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ESCOLA POLITÉNICA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA
PROJETO FADIGA
Salvador
2018
CAIO MENDONÇA DE MEDEIROS NETTO
DUARTE AUGUSTO CAMPOS CORREIA DE FERREIRA GOMES
JOÃO PEDRO OLIVEIRA DE MELO MACHADO
LUIZA DE SOUZA COSTA
VICTÓRIA ROCHA PAES
RAUL ROSA DE OLIVEIRA PACHECO
PROJETO FADIGA
SALVADOR – BA
2017.2
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................... 3
1.1. INTRODUÇÃO AO TEMA: .............................................................................................. 3
1.2. JUSTIFICATIVA: ............................................................................................................ 3
1.3. OBJETIVO: ................................................................................................................... 4
2. Exposição do projeto ........................................................................................... 4
3. desenvolvimento do projeto................................................................................. 4
3.1. CÁLCULO DO LIMITE DE RESISTÊNCIA A FADIGA NÃO CORRIGIDO (𝑺𝒆′) ....................... 5
3.2. FATORES DE MARIN ..................................................................................................... 6
3.2.1. Fator de modificação de superfície .................................................................... 6
3.2.2. Fator de modificação de tamanho ..................................................................... 7
3.2.3. Fator de modificação de carga .......................................................................... 8
3.2.4. Fator de modificação de temperatura ................................................................ 9
3.2.5. Fator de modificação de confiabilidade ............................................................ 9
3.2.6. Fator de modificação por efeitos variados ...................................................... 10
3.3. LIMITE DE RESISTÊNCIA A FADIGA CORRIGIDO (𝑺𝒆) .................................................. 10
3.4. CÁLCULO DE TENSÕES ............................................................................................... 10
3.4.1. Tensão de flexão ............................................................................................... 11
3.4.2. Tensão de torção .............................................................................................. 12
3.5. FATORES CONCENTRADORES DE TENSÃO ................................................... 13
3.5.1. Fator de concentrador de tensão para flexão (𝑲𝒕 , 𝑲𝒇) ................................. 13
3.5.2. Fator de concentrador de tensão para torção (𝑲𝒕𝒔 , 𝑲𝒇𝒔) ............................. 15
3.6. CÁLCULO DAS TENSÕES DE VON MISES ........................................................ 17
3.6.1. Tensão de Amplitude de Von MIses (𝝈′𝒂)........................................................ 17
3.6.2. Tensão Média de Von Mises (𝝈′𝒎).................................................................. 17
3.7. CÁLCULO DOS COEFICIENTES DE SEGURANÇA ........................................................... 17
3.7.1. Coeficiente de segurança estático .................................................................... 17
3.7.2. Coeficiente de segurança de fadiga ................................................................. 18
3.8. CÁLCULO DO NÚMERO DE CICLOS .................................................................. 25
4. CONCLUSÃO .................................................................................................... 28
5. ANÁLISE POR ELEMENTOS FINITOS ............................................................ 29
6. REFERÊNCIAS ................................................................................................. 32
3
1. INTRODUÇÃO
Observada pela primeira vez por volta do ano de 1800, as falhas por fadiga eram um
fenômeno novo e incompreendido na época. Essas falhas exibiam características de
fraturas frágeis e súbitas, que causaram graves acidentes. Exemplo disto são: pontes,
navios, vasos de pressão, aviões, entre outros equipamentos submetidos a
solicitações dinâmicas.
A fadiga é caracterizada inicialmente pela aplicação de carregamentos variáveis, ou
seja, as solicitações dinâmicas (tensões ou deformações) encontradas nos exemplos
anteriores. Esse tipo de falha mecânica ocorre em tensões máximas abaixo da
resistência última do material e da tensão de escoamento, entretanto são aplicadas
em grande número de ciclos. Com isso, as tensões produzidas não eram mais
estáticas e graduais, mas sim flutuantes, repetidas ou alternadas.
A falha por fadiga ocorre em três principais estágios. O primeiro deles é a nucleação
da trinca, através de um acúmulo de danos. O tempo de nucleação é pequeno, assim
como o tamanho dessa trinca inicial, que surge normalmente em concentradores de
tensão, contornos geométricos que elevem a tensão, etc. Com a aplicação de um
carregamento variável, as tensões de tração promovem um crescimento da trinca, que
se tornam macro. Ela continua a crescer até um tamanho crítico, quando, sem
apresentar deformações significativas (como ocorrem em carregamentos estáticos)
há uma falha repentina e catastrófica.
