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do Sistema de
Partículas
Ensino à Distância
Universidade Pedagógica
Este módulo não pode ser reproduzido para fins comerciais. Caso haja necessidade de reprodução
deverá ser mantida a referência à Universidade Pedagógica e aos seus Autores.
Universidade Pedagógica
Índice
Visão geral 5
Benvindo a Curso de Formação de Professores em Exercício – Módulo de Mecânica II
“Mecânica do Sistema de Partículas” ............................................................................... 5
Objectivos do curso .......................................................................................................... 6
Quem deveria estudar este módulo ................................................................................... 7
Como está estruturado este módulo .................................................................................. 7
Ícones de actividade.......................................................................................................... 8
Habilidades de estudo ....................................................................................................... 9
Precisa de apoio? .............................................................................................................. 9
Tarefas (avaliação e auto-avaliação)................................................................................. 9
Avaliação ........................................................................................................................ 10
Unidade 1 11
Momento Linear e Leis de Conservação de Energia Mecânica e do Momento Linear.. 11
Introdução.............................................................................................................. 11
Lição nº 1 13
Momento Linear e sua Conservação............................................................................... 13
Introdução.............................................................................................................. 13
Lição nº 2 22
Colisões........................................................................................................................... 22
Introdução.............................................................................................................. 22
Lição nº 3 32
Centro de Massa e Movimento do Sistema de Partículas............................................... 32
Introdução.............................................................................................................. 32
Sumário........................................................................................................................... 42
Exercícios........................................................................................................................ 44
Unidade 2 48
Mecânica de Corpo Rígido Cinemática do Corpo Rígido .............................................. 48
Introdução.............................................................................................................. 48
Lição nº 1 49
Corpo Rígido e seu Movimento...................................................................................... 49
Introdução.............................................................................................................. 49
ii Índice
Sumário........................................................................................................................... 54
Lição nº 2 55
Velocidade Angular ........................................................................................................ 55
Introdução.............................................................................................................. 55
Sumário........................................................................................................................... 60
Lição nº 3 61
Aceleração Angular ........................................................................................................ 61
Introdução.............................................................................................................. 61
Lição nº 4 70
Energia Cinética de Rotação e Momento de Inércia....................................................... 70
Introdução.............................................................................................................. 70
Sumário........................................................................................................................... 75
Exercícios........................................................................................................................ 76
Unidade 3 78
Dinâmica do Corpo Rígido ............................................................................................. 78
Introdução.............................................................................................................. 78
Lição nº 1 81
Momento de uma Força ou Torque................................................................................. 81
Introdução.............................................................................................................. 81
Lição nº 2 88
Trabalho, Potência e Energia do Movimento Rotacional ............................................... 88
Introdução.............................................................................................................. 88
Lição nº 3 92
Movimento Angular e sua Conservação......................................................................... 92
Introdução.............................................................................................................. 92
Sumário......................................................................................................................... 102
Exercícios...................................................................................................................... 104
Unidade 4 108
Gravitação Universal .................................................................................................... 108
Introdução............................................................................................................ 108
Lição nº 1 110
Lei de Gravitação Universal ......................................................................................... 110
Introdução............................................................................................................ 110
Ensino à Distância iii
Lição nº 2 114
Lei de Kepler ................................................................................................................ 114
Introdução............................................................................................................ 114
Lição nº 3 117
Campo Gravitacional .................................................................................................... 117
Introdução............................................................................................................ 117
Lição nº 4 123
Energia Potencial Gravitacional ................................................................................... 123
Introdução............................................................................................................ 123
Sumário......................................................................................................................... 126
Exercícios...................................................................................................................... 128
Unidade 5 131
Mecânica dos Fluídos ................................................................................................... 131
Introdução............................................................................................................ 131
Lição nº 1 133
Estados Físicos da Matéria e os Factores que os Determinam ..................................... 133
Introdução............................................................................................................ 133
Lição nº 2 136
Conceitos Básicos da Hidrostática: Densidde da Substância e Pressão ....................... 136
Introdução............................................................................................................ 136
Lição nº 3 142
Variação da Pressão com a Profundidade..................................................................... 142
Introdução............................................................................................................ 142
Lição nº 4 148
Princípios de Pascal ...................................................................................................... 148
Introdução............................................................................................................ 148
Lição nº 5 152
Medição da Pressão ...................................................................................................... 152
Introdução............................................................................................................ 152
iv Índice
Lição nº 6 156
Força de Impulsão e o Princípio de Arquimedes.......................................................... 156
Introdução............................................................................................................ 156
Lição nº 1 164
Conceitos Básicos da Hidrodinâmica ........................................................................... 164
Introdução............................................................................................................ 164
Lição nº 2 167
Vazão e Fluxo ............................................................................................................... 167
Introdução............................................................................................................ 167
Lição nº 3 171
Linhas de Corrente e Equação da Continuidade ........................................................... 171
Introdução............................................................................................................ 171
Lição nº 4 175
Equação de Bernoulli.................................................................................................... 175
Introdução............................................................................................................ 175
Sumário......................................................................................................................... 183
Exercícios...................................................................................................................... 185
Ensino à Distância 5
Visão geral
Interacções gravitacionais
Objectivos do curso
A Mecânica do Sistema de Partículas tem como objectivo principal,
discutir os princípios fundamentais da Mecânica, explorando uma forte
componente práctica, de modo a que você possa perceber que muitos
problemas do quotodiano e de diferentes áreas podem ser resolvidos
recorrendo-se aos conhecimentos da Mecânica de sistemas materiais.
Páginas introdutórias
Um índice completo.
Conteúdo do Módulo
Outros Recursos
Comentários e Sugestões
Ícones de actividade
Ao longo deste manual irá encontrar uma série de ícones nas margens das
folhas. Estes icones servem para identificar diferentes partes do processo
de aprendizagem. Podem indicar uma parcela específica de texto, uma
nova actividade ou tarefa, uma mudança de actividade, etc.
Habilidades de estudo
O estudante terá que buscar através de uma leitura cuidadosa das fontes
de consulta a maior parte da informação ligada ao assunto abordado;
Precisa de apoio?
Dúvidas e problemas são comuns ao longo de qualquer estudo. Em caso
de dúvida numa matéria tente consultar os manuais sugeridos no fim da
lição e disponíveis nos centros de ensino a distância (EAD) mais
próximos. Se tiver dúvidas na resolução de algum exercício, procure
estudar os exemplos semelhantes apresentados no manual. Se a dúvida
persistir, consulte a orientação que aperece no fim dos exercícios. Se a
dúvida persistir, veja a resolução do exercício.
Sempre que julgar pertinente, pode consultar o tutor que está à sua
disposição no centro de EAD mais próximo.
Avaliação
A avaliação será contínua e utilizará uma diversidade de instrumentos tais
como: Resolução de tarefas em fichas de trabalho, prestação de provas
escritas (mini –testes , teste escrito) , realização da actividade
laboratorial, etc. Com o trabalho laboratorial pretende-se desenvolver e
reforçar as competências já enunciadas acima, assim, a sua avaliação
deve traduzir o grau de desenvolvimento dessas competências.
Unidade 1
Introdução
Seja bem-vindo ao estudo desta unidade. Até aqui você estudou o
movimento dum ponto ou partícula material e os diferentes métodos para
descrever o seu movimento. Nesta unidade, você expandirá o seu estudo
em relação à Mecânica para Sistemas Físicos constituidos por muitas
partículas (duas ou mais). Tais partículas podem mover-se ou não,
independentemente umas das outras.
Colisões
Colisões Unidimensionais
Colisões Bi-dimensionais
Terminologia
Lição nº 1
Introdução
Seja bem-vindo ao estudo desta lição. Nela você lidará com uma das
grandezas dinâmicas, o Momento Linear.
Certamente que você nota que a velocidade dos objectos varia. Em alguns
casos de forma mais acentuada que em outros. Como explicar tais
fenómenos?
14 Lição nº 1
⎧ p x = m.v x
r r ⎪
Assim, p = m.v ⇔ ⎨ p y = m.v y (1.1)1
⎪
⎩ p z = m.v z
n r dpr d (m.vr )
∑
i =1
Fi =
dt
=
dt
(1.2)
1
Do lado direito de cada fórmula existe um número. O que aparece antes do
ponto indica a unidade e o que aparece depois indica o número da fórmula dentro
da unidade.
Ensino à Distância 15
n r r
Se a partícula for isolada, ∑F
i =1
i = 0 ⇒ p = cons tan te ou seja o
r r r r
dp dp
F12 = 2 e F21 = 1
dt dt
r r
Pela 3ª lei de Newton, F12 e F21 constituem um par acção-reacção e,
r r
portanto, F12 = − F21 . Daí que se possa escrever:
r
⎧r dp 2
⎪⎪ F12 = dt r r
dp1 dp 2
r r
d ( p1 + p 2 )
⎨ r r ⇒ + = 0 ⇒ =0
⎪− F = dp1 dt dt dt
⎩⎪
12
dt
r n
r
Consideremos Ptotal = ∑p
i =1
i . Para o caso em discussão,
r r r r
Ptotal = ∑ p = p1 + p 2 (1.4)
r r
d ( p1 + p 2 ) r r r
Como = 0 ⇒ Ptotal = p1 + p 2 = cons tan te
dt
⎧n n
⎪∑ ix ∑ p fx
p =
⎪ i =1 i =1
r r r r ⎪n n
Portanto, p1i + p 2i = p1 f + p 2 f ⇔ ⎨∑ piy = ∑ p fy (1.5)
⎪ i =1 i =1
⎪n n
⎪∑ piz = ∑ p fz
⎩ i =1 i =1
r r r r
m1 .v1i + m2 .v 2i = m1 .v1 f + m2 .v 2 f (1.6)
Comentário:
r
Como as duas partículas estão inicialmente em repouso, Ptotal = 0 temos
r
r r r r r r m2 .v 2 f
0 = p1 f + p 2 f ⇒ p1 f = − p 2 f ⇔ m1 .v1 f = − m2 .v 2 f ⇒ v1 f = −
m1
ou seja, como o momento linear do sistema antes da interacção é nulo,
tratando-se de sistema isolado, imediatamente após a interacção terá que
permanecer nulo. Para que isso ocorra, os vectores momentos lineares
18 Lição nº 1
Resolução:
r
Como o navio está inicialmente em repouso, temos P = 0
r r r r r r r
0 = p1 + p 2 + p3 ⇒ p3 = −( p1 + p 2 ) = − p r , ou seja o momento linear
do terceiro pedaço tem o módulo igual ao da soma dos momentos lineares
dos dois primeiros, mas com sentido oposto. Por isso podemos fazer o
seguinte esquema.
