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RESUMO
1
Graduado em Engenharia Civil – UNIFAVIP / DeVry. E-mail: rilsonsena@yahoo.com.br
2
Professor da UNIFAVIP / DeVry – Msc.em Engenharia Civil pela UFCG. E-mail: laursen@unifavip.edu.br
3
Graduado em Engenharia Civil – UNIFAVIP / DeVry. E-mail: jonas.ssj@live.com
ABSTRACT
The need for the environmental preservation and the tendency of the lack of natural resources
makes civil construction to acquire new concepts and technical solutions focused on
sustainability. In this context, the recycling and reuse of the residues by incorporating them
into soil-cement bricks represent an alternative in full harmony with the guidelines of
sustainable development, attributing them to the condition of noble material, rather than
simply throwing them into nature. In this paper, studies and results of laboratory tests are
presented, which the objective was to evaluate the behavior of soil-cement bricks by
incorporating levels of grinded PET residue for the use in the civil construction. Therefore,
characterization tests of soil in Caruaru-PE region and the incorporation of PET waste in the
proportions of 5, 8 and 11% were carried out. The standard soil-cement mass trace was 1:10.
To perform the compression strength test, a method was adapted to promote the best
compression of the particles in test samples of 50mmX100mm. It was observed that the
incorporation of the PET residue improved the average compressive strength for all
percentages evaluated, where the 11% content promoted an increase of 163.15% compared to
the standard trace. The water absorption for all the studied mixtures was in accordance with
the current standards. In view of the above, the use of PET residue can be viable in the
manufacture of soil-cement bricks, being used in an intelligent and beneficial way to society.
1 INTRODUÇÃO
A necessidade de preservar e conservar o meio ambiente faz com que esse seja um dos
assuntos mais comentados ultimamente no mundo, não só pela comunidade científica, mas
pelo público em geral. Muitas ações do homem têm alterado o ecossistema com
consequências danosas, tais como: o aumento da temperatura global, poluição dos mares, rios
e lagoas por esgoto e resíduos tóxicos, poluição do ar, através do lançamento na atmosfera de
gás carbônico, enxofre e outros gases não menos danosos. Toda essa preocupação vem
fazendo com que o setor da construção civil busque o desenvolvimento de novos materiais e
técnicas voltados para o conceito de sustentabilidade.
De acordo com Grande (2003), os tijolos de solo-cimento representam uma alternativa
em plena sintonia com as diretrizes do desenvolvimento sustentável, pois requerem baixo
consumo de energia na extração da matéria-prima, dispensam o processo de queima e
reduzem a necessidade de transporte, uma vez que os tijolos podem ser produzidos com solo
do próprio local da obra.
Os tijolos de solo-cimento são apresentados como uma das alternativas para a
construção em alvenaria. São elementos que, após pequeno período de cura, garantem
2 MÉTODO
2.1.1 Solo
2.1.2 Cimento
2.1.3 Água
A água deve ser isenta de impurezas nocivas à hidratação do cimento. Foi utilizado
água disponível no local dos ensaios, laboratório de Engenharia da UNIFAVIP/Devry, sendo
fornecida pelo sistema de abastecimento – COMPESA. Visando manter o mesmo parâmetro
nos ensaios foi utilizada apenas água deste local.
2.2 Metodologia
Para o traço, foi iniciado os ensaios com o traço padrão de solo, cimento e água, que é
1:10 (uma parte de cimento para 10 partes de solo), foi usado para o traço padrão 300g de
cimento: 3.000g de solo e 231g de água. Posteriormente foram realizados traços substituindo
em partes o solo por 5% de resíduos de PET (300g de cimento, 2.760g de solo, 240g de PET e
231g de água), 8% de resíduos de PET (300g de cimento, 2.850g de solo, 150g de PET e 231g
de água) e 11% de resíduos de PET (300g de cimento, 2.670g de solo, 330g de PET e 231g de
água). Assim, foi averiguado o traço ideal para sua utilização.
Optou-se por padronizar o valor da relação de água/cimento, tendo como parâmetro a
trabalhabilidade. Foi realizado um traço padrão em massa 1:10 (150g de cimento e 1.500g de
solo) e foi pesado um recipiente com água antes da mistura com 500g, posteriormente foi
utilizando a água no traço e ao chegar na trabalhabilidade ideal do solo cimento, foi pesado o
Cada traço foi moldado em corpos de prova de argamassa (diâmetro = 5 cm; altura =
10 cm), para cada traço foi moldado 8 (oito) CP, a saber, que será utilizado os moldes de
CP’S de argamassa porque não existe no citado laboratório fôrmas para produção deste tipo
de tijolos e nem prensa para o mesmo. A mistura foi realizada com misturador de argamassa
de cimento.
Para a moldagem e compactação dos CP’S, foi desenvolvido e adaptado um modelo
experimental para a compactação em substituição ao modelo de prensa para tijolo solo-
cimento usual, onde foi adaptado para a compactação o soquete do ensaio de compactação de
solo, uma vez que o diâmetro do mesmo coincide com o diâmetro do corpo de prova de
argamassa. Foram colocadas 4 camadas da mistura e para cada camada foi colocado a
quantidade de duas colheres e meia da mistura, aplicando em seguida 2 golpes com o soquete
de peso 2500g, o soquete foi erguido e lançado a uma altura de 35cm, verificado nas Figuras 2
a ilustração do processo.