1.2. JUSTIFICATIVA:
1.3. OBJETIVO:
No presente trabalho será confeccionada uma análise de falha por fadiga para uma
barra de aço AISI 1018. Para tal, será necessário um desenvolvimento teórico dos
critérios de falha por fadiga, influência dos concentradores de tensão entre outras que
serviram como base para o projeto.
2. EXPOSIÇÃO DO PROJETO
O projeto estudado é feito para uma barra de aço AISI 1018 retificado, submetida a
um momento fletor flutuante entre 50 Nm e 100 Nm e um torque completamente
inverso de 50 Nm. A peça é ilustrada na imagem abaixo:
3. DESENVOLVIMENTO DO PROJETO
O limite de resistência à fadiga é um nível de tensão abaixo do qual não ocorrem mais
falhas por fadiga. Em aços, esse limite é geralmente alcançado em 106 ciclos de
tensão, como mostrado no gráfico tensão-número de ciclos abaixo. É importante
salientar que não são todos os materiais que possuem limite de resistência à fadiga
bem definido à exemplo do alumínio, cobre, não ferrosos, entre outros.
5
𝑆𝑒′ = 32𝐾𝑝𝑠𝑖
Visa corrigir a diferença entre o acabamento superficial do projeto prático, com valores
experimentais (superfícies altamente polidas). Para o cálculo deste fator foi utilizado
a formula e tabela obtida no livro Projeto de Máquinas – NORTON (2013).
O projeto estudado possui uma superfície retificada, então podemos obter tal fator
através da seguinte tabela e fórmula:
Nos ensaios de flexão rotativa, os corpos de prova são de pequenas dimensões (até
0,3 in de diâmetro). Para valores maiores, o fator de Marin considera o fato de peças
maiores falharem sob tensões menores. Além disso, para seções transversais não
circulares, é considerado a dimensão equivalente para efetuar os cálculos.
Para encontrar o diâmetro equivalente, iguala-se o volume do material tensionado a
valores maiores ou iguais a 95% da tensão máxima ao mesmo volume no espécime
de viga rotativa. Tais valores podem ser encontrados pela seguinte tabela retirada do
livro Elementos de Máquinas de Shigley (2011).
𝑑𝑒𝑞 = 0,808 ∗ √ℎ ∗ 𝑏
8
3
𝑑𝑒𝑞 = 0,808 ∗ √1(𝑖𝑛) ∗ (𝑖𝑛)
8
𝑑𝑒𝑞 = 0,4948 𝑖𝑛
𝐹𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑒𝑟𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎 = 1
𝐹𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑓𝑖𝑎𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = 1
Este fator engloba não somente alguns dos fatores de Marin com também outros tipos
de fatores, a exemplo, os efeitos da ação da corrosão em projetos, revestimentos
superficiais e outros. Como não é possível quantificar tais fatores no projeto estudado,
utilizaremos:
Após os devidos cálculos dos fatores de Marin, podemos corrigir o limite de resistência
à fadiga pela seguinte fórmula do livro de Elementos de Máquinas de Shigley (2011).
𝑆𝑒 = 16,46593116 𝐾𝑝𝑠𝑖
O próximo passo é o cálculo das tensões atuantes na peça. Como a peça possui
esforços de torção e flexão, foi necessário o cálculo das tensões cisalhantes e
normais.