Fig.1.2
r r
Pois p1 ⊥ p 2 . Como m1 = m 2 = m e v1 = v 2 = v , teremos:
r r
p3 = p r = (m.v )2 + (m.v )2 = 2.m 2 .v 2 = m.v. 2
Ensino à Distância 19
v. 2 30. 2 m
⇔ m3 .v3 = m.v. 2 ⇔ 3.m.v3 = m.v. 2 ⇒ v3 = =
3 3 s
v3 = 10. 2m / s = 14m / s
p1
Assim, θ = 180 − ϕ . Mas tgϕ = = 1 ⇒ ϕ = arctg (1) = 45°
p2
Comentários:
r
1. O Momento Linear inicial do sistema P , é nulo. Como não há outras
forças externas a actuarem (além da força de gravidade que é
perpendicular a hipotética direcção do movimento), o sistema pode
ser considerado isolado e, por consequência, o momento linear do
sistema permanece constante:
v r r r r r r r
Pi = Pf , mas Pi = 0 ⇒ Pf = mr .v r + mc .vc = 0 ⇒ mr .v r = −mc .vc
r
Inicialmente o Momento Linear do núcleo é nulo, Pi = 0 . Pela lei de
conservação do Momento Linear, imediatamente após a desintegração
terá que ser igual a zero, por isso:
r r r r r r r r
Pf = p e + p n + p NR = 0 ⇒ p NR = −( p e + p n ) = − p r
r
Ou seja o Momento Linear do núcleo residual p NR , terá módulo igual ao
da soma dos momentos lineares do electrão e do neutrino, mesma
r r r
direcção mas sentido oposto a este: p r = p e + p n
r r r 2 r 2 m
p NR = p r = pe + pn = 1,4.10 − 22 kg.
s
p n 6,4.10 −23
Direcção: tgβ = = = 0,53 ⇒ β = arctg (0,53) = 28°
p e 1,2.10 − 22
Ensino à Distância 21
r
Portanto, o Momento linear do núcleo residual p NR toma uma direcção
que forma um ângulo de 152o em relação a direcção do electrão e,
portanto 118o em relação a direcção do neutrino e tem um módulo igual a
m
1,4.10 − 22 kg. .
s
22 Lição nº 2
Lição nº 2
Colisões
Introdução
Seja bem-vindo ao estudo desta lição. Nela você vai aplicar as leis da
Conservação da Energia Mecânica e do Momento Linear para descrever e
interpretar fenómenos envolvidos no choque entre dois corpos.
Você vai precisar de quatro horas lectivas para completar esta lição
Colisões:
r r r
dp1 r r
Tendo F21 = ⇒ dp1 = F21 .dt . Sendo v a velocidade de m1 no
dt
r
instante t1 , e u no instante t 2 teremos:
2 t2 t
r r r r 2 r
∫ 1 ∫ 21
1
dp = F
t1
.dt ⇒ Δp 1 = m.u − m v = ∫ F21 .dt
t1
r
A grandeza F21 .dt , chama-se impulso elementar da força e é
r r r
representada por dI ou seja dI = F21 .dt .
r r r r r
Então temos: m.u − m.v = I ⇒ I = Δp1 (1.7)
Durante a Colisão:
[I ] = [ p ] = 1kg. m ⇔ 1 N .s no S.I.
s
r r r
m1 .v1 + m2 .v 2 = (m1 + m2 ).u (1.8)
r r r r
⎧m1 .v1 + m2 .v 2 = m1 .u1 + m2 .u 2
⎪
⎨1 r2 1 r2 1 r2 1 r 2 (1.14)
⎪⎩ 2 m1 .v1 + 2 m2 .v 2 = 2 m1 .u1 + 2 .m2 .u 2
r r r
⎧m1 .v1 + m2 .v 2 = (m1 + m2 ).u
⎪
⎨1 r2 1 r2 1 r2 (1.15)
⎪⎩ 2 .m1 .v1 + 2 .m2 .v 2 = 2 .(m1 + m2 ).u + ΔQ
Resolução:
t r r r
r r r
Δp = ∫ F .dt ⇒ m.v − m.vo = F .Δt pois F = cons tan te ; como vo = 0
0
2. Um carro de massa 1800 kg, parado num semáforo, foi batido de trás
por um outro de massa 900 kg, e os dois ficaram juntos. Se o carro
pequeno, se movia à velocidade de 20,0 m/s, antes da colisão,
Resolução:
r r r
a) m1 .v1 + m 2 .v 2 = (m1 + m2 ).u , se m1= 1800 kg, então v1 = 0 m/s
m2 .v 2 x 900.20,0 ⎡ kg m m ⎤
m2 .v 2 x = (m1 + m2 ).u x ⇒ u x = = = ⎥
m1 + m2 1800 + 900 ⎢⎣ kg s s⎦
1,80.10 4 m m
ux = = 6,67
2700 s s
1 1 1
.m1 .v1 + m2 .v 2 = .(m1 + m2 ).u 2 + ΔQ
2 2
2 2 2
1 1 1 1
b. ΔQ = .m2 .v 2 − .(m1 + m2 ).u 2 = .900.400.J − .2700.44,5.J
2
2 2 2 2
ΔQ = 180000.J − 60075.J = 119925 J = 1,20.10 J
5
ΔQ 119925 J
= = 0,663 ⇔ 66,3% Isto significa que 66,3% da
E c2 180000 J
energia cinética que o sistema possuia imediatamente antes da colisão
converte-se em calor.
Resolução:
1 2 1 2 1 2 1 2 1
m1 .v1 + m2 .v 2 = m1 .u1 + .m2 .u 2 + .k .x 2
2 2 2 2 2
Comentário:
Comentário:
r r r
m1 .v1 + m2 .v 2 = (m1 + m2 ).u ⇒ m1 .v1x + m2 .v 2 x = (m1 + m2 ).u x
m1 .v1x + m2 .0 = (m1 + m2 ).u x ⇒ m1 .v1x = (m1 + m2 ).u x
1 1 2
.(m1 + m2 ).u x = (m1 + m2 ).g .h ⇒ .u x = g .h
2
2 2
u x = 2.g .h ⇒ v1x =
(m1 + m2 ) (m + m2 ) . 2.g.h
.u x = 1
m1 m1
m
v1x = 199
s
Naturalmente que não vai ser a mesma. Ela vai diminuir, pois uma parte é
usada para realizar trabalho na perfuração do bloco.
Então, E ci = E c f + ΔQ ⇒ ΔQ = E ci − E c f
Comentário:
Lição nº 3
Introdução
Seja bem-vindo ao estudo desta lição. A maioria dos movimentos
realizados por sistemas mecânicos são combinações de dois tipos:
Translação e Rotação, o que torna muito mais complicado o seu
estudo. Há, contudo, um ponto do sistema que realiza um
movimento que corresponde ao de translação, que todas as
partículas do sistema teriam se o corpo só se deslocasse com este
tipo de movimento. Este ponto especial chama-se Centro de
Massa. Nesta lição você vai aprender a descrever o Movimento
dum Sistema Mecânico através do seu Centro de Massa. Tal
sistema mecânico pode ser tanto um sistema de partículas como
uma colecção de átomos num recipiente ou um corpo extenso,
como um atleta que faz um salto mortal ou um corpo rígido.
de Massa do sistema
Centro de Massa
⎧ n
⎪ ∑ mi . x i
⎪ xCM = i =1
⎪ M
n
r ⎪ n
r
r r r
m1 .r1 + m2 .r2 + ...mn .rn ∑ mi .ri ⎪
⎪
∑ mi . y i
rCM = = i =1
⇔ ⎨ y CM = i =1
m1 + m2 + ...mn M ⎪ M
⎪ n
⎪ ∑ mi . z i
⎪ z CM = i =1
⎪ M
⎪
⎩
(1.16)
n
Para a massa total pode-se escrever M = ∑m
i =1
i (1.17)
r 1 r
M∫
rCM = r .dm
(1.18)
r
A velocidade do Centro de Massa vCM , relaciona-se com as velocidades
de todas particulas constituintes. Derivando a relação correspondente ao
vector-posição do Centro de Massa com respeito ao tempo, obtém-se o
vector Velocidade do Centro de Massa, ou seja
n n
r r
r ∑ mi .vi r ∑p i
vCM = i =1
⇔ vCM = i =1
(1.20)
M M
r r
M . vCM = P
(1.21)
n
r
r
∑ m .a i i
aCM = i =1
(1.22)
M
r r
m.aCM = Fext (1.23)
r n r n n
Fext = ∑ Fi ext + ∑∑ Fijint (1.24)
i =1 i =1 i =1
n n r int
∑∑ F ij =0 (i ≠ j )
i =1 i =1
r
r n r
r r dPTotal
Fext = ∑ Fi = M .aCM ⇔ Fext =
ext
(1.25)
i =1 dt
r r
r dPTotal r n r
dPTotal r n
r
Fext = se Fext = ∑ Fi = 0 ⇒
ext
= 0 ⇒ PTotal = ∑ pi = const
dt i =1 dt i =1
r r
⇔ PTotal = M .vCM = cons tan te (1.26)
Resolução:
3
y CM = m
4
r ⎛7 r 3 r⎞
rCM = ⎜⎜ .i + .j ⎟m
⎝ 12 4 ⎟⎠
Resolução:
L L L
1 1 M M
⇒ xCM =
M ∫ x.λ.dx = M ∫ x. L
.dx =
M .L ∫0
.x.dx
dm = λ .dx 0 0
2 2
1 x L L L
xCM = /0 = =
L 2 2.L 2
Resolução:
r
Substituindo valores na expressão vCM , temos:
( ) ( )
r r r r r r r
r 1,0.10−3. 2,0.i + 2,0.k +1,0.10−3.(4,0.i + 3,0. j ) + 2.10−3. 2,0.i + 4,0. j + 2,0.k
vCM =
4.10−3
r r r
r 10.i + 11. j + 6,0.k r r r
vCM = = 2,5.i + 2,8. j + 1,5.k (m / s )
4
r
Como no nosso caso a vCM varia com o tempo, o sistema não é isolado.
