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Propriedades de Transporte
de Células Solares Orgânicas e OLED’s
Teresina – PI
2010
Universidade Federal do Piauí-UFPI
Centro de Ciências da Natureza
Departamento de Física
Propriedades de Transporte
de Células Solares Orgânicas e OLED’s
Teresina – PI
2010
Propriedades de Transporte de Células Solares
Orgânicas e OLED’s
Aprovado por:
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Teresina – PI
2010
“A natureza é um enorme jogo de xadrez
disputado por deuses, e que temos o privilégio
de observar. As regras do jogo são o que
chamamos de física fundamental, e
compreender essas regras é a nossa meta.”
Richard Feynman
Agradecimentos
Aos professores Maria Letícia Vega, Helder Nunes da Cunha, João Mariz de
Guimarães Neto pelo apoio.
10.0Conclusão .................................................................................................................................... 30
Lista de Figuras
1.0 Introdução
Outro material que utilizamos neste trabalho foi o oxido de titânio (TiO 2), este
é encontrado na natureza em três estruturas cristalinas diferentes na qual consistem:
rutilo, anatase e brookite. Dentre muitas aplicações o TiO2 é um foto catalisador
quando encontrado na forma anatase. O TiO2 gera eletricidade sobre iluminação
quando na forma de nanopartículas [2].
As células solares são feitas pela junção de dois tipos de materiais um doador
de portadores negativos (D) e outro aceitador de portadores negativos (A), formando
uma estrutura tipo sanduíche. O processo fotovoltaico ocorre quando o elétron
absorve o fóton da luz e é transferido para um orbital superior, formando assim o
éxciton, este por sua vez difundi em direção a interface doador/aceitador, onde
ocorre a transferência dos portadores de cargas, sendo o elétron transferido para a
camada aceitadora e o buraco para a camada doadora. Logo após a separação dos
portadores de cargas, ou seja, a dissociação do éxciton, os portadores de cargas
negativas são colhidos no cátodo e os portadores de Cargas positivas no ânodo,
sendo que este acúmulo de cargas nas extremidades do dispositivo gera uma
diferença de potencial (ddp) [16].
Figura 5. Ilustração do processo fotovoltaico de uma célula solar 1. Absorção da luz 2. Difusão do
éxciton 3. Transferência de cargas 4. Separação das cargas.
(1)
(2)
A densidade de corrente total para uma célula solar real é agora composta
por três contribuições de corrente: A corrente foto induzida ou corrente de curto
circuito (Jsc), a corrente do diodo (JD) e a corrente de fuga (Jp) que atravessa Rp.
(3)
(4)
(5)
Figura 8. Gráfico da curva característica de uma célula solar real sob iluminação.
Polarização
Direta
Polarização
Reversa
a) b)
D1 → ON D1 → OFF
D2 → OFF D2 → ON
(7)
- - (8)
(9)
(10)
15
Propriedades de Transporte de Células Solares Orgânicas e OLED’s
(11)
(12)
Figura 10. Gráfico da variação da corrente de curto circuito com a resistência em série.
(14)
Figura 11. Gráfico da variação da voltage de circuito aberto com a resistência em paralelo.
(15)
(16)
(17)
(18)
(19)
a) b)
Figura 13. Ilustração de uma célula solar orgânica ITO/TiO2/MEH-PPV/Al (a) Diagrama de
energia da célula solar orgânica (b).
a) b)
Figura 14. Ilustração de uma célula solar orgânica ITO/MEH-PPV/ZnTPP/Al com uma
heterojunção volumétrica (a) Diagrama de energia da célula solar orgânica (b).
6.0Preparação do Dispositivo
4. Metalização
MilliQ figura 17, para auxiliar no processo de corrosão. O substrato foi depositado
numa solução ácida (HCl) onde o ITO da faixa foi dissolvido ficando apenas uma
faixa de vidro, onde foi colocado os contatos.
ITO Fita
Outra técnica utilizada para a obtenção de filmes finos foi o spin coating, que
consiste no gotejamento da solução sobre o substrato, o qual rotaciona com certa
velocidade angular, despejando o excesso e gerando filmes finos e uniformes figura
19.
O filme de TiO2 foi obtido utilizando a técnica “casting”, com o auxilio de uma
estufa para ajudar na evaporação do solvente a uma temperatura aproximada de 70
°C com duração aproximada de duas horas. Já o filme de MEH-PPV foi obtido pela
técnica “spin coating” a uma rotação de 1000 rpm.
6.4- Metalização
7.0Técnicas de caracterização
a) b)
Figura 21. Foto da fonte de tensão DC Keithley 230 a) e do circuito equivalente b).
8.0Resultados e Discussão
orgânica com corrente de curto circuito entorno de 0,25 μA/cm². Observamos que o
dispositivo ITO/ZnTPP/MEH-PPV/Al apresenta Vac maior que o dispositivo
ITO/TiO2/MEH-PPV/Al.
3,75 3,75
2,50
J (A/cm²)
J (A/cm²)
2,50
1,25
0,00 1,25
-1,25
0,00
-2,50
-1,25
-3,75
-5,00 -2,50
-3 -2 -1 0 1 2 3 -6 -4 -2 0 2 4 6
voltage (V) voltage (V)
a) b)
Figura 22. Gráfico da densidade de corrente versus tensão (I-V) dos dispositivos em regime escuro o
e claro o a) ITO/TiO2/MEH-PPV/Al b) ITO/ZnTPP/MEH-PPV/Al.
a) b)
Figura 23. Gráfico para a determinação do fator de preenchimento para as células solares a) MEH-
PPV/TiO2 b) MEH-PPV/ZnTPP.