11
Para o cálculo das tensões normais devido a flexão, teremos que encontrar
primeiramente o valor do momento de inércia para o eixo “Y”, pois, devido ao menor
raio, as laterais da seção transversal possuirão os maiores valores de tensão. Sendo
assim:
ℎ ∗ 𝑏3
𝐼𝑦 =
12
1 3 3
[1 − 4] (𝑖𝑛) ∗ [8] (𝑖𝑛3 )
𝐼𝑦 =
12
𝐼𝑦 = 0,00329589843 𝑖𝑛4
Com isso é possível calcular os valores das tensões normais de flexão máxima e
mínima:
𝑀∗𝑐
𝜎=
𝐼𝑦
25,17545477 𝐾𝑝𝑠𝑖
𝜎={
50,35090955 𝐾𝑝𝑠𝑖
(𝜎𝑚𝑎𝑥 − 𝜎𝑚𝑖𝑛 )
𝜎𝑎 =
2
[50,35090955 − 25,17545477](𝐾𝑝𝑠𝑖)
𝜎𝑎 =
2
𝜎𝑎 = 12,58772739 𝐾𝑝𝑠𝑖
12
(𝜎𝑚𝑎𝑥 + 𝜎𝑚𝑖𝑛 )
𝜎𝑚 =
2
[50,35090955 + 25,17545477](𝐾𝑝𝑠𝑖)
𝜎𝑚 =
2
𝜎𝑚 = 37,76318216 𝐾𝑝𝑠𝑖
ℎ
𝑏
∝= ℎ
(3 ∗ 𝑏 + 1,8)
1(𝑖𝑛)
3
(𝑖𝑛)
8
∝=
1(𝑖𝑛)
(3 ∗ 3 + 1,8)
(𝑖𝑛)
8
∝= 0,272
𝑇
𝜏=
𝛼 ∗ ℎ ∗ 𝑏2
442,53729(𝑙𝑏𝑓. 𝑖𝑛)
𝜏=± 2
3
0,272 ∗ 1(𝑖𝑛) ∗ [8 (𝑖𝑛)]
𝜏 = ±11,56960235 𝐾𝑝𝑠𝑖
(𝜏𝑚𝑎𝑥 − 𝜏𝑚𝑖𝑛 )
𝜏𝑎 =
2
{11,56960235(𝑝𝑠𝑖) − [−11,56960235(𝑝𝑠𝑖)]}
𝜏𝑎 =
2
𝜏𝑎 = 11,56960235 𝐾𝑝𝑠𝑖
(𝜏𝑚𝑎𝑥 + 𝜏𝑚𝑖𝑛 )
𝜏𝑚 =
2
{11,56960235(𝑝𝑠𝑖) + [−11,56960235(𝑝𝑠𝑖)]}
𝜏𝑚 =
2
𝜏𝑚 = 0
Uma vez que o projeto possui um furo transversal, cria-se um concentrador de tensão
na região do furo. Isso gera a necessidade de correção para as tensões já que estas
irão aumentar. Através da bibliografia, obtemos os fatores teóricos de concentração
de tensão (𝐾𝑡 e 𝐾𝑡𝑠 ) e com o auxílio da equação de Heywood faremos a aproximação
para carregamentos dinâmicos (𝐾𝑓 e 𝐾𝑓𝑠 ).
Para a flexão, foi utilizado o seguinte gráfico retirado do Livro Elementos de maquinas
de Shigley (2011):
14
Figura 9 – Gráfico para concentrador de tensão para barra retangular com furo transversal em flexão.
1
𝑑 (𝑖𝑛)
= 4
𝑤 1(𝑖𝑛)
𝑑
= 0,25
𝑤
1
𝑑 4 (𝑖𝑛)
=
ℎ 3 (𝑖𝑛)
8
𝑑
= 0,67
ℎ
𝐾𝑡 = 1,95
Com o concentrador de tensão teórico para flexão calculado, pode-se então fazer a
transformação deste concentrador para os casos que envolvem carregamentos
dinâmicos. Uma vez que é conveniente pensar em 𝐾𝑓 como um fator de concentração
de tensão reduzido de 𝐾𝑡 por causa da reduzida sensibilidade a entalhes, que é a
diferente sensibilidade do material a um concentrador de tensão.