r r r
r
Com efeito vCM =
(6,0 + 2,0.t ).i + (3,0 + 4,0.t ). j + 6,0.k
4
Comentário:
Comentário:
Comentário:
0 , 30
dm
λ=
dx
⇒ dm = λ .dx ⇒ M = ∫ dm = ∫ (50,0 + 20,0.x ).dx
0
M = 15,9 g
0 , 30 0 , 30 0 , 30
1 1 1
xCM =
M ∫ x.dm =
0
M ∫ x.λ.dx =
0
M ∫ x.(50,0 + 20,0.x ).dx =
0
0 , 30
M 0
Sumário
r
O Momento Linear p duma partícula de massa m movendo-se à
r r r
velocidade v é dado por p = m.v .
r r r r
p1i + p 2i = p1 f + p 2 f
r
O impulso gerado pela força F , que actua sobre uma partícula, é igual à
variação do Momento Linear da partícula durante o intervalo de tempo
considerado.
r t r r
I = ∫ F .dt = Δp , este resultado é conhecido como o Teorema de
to
n
r
r
∑ m .r i i
rCM = i =1
M
n
r
Onde M = ∑m
i =1
i é a massa total do sistema e ri é o vector-posição da i-
ésima partícula.
i =1 dt
Exercícios
Você vai precisar de 3 horas lectivas para realizar os exercícios
Auto-avaliação - 1 Comentário:
1
⎛ M + m ⎞2
(R: vo = ⎜ 2.E. ⎟ )
⎝ M .m ⎠
10. Uma força Fx actuando numa partícula de m = 2,0 kg, varia com o
tempo de acordo com o gráfico abaixo. Determine:
a. O impulso da força.
b. A velocidade final da
partícula se ela parte do
repouso.
c. A vfx da partícula se
vox = -2 m/s.
Respostas: a.(R: 8 Ns),
b. (R: 4 m/s); c. (R: 2 m/s)
Ensino à Distância 47
Leitura Complementar:
Unidade 2
Introdução
Seja bem-vindo ao estudo desta unidade. Nela você vai estudar o
movimento de objectos extensos. Quando objectos extensos, como
uma roda, giram em torno do seu eixo, o movimento não pode ser
analisado tratando o objecto como um ponto material porque em
qualquer instante de tempo, pontos situados a distâncias diferentes
em relação ao eixo de rotação possuem velocidades e acelerações
lineares diferentes. Por essa razão é conveniente considerar um
corpo extenso como conjunto de um grande número de partículas,
cada um dos quais com suas próprias grandezas cinemáticas.
Terminologia Você vai precisar de 13 horas lectivas para completar esta unidade.
Ensino à Distância 49
Lição nº 1
Introdução
Seja benvindo ao estudo desta lição.Você estudou até agora a
Cinemática referente a um ponto ou partícula material. Este conceito foi
usado na Mecânica da Particula para simplificar a descrição do
movimento de objectos materiais. Trata-se de um ponto que concentra em
si toda massa do objecto sem levar em conta as suas dimensões
geométricas uma vez que estas não são relevantes para a resolução do
problema em estudo. Nesta lição você vai debruçar-se sobre o movimento
em que, devido à sua natureza, as dimensões do objecto nunca podem ser
ignoradas.
Será que existe tal objecto? Você pode dar um exemplo dele?
Tão difícil encontrar um exemplo não é? Você tem razão, porque todos os
objectos reais são deformáveis, até certo ponto, quando sobre eles
actuarem forças suficientementes intensas.
O Corpo rRgido tal como ponto material, é uma livre criação humana por
isso é considerado Modelo Físico.
Claro que você sabe que a Terra executa dois tipos de movimento
principais: Na sua jornada pelo espaço a Terra realiza vários movimentos,
mas os principais são os movimentos de Translação e Rotação. Durante o
seu movimento de Rotação é vista como Corpo Rígido o que já não
acontece para o caso em que o movimento é translacional, onde ela é
tratada como um ponto material. Porquê?
Conclusão :
Permanencem em movimento de
Translação relativamente à
Terra, o elevador, durante o seu
Exemplo
movimento de subida e descida,
a agulha de uma bússola, que
conserva a sua posição, etc.
Para o caso da Rotação do Corpo Rígido este verifica-se quando ele gira
sobre um eixo fixo imaginário ou real que passa pelo seu interior.
A Terra gira em torno do seu próprio eixo. Rodas, hélices, eixos de carro,
motores, discos em um gira-discos giram sobre um eixo.
Lembre-se:
Actividade - 4
Sumário
Um corpo rigido mantém invariável a distância entre as suas partes
constituintes. Trata-se de um caso ideal uma vez que a solidez de
qualquer corpo real depende da intensidade da forca aplicada.
Lição nº 2
Velocidade Angular
Introdução
Seja bem-vindo ao estudo desta lição. O estudo de rotações de um corpo
rigido será simplificado através das analogias entre as grandezas
cinemáticas do movimento linear e rotacional. Você vai começar a sua
abordagem com a discussão sobre a designada velocidade angular.
Velocidade Angular
s = r. Θ (2.1)
ds = r. dθ (2.2)
ds dθ
= r. (2.3)
dt dt
ds
Ora, você se lembra da cinemática que a relação v = representa a
dt
dθ
chamada Velocidade Linear. A relação da equação (2.3) define a
dt
Velocidade Angular. Ela é designada pela letra ω.
Ensino à Distância 57
v=
2π .r
ou v=
(2π ) .r (2.4)
T T
v = r.ω (2.5)
r
Introduza ao longo do eixo de rotação um vector unitario e z cujo sentido
é obtido através da regra do parafuso. Desta regra e de acordo com a
álgebra linear você sabe que resulta a definição do produto vectorial
58 Lição nº 2
r r r r r
entre os vectores e z e r , isto é, v = ω.e z × r
(2.6)
r r r
o equivalente a v = ω × r (2.7)
r
Portanto, você vê na equação (2.7) que o sentido do vector v é
determinado pelo produto vectorial . Reciprocamente, conhecendo o
r r
sentido de v você pode determinar o sentido de ω pela regra do produto
vectorial.
Na rotação no sentido anti-horário ω é positivo e no sentido horario
negativo.
Conclusão :
r
O vector ω é perpendicular ao plano do movimento e coincide
com o sentido do avanço de sacarolhas, com rosca direita que gira
no sentido da particula.
Lembre-se:
Comentário:
Comentário:
Determine:
6. Uma correia liga uma roda de raio r = 0,4 m com outra de 2,0 m.
Sabendo que a frequência da primeira roda é igual a 20 Hz, calcule:
Sumário
A Velocidade Angular é um vector cujo módulo é dado pela equação
dθ
ω= . Ela relaciona-se com a Velocidade Linear através da
dt
equação v = r.ω . Esta última relação mostra que o módulo da velocidade
em cada ponto de um corpo rígido é igual ao módulo da velocidade
angular no mesmo ponto, vezes o raio da circunferência. Esta equação
possui validade para qualquer movimento circular. No caso de
movimento uniforme , v e ω sao constantes. Quando ω for variável, a
relação v = r.ω continua válida, ou seja, v e ω são variáveis.
Ensino à Distância 61
Lição nº 3
Aceleração Angular
Introdução
Seja bem-vindo ao estudo desta lição. No geral, a Velocidade Angular
Instantânea varia com o correr do tempo. Para caracterizar tal variação,
vamos introduzir a grandeza física Aceleração Angular. Para a dedução
da equação matemática e discussão do sentido fisico da aceleração
angular você deve continuar a apoiar-se na analogia que conhece das
grandezas cinemáticas do Movimento Linear. Você definiu a aceleração
da partícula como sendo a variação da velocidade em cada unidade de
tempo. Vai poder adequar essa definição para o caso da aceleração
angular.
Aceleração Angular
r
r dω
α=
dt
(2.8)
r
Portanto da equação (2-7) você vê que o vector aceleração α é paralelo
r
ao vector dω . Agora deriva a equação (2-6) com respeito ao tempo.
Assim terá:
r r r
dv v dr dω r
=ω× + ×r (2.9)
dt dt dt
r r r
r dr r dv r dω
Faça a substituição de v = , a= e α = em (2.9). Terá
dt dt dt
como resultado:
r r r r r r
a = ω × (ω × r ) + α × r (2.10)
r r r r
a c = ω × (ω × r ) (2.11)
r
O segundo termo fornece a Aceleração Tangencial at , ou seja:
r r r
at = α × r (2.12)
Como
r r r r r2 r2
a = at + a c ⇒ a = at + ac = (α .r )2 + (ω 2 .r )2 = r. α 2 + ω 4
Análise :
Ensino à Distância 63
v2
a c = ω.v = ω 2 .r = (2.13)
r
Resolução:
1 rad
Δϕ = 0.3 + .4. 2 .(3s ) ⇒ Δϕ = 2.9 rad = 18 rad
2
2 s
Resolução:
ωz 2 20 2 ⎡ rad 2 rad ⎤
2.α z .Δϕ = ω z ⇒ α z =
2
= ⎢ 2 = 2 ⎥
2.Δϕ 2.2π .10 ⎣ s .rad s ⎦
400 rad 10 rad rad
αz = = ⇒ α z = 3,2 2
40.π s 2
π s 2
s
a. t = 0s.
b. t = 3,00 s.
Resolução:
Sabe-se que ω = =
(
dθ d 5,00 + 10,0.t + 2,00.t 2 )
= 10,0 + 4,00.t
dt dt
rad rad
ω 0 = 10,0 + 4,00.0 2 .s = 10,0 + 0 (rad / s ) = 10,0 rad / s
s s
Ensino à Distância 65
Para t = 3 s, teremos:
⎡ rad ⎤ rad
ω = 10,0 + 4,00.3 ⎢ ⎥ = 10,0 + 12,0 = 22,0
⎣ s ⎦ s
Resolução:
2.π 2.π .5 ⎡ cm ⎤ cm m
a. v1 = v 2 = v c = .r1 = ⎢ ⎥ ⇒ vc = 20.π = 0,2.π
T1 0,5 ⎣ s ⎦ s s
c. A Velocidade Angular.
d. A Velocidade Linear.
e. A Aceleração Tangencial.
f. A Aceleração Normal.
g. A Aceleração Total.
