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Resenha Crítica #6
Resumo
A autora começa com a ideia de que uma das habilidades mais importantes que
nós precisamos desenvolver é a habilidade de “aprender a aprender”. Ela é importante
pois o que conhecemos hoje, será ultrapassado daqui a 10 anos, e, portanto, quem
conseguir se adaptar e aprender rápido certamente terá maiores chances.
Um dos fatores que afeta negativamente a nossa habilidade de aprender é a
nossa própria vontade, e a vontade é inibida por diversos fatores, principalmente
externos, já que todos que estão a nossa volta influenciam nossos pensamentos e
ações.
Nós deixamos de fazer certas atividades porque uma dificuldade inicial cria uma
forma de bloqueio mental, aonde ficamos receosos com a possibilidade de errarmos e
sermos julgados como burros, então a tendência é de nos afastarmos dessas
atividades. Esse é um grande problema para a aprendizagem, que não é para ser
sempre fácil e errar faz parte do aprendizado.
Escolas estão se atentando ao fato de que errar faz parte do aprendizado e não
pode ser demonizado, pois isso afeta a auto estima de quem tem um começo difícil na
aprendizagem e pode fazer com que a pessoa desista de aprender por medo de ser
considerada estupida. Nós frequentemente não nos sentimos confortáveis errando e
sendo principiantes.
Porque esse desconforto e medo de não saber? Segundo a autora é porque nos
achamos que já deveríamos saber, ou que outras pessoas esperam que nós já
saibamos, e isso é uma avaliação incorreta feita da nossa parte. São justamente essas
avaliações como “isso não é apropriado” ou “eu não sou bom nesse tipo de coisa” que
nos impedem de começar ou continuar a aprender.
Uma maneira de remediar esses bloqueios é definindo diferentes padrões (que
usamos para avaliar as situações) quando vamos aprender algo novo, aceitar que pode
ser difícil já elimina a pré-avaliação de que a nova atividade pode ser “difícil demais”
para aprender.
Reflexão Crítica
Uma novidade foi a própria discussão sobre “aprender a aprender”, que até
então eu só tinha pensado no contexto pedagógico, como por exemplo a diferença que
pessoas tem na forma como aprendem melhor. Alguns aprendem melhor escutando,
outros lendo, outros escrevendo ou explicando para si mesmos.
Porém eu não havia pensando sobre o tema no contexto psicológico, aonde
nossos preconceitos e avaliações automaticamente nos impedem de querer aprender
algo novo. Essa parte foi justamente a mais importante para mim, pois além de ser
novidade é a ideia central dos dois capítulos.
Achei interessante a proposta para remediar esse efeito auto bloqueador, de
tentar ignorar nossas avaliações erradas, apesar de eu achar extremamente
complicado fazer isso, dizer pra si mesmo que o que você acabou de pensar (avaliar)
está errado, é uma estratégia que vale a pena ser aplicada.
Eu gosto de aprender coisas novas sempre, mas quase sempre fico no
superficial, a não ser que seja algo importante profissionalmente, academicamente ou
que me interesse muito pessoalmente. Tentarei mudar meus padrões de avaliação
daqui pra frente, para que eu possa me dedicar mais a cada assunto que eu encontrar
e achar valido o aprendizado.
Uma parte que não concordei é a diferenciação da autora sobre as idades para
o aprendizado. Acredito que um bebe não aprende mais rápido que um adulto, muito
pelo contrário, quando um bebe está aprendendo a andar e a falar, é só isso que ele
faz basicamente o tempo todo da sua vida. Aprender uma nova língua é difícil, mas se
um adulto vai morar em outro país e vive a realidade de um outro idioma ele é capaz de
aprender muito rapidamente, nem se compara ao tempo de aprendizado de uma
criança.
Análise de episódios