Utilizando a equação de Heywood obtida do livro Elementos de Máquinas de Shigley
(2011) é possível calcular o fator de concentração de tensão de fadiga para flexão 𝐾𝑓 ,
15
5
√𝑎 =
𝑆𝑢𝑡
5
√𝑎 =
64
√𝑎 = 0,078125
𝐾𝑡
𝐾𝑓 =
2∗(𝐾𝑡 −1) √𝑎
1+ ∗
𝐾𝑡 √𝑟
1,95
𝐾𝑓 = 2∗(1,95−1) 0,078125
1+ ∗
1,95 1
√
8
𝐾𝑓 = 1,604535554
1
𝑑 4 (𝑖𝑛)
=
𝐷 3 (𝑖𝑛)
8
𝑑
= 0,67
𝐷
𝐾𝑡𝑠𝐴 + 𝐾𝑡𝑠𝐵
𝐾𝑡𝑠 =
2
2,89 + 2,65
𝐾𝑡𝑠 =
2
𝐾𝑡𝑠 = 2,77
Com o concentrador de tensão teórico para torção calculado, pode-se então fazer a
transformação deste concentrador para os casos que envolvem carregamentos
dinâmicos, analogamente ao que foi feito para o caso de flexão.
𝐾𝑡𝑠
𝐾𝑓𝑠 =
2∗(𝐾𝑡𝑠 −1) √𝑎
1+ ∗
𝐾𝑡𝑠 √𝑟
2,77
𝐾𝑓𝑠 = 2∗(2,77−1) 0,078125
1+ ∗
2,77 1
√
8
𝐾𝑓𝑠 = 2,16001924
17
2 2
𝜎 ′ 𝑎 = √(𝜎𝑎 ∗ 𝐾𝑓 ) + 3 ∗ (𝜏𝑎 ∗ 𝐾𝑓𝑠 )
𝜎 ′ 𝑎 = 47,76528084 𝐾𝑝𝑠𝑖
2 2
𝜎 ′ 𝑚 = √(𝜎𝑚 ∗ 𝐾𝑓 ) + 3 ∗ (𝜏𝑚 ∗ 𝐾𝑓𝑠 )
𝜎 ′ 𝑚 = 60,5923684 𝐾𝑝𝑠𝑖
Coeficiente de segurança consiste na relação entre uma carga limitante e uma carga
atuante, e este funciona como uma reserva estratégica para a realização de projetos.
Tais coeficientes são empregados para prevenir incertezas quanto as propriedades
dos materiais, esforços aplicados e variações externas por exemplo.
𝑆𝑦
𝑁𝑦 =
𝜎′𝑎 + 𝜎′𝑚
18
54(𝐾𝑝𝑠𝑖)
𝑁𝑦 =
47,76528084(𝑘𝑝𝑠𝑖) + 60,5923684 (𝐾𝑝𝑠𝑖)
𝑁𝑦 = 0,4983496816 𝐾𝑝𝑠𝑖
Calculo do 𝑆𝑚 :
(𝑆𝑦 − 𝑆𝑒 ) ∗ 𝑆𝑢𝑡
𝑆𝑚 =
𝑆𝑢𝑡 − 𝑆𝑒
𝑆𝑚 = 50,53597271 𝐾𝑝𝑠𝑖
Calculo do 𝑆𝑎 :
𝑆𝑎 = 𝑆𝑦 − 𝑆𝑚
𝑆𝑎 = 54(𝐾𝑝𝑠𝑖) − 50,53597271(𝐾𝑝𝑠𝑖)
𝑆𝑎 = 3,464027289 𝐾𝑝𝑠𝑖
Calculo do 𝑅𝑐𝑟í𝑡𝑖𝑐𝑜 :
20
𝑆𝑎
𝑅𝑐𝑟í𝑡𝑖𝑐𝑜 =
𝑆𝑚
3,464027289(𝐾𝑝𝑠𝑖)
𝑅𝑐𝑟í𝑡𝑖𝑐𝑜 =
50,53597271(𝐾𝑝𝑠𝑖)
𝑅𝑐𝑟í𝑡𝑖𝑐𝑜 = 0,06854577251
Calculo do 𝑁𝑓 :
1
𝑁𝑓 = 𝜎′𝑎 𝜎′𝑚
+
𝑆𝑒 𝑆𝑢𝑡
1
𝑁𝑓 = 47,76528084(𝐾𝑝𝑠𝑖) 60,5923684(𝐾𝑝𝑠𝑖)
+
16,46593116(𝐾𝑝𝑠𝑖) 64(𝐾𝑝𝑠𝑖)
𝑁𝑓 = 0,2599015415
Calculo do 𝑆𝑚 :
𝑆𝑢𝑡 2 2 ∗ 𝑆𝑒 2 𝑆𝑦
𝑆𝑚 = ∗ [1 − √1 + ( ) ∗ (1 − )]
2 ∗ 𝑆𝑒 𝑆𝑢𝑡 𝑆𝑒
2
[64(𝐾𝑝𝑠𝑖)]2 2 ∗ 16,46593116(𝐾𝑝𝑠𝑖) 54(𝐾𝑝𝑠𝑖)
𝑆𝑚 = ∗ [1 − √1 + ( ) ∗ (1 − )]
2 ∗ 16,46593116(𝐾𝑝𝑠𝑖) 64(𝐾𝑝𝑠𝑖) 16,46593116(𝐾𝑝𝑠𝑖)
𝑆𝑚 = 46,0641284 𝐾𝑝𝑠𝑖
Calculo do 𝑆𝑎 :
𝑆𝑎 = 𝑆𝑦 − 𝑆𝑚
𝑆𝑎 = 54(𝐾𝑝𝑠𝑖) − 46,0641284(𝐾𝑝𝑠𝑖)