Resolução:
⎡ cm ⎤ cm m
b. v = ω z .r = 3,14.10 ⎢ ⎥ = 31,4 = 0,341
⎣ s ⎦ s s
⎡1 m⎤ m
c. at = α z .r = 3,14.0,1⎢ 2
.m = 2 ⎥ = 0,314 2
⎣s s ⎦ s
v2 m m
= ω z .r = (3,14 ) .0,1 = 0,986
2 2
d. a c =
r s s
m
2
e. aTotal = at + an =
2
(0,341)2 + (0,986)2 = 0,099 + 0,972 = 1,03
s2
Ensino à Distância 67
f.
at 0,314
tgϕ = = = 0,318 ⇒ ϕ = arct (0,318) = 17,7°
a c 0,986
Fig.7.6
Ensino à Distância 69
Lição nº 4
Introdução
Seja bem-vindo ao estudo desta lição. Aqui você vai descobrir o
significado físico de uma nova grandeza que não lhe-é familiar mas que
desempenha uma função semelhante à da Massa no Movimento
Translacional. Ela chama-se Momento de Inércia e tal como a massa de
um corpo é uma grandeza escalar.
1 2
A sua Energia Cinética será dada por: E ci = .mi .vi
2
Será que todos os pontos dum corpo rígido em rotação têm mesma
Velocidade Linear?
Das relações entre Velocidade Linear e Angular você conclui que, apesar
de todos os pontos dum corpo rígido possuirem iguais Velocidades
Angulares, suas Velocidades Lineares dependem da distância a que estes
se encontram em relação ao eixo de rotação de acordo com a equação:
vi = ω.ri . (2.14)
A Energia Cinética total dum Corpo Rígido em rotação será a soma das
energias cinéticas das partículas que o constituem.
n
1 1 n 1⎛ n 2⎞
E cR = ∑ .mi .vi = .∑ mi .ri .ω 2 = ⎜ ∑ mi .ri ⎟.ω 2
2 2
(2.15)
i =1 2 2 i =1 2 ⎝ i =1 ⎠
∑ m .r , [I ] = 1 kg.m 2 no S.I.
2
designa-se por I: I = i i (2.16)
i =1
2
Onde I i = mi .ri é o Momento de Inércia da i-ésima partícula.
I = ∫ r 2 .dm (2.17)
Como tal, a Enrgia Cinética dum corpo em rotação será dada por:
1
E cR = .I .ω 2 (2.18)
2
Resolução:
r
Para este caso r é o raio médio do anel para todos elementos de massa
∫
dm. Assim o Momento de Inércia será : I = r 2 dm donde que I= m.r2
dm 2πρdρ 2
= = 2 ρ .dρ
M πR 2
R
2M ρ 4 2MR 4 1
R
2M
I = ∫ ρ 2 .dm = 2 ∫
ρ 3
dρ = 2
. = 2
= MR 2 .
R 0 R 4 4R 2
c.
d. 2 2 2
( )
I B = m A .r A + m B .rB = 5,0.(1,0 ) kg.m 2 + 5,0. 0 2 = 5,0 kg.m 2
Sumário
A Energia Cinética de um corpo (sistema) pode ser expressa pela soma da
Energia Cinética do movimento do Centro de Massa com a energia
relativa ao centro de massa. No caso de um corpo rolante, a Energia
1
Cinética relativa é .I CM .ω 2 . Portanto, a Energia cinética de um
2
corpo rolante é:
1 1
EC = I CM .ω 2 + M .v 2 CM (2.20)
2 2
Exercícios
A seguir se apresenta uma actividade para cuja ralizacão você deve precisar de 10 minutos.
Leia sobre os conteúdos Energia cinética de Rotação e Momento de Inércia . Faça seguidamente
um pequeno resumo sobre o tema.
1
a) De uma barra delgada é igual a I = M .l 2
3
1
Comentário: Lembre-se de que para uma barra delgada o I CM = M .l 2
12
3
b) De um cilindro em torno de uma geratriz é igual a I = M .R 2
2
M .R 2
Comentário: 1º saiba o que é giratriz dum cilindro e lembre de que o I = em relação ao
2
eixo do cilindro.
Comentário: Considere um objecto que gira no plano xy, em torno do eixo oz e que as
coordenadas do centro de massa são xCM e y CM . e assuma que um elemento de massa dm tem
Leitura Complementar:
ALONSO, M., FINN, E.J. Física. Addison Wesley. Espanha. 1999
ÍNDIAS, M. A.C. Curso de Física. MacGraw Hill. Portugal KELLER, F.J;
Leitura GETTYS, W. E.; SKOVE, M.J. Física Volume-1. Brasil. 1999.
RESNICK, R. ; HALLIDAY, D. Física-1. R.J. Brasil. 1983.
TRIPLER, P. Mecânica, Oscilações e Ondas, termodinâmica. Livros Técnicos
e Científicos (4ª edição). Volume-1. 1999.
78 Unidade 3
Unidade 3
Introdução
Seja bem-vindo ao estudo desta unidade. Quando você discutiu a
dinâmica de um ponto material, relacionou o Movimento do Ponto
Material com as causas físicas desse movimento. Analogamente, nesta
unidade, espera-se que você concentre o seu esforço na relação entre o
Movimento de Rotação dum corpo e suas causas ou melhor vai
estabelecer a relação entre a aceleração angular e a sua causa.
Terminologia
Lição nº 1
Introdução
Seja bem-vindo ao estudo desta lição. Para você melhor entender o que
é o Momento de uma Força ou Torque de uma Força considere o exemplo
de uma porta que se pretende fechar ou abrir. A prática mostra-nos que é
impossivel rodarmos uma porta quando aplicamos uma força que é
r
paralela ao vector posição r de um ponto relativamente ao eixo de
rotação.
r r r
τ = r×F (3.1)
r r
Note que θ é o angulo formado pelos vectores r e F
Fig.3.2
Ensino à Distância 83
(3.2)
r r
τ = I .α (3.3)
Mais uma vez vamos considerar o Corpo Rígido como um agregado dum
número infinito de massas elementares dm.
r
Y dFt Fig.3.3
dm
0 x
84 Lição nº 1
r r
Sabe-se, da 2ª Lei de Newton que dFt = dm.at . O Torque sobre a massa
dm, associado à força elementar será:
r r r
dτ = r × dFt ⇒ dτ = r.dFt = (r.dm).at = (r.dm ).r.α ⇔ dτ = (r 2 .dm).α
No entanto, é preciso saber que apesar de cada massa elementar possuir
uma aceleração diferente, dependendo da sua localização em relação ao
eixo de rotação, todos os pontos do corpo rígido em rotação têm a mesma
aceleração angular e, portanto a expressão obtida acima pode ser
integrada por todas as massas elementares para obter o Torque resultante
agindo sobre o corpo rígido.
∑τ = ∫ (r 2
)
.dm .α = α .∫ r 2 .dm = α .I (3.4)
r r
τ ext = I .α (3.5)
Resolução:
r
I, M e R N
r
T
r r
T Fg1
m m
r
Fig.3.4 Fg
r r r R.T
Massa M: ∑τ = I .α = R × T ⇒ I .α = R.T ⇒ α =
I
(1)
Ensino à Distância 85
r r
Massa m: ∑ F = m.a ⇒ ∑ F y = m.a y ⇔ Fg − T = m.a
m.g − T T
m.g − T = m.a ⇒ a = =g− (2)
m m
Como o disco e o bloco estão ligados por uma corda que não desliza, a
Aceleração Linear do bloco é igual à Aceleração Tangencial dos pontos
periféricos do disco e, portanto estabelece-se a seguinte relação:
R 2 .T m.g − T
a = R.α ⇔ = ⇒ m.R 2 .T = m.g .I − T .I
I m
( )
m.R 2T + T .I = m.g .I ⇒ T . m.R 2 + I = m.g .I ⇒ T =
m.g .I
m.R 2 + I
m.g
T=
m.R 2
+1
I
Resolução:
r
F Fig.3.5
r r
τ ⊗ ⊗τ
r
F
r r
τ ⊥r, então
r
τ = r.F .sen90° = r.F ⇒ ∑τ = 2.τ = 2.0,3 m.10 N = 6 Nm
E, portanto,
∑τ 6,0 ⎡ Nm J 1⎤ rad
∑τ = I .α ⇒ α = I
= ⎢
2,0 ⎣ kg.m 2
=
kg.m 2
= 2 ⎥ ⇒ α = 3,0 2
s ⎦ s
rad
ω z = ω 0 z + α z .t = 10 + 3.20[rad / s ] ⇒ ω z = 70
s
r
Fig.3.6 N
r r
τ1 • τ2 ⊗
r r
T1 T2
r r r
T1 Fg T2
m1 m2
r r
Fg1 Fg 2
Equações de Movimento:
r r r ⎧
⎧ Fg1 + T1 = m1 .a ⎧ Fg1 − T1 = m1 .a ⎪ Fg − T1 = m1 .a
⎪⎪ r r r ⎪ ⎪⎪ 1
⎨T2 + Fg 2 = m2 .a ⇒ ⎨T2 − Fg 2 = m2 .a ⇒ ⎨T2 − Fg 2 = m2 .a
⎪ r r ⎪ ⎪
⎪⎩∑τ = I .α ⎩ R.T1 − R.T2 = I .α ⎪ R.(T1 − T2 ) = I . a
⎩⎪ R
Ensino à Distância 87
⎧
⎧ 1
T = m1 .( g − a ) ⎪−
⎪ ⎪
⎨T2 = m2 .(g + a ) ⇒ ⎨−
⎪− ⎪ a
⎩ ⎪m1 .g − m1 .a − m2 .( g + a ) = I . 2
⎩ R
a
(m1 − m2 ).g − (m1 + m2 ).a = I . (m − m2 ).g − (m1 + m2 ).a
⇒I = 1
R 2
a
R2
(m − m2 ).g.R 2 (m1 + m2 ).a 2 (m1 − m2 ).g.R 2 (
I= 1 − .R = − m1 + m2 ).R 2
a a a
1 2 2.h 2.0,75 m m
Sabe − se que h = .a.t ⇒ a = 2 = 2
= 0,06 2
2 t 25 s s
I=
0,5 − 0,46
0,06
[ ] [
.10.(0,05) − 0,96.(0,05) kg.m 2 = 0,017 − 0,0024 kg.m 2
2 2
]
I = 0,014 kg.m 2 ⇔ I = 1,4.10−2 kg.m 2
88 Lição nº 2
Lição nº 2
Introdução
Seja bem-vindo ao estudo desta lição. Nela você vai discutir a relação
entre Torque e o Movimento Rotacional por este provocado de modo que
se encontrem relações para a potência e teorema de trabalho-energia para
o Movimento de Rotação.