Figura 2 - (A) colher utilizada para cada camada; (B) diâmetro interno soquete coincide com o
diâmetro do CP e (C) soquete encaixado no CP.
Para o ensaio de resistência a compressão foi utilizado a NBR 7216 (1996), usou-se a
prensa Emic SSH300, disponível no laboratório da Universidade do Vale do Ipojuca –
UNIFAVIP/DeVry. A prensa possui a capacidade máxima 200 ton (2MN).
A análise granulométrica foi realizada de acordo com a NBR 7181/84, a amostra foi
seca em estufa a uma temperatura de aproximadamente 105oC até que fosse atingida a
constância de massa, em seguida a mesma foi retirada da estufa e foi realizado o
quarteamento. Em seguida tomou-se uma quantidade de material, os quais foram passadas na
peneira No 10, com abertura 2,0 mm, tomando a precaução de desmanchar no almofariz todos
os torrões eventualmente ainda existente de modo a assegurar a retenção na peneira somente
dos grãos maiores que a abertura da malha. O que ficou retido na peneira foi lavado e
colocado na estufa durante 24 horas, à uma temperatura de aproximadamente 105oC. O
material assim obtido foi usado no peneiramento grosso.
O material que passou na peneira #10, com abertura de 2,0 mm, retirou-se
aproximadamente 100,00g para o peneiramento fino (amostra parcial) e lavou-se na peneira
#200, com abertura 0,075 mm, o que ficou retido na mesma foi colocado assim em estufa
durante 24 horas a uma temperatura de aproximadamente 105oC, até constância da massa. O
material que passou na peneira #10, retirou-se duas cápsulas para determinação da umidade
hidroscópica (natural). Após a secagem do material em estufa, procedeu-se ao peneiramento
do material seco na seguinte serie de peneiras No (4, 10, 40, 80 e 200). Pesou-se com
aproximação de 0,1g as frações da amostra retidas nas peneiras consideradas.
O ensaio para determinação do limite de liquidez foi realizado com o aparelho de casa
grande. Figura 18. De acordo com a NBR-6459/84, o solo foi distribuído em cinco cápsula,
com diferentes quantidades de massa bruta úmida. Após serem secas na estufa a 130co por 24
horas e pesadas, foi determinado teor de umidade do solo através do método da estufa. Em
seguida traçamos a curva conforme a distribuição dos pontos obtidos em relação ao número
de golpes aplicados para fechar a ranhura em cada amostra (pela norma, os valores devem ser
entre 15 e 35 golpes).
3 RESULTADOS/DISCUSSÕES
De acordo com a NBR 7181/84, foi feita a construção do gráfico mostrado na Figura
3, que tem por objetivo caracterizar o solo de acordo com os percentuais de material passante
e retidos em cada peneira.
3.2 Compactação
Segundo a NBR 7180/84, para a determinação da umidade, até que chegasse a três
valores que não difiram da respectiva média em mais de 5%. Assim, temos que o resultado do
valor de umidade foi de 17,39%, de acordo com os dados da Tabela 12, sendo favorável com
a norma, bem como atende as características técnicas usados para a fabricação de tijolo solo-
cimento, que identifica como favorável, valor menor ou igual a 18% para o índice de
plasticidade.
Os resultados obtidos atendem aos limites da norma, para os valores individuais que
são de 22% no máximo.
Com relação aos valores de absorção de água, pode ser observado que no geral, a
incorporação dos resíduos de PET provoca pequeno aumento gradual nos valores de absorção
de água dos CP’S. É importante destacar que os traços estudados apresentam valores
individuais de absorção de água abaixo do limite máximo estabelecido pela NBR 8492/82 que
apresenta a média dos valores de absorção de água maior do que 20%, nem valores
individuais superiores a 22%.
É importante notar que os CP’S dos traços de 5%, 8% e 11% de substituição de PET
sobre o solo, apresentaram valores médios de resistência a compressão superiores
(considerando seus desvios padrão) ao valor mínimo exigido pela norma NBR 8491/83 (> 2
MPa). No entanto o traço sem adição de resíduo não atendeu às prescrições de resistência
mínima aos 7 dias exigida pela NBR 8491/84.
Observou-se que a incorporação do resíduo de PET melhorou a resistência à
compressão média para todas as percentagens avaliadas, onde o teor de 11% promoveu um
acréscimo de 163,15% em comparação com o traço padrão.
Em relação ao índice de absorção de agua no traço de 11% de adição de PET
apresentar o maior índice entre os traços ensaiados de 21,95%, e consequentemente pelo
maior índice de PET apresentarem maior índices de vazios e ainda sim, apresentar maior
resistência entre os traços estudados, pode ser explicada pelo fato que, na medida em que
aumenta-se o percentual de PET em relação a massa de solo, mantendo o mesmo traço 1:10,
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
______.NBR 6459 (1984) – solo: determinação do limite de liquidez. Método de ensaio. Rio
de Janeiro.
______.NBR 7181 (1984) – solo: análise granulometrica. Método de ensaio. Rio de Janeiro.
______.NBR 7182 (1982) – solo: ensaio de compactação. Método de ensaio. Rio de Janeiro.