𝑆𝑎 = 7,9358716 𝐾𝑝𝑠𝑖
22
Calculo do 𝑅𝑐𝑟í𝑡𝑖𝑐𝑜 :
𝑆𝑎
𝑅𝑐𝑟í𝑡𝑖𝑐𝑜 =
𝑆𝑚
7,9358716(𝐾𝑝𝑠𝑖)
𝑅𝑐𝑟í𝑡𝑖𝑐𝑜 =
46,0641284(𝐾𝑝𝑠𝑖)
𝑅𝑐𝑟í𝑡𝑖𝑐𝑜 = 0,1722787747
Calculo do 𝑁𝑓 :
2
1 64(𝐾𝑝𝑠𝑖) 47,76528084(𝐾𝑝𝑠𝑖)
𝑁𝑓 = ∗( ) ∗
2 60,5923684(𝐾𝑝𝑠𝑖) 16,46593116(𝐾𝑝𝑠𝑖)
2
2 ∗ 60,5923684(𝐾𝑝𝑠𝑖) ∗ 16,46593116(𝐾𝑝𝑠𝑖)
∗ [−1 + √1 + ( ) ]
64(𝐾𝑝𝑠𝑖) ∗ 47,76528084(𝐾𝑝𝑠𝑖)
𝑁𝑓 = 0,3142180496 𝐾𝑝𝑠𝑖
Calculo do 𝑆𝑎 :
2 ∗ 𝑆𝑦 ∗ 𝑆𝑒 2
𝑆𝑎 =
𝑆𝑒 2 + 𝑆𝑦 2
2 ∗ 54(𝐾𝑝𝑠𝑖) ∗ [16,46593116(𝐾𝑝𝑠𝑖)]2
𝑆𝑎 =
[16,46593116(𝐾𝑝𝑠𝑖)]2 + [54(𝐾𝑝𝑠𝑖)]2
𝑆𝑎 = 9,187492381 𝐾𝑝𝑠𝑖
Calculo do 𝑆𝑚 :
𝑆𝑚 = 𝑆𝑦 −𝑆𝑎
𝑆𝑚 = 54(𝐾𝑝𝑠𝑖) − 9,187492381(𝐾𝑝𝑠𝑖)
𝑆𝑚 = 44,81250762 𝐾𝑝𝑠𝑖
24
Calculo do 𝑅𝑐𝑟í𝑡𝑖𝑐𝑜 :
𝑆𝑎
𝑅𝑐𝑟í𝑡𝑖𝑐𝑜 =
𝑆𝑚
9,187492381(𝐾𝑝𝑠𝑖)
𝑅𝑐𝑟í𝑡𝑖𝑐𝑜 =
44,81250762(𝐾𝑝𝑠𝑖)
𝑅𝑐𝑟í𝑡𝑖𝑐𝑜 = 0,2050207156
Calculo do 𝑁𝑓 :
1
𝑁𝑓 = 2
√ 𝜎` 2 𝜎`
( 𝑆 𝑎 ) + ( 𝑆𝑚 )
𝑒 𝑦
1
𝑁𝑓 = √
47,76528084(𝐾𝑝𝑠𝑖) 2 60,5923684(𝐾𝑝𝑠𝑖) 2
(16,46593116(𝐾𝑝𝑠𝑖)) + ( )
54(𝐾𝑝𝑠𝑖)
𝑁𝑓 = 0,3215113986
Como a peça possui um Sut de 64 Kpsi ou 440 MPa e esse valor não se apresenta
no gráfico, a literatura recomenda o uso de 0,9 para o f. Após a obtenção de f o
próximo passo é encontrar a e b, que são fatores necessários para o cálculo do
número de ciclos e podem ser encontrados através das seguintes formulas:
Calculo do fator 𝑎:
(𝑓 ∗ 𝑆𝑢𝑡 )2
𝑎=
𝑆𝑒
(0,9 ∗ 64(𝐾𝑝𝑠𝑖))2
𝑎=
16,46593116(𝐾𝑝𝑠𝑖)
𝑎 = 201,4924007
Calculo do fator 𝑏:
1 𝑓 ∗ 𝑆𝑢𝑡
𝑏 = − ∗ log ( )
3 𝑆𝑒
1 0,9 ∗ 64(𝐾𝑝𝑠𝑖)
𝑏 = − ∗ log ( )
3 16,46593116(𝐾𝑝𝑠𝑖)
𝑏 = −0,1812787293
27
Com os fatores a e b calculados, poderá ser feito, enfim, o cálculo do número de ciclos
até a falha do projeto pela seguinte formula:
1
𝜎´𝑎 𝑏
𝑁𝑐𝑖𝑐𝑙𝑜𝑠 =( )
𝑎
1
47,76528084(𝐾𝑝𝑠𝑖) −0,1812787293
𝑁𝑐𝑖𝑐𝑙𝑜𝑠 =( )
201,4924007
4. CONCLUSÃO
Diante das análises feitas ao longo do presente trabalho, a liga de aço AISI 1018
apresenta falha por fadiga e está em regime de vida finita falhando em 2808,9022
ciclos. Este fato foi comprovado nas análises dos diferentes critérios de falha por
fadiga (Goodman, Gerber e ASME), em acréscimo, o fato também é comprovado