r
y F φ Fig.3.7
r
dϕ ds
0 x
Ensino à Distância 89
r
Suponha que uma força externa F , contida no plano dessa página, é
aplicada sobre o Corpo Rígido mostrado na figura acima.
r r
δW = F .ds = F .ds. cos(90° − φ ) = ( F .senφ ).ds = (F .senφ ).r.dϕ
δW = τ .dϕ (3.6)
(3.7)
A taxa com que o trabalho é realizado pela força aplicada à medida que o
corpo gira em torno do eixo fixo é dada por:
δW dϕ
= τ. = τ .ω (3.8)
dt dt
Sabemos que para um corpo rígido em rotação em torno dum eixo fixo, o
r r
movimento é descrito pela equação ∑τ = I .α . Mas se aplicarmos os
conhecimentos até aqui discutidos teremos:
dω dω dϕ dω
∑τ = I .α = I . dt = I. .
dϕ dt
= I .ω.
dϕ
⇒ ∑τ .dϕ = I .ω.dω
ϕ ω
1 1
∑W = ∫ τ .dϕ = ∫ I .ω.dω = 2 .I .ω 2 − 2 .I .ωo 2 ⇔ ∑W = ΔEcR
ϕo ωo
(3.10)
Resolução:
W = ΔEC = 20,6 J
Ensino à Distância 91
(R: 20, 6 J)
92 Lição nº 3
Lição nº 3
Introdução
Seja bem-vindo ao estudo desta lição. Aqui pretende-se que você se
debruce sobre o momento angular. Esta grandeza ajuda-nos em várias
situações durante a análise do movimento de objectos em rotação.
r r r
L = r×P (3.11)
Ensino à Distância 93
r
r é o vector com origem no ponto P e extremidade na origem do vector
r
Momento Linear P ( veja a fig. 3.8)
r r r
( =r×
r
) r
dL d r × P r dP dr r
= + ×P (3.12)
dt dt dt dt
r
dr r r r r r
Mas sabe se que × P = v × P ⇔ m.v × v = 0 (3.13)
dt
r r r
dL r dP r dL
=r× . Isto é τ = (3.14)
dt dt dt
r r r r
L = r × P (Momento ↔ P ( Momento Linear)
Angular)
r r r ↔
r
τ = r × F ( Torque de uma F ( Força)
Força
r r
r dL ↔ r dP
τ = Lei Fundamenta F=
dt dt
para a Rotação
Tabela.1
r
n
r n
dLi d ⎛ n ⎞ dL n r
∑
i =1
τ =∑
i =1 dt
= ⎜ ∑ Li ⎟ =
dt ⎝ i =1 ⎠ dt
onde ∑L
i =1
i = L (3.15)
Nessa relação fundamental, você pode concluir que a única causa capaz
de provocar a Variação do Momento Angular Total do sistema, com o
correr do tempo, é a resultante dos Torques externos.
Fig.3.9
Cada partícula do sistema gira no plano xy, em torno do eixo oz, com
uma Velocidade Angular ω . O módulo do Momento Angular da
partícula de massa mi em relação à origem O é: Li = mi .vi .ri e, como
r r r
Qual será a orientação do vector Li = ri × pi ? Você se recorda das
características do produto vectorial?
r r
Naturalmente que você, após a sua análise, conclui que tanto Li como ω
estão orientados ao longo do eixo de rotação oz.
n n
⎛ n ⎞
L z = ∑ Li = ∑ mi .ri 2 .ω = ⎜ ∑ mi .ri 2 ⎟.ω ⇔ Lz = I .ω (3.16)
i =1 i =1 ⎝ i =1 ⎠
r r
Então, L = I .ω (3.17)
r r r
n
r dL d (I .ω ) dω r
∑
i =1
τ =
dt
=
dt
= I .
dt
= I .α (3.18)
96 Lição nº 3
Fig.3.10
r
v m2
R
r
v
m1
v
L = m1 .v.R + m2 .v.R + I .
R
Ensino à Distância 97
A força exercida pelo eixo sobre a roldana não produz rotação. O Torque
em relação ao eixo é nulo, pois o seu braço é nulo. A reação normal sobre
o bloco é compensada pela força de gravidade, por isso essas forças não
contribuem para o Torque. A única força que produz um Torque não nulo
em relação ao eixo da roldana é a força de gravidade que age sobre a
r
esfera Fg1 = m1 .g , o qual será dado por τ = m1 .g .R = ∑τ ext
⎡ v⎤
d ⎢(m1 + m2 ).v.R + I . ⎥
dL R⎦
∑τ = dt ⇔ m1 .g.R = ⎣ dt
dv I dv
m1 .g .R = (m1 + m2 ).R. + .
dt R dt
dv m1 .g
Como =a⇒a= .
dt
(m1 + m2 ) + I2
R
r
n
r dL r
∑
i =1
τi = 0 ⇒
dt
= 0 ⇒ L = cons tan te (3.20)
n
r r
Se ∑τ
i =1
= 0 ⇒ Li = L f = cons tan te ⇔ I o .ω o = I .ω = cons tan te
(3.21)
Fig.3.11
Ensino à Distância 99
1
I o = .M .R 2 + m.R 2 , quando o estudante tiver alcançado um ponto que
2
está à distância r = 0,50 m do centro, o Momento de Inércia do sistema
1
será dado por: I f = .M .R 2 + m.r 2 . Como a resultante dos Torques
2
externos sobre o sistema é nula, é válido o princípio de conservação do
Momento Angular:
⎛1 ⎞
⎜ .M .R + m.R
2 2
Io ⎟
I o .ω o = I f .ω f ⇒ ω f = .ω o = ⎜ 2 ⎟.ω o
If ⎜ 1 .M .R 2 + m.r 2 ⎟
⎜ ⎟
⎝2 ⎠
⎛ 200 + 240 ⎞
ωf = ⎜ ⎟.2,0 rad / s = 4,1 rad / s
⎝ 200 + 15 ⎠
Comentário:
c. A Energia Total.
Comentário:
1 2
a. Use a formula E c = .m.vCM = 500 J
2
2
1 1 1 ⎛v ⎞ 1
.I .ω 2 = . .m..r 2 .⎜ CM ⎟ = .m.vCM = 250 j
2
E cR =
2 2 2 ⎝ r ⎠ 4
1 1
ETotal = .m.vCM + .I .ω 2 = 750 J
2
2 2
Comentário:
r r r r r r
r r r r dr
L = r × p = r × m.v = m.(r × v ) , onde v = = 5,00. j
dt
r
[( ]
r r r r
)
L = m. 6,00.i + 5,00.t. j × 5,00. j = 60,0.k (kg.m 2 / s )
Ensino à Distância 101
Comentário:
b.
ω z 2 = ω oz 2 + 2.α z .Δϕ ⇔ ω z 2 = ω oz 2 + 2.α z .2.π .n
2 2
⎛ Lf ⎞ ⎛ L0 ⎞
⎜⎜ ⎟⎟ − ⎜ ⎟ 2 2 2 2
n=
ω z 2 − ω oz 2
=⎝
I ⎠ ⎝ I ⎠ = L f − Lo = L f − Lo
4.π .α z 4.π .α z 4.π .I 2 .α z ⎛τ ⎞
4.π .I 2 .⎜ z ⎟
⎝ I ⎠
2 2
L f − Lo 4,0 − 9,0 ⎡ kg 2 .m 4 kg 2 .m 4 .s 2 ⎤
n= = ⎢ = ⎥
4.π .I .τ z 4.3,14.0,125.(−,67 ) ⎣ s 2 .kg.m 2 .N .m s 2 .kg 2 .m 4 ⎦
− 5,0
n= ≈ 5 rotac~oes
− 1,05
2 2
1 1 1 L f − L0 4,0 − 9,0 5,0
W = ΔE c = .I .ω 2f − .I .ω 02 = . = =−
2 2 2 I 0,25 0,25
c.
⎡ kg 2 .m 4 kg.m 2 ⎤
W = −20 ⎢ 2 2
= 2
= J ⎥ ⇒ W = −20 J
⎣ s .kg.m s ⎦
W
d. N = =13,3 W
Δt
4. Um estudante está sentado num banco que pode girar livremente. Ele
está segurando em cada uma das suas mãos um peso cuja massa vale
3,00 kg. Quando ele abre os braços, extendendo-os horizontalmente,
102 Lição nº 3
Sumário
Se a particular ou o objecto gira em torno de um eixo fixo a uma
aceleração angular constante, podem-se aplicar as equações cinemáticas
que são análogas as já estudadas na Cinemática de Translação:
ω f = ω oz + α z .t
z
1
ϕ f = ϕ o + ω oz .t + .α z .t 2
2
ωf z
2
= ωo z
2
+ 2.α z .Δϕ
s = r.ϕ
v = r.ω
a t = r.α z
n
I = ∑ mi .ri
2
i =1
Ensino à Distância 103
1
E cR = .I .ω 2
2
r r r
τ = r×F
Se um Corpo Rígido, que é livre de girar em torno dum eixo fixo, está
r
sujeito a Torques Externos cuja resultante é ∑
τ , o objecto adquire uma
r r r
Aceleração Angular α tal que: ∑τ = I .α
O trabalho total realizado pela resultante das forças externas que agem
sobre um corpo rígido em rotação em torno dum eixo fixo é igual a
variação da energia cinética do objecto:
1 1
∑W = 2.I .ω 2
f − .I .ω o2 = ΔE cR
2
r r
O Momento Angular duma partícula cujo Momento Linear é p = m.v é
r r r
dado por: L = r × p
r
Onde r é o vector-posição da partícula em relação à origem do SRI.
r
rdL
∑τ = dt
104 Lição nº 3
O Momento Angular dum Corpo Rígido que gira em torno dum eixo fixo
r r
é dado por: L = I .ω
r ext r
∑τ
i
i =I .α
I o .ω o = I .ω = cons tan te
Exercícios
Para resolver estes exercícios você vai precisar de 3 horas lectivas
Determine:
R B = 20 cm
P.3.5 B R A = 10 cm
RC = 12 cm
b. Suponha que esta energia pudesse ser aproveitada para nosso uso.