8,75
0,500
Célula Solar MEH-PPV/TiO2 7,50
Ajuste Teórico Célula Solar MEH-PPV/TiO2 iluminado
6,25 Ajuste Teórico
0,375
5,00
Equação do ajuste teórico Equação do ajuste teórico
0,250 3,75
J = J0*(exp(a*V) - 1) - J1*(exp(-b*V) - 1) + J3 J = J0*(exp(a*V) - 1) - J1*(exp(-b*V) - 1) + J3 - J4
J (A/cm )
J (A/cm )
2,50
2
0,125 1,25
0,00
0,000
-1,25
-2,50
-0,125
-3,75
-0,250 -5,00
-3 -2 -1 0 1 2 3 -3 -2 -1 0 1 2 3
a) b)
Figura 24. Gráfico do ajuste de curva de corrente versus tensão (I-V) do dispositivo célula solare
MEH-PPV/TiO2 no escuro a) e iluminado b).
Pelos gráficos acima podemos perceber que o ajuste teórico (azul) utilizando
a equação do circuito equivalente para uma célula solar ambipolar, ou seja, que tem
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Propriedades de Transporte de Células Solares Orgânicas e OLED’s
2,1875 7,50
1,8750 6,25
Célula Solar MEH-PPV/ZnTPP Célua Solar MEH-PPV/ZnTPP iluminado
Ajuste Teórico Ajuste teórico
1,5625 5,00
0,9375 2,50
0,6250 1,25
0,3125 0,00
0,0000 -1,25
-0,3125 -2,50
-6 -4 -2 0 2 4 6 -3 -2 -1 0 1 2 3
voltage (V) voltage (V)
a) b)
Figura 25. Gráfico do ajuste de curva de corrente versus tensão (I-V) do dispositivo célula solar MEH-
PPV/ZnTPP no escuro a) e iluminado b).
Pelo gráfico acima podemos perceber que o ajuste teórico (azul) utilizando a
equação do circuito equivalente para uma célula solar se aproxima bastante do
resultado experimental (preto). O que se percebe é que podemos aproximar uma
heterojunção volumétrica (BHJ)(Bulk Heterojunction) para uma junção PN dos
semicondutores inorgânicos, ou seja, observamos o mesmo princípio de
funcionamento. Pelos valores da tabela 1, percebemos que o
dispositivoITO/ZnTPP/MEH-PPV/Al apresenta mobilidade do elétron bem maior com
relação a mobilidade do buraco, mostrando que neste dispositivo a condução é
governada pelos portadores de cargas negativos.Para o dispositivo célula
solarITO/ZnTPP/MEH-PPV/Al com operação na presença de uma fonte de luz com
potência de 50 W, utilizamos a equação 8 para o ajuste teórico, mostrando assim
que o modelo do circuito equivalente para uma célula solar descreve o
funcionamento destes dispositivos.
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Propriedades de Transporte de Células Solares Orgânicas e OLED’s
1E-8
1E-8
Log (J)
Log J
Figura 26. Gráfico da curva do ln I versus ln V em regime escuro dos dispositivos células solares
ITO/ZnTPP/MEH-PPV/Al a) ITO/TiO2/MEH-PPV/Al b).
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9.0Dispositivo OLED
a) b)
Figura 28. Fotos da câmara de nitrogênio (a) e da luminescência do OLED de MEH-PPV (b). Seta
vermelha entra de nitrogênio e seta azul saída de ar.
FTO/MEH-PPV/Al
5
Temperatura ambiente-( 300K)
3
I(mA)
-20 -10 0 10 20
Tensão(V)
Figura 29. Gráfico da curva característica de (I-V) do dispositivo OLED com camada ativa MEH-PPV.
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Propriedades de Transporte de Células Solares Orgânicas e OLED’s
10.0Conclusão
Sistemas de baixa corrente e alta tensão poderiam ser alimentados por estas
células solares. Um painel com área de 1 m² dessas células solares teria energia
capaz de ascender um LED de 3,5 mW, fazendo a comparação de ambos sistemas
observamos que a porfirina atinge maior FF, no entanto o sistema a base de TiO 2
apresenta maior mobilidade e menores valores das resistências R p e Rs.Com o
circuito equivalente para células solares com duplo sentido de condução pelo qual
propomos, podemos descrever do ponto de vista macroscópico o funcionamento dos
dispositivos.
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Propriedades de Transporte de Células Solares Orgânicas e OLED’s
11.0Referências Bibliográficas
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SANCHEZ, L.; HUMMELEN, J.C.; FROMHERZ, T. The influence of materials work function
on the open circuit voltage of plastic solar cells, Thin Solid Films 403-404 (2002) 368-372.
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of MEH-PPV investigated by surface photovoltage spectra, Display 25 (2004) 57-60.
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G.; WUDL, F. Semiconducting polymer-buckminsterfullerene heterojunctions: Diodes,
photodiodes, and photovoltaic cells, Applied Physics Letters 62 (6) (1993).
[7] SUN, Q.; DAI, L.; ZHOU, X.; LI, L.; LI, Q. Bilayer-and bulk-heterojunction solar cells using
liquid crystalline porphyrins as donors by solution processing, Applied Physics Letters 91,
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[11] J. Zahng, S. Kan, Y. Ma, J. Shen, W. Chan, C. Che, Energy transfer from singlet to
triplet excited states in organic light-emitting device, Synthetics Metals 121 (2001) 1723-
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Volume 64 (2001) 64.115323.
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155209/10 (2003).
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Propriedades de Transporte de Células Solares Orgânicas e OLED’s
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306, no. 5696, pp. 666 – 669, 2004.