pelos coeficientes de segurança por fadiga serem menores que o coeficiente de
segurança estático.
Na elaboração do trabalho, foram encontradas algumas dificuldades: cálculo da torção
para seção transversal retangular, obtenção do fator concentrador de tensão para
torção. Isso comprova a complexidade de projetar um componente para suportar
esforços dinâmicos.
29
O Método dos Elementos Finitos consiste numa interação numérica utilizada para
fornecer soluções aproximadas com alto grau de aproximação da realidade para
problemas que envolvem sistemas de equações diferenciais. Basicamente o software
irá dividir o componente em análise em milhões de partes menores, formando uma
“malha” de elementos minúsculos chamados de elementos finitos, com essa malha
formada o sistema irá desenvolver equações diferenciais para o comportamento dos
nós entres esses elementos quando submetidos a um tipo específico de esforço. A
partir daí entra a matemática mais complexa para resolver tais sistemas, a qual só
pode ser desenvolvida com rapidez e precisão através dos métodos computacionais.
Utilizando o Método dos Elementos Finitos (MEF) através do software de modelagem
e simulação Ansys, a equipe realizou a análise detalhada de esforços e deformações
do elemento já estudado analiticamente. A intenção da equipe é comparar os
resultados obtidos entre os dois métodos para assim discorrer uma avaliação entre
eles. Com base nisso utilizaremos todos os cálculos já desenvolvidos neste relatório
para fazer a análise comparativa com os dados obtidos através do Ansys.
Para realizar a análise de fadiga no Ansys, primeiramente realizamos duas análises
estáticas, uma para torção e outra para a flexão, já que o nosso elemento está sujeito
a cargas combinadas.
392,83
%= = 19,3% 𝑑𝑒 𝑑𝑖𝑓𝑒𝑟𝑒𝑛ç𝑎
329,33
𝑁 = 2 808,9 𝑐𝑖𝑐𝑙𝑜𝑠
31
Já o número de ciclos calculado pelo Ansys é de 2 859,5 ciclos. Nos dando uma
diferença de:
2859,5
%= = 1,8% 𝑑𝑒 𝑑𝑖𝑓𝑒𝑟𝑒𝑛ç𝑎
2808,9
6. REFERÊNCIAS