Por quanto tempo a Terra poderia fornecer 1,0 kW de potência a
cada um dum conjunto de 4,2.10 9 habitantes? (R: 2,0.109 anos)
106 Lição nº 3
Comentário:
P.3.9
M, R I, r
Leitura Complementar:
ALONSO, M., FINN, E.J. Física. Addison Wesley. Espanha,
1999.
Leitura ÍNDIAS, M. A.C. Curso de Física. MacGraw Hill, Portugal,
1992.
KELLER, F.J; GETTYS, W. E.; SKOVE, M.J. Física Volume-
1. Brasil, 1999.
RESNICK, R. ; HALLIDAY, D. Física-1. R.J. Brasil, 1983.
TRIPLER, P. Mecânica, oscilações e ondas, termodinâmica.
Livros Técnicos e Científicos (4ª edição). Volume-1, 1999.
108 Unidade 4
Unidade 4
Gravitação Universal
Introdução
Seja bem-vindo ao estudo desta unidade. A Lei de Gravitação Universal,
proposta por Isaac Newton ( 1643-1731) , foi um dos maiores trabalhos
desenvolvidos sobre a interacção existente entre as massas dos corpos
materiais. Com esta lei somos capazes de explicar desde o mais simples
fenómeno, até, o mais complexo nomeadamente,a queda de um corpo que
está localizado nas proximidades da Terra e as forças exercidas entre os
corpos celestes (planetas, estrelas, satélites) .
Segundo uma lenda, Newton, viu uma maçã cair de uma maciera e
pensou: “Será que a mesma força que actua sobre a maçã para a Terra
também actua sobre a Lua?”
Terminologia
110 Lição nº 1
Lição nº 1
Introdução
Seja bem-vindo ao estudo desta lição. O seu conteúdo possibilita-lhe
explicar vários fenómenos relativos às interacções gravitacionais. Você
poderá explicar o movimento dos corpos celestiais, dos satélites, a queda
de objectos, etc.
r m .m r r
F1, 2 = γ 12 2 .r 01, 2 = − F2,1 (4.1)
r 1, 2
Ensino à Distância 111
m1 .m2
O seu módulo será: F12 = F21 = γ 2
(4.2)
r12
r
F1, 2 ... significa força exercida pela massa 2 sobre a massa 1;
r
F2,1 ... significa força exercida pela massa 1 sobre a massa 2;
Comentário:
r r M .m
FTC = FCT = γ T2 . Portanto a afirmação é falsa.
r
⎧ ⎛ −11 Nm
2
⎞ 6.10 24 kg.5 kg
⎪50 N = ⎜⎜ 6,67.10 ⎟⎟.
⎪ ⎝ kg 2 ⎠ R2 5.d 2
⎨ ⇒1=
⎪50 N = ⎛⎜ 6,67.10 −11 Nm
2
⎞ 6.10 24 kg.20 kg 20.R 2
⎜ ⎟⎟.
⎪ kg 2 d2
⎩ ⎝ ⎠
d 2 = 4.R 2 ⇒ d = 2.R
Lição nº 2
Lei de Kepler
Introdução
Seja bem-vindo ao estudo desta lição. Desde há muito a Humanidade
sempre foi fascinada pelo céu nocturno, com a infinidade de estrelas e
com os brilhantes planetas. Até hoje os fenómenos celestes continuam a
exercer sua influência sobre as pessoas.
Objectivos
Leis de Kepler:
2
T1 r 31
= (4.3)
T 2 2 r 32
Comentário:
Lição nº 3
Campo Gravitacional
Introdução
Seja bem-vindo ao estudo desta lição. Antes de começar qualquer
discussão, interessa referir que a teoria de Gravitação Universal, embora
tivesse explicado muitos factos como o Movimento dos Planetas,
Cometas, a Defelxão da Balança de Cavendish e a rotação das galaxias,
tanto os contemporâneos de Newton, como os seus sucessores mostravam
uma certa relutância em aceitar tal teoria. Eles questionavam: “Como é
possível dois objectos interagirem quando não estão em contacto um
com outro?”
Campo Gravitacional:
118 Lição nº 3
r
r F
Portanto, g = . Para se ter um campo gravitacional num ponto
m
r
contínuo, deve-se calcular o campo d g de um Elemento Puntiforme de
r r
Massa dm do corpo e se integra para todo o corpo,isto e, g = ∫ dg .
ms .mT
Fgrav. = γ . (4.4)
r2
ms .mT m
ms.g = γ ⇔ g =γ (4.5)
r2 r2
mT
g =γ (4.6)
r 2T
Agora , para o caso em que o corpo está a uma altitude h com respeito a
Terra ( veja a fig4.6) a aceleração será:
mT
g =γ (4.7)
(rT + h)
2
Ensino à Distância 119
r r r r r
As forças são FR = Fc para acelerações temos a R = ac = g .
Assim tem-se ;
v2 mT
ac = (aceleração lienar) e g =γ (aceleração de
r r2
gravidade)
v2 m γ .mT
Portanto, = γ 2T isto ⇒ que v = (4.8)
r r r
2
mT ⎛ 2π ⎞ m
a c = ω 2 .r vai ser igualar-se a g =γ 2
. Assim, ⎜ ⎟ = γ 3T e
r ⎝ T ⎠ r
4π 2 3
isto ⇒ que T 2 = .r (4.9)
γ .mT
Resolução:
MP
na superfície do planeta e, g A = γ 2
à distância RA do centro do
RA
planeta.
2
g R 2,4 4.R 2 2,4
= A2 ⇒ = 2 ⇒ gA = N .kg −1 = 0,6 N .kg −1
gA R gA R 4
2 2
M P .m A M P .m B FA R B F 9.R A
FA = γ 2
e FB = γ 2
⇒ = 2 ⇔ A = 2
RA RB FB R A FB RA
FA = 9.FB
2 2 2 2 2 2
v A .R A = v B .RB ⇒ v A .R A = v B .3.R A ⇒ v A = 3.v B ⇒
v A = vB . 3
Portanto, a afirmação C é falsa.
Comentário:
Para isso, você terá que relacionar a Força de Garvitação Universal com a
Força Centrípeta que mantém o satélite na sua trajectória. Após isto,
recorde-se da relação entre Velocidade Linear e Angular. Na definição
da Velocidade a
Lição nº 4
Introdução
Seja bem-vindo ao estudo desta lição. Quando discutimos a mecânica da
partícula, introduzimos o conceito de Energia Potencial Gravitacional, a
qual foi definida como Energia de Interacção e que dependia da
configuração do sistema. Teriamos, na altura, enfatizado que a função
U pG = m.g.h era válida somente quando a partícula está nas
proximidades da Terra onde o campo é uniforme (a força gravitacional é
constante). No entanto, a Força de Interacção Gravitacional entre duas
1
partículas varia como . Por isso, esperamos uma função de energia
r2
potencial que seja válida para todos os casos sem restrições. E certamente
deverá ser uma função diferente da U pG = m.g .h .
r r
Aqui F representa a força aplicada sobre a particula e ds o vector
deslocamento.
r r r r ⎛ γ .M T .m ⎞ γ .M T .m
dU = - F .ds = − F .dr = −⎜ − 2 ⎟.dr = + .dr (4.11)
⎝ r ⎠ r2
γ .M T .m
U= − +U0 (4.12)
r
Resolução:
⎛ M m ⎞ M .m
W = −U Pi = −⎜ − γ T S ⎟ = γ T S
⎝ r ⎠ r
2.10 3.5,98.10 24
W = 6,67.10 −11 6
J = 8,86.1010 J
9.10
r r r r r r
b. Sabe-se que L = r × m.v ⇒ L = r.m.v pois r ⊥ v
Comentário:
Sumário
A Lei de Gravitação Universal de Newton afirma que a Força de
Interacção Gravitacional entre quaisquer duas partículas de massas m1 e
m2 separadas por uma distância r, tem módulo igual a:
Ensino à Distância 127
m1 .m2
Fg = γ
r2
m2 m2
g =γ = γ.
r 2
(RT + h )2
Aqui m2 é a massa do corpo gerador do campo considerado.
r
r Fg
g=
m
m1 .m2
U = −γ (onde U → 0 quando r → ∞)
r
MT
v = 2.γ
RT
Exercícios
Você vai precisar de 1 hora lectiva para completar os exercícios
(− 4,00 ; 0) m
6,00 kg 0 4,00 kg x
r r
(R: ( −100.i + 59,3. j ) pN )
( )
3
(R: g = 2.γM .r. r 2 + a 2 2 )
Ensino à Distância 129
M
P.4.2 a
r P
Leitura Complementar:
ALONSO, M., FINN, E.J. Física. Addison Wesley, Espanha,
1999.
Leitura KELLER, F.J; GETTYS, W. E.; SKOVE, M.J. Física Volume-
1. Brasil, 1999.
ÍNDIAS, M. A.C. Curso de Física. MacGraw Hill. Portugal,
1992.
Unidade 5
Introdução
Seja bem-vindo ao estudo desta unidade que se crê de grande importância
pois lhe permitirá interpreter o comportamento dos fluídos em repouso e
em movimento.
Terminologia
132 Sub-unidade 5.1
Sub-unidade 5.1
Introdução
Terminologia
Lição nº 1
Introdução
Seja bem-vindo ao estudo desta lição. Com ela, pretende-se que
você reveja as características das substâncias nos vários estados
físicos.
Sabemos também que líquidos tem volume próprio, mas não tem
forma definida. Se você coloca um litro de água numa garrafa a
água tomará a forma da garrafa e, se você verte a água num objecto
você continua a ter mais ou menos um litro de água mas tomará a
forma do recipiente cilíndrico.
Líquidos e Gases.
Exemplo
Comentário:
Lembre-se que você pode fazer com que uma substância passe dum
Actividade 14
estado físico para o outro. Analise que factores se alteram neste processo.
Comentário:
Lição nº 2
Conceitos Básicos da
Hidrostática: Densidde da
Substância e Pressão
Introdução
Seja bem-vindo ao estudo desta lição. Nela você vai travar conhecimento
com alguns dos conceitos básicos da Hidrostática e utilizá-los para
interpretar diversos fenómenos.
