d’O
capital].
24. A guerra civil na França. São Paulo: Global, 1986.
25. Crítica ao programa de Gotha. In Marx, K. e Engels, F. Obras
escolhidas em três volumes. Rio de Janeiro: Vitória, vol. II, 1961.
26. O questionário de 1880. In Thiolent, Michel. Crítica metodológica,
investigação social e enquete operária. São Paulo: Pólis, 1982 [trata-
se do questionário, elaborado em abril de 1880, a pedido dos
socialistas franceses, para uma pesquisa a ser feita entre operários
acerca da sua situação econômica, social e política].
A copiosa correspondência de Marx continua praticamente inédita em
português. Nos títulos seguintes, encontram-se algumas cartas de inequívoca
relevância teórico-política:
27. Marx, Karl e Engels, Friedrich. Obras escolhidas em três volumes.
Rio de Janeiro: Vitória, vols. 1-2, 1961, vol. 3, 1963.
28. Marx, Karl e Engels, Friedrich. História. São Paulo: Ática, col.
“Grandes cientistas sociais”, vol. 36, 1983.
29. Marx, Karl. O 18 brumário e Cartas a Kugelmann. Rio de Janeiro:
Paz e Terra, 2002.
MARX E A RELIGIÃO
Dito de outra maneira, a religião não tem uma substância própria, é puro
resultado das condições sociais fabricadas pelos homens. Esta concepção dá
margem a consequências práticas. Marx afirma que a religião desaparecerá, não
terá mais razão de existir; não como resultado de uma ação antirreligiosa, mas
como efeito de uma transformação social. E seguindo a cadência do seu
pensamento, acredita que uma vez que o homem cria as condições que fazem
a religião existir, ele pode gerar uma realidade contrária.
Considerações finais
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Eric J. Hobsbawm, org., História do marxismo. Rio de Janeiro: Paz e Terra, vol.
1, 1980, pp. 423-443)
http://averdade.org.br/2012/04/biografia-de-karl-marx-o-maior-pensador-da-
humanidade/
https://www.suapesquisa.com/biografias/marx/
https://www.todamateria.com.br/karl-marx/
https://www.infoescola.com/biografias/karl-marx/
https://www.ebiografia.com/karl_marx/
https://www.estudopratico.com.br/karl-marx-vida-obra-e-pensamentos/
https://marxismo21.org/wp-content/uploads/2012/07/Introduc%C3%A3o-
%C3%A0-obra-de-Marx-Jos%C3%A9-Paulo-Neto.pdf (sobre as obras de Marx)