Terminologia
Claro que o saco de areia tem maior massa do que o de algodão, apesar
de ocuparem o mesmo volume.
m
Então, ρ = (5.1)
V
Unidades da densidade:
g kg
Equivalência: 1 3
= 10 3 3
cm m
kg kg kg
Água , ρ = 10 3 3
, ouro ρ = 19,3.10 3 3 , ar ρ = 1,29 3
m m m
kg kg
Água do mar ρ = 1,03.10 3 3
, alumínio ρ = 2,70.10 3 3 .
m m
Pressão
Comentário:
Portanto o que está em causa é a força que age em cada unidade de área, a
pressão.
r
Chama-se pressão exercida pela força F sobre a superfície de área S, à
grandeza física escalar obtida pelo quociente entre o módulo da
Fn F . cos ϕ
componente normal da força e a área S. Isto é, p = =
S S
(5.2)
Unidades de pressão:
Fig.5.1.1 Fn
[ p] = 1 N2 = 1 Pa (1 Pascal ) no SI r
F
m
ϕ
Usa-se também: 1 bar = 10 5 Pa
1 atm = 101325 Pa
1 mm − Hg : 760 mm − Hg =1 atm
uma força tangencial. Porquê? Tenta explicar esta afirmação com base
nas leis já estudadas.
Um fluído sob pressão exerce força sobre qualquer superfície que esteja
em contacto com ele.
F = ∫ p.dS
1. Suponha que você está de pé e logo atrás de alguém que, tendo dado
um passo atrás, acidentalmente pisa no seu pé com a sola do sapato.
Você preferiria que esse alguém fosse um jogador profissional de
Actividade-16 basquetebol usando sapatilhas ou uma senhora usando um sapato de
salto alto? Porquê?
Comentário:
da senhora do que para o jogador, por outras palavras sentirá maior dor se
pisado pela senhora.
E note que uma força maior pode produzir pressão menor se agir sobre
uma superfície de maior área e vice-versa. Afiando os objectos cortantes,
conseguimos cortar os alimentos ou um objecto qualquer sem maior
esforço. Ao afiarmos estamos a reduzir a área.
1. A massa de um cubo é 856 g e cada uma das suas arestas mede 5,35
cm. Determine a densidade do cubo no SI.
Exemplo m
Resolução: ρ = , m = 856 g = 0,856 kg ,
V
(
V = L3 = 5,35.10 − 2 )
3
m 3 = 1,53.10 − 4 m 3
m 0,856 kg kg
ρ= = −4 3
= 5,59.10 3 3
V 1,53.10 .m m
Resolução:
kg
a. A densidade da água é de 10 3 . Então a massa da água será:
m3
⎡ kg ⎤
m = ρ .V = 10 3.(2,00.2,00.0,300 )⎢ 3 .m 3 = kg ⎥
⎣m ⎦
m = 10 .1,20 kg = 1,20.10 kg
3 3
⎡ m ⎤
P = m.g = 1,20.10 3.9,8⎢kg 2 = N ⎥ = 1,18.10 4.N
⎣ s ⎦
Ensino à Distância 141
P 1,18.10 4 N 1,18.10 4
b. p= = = Pa = 2,95.10 5 Pa
S (2,00.2,00 ) m 2 4,00
1. Uma esfera metálica maciça, com raio de 3 cm, pesa 8,5 N. Calcule a
g
densidade do metal. (R: 7,5 )
cm 3
Lição nº 3
Introdução
Seja bem-vindo ao estudo desta lição. Nela você vai discutir a
dependência entre a pressão exercida por um fluído, da sua
densidade e a profundidade.
Resultado:
Você verifica que os jactos de água que saem pelos furos são de
diferentes intensidades, isto é a intensidade dos jactos da água varia
com a profundidade.
Fig.5.1.2
r
A pressão exercida pelo líquido p o .S . j
exterior sobre a base do cilíndro
é p, e a que é exercida no topo
do cilíndro é a pressão
atmosférica po. h
Portanto a força dirigida para
cima e exercidar pelo líquido
r
exterior é p.S . j e a exercida P
para baixo devido à rpressão r
atmosférica é p o .S . j . Mas o p.S . j
cilíndro está sob a acção da
força de gravidade Fig.5.1.3
r
.Como o cilíndro está em equilíbrio, então ∑F i = o.
r r r r
∑ i
F = 0 ⇔ p.S . j + p o .S . j +F g= 0
Δp = ρ .g.Δh
146 Lição nº 3
a. Água.
Exemplo
b. Mercúrio.
Resolução:
pressão absoluta.
a.
⎡ kg.m.m N.m N ⎤
p = ρ.g.h = 103.9,8.0,76⎢ 3 2 = 3 = 2 = Pa⎥ = 7,45.103 Pa
⎣ m .s m m ⎦
Resolução:
p ⎡ N .m 3 .s 2 N .m 3 ⎤ 29,4.10 4
p = ρ .g .h ⇒ h = ⎢ 2 = = m ⎥= m = 30 m
ρ .g ⎣ m .kg.m m .N
2 3
⎦ 10 .9,8
Lição nº 4
Princípios de Pascal
Introdução
Seja bem-vindo ao estudo desta lição. Com ela pretende-se que você
discuta um dos princípios da hidrostática, o principio de Pascal .
Resultado:
Exemplo
r
Numa prensa hidráulica, uma força F1 é aplicada a um pistão com
superfície de área menor S1 . A pressão é transmitida através do líquido
para o pistão de área de superfície maior S2 . Porque a pressão deve ser a
F1 F2 F F
mesma em ambos lados teremos: p = = ⇒ 1 = 2 . (5.4)
S1 S 2 S1 S 2
S2
Portanto a força F2 é maior do que a força F1 por um factor
S1
Resolução:
F1 F2
=
⎛S ⎞
⇒ F1 = ⎜⎜ 1 ⎟⎟.F2 =
(
π . 5,00.10 −2 m )
2
.1,33.10 4 N = 1,48.10 4 N
S1 S 2 S
⎝ 2⎠ (
π . 15.10 m
−2 2
)
b. A pressão do ar que produz esta força:
F1 1,48.10 4 N
p= = = 1,88.10 5 Pa
(
S 1 π 5,00.10 − 2 m )
2
L h=4 m
Lição nº 5
Medição da Pressão
Introdução
Seja bem-vindo ao estudo desta lição. Nesta lição você vai
interpretar o funcionamento e valores de pressão fornecidos por
diferentes instrumentos de medição de pressão- barómetros.
então, p = p o + ρ .g.h . A
pressão p é chamada pressão
absoluta, e a diferença p − p o é
a pressão manométrica.
Ensino à Distância 153
1 atmosfera de pressão é
definida como sendo a pressão
que causa a coluna de mercúrio
no tubo barométrico, estar
exactamente 0,7600 m em altura
a 0 oC, com g = 9,806 65m/s2 .
A esta temperatura, a densidade
do mercúrio é de 13,595.103
kg/m3, portanto p o = ρ .g .h e,
substituindo os valores na
fórmula, obtém-se:
p o = 1,013.10 5 Pa.
154 Lição nº 5
Resolução
⎡ kg.m.m N = Pa ⎤
p a = ρ .g .h = 13,59.10 3.9,8.(0,7600 − 0,0200)⎢ 3 2 =
⎣ m .s m 2 ⎥⎦
p a = 98,55.10 3 Pa = 9,855.10 4 Pa
Resolução:
Comentário:
Lição nº 6
Introdução
Seja bem-vindo ao estudo desta lição. Aqui você vai travar
conhecimento com mais um princípio da Hidrostática e suas
múltiplas aplicações no dia-a-dia.
Os objectos A, B e C estão
todos em equilíbrio. A B C
r r r r
Fg E E N
r r B C
B: E + Fg = 0
r r
r r r Fg Fg
C: E + Fg + N = 0
Pap = Po − E (5.6)
ρ c Vliq
Daí que = (5.8)
ρ liq Vc
Resolução:
⎡ kg.m ⎤
0,76.10 3.9,8.50.10 −3 ⎢ 3 2 .m 3 ⎥
⎣m ,s ⎦
E = 372,4 N
O corpo está em equilíbrio sob a
acção de três forças:
r r r
E + Fg + T = 0
E + T − Fg = 0 ⇒ T = Fg − E
T = 400 N − 372,4 N = 27,6 N
160 Lição nº 6
Vg ρa
ρ g .V g .g = ρ a .Va .g ⇒ =
Va ρg
Resolução:
Vg 0,92
= = 0,92
Va 1
g
a. Cair por seu próprio peso na água ( ρ = 1 ).
cm 3
g
b. Elevar-se quando a submergimos em mercúrio ( ρ = 13,6 ).
cm 3
Resolução
r r r
a. E + Fg = m.a ⇒ E − Fg = − m.a
r r r E − Fg ( ρ liq − ρ c )
E + Fg = m.a ⇒ E − Fg = m.a ⇒ a = = .Vc .g
m V c .ρ c
b.
(ρ liq − ρc ) (13,6 − 7,8) .9,8 m 5,8 m m
a= .g = = .9,8 2 ≈ 7,3 2
ρc 7,8 s 2
7,8 s s
Comentário:
Para responder à questão-1 você precisa ter em conta que o cubo de gelo
cria um buraco na água e o peso da água deslocada pelo gelo é igual ao
peso de todo o cubo de gelo. Quando o gelo derrete, a água apenas
preenche o buraco que havia sido criado pelo gelo. Portanto, o nível de
água não muda.
Po = PAu + PAg ,
PAu + PAg = ρ c .Vc .g ⇔ PAu + ρ Ag .V Ag .g = ρ c .Vc .g
mas Vc = V Ag + V Au ⇒V Ag = Vc − V Au
E
PAu + ρ Ag .g (Vc − V Au ) = Po , mas E = ρ liq .g .Vliq ⇒ Vc = Vliq =
ρ liq .g
E P P
PAu + ρ Ag .g . − ρ Ag .g . Au = Po , onde V Au = Au
ρ liq .g ρ Au .g ρ Au .g
162 Lição nº 6
ρ Ag ρ Ag ⎛ ρ Ag ⎞ ⎛ ρ ⎞
PAu − PAu . = Po − E. ⇒ PAu .⎜⎜1 − ⎟⎟ = ⎜ Po − E. Ag ⎟
ρ Au ρ liq ⎜ ⎟
⎝ ρ Au ⎠ ⎝ ρ liq ⎠
⎛ ρ ⎞
⎜ Po − E. Ag ⎟
⎜ ρ liq ⎟
PAu =⎝ ⎠
⎛ ρ Ag ⎞
⎜⎜1 − ⎟⎟
⎝ ρ Au ⎠
Sub-unidade 5.2
Introdução
Seja bem-vindo ao estudo desta sub-unidade. Até aqui as nossas
discussões estavam circunscritas ao comportamento de fluídos em
repouso. A partir deste momento a nossa atenção estará virada para
os fluídos em movimento. No entanto, em vez de tentarmos estudar
o movimento de cada partícula do fluído como função do tempo,
faremos a descrição das Propriedades do Fluído em movimento
em cada ponto como função do tempo.
Lição nº 1
Conceitos Básicos da
Hidrodinâmica
Introdução
Seja bem-vindo ao estudo desta lição. Nela pretende-se que você se
familiarize com a linguagem e modelos usados na Hidrostatica.
Características do Escoamento:
Escoamento Turbulento
Ensino à Distância 165
Escoamento Estacionário:
Escoamento Turbulento:
Fluído Ideal:
Comentário:
Comentário:
Comentário:
Lição nº 2
Vazão e Fluxo
Introdução
Seja bem-vindo ao estudo desta lição. Nela você vai discutir alguns
dos conceitos mais importantes da Hidrodinâmica: Vazão e Fluxo.
Vazão, Fluxo
Terminologia
Para completar esta lição você precisará de 4 horas lectivas
Vazão-Q:
Vazão Média:
ΔV S .Δx
Qm = = = S .v m (5.9)
Δt Δt
Vazão Instantânea:
ΔV dV S .dx
Q = lim = = = S .v (5.10)
Δt → 0 Δt dt dt
Unidades de Vazão:
3
cm 3
[Q] = 1 m no SI. Usa-se também 1 ,1
l
s s s
Fluxo- Φ :
Fluxo Médio:
Δm ρ .ΔV
Φm = = = ρ .Qm = ρ .S .v m (5.11)
Δt Δt
Fluxo Instantâneo:
Δm dm
Φ = lim = = ρ .Q = ρ .S .v (5.12)
Δt → 0 Δt dt
Ensino à Distância 169
Unidades do Fluxo:
Resolução:
Exemplo
2
( )
Sabe-se que Qm = S .v m = π .r 2 .v m = π .⎜
⎛d ⎞
2
1
⎟ .v m = .π .d .v m
4
2
⎝ ⎠
2 ⎡ .m m m3 ⎤
( )
2
1
Qm = .3,14. 8.10 − 2 m .3⎢ = ⎥
4 ⎣ s s ⎦
m3
Qm = 15,08.10 −3
s
Resolução:
Q 18 18.4 ⎡ m3 m⎤
Q = S .v ⇒ v = = = ⎢ 2 = ⎥
S ⎛d ⎞
π .⎜ ⎟
2
π . 5.10 −2 ( )
2
.3600 ⎣ m .s s ⎦
⎝2⎠
72 m 72 m m
v= −4
= = 2,54
3,14.25.10 .3600 s 28,26 s s
m3 m3 l
(R: 2,36.10 − 2 ; 84,82 e 1413 )
s h min
Lição nº 3
Introdução
Seja bem-vindo ao estudo desta lição. Aqui você vai deparar-se com um
conceito que é consequência imediata das características do modelo que
está sendo usado nesta sub-unidade. Além disso vai descutir e interpretar
a equação que resulta da conservação de massa no sistema considerado.
Terminologia
Linhas de Corrente:
Fig.5.2.2 S2
r
v2
S1 Δx 2
r
v1 Δx1
Resolução:
Q = S1 .v1 = S 2 .v 2 ⇒ v 2 = v1 . 1 = v1 . = v1 . 1 2
4.π .d 2
2
S2 d2
225 m m m
v 2 = 5. . = 5.2,25 = 11,25
100 s s s
4 4
2 2 v v 2 6 cm
d 2 = d1 1 ⇒ d 2 = d1 . 1 = 6cm. = = 3 cm
v2 v2 4 2
Comentário:
Actividade 26
Pense sobre a variação da velocidade à medida que a água desce e
relacione com a Lei de Berrnoulli no que diz respeito à relação entre
velocidade e a área da secção de escoamento.
Lição nº 4
Equação de Bernoulli
Introdução
Seja bem-vindo ao estudo desta lição. Nela, pretende-se que você
interprete fenómenos relativos ao escoamento de fluídos utilizando os
conceitos e leis já estudadas. O seu culminar será a dedução da equação
de Bernoulli e a formulação de sua lei.
Terminologia
com maior velocidade. Será que a água se encontra a uma pressão maior
dentro do tubo ou quando ela sai para fora no ar?
É assim chamada porque foi pela 1ª vez deduzida pelo Físico Suíço, em
1738, Daniel Bernoulli.
Fig.5.2.3
r
v2
p 2 .S 2
r
v1 Δx 2
p1 .S1 y1 Δx1 y2
V1 = V2 = V . Então, W = ( p1 − p 2 ).V
Ensino à Distância 177
1 1 m
Então: ( p1 − p 2 ).V − m.g .( y 2 − y1 ) =
2 2
.m.v 2 − .m.v1 , mas V =
2 2 ρ
m 1 1
⇒ ( p1 − p 2 ). − m.g .( y 2 − y1 ) = .m.v 2 + .m.v1
2 2
ρ 2 2
(5.15)
1 1
p1 + ρ .g. y1 + .ρ .v1 = p 2 + ρ .g. y 2 + .ρ .v 2
2 2
2 2
A pressão dos fluxos dos líquidos correntes é maior nas secções em que a
sua velocidade é menor e, pelo contrário, nas secções em que a
velocidade é maior, a pressão é mais baixa.
Comentário:
uma força resultante dirigida para cima fazendo com que a tira de papel
se levante.
SS1 1 SS2 2
. rr rr
v1v1 vv2 2
Resolução:
2 2
S2
Pela equação da continuidade temos: S1 .v 1 = S 2 .v 2 ⇒ v1 = v 2 .
S1
2
1 ⎛ S ⎞ 1 1 ⎛ S 2 ⎞
p1 + .ρ .⎜⎜ v 2 . 2 ⎟⎟ = p 2 + .ρ .v 2 2 ⇒ ( p1 − p 2 ) = .ρ .v 2 2 ⎜1 − 2 2 ⎟
2 ⎝ S1 2 2 ⎜ S1 ⎟
⎠ ⎝ ⎠
( p1 − p 2 ) 2 ⎛S
2
−S
2
⎞ 2.S1 .( p1 − p 2 )
2
= v 2 .⎜⎜ 1 2 2 ⎟ ⇒ v2 2 =
2.
ρ ⎝ S1
⎟
⎠ (
ρ S1 2 − S 2 2 )
2.( p1 − p 2 )
v 2 = S1 .
(
ρ . S1 2 − S 2 2 )
180 Lição nº 4
Bernoulli para um tubo horizontal mostra que p1 > p 2 . Isto significa que
a pressão é reduzida nas partes estreitas do tubo ou melhor nos
estrangulamentos.
Resolução:
2 2 p, pS, 2 S 2 Fig.5.15
Fig.5.2.5
r r
y2 y2 S1 S, 1v,1 ,v1 , p o p o
y1 y1
1
po + ρ .v1 2 + ρ .g. y1 = p + ρ .g. y 2
2
2.( p − p o )
Mas y 2 − y1 = h ⇒ v1 = + 2.g .h
ρ
Resolução:
2 2
1
v1 = 0 e p1 = p 2 ⇒ ρ .g. y1 = .ρ .v 2 + ρ .g . y 2 ⇒
2
2
1
.ρ .v 2 = ρ .g .( y1 − y 2 ) = ρ .g .h ⇒ v 2 = 2.g .h
2
2
Q2 = S 2 .v 2 ⇒ Q = S 2 . 2.g .h
ΔV ΔV
Q= ⇒ = Q.60 = S 2 . 2.g .h .60
Δt min
ΔV 1 m2 m3
= .π .(0,02 m ) . 2.9,8.5 2 .60 = 0,187
2
min 4 s min
Resolução:
1 1
p1 + ρ .g. y1 + .ρ .v1 = p 2 + ρ .g. y 2 + .ρ .v 2 , onde 1 é um ponto da
2 2
2 2
superfície livre da água e o outro no furo.
Como
p1 − p 2 = Δp → sobrepres~
s ao e y1 − y 2 = h e v1 = 0, obtemos
182 Lição nº 4
1 2 2.Δp
.v 2 = ρ .g .h + Δp ⇒ v 2 = 2.g .h +
2 ρ
2.Δp
Portanto a vazão Q2 = S 2 .v 2 = S 2 . 2.g .h +
ρ
Q1
Donde, S 2 = , substituindo na equação solução, teremos:
2.g .h
Q1 2.Δp Δp
Q2 = . 2.g .h + = Q1 . 1 +
2.g .h ρ ρ .g.h
Q2 = 3,1.10 −3 m 3 / s
(R: 8 m)
Sumário
A pressão p num fluído é a força exercida pelo fluído na superfície em
F
cada unidade de área: p =
S
N
A unidade de pressão no sistema internacional é 1 = Pa
m2
Tenha a certeza de que você pode aplicar este princípio para uma grande
variedade de situações, incluindo objectos que se afundam, objectos
flutuantes, etc.
1
p + ρ .g .h + .ρ .v 2 = constante
2
Ensino à Distância 185
Exercícios
Você vai precisar de 4 horas lectivas para completer a tarefa
Auto-avaliação 4 2. Uma senhora cuja massa é igual a 50,0 kg , usando sapatos de salto
alto, equilibra-se com um dos seus pés no chão. Se a sola, de forma
circular, tem um raio de 0,500 cm, qual é a pressão exercida por ela
exercida sobre o solo? (R: 6,24 MPa)
(R:≈1,62.106 Pa)
R: 2.31.104 Pa)
Ensino à Distância 187
Leitura Complementar:
LEUCHIN, A.; CINDRA, J.L. Problemas de Física Parte-II.
Mecânica dos Fluídos, Física Molecular, Calor e
Leitura Termodinâmica. 2ª edição. U.E.M., Maputo, 1987.
Bibliografia do Módulo:
ALONSO, M., FINN, E.J. Física. Addison Wesley, Espanha,
1999.
Leitura
BUKHOVTSEV, B.B. at al. Problemas de Selecionados de
Física Elementar 2ª edição. Editora Mir, Moscovo, 1985.